Jewish-Christian Relations Insights and Issues in the ongoing Jewish-Christian Dialogue Krajewski, Stanislaw | 03.09.2004 Dabru Emet na Polônia Um relato pessoal Stanislaw Krajewski A tradução polonesa da Dabru Emet que fiz foi publicada primeira na Gazeta Wyborcza e então reimpressa em várias outras publicações.1 Esse esforço parece bem modesto, mas alguns elementos merecem de ser enfatizados e, uma vez demonstrados, concluir-se-á que a publicação da própria tradução é bem digna de nota. Primeiro, vamos considerar a data. Saiu em setembro de 2000 e era a primeira, suponho, tradução para outra língua. Porque? Adivinho que era porque estive pessoalmente tão deleitado quando vi a declaração e tão convencido da sua significância, que a traduzi imediatamente e comecei as negociações de a publicar. Estive emocionado porque expressou tão bem a atitude que eu adotara no diálogo polonês e a qual tentei expressar nas minhas próprias conversações com judeus bem como nos intercâmbios com cristãos. Pois a Cristandade na nossa era, apesar das diferenças e apesar do fardo da história, não precisa ser uma ameaça para nós como judeus. De fato, os judeus podem começar a superar ressentimento e atitudes defensivas contra a Cristandade. Mais que isso, os cristos podem ser o nosso grande aliado. Essa nova aliança pode ser baseada em raízes comuns profundas, apesar "das diferenças humanamente irreconciliáveis". Além disso, a minha experiência demonstrou que o envolvimento no diálogo cristão-judaico ajuda atualmente a ser mais seriamente envolvido no Judaísmo. Vou acrescentar que fui muito surpreendido, quase chocado, por uma frase na Dabru Emet. O documento usa o termo "Jesus Cristo". Como pode o nome de Jesus Cristo aparecer num documento judaico! Eu sempre tentara evitar o termo, porque significa "Jesus, o Messias", o que é contrário à minha fé. Claramente parece possível argüir que o entendimento judaico de Messias e aquele cristão diferem, assim que a contradição era somente aparente. Ainda assim, eu o evitara, por causa do receio que pudesse ser facilmente demais mal-entendido uma como aceitação por mim do entendimento cristão da idéia messiânica. Sabia que os autores da Dabru Emet deviam ter tido os mesmos sentimentos, assim que o fato de que usaram o nome "Jesus Cristo" era iluminante. Entendi rapidamente que num texto tal o uso do termo está muito apropriado: é um corolário à assunção de que devíamos tentar ver o parceiro/a parceira do diálogo como ele/ela se vê a si mesmo/mesma. O segundo elemento digno de nota da publicação polonesa da Dabru Emet: o número de cópias. A Gazeta Wyborcza é o diário polonês com a máxima circulação. A edição semanal vende meio milhão de exemplares. Isso é muito. Queria saber se até hoje um número comparável de cópias foram impressas em qualquer outra língua, exceto, naturalmente, o original inglês. Terceiro, nem por último, a influência daquela publicação era devida, não justamente ao número, mas também ao caráter altamente prestigioso do jornal. A Gazeta Wyborcza é muito "o" jornal na Polônia, pelo menos tanto como é jornal hospedeiro da versão original, do New York Times. O seu papel pode também ser comparado com aquele do Le Monde na França. O jornal polonês é ainda mais influente que os jornais líderes em outros países, primeiramente por causa da posição, contatos e personalidade do seu editor, Adam Michnik. O que quero dizer é que, na Polônia, para um evento ser importante é, numa extensão considerável, ter cobertura pela Gazeta. Uma vez que a Gazeta 1/5 introduziu a Dabru Emet, será difícil negar a sua significância. E o texto da Dabru Emet junto com o meu comentário ocupou uma página inteira. Aquele comentário2 enfatizou a importância da Dabru Emet e revelou que era mais que justamente mais um documento. Também, o comentário fez uma comparação tentativa, qualificada com Nostra Aetate: "Sinto que tanto como a declaração Nostra Aetate tanto expressou o novo ensinar e começou a influenciar atitudes de cristãos, a declaração Dabru Emet vá ajudar os judeus a falarem bem da Cristandade e vá intensificar a evolução de muitos." Encontrei entendimento e apoio completos na parte de Jan Turnau, o editor de assunto religiosos do jornal, ele mesmo um católico com longa experiência ecumênica. Embora aparentemente poucos outros editores achassem esse um desenvolvimento tão importante, bastava para segurar aprovação para a sua publicação. Comparada com outros países europeus, a visibilidade da Dabru Emet na Polônia é notável. Porquê? Penso que as convicções e atitudes pessoais de indivíduos chave na mídia, e especialmente das cabeças das seções religiosas dos maiores jornais e da mídia, são de importância máxima. Há ainda mais alguma coisa. A idéia da declaração e os seus autores eram americanos. Nós, na Polônia, temos muito menos ressentimento antiamericano que os intelectuais e editores na França e em alguns outros países inclusive, penso, na Alemanha. Estamos também muito menos em competição com americanos. Se imaginar editores franceses de notícias religiosas ou intelectuais judaicos, adivinho como é difícil para eles superar o sentimento de "os americanos não nos vão dizer o que pensar". Não vejo qualquer outra nação européia onde a Dabru Emet foi apresentado num modo que possa apelar ao público. Ajudei a traduzir a tradução ucraniana num anual literário judaico Egupets, mas nem sei se tem sido publicado em russo de modo algum.3 Foi mencionada na Hungria e alguns outros países, mas fica incerto para mim, se teria sido noticiada. Discutivelmente, o interesse na Dabru Emet pode ser rudemente medido pelo número de sites internet onde a Dabru Emet está sendo mencionada. Segundo uma pesquisa feita por Altavista, a divisão em línguas é, como segue, que mais que a metade, não para surpreender, em inglês. Então, 18% está em alemão, e então 6% em polonês e 6% em línguas da antiga Iugoslávia. O francês e o espanhol têm 3% cada, o italiano e o holandês 2% cada. Todos os outros (inclusive línguas escandinavas, japonesa, coreana e hebraica) - os remanescentes 5%. Para avaliar a serenidade e a profundeza daquelas menções seria outra tarefa. Outras máquinas de procura deveriam ser usadas também. Tudo o que posso dizer é que, além de comentários ingleses e alemães, há também bons poloneses. Todos os pontos acima mostram porque fui tão orgulhoso de a Dabru Emet ter aparecido em polonês tão rápido, tão visível e tão proeminentemente. Penso que isso é um crédito à cena do diálogo cristão-judaico polonês, mas não quero superestimar isso: O apoio real para a aproximação ao diálogo moderno, expressado tão bem na Dabru Emet, tem sido problemática na Polônia, como alhures, em muitos modos. Nomeadamente, poucos o apóiem, alguns estão diretamente contra, e a maioria o ignora. E, certamente, apesar do papel extremamente influente da Gazeta, a maioria dos poloneses, inclusive os judeus poloneses, não sabem nada sobre a Dabru Emet. Aparentemente, não muito acompanhamento estava presente, o que provavelmente se deve, outra vez, ao número relativamente pequeno daqueles que pensam que Dabru Emet foi um desenvolvimento maior. No lado cristão, a resposta positiva veio de círculos católicos intelectuais e grupos revivalistas católicos (por exemplo: Neocatechumenado). A resposta de algumas participantes no diálogo, como o rev.dº Michael Czajkowski ou Zbigniew Nosowski, editor do mensal Wiez, era entusiasta. Está mais bem expressa por dois simpósios com a participação dos autores da Dabru Emet, um em Varsóvia em 2001, com David Novak, e o outro em Cracóvia em 2002, com Michel Singer. O primeiro foi organizado pelo mensal Wiez, onde a discussão da Dabru Emet aparecera imediatamente depois de que a declaração chegasse a ser conhecida, sob o título de "Espírito vem de Baltimore". 2/5 Uma resposta cristã não simpática parece estar bem expressa por um autor pouco conhecido, Lech Stepnieski que, num comentário, parte da série de "leitores da ala direita",4 disse que se os pontos feitos na Dabru Emet não forem explicados num modo mais profundo, o que vai remanescer para os cristãos é a oferta judaica de "Não nos tenteis converter, suportai o Estado de Israel e, por isso, não vamos identificar a Cristandade com o Nazismo". Dizei a verdade, acrescenta o autor: "Certificai que não é tudo o que quereis". Na mesma veia, entre os teólogos católicos, apareceu imediatamente a idéia de que tudo o que os judeus quisessem seria algum ganho político e de que nenhum assunto teológico teria sido levantado pela Dabru Emet. Enquanto seja difícil avaliar a relativa força de várias aproximações, adivinho que muitos católicos pensem deste modo. Considero-o estranho, porque está baseado numa leitura completamente errada da Dabru Emet, o qual está, em primeiro lugar, um documento teológico. É inteligível somente à luz da sua atitude geral a judeus. No lado judaico, a Dabru Emet encontrou satisfação de alguns judeus que estavam profundamente envolvidos no diálogo, mas de outro modo, a história é similar a outros países. Segundo Michel Signer, nos EUA "as comunidades cristãs acolhem bem a declaração, mas ela recebeu ou atenção pouca ou hostilidade da comunidade judaica."5 A Dabru Emet estava sendo brevemente noticiada, mas então a maioria dos judeus, até os leitores da Gazeta Wyborcza, parecem ter esquecido o nome hebraico que soava estranho. As atitudes a respeito da Igreja estão baseadas, na maioria das vezes, no ressentimento e reações a notícias políticas e ao que está acontecendo nas igrejas próximas. Nenhuma necessidade para uma declaração geral sobre a Cristandade está sendo sentida. A Dabru Emet está escrita para iniciar a discussão dentro da comunidade judaica. Com exceção de algumas reações hostis (Neusner, Levenson), "a resposta da comunidade judaica americana foi de silêncio ou indiferença".6 Nenhuma discussão vigorosa ou ampla seguia. Só aqueles que estiveram ativos no refletir sobre a Cristandade expressaram as suas opiniões abertamente. Sinto que rivalidade pessoal era razão importante para não assinar a declaração. Alguns daqueles que sentiam "escreveria isso melhor" se recusaram a assinar. Alguns dos polêmicos judaicos deturpam a declaração tanto que parecem estar baseados em raiva ("Como venho eu, não sou o autor"), não justamente em visões divergentes. Além disso, por meu ver, o número dos signatários não está tão grande como poderia ser. Sinto que a procura para signatários potenciais não era bastante ampla. O fato permanece de que nenhum outro da Europa Oriental se juntou aos signatários. Já se vê que quase ninguém da Europa Ocidental se juntou. Porquê? As razões variavam, de desacordo a falta de contatos com os autores da Dabru Emet, a sentimentos antiamericanos. Parece claro que a inclinação de antiamericanismo podia dificilmente ser a razão no Oriente, enquanto podia ser bem essencial no Ocidente. Se na minha parte da Europa houvesse tido judeus suficientemente cometidos à causa advogada pela Dabru Emet, teriam encontrado o seu caminho. Espero ainda que, no futuro, vá haver possibilidade de assinar para os cientistas que sentem que a sua aproximação ao diálogo judaico-cristão está expressa, mas não necessariamente todos os detalhes das suas posições sobre vários assuntos. Para a minha aproximação à Dabru Emet e, por extensão, a todo o empreendimento do diálogo cristão-judaico contemporâneo, é coisa de atitude e aproximação antes de opiniões, teses, fatos específicos. Em baixo, está sendo dada uma ilustração. Uma polêmica significante emergiu depois da leitura durante a celebração do Dia do Judaísmo na Igreja Católica Polonesa. Os eventos principais do sexto Dia do Judaísmo tomaram lugar em 16 de janeiro de 2003 em Bialstok e estavam organizados com esmero, em alto nível, com bispos e notáveis locais presentes. Qualquer coisa teria sido elegante e teria significado um próximo passo na 3/5 construção de respeito mútuo, se não tivesse tido para uma palestra pelo revdº Henryk Witszyk, professor na Universidade Católica de Lublin, que falou imediatamente depois do rábi David Rosen. Estive profundamente revoltado pela sua palestra, a qual foi oferecida como se o Concílio Vaticano Segundo nunca tivesse acontecido. A análise tradicional das palavras de São Paulo resultou na tese de que a graça de Deus para os judeus quer dizer que se possam ainda se converter. Era chocante que essa espécie de aproximação, a rejeição do estilo moderno de diálogo, esteve sendo apresentada precisamente no Dia do Judaísmo. Escrevi um artigo ao semanal católico liberal Tygodnik Powszechny, explicando o problema. Witszyk escreveu de volta, então eu e outra vez ele; o intercâmbio foi somado pelo revdº Czaijkowski. Aqui vem um sumário dos artigos: O meu artigo original "Dia da Conquista do Judaísmo"7 enfatizou que muita gente na audiência, não só judeus, estavam perturbados pela alocução do revdº Witczyk. Modificou o texto que fora impresso e, numa resposta a observações feitas antes por mim e D. Rosen, disse que converter os judeus não era a sua pretensão. Ainda, o ponto principal ficou: Os judeus eram infiéis, ignoravam o Messias, e os judeus que ainda não encontraram Jesus estariam ainda na situação de Saul de Tarso. Essa lição poderia ter sido uma boa introdução para um seminário sobre São Paulo, mas estava intencionada como uma alocução sem qualquer discussão planejada a seguir, sendo dirigida também aos judeus aí presentes. Senti-me chateado, porque não havia tempo apropriado para apresentação de outras aproximações ao legado de São Paulo. Ainda, parecia que o nosso encontro como estava escolhido pelo revdº Witszyk para uma polêmica fundamental contra o diálogo cristão-judaico do dia atual. No lugar dum diálogo, foi proposto um programa de rivalidade religiosa e, nesse sentido, era antidiálogo. Acrescentei que não quis que alguém escondesse as suas visões, mas o ponto é que algumas atitudes criam obstáculos para um diálogo significativo. Por essa razão, não são apropriadas para a ocasião. Se alguém expressar triunfalismo, rivalidade ou atitudes típicas para as nossas tradições históricas antes de a atitude de respeito pleno pelo parceiro, então nenhum diálogo no sentido moderno será possível. Esse sentido moderno está expresso tanto na Dabru Emet e na resposta à Dabru Emet pelo Christian Scholars Group [Grupo de Cientistas Cristãos], como "Uma Obrigação Sagrada". A situação em Bialstok era, embora não intencionalmente, a confirmação da aproximação daqueles judeus que estão contra qualquer participação no diálogo; a Igreja, dizem, vai usar a ocasião para deslegitimar o Judaísmo e para missionar. O revdº Witczyk, na sua resposta "Dia de Aprender sobre Judaísmo",8 enfatiza que não tentou converter judeus, mas só diz, segundo Paulo, que a sua redenção é possível somente por causa da ressurreição de Cristo. Há só um caminho para a redenção, e o modelo da entrada de Deus nas vidas dos seus amados está dado pela experiência de Saul de Tarso. A palestra em Bialstok era baseada em estudos recentes da Romanos (por Aletti e Fitzmyer), assim a acusação que pudesse ser apresentada antes do Vaticano II está sem fundo. Jesus é a complementação das Escrituras Judaicas, e o plano de redenção está revelado aos judeus e aos gentílicos em tempos diferentes. "O judeu Paulo tem as mais alegres notícias para os seus irmãos, os judeus." Lamentavelmente, não havia nenhuma discussão, mas os epítetos de Krajewski estão em contradição com a atmosfera do evento, com orações seguintes e gestos elegantes durante a refeição, etc. Precisamos, não de avaliações sumárias, mas sim de discussão mais profunda. Documentos controversos, como "A Sagrada Obrigação", não são importantes como o são os livros santos que devem ficar o nosso ponto principal de referência. A minha réplica "Além da diplomacia"9 era acompanhada por um artigo do revdº Romuald Jakub Weksler-Waszkinel,10 onde diz que o Dia do Judaísmo deve ser visto como uma ocasião de agradecer aos judeus as Escrituras e lhes apresentar pesar pelo anti-semitismo; táticas missionárias são inadmissíveis. Acrescentou que "convidar judeus a fim de os fazer ouvir o que o Apóstolo Paulo escreveu aos romanos sobre a redenção dos judeus, relembra alguém daquelas práticas antigas, quando representantes judaicos foram forçados a serem presentes nos sermões antes da Páscoa". 4/5 No meu artigo, me referi somente ao último artigo do revdº Witczyk, entendo que era sinceramente surpreso de que as suas palavras sobre Deus sozinho escolhendo o momento de revelação possam ser vistas como provocativas. Depois de tudo, falou sobre a redenção dos judeus, e não sobre conversão. Na minha opinião, o termo "inclusivismo cristocêntrico" pode ser aceito no diálogo somente se admitir a redenção por Cristo mesmo sem qualquer qualidade de ser cônscio dos infiéis. Quando, no entanto, as palavras de São Paulo estiverem sendo vistas, não como matéria de análise histórica, mas sim uma como mensagem a judeus do dia presente, a atitude missionária prevalece. Se um moslim dissesse aos cristãos que a graça de Deus estaria ainda com eles porque pudessem chegar a ser moslins, seria isso não considerado como confrontação? Semelhantemente, não aceitaria como apropriada para o diálogo real a opinião judaica segundo a qual os cristãos precisariam ser relembrados de que a sua doutrina contivesse idolatria, e que o assunto do diálogo seria ensinar-lhes sobre a unidade absoluta de Deus. Finalmente, penso que encontros diplomáticos são bons, mesmo se superficial, porque devido a eles, o dialogo moderno notável, baseado no respeito pleno, é facilitado. Revdº Witchyk replicou com o texto "Misturando os níveis",11 onde diz que esperaria que o diálogo cristão-judaico chegasse alem do jogo diplomático, além do nível de ditar ao outro lado o que está aceitável. É pena, clamou, que "Krajewski propôs somente um diálogo no nível diplomático". Vale notar que um argumento semelhantemente injusto foi posto contra a Dabru Emet por um crítico judaico: A DE é para "evitar qualquer discussão cândida de crenças fundamentais e adotar, em vez, um modelo de resolução de conflito ou negociação diplomática." (J. Levenson, Commentary, dezembro de 2001, 33). O diálogo teológico parece muito difícil. Deve tentar duas coisas: suportar o espírito de abertura e a oração em comum. Irving Greenberg fez as questões retas. Os judeus se devem esforçar para entenderem os principais mistérios cristãos. A teologia cristã precisa ser tratada seriamente no diálogo; caso contrário, nos limitaríamos a tópicos fáceis e neutros. No nível teológico podemos ver o elo profundo entre as duas religiões. O último artigo na série, "Tudo está atrapalhado?" foi escrito pelo revdº Michael Czaijkowski. É pena que o revdº Witczyk escolheu para a ocasião "o tópico "a graça para Israel" antes de a planejada "Aliança e Bondade na tradição cristã"". Não devemos interpretar a Bíblia como se nada teria acontecido desde São Paulo. Os judeus não estão sendo vistos como "ainda-não-cristãos". O diálogo é, sobretudo, uma atitude que pode ser dificilmente entendida por teóricos. No entanto, a aparência do revdº Witczyk era uma felix culpa [culpa feliz] - possibilitou a polêmica que aprofundou o nosso entendimento de diálogo. Sinto também que o revdº Witczyk expressou algo importante. Acho essencial que a polêmica foi conduzida num modo elegante, sem assumir má vontade na parte do outro. Aprecio isso e não tento tomar isso por certo. E ainda, isso não quer dizer que encontramos um fundo comum. A discussão pública esclareceu que a as nossas atitudes não são equivalentes. O intercâmbio fortaleceu a minha convicção de que o diálogo cristão-judaico moderno é coisa de atitude ou aproximação antes de exclusivamente coisa de ciência. Nós todos temos de lidar com um monte de opiniões tradicionais e de declarações escriturais, junto com interpretações antigas que não expressam respeito do outro lado. Podemos ou perpetuá-las ou tentar a superá-las sem perder a mensagem principal da tradição. Entre eles, adivinho, estão os assinantes da Dabru Emet. Notas Veja no fim do texto inglês. Texto inglês Tradução: Pedro von Werden SJ - Caixa Postal 885 - 78005-970 Cuiabá-MT – BRASIL [email protected] 5/5 Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)