Provas Cespe 2014/2015 – Português OBS.: De acordo com o comando a que cada um dos itens a seguir se refira, marque, na folha de Respostas/texto definitivo, para cada item: o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. A ausência de marcação ou a marcação de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa. Agente Administrativo/MTE 2014 Nos últimos cinquenta anos, um dos fatos mais marcantes ocorrido na sociedade brasileira foi a inserção crescente das mulheres na força de trabalho. Esse contínuo 4 crescimento da participação feminina é explicado por uma combinação de fatores econômicos e culturais. Primeiro, o avanço da industrialização transformou a estrutura produtiva, 7 e a queda das taxas de fecundidade proporcionou o aumento das possibilidades de as mulheres encontrarem postos de trabalho na sociedade. Segundo, a rebelião feminina do final 10 dos anos 60 do século passado, nos Estados Unidos da América e na Europa, chegou às nossas terras e fez ressurgir o movimento feminista nacional, aumentando a visibilidade 13 política das mulheres na sociedade brasileira. Esse sucesso influenciou o comportamento e os valores sociais das mulheres, visto que proporcionou alterações na formação da identidade 16 feminina. A redefinição dos papéis femininos aconteceu em todas as classes sociais e elevou a taxa de participação feminina no mundo do trabalho e da política. Internet: <www.mte.gov.br> (com adaptações) No que se refere ao texto acima, julgue os próximos itens. 01 Estaria mantida a correção gramatical e o sentido original do primeiro período do texto se ele fosse reescrito da seguinte forma: Há cinquenta anos, um dos fatos mais marcantes ocorreram na sociedade brasileira: inserção crescente das mulheres na força de trabalho. 02 Os termos “Nos últimos cinquenta anos” (L.1), “Primeiro” (L.5) e “Segundo” (L.9) contribuem para a progressão das ideias no texto. 03 O trecho “Esse sucesso influenciou o comportamento e os valores sociais das mulheres” (L.13-14) poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: Esse sucesso influenciou no comportamento e nos valores sociais das mulheres. exclusivamente a fatores culturais e à formação da identidade feminina. 05 O texto pode ser classificado como narrativo, por apresentar a história da inserção das mulheres na força de trabalho. É importante fazer uma diferenciação das expressões relação de trabalho e relação de emprego. A expressão relação de trabalho representa o gênero, do qual a relação de emprego 4 é uma espécie. Podemos dizer que o gênero “relação de trabalho” engloba, além da relação de emprego, outras formas de prestação/realização de trabalho como o trabalho voluntário, 7 o trabalho autônomo, o trabalho portuário avulso, o trabalho eventual, o trabalho institucional e o trabalho realizado pelo estagiário. Assim, toda relação de emprego (espécie) é uma 10 relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho é uma relação de emprego. Para compreendermos o alcance das expressões 13 relação de trabalho e relação de emprego, é importante termos claro o alcance de alguns termos utilizados no nosso cotidiano. Por exemplo, a carteira de trabalho e previdência social 16 (CTPS) está ligada à relação de trabalho subordinado que corresponde ao vínculo de emprego. Nem todos os tipos de relações de trabalho são registrados na CTPS, mas todos os 19 tipos de relação de emprego são registrados no referido documento. Ricardo Jahn. Relação de emprego e de trabalho - diferenciação. In: O Sul, set./2010 (com adaptações). 1 Acerca dos aspectos linguísticos e das ideias do texto acima, julgue os itens a seguir. 6 As expressões “outras formas de prestação/ realização de trabalho” (L.5-6) e “o alcance das expressões relação de trabalho e relação de emprego” (L.12-13) desempenham a mesma função sintática nos períodos em que ocorrem. 7 No trecho “está ligada à relação de trabalho subordinado que corresponde ao vínculo de emprego” (L.16-17), seria mantida a correção gramatical caso se substituísse o elemento “que” por a que, embora as relações entre os termos da oração fossem alteradas. 8 Os termos “como” (L.6) e “Por exemplo” (L.15) são usados com a mesma finalidade no texto: ilustrar o que se disse anteriormente. 9 Caso se substituísse o conectivo “mas” (L.10) por no entanto, seriam mantidos a correção gramatical e o sentido do texto. 10 Depreende-se do texto que os termos “relação de trabalho” e “relação de emprego” são antônimos. Durante os primeiros minutos, Honório não pensou nada; foi andando, andando, andando, até o Largo da Carioca. No Largo parou alguns instantes, enfiou depois pela Rua da 4 Carioca, mas voltou logo, e entrou na Rua Uruguaiana. Sem 1 04 Depreende-se do texto que a participação das mulheres na sociedade brasileira deve-se saber como, achou-se daí a pouco no Largo de S. Francisco de Paula; e ainda, sem saber como, entrou em um Café. Pediu 7 alguma cousa e encostou-se à parede, olhando para fora. Tinha medo de abrir a carteira; podia não achar nada, apenas papéis e sem valor para ele. Ao mesmo tempo, e esta era a causa 10 principal das reflexões, a consciência perguntava-lhe se podia utilizar-se do dinheiro que achasse. Não lhe perguntava com o ar de quem não sabe, mas antes com uma expressão irônica e 13 de censura. Podia lançar mão do dinheiro, e ir pagar com ele a dívida? Eis o ponto. A consciência acabou por lhe dizer que não podia, que devia levar a carteira à polícia, ou anunciá-la; 16 mas tão depressa acabava de lhe dizer isto, vinham os apuros da ocasião, e puxavam por ele, e convidavam-no a ir pagar a cocheira. Chegavam mesmo a dizer-lhe que, se fosse ele que a 19 tivesse perdido, ninguém iria entregar-lha; insinuação que lhe deu ânimo. Machado de Assis. A carteira. In: Obra completa de Machado de Assis, vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Julgue os itens subsequentes, referentes às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima. 11 Na linha 15, a forma pronominal “la”, em “anunciá-la”, refere se a “polícia”. 12 Infere-se do trecho acima que o personagem está angustiado pelo fato de ter encontrado uma carteira e pelo dilema de usar ou não o dinheiro, que por acaso pudesse encontrar dentro dela. 13 Por tratar de um conflito interior acerca da ética e da moral, o trecho acima é predominantemente dissertativo. 14 O termo “se”, na linha 7 e na linha 10, pertence à mesma classe gramatical. 15 A expressão “lançar mão do dinheiro” (L.13), no contexto em que é utilizada, significa pegar o dinheiro para si. Machado, chefe de setor do MTE, encaminhou uma mensagem de correio eletrônico a Alencar, chefe de patrimônio do mesmo ministério, solicitando-lhe o envio, com urgência, de material de expediente para a sua seção, conforme lista anexa à mensagem. Machado não acrescentou ao e-mail certificação digital nem utilizou o recurso “confirmação de leitura”, apesar de disponível. Com base na situação hipotética acima e no que dispõe o Manual de Redação da Presidência da República, julgue os seguintes itens. 16 Na mensagem eletrônica enviada, para facilitar a organização documental, Machado deveria ter dado informações detalhadas acerca do arquivo anexado, e tê-lo encaminhado preferencialmente no formato pdf. 17 O e-mail encaminhado por Machado, além de estar inadequado quanto ao recurso “confirmação de leitura”, não pode ser aceito como documento original. 18 O expediente oficial e-mail apresenta flexibilidade tanto na forma quanto na linguagem, o que tornaria adequada à situação em análise a seguinte mensagem: “Prezado Alencar, mande rápido, por favor, os materiais descritos na lista anexa. Cordialmente, Machado”. Gabarito: 01.E 02.C 07.E 08.C 13.E 14.E 03.C 09.C 15.C 04.E 10.E 16.E 05.E 11.E 17.C 06.C 12.C 18.E Agente Administrativo/PF 2014 Acho que, se eu não fosse tão covarde, o mundo seria um lugar melhor. Não que a melhora do mundo dependa de uma só pessoa, mas, se o medo não fosse constante, as pessoas 4 se uniriam mais e incendiariam de entusiasmo a humanidade. Mas o que vejo no espelho é um homem abatido diante das atrocidades que afetam os menos favorecidos. 7 Se tivesse coragem, não aceitaria crianças passarem fome, frio e abandono. Elas nos assustam com armas nos semáforos, pedem esmolas, são amontoadas em escolas que 10 não ensinam, e, por mais que chorem, somos imunes a essas lágrimas. Sou um covarde diante da violência contra a mulher, do homem contra o homem. E porque os índios estão tão longe 13 da minha aldeia e suas flechas não atingem meus olhos nem o coração, não me importa que tirem suas terras, sua alma. Analfabeto de solidariedade, não sei ler sinais de fumaça. Se 16 tivesse um nome indígena, seria “cachorro medroso”. Se fosse o tal ser humano forte que alardeio, não aceitaria famílias sem terem onde morar. 1 Sérgio Vaz. Antes que seja tarde. In: Caros Amigos, mai./2013, p. 8 (com adaptações). Com base na leitura do texto, julgue os itens seguintes. 1 A supressão das vírgulas que isolam a oração “se o medo não fosse constante” (L.3) não afetaria a correção gramatical do texto. 2 A coerência e a coesão do texto não seriam prejudicadas se o trecho “se o medo não fosse constante, as pessoas (...) a humanidade.” (L.3-4) fosse reescrito da seguinte forma: se o medo não for constante, as pessoas se unirão mais e incendiarão de entusiasmo a humanidade. 3 O verbo alardear, em “Se fosse o tal ser humano forte que alardeio” (R.16-17), está empregado no sentido de vangloriar-se, gabar-se. (L.8) e o segundo, ao Brasil. 4 Infere-se do texto que as mazelas que assolam o mundo se devem às desigualdades sociais. À luz das orientações constantes no Manual de Redação da Presidência da República, julgue os itens a seguir. Embora não tivessem ficado claras as fontes geradoras de quebras da paz urbana, o fenômeno social marcado pelos movimentos populares que tomaram as ruas das grandes 4 cidades brasileiras, em 2013, parecia tendente a se agravar. As vítimas das agressões pessoais viram desprotegidas a paz e a segurança, direitos sagrados da cidadania. Todos 7 foram prejudicados. Pôde-se constatar que, em outras partes do mundo, fenômenos sociais semelhantes também ocorreram. Lá como 10 cá, diferentes tipos de ação atingiram todo o grupo social, gerando vítimas e danos materiais. Nem sempre a intervenção das forças do Estado foi suficiente para evitar prejuízos. 13 Do ponto de vista global, notou-se que a quebra da ordem foi provocada em situações diversas e ora tornou mais graves as distorções do direito, ora espalhou a insegurança 16 coletivamente. Em qualquer das hipóteses, a população dos vários locais atingidos viu-se envolvida em perdas crescentes. Internet: <www1.folha.uol.com.br> (com adaptações). 1 Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto, julgue os itens de 5 a 10. 5 Depreende-se das ideias do primeiro parágrafo do texto que a identificação da origem do fenômeno social representado pelos movimentos sociais ocorridos em 2013 seria suficiente para evitar que eles se agravassem. 6 Na linha 13, a partícula “se” é empregada para indeterminar o sujeito. 7 Por meio do termo “hipóteses” (L.16), são retomadas as ideias dos trechos “tornou mais graves as distorções do direito” (L.14-15) e “espalhou a insegurança coletivamente” (L.15-16). 8 A correção gramatical bem como as informações originais do texto seriam mantidas caso o período “As vítimas das agressões pessoais viram desprotegidas a paz e a segurança, direitos sagrados da cidadania.” (L.5-6) fosse reescrito da seguinte forma: As pessoas agredidas viram-se desprotegidas em sua paz e segurança — prerrogativas legais consagradas da cidadania. 9 Sem prejuízo para o sentido e a correção gramatical do texto, o trecho “Pôde-se constatar (...) ocorreram.” (R.8-9) poderia ser assim reescrito: Supôs-se que também ocorreu, em outros países do mundo, movimentos sociais análogos. 10 Os termos “Lá” (L.9) e “cá” (L.10) são utilizados como recursos para expressar circunstância de lugar, o primeiro referindo-se a “outras partes do mundo” 11 A obrigatoriedade do uso do padrão culto da língua e o requisito de impessoalidade são incompatíveis com o emprego da linguagem técnica nas comunicações oficiais. 12 Admite-se o registro de impressões pessoais na redação oficial, desde que o assunto seja de interesse público e expresso em linguagem formal. 13 A concisão, que consiste no respeito ao princípio da economia linguística, é uma característica fundamental em telegramas, modalidade dispendiosa de comunicação. Julgue os itens subsequentes, a respeito do padrão ofício em comunicações oficiais, conforme o Manual de Redação da Presidência da República. 14 O fecho Respeitosamente não é empregado no aviso; o fecho Atenciosamente é empregado tanto no aviso quanto no ofício. 15 No memorando, dispensa-se o vocativo, que deve, contudo, constar no aviso e no ofício. Gabarito: 01.E 06.E 11.E 02.C 07.C 12.E 03.C 08.E 13.C 04.E 09.E 14.C 05.E 10.C 15.C Técnico Bancário Novo/CEF 2014 A moeda, como hoje é conhecida, é o resultado de uma longa evolução. No início, não havia moeda, praticava-se o escambo. Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram 4 a ser mais procuradas do que outras. Aceitas por todos, assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar-lhes o 7 valor. Eram as moedas-mercadorias. O gado, principalmente o bovino, foi dos mais utilizados. O sal foi outra moeda-mercadoria; de difícil obtenção, era muito utilizado na 10 conservação de alimentos. Ambas deixaram marca de sua função como instrumento de troca no vocabulário português, em palavras como pecúnia e pecúlio, capital e salário. 13 Com o passar do tempo, as mercadorias se tornaram inconvenientes às transações comerciais, devido à oscilação de seu valor, pelo fato de não serem fracionáveis e por serem 16 facilmente perecíveis, o que não permitia o acúmulo de riquezas. Surgiram, então, no século VII a.C., as primeiras moedas com características semelhantes às das atuais: 19 pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem as emitiu e garante o seu valor. 1 Os primeiros metais utilizados na cunhagem de moedas foram o ouro e a prata. O emprego desses metais se impôs, não só por sua raridade, beleza, imunidade à corrosão 25 e por seu valor econômico, mas também por antigos costumes religiosos. Durante muitos séculos, os países cunharam em ouro suas moedas de maior valor, reservando a prata e o cobre 28 para os valores menores. Esses sistemas se mantiveram até o final do século XIX, quando o cuproníquel e, posteriormente, outras ligas metálicas passaram a ser empregados e a moeda 31 passou a circular pelo seu valor extrínseco, isto é, pelo valor gravado em sua face, que independe do metal nela contido. Na Idade Média, surgiu o costume de guardar os 34 valores com um ourives, pessoa que negociava objetos de ouro e prata e que, como garantia, entregava um recibo. Esse tipo de recibo passou a ser utilizado para efetuar pagamentos, 37 circulando de mão em mão, e deu origem à moeda de papel. Com o tempo, da forma como ocorreu com as moedas, os governos passaram a conduzir a emissão de cédulas, 40 controlando as falsificações e garantindo o poder de pagamento. Atualmente, quase todos os países possuem bancos centrais, encarregados das emissões de cédulas e moedas. Internet: <www.bcb.gov.br> (com adaptações). 22 Julgue os próximos itens, relativos às ideias expressas no texto ao lado e a aspectos linguísticos desse texto. 1 No trecho “devido à oscilação de seu valor, pelo fato de não serem fracionáveis e por serem facilmente perecíveis” (L.14-16), a substituição dos elementos sublinhados por ao e a, respectivamente, preservaria a correção gramatical e o sentido original do texto. 2 O referente do sujeito da oração “e garante o seu valor” (L.21) é “marca” (L.20). 3 Infere-se do texto que, até que se começasse a empregar ligas metálicas na cunhagem de moedas, seu valor estava associado ao valor econômico do próprio metal com que elas eram fabricadas. 4 Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto caso a vírgula empregada imediatamente após “centrais” (L.42) fosse suprimida, embora o sentido do trecho fosse alterado. 7 Em comunicações oficiais endereçadas a senador da República, deve-se empregar o vocativo Excelentíssimo Senhor Doutor. 8 Deve-se empregar o fecho Atenciosamente em comunicação oficial enviada a ministro de Estado pelo presidente da República. Empresas reclamam da falta de profissionais qualificados na área de tecnologia da informação Enquanto aumenta o ritmo de inovação tecnológica no país e cresce a aplicação da informática nos mais diversos setores da sociedade, formam-se cerca de 30 mil profissionais 4 por ano em áreas ligadas à tecnologia da informação e comunicação (TIC). Ainda assim, as empresas reclamam da falta de profissionais. “Temos uma janela de oportunidades em 7 TIC no país. O que falta é gente qualificada”, alerta Pier Carlo Sola, diretor-presidente de um parque tecnológico pernambucano que abriga 68 empresas da área. 10 Apesar de não haver estatísticas que revelem a expansão do setor, especialistas estimam o crescimento em torno de 10% ao ano. Com isso, a não regulamentação das 13 profissões ligadas à computação torna ainda mais acirrada a disputa por vagas e delega ao mercado a seleção do bom profissional. 16 “Independentemente da formação, o profissional de TIC tem de estar comprometido com o aprendizado contínuo e interessado em trabalhar com gestão de projetos, saber se 19 comunicar e trabalhar em diversas equipes”, diz o gerente de carreiras Marcos Vono. Essa é uma carreira multifacetada, que encontra 22 espaço em consultorias, cooperativas, grandes empresas, locais que terceirizam mão de obra ou no empreendedorismo. “O profissional tem de ter visão do negócio e conhecer a 25 realidade da empresa que atende, senão ficará sem emprego”, alerta Ivair Rodrigues, agente de pesquisa em tecnologia da informação (TI). 28 Segundo o cadastro das instituições de educação superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, há 1.021 cursos superiores ligados a 31 computação, informática, TI e análise de sistemas. “Mas só metade dos alunos tem formação adequada, ou seja, de 12 mil a 16 mil novos profissionais precisam passar por uma 34 requalificação logo que saem da universidade para poder entrar no mercado de trabalho”, diz Pier Carlo Sola. 1 Internet: <www1.folha.uol.com.br> (com adaptações). 5 Em “servindo para avaliar-lhes o valor” (L.6-7), o pronome “lhes”, que retoma “outros produtos” (R.6), equivale, em sentido, ao pronome seu. Com base nas normas constantes no Manual de Redação da Presidência da República, julgue os itens que se seguem. 6 Uma das formas de se garantir a impessoalidade dos textos oficiais consiste na supressão do nome próprio do signatário de uma comunicação, que deve ser identificado apenas por meio da menção ao cargo que ele ocupa. Com base nas informações veiculadas no texto acima, em sua estrutura e em seus aspectos gramaticais, julgue os próximos itens. 9 Os dados e as opiniões apresentados no texto indicam que a obtenção de um diploma de curso superior não garante ao profissional da área de TI um emprego nessa área. 10 As opiniões dos profissionais apresentadas no texto para embasar a ideia defendida pelo autor são divergentes. 11 No trecho ‘o profissional de TIC tem de estar comprometido com o aprendizado contínuo e interessado em trabalhar com gestão de projetos’ (L.16-18), o termo ‘interessado’ qualifica ‘o aprendizado’. 12 Seria mantida a correção gramatical do texto caso fosse empregado o sinal indicativo de crase no “a” em “ligados a computação, informática, TI e análise de sistemas” (L.30-31). 13 Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, a forma verbal “haver” (L.10) poderia ser substituída por existir. 14 De acordo com o texto, são competências complementares de um profissional de TI a disposição para aprender continuamente e a correta percepção do ambiente profissional onde ele vai atuar. Gabarito: 01.E 06.E 11.E 02.E 07.E 12.E 03.C 08.C 13.E 04.C 09.C 14.C 05.C 10.E Operador de Câmera/FUB 2015 1 O vocábulo “logo” (L.23), por indicar conclusão de ideia anterior, poderia ser substituído pela expressão por conseguinte, o que manteria a correção gramatical e a coerência textual. 2 No trecho “A sustentabilidade (...) ambientais” (L.10 a 13), para expressar um fato ocorrido em momento anterior ao atual, que foi totalmente terminado, a forma verbal “requer” deveria ser substituída por requereu. Nesse caso, mesmo após a alteração do tempo verbal, a referência à pessoa do discurso seria mantida. 3 Infere-se do texto que o paradigma estabelecido pela bioeconomia vai ao encontro do modelo de desenvolvimento econômico dependente de recursos não renováveis. 4 Na linha 6, o termo “mercadorias” foi empregado em substituição ao termo “valor” como recurso coesivo para que se evite a repetição de termos e se mantenha o sistema de referências da oração que integram. 5 Sem prejuízo à correção gramatical e ao sentido original do texto, a expressão “na medida em que” (L.16) poderia ser substituída por à medida que. TEXTO I A sustentabilidade entrou, de forma definitiva, na agenda de debates da sociedade. Um exemplo significativo diz respeito à importância que a sustentabilidade corporativa 4 ganhou nos últimos anos. De conceito vago, tornou-se imperativo para o sucesso das empresas, que precisam, cada vez mais, entregar valor, e não apenas mercadorias, à 7 sociedade. A sustentabilidade, apesar de intangível, sem existência física, é hoje valor essencial, que se converte em 10 ativo e vantagem competitiva no mundo dos negócios. A sustentabilidade corporativa requer negócios amparados em boas práticas de governança e em benefícios sociais e 13 ambientais, o que influencia os ganhos econômicos, a competitividade e o sucesso das organizações. O interesse pela sustentabilidade fortalece-se 16 na medida em que a sociedade se dá conta dos limites do modelo de desenvolvimento dependente de recursos não renováveis, no contexto de mudança paulatina dos anseios da 19 sociedade, da busca de segurança energética e de novas possibilidades de produção. Como a população cresce em número e em capacidade de consumo, também aumenta o 22 desejo de que a economia utilize mais recursos de base biológica, recicláveis e renováveis, logo, mais sustentáveis — e essa é a base da bioeconomia. 1 Maurício Antônio Lopes. O Brasil na bioeconomia. In: Correio Braziliense. Caderno Política, 14/6/2015, p. 13 (com adaptações). Com relação ao texto I, julgue os próximos itens. TEXTO II Constitui alento a informação de que sete universidades brasileiras figuram entre as doze melhores da América Latina. Duas ocupam o pódio: em primeiro lugar, está 4 a Universidade de São Paulo (USP); em segundo, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A Universidade de Brasília (UnB) ocupa a décima posição, 7 seguida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Elaborada pela Quacquarelli Symonds (QS), entre 400 10 instituições, a pesquisa leva em consideração sete critérios, dois dos quais têm peso maior: reputação acadêmica e reconhecimento no mercado de trabalho. Os demais — relação 13 entre número de funcionários e alunos, citações na Internet, volume de informações na Web, professores com doutorado e presença online — têm peso igual na ponderação. 16 O levantamento mostra significativo avanço da UnB. No ano passado, a instituição brasiliense aparecia na 17.ª posição. O salto qualitativo deve-se a três fatores: o corpo 19 docente, o impacto na Internet e a reputação acadêmica. Chama atenção a baixa pontuação no parâmetro citações na Internet, que tem custado alto preço às universidades brasileiras. De 22 zero a cem, a UnB ficou com 44,6. Ser objeto de referência, seja na Web, seja em publicações científicas, constitui fator importante em 25 avaliações globais. 1 Ana Dubeux. Universidade além da fronteira regional. In: Correio Braziliense. Caderno Economia, 14/6/2015, p. 12 (com adaptações). A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do texto II, julgue os itens subsecutivos. 6 Na linha 1, o vocábulo “alento” poderia ser substituído por desânimo, sem prejuízo para o sentido original do texto. 15 No trecho “também a empunham” (L. 12 e 13), o elemento “a” foi empregado em substituição ao termo “responsabilidades” (L.11). 7 O sinal de dois-pontos empregado logo após “fatores” (L.18) introduz uma enumeração. Gabarito: 01.C 06.E 11.C 8 No primeiro parágrafo, embora haja omissão de termos empregados anteriormente, foi mantido o paralelismo sintático-semântico no trecho. 9 As relações estabelecidas pelo emprego da expressão “seja (...) seja” (L.23), que poderia ser corretamente substituída pelo par quer (...) quer, indicam termos sintaticamente dependentes entre si. 0 Na linha 1, é facultativo o emprego de sinal indicativo de crase no “a” que antecede “informação”, devido à regência nominal do vocábulo “alento”. 11 No segundo parágrafo, o trecho isolado por travessões (L. 12 a 15) tem valor sintático equivalente ao da expressão “Os demais” (L.12). TEXTO III Queria falar da felicidade, do desejo consciente e inconsciente de ser feliz. É algo que se traz da infância, do companheirismo com a meninada, dos jogos de rua, da 4 molecagem diária. Quanto mais o tempo passa para mim, mais me convenço de como é necessário que todos busquemos ser felizes. São sentimentos para guardar por todo o nosso tempo. 7 A vida real, com suas tragédias e guerras, com o ódio e a competição sem freios, parece nos levar para longe desse objetivo. 10 Não que se diga “dane-se” ao mundo. Vivemos nele e não devemos nos eximir de responsabilidades, mas a bandeira que carrego, e vejo que muitos dos que amo e admiro também 13 a empunham, é a procura de harmonia na vida pessoal, familiar e social. 1 Fernando Brant. Para a boa nova se espalhar. In: Correio Braziliense. Caderno Economia, 14/6/2015, p. 7 (com adaptações). A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do texto III, julgue os itens subsecutivos. 12 No trecho “e vejo que muitos dos que amo e admiro também a empunham” (L. 12 e 13), o vocábulo “também” denota inclusão. 13 O elemento “desse”, em “desse objetivo” (L. 8 e 9), retoma a oração “que todos busquemos ser felizes” (L. 5 e 6). 14 O texto destaca a isenção de obrigações das pessoas para com o mundo material. 02.C 07.C 12.C 03.E 08.C 13.C 04.E 09.E 14.E 05.E 10.E 15.E Técnico/ICMBio 2014 TEXTO I As palavras estampadas na bandeira nacional poderiam receber o complemento de um adjetivo, diante do arcabouço de ideias e discussões que tratam do futuro do 4 planeta. A depender da contribuição de especialistas em desenvolvimento sustentável da Universidade de Brasília, o lema de 1889, inspirado nos conceitos positivistas do francês 7 Augusto Comte, teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo Progresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa do apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, e do 10 Brasil em particular, é muito diferente do registrado há duas décadas, por exemplo. Na configuração geopolítica do século XXI, a supremacia dos Estados Unidos da América e da 13 Europa é confrontada pelo dinamismo econômico de nações como a China, Índia, África do Sul e o próprio Brasil. O sobe e desce na disputa por espaço em debates estratégicos em nível 16 internacional deu maior peso à palavra de países em desenvolvimento nas questões da sustentabilidade. 1 João Campos. Uma nova educação para um novo progresso.In: Revista Darcy, jun./2012 (com adaptações). Acerca dos aspectos estruturais e interpretativos do texto acima, julgue os itens a seguir. 1 Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o termo “entretanto” (L.8) e o trecho “e do Brasil em particular” (L.9-10), bem como as vírgulas que os isolam, poderiam ser excluídos do período a que pertencem. 2 O período “Na configuração (...) próprio Brasil” (L.11-14) poderia, sem prejuízo do sentido e da correção gramatical do texto, ser assim reescrito: O dinamismo econômico de nações como a China, Índia, África do Sul e o próprio Brasil confronta a supremacia dos Estados Unidos da América e da Europa na configuração geopolítica do século XXI. 3 Na linha 3, o elemento “que” tem a função de restringir o sentido das expressões que o antecedem, a saber, “ideias” e “discussões”. 4 Na linha 4, a substituição da expressão “A depender” por Se dependesse não comprometeria nem a sintaxe nem o sentido do período de que faz parte. 5 A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos vocábulos “Brasília”, “cenário” e “próprio”. 6 A ideia principal do texto é defender a revisão do lema estampado na bandeira nacional brasileira. 7 Na linha 8, a substituição do vocábulo “entretanto” pelo vocábulo portanto não acarretaria mudança de significado no período em questão. TEXTO II Na Vila Telebrasília, onde mora, poucos conhecem Abiesel Alves Cavalcanti pelo nome completo. Lá ele é Bisa, o pescador. Há 35 anos, o pernambucano veio atrás do 4 progresso na capital. Acompanhado pelo irmão, trouxe algumas roupas e a tarrafa, sua ferramenta de trabalho. “Eu falei para o mano: se lá tem água, tem peixe. De fome a gente não morre”, 7 lembra Bisa. O Lago Paranoá alimentou toda a sua família, composta de mulher e dez filhos. No começo, quando a pesca com tarrafa era proibida, Bisa saía na madrugada em uma 10 canoa e trabalhava escondido. Depois, quando a captura com malha foi autorizada, ele se destacou entre os colegas. Chegava a voltar com até 300 quilos de peixe na embarcação. Hoje, o 13 lago já não é tão abundante quanto há uma década e meia, mas ele ainda chega com o barco cheio. Entre tilápias, tucunarés, carpas e traíras, soma 250 quilos de peixe por semana e perto 16 de dois mil reais por mês. Bisa rema quase sete horas para chegar até a altura da Ermida Dom Bosco e, às vezes, dorme na mata e retorna para casa só na manhã seguinte. “É uma vida de 19 muito trabalho, mas necessidade eu nunca passei”, diz o pescador. Lilian Tahan. Vivendo de pescaria. In: Veja Brasília, 2/10/2013 (com adaptações). 1 Julgue os próximos itens, relativos às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima. 8 Na oração “ele se destacou entre os colegas” (L.11), é obrigatório o uso do pronome “se” em posição préverbal, devido ao fator atrativo exercido pelo elemento que o antecede. 9 Com a devida alteração de maiúscula e minúscula, o ponto final imediatamente após a palavra “colegas” (L.11) poderia ser substituído por vírgula, seguida do elemento articulador visto que. 10 O vocábulo “mas” (L.13) é um elemento coesivo que introduz relação de conclusão entre a informação expressa no período de que faz parte e a informação expressa no período que o antecede. 11 O complemento da forma verbal ‘passei’ (L.19) não está explicitamente expresso no texto, devendo ser inferido pelo leitor. TEXTO III O ABCerrado e a Matomática (“matemática do mato”), metodologias criadas por um professor da UnB, 1 apoiam-se em dois princípios: o da elevação da autoestima de 4 alunos e professores e o do envolvimento com o meio ambiente para a construção, de forma lúdica e interdisciplinar, da cidadania e do respeito mútuo. “Fazemos a aproximação por 7 meio de elementos do contexto onde as crianças estão inseridas. As atividades de leitura, interpretação e escrita associam-se ao tema do cerrado na forma de poesias, música, 10 desenho, pintura e jogos”, explica uma professora da Faculdade de Educação da UnB. Atualmente, a universidade trabalha para expandir a aplicação do ABCerrado na rede de 13 ensino do DF. “Ainda prevalece uma visão conservadora sobre o que é educação”, conta a professora. “A natureza possui uma dimensão formadora. Isso subverte a forma de se tratar a 16 relação entre o ser humano e o meio ambiente no cerne de um processo educativo. Não se trata de educar o ser humano para o domínio e a apropriação da natureza, mas de educar a 19 humanidade para ser capaz de trocar e de aprender com ela”, completa. João Campos. O ABC do cerrado. In: Revista Darcy, jun./2012 (com adaptações). Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, julgue os itens subsequentes. 12 O termo ‘Isso’ (L.15) refere-se à expressão ‘visão conservadora’ (L.13). 13 Na linha 7, a substituição do vocábulo ‘onde’ pela expressão no qual não comprometeria nem a sintaxe nem a significação do período de que o referido vocábulo faz parte. 14 Na linha 17, o pronome átono ‘se’, em ‘não se trata’, poderia, opcionalmente, ocorrer após o verbo, escrevendo-se não trata-se, sem comprometer a fidelidade do texto à norma da língua na modalidade escrita formal. 15 Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o período ‘As atividades (...) jogos’ (L.8-10) poderia ser reescrito da seguinte maneira: Às atividades de leitura, interpretação e escrita associa-se o tema do cerrado na forma de poesias, música, desenho, pintura e jogos. Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal, Comunico a Vossa Excelência o envio das Mensagens SM número 106, de 2013, nas quais informo a promulgação dos Decretos Legislativos n.º 27 e 29, 2012, relativos à exploração de petróleo no litoral brasileiro. Brasília, 28 de março de 2013. Considerando o documento apresentado acima, julgue os itens a seguir, com base no Manual de Redação da Presidência da República. 16 Caso o emissor do documento fosse um senador da República, um possível fecho adequado seria: Renovo meus protestos da mais alta estima e consideração. 5 Depreende-se das informações do texto que, no Brasil, a distribuição da riqueza depende da ampliação dos quadros de mão de obra qualificada. O remédio para as empresas que precisam contratar é reduzir as exigências. Cerca de 51% das companhias deixam de requerer experiência dos candidatos, enquanto chega a 13% 4 o percentual de empresas que aceitam empregados até mesmo sem nenhuma habilidade. Mesmo assim, nem todos os cargos são preenchidos, e então é necessário buscar funcionários no 7 exterior. O tempo que as empresas levam para contratar e treinar um profissional de nível técnico e superior pode levar até oito meses, algo que também afeta diretamente a 10 produtividade. A disponibilidade de mão de obra estreitou-se, e a maior parte desta é despreparada para o necessário salto da 13 capacidade produtiva. A solução do problema não passa apenas pelo estímulo aos cursos de capacitação técnica. Estes são necessários, porém insuficientes, pois seus resultados, em boa 16 parte dos casos, são apenas paliativos. O importante, reitere-se, seria ter investimentos maciços e duradouros em educação básica, cuja precariedade condena o setor produtivo brasileiro 19 à redução de seu crescimento. Idem , ibidem (com adaptações). 1 17 Considerando-se que o emissor do documento acima seja o presidente da República, é correto afirmar que não há necessidade de identificação do signatário. 18 Se o emissor do texto acima fosse um ministro de Estado, o documento poderia ser enviado na forma de memorando. 19 Por ser o receptor do texto o presidente do Senado Federal, o termo “Vossa Excelência” foi adequadamente empregado. Gabarito: 01.C 06.E 11.E 16.E 02.C 07.E 12.E 17.C 03.C 08.E 13.C 18.E 04.C 09.C 14.E 19.C 05.C 10.E 15.C Técnico de Laboratório/FUB 2014 Já se tornou crônica a escassez de mão de obra qualificada no Brasil, o que pode comprometer ainda mais a capacidade produtiva do país nos próximos anos. Se nada for 4 feito urgentemente para começar a reverter esse quadro, o país estará condenado a ter por muito tempo ainda o crescimento econômico reduzido que apresenta hoje, com efeitos negativos 7 na distribuição de riqueza. Desde 2012, o número de trabalhadores pouco escolarizados diminuiu, mas os indicadores apontam para o 10 fato de que a escolarização ainda continua sendo muito precária, insuficiente para atender à demanda cada vez maior das indústrias e mesmo dos setores de serviços e da construção 13 civil, que tradicionalmente exigem menos especialistas na hora de contratar. O Estado de S.Paulo, 26/1/2014 (com adaptações). 1 Julgue os itens a seguir, relativos às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima. 1 A eliminação do sinal indicativo de crase em “à demanda” (L.11) prejudicaria a correção gramatical do texto. 2 Nas duas ocorrências, “se” (L.1) e “Se” (L.3), têm a mesma função sintática. Com referência aos sentidos e às estruturas do texto acima, julgue os itens de 6 a 10. 6 Na linha 1, o segmento “que precisam contratar” tem natureza restritiva, já que limita a informação presente no termo “empresas”. 7 A substituição de “o percentual” (L.4) por a porcentagem alteraria o período tanto gramatical quanto semanticamente e, além disso, prejudicaria a informação do texto. 8 A substituição da palavra “paliativos” (L.16) por atenuantes manteria a informação original do período. 9 Depreende-se das informações do texto que, ao reduzirem as exigências de qualificação, as empresas conseguem preencher todas as vagas disponíveis com empregados brasileiros, até porque os sistemas de treinamento continuado em serviço são muito eficientes. 10 Na linha 11, o pronome “se”, em “estreitou-se”, indica que o sujeito da forma verbal “estreitou” é indeterminado. A desigualdade está entre os principais fatores de risco que preocupam a elite mundial, a julgar pela atenção dada ao tema no fórum econômico de Davos. 4 Por outro lado, estudo recente do Banco Mundial mostra que, pela primeira vez desde a Revolução Industrial, caiu a diferença de renda entre os países na fronteira do 7 desenvolvimento e os emergentes. Após o fim da cortina de ferro e a abertura econômica da China e da Índia, centenas de milhões de pessoas passaram 10 de um estado de subsistência precária à condição de nova 1 3 A expressão “ainda mais” (L.2) reforça a ideia de que a capacidade produtiva do Brasil já está comprometida. 4 A expressão “esse quadro” (L.4) é elemento coesivo que retoma informação contida no período anterior. classe média global. Entretanto, é preciso que os países não só reforcem políticas compensatórias para reduzir a exclusão, mas 13 também atuem para promover a igualdade de oportunidades. A educação, como sempre, é o instrumento decisivo para garantir que a sorte de um indivíduo não seja determinada 16 por sua origem social ou geográfica. Idem, ibidem (com adaptações). Em relação ao fragmento de texto acima, julgue os próximos itens. 11 Mantêm-se a correção gramatical e as informações originais do texto ao se substituir a correlação “não só (...) mas também” (L.11-13) por não somente (...) como também. 12 Os acentos gráficos das palavras “países” e “políticas” têm a mesma justificativa gramatical. 13 A expressão “políticas compensatórias” (L.12) significa políticas que procurem neutralizar os efeitos de algo negativo — a exclusão social — com ações, medidas, iniciativas ou influências positivas para combater uma desigualdade. 15 O emprego do sinal indicativo de crase em “à condição” (L.10) deve-se à regência de “passaram” (L.9), que exige complemento antecedido pela preposição “a”, e à presença de artigo definido feminino antes de “condição”. 16 Predomina no fragmento em análise o tipo textual narrativo, já que ele apresenta fatos ocorridos no passado. 17 O emprego de vírgula após “Índia” (L.9) justificase por isolar adjunto adverbial anteposto, deslocado de sua posição tradicional. 18 A expressão “como sempre” (L.14) está entre vírgulas porque constitui aposto explicativo. 03.C 09.E 15.C 04.C 10.E 16.E 05.C 11.C 17.C 06.C 12.E 18.E Técnico em Química/FUB 2015 Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros, o verão não é sinônimo apenas de praia, corpos à mostra e pele bronzeada. O calor extremo provocado por massas de ar quente 4 ― fenômeno comum nessa época do ano, mas acentuado na 1 Com relação às ideias e às estruturas do texto acima, julgue os itens que se seguem. 1 Os acentos gráficos das palavras “bioestatística” e “específicos” têm a mesma justificativa gramatical. 2 O termo ‘aí’ (L.18) tem como referente “Brasil” (L.17). 14 A substituição de “na fronteira do desenvolvimento” (L.6-7) por desenvolvidos prejudicaria a correção gramatical do período. Gabarito: 01.E 02.E 07.E 08.C 13.C 14.E última década pelas mudanças climáticas ― traz desconfortos e riscos à saúde. Não se trata somente de desidratação e 7 insolação. Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam 10 hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. “Embora tenhamos feito o estudo apenas nos EUA, as ondas de calor são um 13 fenômeno mundial. Portanto, os resultados podem ser considerados universais”, diz Francesca Domininci, professora de bioestatística da faculdade e principal autora do estudo, 16 publicado no jornal Jama, da Associação Médica dos Estados Unidos. No Brasil, não há estudos específicos que associem as ondas de calor a tipos de internações. “Não é só aí. No mundo 19 todo, há pouquíssimas investigações a respeito dessa relação”, afirma Domininci. “Precisamos que os colegas de outras partes do planeta façam pesquisas semelhantes para compreendermos 22 melhor essa importante questão para a saúde pública”, observa. Internet: <www.correioweb.com.br> (com adaptações). 3 O emprego da vírgula após “momento” (L.9) explica-se por isolar o adjunto adverbial, que está anteposto ao verbo, ou seja, deslocado de sua posição padrão. 4 Elementos presentes no texto permitem classificá-lo como narrativo. 5 Depreende-se das informações do texto que o calor causado por massas de ar quente e intensificado por mudanças climáticas transformou o verão em uma estação prejudicial à saúde das pessoas, pelo aumento de hospitalizações por doenças como falência renal. 6 Mantêm-se a correção gramatical e o sentido original do texto ao se substituir “há” (L.17) por existe. 7 Seria mantida a correção gramatical do período caso o fragmento “Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros” (L.1) fosse deslocado e inserido, entre vírgulas, após “verão” (L.2) feitos os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas. 8 Infere-se do texto que ainda falta a contribuição de muitos países para as pesquisas que associem altas temperaturas a internações por enfermidades relacionadas aos efeitos do calor. “O preconceito linguístico é um equívoco, e tão nocivo quanto os outros. Segundo Marcos Bagno, especialista 1 no assunto, dizer que o brasileiro não sabe português é um dos 4 mitos que compõem o preconceito mais presente na cultura brasileira: o linguístico”. A redação acima poderia ter sido extraída do editorial 7 de uma revista, mas é parte do texto O oxente e o ok, primeiro lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, realizada pelo Ministério da 10 Educação em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC). 13 A autora do artigo é estudante do 2.º ano do ensino médio em uma escola estadual do Ceará, e foi premiada ao lado de outros dezenove alunos de escolas públicas brasileiras, 16 durante um evento em Brasília, no último mês de dezembro. Como nos três anos anteriores, vinte alunos foram vencedores ― cinco em cada gênero trabalhado pelo projeto. Além de 19 opinião (2.º e 3.º anos do ensino médio), a olimpíada destacou produções em crônica (9.º ano do ensino fundamental), poema (5.º e 6.º anos) e memória (7.º e 8.º anos). Tudo regido por um 22 só tema: “O lugar em que vivo”. Língua Portuguesa, 1/2015. Internet: <www.revistalingua.uol.com.br> (com adaptações). No que se refere aos sentidos, à estrutura textual e aos aspectos gramaticais do texto, julgue os itens a seguir. 9 O elemento coesivo “mas” (L.7) inicia uma oração coordenada que exprime a ideia de concessão em uma sequência de fatos. 10 Na linha 18, caso o travessão fosse substituído por dois-pontos, não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto. 11 De acordo com o primeiro parágrafo do texto, para o especialista Marcos Bagno, o preconceito linguístico nasce da ideia de que existe uma única língua portuguesa correta. 12 O termo “o brasileiro” (L.3) exerce a função de sujeito da oração em que se insere. 13 A inserção de vírgula antes do “que” (L.3) provocaria alteração de sentido no texto. 14 De acordo com as informações constantes do texto acima, a 4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro contou com a participação de alunos da rede pública que trabalharam com cinco gêneros textuais, tendo ficado em primeiro lugar na categoria opinião o texto O oxente e o ok. 15 Os trechos ‘especialista no assunto’ (L. 2 e 3), ‘o linguístico’ (L.5) e “primeiro lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro” (L. 7 a 9) exercem a mesma função sintática, a de aposto. A língua que falamos, seja qual for (português, inglês...), não é uma, são várias. Tanto que um dos mais 1 eminentes gramáticos brasileiros, Evanildo Bechara, disse a 4 respeito: “Todos temos de ser poliglotas em nossa própria língua”. Qualquer um sabe que não se deve falar em uma reunião de trabalho como se falaria em uma mesa de bar. A 7 língua varia com, no mínimo, quatro parâmetros básicos: no tempo (daí o português medieval, renascentista, do século XIX, dos anos 1940, de hoje em dia); no espaço (português lusitano, 10 brasileiro e mais: um português carioca, paulista, sulista, nordestino); segundo a escolaridade do falante (que resulta em duas variedades de língua: a escolarizada e a não escolarizada) 13 e finalmente varia segundo a situação de comunicação, isto é, o local em que estamos, a pessoa com quem falamos e o motivo da nossa comunicação ― e, nesse caso, há, pelo menos, duas 16 variedades de fala: formal e informal. A língua é como a roupa que vestimos: há um traje para cada ocasião. Há situações em que se deve usar traje 19 social, outras em que o mais adequado é o casual, sem falar nas situações em que se usa maiô ou mesmo nada, quando se toma banho. Trata-se de normas indumentárias que pressupõem um 22 uso “normal”. Não é proibido ir à praia de terno, mas não é normal, pois causa estranheza. A língua funciona do mesmo modo: há uma norma 25 para entrevistas de emprego, audiências judiciais; e outra para a comunicação em compras no supermercado. A norma culta é o padrão de linguagem que se deve usar em situações formais. 28 A questão é a seguinte: devemos usar a norma culta em todas as situações? Evidentemente que não, sob pena de parecermos pedantes. Dizer “nós fôramos” em vez de “a gente 31 tinha ido” em uma conversa de botequim é como ir de terno à praia. E quanto a corrigir quem fala errado? É claro que os pais devem ensinar seus filhos a se expressar corretamente, e o 34 professor deve corrigir o aluno, mas será que temos o direito de advertir o balconista que nos cobra “dois real” pelo cafezinho? Língua Portuguesa. Internet: <www.revistalingua.uol.com.br> (com adaptações). De acordo com o texto acima, julgue os seguintes itens. 16 Conforme o texto, a escola deve ensinar aos alunos a norma-padrão da língua portuguesa, mas é preciso, também, refletir se seria adequado corrigir outras pessoas, como, por exemplo, um porteiro que diz O elevador tá cum pobrema. 17 Depreende-se do texto que a língua falada não é uma, mas são várias porque, a depender da situação, o falante pode se expressar com maior ou menor formalidade. 18 Segundo o texto, ‘temos de ser poliglotas em nossa própria língua’ (L. 4 e 5) significa que a língua assume variantes adequadas aos contextos em que são produzidas. 19 O pronome “outra” (L.25) está empregado em referência ao termo “A língua” (L.24). 20 De acordo com o contexto, estaria também correto o emprego do sinal indicativo de crase em “quanto a” (L.32). 4 Na linha 15, caso se substituísse o vocábulo “concreta” por concreto, não haveria prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos originais do texto, já que esse novo termo concordaria com a expressão “ordenamento jurídico”. 21 O vocábulo “indumentárias” (L.21) está empregado em sentido figurado. 22 Mantêm-se a correção gramatical e as informações originais do texto ao se substituir “Trata-se de” (L.21) por Situações como essas se tratam de. Gabarito: 01.C 07.C 13.C 19.E 02.C 08.C 14.E 20.E 03.E 09.E 15.C 21.C 04.E 10.C 16.C 22.E 05.C 11.E 17.C 06.E 12.C 18.C Técnico/STJ 2015 O problema da justiça refere-se à correspondência, ou não, entre a norma e os valores supremos ou finais que inspiram determinado ordenamento jurídico. Não importa 4 comentar se existe um ideal de bem comum, idêntico para todos os tempos e para todos os lugares. Todo ordenamento jurídico persegue certos fins e esses representam os valores 7 a cuja realização o legislador, mais ou menos conscientemente e adequadamente, dirige sua própria atividade. Quando se considera que há valores absolutos, objetivamente evidentes, 10 a pergunta acerca de se uma norma é justa ou injusta equivale a perguntar se esta é apta ou não a realizar aqueles valores. No caso de não se acreditar em valores absolutos, o problema da 13 justiça ou da injustiça de uma norma tem um sentido: equivale a perguntar se essa norma é apta ou não a realizar os valores históricos que inspiram esse ordenamento jurídico, concreta e 16 historicamente determinado. 1 Norberto Bobbio. Teoría general del derecho. Bogotá/CO:Temis S.A., 1999, p. 20-2 (tradução livre, com adaptações). De acordo com as ideias do texto Teoría general del derecho, 1 o problema da justiça é estudado a partir da análise entre o mundo ideal e o mundo real, entre o dever-ser, que representa a norma justa, e o não dever-ser, que corresponde à norma injusta. 2 a questão de se definir se uma norma jurídica é justa ou injusta é um problema deontológico do direito, ou seja, remete a um juízo de valor. 3 estudar o problema da justiça ou da injustiça de uma norma jurídica pressupõe o exame de sua aptidão para o ideal do bem comum. Julgue os itens subsequentes, relativos às estruturas linguísticas do texto Teoría general del derecho. 5 Sem prejuízo para a correção gramatical e para a coerência do texto, o primeiro período poderia ser assim reescrito: A questão da justiça concerne a correspondência ou não entre a norma e valores absolutos, ou finais, inspiradores de dado ordenamento jurídico. 6 Na concatenação das ideias do texto, ocorre uma sequenciação textual conjugada entre a oração iniciada com “Quando” (L.8) e a oração começada por “No caso de” (L. 11 e 12). 7 Na estrutura textual, o vocábulo “esta” (L.11) e a expressão “aqueles valores” (L.11) fazem referência, respectivamente, ao termo “norma” (L.10) e à expressão “valores absolutos” (L.9). O termo justiça expressa o que se faz conforme o direito ou segundo as regras prescritas em lei. Desse modo, o termo justiça como conformidade da conduta a uma norma é 4 empregado para julgar o comportamento da pessoa humana diante de uma norma, seja esta moral, seja de direito natural ou de direito positivo. Já o termo justiça como eficiência de uma 7 norma (ou de um sistema de normas), no sentido de se possibilitar as relações entre os homens, é empregado para julgar a própria norma que regula o comportamento humano. 1 Carlos Henrique Bezerra Leite et al. A validade e a eficácia das normas jurídicas. (Coord. Renan Lotufo). Barueri/SP: Manole, 2005, p. 7 (com adaptações). Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto A validade e a eficácia das normas jurídicas, julgue os itens a seguir. 8 Sem prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos originais do texto, a estrutura “Desse modo (...) diante de uma norma” (L. 2 a 5) poderia ser assim reescrita: Assim sendo, emprega-se o termo justiça para julgar o comportamento do ser humano em consonância à norma de conduta. 9 Em “seja esta moral, seja de direito natural” (L.5), é obrigatório o emprego da vírgula para indicar a relação de alternância entre os elementos de orações de mesmo nível sintático. 10 Conclui-se do texto que existem dois significados principais do termo justiça, que se complementam, mas que, diretamente, não se equivalem. 11 No primeiro período do texto, a partícula “se” é empregada para realçar o que está sendo afirmado nesse período. 16 A comunicação oficial hipotética em questão não atende à concisão, uma das qualidades essenciais da redação oficial. Consta do preâmbulo da Constituição Federal que a justiça é um dos valores supremos da sociedade, tal qual a harmonia social e a liberdade. Nos demais artigos da Carta 4 Magna, esse termo costuma vir associado à ideia de justiça social. Assim, o primeiro inciso do artigo terceiro da Constituição estabelece que a construção de uma sociedade que 7 seja justa é um objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. Ao circunscrever a justiça no espaço da sociedade, o texto constitucional estabelece, em síntese, que a promoção 10 da justiça na sociedade é um fim do Estado brasileiro. 17 O vocábulo “anexa” foi empregado de acordo com o padrão culto formal da língua portuguesa. 1 18 O vocativo adequado, na elaboração de expediente oficial dirigido ao emitente da comunicação em apreço, seria “Digníssimo Senhor”, seguido do nome do cargo correspondente. PORTARIA STJ/GDG N.º 205, DE 6 DE MARÇO DE 2015. Sérgio Luiz Junkes. A justiça social como norma constitucional. Resenha eleitoral – Nova série, v. 12, n.o 1, jan.-jun./2005. Internet: <www.tre-sc.jus.br> (com adaptações). Prorroga o prazo estabelecido na Portaria STJ GDG n.º 1.247, de 9 de dezembro de 2014. Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto A justiça social como norma constitucional, julgue os seguintes itens. O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, usando da atribuição conferida pelo item 17.2, X, b, do Manual de Organização do Superior Tribunal de Justiça, 12 À semelhança do que ocorre com a expressão “em síntese” (L.9), o trecho “que seja justa” (L. 6 e 7) constitui uma expressão explicativa, razão por que também poderia ser isolado por um par de vírgulas, sem que isso acarretasse prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos do texto. Art. 1.º Prorroga, até 6 de abril de 2015, o prazo estabelecido no art. 3.º da Portaria STJ GDG n.º 1.247, de 9 de dezembro de 2014. 13 Compreende-se do texto, em síntese, que a justiça social equipara-se, como valor da sociedade, à harmonia social e à liberdade. 14 Deduz-se do texto, sob o ponto de vista semântico, que a promoção da justiça social constitui meta da República Federativa do Brasil. 15 Na linha 2, sem prejuízo para a correção gramatical, a expressão “tal qual” poderia ser flexionada no plural, para concordar com “valores supremos”. COMUNICADO GDG N.º 2, DE 30 DE JANEIRO DE 2015 O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, em cumprimento ao que determina o art. 1.º da Resolução CNJ n.º 22, de 5 de junho de 2010, divulga a frota de veículos do Tribunal, conforme a planilha anexa. José Joaquim Xavier No tocante a aspectos gerais das correspondências oficiais e com fundamento no Manual de Redação da Presidência da República, julgue os próximos itens, relativos ao fragmento de comunicação oficial hipotética anteriormente apresentado — COMUNICADO GDG N.º 2. RESOLVE: Art. 2.º Esta portaria entra em vigor nesta data de sua publicação. José Joaquim Xavier Acerca de aspectos gerais das correspondências oficiais e com fundamento no Manual de Redação da Presidência da República, julgue os próximos itens, relativos ao documento oficial hipotético anteriormente apresentado — PORTARIA STJ/GDG N.º 205. 9 Caso o artigo primeiro do documento em apreço constituísse um caput seguido de um único parágrafo, este deveria ser identificado por extenso e seu texto deveria iniciar-se com letra maiúscula e encerrar-se com ponto final. 20 Em uma portaria, denomina-se epígrafe o trecho do texto que sintetiza seu conteúdo, de modo a permitir o conhecimento imediato da matéria, como na hipótese em questão: “Prorroga o prazo (...) dezembro de 2014”. Gabarito: 01.C 06.C 11.E 16.E 02.C 07.C 12.E 17.C 03.E 08.E 13.C 18.E 04.E 09.C 14.C 19.C 05.E 10.C 15.E 20.E Técnico/TCU 2015 Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue os próximos itens. Texto para os itens de 1 a 10 Nas sociedades antigas, tanto as leis quanto os códigos eram considerados expressões da vontade divina, revelada mediante a imposição de legisladores que dispunham de 4 privilégios dinásticos e de uma legitimidade garantida pela casa sacerdotal. As leis eram objeto de respeito e veneração, e, por serem asseguradas por sanções sobrenaturais, dificilmente o 7 homem primitivo questionava sua validez e sua aplicabilidade. Escreve H. Summer Maine que algumas experiências societárias, ao permitirem o declínio do poder real e o 10 enfraquecimento de monarcas hereditários, acabaram por favorecer a emergência de aristocracias, depositárias da produção legislativa, com capacidade de julgar e de resolver 13 conflitos. Aquele momento inicial de um direito sagrado e ritualizado, expressão das divindades, desenvolveu-se na direção de práticas normativas consuetudinárias. À época do 16 direito consuetudinário, largo período em que não se conheceu a invenção da escrita, uma casta, ou aristocracia, investida do poder judicial, era o único meio que poderia conservar, com 19 algum rigor, os costumes da raça ou da tribo. O costume aparece como expressão da legalidade, de forma lenta e espontânea, instrumentalizada pela repetição de atos, usos e 22 práticas. A invenção e a difusão da técnica da escritura, somadas à compilação de costumes tradicionais, 25 proporcionaram os primeiros códigos da Antiguidade, como o de Hamurábi, o de Manu, o de Sólon e a Lei das XII Tábuas. Constata-se, destarte, que os textos legislados e escritos eram 28 melhores depositários do direito e meios mais eficazes para conservá-lo que a memória de certo número de pessoas, por mais força que tivessem em função de seu constante exercício. 31 Esse direito antigo, tanto no Oriente quanto no Ocidente, não diferenciava, na essência, prescrições civis, religiosas e morais. Somente em tempos mais avançados da civilização é que se 34 começou a distinguir o direito da moral e a religião do direito. Certamente, de todos os povos antigos, foi com os romanos que o direito avançou para uma autonomia diante da religião e da 37 moral. 1 Antônio C. Walker. O direito nas sociedades primitivas. In: Antônio C. Walker (Org.) Fundamentos de história do direito. Belo Horizonte: Del Rey, 2006, p. 19-20 (com adaptações). Conforme as ideias apresentadas no texto, 1 a legislação escrita era mais confiável que a legislação instrumentalizada pela repetição de usos. 2 a evolução do direito desde as sociedades antigas passou por apenas dois períodos evolutivos. 3 nas sociedades antigas, a origem do direito esteve diretamente relacionada ao declínio do poder real exercido por monarcas hereditários e à emergência de aristocracias. 4 nas sociedades antigas, houve período em que o direito era consuetudinário, ou seja, baseava-se nas práticas, nos hábitos e nos costumes da sociedade. 5 Seriam mantidos o sentido e a correção do texto caso o termo “instrumentalizada” (L.21) fosse empregado no masculino: instrumentalizado. 6 O emprego do sinal indicativo de crase no trecho “somadas à compilação de costumes tradicionais” (L.24) é facultativo, razão por que sua supressão não acarretaria prejuízo para o sentido nem para a correção do período. 7 Na linha 8, o emprego de vírgula logo após “H. Summer Maine” prejudicaria a correção gramatical do período. 8 Tanto em “desenvolveu-se” (L.14) quanto em “Constata-se” (L.27), a partícula “se” desempenha a mesma função sintática. 9 Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, o trecho “As leis eram objeto (...) sua validez e sua aplicabilidade” (L. 5 a 7) poderia ser reescrito da seguinte forma: Enquanto objeto de respeito e veneração, assegurado por sanções sobrenaturais, dificilmente o homem primitivo questionava a própria validez e aplicabilidade. 10 Sem prejuízo do sentido do texto, o termo “destarte” (L.27) poderia ser substituído por contudo ou todavia. Texto para os itens de 11 a 22 A dimensão “ético-filosófica” do liberalismo denota afirmação de valores e direitos básicos atribuíveis à natureza moral e racional do ser humano. Suas diretrizes se assentam 4 nos princípios da liberdade pessoal, do individualismo, da tolerância, da dignidade e da crença na vida. Já o aspecto “econômico” refere-se, sobretudo, às condições que abrangem 7 a propriedade privada, a economia de mercado, a ausência ou minimização do controle estatal, a livre empresa e a iniciativa privada. Ainda como parte integrante desse referencial, 10 encontram-se os direitos econômicos, representados pelo direito de propriedade, o direito de herança, o direito de acumular riqueza e capital. Por último, a perspectiva 13 “político-jurídica” do liberalismo está calcada em princípios básicos como: consentimento individual, representação política, divisão dos poderes e descentralização administrativa, 16 entre outros. Tendo presente essas asserções genéricas, podemos compreender melhor as ambiguidades e os limites do 19 liberalismo brasileiro, porquanto, desde os primórdios, ele teve de conviver com uma estrutura político-administrativa patrimonialista e com uma dominação econômica escravista 22 das elites agrárias. Emília Viotti da Costa defende que não se deve realçar em demasia a importância das ideias liberais europeias nas convulsões sociais ocorridas no Brasil 25 (Inconfidência Mineira, Revolução Pernambucana etc.) desde fins do século XVIII, pois tais movimentos não chegaram a ter 1 grande alcance ideológico. Para a autora, a nova doutrina era 28 de conhecimento limitado entre determinados segmentos revolucionários. O que importa ter em vista é essa distinção entre o liberalismo europeu, como ideologia revolucionária 31 articulada por novos setores emergentes e forjados na luta contra os privilégios da nobreza, e o liberalismo brasileiro, uma versão mais restrita do liberalismo europeu. Antonio Wolkmer. História do direito no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2003, p. 63-4 (com adaptações). Julgue os próximos itens, relativos às ideias do texto. 11 O autor menciona as ideias defendidas por Emília Viotti da Costa como um contraponto a suas próprias ideias, e acaba por refutar as ideias da referida autora. 12 Conclui-se do texto que o autor apresenta uma reflexão, de cunho comparativo, acerca das relações estabelecidas entre movimentos sociais ocorridos no Brasil e sua vinculação com determinada doutrina europeia. 13 O autor defende que, seja na Europa, seja no Brasil, o liberalismo funcionou historicamente como uma ideologia predominantemente contrarrevolucionária. 14 Segundo o autor do texto, não há coerência entre a perspectiva ‘político-jurídica’ e a dimensão econômica do liberalismo. A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto, julgue os itens que se seguem. 15 Sem prejuízo para a correção gramatical ou para o sentido do período, o trecho “como ideologia revolucionária (...) os privilégios da nobreza” (L. 30 a 32) poderia ser substituído por: que era uma ideologia revolucionária articulada por novos setores emergentes e forjados na luta contra os privilégios da nobreza. 16 No segundo período do segundo parágrafo, a expressão “tais movimentos” (L.26) refere-se aos seguintes termos, expressos anteriormente, nesse mesmo período: “ideias liberais”, “convulsões sociais”, “Inconfidência Mineira” e “Revolução Pernambucana”. 17 A ideia introduzida pela conjunção “porquanto” (L.19) poderia ser expressa também por conquanto. 18 No texto, o vocábulo “calcada” (L.13) está empregado com o sentido de fundamentada, apoiada. 19 Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma verbal “encontram”, em “encontram-se os direitos econômicos” (L.10), poderia ser flexionada no singular: encontra-se os direitos econômicos. Julgue os itens que se seguem, referentes aos sentidos e a aspectos gramaticais do texto. 20 A forma verbal “denota” (L.1) poderia ser corretamente substituída, no texto, pelo seu sinônimo manifesta. 21 Para o autor do texto, o liberalismo tem sua origem relacionada a três elementos distintos: a dimensão ‘ético-filosófica’, a dimensão econômica e a perspectiva ‘político-jurídica’. 22 O terceiro período do primeiro parágrafo do texto poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: Agora cita-se o aspecto econômico relacionado, por princípio, a condições relativas à propriedade privada, a economia de mercado, a ausência ou minimização do controle estatal, a livre empresa e a iniciativa privada. Gabarito: 01.C 06.E 11.E 16.E 21.E 02.E 07.C 12.C 17.E 22.E 03.E 08.E 13.E 18.C 04.C 09.E 14.E 19.E 05.E 10.E 15.C 20.C Técnico/TJDF 2015 Texto para os itens de 1 a 12 Os juízes que se deparam com o tema dos conflitos familiares e da violência doméstica assistem a situações de violência extrema, marcadas pelo abuso das relações de afeto 4 e parentesco, pela deslealdade nas relações íntimas de afeto e confiança. A violência doméstica exclui e segrega os integrantes da família, pois as vítimas são muitas vezes 7 consideradas responsáveis pelas agressões que sofrem. É a mulher agredida quem “gosta de apanhar”, é a criança espancada quem “provoca” os pais. Obviamente os membros 10 da família ficam apavorados diante da possibilidade da agressão e da exclusão e temem pela própria vida quando dependem da família para sobreviver emocional ou 13 materialmente. Assim, todos são atingidos pela agressão a um deles dirigida. Importa destacar que a violência intrafamiliar pode se 16 dar tanto de forma omissiva, pela ausência de cuidados necessários ao desenvolvimento do indivíduo, de alimentação regular e abrigo, quanto comissiva, pela prática de atos que 19 violam a liberdade e a integridade física e psíquica da vítima, agressões físicas ou verbais. Esses atos são capazes de gerar sentimento de insegurança nos membros da família. No âmbito 22 doméstico, as agressões decorrem da vontade de dominar e subjugar o mais fraco, da luta por poder dentro de casa. A maior parte dos ataques tem motivos banais, como o 1 espancamento de mulheres que se recusam a preparar o almoço ou a esquentar a comida dos companheiros, ou, como no caso das crianças, o choro excessivo. 28 O processo judicial restaura a verdade dos fatos. O agressor é sentado no banco dos réus e é tratado como tal. A vítima tem o direito de expor a dor, o sofrimento e exigir a 31 reparação devida. Muitas vezes não se persegue o encarceramento do agressor, mas apenas a responsabilização pelos atos, de natureza cível ou criminal. O juiz observa as 34 partes com os olhos da lei, da equidade, da justiça. A justiça analisa tais casos dia após dia, noite após noite, e os diversos agentes envolvidos no amparo e proteção às vítimas 37 desenvolvem sensibilidade especial para o tema. E, movidos pela empatia com os mais fracos nas relações sociais e familiares, buscam ajudar a restabelecer a linguagem de 40 respeito entre os membros da comunidade familiar, propiciando o resgate dos sentimentos que a mantêm coesa e saudável. 25 Theresa Karina de Figueiredo Gaudêncio Barbosa. Paz em casa. In: Correio Braziliense, 26/2/2015 (com adaptações). apavoram-se, de fato, perante à possibilidade da agressão. Acerca dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue os itens seguintes. 8 No primeiro parágrafo, as aspas foram empregadas em trechos que reproduzem discursos de outras pessoas, e não da autora do texto. 9 Na linha 1, o “que” é um elemento expletivo, empregado apenas para dar realce a “Os juízes”. 10 Em “não se persegue” (L.31), a partícula “se” está empregada como um recurso para indeterminar o sujeito. No que se refere às ideias apresentadas no texto, julgue os itens que se seguem. 11 Em “que a mantêm coesa e saudável” (L. 41 e 42), o deslocamento do pronome “a” para logo após a forma verbal “mantêm” prejudicaria a correção gramatical do período. 1 A busca da manutenção de relações de poder assimétricas motiva grande parte dos atos de violência doméstica. 12 Em “Importa destacar” (L.15), a oração “destacar” exerce função de sujeito. 2 Em se tratando de violência doméstica, o objetivo do processo judicial é a responsabilização do agressor, estando a prisão desse agressor relegada a último plano. 3 A palavra-chave referente à violência intrafamiliar omissiva é omissão, ao passo que a referente à violência intrafamiliar comissiva é ação. 4 Nos casos de violência doméstica, muito comumente, há o que se pode denominar inversão da culpa, ou seja, observam-se vítimas sendo tratadas pelos seus agressores como responsáveis pela violência que sofrem. Cada um dos itens a seguir, que apresenta uma proposta de reescrita de trecho do texto — entre aspas —, deve ser julgado certo se, ao mesmo tempo, a proposta estiver gramaticalmente correta e não acarretar prejuízo ao sentido original do texto, ou errado, em caso contrário. 5 “Esses atos (...) membros da família” (L. 20 e 21): É capaz desses atos gerarem sentimento de insegurança nos membros da família. 6 “O agressor (...) como tal” (L.29): O agressor sentase no banco dos réus e como réu ele é considerado. 7 “Obviamente os membros da família (...) da agressão” (L. 9 a 11): Os integrantes da família Texto para os itens de 13 a 21 Ouro em FIOS A natureza é capaz de produzir materiais preciosos, como o ouro e o cobre — condutor de ENERGIA ELÉTRICA. O ouro já é escasso. A energia elétrica caminha para 4 isso. Enquanto cientistas e governos buscam novas fontes de energia sustentáveis, faça sua parte aqui no TJDFT: — Desligue as luzes nos ambientes onde é possível 7 usar a iluminação natural. — Feche as janelas ao ligar o ar-condicionado. — Sempre desligue os aparelhos elétricos ao sair do 10 ambiente. — Utilize o computador no modo espera. Fique ligado! Evite desperdícios. 1 Energia elétrica. A natureza cobra o preço do desperdício. Internet: <www.tjdft.jus.br> (com adaptações). Considerando as ideias expressas no texto, bem como seus aspectos tipológicos e linguísticos, julgue os itens subsequentes. 13 A expressão “Fique ligado” (L.12), típica da oralidade, é empregada no texto com o significado de fique atento e funciona como uma estratégia para estabelecer uma relação de proximidade com o interlocutor. 14 Há no texto elementos característicos das tipologias expositiva e injuntiva. 15 A finalidade do texto é alertar o interlocutor sobre as consequências que podem resultar do desperdício de energia elétrica e apresentar-lhe um conjunto de ações recomendadas pelo TJDFT com vistas a evitar o desperdício de energia elétrica. Tendo como referência os aspectos gramaticais do texto, julgue os próximos itens. 16 A oração “usar a iluminação natural” (L.7) exerce a função de complemento do adjetivo “possível” (L.6). 17 Na linha 2, o termo “como o ouro e o cobre” expressa uma informação que torna mais preciso o significado de “materiais preciosos” (L.1). 18 A oração “de produzir materiais preciosos” (L.1) e o termo “de ENERGIA ELÉTRICA” (L.2) desempenham a mesma função sintática no período. 19 A vírgula empregada logo depois de “sustentáveis” (L.5) é obrigatória, e sua supressão prejudicaria a correção gramatical do texto. 20 O pronome “isso” (L.4) retoma a ideia expressa no primeiro período do parágrafo, ou seja, refere-se ao fato de o ouro ser escasso. 21 A substituição da palavra “energia”, em “novas fontes de energia sustentáveis” (L. 4 e 5) por energias prejudicaria a clareza do texto, por resultar em ambiguidade em relação ao termo que a palavra “sustentáveis” modifica. XXX n.º 524/1991/SG-PR Com base na normatização das correspondências oficiais prevista no Manual de Redação da Presidência da República, julgue os itens a seguir, tendo como referência o texto precedente. 22 O emprego de expressões como “tenho a honra de solicitar a Sua Senhoria” é indispensável, conforme o referido manual, como forma de cortesia nas correspondências oficiais. 23 Atenderia às exigências da impessoalidade e da formalidade da correspondência oficial, além do emprego da norma padrão, a seguinte reescrita para o último parágrafo do texto: Solicita-se que a confirmação do agendamento seja enviada o mais breve possível a fim de que a data e o horário sejam informados aos funcionários deste órgão que participarão da visita. 24 Infere-se do emissor e do destinatário que o texto é um memorando. 25 O pronome de tratamento “Vossa Excelência” está corretamente empregado no vocativo do texto, uma vez que a correspondência dirige-se a uma pessoa que ocupa cargo de alta hierarquia na administração pública. 26 Nesse tipo de comunicação oficial, é desnecessário o emprego do vocativo, conforme o referido manual. 27 O fecho “Cordialmente” é uma das formas estabelecidas pelo referido manual. Gabarito: 01.E 02.E 03.C 04.C 05.E 06.E 07.E 08.C 09.E Brasília, 5 de março de 2005. 10.E 11.C 12.C 13.C 14.C 15.E 16.E 17.C 18.C Vossa Excelência o Deputado Pedro Antonio Secretário-Geral de Recursos Humanos da Câmara Federal 19.C 20.E 21.E 22.E 23.C 24.E 25.E 26.E 27.C 1. Em atendimento ao Projeto Interinstitucional de Capacitação Técnica dos Servidores Públicos do Governo Federal, tenho a honra de solicitar a Sua Senhoria o agendamento de visita técnica e reunião para intercâmbio de procedimentos e rotinas entre os funcionários das unidades de Edições Técnicas da Câmara Federal e do Tribunal de Justiça. 2. Solicitamos, conforme entendimentos prévios entre os órgãos, que seja marcado a data de 1º/4/2005 para a referida visita, que deverá ocorrer no período vespertino, entre as 14h e as 18h. 3. Ao todo serão deslocados nesta data para as dependências da Unidade de Edições Técnicas da Câmara Federal cinco funcionários que trabalham diretamente com revisão de textos, preparação de originais e editoração eletrônica. 4. Preciso que a confirmação do agendamento seja enviada o mais rapidamente possível a fim de que possamos chamar os funcionários e dizer que eles têm esse compromisso e que não podem faltar. Cordialmente, Nilma Ariela Diretora de Recursos Humanos do Tribunal de Justiça Técnico – cargo 2/TJDF 2015 O objetivo do direito é a paz. A luta é o meio de consegui-la. Enquanto o direito tiver de repelir o ataque causado pela injustiça — e isso durará enquanto o mundo 4 estiver de pé —, ele não será poupado. A vida do direito é a luta: a luta de povos, de governos, de classes, de indivíduos. Todo o direito do mundo 7 foi assim conquistado. Todo ordenamento jurídico que se lhe contrapôs teve de ser eliminado e todo direito, o direito de um povo ou o de um indivíduo, teve de ser conquistado com luta. 10 O direito não é mero pensamento, mas sim força viva. Por isso, a justiça segura, em uma das mãos, a balança, com a qual pesa o direito, e, na outra, a espada, com a qual o defende. 13 A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a fraqueza do direito. Ambas se completam e o verdadeiro estado de direito só existe onde a força, com a qual a justiça 16 empunha a espada, é usada com a mesma destreza com que a justiça maneja a balança. O direito é um labor contínuo, não apenas dos 1 governantes, mas de todo o povo. Cada um que se encontra na situação de precisar defender seu direito participa desse trabalho, levando sua contribuição para a concretização da 22 ideia de direito sobre a Terra. 19 Rudolf von Ihering. A luta pelo direito. Tradução de J. Cretella Jr.e Agnes Cretella. 5.ª ed. revista da tradução. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 31 (com adaptações). Com referência às ideias apresentadas no texto precedente e a seus aspectos linguísticos, julgue os itens a seguir. 1 O uso combinado de “não é mero” como “mas sim”, no primeiro período do terceiro parágrafo do texto, tem o papel de mostrar que o direito, além de ser pensamento, é também uma força viva. 2 O direito é um produto histórico que resulta de constante luta de uma coletividade ou de um indivíduo. Socioambiental Viver Direito objetiva indicar e programar ações bem como sensibilizar os públicos interno e externo 19 quanto ao exercício dos direitos sociais, à gestão adequada dos resíduos gerados pelo órgão, ao combate a todas as formas de desperdício dos recursos naturais e à inclusão de critérios 22 socioambientais nos investimentos, nas construções, nas compras e nas contratações de serviços da instituição. Art. 3.º Define-se como meta permanente do Viver 25 Direito a gestão ambientalmente saudável, caracterizada pela adoção de práticas ecologicamente eficientes, que visem poupar matéria-prima, água e energia, bem como enfatizem a 28 reciclagem de resíduos e a promoção da cidadania e da paz social, com base no desenvolvimento do ser humano e na preservação da vida. Internet: <www.tjdft.jus.br> (com adaptações). A respeito das estruturas linguísticas do texto precedente, julgue os itens subsequentes. 8 O termo “ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável” (L. 14 e 15) exerce a função de predicativo. 3 A espada e a balança representam dois conceitos a partir dos quais se constrói o sentido do direito, sentido esse que se descaracteriza na falta de um deles. 9 O deslocamento da partícula “se”, em “Define-se” (L.24), para o início do período — escrevendo-se Se define — prejudicaria a correção gramatical do texto. 4 Por ser um trabalho contínuo e de todo o povo, todos os cidadãos são chamados a tomar parte na tarefa de concretizar a ideia do direito sobre a Terra. 10 Na linha 8, o antecedente do pronome relativo “cuja” é “base”, o que justifica o emprego do feminino singular nesse pronome. 5 Ao se utilizar da luta como o meio para alcançar seu objetivo, o direito promove a ressignificação dos conceitos de luta e de paz, passando a encará-los como conceitos complementares. 11 O termo “à recuperação do meio ambiente” (L. 12 e 13) desempenha a função de complemento verbal na oração em que ocorre. 6 A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso a oração “que se lhe contrapôs” (L. 7 e 8) fosse reescrita como que foi contraposto a ele. 12 A correção gramatical do texto seria mantida caso a vírgula empregada logo após a palavra “sustentáveis” (L.13) fosse suprimida. Texto para os itens de 13 a 21 Os dados revelam realidade alarmante: conforme o IPEA, 63% das pessoas envolvidas em conflito não aciona o sistema de justiça; a prática de tortura é sistêmica, segundo as 4 Nações Unidas; o sistema carcerário, cuja população aumentou 67% nos últimos 10 anos, é medieval e dá em oferenda nossos jovens (negros em sua maioria) à rede de facções criminosas. 7 A violência contra os segmentos mais vulneráveis (idosos, crianças, negros, mulheres, deficientes, população indígena e LGBT) ecoa na sociedade pelas vozes que incitam o ódio sob 10 o manto de pretensa imunidade. No cenário de exclusão e violência, é preciso radicalizar a política de ampliação do acesso à justiça. Para 13 tanto, não basta a inclusão no sistema da maioria excluída. Há consenso de que o acesso à justiça não se limita ao direito de acessar o Judiciário. Para que a promoção da justiça seja tarefa 16 de todos, é necessário romper os limites das liturgias forenses e levar a justiça onde o conflito está, ou seja, na vida, na casa e na rua. Nesse sentido, a política de universalização do acesso 19 à justiça deve contemplar dois eixos de atuação: o de proteção dos direitos violados (inclusive quando o órgão violador é o próprio Estado) e o de prevenção da violência, por meio do 1 7 A forma verbal “defende” (L.12) está flexionada na terceira pessoa do singular por concordar com seu sujeito, cujo referente é “a justiça” (L.11). OProgramadeResponsabilidade Socioambiental Viver Direito do TJDFT foi instituído por meio da Portaria GPR n.º 1.313/2012. As bases do Programa Viver 4 Direito, seus objetivos e sua meta permanente são apresentados, respectivamente, nos artigos 1.º, 2.º e 3.º da referida portaria, os quais são transcritos abaixo: 7 Art. 1.º Reeditar o Programa de Responsabilidade Socioambiental do TJDFT Viver Direito, cuja base é a Agenda Socioambiental do TJDFT que, em permanente revisão, 10 estabelece novas ações sociais e ambientais e as integra às existentes no âmbito do Poder Judiciário do Distrito Federal e Territórios, visando à preservação e à recuperação do meio 13 ambiente, por meio de ações sociais sustentáveis, a fim de torná-lo e mantê-lo ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável. 16 Art. 2.º O Programa de Responsabilidade 1 envolvimento da sociedade na formulação de uma política que assegure direitos e promova a paz. No primeiro eixo, é preciso coragem para a adoção de 25 políticas públicas no âmbito penal com franco apelo popular: firmeza no combate à tortura e à violência policial, reestruturação da política penitenciária e fortalecimento da 28 defensoria pública para assegurar a proteção dos direitos humanos. Não é aceitável que o Brasil pretenda consolidar sua democracia praticando um direito penal patrimonialista e 31 revanchista que olha para o passado, julga e pune, sob a pretensão de que a privação da liberdade vai “reeducar” o indivíduo a viver em sociedade. 34 Os estatutos penais devem absorver as práticas restaurativas que recuperam as relações afetadas pela violência. São inúmeras as alternativas penais possíveis que, por sua 37 efetividade, afastam a impunidade: as prestações de serviços comunitários; os círculos restaurativos nos moldes da Resolução n.º 2.002/2012 da Organização das Nações Unidas; 40 a mediação de conflitos no âmbito penal, civil e familiar. No eixo da prevenção da violência, a sociedade pode promover a justiça comunitária antes da judicialização dos conflitos, por 43 meio da mediação, da educação para os direitos e da articulação de uma rede de participação na gestão da comunidade. 46 A política de acesso à justiça deve mobilizar todos os segmentos sociais contra a violência que emerge no cotidiano, dentro e fora do Estado. Para além das múltiplas portas que o 49 sistema de justiça deve abrir, é necessária a adoção de espaços livres de coerção para a construção de uma justiça acessível, mas, sobretudo, realizada por todos. 22 Glaúcia Falsarella Foley. Nova política de acesso à justiça é possível. In: Correio Braziliense, 22/12/2014 (com adaptações). ideia que é corroborada pela descrição de uma série de fatos relevantes. 17 A oração “radicalizar a política de ampliação do acesso à justiça” (L.12) e o termo “consenso” (L.14) exercem a mesma função sintática nos períodos em que ocorrem. 18 O uso do modo subjuntivo em “que assegure direitos e promova a paz” (L. 22 e 23) indica que a ideia expressa nessas orações é uma possibilidade. 19 No segundo período do terceiro parágrafo, a escolha vocabular — exemplificada por “revanchista” (L.31), entre outros exemplos — e o uso de certas estruturas sintáticas — ilustradas por “Não é aceitável” (L.29) — contribuem para a veiculação da opinião da autora do texto. 20 O emprego do verbo “dever” e o uso das expressões “ser preciso” e “ser necessário” ao longo do texto servem para sinalizar ações consideradas importantes e programáticas no desenvolvimento de uma nova política de acesso à justiça. 21 Em “mas, sobretudo, realizada por todos” (L.51), a palavra “sobretudo” significa especialmente e serve para reforçar a ideia de oposição veiculada pela conjunção “mas”. A respeito das ideias apresentadas no texto, julgue os itens seguintes. ***. 118/MJ Em 12 de maio de 2011 13 Historicamente, a sociedade tem atuado à sombra do Poder Judiciário na luta contra a violência. Atualmente, essa situação mudou e o envolvimento da sociedade na formulação de políticas de prevenção da violência é cada vez mais fundamental. 14 A universalização do acesso à justiça é dificultada pela distância entre os órgãos da justiça e os lugares onde ocorrem conflitos e pela existência de muitos espaços marcados por coerções, exclusões e violência. À Excelentíssima Sra. Chefe da Gerência de Manutenção e Tecnologia do MJ Assunto: Administração. Pedido de agendamento de manutenção em equipamentos. 1. Com o objetivo de dar cumprimento ao Plano Geral de Reparos e Modernização dos equipamentos de tecnologia deste Órgão, gentilmente, solicito a Você o agendamento de visita técnica a este Departamento. 2. Durante as últimas semanas, foram constatados diversos defeitos nos computadores e nos monitores utilizados pelos funcionários. Será necessário reparos e substituições de alguns equipamentos. Por esta razão, solicitamos que a equipe de manutenção dirija-se ao local com peças de substituição. 15 A radicalização das políticas de promoção da justiça, defendida no texto, não se esgota em medidas de inclusão da maioria excluída no sistema judiciário, devendo contemplar medidas de proteção de direitos violados e medidas de prevenção de violência. 3. Os equipamentos a serem substituídos são três teclados e três estabilizadores, conforme relatório produzido pela área técnica do Departamento, que segue anexo. No que se refere aos aspectos linguísticos do texto, julgue os próximos itens. Respeitosamente, 16 No primeiro parágrafo do texto, utiliza-se trecho de natureza descritiva para fundamentar a argumentação, pois o parágrafo se inicia com uma 4. Solicitamos que o agendamento seja realizado o mais rapidamente possível pois a inoperância dos equipamentos ocasiona atraso no andamento dos processos que estão sob nossa responsabilidade. Maria Helena Júlia Diretora do Departamento de Comunicação Social do MJ Com base no disposto no Manual de Redação Oficial da Presidência da República, julgue os próximos itens, tendo como referência o texto apresentado. 22 Infere-se do emprego do fecho “Respeitosamente” que o texto estabelece uma comunicação entre chefias de unidades administrativas. 23 O texto, uma comunicação administrativa entre unidades administrativas de um mesmo órgão, classifica-se como memorando. 24 O posicionamento adotado para a data e a numeração do documento está em desacordo com o disposto no referido manual para o padrão ofício de documentos oficiais. 25 O emprego do vocativo “Excelentíssima” está adequado e justifica-se pelo fato de a destinatária do documento ocupar cargo de chefia de unidade administrativa. 26 Para garantir a correção gramatical e a adequação da linguagem, o pronome “Você” deveria ser substituído por Sua Excelência, considerando-se o cargo ocupado pela autoridade a que o documento se destina. Gabarito: 01.X 02.C 03.C 04.E 05.E 06.E 07.C 08.C 09.C 10.E 11.C 12.E 13.E 14.E 15.C 16.E 17.E 18.C 19.C 20.C 21.E 22.E 23.C 24.C 25.E 26.E 01. Foi anulada Técnico/TREGO 2015 Texto I Em 1880, o deputado Rui Barbosa, da Bahia, redigiu, a pedido do presidente do Conselho de Ministros, José Antônio Saraiva, o projeto de lei de reforma eleitoral. Em abril de 1880, 4 o Ministério do Império enviaria o documento à Câmara dos Deputados. Aprovado posteriormente pelo Senado, em janeiro do ano seguinte seria transformado no Decreto n.º 3.029 e 7 ficaria popularmente conhecido como Lei Saraiva. Por intermédio dela, seriam instituídas eleições diretas no país para todos os cargos, à exceção do de regente, amparado pelo Ato 10 Adicional. Naquela época, o voto não era universal: para participar do processo eleitoral, requeriam-se 200 mil réis de 13 renda líquida anual comprovada. Havia, no entanto, a previsão de dispensa de comprovação de rendimentos, que se aplicava a inúmeras autoridades, como, entre outros, ministros, 16 conselheiros de estado, bispos, presidentes de província, deputados, promotores públicos. Praças militares e policiais não podiam alistar-se. 19 Para candidatar-se, o cidadão, além de não ter sido pronunciado em processo criminal, deveria auferir renda proporcional à importância do cargo pretendido. Deveria, 22 ainda, solicitar por escrito o seu alistamento na paróquia em que fosse domiciliado. Candidatos a vereador e a juiz de paz tinham apenas de comprovar residência no município e no distrito por mais de dois anos; candidatos a deputado provincial, dois anos na província; candidatos a deputado geral, renda anual de 800 mil réis; e candidatos a senador deviam 28 comprovar, além da idade de quarenta anos, a percepção de renda anual de um milhão e seiscentos mil réis. Uma modificação digna de nota é que, a partir daquela 31 década, os trabalhos eleitorais não seriam mais precedidos de cerimônias religiosas, como era habitual antes da edição da Lei Saraiva. Refletindo a relação entre o Estado e a Igreja, já havia 34 ocorrido que algumas eleições fossem realizadas em templos religiosos; a partir da lei, apenas na falta de outros edifícios os pleitos poderiam ser realizados em igrejas, muito embora fosse 37 possível afixar nelas — como locais públicos que eram — editais informando eliminações, inclusões e alterações nos alistamentos. 25 Títulos eleitorais: 1881-2008. Brasília: Tribunal Superior Eleitoral, Secretaria de Gestão da Informação, 2009 p. 11-2. Internet: <www.tse.jus.br> (com adaptações) Julgue os itens que se seguem com base nas ideias do texto I. 1 A partir da entrada em vigor da Lei Saraiva, a Igreja deixou de interferir nas questões de Estado. 2 De acordo com o texto, cartazes com informações eleitorais poderiam ser afixados em locais públicos. 3 As eleições diretas no Brasil tiveram início em 1880. 4 A possibilidade de eleição direta para o cargo de regente não foi considerada pela Lei Saraiva. 5 Na época a que o texto se refere, todo candidato a cargo público deveria comprovar o atendimento a requisitos de idade e rendimento anual. 1 Com relação às estruturas linguísticas do texto I, julgue os itens seguintes. 6 Caso a vírgula que sucede o vocábulo “eleitoral” (L.12) fosse suprimida, o sentido do texto seria preservado, mas não a sua correção gramatical. 7 Na linha 26, as vírgulas empregadas após os vocábulos “provincial” e “geral” evitam a repetição da expressão “tinham apenas de comprovar”, já expressa na linha 24. 8 O tempo empregado nas formas verbais “enviaria” (L.4), “seria transformado” (L.6), “ficaria” (L.7) e “seriam instituídas” (L.8) dá a entender que as ações correspondentes a essas formas verbais não se concretizaram, de fato, no ano de 1880. Texto II A votação paralela é um mecanismo adotado pela justiça eleitoral para confirmar a credibilidade do sistema de voto eletrônico. Na véspera da eleição, em cada um dos vinte 4 e sete tribunais regionais eleitorais (TREs), são sorteadas uma seção da capital e de duas a quatro seções do interior em cada estado e no Distrito Federal (DF) para a cessão de urnas a 7 serem testadas. Logo a seguir, os equipamentos são retirados dos seus locais de origem e levados, ainda no sábado, para as sedes dos 10 TREs, onde permanecem sob vigilância. Na semana que antecede o dia da votação, representantes de partidos políticos são convocados pelos 13 TREs para preencherem certa quantidade de cédulas de votação. Esses votos em cédulas são depositados em urnas de lona lacradas. 16 Na votação paralela, o conteúdo das cédulas é digitado nas urnas eletrônicas sorteadas. Ao final, confrontam-se os resultados do boletim das urnas eletrônicas com aqueles 19 obtidos no computador. Os juízes eleitorais, após serem informados pelos magistrados dos TREs de que urnas de sua seção foram 22 sorteadas, providenciam a substituição dos equipamentos por outros do estoque de reserva. Em cada estado e no DF, há uma comissão de votação 25 paralela para cuidar da organização e condução dos trabalhos, composta por um juiz de direito e quatro servidores da justiça eleitoral. 1 Por dentro da urna. Brasília: Tribunal Superior Eleitoral, 2010, 2.a ed.,rev. e atual., p. 15-16. Internet: <www.tse.jus.br> (com adaptações). Cada um dos itens a seguir apresenta uma proposta de reescrita de trecho do texto II — indicado entre aspas —, que deve ser julgada certa se estiver gramaticalmente correta e mantiver o sentido do texto, ou errada, em caso contrário. 9 “A votação paralela (...) de voto eletrônico” (L. de 1 a 3): O mecanismo adotado pela justiça eleitoral para confirmar a credibilidade do sistema de voto eletrônico é chamado de votação paralela 10 “são sorteadas (...) e no Distrito Federal (DF)” (L. de 4 a 6): é sorteada uma seção da capital e entre duas e quatro seções do interior em cada estado e no Distrito Federal (DF) 11 “Logo a seguir, (...) sob vigilância” (L. de 8 a 10): Em seguida, retiram-se os equipamentos dos seus locais de origem e levam-se, ainda no sábado, para as sedes dos TREs, onde as quais permanecem sob vigilância 12 “Na semana (...) cédulas de votação” (L. de 11 a 14): Na semana precedente ao dia do sufrágio, os TREs convocam representantes de partidos políticos para preencher determinada quantidade de cédulas de votação 13 “Na votação paralela, (...) nas urnas eletrônicas sorteadas” (L. 16 e 17): Na votação paralela, o conteúdo das cédulas são digitados nas urnas eletrônicas sorteadas 14 “Os juízes eleitorais (...) estoque de reserva” (L. de 20 a 23): Os juízes eleitorais, após serem informados pelos magistrados dos TREs de que urnas de sua seção foram sorteadas, procedem à substituição dos equipamentos por outros do estoque de reserva 15 “Em cada estado (...) da justiça eleitoral” (L. de 24 a 27): Para cuidar da organização e condução dos trabalhos de cada estado há uma comissão de votação paralela, as quais são compostas por um juiz de direito e quatro servidores da justiça eleitoral Texto III O Decreto n.º 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, primeiro Código Eleitoral pátrio, instituiu a justiça eleitoral no Brasil, com funções contenciosas e administrativas. Eram seus 4 órgãos: um Tribunal Superior (de justiça eleitoral — o decreto não menciona justiça eleitoral), na capital da República; um tribunal regional, na capital de cada estado, no DF e na sede do 7 governo do território do Acre, além de juízes eleitorais nas comarcas e nos distritos. O Tribunal Superior — de justiça eleitoral — com jurisdição em todo o território nacional, 10 compunha-se de oito membros efetivos e oito substitutos, e era presidido pelo vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). A ele se somavam dois membros efetivos e dois 13 substitutos, sorteados dentre os ministros do STF, além de dois efetivos e dois substitutos, sorteados dentre os desembargadores da Corte de Apelação do DF. Por fim, 16 integravam a Corte três membros efetivos e quatro substitutos, escolhidos pelo chefe do governo provisório dentre quinze cidadãos, indicados pelo STF, desde que atendessem aos 19 requisitos de notável saber jurídico e idoneidade moral. Dentre seus membros, elegia o Tribunal Superior, em escrutínio secreto, por meio de cédulas com o nome do juiz e a 22 designação do cargo, um vice-presidente e um procurador para exercer as funções do Ministério Público, tendo este último a denominação de procurador-geral da justiça eleitoral. Em 25 relação a esse cargo, nota-se uma peculiaridade, à época da criação do Tribunal Superior: o procurador-geral da justiça eleitoral não era o procurador-geral da República, mas sim um 28 membro do próprio tribunal. 1 As formas de composição do TSE: de 1932 aos dias atuais. Brasília: Tribunal Superior Eleitoral, Secretaria de Gestão da Informação, 2008, p. 11. Internet: <www.tse.jus.br> (com adaptações). !F De acordo com as informações apresentadas no texto III, 16 diferentemente dos anos que se seguiram, em 1932 o procurador-geral da justiça eleitoral era um membro do próprio Tribunal Superior — de justiça eleitoral. 17 antes de 1932, as funções da justiça eleitoral no Brasil não eram contenciosas nem administrativas. Com referência às estruturas linguísticas do texto III, julgue os itens a seguir. 18 Se a preposição a presente na contração “aos” (L.18) fosse suprimida, a função sintática da expressão “requisitos de notável saber jurídico e idoneidade moral” (L.19) seria alterada, mas a correção gramatical do texto seria mantida. 19 Na linha 23, a expressão “este último” remete ao último órgão mencionado no período: o “Ministério Público”. 20 O emprego de acento indicativo de crase na expressão “A ele” (L.12) — À ele — prejudicaria a correção gramatical do texto. 21 A correção gramatical do texto seria preservada caso se pospusesse, na linha 12, o pronome “se” à forma verbal “somavam”, da seguinte forma: somavam-se. 22 Caso a vírgula que sucede o nome “cidadãos” (R.18) fosse suprimida, a correção gramatical do texto seria mantida. 23 Na linha 20, o sujeito da forma verbal “elegia” é o termo “o Tribunal Superior”. Mem. 03/2015 – SePes Goiânia, 21 de janeiro de 2015. Ao Senhor Chefe do Setor de Estágios (SEst) Assunto: Novos procedimentos para envio de frequência de estagiários 1. Para garantir mais agilidade em relação ao pagamento da bolsa-estágio, informo que, a partir do mês de abril deste ano, serão adotados novos procedimentos para o envio da frequência dos estagiários ao Setor de Pessoal (SePes). 2. A frequência mensal de cada estagiário deverá ser enviada para o endereço de email do SePes até o quinto dia útil de cada mês. 3. As informações do email devem ser complementadas com anexo contendo a planilha de frequência de estagiários, carimbada e assinada pelo chefe do SEst e pelos estagiários. 4. A observância desses procedimentos é essencial para evitar atrasos no pagamento da bolsa. Atenciosamente, (espaço para assinatura) [nome do signatário] Chefe do Setor de Pessoal Com base no Manual de Redação da Presidência da República, julgue os itens seguintes, relativos à correspondência oficial hipotética apresentada. 24 A finalidade comunicativa do expediente em apreço é anunciar novas diretrizes a serem seguidas pelo SEst na comunicação da frequência dos estagiários ao SePes. 25 A substituição do fecho “Atenciosamente” por Respeitosamente, apesar de denotar impessoalidade, característica dos textos oficiais, seria inadequada no expediente oficial em questão. 26 No tipo de texto oficial ilustrado, a assinatura e a indicação do cargo da autoridade que o expede constituem informações obrigatórias para a identificação do signatário, ao passo que o nome dessa autoridade constitui informação opcional. 27 Na situação considerada, quando for enviado, o email com a frequência dos estagiários terá seu valor documental garantido por duas razões: por envolver dois setores de um mesmo órgão público e por conter informações de caráter meramente administrativo. 28 Se, na situação em apreço, o SePes não tivesse determinado oemail como via para a remessa da planilha de frequência de estagiários pelo SEst, este poderia fazer uso do memorando. 29 As regras da norma padrão do português seriam respeitadas se, no parágrafo 4 do texto, a expressão “para evitar” fosse substituída por para que se evite. 30 A situação comunicativa mediada pelo texto em questão envolve três interlocutores: o chefe do SePes (comunicador), o chefe do SEst (destinatário direto) e os estagiários (destinatários indiretos). Gabarito: 01.E 06.E 11.C 16.E 21.C 26.E 02.E 07.C 12.E 17.E 22.E 27.C 03.C 08.C 13.C 18.E 23.C 28.E 04.E 09.C 14.C 19.E 24.E 29.E 05.C 10.E 15.E 20.E 25.C 30.E