Provas Cespe 2014/2015 – Português OBS.: De acordo com o

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Provas Cespe 2014/2015 – Português
OBS.: De acordo com o comando a que cada um dos
itens a seguir se refira, marque, na folha de
Respostas/texto definitivo, para cada item: o campo
designado com o código C, caso julgue o item
CERTO; ou o campo designado com o código E,
caso julgue o item ERRADO. A ausência de
marcação ou a marcação de ambos os campos não
serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação
negativa.
 Agente Administrativo/MTE 2014
Nos últimos cinquenta anos, um dos fatos mais
marcantes ocorrido na sociedade brasileira foi a inserção
crescente das mulheres na força de trabalho. Esse contínuo
4 crescimento da participação feminina é explicado por uma
combinação de fatores econômicos e culturais. Primeiro, o
avanço da industrialização transformou a estrutura produtiva,
7 e a queda das taxas de fecundidade proporcionou o aumento
das possibilidades de as mulheres encontrarem postos de
trabalho na sociedade. Segundo, a rebelião feminina do final
10 dos anos 60 do século passado, nos Estados Unidos da América
e na Europa, chegou às nossas terras e fez ressurgir o
movimento feminista nacional, aumentando a visibilidade
13 política das mulheres na sociedade brasileira. Esse sucesso
influenciou o comportamento e os valores sociais das mulheres,
visto que proporcionou alterações na formação da identidade
16 feminina. A redefinição dos papéis femininos aconteceu em
todas as classes sociais e elevou a taxa de participação
feminina no mundo do trabalho e da política.
Internet: <www.mte.gov.br> (com adaptações)
No que se refere ao texto acima, julgue os próximos
itens.
01 Estaria mantida a correção gramatical e o sentido
original do primeiro período do texto se ele fosse
reescrito da seguinte forma: Há cinquenta anos, um
dos fatos mais marcantes ocorreram na sociedade
brasileira: inserção crescente das mulheres na força de
trabalho.
02 Os termos “Nos últimos cinquenta anos” (L.1),
“Primeiro” (L.5) e “Segundo” (L.9) contribuem para a
progressão das ideias no texto.
03 O trecho “Esse sucesso influenciou o
comportamento e os valores sociais das mulheres”
(L.13-14) poderia ser corretamente reescrito da
seguinte forma: Esse sucesso influenciou no
comportamento e nos valores sociais das mulheres.
exclusivamente a fatores culturais e à formação da
identidade feminina.
05 O texto pode ser classificado como narrativo, por
apresentar a história da inserção das mulheres na força
de trabalho.
É importante fazer uma diferenciação das expressões
relação de trabalho e relação de emprego. A expressão relação
de trabalho representa o gênero, do qual a relação de emprego
4 é uma espécie. Podemos dizer que o gênero “relação de
trabalho” engloba, além da relação de emprego, outras formas
de prestação/realização de trabalho como o trabalho voluntário,
7 o trabalho autônomo, o trabalho portuário avulso, o trabalho
eventual, o trabalho institucional e o trabalho realizado pelo
estagiário. Assim, toda relação de emprego (espécie) é uma
10 relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho é uma
relação de emprego.
Para compreendermos o alcance das expressões
13 relação de trabalho e relação de emprego, é importante termos
claro o alcance de alguns termos utilizados no nosso cotidiano.
Por exemplo, a carteira de trabalho e previdência social
16 (CTPS) está ligada à relação de trabalho subordinado que
corresponde ao vínculo de emprego. Nem todos os tipos de
relações de trabalho são registrados na CTPS, mas todos os
19 tipos de relação de emprego são registrados no referido
documento.
Ricardo Jahn. Relação de emprego e
de trabalho - diferenciação.
In: O Sul, set./2010 (com adaptações).
1
Acerca dos aspectos linguísticos e das ideias do texto
acima, julgue os itens a seguir.
6 As expressões “outras formas de prestação/
realização de trabalho” (L.5-6) e “o alcance das
expressões relação de trabalho e relação de emprego”
(L.12-13) desempenham a mesma função sintática nos
períodos em que ocorrem.
7 No trecho “está ligada à relação de trabalho
subordinado que corresponde ao vínculo de emprego”
(L.16-17), seria mantida a correção gramatical caso se
substituísse o elemento “que” por a que, embora as
relações entre os termos da oração fossem alteradas.
8 Os termos “como” (L.6) e “Por exemplo” (L.15) são
usados com a mesma finalidade no texto: ilustrar o
que se disse anteriormente.
9 Caso se substituísse o conectivo “mas” (L.10) por
no entanto, seriam mantidos a correção gramatical e
o sentido do texto.
10 Depreende-se do texto que os termos “relação de
trabalho” e “relação de emprego” são antônimos.
Durante os primeiros minutos, Honório não pensou
nada; foi andando, andando, andando, até o Largo da Carioca.
No Largo parou alguns instantes, enfiou depois pela Rua da
4 Carioca, mas voltou logo, e entrou na Rua Uruguaiana. Sem
1
04 Depreende-se do texto que a participação das
mulheres na sociedade brasileira deve-se
saber como, achou-se daí a pouco no Largo de S. Francisco de
Paula; e ainda, sem saber como, entrou em um Café. Pediu
7 alguma cousa e encostou-se à parede, olhando para fora. Tinha
medo de abrir a carteira; podia não achar nada, apenas papéis
e sem valor para ele. Ao mesmo tempo, e esta era a causa
10 principal das reflexões, a consciência perguntava-lhe se podia
utilizar-se do dinheiro que achasse. Não lhe perguntava com o
ar de quem não sabe, mas antes com uma expressão irônica e
13 de censura. Podia lançar mão do dinheiro, e ir pagar com ele a
dívida? Eis o ponto. A consciência acabou por lhe dizer que
não podia, que devia levar a carteira à polícia, ou anunciá-la;
16 mas tão depressa acabava de lhe dizer isto, vinham os apuros
da ocasião, e puxavam por ele, e convidavam-no a ir pagar a
cocheira. Chegavam mesmo a dizer-lhe que, se fosse ele que a
19 tivesse perdido, ninguém iria entregar-lha; insinuação que lhe
deu ânimo.
Machado de Assis. A carteira. In: Obra completa de
Machado de Assis, vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
1994.
Julgue os itens subsequentes, referentes às ideias e às
estruturas linguísticas do texto acima.
11 Na linha 15, a forma pronominal “la”, em
“anunciá-la”, refere se a “polícia”.
12 Infere-se do trecho acima que o personagem está
angustiado pelo fato de ter encontrado uma carteira e
pelo dilema de usar ou não o dinheiro, que por acaso
pudesse encontrar dentro dela.
13 Por tratar de um conflito interior acerca da ética e
da moral, o trecho acima é predominantemente
dissertativo.
14 O termo “se”, na linha 7 e na linha 10, pertence à
mesma classe gramatical.
15 A expressão “lançar mão do dinheiro” (L.13), no
contexto em que é utilizada, significa pegar o
dinheiro para si.
Machado, chefe de setor do MTE, encaminhou
uma mensagem de correio eletrônico a Alencar, chefe
de patrimônio do mesmo ministério, solicitando-lhe o
envio, com urgência, de material de expediente para a
sua seção, conforme lista anexa à mensagem.
Machado não acrescentou ao e-mail certificação
digital nem utilizou o recurso “confirmação de
leitura”, apesar de disponível.
Com base na situação hipotética acima e no que
dispõe o Manual de Redação da Presidência da
República, julgue os seguintes itens.
16 Na mensagem eletrônica enviada, para facilitar a
organização documental, Machado deveria ter dado
informações detalhadas acerca do arquivo anexado, e
tê-lo encaminhado preferencialmente no formato pdf.
17 O e-mail encaminhado por Machado, além de estar
inadequado quanto ao recurso “confirmação de
leitura”, não pode ser aceito como documento
original.
18 O expediente oficial e-mail apresenta flexibilidade
tanto na forma quanto na linguagem, o que tornaria
adequada à situação em análise a seguinte mensagem:
“Prezado Alencar, mande rápido, por favor, os
materiais descritos na lista anexa. Cordialmente,
Machado”.
Gabarito:
01.E
02.C
07.E
08.C
13.E
14.E
03.C
09.C
15.C
04.E
10.E
16.E
05.E
11.E
17.C
06.C
12.C
18.E
 Agente Administrativo/PF 2014
Acho que, se eu não fosse tão covarde, o mundo seria
um lugar melhor. Não que a melhora do mundo dependa de
uma só pessoa, mas, se o medo não fosse constante, as pessoas
4 se uniriam mais e incendiariam de entusiasmo a humanidade.
Mas o que vejo no espelho é um homem abatido diante das
atrocidades que afetam os menos favorecidos.
7
Se tivesse coragem, não aceitaria crianças passarem
fome, frio e abandono. Elas nos assustam com armas nos
semáforos, pedem esmolas, são amontoadas em escolas que
10 não ensinam, e, por mais que chorem, somos imunes a essas
lágrimas.
Sou um covarde diante da violência contra a mulher,
do homem contra o homem. E porque os índios estão tão longe
13 da minha aldeia e suas flechas não atingem meus olhos nem o
coração, não me importa que tirem suas terras, sua alma.
Analfabeto de solidariedade, não sei ler sinais de fumaça. Se
16 tivesse um nome indígena, seria “cachorro medroso”. Se fosse
o tal ser humano forte que alardeio, não aceitaria famílias sem
terem onde morar.
1
Sérgio Vaz. Antes que seja tarde. In: Caros
Amigos, mai./2013, p. 8 (com adaptações).
Com base na leitura do texto, julgue os itens
seguintes.
1 A supressão das vírgulas que isolam a oração “se o
medo não fosse constante” (L.3) não afetaria a
correção gramatical do texto.
2 A coerência e a coesão do texto não seriam
prejudicadas se o trecho “se o medo não fosse
constante, as pessoas (...) a humanidade.” (L.3-4)
fosse reescrito da seguinte forma: se o medo não for
constante, as pessoas se unirão mais e incendiarão de
entusiasmo a humanidade.
3 O verbo alardear, em “Se fosse o tal ser humano
forte que alardeio” (R.16-17), está empregado no
sentido de vangloriar-se, gabar-se.
(L.8) e o segundo, ao Brasil.
4 Infere-se do texto que as mazelas que assolam o
mundo se devem às desigualdades sociais.
À luz das orientações constantes no Manual de
Redação da Presidência da República, julgue os itens
a seguir.
Embora não tivessem ficado claras as fontes geradoras
de quebras da paz urbana, o fenômeno social marcado pelos
movimentos populares que tomaram as ruas das grandes
4 cidades brasileiras, em 2013, parecia tendente a se agravar.
As vítimas das agressões pessoais viram desprotegidas
a paz e a segurança, direitos sagrados da cidadania. Todos
7 foram prejudicados.
Pôde-se constatar que, em outras partes do mundo,
fenômenos sociais semelhantes também ocorreram. Lá como
10 cá, diferentes tipos de ação atingiram todo o grupo social,
gerando vítimas e danos materiais. Nem sempre a intervenção
das forças do Estado foi suficiente para evitar prejuízos.
13
Do ponto de vista global, notou-se que a quebra da
ordem foi provocada em situações diversas e ora tornou mais
graves as distorções do direito, ora espalhou a insegurança
16 coletivamente. Em qualquer das hipóteses, a população dos
vários locais atingidos viu-se envolvida em perdas crescentes.
Internet: <www1.folha.uol.com.br> (com adaptações).
1
Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do
texto, julgue os itens de 5 a 10.
5 Depreende-se das ideias do primeiro parágrafo do
texto que a identificação da origem do fenômeno
social representado pelos movimentos sociais
ocorridos em 2013 seria suficiente para evitar que eles
se agravassem.
6 Na linha 13, a partícula “se” é empregada para
indeterminar o sujeito.
7 Por meio do termo “hipóteses” (L.16), são
retomadas as ideias dos trechos “tornou mais graves
as distorções do direito” (L.14-15) e “espalhou a
insegurança coletivamente” (L.15-16).
8 A correção gramatical bem como as informações
originais do texto seriam mantidas caso o período “As
vítimas das agressões pessoais viram desprotegidas a
paz e a segurança, direitos sagrados da cidadania.”
(L.5-6) fosse reescrito da seguinte forma: As pessoas
agredidas viram-se desprotegidas em sua paz e
segurança — prerrogativas legais consagradas da
cidadania.
9 Sem prejuízo para o sentido e a correção gramatical
do texto, o trecho “Pôde-se constatar (...) ocorreram.”
(R.8-9) poderia ser assim reescrito: Supôs-se que
também ocorreu, em outros países do mundo,
movimentos sociais análogos.
10 Os termos “Lá” (L.9) e “cá” (L.10) são utilizados
como recursos para expressar circunstância de lugar, o
primeiro referindo-se a “outras partes do mundo”
11 A obrigatoriedade do uso do padrão culto da língua
e o requisito de impessoalidade são incompatíveis
com o emprego da linguagem técnica nas
comunicações oficiais.
12 Admite-se o registro de impressões pessoais na
redação oficial, desde que o assunto seja de interesse
público e expresso em linguagem formal.
13 A concisão, que consiste no respeito ao princípio
da economia linguística, é uma característica
fundamental em telegramas, modalidade dispendiosa
de comunicação.
Julgue os itens subsequentes, a respeito do padrão
ofício em comunicações oficiais, conforme o Manual
de Redação da Presidência da República.
14 O fecho Respeitosamente não é empregado no
aviso; o fecho Atenciosamente é empregado tanto no
aviso quanto no ofício.
15 No memorando, dispensa-se o vocativo, que deve,
contudo, constar no aviso e no ofício.
Gabarito:
01.E
06.E
11.E
02.C
07.C
12.E
03.C
08.E
13.C
04.E
09.E
14.C
05.E
10.C
15.C
 Técnico Bancário Novo/CEF 2014
A moeda, como hoje é conhecida, é o resultado de
uma longa evolução. No início, não havia moeda, praticava-se
o escambo. Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram
4 a ser mais procuradas do que outras. Aceitas por todos,
assumiram a função de moeda, circulando como elemento
trocado por outros produtos e servindo para avaliar-lhes o
7 valor. Eram as moedas-mercadorias. O gado, principalmente
o bovino, foi dos mais utilizados. O sal foi outra
moeda-mercadoria; de difícil obtenção, era muito utilizado na
10 conservação de alimentos. Ambas deixaram marca de sua
função como instrumento de troca no vocabulário português,
em palavras como pecúnia e pecúlio, capital e salário.
13
Com o passar do tempo, as mercadorias se tornaram
inconvenientes às transações comerciais, devido à oscilação de
seu valor, pelo fato de não serem fracionáveis e por serem
16 facilmente perecíveis, o que não permitia o acúmulo de
riquezas. Surgiram, então, no século VII a.C., as primeiras
moedas com características semelhantes às das atuais:
19 pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a
impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem as emitiu
e garante o seu valor.
1
Os primeiros metais utilizados na cunhagem de
moedas foram o ouro e a prata. O emprego desses metais se
impôs, não só por sua raridade, beleza, imunidade à corrosão
25 e por seu valor econômico, mas também por antigos costumes
religiosos. Durante muitos séculos, os países cunharam em
ouro suas moedas de maior valor, reservando a prata e o cobre
28 para os valores menores. Esses sistemas se mantiveram até o
final do século XIX, quando o cuproníquel e, posteriormente,
outras ligas metálicas passaram a ser empregados e a moeda
31 passou a circular pelo seu valor extrínseco, isto é, pelo valor
gravado em sua face, que independe do metal nela contido.
Na Idade Média, surgiu o costume de guardar os
34 valores com um ourives, pessoa que negociava objetos de ouro
e prata e que, como garantia, entregava um recibo. Esse tipo de
recibo passou a ser utilizado para efetuar pagamentos,
37 circulando de mão em mão, e deu origem à moeda de papel.
Com o tempo, da forma como ocorreu com as moedas, os
governos passaram a conduzir a emissão de cédulas,
40 controlando as falsificações e garantindo o poder de
pagamento. Atualmente, quase todos os países possuem bancos
centrais, encarregados das emissões de cédulas e moedas.
Internet: <www.bcb.gov.br> (com adaptações).
22
Julgue os próximos itens, relativos às ideias expressas
no texto ao lado e a aspectos linguísticos desse texto.
1 No trecho “devido à oscilação de seu valor, pelo
fato de não serem fracionáveis e por serem facilmente
perecíveis” (L.14-16), a substituição dos elementos
sublinhados por ao e a, respectivamente, preservaria a
correção gramatical e o sentido original do texto.
2 O referente do sujeito da oração “e garante o seu
valor” (L.21) é “marca” (L.20).
3 Infere-se do texto que, até que se começasse a
empregar ligas metálicas na cunhagem de moedas, seu
valor estava associado ao valor econômico do próprio
metal com que elas eram fabricadas.
4 Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência
do texto caso a vírgula empregada imediatamente
após “centrais” (L.42) fosse suprimida, embora o
sentido do trecho fosse alterado.
7 Em comunicações oficiais endereçadas a senador da
República, deve-se empregar o vocativo
Excelentíssimo Senhor Doutor.
8 Deve-se empregar o fecho Atenciosamente em
comunicação oficial enviada a ministro de Estado
pelo presidente da República.
Empresas reclamam da falta de profissionais
qualificados na área de tecnologia da informação
Enquanto aumenta o ritmo de inovação tecnológica no
país e cresce a aplicação da informática nos mais diversos
setores da sociedade, formam-se cerca de 30 mil profissionais
4 por ano em áreas ligadas à tecnologia da informação e
comunicação (TIC). Ainda assim, as empresas reclamam da
falta de profissionais. “Temos uma janela de oportunidades em
7 TIC no país. O que falta é gente qualificada”, alerta Pier Carlo
Sola, diretor-presidente de um parque tecnológico
pernambucano que abriga 68 empresas da área.
10
Apesar de não haver estatísticas que revelem a
expansão do setor, especialistas estimam o crescimento em
torno de 10% ao ano. Com isso, a não regulamentação das
13 profissões ligadas à computação torna ainda mais acirrada a
disputa por vagas e delega ao mercado a seleção do bom
profissional.
16
“Independentemente da formação, o profissional de
TIC tem de estar comprometido com o aprendizado contínuo
e interessado em trabalhar com gestão de projetos, saber se
19 comunicar e trabalhar em diversas equipes”, diz o gerente de
carreiras Marcos Vono.
Essa é uma carreira multifacetada, que encontra
22 espaço em consultorias, cooperativas, grandes empresas, locais
que terceirizam mão de obra ou no empreendedorismo.
“O profissional tem de ter visão do negócio e conhecer a
25 realidade da empresa que atende, senão ficará sem emprego”,
alerta Ivair Rodrigues, agente de pesquisa em tecnologia da
informação (TI).
28
Segundo o cadastro das instituições de educação
superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais, há 1.021 cursos superiores ligados a
31 computação, informática, TI e análise de sistemas. “Mas só
metade dos alunos tem formação adequada, ou seja, de 12 mil
a 16 mil novos profissionais precisam passar por uma
34 requalificação logo que saem da universidade para poder entrar
no mercado de trabalho”, diz Pier Carlo Sola.
1
Internet: <www1.folha.uol.com.br> (com adaptações).
5 Em “servindo para avaliar-lhes o valor” (L.6-7), o
pronome “lhes”, que retoma “outros produtos” (R.6),
equivale, em sentido, ao pronome seu.
Com base nas normas constantes no Manual de
Redação da Presidência da República, julgue os itens
que se seguem.
6 Uma das formas de se garantir a impessoalidade dos
textos oficiais consiste na supressão do nome próprio
do signatário de uma comunicação, que deve ser
identificado apenas por meio da menção ao cargo que
ele ocupa.
Com base nas informações veiculadas no texto acima,
em sua estrutura e em seus aspectos gramaticais,
julgue os próximos itens.
9 Os dados e as opiniões apresentados no texto
indicam que a obtenção de um diploma de curso
superior não garante ao profissional da área de TI um
emprego nessa área.
10 As opiniões dos profissionais apresentadas no
texto para embasar a ideia defendida pelo autor são
divergentes.
11 No trecho ‘o profissional de TIC tem de estar
comprometido com o aprendizado contínuo e
interessado em trabalhar com gestão de projetos’
(L.16-18), o termo ‘interessado’ qualifica
‘o aprendizado’.
12 Seria mantida a correção gramatical do texto caso
fosse empregado o sinal indicativo de crase no “a” em
“ligados a computação, informática, TI e análise de
sistemas” (L.30-31).
13 Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido
original do texto, a forma verbal “haver” (L.10)
poderia ser substituída por existir.
14 De acordo com o texto, são competências
complementares de um profissional de TI a disposição
para aprender continuamente e a correta percepção do
ambiente profissional onde ele vai atuar.
Gabarito:
01.E
06.E
11.E
02.E
07.E
12.E
03.C
08.C
13.E
04.C
09.C
14.C
05.C
10.E
 Operador de Câmera/FUB 2015
1 O vocábulo “logo” (L.23), por indicar conclusão de
ideia anterior, poderia ser substituído pela expressão
por conseguinte, o que manteria a correção
gramatical e a coerência textual.
2 No trecho “A sustentabilidade (...) ambientais”
(L.10 a 13), para expressar um fato ocorrido em
momento anterior ao atual, que foi totalmente
terminado, a forma verbal “requer” deveria
ser substituída por requereu. Nesse caso, mesmo
após a alteração do tempo verbal, a referência à
pessoa do discurso seria mantida.
3 Infere-se do texto que o paradigma estabelecido pela
bioeconomia vai ao encontro do modelo de
desenvolvimento econômico dependente de recursos
não renováveis.
4 Na linha 6, o termo “mercadorias” foi empregado
em substituição ao termo “valor” como recurso
coesivo para que se evite a repetição de termos e se
mantenha o sistema de referências da oração que
integram.
5 Sem prejuízo à correção gramatical e ao sentido
original do texto, a expressão “na medida em que”
(L.16) poderia ser substituída por à medida que.
TEXTO I
A sustentabilidade entrou, de forma definitiva, na
agenda de debates da sociedade. Um exemplo significativo diz
respeito à importância que a sustentabilidade corporativa
4 ganhou nos últimos anos. De conceito vago, tornou-se
imperativo para o sucesso das empresas, que precisam, cada
vez mais, entregar valor, e não apenas mercadorias, à
7 sociedade.
A sustentabilidade, apesar de intangível, sem
existência física, é hoje valor essencial, que se converte em
10 ativo e vantagem competitiva no mundo dos negócios. A
sustentabilidade corporativa requer negócios amparados em
boas práticas de governança e em benefícios sociais e
13 ambientais, o que influencia os ganhos econômicos, a
competitividade e o sucesso das organizações.
O interesse pela sustentabilidade fortalece-se
16 na medida em que a sociedade se dá conta dos limites do
modelo de desenvolvimento dependente de recursos não
renováveis, no contexto de mudança paulatina dos anseios da
19 sociedade, da busca de segurança energética e de novas
possibilidades de produção. Como a população cresce em
número e em capacidade de consumo, também aumenta o
22 desejo de que a economia utilize mais recursos de base
biológica, recicláveis e renováveis, logo, mais sustentáveis —
e essa é a base da bioeconomia.
1
Maurício Antônio Lopes. O Brasil na bioeconomia. In:
Correio Braziliense. Caderno Política, 14/6/2015, p. 13
(com adaptações).
Com relação ao texto I, julgue os próximos itens.
TEXTO II
Constitui alento a informação de que sete
universidades brasileiras figuram entre as doze melhores da
América Latina. Duas ocupam o pódio: em primeiro lugar, está
4 a Universidade de São Paulo (USP); em segundo, a
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A
Universidade de Brasília (UnB) ocupa a décima posição,
7 seguida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Elaborada pela Quacquarelli Symonds (QS), entre 400
10 instituições, a pesquisa leva em consideração sete critérios,
dois dos quais têm peso maior: reputação acadêmica e
reconhecimento no mercado de trabalho. Os demais — relação
13 entre número de funcionários e alunos, citações na Internet,
volume de informações na Web, professores com doutorado e
presença online — têm peso igual na ponderação.
16
O levantamento mostra significativo avanço da UnB.
No ano passado, a instituição brasiliense aparecia na 17.ª
posição. O salto qualitativo deve-se a três fatores: o corpo
19 docente, o impacto na Internet e a reputação acadêmica. Chama
atenção a baixa pontuação no parâmetro citações na Internet,
que tem custado alto preço às universidades brasileiras. De
22 zero a cem, a UnB ficou com 44,6.
Ser objeto de referência, seja na Web, seja em
publicações científicas, constitui fator importante em
25 avaliações globais.
1
Ana Dubeux. Universidade além da fronteira regional. In:
Correio Braziliense. Caderno Economia, 14/6/2015,
p. 12 (com adaptações).
A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do
texto II, julgue os itens subsecutivos.
6 Na linha 1, o vocábulo “alento” poderia ser
substituído por desânimo, sem prejuízo para o sentido
original do texto.
15 No trecho “também a empunham” (L. 12 e 13), o
elemento “a” foi empregado em substituição ao termo
“responsabilidades” (L.11).
7 O sinal de dois-pontos empregado logo após
“fatores” (L.18) introduz uma enumeração.
Gabarito:
01.C
06.E
11.C
8 No primeiro parágrafo, embora haja omissão de
termos empregados anteriormente, foi mantido o
paralelismo sintático-semântico no trecho.
9 As relações estabelecidas pelo emprego da
expressão “seja (...) seja” (L.23), que poderia ser
corretamente substituída pelo par quer (...) quer,
indicam termos sintaticamente dependentes
entre si.
0 Na linha 1, é facultativo o emprego de sinal
indicativo de crase no “a” que antecede “informação”,
devido à regência nominal do vocábulo “alento”.
11 No segundo parágrafo, o trecho isolado por
travessões (L. 12 a 15) tem valor sintático equivalente
ao da expressão “Os demais” (L.12).
TEXTO III
Queria falar da felicidade, do desejo consciente e
inconsciente de ser feliz. É algo que se traz da infância, do
companheirismo com a meninada, dos jogos de rua, da
4 molecagem diária. Quanto mais o tempo passa para mim, mais
me convenço de como é necessário que todos busquemos ser
felizes. São sentimentos para guardar por todo o nosso tempo.
7 A vida real, com suas tragédias e guerras, com o ódio e a
competição sem freios, parece nos levar para longe desse
objetivo.
10
Não que se diga “dane-se” ao mundo. Vivemos nele
e não devemos nos eximir de responsabilidades, mas a bandeira
que carrego, e vejo que muitos dos que amo e admiro também
13 a empunham, é a procura de harmonia na vida pessoal, familiar
e social.
1
Fernando Brant. Para a boa nova se espalhar. In: Correio
Braziliense. Caderno Economia, 14/6/2015, p. 7 (com
adaptações).
A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do
texto III, julgue os itens subsecutivos.
12 No trecho “e vejo que muitos dos que amo e
admiro também a empunham” (L. 12 e 13), o
vocábulo “também” denota inclusão.
13 O elemento “desse”, em “desse objetivo” (L. 8 e
9), retoma a oração “que todos busquemos ser felizes”
(L. 5 e 6).
14 O texto destaca a isenção de obrigações das
pessoas para com o mundo material.
02.C
07.C
12.C
03.E
08.C
13.C
04.E
09.E
14.E
05.E
10.E
15.E
 Técnico/ICMBio 2014
TEXTO I
As palavras estampadas na bandeira nacional
poderiam receber o complemento de um adjetivo, diante do
arcabouço de ideias e discussões que tratam do futuro do
4 planeta. A depender da contribuição de especialistas em
desenvolvimento sustentável da Universidade de Brasília, o
lema de 1889, inspirado nos conceitos positivistas do francês
7 Augusto Comte, teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo
Progresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa do
apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, e do
10 Brasil em particular, é muito diferente do registrado há duas
décadas, por exemplo. Na configuração geopolítica do século
XXI, a supremacia dos Estados Unidos da América e da
13 Europa é confrontada pelo dinamismo econômico de nações
como a China, Índia, África do Sul e o próprio Brasil. O sobe
e desce na disputa por espaço em debates estratégicos em nível
16 internacional deu maior peso à palavra de países em
desenvolvimento nas questões da sustentabilidade.
1
João Campos. Uma nova educação para um novo
progresso.In: Revista Darcy, jun./2012 (com adaptações).
Acerca dos aspectos estruturais e interpretativos do
texto acima, julgue os itens a seguir.
1 Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o
termo “entretanto” (L.8) e o trecho “e do Brasil em
particular” (L.9-10), bem como as vírgulas que os
isolam, poderiam ser excluídos do período a que
pertencem.
2 O período “Na configuração (...) próprio Brasil”
(L.11-14) poderia, sem prejuízo do sentido e da
correção gramatical do texto, ser assim reescrito: O
dinamismo econômico de nações como a China,
Índia, África do Sul e o próprio Brasil confronta
a supremacia dos Estados Unidos da América e da
Europa na configuração geopolítica do século XXI.
3 Na linha 3, o elemento “que” tem a função de
restringir o sentido das expressões que o antecedem, a
saber, “ideias” e “discussões”.
4 Na linha 4, a substituição da expressão “A
depender” por Se dependesse não comprometeria
nem a sintaxe nem o sentido do período de que faz
parte.
5 A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos
vocábulos “Brasília”, “cenário” e “próprio”.
6 A ideia principal do texto é defender a revisão do
lema estampado na bandeira nacional brasileira.
7 Na linha 8, a substituição do vocábulo “entretanto”
pelo vocábulo portanto não acarretaria mudança de
significado no período em questão.
TEXTO II
Na Vila Telebrasília, onde mora, poucos conhecem
Abiesel Alves Cavalcanti pelo nome completo. Lá ele é Bisa,
o pescador. Há 35 anos, o pernambucano veio atrás do
4 progresso na capital. Acompanhado pelo irmão, trouxe algumas
roupas e a tarrafa, sua ferramenta de trabalho. “Eu falei para o
mano: se lá tem água, tem peixe. De fome a gente não morre”,
7 lembra Bisa. O Lago Paranoá alimentou toda a sua família,
composta de mulher e dez filhos. No começo, quando a pesca
com tarrafa era proibida, Bisa saía na madrugada em uma
10 canoa e trabalhava escondido. Depois, quando a captura com
malha foi autorizada, ele se destacou entre os colegas. Chegava
a voltar com até 300 quilos de peixe na embarcação. Hoje, o
13 lago já não é tão abundante quanto há uma década e meia, mas
ele ainda chega com o barco cheio. Entre tilápias, tucunarés,
carpas e traíras, soma 250 quilos de peixe por semana e perto
16 de dois mil reais por mês. Bisa rema quase sete horas para
chegar até a altura da Ermida Dom Bosco e, às vezes, dorme na
mata e retorna para casa só na manhã seguinte. “É uma vida de
19 muito trabalho, mas necessidade eu nunca passei”, diz o
pescador.
Lilian Tahan. Vivendo de pescaria. In: Veja Brasília, 2/10/2013
(com adaptações).
1
Julgue os próximos itens, relativos às ideias e às
estruturas linguísticas do texto acima.
8 Na oração “ele se destacou entre os colegas” (L.11),
é obrigatório o uso do pronome “se” em posição préverbal, devido ao fator atrativo exercido pelo
elemento que o antecede.
9 Com a devida alteração de maiúscula e minúscula, o
ponto final imediatamente após a palavra “colegas”
(L.11) poderia ser substituído por vírgula, seguida do
elemento articulador visto que.
10 O vocábulo “mas” (L.13) é um elemento coesivo
que introduz relação de conclusão entre a informação
expressa no período de que faz parte e a informação
expressa no período que o antecede.
11 O complemento da forma verbal ‘passei’ (L.19)
não está explicitamente expresso no texto, devendo
ser inferido pelo leitor.
TEXTO III
O ABCerrado e a Matomática (“matemática do
mato”), metodologias criadas por um professor da UnB,
1
apoiam-se em dois princípios: o da elevação da autoestima de
4 alunos e professores e o do envolvimento com o meio ambiente
para a construção, de forma lúdica e interdisciplinar, da
cidadania e do respeito mútuo. “Fazemos a aproximação por
7 meio de elementos do contexto onde as crianças estão
inseridas. As atividades de leitura, interpretação e escrita
associam-se ao tema do cerrado na forma de poesias, música,
10 desenho, pintura e jogos”, explica uma professora da
Faculdade de Educação da UnB. Atualmente, a universidade
trabalha para expandir a aplicação do ABCerrado na rede de
13 ensino do DF. “Ainda prevalece uma visão conservadora sobre
o que é educação”, conta a professora. “A natureza possui uma
dimensão formadora. Isso subverte a forma de se tratar a
16 relação entre o ser humano e o meio ambiente no cerne de um
processo educativo. Não se trata de educar o ser humano para
o domínio e a apropriação da natureza, mas de educar a
19 humanidade para ser capaz de trocar e de aprender com ela”,
completa.
João Campos. O ABC do cerrado. In: Revista Darcy, jun./2012
(com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos
do texto acima, julgue os itens subsequentes.
12 O termo ‘Isso’ (L.15) refere-se à expressão ‘visão
conservadora’ (L.13).
13 Na linha 7, a substituição do vocábulo ‘onde’ pela
expressão no qual não comprometeria nem a sintaxe
nem a significação do período de que o referido
vocábulo faz parte.
14 Na linha 17, o pronome átono ‘se’, em ‘não se
trata’, poderia, opcionalmente, ocorrer após o verbo,
escrevendo-se não trata-se, sem comprometer a
fidelidade do texto à norma da língua na modalidade
escrita formal.
15 Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o
período ‘As atividades (...) jogos’ (L.8-10) poderia ser
reescrito da seguinte maneira: Às atividades de
leitura, interpretação e escrita associa-se o tema do
cerrado na forma de poesias, música, desenho, pintura
e jogos.
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
Comunico a Vossa Excelência o envio das Mensagens
SM número 106, de 2013, nas quais informo a
promulgação dos Decretos Legislativos n.º 27 e 29,
2012, relativos à exploração de petróleo no litoral
brasileiro.
Brasília, 28 de março de 2013.
Considerando o documento apresentado acima, julgue
os itens a seguir, com base no Manual de Redação da
Presidência da República.
16 Caso o emissor do documento fosse um senador da
República, um possível fecho adequado seria: Renovo
meus protestos da mais alta estima e consideração.
5 Depreende-se das informações do texto que, no
Brasil, a distribuição da riqueza depende da ampliação
dos quadros de mão de obra qualificada.
O remédio para as empresas que precisam contratar é
reduzir as exigências. Cerca de 51% das companhias deixam de
requerer experiência dos candidatos, enquanto chega a 13%
4 o percentual de empresas que aceitam empregados até mesmo
sem nenhuma habilidade. Mesmo assim, nem todos os cargos
são preenchidos, e então é necessário buscar funcionários no
7 exterior. O tempo que as empresas levam para contratar e
treinar um profissional de nível técnico e superior pode levar
até oito meses, algo que também afeta diretamente a
10 produtividade.
A disponibilidade de mão de obra estreitou-se, e a
maior parte desta é despreparada para o necessário salto da
13 capacidade produtiva. A solução do problema não passa apenas
pelo estímulo aos cursos de capacitação técnica. Estes são
necessários, porém insuficientes, pois seus resultados, em boa
16 parte dos casos, são apenas paliativos. O importante, reitere-se,
seria ter investimentos maciços e duradouros em educação
básica, cuja precariedade condena o setor produtivo brasileiro
19 à redução de seu crescimento.
Idem , ibidem (com adaptações).
1
17 Considerando-se que o emissor do documento
acima seja o presidente da República, é correto
afirmar que não há necessidade de identificação do
signatário.
18 Se o emissor do texto acima fosse um ministro de
Estado, o documento poderia ser enviado na forma de
memorando.
19 Por ser o receptor do texto o presidente do Senado
Federal, o termo “Vossa Excelência” foi
adequadamente empregado.
Gabarito:
01.C
06.E
11.E
16.E
02.C
07.E
12.E
17.C
03.C
08.E
13.C
18.E
04.C
09.C
14.E
19.C
05.C
10.E
15.C
 Técnico de Laboratório/FUB 2014
Já se tornou crônica a escassez de mão de obra
qualificada no Brasil, o que pode comprometer ainda mais a
capacidade produtiva do país nos próximos anos. Se nada for
4 feito urgentemente para começar a reverter esse quadro, o país
estará condenado a ter por muito tempo ainda o crescimento
econômico reduzido que apresenta hoje, com efeitos negativos
7 na distribuição de riqueza.
Desde 2012, o número de trabalhadores pouco
escolarizados diminuiu, mas os indicadores apontam para o
10 fato de que a escolarização ainda continua sendo muito
precária, insuficiente para atender à demanda cada vez maior
das indústrias e mesmo dos setores de serviços e da construção
13 civil, que tradicionalmente exigem menos especialistas na hora
de contratar.
O Estado de S.Paulo, 26/1/2014 (com adaptações).
1
Julgue os itens a seguir, relativos às ideias e às
estruturas linguísticas do texto acima.
1 A eliminação do sinal indicativo de crase em “à
demanda” (L.11) prejudicaria a correção gramatical
do texto.
2 Nas duas ocorrências, “se” (L.1) e “Se” (L.3), têm a
mesma função sintática.
Com referência aos sentidos e às estruturas do texto
acima, julgue os itens de 6 a 10.
6 Na linha 1, o segmento “que precisam contratar”
tem natureza restritiva, já que limita a informação
presente no termo “empresas”.
7 A substituição de “o percentual” (L.4) por a
porcentagem alteraria o período tanto gramatical
quanto semanticamente e, além disso, prejudicaria a
informação do texto.
8 A substituição da palavra “paliativos” (L.16) por
atenuantes manteria a informação original do
período.
9 Depreende-se das informações do texto que, ao
reduzirem as exigências de qualificação, as empresas
conseguem preencher todas as vagas disponíveis com
empregados brasileiros, até porque os sistemas de
treinamento continuado em serviço são muito
eficientes.
10 Na linha 11, o pronome “se”, em “estreitou-se”,
indica que o sujeito da forma verbal “estreitou” é
indeterminado.
A desigualdade está entre os principais fatores de risco
que preocupam a elite mundial, a julgar pela atenção dada ao
tema no fórum econômico de Davos.
4
Por outro lado, estudo recente do Banco Mundial
mostra que, pela primeira vez desde a Revolução Industrial,
caiu a diferença de renda entre os países na fronteira do
7 desenvolvimento e os emergentes.
Após o fim da cortina de ferro e a abertura econômica
da China e da Índia, centenas de milhões de pessoas passaram
10 de um estado de subsistência precária à condição de nova
1
3 A expressão “ainda mais” (L.2) reforça a ideia de
que a capacidade produtiva do Brasil já está
comprometida.
4 A expressão “esse quadro” (L.4) é elemento coesivo
que retoma informação contida no período anterior.
classe média global. Entretanto, é preciso que os países não só
reforcem políticas compensatórias para reduzir a exclusão, mas
13 também atuem para promover a igualdade de oportunidades.
A educação, como sempre, é o instrumento decisivo
para garantir que a sorte de um indivíduo não seja determinada
16 por sua origem social ou geográfica.
Idem, ibidem (com adaptações).
Em relação ao fragmento de texto acima, julgue os
próximos itens.
11 Mantêm-se a correção gramatical e as informações
originais do texto ao se substituir a correlação “não só
(...) mas também” (L.11-13) por não somente (...)
como também.
12 Os acentos gráficos das palavras “países” e
“políticas” têm a mesma justificativa gramatical.
13 A expressão “políticas compensatórias” (L.12)
significa políticas que procurem neutralizar os efeitos
de algo negativo — a exclusão social — com ações,
medidas, iniciativas ou influências positivas para
combater uma desigualdade.
15 O emprego do sinal indicativo de crase em “à
condição” (L.10) deve-se à regência de “passaram”
(L.9), que exige complemento antecedido pela
preposição “a”, e à presença de artigo definido
feminino antes de “condição”.
16 Predomina no fragmento em análise o tipo textual
narrativo, já que ele apresenta fatos ocorridos no
passado.
17 O emprego de vírgula após “Índia” (L.9) justificase por isolar adjunto adverbial anteposto, deslocado
de sua posição tradicional.
18 A expressão “como sempre” (L.14) está entre
vírgulas porque constitui aposto explicativo.
03.C
09.E
15.C
04.C
10.E
16.E
05.C
11.C
17.C
06.C
12.E
18.E
 Técnico em Química/FUB 2015
Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros, o
verão não é sinônimo apenas de praia, corpos à mostra e pele
bronzeada. O calor extremo provocado por massas de ar quente
4 ― fenômeno comum nessa época do ano, mas acentuado na
1
Com relação às ideias e às estruturas do texto acima,
julgue os itens que se seguem.
1 Os acentos gráficos das palavras “bioestatística” e
“específicos” têm a mesma justificativa gramatical.
2 O termo ‘aí’ (L.18) tem como referente “Brasil”
(L.17).
14 A substituição de “na fronteira do
desenvolvimento” (L.6-7) por desenvolvidos
prejudicaria a correção gramatical do
período.
Gabarito:
01.E
02.E
07.E
08.C
13.C
14.E
última década pelas mudanças climáticas ― traz desconfortos
e riscos à saúde. Não se trata somente de desidratação e
7 insolação. Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de
Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o
momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam
10 hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e
até mesmo sepse, entre outras enfermidades. “Embora tenhamos
feito o estudo apenas nos EUA, as ondas de calor são um
13 fenômeno mundial. Portanto, os resultados podem ser
considerados universais”, diz Francesca Domininci, professora
de bioestatística da faculdade e principal autora do estudo,
16 publicado no jornal Jama, da Associação Médica dos Estados
Unidos. No Brasil, não há estudos específicos que associem as
ondas de calor a tipos de internações. “Não é só aí. No mundo
19 todo, há pouquíssimas investigações a respeito dessa relação”,
afirma Domininci. “Precisamos que os colegas de outras partes
do planeta façam pesquisas semelhantes para compreendermos
22 melhor essa importante questão para a saúde pública”, observa.
Internet: <www.correioweb.com.br> (com adaptações).
3 O emprego da vírgula após “momento” (L.9)
explica-se por isolar o adjunto adverbial, que está
anteposto ao verbo, ou seja, deslocado de sua posição
padrão.
4 Elementos presentes no texto permitem classificá-lo
como narrativo.
5 Depreende-se das informações do texto que o calor
causado por massas de ar quente e intensificado por
mudanças climáticas transformou o verão em uma
estação prejudicial à saúde das pessoas, pelo aumento
de hospitalizações por doenças como falência renal.
6 Mantêm-se a correção gramatical e o sentido
original do texto ao se substituir “há” (L.17) por
existe.
7 Seria mantida a correção gramatical do período caso
o fragmento “Estação do ano mais aguardada pelos
brasileiros” (L.1) fosse deslocado e inserido, entre
vírgulas, após “verão” (L.2) feitos os devidos ajustes
de maiúsculas e minúsculas.
8 Infere-se do texto que ainda falta a contribuição de
muitos países para as pesquisas que associem altas
temperaturas a internações por enfermidades
relacionadas aos efeitos do calor.
“O preconceito linguístico é um equívoco, e tão
nocivo quanto os outros. Segundo Marcos Bagno, especialista
1
no assunto, dizer que o brasileiro não sabe português é um dos
4 mitos que compõem o preconceito mais presente na cultura
brasileira: o linguístico”.
A redação acima poderia ter sido extraída do editorial
7 de uma revista, mas é parte do texto O oxente e o ok, primeiro
lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua
Portuguesa Escrevendo o Futuro, realizada pelo Ministério da
10 Educação em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro
de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação
Comunitária (CENPEC).
13
A autora do artigo é estudante do 2.º ano do ensino
médio em uma escola estadual do Ceará, e foi premiada ao lado
de outros dezenove alunos de escolas públicas brasileiras,
16 durante um evento em Brasília, no último mês de dezembro.
Como nos três anos anteriores, vinte alunos foram vencedores
― cinco em cada gênero trabalhado pelo projeto. Além de
19 opinião (2.º e 3.º anos do ensino médio), a olimpíada destacou
produções em crônica (9.º ano do ensino fundamental), poema
(5.º e 6.º anos) e memória (7.º e 8.º anos). Tudo regido por um
22 só tema: “O lugar em que vivo”.
Língua Portuguesa, 1/2015. Internet:
<www.revistalingua.uol.com.br> (com adaptações).
No que se refere aos sentidos, à estrutura textual e aos
aspectos gramaticais do texto, julgue os itens a seguir.
9 O elemento coesivo “mas” (L.7) inicia uma oração
coordenada que exprime a ideia de concessão em uma
sequência de fatos.
10 Na linha 18, caso o travessão fosse substituído por
dois-pontos, não haveria prejuízo para a correção
gramatical do texto.
11 De acordo com o primeiro parágrafo do texto, para
o especialista Marcos Bagno, o preconceito
linguístico nasce da ideia de que existe uma única
língua portuguesa correta.
12 O termo “o brasileiro” (L.3) exerce a função de
sujeito da oração em que se insere.
13 A inserção de vírgula antes do “que” (L.3)
provocaria alteração de sentido no texto.
14 De acordo com as informações constantes do texto
acima, a 4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa
Escrevendo o Futuro contou com a participação de
alunos da rede pública que trabalharam com cinco
gêneros textuais, tendo ficado em primeiro lugar na
categoria opinião o texto O oxente e o ok.
15 Os trechos ‘especialista no assunto’ (L. 2 e 3), ‘o
linguístico’ (L.5) e “primeiro lugar na categoria
opinião da 4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa
Escrevendo o Futuro” (L. 7 a 9) exercem a
mesma função sintática, a de aposto.
A língua que falamos, seja qual for (português,
inglês...), não é uma, são várias. Tanto que um dos mais
1
eminentes gramáticos brasileiros, Evanildo Bechara, disse a
4 respeito: “Todos temos de ser poliglotas em nossa própria
língua”. Qualquer um sabe que não se deve falar em uma
reunião de trabalho como se falaria em uma mesa de bar. A
7 língua varia com, no mínimo, quatro parâmetros básicos: no
tempo (daí o português medieval, renascentista, do século XIX,
dos anos 1940, de hoje em dia); no espaço (português lusitano,
10 brasileiro e mais: um português carioca, paulista, sulista,
nordestino); segundo a escolaridade do falante (que resulta em
duas variedades de língua: a escolarizada e a não escolarizada)
13 e finalmente varia segundo a situação de comunicação, isto é,
o local em que estamos, a pessoa com quem falamos e o motivo
da nossa comunicação ― e, nesse caso, há, pelo menos, duas
16 variedades de fala: formal e informal.
A língua é como a roupa que vestimos: há um traje
para cada ocasião. Há situações em que se deve usar traje
19 social, outras em que o mais adequado é o casual, sem falar nas
situações em que se usa maiô ou mesmo nada, quando se toma
banho. Trata-se de normas indumentárias que pressupõem um
22 uso “normal”. Não é proibido ir à praia de terno, mas não é
normal, pois causa estranheza.
A língua funciona do mesmo modo: há uma norma
25 para entrevistas de emprego, audiências judiciais; e outra para
a comunicação em compras no supermercado. A norma culta é
o padrão de linguagem que se deve usar em situações formais.
28
A questão é a seguinte: devemos usar a norma culta em
todas as situações? Evidentemente que não, sob pena de
parecermos pedantes. Dizer “nós fôramos” em vez de “a gente
31 tinha ido” em uma conversa de botequim é como ir de terno à
praia. E quanto a corrigir quem fala errado? É claro que os pais
devem ensinar seus filhos a se expressar corretamente, e o
34 professor deve corrigir o aluno, mas será que temos o direito de
advertir o balconista que nos cobra “dois real” pelo cafezinho?
Língua Portuguesa. Internet: <www.revistalingua.uol.com.br>
(com adaptações).
De acordo com o texto acima, julgue os seguintes
itens.
16 Conforme o texto, a escola deve ensinar aos alunos
a norma-padrão da língua portuguesa, mas é preciso,
também, refletir se seria adequado corrigir outras
pessoas, como, por exemplo, um porteiro que diz O
elevador tá cum pobrema.
17 Depreende-se do texto que a língua falada não é
uma, mas são várias porque, a depender da situação, o
falante pode se expressar com maior ou menor
formalidade.
18 Segundo o texto, ‘temos de ser poliglotas em nossa
própria língua’ (L. 4 e 5) significa que a língua
assume variantes adequadas aos contextos em que são
produzidas.
19 O pronome “outra” (L.25) está empregado em
referência ao termo “A língua” (L.24).
20 De acordo com o contexto, estaria também correto
o emprego do sinal indicativo de crase em “quanto a”
(L.32).
4 Na linha 15, caso se substituísse o vocábulo
“concreta” por concreto, não haveria prejuízo para a
correção gramatical e para os sentidos originais do
texto, já que esse novo termo concordaria com a
expressão “ordenamento jurídico”.
21 O vocábulo “indumentárias” (L.21) está
empregado em sentido figurado.
22 Mantêm-se a correção gramatical e as informações
originais do texto ao se substituir “Trata-se de” (L.21)
por Situações como essas se tratam de.
Gabarito:
01.C
07.C
13.C
19.E
02.C
08.C
14.E
20.E
03.E
09.E
15.C
21.C
04.E
10.C
16.C
22.E
05.C
11.E
17.C
06.E
12.C
18.C
 Técnico/STJ 2015
O problema da justiça refere-se à correspondência, ou
não, entre a norma e os valores supremos ou finais que
inspiram determinado ordenamento jurídico. Não importa
4 comentar se existe um ideal de bem comum, idêntico para
todos os tempos e para todos os lugares. Todo ordenamento
jurídico persegue certos fins e esses representam os valores
7 a cuja realização o legislador, mais ou menos conscientemente
e adequadamente, dirige sua própria atividade. Quando se
considera que há valores absolutos, objetivamente evidentes,
10 a pergunta acerca de se uma norma é justa ou injusta equivale
a perguntar se esta é apta ou não a realizar aqueles valores. No
caso de não se acreditar em valores absolutos, o problema da
13 justiça ou da injustiça de uma norma tem um sentido: equivale
a perguntar se essa norma é apta ou não a realizar os valores
históricos que inspiram esse ordenamento jurídico, concreta e
16 historicamente determinado.
1
Norberto Bobbio. Teoría general del derecho.
Bogotá/CO:Temis S.A., 1999, p. 20-2 (tradução livre,
com adaptações).
De acordo com as ideias do texto Teoría general del
derecho,
1 o problema da justiça é estudado a partir da análise
entre o mundo ideal e o mundo real, entre o dever-ser,
que representa a norma justa, e o não dever-ser, que
corresponde à norma injusta.
2 a questão de se definir se uma norma jurídica é justa
ou injusta é um problema deontológico do direito, ou
seja, remete a um juízo de valor.
3 estudar o problema da justiça ou da injustiça de uma
norma jurídica pressupõe o exame de sua aptidão para
o ideal do bem comum.
Julgue os itens subsequentes, relativos às estruturas
linguísticas do texto Teoría general del derecho.
5 Sem prejuízo para a correção gramatical e para a
coerência do texto, o primeiro período poderia ser
assim reescrito: A questão da justiça concerne a
correspondência ou não entre a norma e valores
absolutos, ou finais, inspiradores de dado
ordenamento jurídico.
6 Na concatenação das ideias do texto, ocorre uma
sequenciação textual conjugada entre a oração
iniciada com “Quando” (L.8) e a oração começada por
“No caso de” (L. 11 e 12).
7 Na estrutura textual, o vocábulo “esta” (L.11) e a
expressão “aqueles valores” (L.11) fazem referência,
respectivamente, ao termo “norma” (L.10) e à
expressão “valores absolutos” (L.9).
O termo justiça expressa o que se faz conforme o
direito ou segundo as regras prescritas em lei. Desse modo, o
termo justiça como conformidade da conduta a uma norma é
4 empregado para julgar o comportamento da pessoa humana
diante de uma norma, seja esta moral, seja de direito natural ou
de direito positivo. Já o termo justiça como eficiência de uma
7 norma (ou de um sistema de normas), no sentido de se
possibilitar as relações entre os homens, é empregado para
julgar a própria norma que regula o comportamento humano.
1
Carlos Henrique Bezerra Leite et al. A validade e a eficácia das
normas jurídicas.
(Coord. Renan Lotufo). Barueri/SP: Manole, 2005, p. 7 (com
adaptações).
Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do
texto A validade e a eficácia das normas jurídicas,
julgue os itens a seguir.
8 Sem prejuízo para a correção gramatical e para os
sentidos originais do texto, a estrutura “Desse modo
(...) diante de uma norma” (L. 2 a 5) poderia ser assim
reescrita: Assim sendo, emprega-se o termo justiça
para julgar o comportamento do ser humano em
consonância à norma de conduta.
9 Em “seja esta moral, seja de direito natural” (L.5), é
obrigatório o emprego da vírgula para indicar a
relação de alternância entre os elementos de orações
de mesmo nível sintático.
10 Conclui-se do texto que existem dois significados
principais do termo justiça, que se complementam,
mas que, diretamente, não se equivalem.
11 No primeiro período do texto, a partícula “se” é
empregada para realçar o que está sendo afirmado
nesse período.
16 A comunicação oficial hipotética em questão não
atende à concisão, uma das qualidades essenciais da
redação oficial.
Consta do preâmbulo da Constituição Federal que a
justiça é um dos valores supremos da sociedade, tal qual a
harmonia social e a liberdade. Nos demais artigos da Carta
4 Magna, esse termo costuma vir associado à ideia de justiça
social. Assim, o primeiro inciso do artigo terceiro da
Constituição estabelece que a construção de uma sociedade que
7 seja justa é um objetivo fundamental da República Federativa
do Brasil. Ao circunscrever a justiça no espaço da sociedade,
o texto constitucional estabelece, em síntese, que a promoção
10 da justiça na sociedade é um fim do Estado brasileiro.
17 O vocábulo “anexa” foi empregado de acordo com
o padrão culto formal da língua portuguesa.
1
18 O vocativo adequado, na elaboração de expediente
oficial dirigido ao emitente da comunicação em
apreço, seria “Digníssimo Senhor”, seguido do nome
do cargo correspondente.
PORTARIA STJ/GDG N.º 205, DE 6 DE MARÇO DE 2015.
Sérgio Luiz Junkes. A justiça social como norma constitucional.
Resenha eleitoral – Nova série, v. 12, n.o 1, jan.-jun./2005.
Internet: <www.tre-sc.jus.br> (com adaptações).
Prorroga o prazo estabelecido
na Portaria STJ GDG n.º 1.247,
de 9 de dezembro de 2014.
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do
texto A justiça social como norma constitucional,
julgue os seguintes itens.
O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA, usando da atribuição conferida pelo item 17.2, X, b,
do Manual de Organização do Superior Tribunal de Justiça,
12 À semelhança do que ocorre com a expressão “em
síntese” (L.9), o trecho “que seja justa” (L. 6 e 7)
constitui uma expressão explicativa, razão por que
também poderia ser isolado por um par de vírgulas,
sem que isso acarretasse prejuízo para a correção
gramatical e para os sentidos do texto.
Art. 1.º Prorroga, até 6 de abril de 2015, o prazo estabelecido no
art. 3.º da Portaria STJ GDG n.º 1.247, de 9 de dezembro de 2014.
13 Compreende-se do texto, em síntese, que a justiça
social equipara-se, como valor da sociedade, à
harmonia social e à liberdade.
14 Deduz-se do texto, sob o ponto de vista semântico,
que a promoção da justiça social constitui meta da
República Federativa do Brasil.
15 Na linha 2, sem prejuízo para a correção
gramatical, a expressão “tal qual” poderia ser
flexionada no plural, para concordar com “valores
supremos”.
COMUNICADO GDG N.º 2, DE 30 DE JANEIRO DE 2015
O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, em
cumprimento ao que determina o art. 1.º da Resolução
CNJ n.º 22, de 5 de junho de 2010, divulga a frota de
veículos do Tribunal, conforme a planilha anexa.
José Joaquim Xavier
No tocante a aspectos gerais das correspondências
oficiais e com fundamento no Manual de Redação
da Presidência da República, julgue os próximos
itens, relativos ao fragmento de comunicação oficial
hipotética anteriormente apresentado —
COMUNICADO GDG N.º 2.
RESOLVE:
Art. 2.º Esta portaria entra em vigor nesta data de sua publicação.
José Joaquim Xavier
Acerca de aspectos gerais das correspondências
oficiais e com fundamento no Manual de Redação
da Presidência da República, julgue os próximos
itens, relativos ao documento oficial hipotético
anteriormente apresentado — PORTARIA
STJ/GDG N.º 205.
9 Caso o artigo primeiro do documento em apreço
constituísse um caput seguido de um único parágrafo,
este deveria ser identificado por extenso e seu texto
deveria iniciar-se com letra maiúscula e encerrar-se
com ponto final.
20 Em uma portaria, denomina-se epígrafe o trecho
do texto que sintetiza seu conteúdo, de modo a
permitir o conhecimento imediato da matéria, como
na hipótese em questão: “Prorroga o prazo (...)
dezembro de 2014”.
Gabarito:
01.C
06.C
11.E
16.E
02.C
07.C
12.E
17.C
03.E
08.E
13.C
18.E
04.E
09.C
14.C
19.C
05.E
10.C
15.E
20.E
 Técnico/TCU 2015
Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue
os próximos itens.
Texto para os itens de 1 a 10
Nas sociedades antigas, tanto as leis quanto os códigos
eram considerados expressões da vontade divina, revelada
mediante a imposição de legisladores que dispunham de
4 privilégios dinásticos e de uma legitimidade garantida pela casa
sacerdotal. As leis eram objeto de respeito e veneração, e, por
serem asseguradas por sanções sobrenaturais, dificilmente o
7 homem primitivo questionava sua validez e sua aplicabilidade.
Escreve H. Summer Maine que algumas experiências
societárias, ao permitirem o declínio do poder real e o
10 enfraquecimento de monarcas hereditários, acabaram por
favorecer a emergência de aristocracias, depositárias da
produção legislativa, com capacidade de julgar e de resolver
13 conflitos. Aquele momento inicial de um direito sagrado e
ritualizado, expressão das divindades, desenvolveu-se na
direção de práticas normativas consuetudinárias. À época do
16 direito consuetudinário, largo período em que não se conheceu
a invenção da escrita, uma casta, ou aristocracia, investida do
poder judicial, era o único meio que poderia conservar, com
19 algum rigor, os costumes da raça ou da tribo. O costume
aparece como expressão da legalidade, de forma lenta e
espontânea, instrumentalizada pela repetição de atos, usos e
22 práticas.
A invenção e a difusão da técnica da escritura,
somadas à compilação de costumes tradicionais,
25 proporcionaram os primeiros códigos da Antiguidade, como o
de Hamurábi, o de Manu, o de Sólon e a Lei das XII Tábuas.
Constata-se, destarte, que os textos legislados e escritos eram
28 melhores depositários do direito e meios mais eficazes para
conservá-lo que a memória de certo número de pessoas, por
mais força que tivessem em função de seu constante exercício.
31 Esse direito antigo, tanto no Oriente quanto no Ocidente, não
diferenciava, na essência, prescrições civis, religiosas e morais.
Somente em tempos mais avançados da civilização é que se
34 começou a distinguir o direito da moral e a religião do direito.
Certamente, de todos os povos antigos, foi com os romanos que
o direito avançou para uma autonomia diante da religião e da
37 moral.
1
Antônio C. Walker. O direito nas sociedades primitivas. In:
Antônio C. Walker (Org.) Fundamentos de história do direito.
Belo Horizonte: Del Rey, 2006, p. 19-20 (com adaptações).
Conforme as ideias apresentadas no texto,
1 a legislação escrita era mais confiável que a
legislação instrumentalizada pela repetição de usos.
2 a evolução do direito desde as sociedades antigas
passou por apenas dois períodos evolutivos.
3 nas sociedades antigas, a origem do direito esteve
diretamente relacionada ao declínio do poder real
exercido por monarcas hereditários e à emergência de
aristocracias.
4 nas sociedades antigas, houve período em que o
direito era consuetudinário, ou seja, baseava-se nas
práticas, nos hábitos e nos costumes da sociedade.
5 Seriam mantidos o sentido e a correção do texto
caso o termo “instrumentalizada” (L.21) fosse
empregado no masculino: instrumentalizado.
6 O emprego do sinal indicativo de crase no trecho
“somadas à compilação de costumes tradicionais”
(L.24) é facultativo, razão por que sua supressão não
acarretaria prejuízo para o sentido nem para a
correção do período.
7 Na linha 8, o emprego de vírgula logo após “H.
Summer Maine” prejudicaria a correção gramatical do
período.
8 Tanto em “desenvolveu-se” (L.14) quanto em
“Constata-se” (L.27), a partícula “se” desempenha a
mesma função sintática.
9 Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, o
trecho “As leis eram objeto (...) sua validez e sua
aplicabilidade” (L. 5 a 7) poderia ser reescrito da
seguinte forma: Enquanto objeto de respeito e
veneração, assegurado por sanções sobrenaturais,
dificilmente o homem primitivo questionava a própria
validez e aplicabilidade.
10 Sem prejuízo do sentido do texto, o termo
“destarte” (L.27) poderia ser substituído por contudo
ou todavia.
Texto para os itens de 11 a 22
A dimensão “ético-filosófica” do liberalismo denota
afirmação de valores e direitos básicos atribuíveis à natureza
moral e racional do ser humano. Suas diretrizes se assentam
4 nos princípios da liberdade pessoal, do individualismo, da
tolerância, da dignidade e da crença na vida. Já o aspecto
“econômico” refere-se, sobretudo, às condições que abrangem
7 a propriedade privada, a economia de mercado, a ausência ou
minimização do controle estatal, a livre empresa e a iniciativa
privada. Ainda como parte integrante desse referencial,
10 encontram-se os direitos econômicos, representados pelo
direito de propriedade, o direito de herança, o direito de
acumular riqueza e capital. Por último, a perspectiva
13 “político-jurídica” do liberalismo está calcada em princípios
básicos como: consentimento individual, representação
política, divisão dos poderes e descentralização administrativa,
16 entre outros.
Tendo presente essas asserções genéricas, podemos
compreender melhor as ambiguidades e os limites do
19 liberalismo brasileiro, porquanto, desde os primórdios, ele
teve de conviver com uma estrutura político-administrativa
patrimonialista e com uma dominação econômica escravista
22 das elites agrárias. Emília Viotti da Costa defende que não se
deve realçar em demasia a importância das ideias liberais
europeias nas convulsões sociais ocorridas no Brasil
25 (Inconfidência Mineira, Revolução Pernambucana etc.) desde
fins do século XVIII, pois tais movimentos não chegaram a ter
1
grande alcance ideológico. Para a autora, a nova doutrina era
28 de conhecimento limitado entre determinados segmentos
revolucionários. O que importa ter em vista é essa distinção
entre o liberalismo europeu, como ideologia revolucionária
31 articulada por novos setores emergentes e forjados na luta
contra os privilégios da nobreza, e o liberalismo brasileiro, uma
versão mais restrita do liberalismo europeu.
Antonio Wolkmer. História do direito no Brasil. Rio de
Janeiro: Editora Forense, 2003, p. 63-4 (com adaptações).
Julgue os próximos itens, relativos às ideias do texto.
11 O autor menciona as ideias defendidas por Emília
Viotti da Costa como um contraponto a suas próprias
ideias, e acaba por refutar as ideias da referida autora.
12 Conclui-se do texto que o autor apresenta uma
reflexão, de cunho comparativo, acerca das relações
estabelecidas entre movimentos sociais ocorridos no
Brasil e sua vinculação com determinada doutrina
europeia.
13 O autor defende que, seja na Europa, seja no
Brasil, o liberalismo funcionou historicamente como
uma ideologia predominantemente
contrarrevolucionária.
14 Segundo o autor do texto, não há coerência entre a
perspectiva ‘político-jurídica’ e a dimensão
econômica do liberalismo.
A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do
texto, julgue os itens que se seguem.
15 Sem prejuízo para a correção gramatical ou para o
sentido do período, o trecho “como ideologia
revolucionária (...) os privilégios da nobreza” (L. 30 a
32) poderia ser substituído por: que era uma ideologia
revolucionária articulada por novos setores
emergentes e forjados na luta contra os privilégios da
nobreza.
16 No segundo período do segundo parágrafo, a
expressão “tais movimentos” (L.26) refere-se aos
seguintes termos, expressos anteriormente, nesse
mesmo período: “ideias liberais”, “convulsões
sociais”, “Inconfidência Mineira” e “Revolução
Pernambucana”.
17 A ideia introduzida pela conjunção “porquanto”
(L.19) poderia ser expressa também por conquanto.
18 No texto, o vocábulo “calcada” (L.13) está
empregado com o sentido de fundamentada,
apoiada.
19 Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a
forma verbal “encontram”, em “encontram-se os
direitos econômicos” (L.10), poderia ser flexionada
no singular: encontra-se os direitos econômicos.
Julgue os itens que se seguem, referentes aos sentidos
e a aspectos gramaticais do texto.
20 A forma verbal “denota” (L.1) poderia ser
corretamente substituída, no texto, pelo seu sinônimo
manifesta.
21 Para o autor do texto, o liberalismo tem sua origem
relacionada a três elementos distintos: a dimensão
‘ético-filosófica’, a dimensão econômica e a
perspectiva ‘político-jurídica’.
22 O terceiro período do primeiro parágrafo do texto
poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma:
Agora cita-se o aspecto econômico relacionado, por
princípio, a condições relativas à propriedade privada,
a economia de mercado, a ausência ou minimização
do controle estatal, a livre empresa e a iniciativa
privada.
Gabarito:
01.C
06.E
11.E
16.E
21.E
02.E
07.C
12.C
17.E
22.E
03.E
08.E
13.E
18.C
04.C
09.E
14.E
19.E
05.E
10.E
15.C
20.C
 Técnico/TJDF 2015
Texto para os itens de 1 a 12
Os juízes que se deparam com o tema dos conflitos
familiares e da violência doméstica assistem a situações de
violência extrema, marcadas pelo abuso das relações de afeto
4 e parentesco, pela deslealdade nas relações íntimas de afeto e
confiança. A violência doméstica exclui e segrega os
integrantes da família, pois as vítimas são muitas vezes
7 consideradas responsáveis pelas agressões que sofrem. É a
mulher agredida quem “gosta de apanhar”, é a criança
espancada quem “provoca” os pais. Obviamente os membros
10 da família ficam apavorados diante da possibilidade da
agressão e da exclusão e temem pela própria vida quando
dependem da família para sobreviver emocional ou
13 materialmente. Assim, todos são atingidos pela agressão a um
deles dirigida.
Importa destacar que a violência intrafamiliar pode se
16 dar tanto de forma omissiva, pela ausência de cuidados
necessários ao desenvolvimento do indivíduo, de alimentação
regular e abrigo, quanto comissiva, pela prática de atos que
19 violam a liberdade e a integridade física e psíquica da vítima,
agressões físicas ou verbais. Esses atos são capazes de gerar
sentimento de insegurança nos membros da família. No âmbito
22 doméstico, as agressões decorrem da vontade de dominar e
subjugar o mais fraco, da luta por poder dentro de casa. A
maior parte dos ataques tem motivos banais, como o
1
espancamento de mulheres que se recusam a preparar o almoço
ou a esquentar a comida dos companheiros, ou, como no caso
das crianças, o choro excessivo.
28
O processo judicial restaura a verdade dos fatos.
O agressor é sentado no banco dos réus e é tratado como tal. A
vítima tem o direito de expor a dor, o sofrimento e exigir a
31 reparação devida. Muitas vezes não se persegue o
encarceramento do agressor, mas apenas a responsabilização
pelos atos, de natureza cível ou criminal. O juiz observa as
34 partes com os olhos da lei, da equidade, da justiça. A justiça
analisa tais casos dia após dia, noite após noite, e os diversos
agentes envolvidos no amparo e proteção às vítimas
37 desenvolvem sensibilidade especial para o tema. E, movidos
pela empatia com os mais fracos nas relações sociais e
familiares, buscam ajudar a restabelecer a linguagem de
40 respeito entre os membros da comunidade familiar,
propiciando o resgate dos sentimentos que a mantêm coesa e
saudável.
25
Theresa Karina de Figueiredo Gaudêncio Barbosa. Paz em
casa. In: Correio Braziliense, 26/2/2015 (com adaptações).
apavoram-se, de fato, perante à possibilidade da
agressão.
Acerca dos aspectos linguísticos do texto apresentado,
julgue os itens seguintes.
8 No primeiro parágrafo, as aspas foram empregadas
em trechos que reproduzem discursos de outras
pessoas, e não da autora do texto.
9 Na linha 1, o “que” é um elemento expletivo,
empregado apenas para dar realce a “Os juízes”.
10 Em “não se persegue” (L.31), a partícula “se” está
empregada como um recurso para indeterminar o
sujeito.
No que se refere às ideias apresentadas no texto,
julgue os itens que se seguem.
11 Em “que a mantêm coesa e saudável” (L. 41 e 42),
o deslocamento do pronome “a” para logo após a
forma verbal “mantêm” prejudicaria a correção
gramatical do período.
1 A busca da manutenção de relações de poder
assimétricas motiva grande parte dos atos de violência
doméstica.
12 Em “Importa destacar” (L.15), a oração “destacar”
exerce função de sujeito.
2 Em se tratando de violência doméstica, o objetivo
do processo judicial é a responsabilização do agressor,
estando a prisão desse agressor relegada a último
plano.
3 A palavra-chave referente à violência intrafamiliar
omissiva é omissão, ao passo que a referente à
violência intrafamiliar comissiva é ação.
4 Nos casos de violência doméstica, muito
comumente, há o que se pode denominar inversão da
culpa, ou seja, observam-se vítimas sendo tratadas
pelos seus agressores como responsáveis pela
violência que sofrem.
Cada um dos itens a seguir, que apresenta uma
proposta de reescrita de trecho do texto — entre aspas
—, deve ser julgado certo se, ao mesmo tempo, a
proposta estiver gramaticalmente correta e não
acarretar prejuízo ao sentido original do texto, ou
errado, em caso contrário.
5 “Esses atos (...) membros da família” (L. 20 e 21): É
capaz desses atos gerarem sentimento de insegurança
nos membros da família.
6 “O agressor (...) como tal” (L.29): O agressor sentase no banco dos réus e como réu ele é considerado.
7 “Obviamente os membros da família (...) da
agressão” (L. 9 a 11): Os integrantes da família
Texto para os itens de 13 a 21
Ouro em FIOS
A natureza é capaz de produzir materiais preciosos,
como o ouro e o cobre — condutor de ENERGIA ELÉTRICA.
O ouro já é escasso. A energia elétrica caminha para
4 isso. Enquanto cientistas e governos buscam novas fontes de
energia sustentáveis, faça sua parte aqui no TJDFT:
— Desligue as luzes nos ambientes onde é possível
7 usar a iluminação natural.
— Feche as janelas ao ligar o ar-condicionado.
— Sempre desligue os aparelhos elétricos ao sair do
10 ambiente.
— Utilize o computador no modo espera.
Fique ligado! Evite desperdícios.
1
Energia elétrica.
A natureza cobra o preço do desperdício.
Internet: <www.tjdft.jus.br> (com adaptações).
Considerando as ideias expressas no texto, bem como
seus aspectos tipológicos e linguísticos, julgue os
itens subsequentes.
13 A expressão “Fique ligado” (L.12), típica da
oralidade, é empregada no texto com o significado de
fique atento e funciona como uma estratégia para
estabelecer uma relação de proximidade com o
interlocutor.
14 Há no texto elementos característicos das
tipologias expositiva e injuntiva.
15 A finalidade do texto é alertar o interlocutor sobre
as consequências que podem resultar do desperdício
de energia elétrica e apresentar-lhe um conjunto de
ações recomendadas pelo TJDFT com vistas a evitar o
desperdício de energia elétrica.
Tendo como referência os aspectos gramaticais do
texto, julgue os próximos itens.
16 A oração “usar a iluminação natural” (L.7) exerce
a função de complemento do adjetivo “possível”
(L.6).
17 Na linha 2, o termo “como o ouro e o cobre”
expressa uma informação que torna mais preciso o
significado de “materiais preciosos” (L.1).
18 A oração “de produzir materiais preciosos” (L.1) e
o termo “de ENERGIA ELÉTRICA” (L.2)
desempenham a mesma função sintática no período.
19 A vírgula empregada logo depois de “sustentáveis”
(L.5) é obrigatória, e sua supressão prejudicaria a
correção gramatical do texto.
20 O pronome “isso” (L.4) retoma a ideia expressa no
primeiro período do parágrafo, ou seja, refere-se ao
fato de o ouro ser escasso.
21 A substituição da palavra “energia”, em “novas
fontes de energia sustentáveis” (L. 4 e 5) por energias
prejudicaria a clareza do texto, por resultar em
ambiguidade em relação ao termo que a palavra
“sustentáveis” modifica.
XXX n.º 524/1991/SG-PR
Com base na normatização das correspondências
oficiais prevista no Manual de Redação da
Presidência da República, julgue os itens a seguir,
tendo como referência o texto precedente.
22 O emprego de expressões como “tenho a honra de
solicitar a Sua Senhoria” é indispensável, conforme o
referido manual, como forma de cortesia nas
correspondências oficiais.
23 Atenderia às exigências da impessoalidade e da
formalidade da correspondência oficial, além do
emprego da norma padrão, a seguinte reescrita para o
último parágrafo do texto: Solicita-se que a
confirmação do agendamento seja enviada o mais
breve possível a fim de que a data e o horário sejam
informados aos funcionários deste órgão que
participarão da visita.
24 Infere-se do emissor e do destinatário que o texto é
um memorando.
25 O pronome de tratamento “Vossa Excelência” está
corretamente empregado no vocativo do texto, uma
vez que a correspondência dirige-se a uma pessoa que
ocupa cargo de alta hierarquia na administração
pública.
26 Nesse tipo de comunicação oficial, é desnecessário
o emprego do vocativo, conforme o referido manual.
27 O fecho “Cordialmente” é uma das formas
estabelecidas pelo referido manual.
Gabarito:
01.E
02.E
03.C
04.C
05.E
06.E
07.E
08.C
09.E
Brasília, 5 de março de 2005.
10.E
11.C
12.C
13.C
14.C
15.E
16.E
17.C
18.C
Vossa Excelência o Deputado Pedro Antonio
Secretário-Geral de Recursos Humanos da Câmara Federal
19.C
20.E
21.E
22.E
23.C
24.E
25.E
26.E
27.C
1. Em atendimento ao Projeto Interinstitucional de Capacitação Técnica dos
Servidores Públicos do Governo Federal, tenho a honra de solicitar a Sua
Senhoria o agendamento de visita técnica e reunião para intercâmbio de
procedimentos e rotinas entre os funcionários das unidades de Edições
Técnicas da Câmara Federal e do Tribunal de Justiça.
2. Solicitamos, conforme entendimentos prévios entre os órgãos, que seja
marcado a data de 1º/4/2005 para a referida visita, que deverá ocorrer no
período vespertino, entre as 14h e as 18h.
3. Ao todo serão deslocados nesta data para as dependências da Unidade
de Edições Técnicas da Câmara Federal cinco funcionários que trabalham
diretamente com revisão de textos, preparação de originais e editoração
eletrônica.
4. Preciso que a confirmação do agendamento seja enviada o mais
rapidamente possível a fim de que possamos chamar os funcionários e
dizer que eles têm esse compromisso e que não podem faltar.
Cordialmente,
Nilma Ariela
Diretora de Recursos Humanos do Tribunal de Justiça
 Técnico – cargo 2/TJDF 2015
O objetivo do direito é a paz. A luta é o meio de
consegui-la. Enquanto o direito tiver de repelir o ataque
causado pela injustiça — e isso durará enquanto o mundo
4 estiver de pé —, ele não será poupado.
A vida do direito é a luta: a luta de povos, de
governos, de classes, de indivíduos. Todo o direito do mundo
7 foi assim conquistado. Todo ordenamento jurídico que se lhe
contrapôs teve de ser eliminado e todo direito, o direito de um
povo ou o de um indivíduo, teve de ser conquistado com luta.
10
O direito não é mero pensamento, mas sim força viva.
Por isso, a justiça segura, em uma das mãos, a balança, com a
qual pesa o direito, e, na outra, a espada, com a qual o defende.
13 A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada
é a fraqueza do direito. Ambas se completam e o verdadeiro
estado de direito só existe onde a força, com a qual a justiça
16 empunha a espada, é usada com a mesma destreza com que a
justiça maneja a balança.
O direito é um labor contínuo, não apenas dos
1
governantes, mas de todo o povo. Cada um que se encontra na
situação de precisar defender seu direito participa desse
trabalho, levando sua contribuição para a concretização da
22 ideia de direito sobre a Terra.
19
Rudolf von Ihering. A luta pelo direito. Tradução de J. Cretella
Jr.e Agnes Cretella. 5.ª ed. revista da tradução. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 31 (com adaptações).
Com referência às ideias apresentadas no texto
precedente e a seus aspectos linguísticos, julgue os
itens a seguir.
1 O uso combinado de “não é mero” como “mas sim”,
no primeiro período do terceiro parágrafo do texto,
tem o papel de mostrar que o direito, além de ser
pensamento, é também uma força viva.
2 O direito é um produto histórico que resulta de
constante luta de uma coletividade ou de um
indivíduo.
Socioambiental Viver Direito objetiva indicar e programar
ações bem como sensibilizar os públicos interno e externo
19 quanto ao exercício dos direitos sociais, à gestão adequada dos
resíduos gerados pelo órgão, ao combate a todas as formas de
desperdício dos recursos naturais e à inclusão de critérios
22 socioambientais nos investimentos, nas construções, nas
compras e nas contratações de serviços da instituição.
Art. 3.º Define-se como meta permanente do Viver
25 Direito a gestão ambientalmente saudável, caracterizada pela
adoção de práticas ecologicamente eficientes, que visem
poupar matéria-prima, água e energia, bem como enfatizem a
28 reciclagem de resíduos e a promoção da cidadania e da paz
social, com base no desenvolvimento do ser humano e na
preservação da vida.
Internet: <www.tjdft.jus.br> (com adaptações).
A respeito das estruturas linguísticas do texto
precedente, julgue os itens subsequentes.
8 O termo “ambientalmente correto, socialmente justo
e economicamente viável” (L. 14 e 15) exerce a
função de predicativo.
3 A espada e a balança representam dois conceitos a
partir dos quais se constrói o sentido do direito,
sentido esse que se descaracteriza na falta de um
deles.
9 O deslocamento da partícula “se”, em “Define-se”
(L.24), para o início do período — escrevendo-se Se
define — prejudicaria a correção gramatical do texto.
4 Por ser um trabalho contínuo e de todo o povo,
todos os cidadãos são chamados a tomar parte na
tarefa de concretizar a ideia do direito sobre a Terra.
10 Na linha 8, o antecedente do pronome relativo
“cuja” é “base”, o que justifica o emprego do
feminino singular nesse pronome.
5 Ao se utilizar da luta como o meio para alcançar seu
objetivo, o direito promove a ressignificação dos
conceitos de luta e de paz, passando a encará-los
como conceitos complementares.
11 O termo “à recuperação do meio ambiente” (L. 12
e 13) desempenha a função de complemento verbal na
oração em que ocorre.
6 A correção gramatical e o sentido original do texto
seriam preservados caso a oração “que se lhe
contrapôs” (L. 7 e 8) fosse reescrita como que foi
contraposto a ele.
12 A correção gramatical do texto seria mantida caso
a vírgula empregada logo após a palavra
“sustentáveis” (L.13) fosse suprimida.
Texto para os itens de 13 a 21
Os dados revelam realidade alarmante: conforme o
IPEA, 63% das pessoas envolvidas em conflito não aciona o
sistema de justiça; a prática de tortura é sistêmica, segundo as
4 Nações Unidas; o sistema carcerário, cuja população aumentou
67% nos últimos 10 anos, é medieval e dá em oferenda nossos
jovens (negros em sua maioria) à rede de facções criminosas.
7 A violência contra os segmentos mais vulneráveis (idosos,
crianças, negros, mulheres, deficientes, população indígena e
LGBT) ecoa na sociedade pelas vozes que incitam o ódio sob
10 o manto de pretensa imunidade.
No cenário de exclusão e violência, é preciso
radicalizar a política de ampliação do acesso à justiça. Para
13 tanto, não basta a inclusão no sistema da maioria excluída. Há
consenso de que o acesso à justiça não se limita ao direito de
acessar o Judiciário. Para que a promoção da justiça seja tarefa
16 de todos, é necessário romper os limites das liturgias forenses
e levar a justiça onde o conflito está, ou seja, na vida, na casa
e na rua. Nesse sentido, a política de universalização do acesso
19 à justiça deve contemplar dois eixos de atuação: o de proteção
dos direitos violados (inclusive quando o órgão violador é o
próprio Estado) e o de prevenção da violência, por meio do
1
7 A forma verbal “defende” (L.12) está flexionada na
terceira pessoa do singular por concordar com seu
sujeito, cujo referente é “a justiça” (L.11).
OProgramadeResponsabilidade
Socioambiental Viver Direito do TJDFT foi instituído por meio
da Portaria GPR n.º 1.313/2012. As bases do Programa Viver
4 Direito, seus objetivos e sua meta permanente são
apresentados, respectivamente, nos artigos 1.º, 2.º e 3.º da
referida portaria, os quais são transcritos abaixo:
7
Art. 1.º Reeditar o Programa de Responsabilidade
Socioambiental do TJDFT Viver Direito, cuja base é a Agenda
Socioambiental do TJDFT que, em permanente revisão,
10 estabelece novas ações sociais e ambientais e as integra às
existentes no âmbito do Poder Judiciário do Distrito Federal e
Territórios, visando à preservação e à recuperação do meio
13 ambiente, por meio de ações sociais sustentáveis, a fim de
torná-lo e mantê-lo ambientalmente correto, socialmente justo
e economicamente viável.
16
Art. 2.º O Programa de Responsabilidade
1
envolvimento da sociedade na formulação de uma política que
assegure direitos e promova a paz.
No primeiro eixo, é preciso coragem para a adoção de
25 políticas públicas no âmbito penal com franco apelo popular:
firmeza no combate à tortura e à violência policial,
reestruturação da política penitenciária e fortalecimento da
28 defensoria pública para assegurar a proteção dos direitos
humanos. Não é aceitável que o Brasil pretenda consolidar sua
democracia praticando um direito penal patrimonialista e
31 revanchista que olha para o passado, julga e pune, sob a
pretensão de que a privação da liberdade vai “reeducar” o
indivíduo a viver em sociedade.
34
Os estatutos penais devem absorver as práticas
restaurativas que recuperam as relações afetadas pela violência.
São inúmeras as alternativas penais possíveis que, por sua
37 efetividade, afastam a impunidade: as prestações de serviços
comunitários; os círculos restaurativos nos moldes da
Resolução n.º 2.002/2012 da Organização das Nações Unidas;
40 a mediação de conflitos no âmbito penal, civil e familiar. No
eixo da prevenção da violência, a sociedade pode promover a
justiça comunitária antes da judicialização dos conflitos, por
43 meio da mediação, da educação para os direitos e da
articulação de uma rede de participação na gestão da
comunidade.
46
A política de acesso à justiça deve mobilizar todos os
segmentos sociais contra a violência que emerge no cotidiano,
dentro e fora do Estado. Para além das múltiplas portas que o
49 sistema de justiça deve abrir, é necessária a adoção de espaços
livres de coerção para a construção de uma justiça acessível,
mas, sobretudo, realizada por todos.
22
Glaúcia Falsarella Foley. Nova política de acesso à
justiça é possível. In: Correio Braziliense, 22/12/2014
(com adaptações).
ideia que é corroborada pela descrição de uma série de
fatos relevantes.
17 A oração “radicalizar a política de ampliação do
acesso à justiça” (L.12) e o termo “consenso” (L.14)
exercem a mesma função sintática nos períodos em
que ocorrem.
18 O uso do modo subjuntivo em “que assegure
direitos e promova a paz” (L. 22 e 23) indica que a
ideia expressa nessas orações é uma possibilidade.
19 No segundo período do terceiro parágrafo, a
escolha vocabular — exemplificada por “revanchista”
(L.31), entre outros exemplos — e o uso de certas
estruturas sintáticas — ilustradas por “Não é
aceitável” (L.29) — contribuem para a veiculação
da opinião da autora do texto.
20 O emprego do verbo “dever” e o uso das
expressões “ser preciso” e “ser necessário” ao longo
do texto servem para sinalizar ações consideradas
importantes e programáticas no desenvolvimento de
uma nova política de acesso à justiça.
21 Em “mas, sobretudo, realizada por todos” (L.51), a
palavra “sobretudo” significa especialmente e serve
para reforçar a ideia de oposição veiculada pela
conjunção “mas”.
A respeito das ideias apresentadas no texto, julgue os
itens seguintes.
***. 118/MJ
Em 12 de maio de 2011
13 Historicamente, a sociedade tem atuado à sombra
do Poder Judiciário na luta contra a violência.
Atualmente, essa situação mudou e o envolvimento da
sociedade na formulação de políticas de prevenção da
violência é cada vez mais fundamental.
14 A universalização do acesso à justiça é dificultada
pela distância entre os órgãos da justiça e os lugares
onde ocorrem conflitos e pela existência de muitos
espaços marcados por coerções, exclusões e violência.
À Excelentíssima Sra. Chefe da Gerência de Manutenção e Tecnologia do
MJ
Assunto: Administração. Pedido de agendamento de manutenção em
equipamentos.
1. Com o objetivo de dar cumprimento ao Plano Geral de Reparos e
Modernização dos equipamentos de tecnologia deste Órgão, gentilmente,
solicito a Você o agendamento de visita técnica a este Departamento.
2. Durante as últimas semanas, foram constatados diversos defeitos nos
computadores e nos monitores utilizados pelos funcionários. Será
necessário reparos e substituições de alguns equipamentos. Por esta
razão, solicitamos que a equipe de manutenção dirija-se ao local com peças
de substituição.
15 A radicalização das políticas de promoção da
justiça, defendida no texto, não se esgota em medidas
de inclusão da maioria excluída no sistema judiciário,
devendo contemplar medidas de proteção de direitos
violados e medidas de prevenção de violência.
3. Os equipamentos a serem substituídos são três teclados e três
estabilizadores, conforme relatório produzido pela área técnica do
Departamento, que segue anexo.
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto,
julgue os próximos itens.
Respeitosamente,
16 No primeiro parágrafo do texto, utiliza-se trecho
de natureza descritiva para fundamentar a
argumentação, pois o parágrafo se inicia com uma
4. Solicitamos que o agendamento seja realizado o mais rapidamente
possível pois a inoperância dos equipamentos ocasiona atraso no
andamento dos processos que estão sob nossa responsabilidade.
Maria Helena Júlia
Diretora do Departamento de Comunicação Social do MJ
Com base no disposto no Manual de Redação
Oficial da Presidência da República, julgue os
próximos itens, tendo como referência o texto
apresentado.
22 Infere-se do emprego do fecho “Respeitosamente”
que o texto estabelece uma comunicação entre chefias
de unidades administrativas.
23 O texto, uma comunicação administrativa entre
unidades administrativas de um mesmo órgão,
classifica-se como memorando.
24 O posicionamento adotado para a data e a
numeração do documento está em desacordo com o
disposto no referido manual para o padrão ofício de
documentos oficiais.
25 O emprego do vocativo “Excelentíssima” está
adequado e justifica-se pelo fato de a destinatária do
documento ocupar cargo de chefia de unidade
administrativa.
26 Para garantir a correção gramatical e a adequação
da linguagem, o pronome “Você” deveria ser
substituído por Sua Excelência, considerando-se o
cargo ocupado pela autoridade a que o documento se
destina.
Gabarito:
01.X
02.C
03.C
04.E
05.E
06.E
07.C
08.C
09.C
10.E
11.C
12.E
13.E
14.E
15.C
16.E
17.E
18.C
19.C
20.C
21.E
22.E
23.C
24.C
25.E
26.E
01. Foi anulada
 Técnico/TREGO 2015
Texto I
Em 1880, o deputado Rui Barbosa, da Bahia, redigiu,
a pedido do presidente do Conselho de Ministros, José Antônio
Saraiva, o projeto de lei de reforma eleitoral. Em abril de 1880,
4 o Ministério do Império enviaria o documento à Câmara dos
Deputados. Aprovado posteriormente pelo Senado, em janeiro
do ano seguinte seria transformado no Decreto n.º 3.029 e
7 ficaria popularmente conhecido como Lei Saraiva. Por
intermédio dela, seriam instituídas eleições diretas no país para
todos os cargos, à exceção do de regente, amparado pelo Ato
10 Adicional.
Naquela época, o voto não era universal: para
participar do processo eleitoral, requeriam-se 200 mil réis de
13 renda líquida anual comprovada. Havia, no entanto, a previsão
de dispensa de comprovação de rendimentos, que se aplicava
a inúmeras autoridades, como, entre outros, ministros,
16 conselheiros de estado, bispos, presidentes de província,
deputados, promotores públicos. Praças militares e policiais
não podiam alistar-se.
19
Para candidatar-se, o cidadão, além de não ter sido
pronunciado em processo criminal, deveria auferir renda
proporcional à importância do cargo pretendido. Deveria,
22 ainda, solicitar por escrito o seu alistamento na paróquia em
que fosse domiciliado. Candidatos a vereador e a juiz de paz
tinham apenas de comprovar residência no município e no
distrito por mais de dois anos; candidatos a deputado
provincial, dois anos na província; candidatos a deputado geral,
renda anual de 800 mil réis; e candidatos a senador deviam
28 comprovar, além da idade de quarenta anos, a percepção de
renda anual de um milhão e seiscentos mil réis.
Uma modificação digna de nota é que, a partir daquela
31 década, os trabalhos eleitorais não seriam mais precedidos de
cerimônias religiosas, como era habitual antes da edição da Lei
Saraiva. Refletindo a relação entre o Estado e a Igreja, já havia
34 ocorrido que algumas eleições fossem realizadas em templos
religiosos; a partir da lei, apenas na falta de outros edifícios os
pleitos poderiam ser realizados em igrejas, muito embora fosse
37 possível afixar nelas — como locais públicos que eram —
editais informando eliminações, inclusões e alterações nos
alistamentos.
25
Títulos eleitorais: 1881-2008. Brasília: Tribunal Superior
Eleitoral, Secretaria de Gestão da Informação, 2009
p. 11-2. Internet: <www.tse.jus.br> (com adaptações)
Julgue os itens que se seguem com base nas ideias do
texto I.
1 A partir da entrada em vigor da Lei Saraiva, a Igreja
deixou de interferir nas questões de Estado.
2 De acordo com o texto, cartazes com informações
eleitorais poderiam ser afixados em locais públicos.
3 As eleições diretas no Brasil tiveram início em
1880.
4 A possibilidade de eleição direta para o cargo de
regente não foi considerada pela Lei Saraiva.
5 Na época a que o texto se refere, todo candidato a
cargo público deveria comprovar o atendimento a
requisitos de idade e rendimento anual.
1
Com relação às estruturas linguísticas do texto I,
julgue os itens seguintes.
6 Caso a vírgula que sucede o vocábulo “eleitoral”
(L.12) fosse suprimida, o sentido do texto seria
preservado, mas não a sua correção gramatical.
7 Na linha 26, as vírgulas empregadas após os
vocábulos “provincial” e “geral” evitam a repetição da
expressão “tinham apenas de comprovar”, já expressa
na linha 24.
8 O tempo empregado nas formas verbais “enviaria”
(L.4), “seria transformado” (L.6), “ficaria” (L.7) e
“seriam instituídas” (L.8) dá a entender que as ações
correspondentes a essas formas verbais não se
concretizaram, de fato, no ano de 1880.
Texto II
A votação paralela é um mecanismo adotado pela
justiça eleitoral para confirmar a credibilidade do sistema de
voto eletrônico. Na véspera da eleição, em cada um dos vinte
4 e sete tribunais regionais eleitorais (TREs), são sorteadas uma
seção da capital e de duas a quatro seções do interior em cada
estado e no Distrito Federal (DF) para a cessão de urnas a
7 serem testadas.
Logo a seguir, os equipamentos são retirados dos seus
locais de origem e levados, ainda no sábado, para as sedes dos
10 TREs, onde permanecem sob vigilância.
Na semana que antecede o dia da votação,
representantes de partidos políticos são convocados pelos
13 TREs para preencherem certa quantidade de cédulas de
votação. Esses votos em cédulas são depositados em urnas de
lona lacradas.
16
Na votação paralela, o conteúdo das cédulas é digitado
nas urnas eletrônicas sorteadas. Ao final, confrontam-se os
resultados do boletim das urnas eletrônicas com aqueles
19 obtidos no computador.
Os juízes eleitorais, após serem informados pelos
magistrados dos TREs de que urnas de sua seção foram
22 sorteadas, providenciam a substituição dos equipamentos por
outros do estoque de reserva.
Em cada estado e no DF, há uma comissão de votação
25 paralela para cuidar da organização e condução dos trabalhos,
composta por um juiz de direito e quatro servidores da justiça
eleitoral.
1
Por dentro da urna. Brasília: Tribunal Superior Eleitoral,
2010, 2.a ed.,rev. e atual., p. 15-16. Internet:
<www.tse.jus.br> (com adaptações).
Cada um dos itens a seguir apresenta uma proposta de
reescrita de trecho do texto II — indicado entre aspas
—, que deve ser julgada certa se estiver
gramaticalmente correta e mantiver o sentido do texto,
ou errada, em caso contrário.
9 “A votação paralela (...) de voto eletrônico” (L. de 1
a 3): O mecanismo adotado pela justiça eleitoral para
confirmar a credibilidade do sistema de voto
eletrônico é chamado de votação paralela
10 “são sorteadas (...) e no Distrito Federal (DF)” (L.
de 4 a 6): é sorteada uma seção da capital e entre duas
e quatro seções do interior em cada estado e no
Distrito Federal (DF)
11 “Logo a seguir, (...) sob vigilância” (L. de 8 a 10):
Em seguida, retiram-se os equipamentos dos seus
locais de origem e levam-se, ainda no sábado, para as
sedes dos TREs, onde as quais permanecem sob
vigilância
12 “Na semana (...) cédulas de votação” (L. de 11 a
14): Na semana precedente ao dia do sufrágio, os
TREs convocam representantes de partidos políticos
para preencher determinada quantidade de cédulas de
votação
13 “Na votação paralela, (...) nas urnas eletrônicas
sorteadas” (L. 16 e 17): Na votação paralela, o
conteúdo das cédulas são digitados nas urnas
eletrônicas sorteadas
14 “Os juízes eleitorais (...) estoque de reserva” (L. de
20 a 23): Os juízes eleitorais, após serem informados
pelos magistrados dos TREs de que urnas de sua
seção foram sorteadas, procedem à substituição dos
equipamentos por outros do estoque de reserva
15 “Em cada estado (...) da justiça eleitoral” (L. de 24
a 27): Para cuidar da organização e condução dos
trabalhos de cada estado há uma comissão de votação
paralela, as quais são compostas por um juiz de direito
e quatro servidores da justiça eleitoral
Texto III
O Decreto n.º 21.076, de 24 de fevereiro de 1932,
primeiro Código Eleitoral pátrio, instituiu a justiça eleitoral no
Brasil, com funções contenciosas e administrativas. Eram seus
4 órgãos: um Tribunal Superior (de justiça eleitoral — o decreto
não menciona justiça eleitoral), na capital da República; um
tribunal regional, na capital de cada estado, no DF e na sede do
7 governo do território do Acre, além de juízes eleitorais nas
comarcas e nos distritos. O Tribunal Superior — de justiça
eleitoral — com jurisdição em todo o território nacional,
10 compunha-se de oito membros efetivos e oito substitutos, e era
presidido pelo vice-presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF). A ele se somavam dois membros efetivos e dois
13 substitutos, sorteados dentre os ministros do STF, além de dois
efetivos e dois substitutos, sorteados dentre os
desembargadores da Corte de Apelação do DF. Por fim,
16 integravam a Corte três membros efetivos e quatro substitutos,
escolhidos pelo chefe do governo provisório dentre quinze
cidadãos, indicados pelo STF, desde que atendessem aos
19 requisitos de notável saber jurídico e idoneidade moral. Dentre
seus membros, elegia o Tribunal Superior, em escrutínio
secreto, por meio de cédulas com o nome do juiz e a
22 designação do cargo, um vice-presidente e um procurador para
exercer as funções do Ministério Público, tendo este último a
denominação de procurador-geral da justiça eleitoral. Em
25 relação a esse cargo, nota-se uma peculiaridade, à época da
criação do Tribunal Superior: o procurador-geral da justiça
eleitoral não era o procurador-geral da República, mas sim um
28 membro do próprio tribunal.
1
As formas de composição do TSE: de 1932 aos dias atuais.
Brasília: Tribunal Superior Eleitoral, Secretaria de Gestão
da Informação, 2008, p. 11. Internet: <www.tse.jus.br>
(com adaptações).
!F
De acordo com as informações apresentadas no texto
III,
16 diferentemente dos anos que se seguiram, em 1932
o procurador-geral da justiça eleitoral era um membro
do próprio Tribunal Superior — de justiça eleitoral.
17 antes de 1932, as funções da justiça eleitoral no
Brasil não eram contenciosas nem administrativas.
Com referência às estruturas linguísticas do texto III,
julgue os itens a seguir.
18 Se a preposição a presente na contração “aos”
(L.18) fosse suprimida, a função sintática da
expressão “requisitos de notável saber jurídico e
idoneidade moral” (L.19) seria alterada, mas a
correção gramatical do texto seria mantida.
19 Na linha 23, a expressão “este último” remete ao
último órgão mencionado no período: o “Ministério
Público”.
20 O emprego de acento indicativo de crase na
expressão “A ele” (L.12) — À ele — prejudicaria a
correção gramatical do texto.
21 A correção gramatical do texto seria preservada
caso se pospusesse, na linha 12, o pronome “se” à
forma verbal “somavam”, da seguinte forma:
somavam-se.
22 Caso a vírgula que sucede o nome “cidadãos”
(R.18) fosse suprimida, a correção gramatical do
texto seria mantida.
23 Na linha 20, o sujeito da forma verbal “elegia” é o
termo “o Tribunal Superior”.
Mem. 03/2015 – SePes
Goiânia, 21 de janeiro de 2015.
Ao Senhor Chefe do Setor de Estágios (SEst)
Assunto: Novos procedimentos para envio de frequência de
estagiários
1.
Para garantir mais agilidade em relação ao pagamento
da bolsa-estágio, informo que, a partir do mês de abril deste ano,
serão adotados novos procedimentos para o envio da frequência
dos estagiários ao Setor de Pessoal (SePes).
2.
A frequência mensal de cada estagiário deverá ser
enviada para o endereço de email do SePes até o quinto dia útil
de cada mês.
3.
As informações do email devem ser complementadas
com anexo contendo a planilha de frequência de estagiários,
carimbada e assinada pelo chefe do SEst e pelos estagiários.
4.
A observância desses procedimentos é essencial para
evitar atrasos no pagamento da bolsa.
Atenciosamente,
(espaço para assinatura)
[nome do signatário]
Chefe do Setor de Pessoal
Com base no Manual de Redação da Presidência da
República, julgue os itens seguintes, relativos à
correspondência oficial hipotética apresentada.
24 A finalidade comunicativa do expediente em
apreço é anunciar novas diretrizes a serem seguidas
pelo SEst na comunicação da frequência dos
estagiários ao SePes.
25 A substituição do fecho “Atenciosamente” por
Respeitosamente, apesar de denotar impessoalidade,
característica dos textos oficiais, seria inadequada no
expediente oficial em questão.
26 No tipo de texto oficial ilustrado, a assinatura e a
indicação do cargo da autoridade que o expede
constituem informações obrigatórias para a
identificação do signatário, ao passo que o nome
dessa autoridade constitui informação opcional.
27 Na situação considerada, quando for enviado, o
email com a frequência dos estagiários terá seu valor
documental garantido por duas razões: por envolver
dois setores de um mesmo órgão público e por conter
informações de caráter meramente administrativo.
28 Se, na situação em apreço, o SePes não tivesse
determinado oemail como via para a remessa da
planilha de frequência de estagiários pelo SEst, este
poderia fazer uso do memorando.
29 As regras da norma padrão do português seriam
respeitadas se, no parágrafo 4 do texto, a expressão
“para evitar” fosse substituída por para que se evite.
30 A situação comunicativa mediada pelo texto em
questão envolve três interlocutores: o chefe do SePes
(comunicador), o chefe do SEst (destinatário direto) e
os estagiários (destinatários indiretos).
Gabarito:
01.E
06.E
11.C
16.E
21.C
26.E
02.E
07.C
12.E
17.E
22.E
27.C
03.C
08.C
13.C
18.E
23.C
28.E
04.E
09.C
14.C
19.E
24.E
29.E
05.C
10.E
15.E
20.E
25.C
30.E
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