boletim epidemiológico

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Informe Técnico n° 02/2017(Semana epidemiológica 1 a 06 (01/01/2017 a11/02/2017) *
Situação Epidemiológica da Dengueno Estado do Acre
Em 2017, foram notificados 1.021 casos suspeitos de dengue no Estado do Acre,
desses, 24(2%) foram confirmados, 97 (10%) descartados, 900(88%) estão em investigação,
aguardando confirmação ou descarte. Até o momento não há registro de óbitos por Dengue.
No mesmo período, em 2016 foram notificados 2.738 casos suspeitos, destes, 335
(12%) foram confirmados, 2.018 (74%) descartado, 385(14%) estão como inconclusivos.
Observa-se então, uma redução de 63% nas notificações no Estado. (gráfico 01)
2500
Gráfico 1-Casos suspeitos de Dengue,segundo críterio de classificação.Acre
2016 e 2017*
2000
1500
2016
1000
2017
500
0
Dengue
Descartado
Inconclusivo
Em investigação
2016
335
2.018
385
0
2017
24
97
0
900
Comparando os casos notificados de dengue no Estado do Acre, por semana
epidemiológica nos anos de 2016 e 2017, a semana epidemiológica 04/2017 (22/01 a
28/01/2017), apresentou maior número de casos (229), correspondendo a 22% das notificações
de todo o período considerado. Em 2016, o maior número de casos ocorreu na semana
epidemiológica 06/2016 com 659 casos (24%).(gráfico 2).
Gráfico 2-Casos notificados de dengue por semana Epidemiologica/Até a SE 06.
700
652
600
659
500
400
410
2016
2017
318
300
261
200
100
438
196
118
229
226
140
112
0
1
2
3
4
5
6
Fonte: sinanonline14.02.2017
Situação epidemiológica da Dengue por Regional de Saúde
Em 2017, a regional do Baixo Acre/Purus registrou o maior número de casos notificados 631
casos - 62%) em relação ao total do Estado, seguida das regionais do Alto Acre (196 casos - 19%)
e Juruá/Tarauacá/Envira (194 casos - 19%).
No mesmo período em 2016, a regional com maior número de casos notificados/registrados
foi Baixo Acre/Purus (1.894 casos - 69%), seguida das regionais doAlto Acre que registrou (591
casos - 22%)e, Juruá/Tarauacá/Enviraque registrou (253 casos -9%).
Comparando-se o número de casos notificadosnas regionais, em 2017 com o mesmo
período de 2016, houve redução nas 3 regionais, sendo que na regional do Baixo Acre/Purus e
Alto Acre teve uma redução de 67% cada e
(gráfico3)
a regional do Juruá/Tarauacá/Envira de 23%.
2.000
1.800
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
0
Gráfico 3-Casos suspeitos de Dengue por Regional de saúde-Acre
2016/2017.
2016
2017
Baixo Acre/purus
Alto Acre
Juruá/Tarauaca/Envira
2016
1.894
591
253
2017
631
196
194
Fonte: sinanonline14.02.2017
Situação epidemiológica da Febre Chikungunya
Em 2016, foram registrados 262 casos de Febre Chikungunya. Rio Branco sendo o
município que mais registrou casos (210), correspondendo a 80% das notificações do Estado.
Em 2017 até a semana epidemiológica 4/2017 foram notificados 70 casos suspeitos de
Febre de Chikungunyano Estado do Acre. Rio Branco, contnua sendo o município a apresentar o
maior número de casos (44), correspondendo a 63% das notificações. (Tabela 1)
Tabela 1-Casos notificados de
Chikungunya até a SE 06/2017
Municípios
2016
2017
Acrelândia
0
0
Assis Brasil
1
0
20
13
Bujari
0
0
Capixaba
0
0
Cruzeiro do Sul
4
2
14
7
Feijó
0
0
Manoel Urbano
0
1
Plácido de Castro
2
0
Porto Acre
0
2
Rio Branco
210
44
Rodrigues Alves
0
0
Sena Madureira
0
0
Senador Guiomard
0
0
Tarauacá
1
0
10
262
1
70
Brasiléia
Epitaciolândia
Xapuri
Total
Fonte: SINANET/sinan online 14.02.2017
Situação Laboratorial da FebreChikungunya
Dos70 casos notificados no ano de 2017, foram realizadas 23 coletas. Destas, 05 foram
reagentes (22%), 16 não reagentes (70%),02 não atendem aos critérios clínicos e epidemiológicos (8%).Das
05 amostras positivas 04 são do município de Rio Branco e 01 de Brasiléia.
Gráfico 4-Resultados de amostras realizadas PCR/sorologia IGM de febre
chikungunya ,segundo municipio de Ocorrência-2017.
8%
22%
Reagente
Não reagente
70%
Sem críterios clinicos e
epidemiologicos
Fonte:GAL
Durante o surgimento dos primeiros casos de febre Chikungunya, todos os esforços devem
ser realizados com o intuito de alcançar o diagnóstico laboratorial. No entanto, uma vez
estabelecida à transmissão sustentada, nem todos os pacientes necessitarão de confirmação
laboratorial. Reservar a investigação laboratorial, para os casos graves ou com as manifestações
atípicas, o restante dos casos podem ser confirmadas por critério clínico epidemiológico,
observando a presença dos sinais clínicos compatíveis.
Situação epidemiológica do Zika vírus
Sobre o vírus Zika no ano de 2017 até a semana epidemiológica nº6 (01/01/2017 a
11/02/2017), notificou-se 54 casos suspeitos. Destes casos todas as amostras estão no período
de investigação e será encaminhado ao Instituto Evandro Chagas para análise.
No ano de 2016 houve 211 notificações de casos suspeitos de zika vírus. Comparando as
notificações no mesmo período houve uma redução de 74% no número de notificações. (tabela 2)
(gráfico 5)
Gráfico 5-Casos suspeitos de zika vírus por semana epidemmiologica
nos ano de 2016 e 2017.
70
60
58
52
50
40
2016
32
30
27
20
17
10
2017
25
15
8
15
9
5
2
0
1
2
3
4
5
6
Fonte: Sinannet 16/02/2017
Analisando a serie histórica de 2015 a 2017* (até a S.E. 06*), sobre as coletas realizadas,
foram encaminhadas 679 amostras biológicas ao Laboratório Central de Saúde Pública
(LACEN/AC) e 01 ao laboratório LABCO NOÛS,para diagnóstico. Os resultados estão assim
distribuídos: 54 positivos (8%), 63 negativos (9%), 143 não atendem aos critérios clínicos e
epidemiológicos (21%) e 419 aguardando análise (62%) do laboratório de referência Instituto
Evandro Chagas.
Dos 54 casos confirmados laboratorialmente de Zika, todos são autóctones (quando a
doença é contraída dentro do município) do munícipio de Rio Branco.
Ao todo 1.601 casos notificados, 922 não foram realizados coletas, uma vez estabelecida à
transmissão sustentada, nem todos os pacientes necessitarão de confirmação laboratorial, os
restantes dos casos podem ser confirmadas por critério clínico epidemiológico, observando a
presença dos sinais clínicos compatíveis.
TABELA 2- Casos suspeitos de Zika vírus por ano de notificação
2015
2016
Acrelândia
0
4
0
4
Assis Brasil
0
2
0
2
Brasiléia
0
3
4
7
Bujari
0
8
0
8
Capixaba
0
3
2
5
Cruzeiro do Sul
0
14
0
14
Epitaciolândia
0
7
0
7
Feijó
0
3
0
3
Jordão
0
0
0
0
Mâncio Lima
0
0
0
0
Manoel Urbano
0
2
1
3
Marechal Thaumaturgo
0
0
0
0
Plácido de Castro
0
8
0
8
Porto Acre
1
14
0
15
Porto Walter
2017 Total
0
0
0
0
25
1384
40
Rodrigues Alves
0
0
0
1449
0
Santa Rosa do Purus
0
0
0
0
Sena Madureira
Senador Guiomard
1
0
13
4
0
0
14
4
Tarauacá
0
2
1
3
Xapuri
0
52
5
55
Total
27
1523
53
1.601
Rio Branco
Fonte:sinannet 17.02.2016
Observação: O Departamento de Vigilância epidemiológica alerta os profissionais de saúde para
que fiquem atentos aos sinais e sintomas das três doenças, identificando os casos suspeitos,
notificando-os imediatamente, bem como, para que fiquem atentos aos protocolos de
atendimentos e tratamentos preconizados pelo Ministério da Saúde.
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE MICROCEFALIA NO ESTADO DO ACRE
O Ministério da Saúde divulgou no dia 12 de dezembro de 2016 o documento
“Orientações Integradas de Vigilância e Atenção à Saúde no âmbito da Emergência de
Saúde Pública”, substituindo o protocolo de “Vigilância e resposta à ocorrência de
microcefalia e/ou alterações do sistema nervoso central (SNC)” e o protocolo de “Atenção
à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia”, ambos publicados em março de 2016.
O principal objetivo é integrar e ampliar as ações e serviços relacionados ao
monitoramento das alterações no desenvolvimento, identificadas da gestação até a
primeira infância, que podem ter relação com infecções pelos vírus Zika, sífilis,
toxoplasmose, citomegalovírus e herpes simplex, além de outras etiologias infecciosas.
No Acre as notificações de microcefalia e/ou alterações do sistema nervoso central
iniciaram em 2015 na SE 48 até a SE 52 (29/11/2015 a 27/12/2015), registrando 9 casos,
sendo
8 descartados e 1 continua em investigação clínica-epidemiológica e/ou
laboratorial. Em 2016 foram notificados 47 casos, desses 29 casos foram descartados, 16
estão sob investigação e 02 foram confirmados. Já no ano de 2017, até a semana 04, foi
notificado 01 caso e continua em investigação (Gráfico 08).
Gráfico 08 - Classificação final dos casos notificados de
microcefalia de 2015 a 2017 - Acre.
35
29
30
25
20
Investigação
16
15
Descartado
8
10
5
Confirmado
2
1
1
0
2015
2016
2017
Fonte: RESP
* Em 2015 foram notificados 2 casos importados de Rondônia e em 2016 1 caso importado de Rondônia e 01 caso do Amazonas.
O
gráfico
09
apresenta
uma
série
histórica
dos
casos
notificados
de microcefalia por semana epidemiológica dos anos de 2015, 2016 e 2017. Nota-se uma
diminuição significativa do número de casos no decorrer do ano de 2016.
Gráfico 09 - Série histórica de notificação dos casos de
microcefalia, por semana epidemiológica, 2015 a 2017 - Acre.
6
5
4
2015
3
2016
2
2017
1
0
48 50 51 52 1 2 3 4 5 6 7 8 9 11 12 13 14 17 19 23 25 26 31 33 37 40 42 44 45 50
Fonte: RESP
Dos casos confirmados no ano de 2016, 01 apresentou microcefalia com alterações
do sistema nervoso central relacionado ao vírus Zika e foi a óbito e 01 caso com
microcefalia e alterações do sistema nervoso central relacionado à infecção por
toxoplasmose. Os casos confirmados foram do município de Rio Branco, conforme mapa
01.
Mapa 1 – Casos confirmados de microcefalia e/ou SNC relacionadas ao vírus Zika e a
outros agentes infecciosos, segundo município de residência, Acre – 2017.
Fonte: RESP
Analisando o gráfico 10, observa-se que 11 municípios notificaram casos de
microcefalia, sendo que Rio Branco registrou o maior número, (42). A Vigilância
Epidemiológica Estadual orienta os municípios que notifiquem todos os casos de
microcefalia que atendam as definições de casos do Protocolo vigente.
Número de casos
Gráfico 10 - Casos notificados de microcefalia, segundo município de
residência, Acre -2015 a 2017.
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Série1
Jordão
Rio
Branco
Plácido de
Castro
Feijó
Sena
Madureir
a
Porto
Acre
Cruzeiro
do Sul
Epitaciolâ
ndia
Brasileia
Capixaba
Tarauacá
1
42
1
2
3
2
1
1
1
1
2
Fonte: RESP
* Em 2016 foram registrados 4 casos importados, sendo 3 de Rondônia e 1 do Amazonas.
Fonte: RESP
DEFINIÇÕES de Caso de MICROCEFALIA segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS):
MICROCEFALIA: recém-nascidos com um perímetro cefálico inferior a -2 desviospadrão, ou seja, mais de 2 desvios-padrão abaixo da média para idade gestacional e
sexo.
MICROCEFALIA GRAVE: recém-nascidos com um perímetro cefálico inferior a -3
desvios-padrão, ou seja, mais de 3 desvios-padrão abaixo da média para idade
gestacional e sexo.
SITUAÇÃO ENTOMOLOGICA
Atualmente, há 19 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti, a definição
de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.
Mapa 2 – Municípios infestados pelo Aedes aegypti – Estado do Acre, 2016.
Municípios sem infestação, 03(13,7%)
Municípios infestados, 19( 86,4%)
Considerando a situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional
(ESPIN) declarada pelo Ministério da Saúde – MS em 12 de novembro de 2015, foi recomendada
a intensificação das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.
Visando à execução de todas as atividades estabelecidas pelo Ministério da Saúde, dentre
elas, a realização de 03 ciclos mensais de visita domiciliar nos meses de fevereiro, março e abril.
Alguns municípios do estado estão realizando as ações juntamente com o exército e a defesa
civil.
Em relação ao acompanhamento das atividades nos ciclo de visita domiciliar nos municípios
do Estado do Acre é feito através de envio diário de planilhas para alimentação de um sistema
aberto pelo Ministério da Saúde, a maioria dos municípios até o momento não encaminharam
informações para análise pela Sala Estadual de Comando e Controle para enfrentamento do
Aedes aegypti, deixando o sistema sem as devidas informações. Desde o 5º ciclo de visita do ano
de 2016, essas informações vem sendo comprometidas por diversos fatores. Somente os
municípios de Brasiléia e Mâncio Lima que enviam as informações semanalmente.
Ações desenvolvidas pela vigilância em saúde/SESACRE
A Secretaria Estadual de Saúdepor meio da diretoria de vigilância em saúde tem
intensificado as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue,
Chikungunya e Zika vírus. Fazem parte desta intensificação as parcerias com o Setor de
Humanização da SGA, demais Secretarias Estaduais e Órgãos Federais.
As ações estão sendo desenvolvidas em diversos setores. As atividades são realizadas,
através de dramatização, músicas, palestras e distribuição de panfletos/cartazes chamando a
atenção sobre as formas de transmissão, medidas preventivas e diferenças básicas entre Dengue,
Chikungunya e Zika vírus, o objetivo é formar multiplicadores no combate ao Aedes aegypti.
A vigilância epidemiológica lembra que o combate à Dengue, Zika vírus e Chikungunya é
feito por meio do controle da proliferação do mosquito.
Observação: As três doenças são adquiridas e transmitidas pela picada do mosquito Aedes
aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue. A única forma de evitar é com o combate do
mosquito, por meio da eliminação dos criadouros nas casas, no trabalho e nas áreas públicas.
Uma tarefa de todos.
Rio Branco-AC, 20 de Fevereiro de 2017.
Elaboração
Vigilância epidemiológica da Dengue, Chikungunya e Zikavírus:
Ana Paula da Silva Medeiros
Responsável pelos dados da Microcefalia:
Renata Sonaira Cordeiro Meireles
Responsável pelos dados de Controle de Endemias:
Erika Rodrigues de Abreu
Suziane Barros Alves
Equipe responsável pela revisão:
Antônia Zacarias Campêlo
Ana Paula da Silva Medeiros.
Renata Sonaira Cordeiro Meireles
Gerente do Departamento de vigilância epidemiológica:
Eliane Alves Costa
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