Estudo da elasticidade-renda da demanda de ovos no Brasil 1

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Estudo da elasticidade-renda da demanda de ovos no Brasil
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Lívia Maria Borges Raimundo ,Regina Mazzini , Rodrigo Denipote¹, Thiago Bernardino de
Carvalho ¹ e Sergio De Zen¹
¹ Projeto Aves, Cepea, Departamento de Economia, Administração e Sociologia, ESALQ/USP
1. Objetivos
Objetiva-se analisar a elasticidade-renda do
dispêndio com ovos no país, avaliando-se o
padrão de consumo do alimento, na última
década, acerca das variações de renda.
2. Material e Métodos
Utilizaram-se dados estatísticos relacionados
às dez maiores regiões metropolitanas do
Brasil, encontrados na POF – Pesquisa de
Orçamentos Familiares, do Instituto Brasileiro.
de Geografia e Estatística (IBGE), os quais
dizem respeito a alocação de gastos dos
domicílios e pessoas, segundo seus hábitos
de consumo. Tais dados foram analisados
sob o modelo de Hoffmann (2000), o qual
consiste numa poligonal de três segmentos
que permite a determinação da elasticidaderenda por estratos de pessoas. Foram
determinados nove estratos, nas cinco
regiões
brasileiras.
3. Resultados e discussão
Tabela 1: Coeficientes de elasticidade-renda da despesa per capita com ovos em nível de Brasil e suas regiões.
Ovos
Brasil
Centro - Oeste
Nordeste
Norte
Sudeste
Sul
Esquema de
agrupamento
R2
4-1-4
5-3-1
2-6-1
1-2-6
4-1-4
6-1-2
0,988
0,961
0,990
0,923
0,936
0,942
Os coeficientes de determinação
serem em geral maiores que 0,92, mostram
que a renda explica mais de 92% das
despesas com ovos. Segundo o coeficiente
de elasticidade-renda do dispêndio, a média
mais alta se encontra na região Norte, o que
significa que nesta região aumenta-se mais o
consumo de ovos quando há uma variação
positiva na renda da população. Já o menor
impacto se encontrou na região Centro-Oeste,
no qual registra-se a menor média de
elasticidade.
4. Conclusões
Há relevante disparidade nas elasticidades
encontradas para cada extrato da população.
Contudo, nas medias regionais, com nenhum
coeficiente maior que 0,26 (com exceção do
Norte) pode-se ver que o consumo de ovos
não é potencialmente afetado pela renda em
nenhuma região brasileira.
Elasticidade no estrato
I
0,256
0,361
0,276
4,400
0,101
0,476
II
0,489
-0,206
0,319
0,430
0,816
-0,777
III
0,104
0,211
-0,083
0,026
0,149
0,075
Elasticidade
média
0,204
0,132
0,258
0,459
0,215
0,225
5. Referências Bibliográficas
CARVALHO, T. B. de. Estudo da
elasticidade-renda de carne bovina, suína
de frango no Brasil. 2006. 88 p. Dissertação
(Mestrado em Economia Aplicada) - Escola
Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2006.
HOFFMANN, R. Elasticidades-renda das
despesas e do consumo físico de alimentos no
Brasil metropolitano em 1995-96. Agricultura em
São Paulo, São Paulo, v. 47, n. 1, p. 111-122, set.
2000.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA. Pesquisa de orçamentos
Disponível
em:
familiares
2002-2003.
<http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/p
of/ default.asp?o=13&i=P>. Acesso em 28 de
setembro de 2007.
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