UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL ÉVERTON SIRTOLLI IOB AS CARACTERÍSTICAS DO CONSUMO DE FUTEBOL AMERICANO NO BRASIL CAXIAS DO SUL 2016 ÉVERTON SIRTOLLI IOB AS CARACTERÍSTICAS DO CONSUMO DE FUTEBOL AMERICANO NO BRASIL Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Centro de Ciências Socias da Universidade de Caxias do Sul, como requisito para colação de grau de bacharelado em Comércio Internacional. Orientadora: Prof. Dra. Fernada Lazzari CAXIAS DO SUL 2016 RESUMO Este trabalho buscou analisar as características do consumidor brasileiro de futebol americano, bem como seu envolvimento e sua intenção de recomendar o esporte a outras pessoas. A metodologia fundamentou-se na coleta de dados por meio de questionário publicado na internet. A coleta totalizou 293 respondentes, que fizeram parte de amostra não probabilística e por conveniência. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e paramétrica. Constatou-se que o público que consome o esporte no Brasil tem uma média de idade jovem. Foi observado também que os consumidores desse esporte têm uma média elevada no índice de envolvimento, e também uma média alta em relação à intenção de recomendar. Por fim, observou-se que o futebol americano é um esporte que pode vir a ganhar um espaço na cultura brasileira. Para isso, é necessário realizar trabalhos de divulgação do mesmo junto a clubes e campeonatos nacionais, bem como nas mídias esportivas do país. Palavras-chaves: Futebol americano. Envolvimento. Intenção de recomendar. Consumidor. ABSTRACT This study sought to analyze the Brazilian consumer characteristics of American Football, as well as their involvement and intention to recommend the sport to other people. The methodology was based on data collection through a questionnaire published on the Internet. The collection totaled 293 respondents, who took part in a non-probabilistic sample at their convenience. Data was subjected to descriptive and parametric statistical analyses. It was found that the public who consumes the sport in Brazil has a young age average. It was also observed that this sport’s consumers have a high involvement index average, as well as a high average in relation to the intention to recommend. Lastly, it was observed that American Football is a sport that can earn a place in Brazilian culture. In order to achieve this, it is necessary for the latter to carry out disclosure work with the clubs and national championships, as well as through Brazilian sports media. Key words: American Football. Involvement. Intention to recommend. Consumers. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 1 – Diferenças entre o marketing tradicional e o esportivo ........................... 15 Figura 1 – Conjunto de Atividades do Produto Esportivo .......................................... 20 Figura 2 – Produto Esportivo ..................................................................................... 21 Tabela 1 – Envolvimento ........................................................................................... 40 Tabela 2 – Intenção de Recomendar ........................................................................ 41 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Audiência do Super Bowl ....................................................................... 26 Gráfico 2 – Renda dos Respondentes ..................................................................... 35 Gráfico 3 – Grau de Instrução dos Respondentes ................................................... 35 Gráfico 4 – Estados de Origem dos Participantes .................................................... 36 Gráfico 5 – Primeiro Contato com o Futebol Americano .......................................... 37 Gráfico 6 – Motivação ............................................................................................... 37 Gráfico 7 – Motivação para Consumo de Futebol Americano .................................. 38 Gráfico 8 – Interferência do Futebol Americano em Outros Aspectos ...................... 39 LISTA DE SIGLAS NFL Natiomal Football League EUA Estados Unidos da Amércia AFL American Footbal League MLB Major League Baseball CFL Canadian Football League IBOPE Institutobrasileiro de Opinião Pública e Estatística GAPAE Grupo de Estudo e Pesquisa em Administração Esportiva COB Comitê Olímpico Brasileiro FIFA Fédération Internationale de Football Association SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10 1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA .................................. 11 1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA ............................................................................... 12 1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................. 12 1.2.2 Objetivos específicos..................................................................................... 12 1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 13 2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 14 2.1 MARKETING ESPORTIVO ................................................................................. 14 2.1.1 Consumo Esportivo ....................................................................................... 16 2.1.2 Marca Esportiva .............................................................................................. 17 2.1.3 Produto Esportivo .......................................................................................... 18 2.2 ADMINISTRAÇÃO ESPORTIVA ......................................................................... 22 2.2.1 Administração Esportiva no Brasil ............................................................... 23 2.2.2 A NFL ............................................................................................................... 25 2.3 ENVOLVIMENTO ................................................................................................ 27 2.4 INTENÇÃO DE RECOMENDAR ......................................................................... 28 3 MÉTODO................................................................................................................ 30 3.1 PROCEDIMENTO DE COLETA .......................................................................... 30 3.2 INSTRUMENTOS DE COLETA .......................................................................... 31 3.3 SELEÇÃO DOS RESPONDENTES .................................................................... 32 3.3.1 Tamanho da amostra ..................................................................................... 32 3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS ................................................... 33 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................... 34 4.1. ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS ............................................................... 34 4.1.1 Perfil dos Respondentes ............................................................................... 34 4.1.2 Envolvimento .................................................................................................. 39 4.1.3 Intenção de Recomendar ............................................................................... 41 4.2. ANÁLISE PARAMÉTRICA DOS DADOS ........................................................... 42 4.2.1 Envolvimento .................................................................................................. 42 4.2.2 Intenção de Recomendar ............................................................................... 43 5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................................................ 44 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 47 6.1. IMPLICAÇÕES PRÁTICAS ................................................................................ 47 6.2. LIMITAÇÕES DA ESTUDO E SUGESTÕES DE PESQUISAS FUTURAS ........ 48 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49 APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS - CONSUMIDORES .... 56 10 1 INTRODUÇÃO O futebol americano ou somente Football é um dos esportes mais populares nos Estados Unidos da América (EUA), e o nono esporte mais popular no mundo (CNN, 2015). O primeiro jogo de futebol americano ocorreu em 1969, utilizando as regras da Associação de Futebol de Londres com algumas alterações (NFL, 2015). Em 1876, após a reunião entre três universidades (Harvard, Princeton e Columbia) e Walter Camp, atleta e jornalista, criam-se as primeiras regras (WATTERSON, 2000). No ano de 1905, após o então presidente Theodore Roosevelt ameaçar proibir o esporte, devido a diversas lesões graves e até incidentes que levaram a morte de alguns atletas, foram adotadass regras visando uma maior proteção dos atletas (MACCAMBRIDGE, 1999). No entanto, em 1920 o esporte se consolidou e criou-se a primeira liga de futebol americano, a American Professional Football Conference, que em 1922 tornouse a National Football League (NFL) (FOX, 1998). Segundo Fox (1998), somente na década de 50 a NFL começou a se tornar um dos esportes favoritos dos americanos, graças ao apoio da televisão, que passou a transmitir jogos para todo o país. O ápice do esporte veio na final do campeonato entre Baltimore Colts e o New York Giants, vencida pelos Colts. Este jogo foi considerado o maior jogo de todos os tempos, com 1 em cada 4 pessoas nos EUA o assistindo (aproximadamente 45 milhões de espectadores) (ESPN, 2015). Posterior ao grande sucesso na década de 50, surgiram novos clubes, que após serem negados a eles o direito de participar da NFL, criaram a American Football League (AFL), a única liga que rivalizou com a NFL (ESPN, 2015). Em 1967, a AFL e a NFL aceitaram a criação de um jogo para se decidir o campeão nacional, o Super Bowl (MACCAMBRIDGE, 1999). Em 1969, após pesquisa realizada pelo Harris and Associates (principal instituto de opinião pública especializado em esportes), o futebol americano se tornou o esporte mais popular nos EUA, passando o Baseball (ESPN, 2015). Somente em 1970 houve a junção das duas ligas, aonde os 10 times da AFL e os 16 times da NFL jogaram entre si durante a temporada, e não só em um só jogo, Super Bowl, o que dobrou a audiência televisiva (ESPN, 2005). A partir de 2007, a NFL vem organizando eventos ao redor do mundo para expansão do esporte, jogos em Londres no estádio de Wembley, e em Toronto no 11 Canadá ao menos uma vez por ano. A liga planeja, também, a expansão para outros países, como Alemanha, Japão, Austrália (ESPN, 2015). Sendo assim, este projeto buscará identificar as características dos consumidores de futebol americano, que levaram este esporte a ser o mais popular nos EUA, fazendo com que ele se torne, cada vez mais, popular ao redor do mundo, levando a NFL a realizar eventos, e projetar jogos e franquias em diversos países. 1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA A associação entre esporte e atividade econômica vem se tornando cada vez mais intensa nas últimas décadas (GIOVANNI, 2005), já que esporte tem se tornado uma parte importante da vida contemporânea e objeto de consumo das sociedades (SAUERBRONN; AYROSA, 2002). Segundo Giovanni (2005), o esporte como atividade física está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, pois está associado a valores naturais, de saúde, beleza física, entre outros, que atualmente são emergentes. Segundo Clarisse Setyon, professora do curso de especialização em Marketing Esportivo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em entrevista ao Amcham em 2012, o mercado esportivo movimentava aproximadamente US$ 1 trilhão por ano e exibe um dos maiores percentuais de crescimento entre os principais setores da economia. Em 2011, a NFL foi avaliada como um negócio de aproximadamente USD 10 bilhões/ano, que gera um lucro operacional por volta de USD 1 bilhão/ano (CNN Money, 2011 apud QUINN, 2012), sendo considerada a liga mais valiosa dos EUA, ficando à frente da MLB (Major Ligue Baseball) (FORBES, 2010, 2011 apud QUINN, 2012). Em pesquisa divulgada no dia 04 de fevereiro de 2015 pela "The Independent" realizada em conjunto pela Global Web Index e Statista, o Brasil é o terceiro país com maior número de fãs da NFL no mundo, atrás somente dos EUA e México, com 19,7 milhões de fãs (THE INDEPENDET, 2015). O Brasil está à frente, inclusive, do Canadá, que possui uma liga profissional a CFL (Canadian Football League). O crescimento do futebol americano no Brasil se evidencia com o aumento na audiência do esporte no Brasil. Segundo dados do IBOPE, houve um aumento de 12 público de 70 mil pessoas por jogo na temporada 2013/2014 em relação a temporada de 2012/2013. Contudo, também houve o aumento da audiência de 800% nos últimos três anos (O GLOBO, 2015). Segundo José Colagrossi, diretor executivo do IBOPE Repucom, este crescimento se deve, principalmente, a dois fatores: o futebol americano ser um esporte de satisfação instantânea, devido às estratégias e intensidade, sendo um fator que jovens e adultos buscam, e o aumento de pessoas com acesso a TV por assinatura (IBOPE REPUCOM, 2015). Levando em consideração a crescente popularidade deste esporte no território brasileiro, e o mercado que o mesmo possui fora do Brasil, é importante identificar quais as características do consumo de futebol americano no Brasil? 1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA 1.2.1 Objetivo geral Analisar as características do consumo de futebol americano no Brasil. 1.2.2 Objetivos específicos Com o propósito de alcançar o objetivo geral, foram determinados os seguintes objetivos específicos: a) Analisar o perfil dos respondentes e suas formas de consumo de futebol americano; b) Analisar o envolvimento dos respondentes com o futebol americano; c) Analisar a intenção dos respondentes de recomendar o consumo de futebol americano. 13 1.3 JUSTIFICATIVA O número de pessoas que acompanham o futebol americano no Brasil vem crescendo de forma significativa, visto o crescimento de 800%, nos últimos três anos, na audiência do canal de televisão fechada responsável pela transmissão de jogos (O GLOBO, 2015). O mercado de consumidores do esporte hoje no Brasil e o segundo maior, fora dos EUA, atrás apenas do México (THE INDEPENDENT, 2015). Fato já observado pelo comissário da NFL, Roger Goodell, que em março do ano de 2015 em conferência na cidade de Los Angeles, admitiu a possibilidade da realização do Pro Bowl (jogo das estrelas da NFL) ocorrer no Brasil. Goodell informou ainda que o Brasil, junto com México (primeiro colocado) e Alemanha (terceiro colocado) são os mercados em interesse de expansão da NFL. (CBS SPORT, 2015). Visando este mercado que vem se expandindo muito rápido, o trabalho vai buscar entender as características destes consumidores. Os resultados provenientes do estudo podem ajudar o desenvolvimento do esporte no Brasil, podendo ser interessante para: os clubes de futebol americano no país (não há nenhum dado oficial do número de clubes), praticantes do esporte, redes de mídia que poderão se beneficiar com eventos, transmissões e marcas de artigos esportivos que passaram a comercializar produtos sobre o esporte, hoje difíceis de se encontrar. A presente pesquisa, contribuirá, ainda, para futuros estudos sobre o futebol americano, permitindo que sirva, também, como fonte de pesquisa para estudantes, pesquisadores de marketing, pesquisadores sobre o tema, acarretando em um maior conhecimento sobre o assunto. 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 MARKETING ESPORTIVO Segundo Mullin, Harrdy e Sutton (2008), o termo de marketing esportivo foi usado pela primeira vez pela Advertising Age em 1978 para descrever as atividades profissionais de marketing de produtos industriais, serviços e consumo ligados ao esporte. Segundo Bertoldo (2000), o marketing esportivo é o composto de atividades voltadas a divulgação e pratica de modalidades esportivas, clubes e associações, sejam através de patrocínios esportivos ou divulgações e promoções em torneios ou eventos. Segundo Mullin, Hardy, Sutton (2008), os profissionais do marketing devem ter atenção com algumas características: i) o mercado dos produtos e serviços esportivos; ii) o produto esportivo propriamente dito; iii) o custo do esporte; iv) a promoção do esporte; e v) a distribuição do esporte (FAGUNDES et al., 2012). Mattar e Campomar (2011) também entende que o marketing esportivo deve ser considerado um campo diferente do convencional, entretanto alerta para relação que existe entre esporte e marketing, definindo em duas classes: Marketing do Esporte e Esporte no Marketing de uma organização. Marketing do Esporte é a promoção de uma determinada modalidade esportiva junto a um público alvo, através de técnicas de marketing, como oferta de um serviço de lazer. Por sua vez, o Esporte no Marketing de uma organização representa um modo de relacionamento em que o esporte é integrado às atividades normais de uma empresa de bens ou serviços, sendo utilizado como adequação dos elementos de seu mix de promoção a objetivos de comunicação e mercado determinado e estabelecido (CAMPOMAR, 1992). Na visão de Calado (2007), o marketing esportivo nada mais é do que um segmento do marketing e é composto pelos 4’ps: produto, preço, promoção e praça (CALADO, 2007). Entretanto, há algumas diferenças entre o marketing tradicional e o esportivo, conforme Quadro 1 (FAGUNDES et al., 2012). 15 Quadro 1: Diferenças entre o marketing tradicional e o esportivo. Categoria Diferenças O mercado de produtos e serviços esportivos Produto Esportivo Custo esportivo Promoção esportiva Distribuição esportiva As organizações esportivas, são concorrentes e cooperam entre si, ao mesmo tempo. Devido à identificação e ênfase com o esporte os consumidores esportivos consideram-se conhecedores do mesmo. A demanda do consumo esportivo sofre grande oscilação. É intangível, efêmero, perecível, subjetivo, inseparável e tende a ser experiencial. O produto esportivo é consumido simultaneamente a sua produção. Sua satisfação afeta um âmbito social e ele é consumido publicamente. O produto principal sofre com diversas composições, não se tendo um controle efetivo sobre ela. Podem ser considerados como produtos de consumo ou industriais. O produto esportivo afeta a diversos elementos pessoais, e carrega consigo um apelo universal. A aquisição do produto é geralmente mais alto do que em comparação com o custo total do produto. As receitas operacionais diretas são, com frequência, menores que as receitas indiretas. Opera sem fins lucrativos, em alguns locais. A alta exposição à mídia faz com que o principal elemento esportivo se torne o patrocínio. A visibilidade do esporte o torna um atrativo em termos de negócios para os patrocinadores. A ênfase na promoção não pode ser aplicada ao produto principal, apenas às ramificações do produto. Não há distribuição física do produto. O produto esportivo é consumido simultaneamente a sua produção. Fonte: Adaptado de Masteralexis, Barr e Hums, M. A. (1998). Adaptado de Morgan e Summers, (2008). Vale destacar que a promoção é o único fator que possui semelhança no mix de marketing tradicional (Praça, Promoção, Produto e Preço) para o mix de marketing esportivo. (MORGAN; SUMMERS, 2008). 16 Devido à atenção que o esporte tem junto às mídias, segundo Mullin, Hardy e Sutton (2008), as relações públicas deveriam receber uma atenção especial, e serem tratadas separadamente, não como parte da promoção (FAGUNDES et al., 2012). Quando se fala em esportes, segundo Morgan e Summers (2008), é importante definir os públicos, que foram estabelecidos por eles como: i) jogadores, participantes e torcedores; ii) espectadores, fãs e associados; iii) investidores empresariais e mídia; iv) outros clubes e organizações esportivas; v) serviços e mercadorias de apoio; vi) governo; e vii) órgãos governamentais esportivos (FAGUNDES et al., 2012). O marketing esportivo tem como objetivo, segundo Araújo (2002), reforçar a imagem corporativa, combater ou antecipar-se a ações da concorrência, aumentar o reconhecimento do público, estabelecer identificação com o seguimento específico do mercado, conferir credibilidade ao produto com a associação à qualidade e emoção do evento, envolver a empresa com a comunidade, entre outros. Ainda segundo este tema, destaca-se que um dos métodos utilizados pelo esporte para alcançar as metas é o marketing esportivo e segundo Afif (2000), existem duas formas de definir essas estratégias. A primeira é relacionada ao marketing de produtos e serviços voltados ao consumidor, como vendas de produtos oficiais, ingressos entre outros. A segunda é a de divulgação de produtos através do esporte, sem que estes tenham ligação específica com o esporte, como, por exemplo, patrocinadores. 2.1.1 Consumo Esportivo O esporte é uma das práticas de lazer mais propagadas nos dias de hoje, atingido diferentes tipos de públicos, atravessando algumas barreiras, como culturais e de idade, o que causou um aumento no consumo esportivo, tanto direto quanto indireto (MARTINS et al., 2015). Vale comentar que o esporte se tornou um setor de destaque na economia de países em desenvolvimento (MATTAR; MATTAR, 2013). Segundo os autores, isso se dá por conta do crescimento da renda individual e familiar, uma vez que quando se passa a ter mais dinheiro, começa-se a concentrar seus recursos em satisfazer não apenas as necessidades básicas. Em contrapartida, o consumo esportivo tende a diminuir em países que estejam enfrentando problemas financeiros, revolução ou 17 guerra, uma vez que os mesmos geram rendas menores, fazendo com que a população concentre seus recursos em suas necessidades básicas (MATTAR; MATTAR, 2013). Segundo Calado (2007), a indústria esportiva vem sendo levada cada vez mais a sério, movimentando bilhões de dólares anualmente, sendo um segmento muito amplo e complexo, contando com mais de 140 modalidades esportivas que são praticadas em todo o mundo. No mundo globalizado, o esporte já pode ser visto como instrumento social, tornando-se um fenômeno cultural internacional, aonde os grandes eventos esportivos tais como o Super Bowl, a Copa do Mundo de Futebol, as Olimpíadas, são assistidos através de transmissões televisionadas por bilhões de pessoas em todos os continentes do planeta (CALADO, 2007). O esporte hoje é também uma ferramenta para lançamento de produtos em um âmbito global, pois ele conta com a empatia dos consumidores, atingindo pessoas de diferentes culturas e idades (MARTINS, et al. 2015). O consumidor, por sua vez, pode ter seu comportamento definido como sendo as atividades do processo de troca diretamente envolvidas em obter, consumir e dispor de produtos e serviços, incluindo os processos decisórios que antecedem e sucedem essas ações (ENGEL; BLACKWELL; MINIARD, 2005). Entretanto segundo Mullin, Hardy, Sutton (2008), não há como traçar um perfil para um torcedor esportivo infalível devido ao número de variáveis que se deve levar em conta. 2.1.2 Marca Esportiva Desde a antiguidade, existem várias formas de se divulgar uma mercadoria, desde sinetes, selos, siglas e símbolos, utilizadas para que a população pudesse identificar comércios de animais, armas e utensílios (PINHO, 1996). Segundo Pinho (1996), as marcas têm como função principal a de identificar um produto. Entretanto, com o recente desenvolvimento das técnicas de marketing novas funções foram incorporadas, modificando a natureza das marcas, tornando a marca um elemento importante no composto de marketing. A marca tende a se transformar em um dos principais componentes no marketing em organizações comerciais, industriais e de prestação de serviços (HOLLEY; SAUNDERS; PIERCY, 2001). Para Soares (2007), a marca faz parte de 18 um conjunto de atividades de marketing e deve-se dar a ela, tanto na criação quanto na manutenção, o mesmo valor que se dá a novos produtos. Diversas empresas buscam no marketing esportivo uma maneira de conquistar, junto ao público, um maior reconhecimento e visualização de sua marca (SOARES, 2007). Porém, criar uma marca esportiva atraente não é um trabalho fácil, existem fatores tradicionais de atração de público, tais como: um atleta em busca de recorde, times vencedores, ligas fortes, atrativas e competitivas. O esporte é um produto baseado em performance (KOTLER; REIN; SHIELDS, 2008). Segundo Laurence (2005), algumas marcas não são somente mais elementos de marketing, mas já fazem parte da vida de alguns consumidores, fazendo com que o consumidor se apaixone por ela, para que, quando ela “fale”, ele a escute, e, quando ela “age”, ele a siga. Nesse sentido, marcas fortes no mundo esportivos, segundo Kotler, Rein e Shields (2008), são construídas através de transformação– o sistemático processo de transformação que redefine e reinventa o produto esportivo como marca focada no torcedor. No que se refere a marcas esportivas, destaca-se o licenciamento que ainda é uma ferramenta pouco utilizada, em todo o seu potencial, pelo marketing de clubes e empresas (FERREIRA, 2010), embora represente uma importante fonte de arrecadação no esporte, movimentando cerca de US$ 16,9 Bilhões (COSTA; MARINHO, 2005). O licenciamento de acordo com Ferreira (2010) é uma das formas mais significativas para o desenvolvimento da Branding. Nas ligas esportivas profissionais americanas, os programas de licenciamento são gerenciados por uma ramificação com fim lucrativo (normalmente é de responsabilidade dela o marketing e as negociações de patrocínio), conhecida como “Divisão de Propriedade”, que tem como finalidade a aprovação dos licenciados e a política contra a violação das marcas registradas, além de serem responsáveis pela distribuição das receitas arrecadas de licenciamento igualmente entre todas as franquias da liga (MULLIN; HARDY; SUTTON, 2008). 2.1.3 Produto Esportivo O produto “esporte” torna as ações de marketing muito difíceis pois tem diversas características imprevisíveis e únicas (POZZI, 2000). Segundo Mullin, Hardy 19 e Sutton (2008), o produto esportivo é qualquer bem, pessoa, ideia ou lugar, serviço, com atributos tangíveis e intangíveis, devido às necessidades dos equipamentos e desempenho humano, que satisfaz o desejo ou necessidade do consumidor em relação ao esporte, ginástica ou recreação. Para Pozzi (2000), o produto esportivo é intangível, experimental e subjetivo em que predomina a paixão devido à identificação pessoal que cada consumidor tem com o produto. O produto esportivo é mais similar ao ócio do que aos produtos tradicionais de consumo (SOARES, 2007). Trata-se muito mais de um serviço, já que o consumidor busca diversão, sentimento, paixão, espetáculo, e quer que todos os seus sentimentos, emoções sejam levadas em consideração pelos organizadores (SOARES, 2007). Uma série de particularidades distingue o produto esportivos, incluindo os seguintes itens: competição lúdica (normalmente algum jogo/competição), uma definição de espaço e tempo, regras para disputa da competição, treinamento físico e instalações e equipamentos. A figura 2 mostra a importância desse conjunto de atividades para o produto esportivo. 20 Figura 1: Conjunto de atividades do produto esportivo. Fonte: Mullin; Hardy; Sutton (2008) Para Mullin, Hardy e Sutton (2008), a cada vez que o produto esportivo é consumido, ele é diferente. Um jogo amistoso que é jogado duas vezes pelas mesmas equipes, com mesmo uniformes, equipamentos, jogadores, lugar e todos os outros elementos que envolvem a prática do esporte, em dias diferentes, serão totalmente diferentes (MULLIN; HARDY; SUTTON, 2008). O esporte tem um apelo global, o que deixa o produto esportivo valioso, e ao contrário de outras indústrias, no esporte há uma integração entre os concorrentes, uma vez que um depende do outro para as competições, não podendo, assim, matar a concorrência (POZZI, 2000). 21 Conforme figura 3, o produto esportivo é um conjunto integrado com um lote de componentes que possuem vida própria, aonde no centro, está a “vivência do evento” composta por quatro componentes: forma do jogo; Jogadores; Equipamentos e Local. Figura 2: Produto Esportivo Fonte: Mullin; Hardy; Sutton (2008) Tanto que se analisarmos uma partida amistosa entre um time amador jogando em um campo de barro quanto um time profissional jogando em uma moderna arena poderá ser encontrado os aspectos comum do jogo: forma do jogo; Jogadores; Equipamentos e Local. 22 2.2 ADMINISTRAÇÃO ESPORTIVA O surgimento da administração esportiva se deu devido à necessidade perante o desenvolvimento do esporte, visto que a partir do crescimento se tornou essencial pessoas qualificadas para poder gerir as instituições. (CAPINUSSÚ, 2005 apud KARNAS, 2010). Assim como em qualquer outra instituição, as organizações esportivas precisam planejar suas ações operacionais, em todos os seus níveis, aumentando assim o nível de acertos nas decisões, elevando as chances de resultados positivos (MATTAR; MATTAR, 2013). Para Pitts (2001), a administração esportiva é uma área de estudo composta por conhecimentos teóricos e práticos, que é desenvolvido por profissionais que atuam na prática e por aqueles que desenvolvem pesquisas. Há também aqueles que buscam o avanço da área, pela formação profissional e pela credibilidade que ela conquista perante a sociedade. A administração esportiva envolve a aplicação dos conceitos e teorias gerais da administração ao esporte e aos diferentes papéis que ela desempenha na sociedade nos dias atuais (BASTOS, 2003). Seu estudo reúne diversos conhecimentos multidisciplinares, e passou a ser difundido com maior consistência a partir dos anos sessenta do século passado, conforme destacam Miller, Stoldt e Comfort (2002, apud HOFFMAN; HARRIS, 2002). Segundo Mullin, Harrdy e Sutton (2008), a administração esportiva tem como o seu principal objetivo difundir as atividades esportivas, produtos e serviços, com ênfase nas funções de planejamento, organização, direção e controle. Conforme Mattar e Mattar (2013), a administração esportiva é uma prática importante, pois é através dela que serão determinadas as direções e as estratégias da organização que servirão como orientação e fundamentação para os níveis de planejamentos, decisões, estratégias e ações das áreas funcionais. Ainda de acordo com o autor, é importante que a direção e gerência das instituições esportivas atentem para as questões relacionadas à administração esportiva e desenvolvam um planejamento estratégico para determinar as direções e estratégias principais da organização, para que todas as demais atividades e setores possam se alinhar a elas, para que os resultados esperados sejam alcançados. 23 O mercado esportivo é um mercado que gera números expressivos. Em 2002, o Brasil gerou R$ 42 bilhões em vendas de produtos (atacado varejo e industrial), segundo a FIFA, só o futebol, movimenta cerca de 250 bilhões de dólares em âmbito global (VIEIRA; STUCCHI, 2007). Devido a isso, Rezende (2000) alerta para o ponto de que o administrador esportivo, assim como em qual quer outro setor, deve desenvolver e dominar as habilidades humanas e conceitual, assim como exercer os processos administrativos, para que assim possa obter sucesso. Assim como Rezende (2000), Vieira e Stucchi (2007), atenta para a necessidade de profissionais com formação especializada no assunto, não somente ex-atletas ou outras pessoas quaisquer. Karnas, (2010) cita também a necessidade de substituição de ex-atletas e de dirigentes sem formação por profissionais capacitados. O autor ressalta que conhecer o esporte é importante, porém não é qualificação suficiente para atuar na gestão esportiva, a qual requer conhecimentos específicos para se obter o sucesso. Levando em consideração diferentes autores e teorias para a administração esportiva, Rezende (2000) destaca quatro funções como sendo básicas para o administrador esportivo: i) Planejamento; ii) Organização, iii) Direção e iv) Controle. Segundo Basto (2003), para se definir os segmentos de atuação do administrador esportivo é necessário se levar em critérios definidos pela GAPAE (Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração Esportiva-EEFEUSP), que leva em consideração a finalidade da atividade, da característica principal e a relação com a atividade esportiva. Basto et al. (2006), devido à diversidade de campos que um administrador esportivo pode atuar, levanta a hipótese de um profissional qualificado estar presente nas organizações que tem como principal finalidade a própria atividade esportiva, independente de qual modalidade. 2.2.1 Administração Esportiva no Brasil A sociedade brasileira, de modo geral, vem se manifestando para que se atente para o profissionalismo do esporte no país, tanto na parte administrativa quando na prática, pelos esportistas e que haja uma maior transparência por parte dos gestores, sendo esse um caminho para o sucesso (BASTOS, 2003). 24 A administração esportiva, infelizmente, não é levada de forma profissional no Brasil. Geralmente, os administradores são ex-atletas, ex-professores ou técnicos, que não possuem conhecimento necessário para poder gerir uma organização esportiva (MOCSÁNYI; BASTOS, 2005). Para Karnas (2010), independentemente de ter ou não experiência esportiva os profissionais responsáveis pela gestão esportiva, das organizações necessitam conhecer os conceitos e aplicações para realizar um trabalho com qualidade. Estão ocorrendo no Brasil, aos poucos, algumas mudanças em termos organizacionais e administrativos, levando assim, a uma gestão profissional esportiva, ajudando no desenvolvimento de algumas atividades, como, por exemplo, o Voleibol (BASTOS et al; 2006). No Brasil, a estrutura de administração do esporte compreende vários níveis de implantação, operacionalização e controle. Nos níveis municipal e estadual a estrutura se dá, por meio dos clubes ou organizações esportivas, controladas por ligas, associações e federações. A nível nacional e internacional, ocorre por meio de centros de treinamento e seleções nacionais, controlados por confederações, comitê olímpico e federações internacionais (MEIRA; BASTOS, 2011). No Brasil, em nível nacional, duas organizações são responsáveis pelo desenvolvimento do esporte de alto nível, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o Ministério do Esporte (MEIRA; BASTOS; BOHME, 2012). Segundo o estudo de Basto et al. (2004), aponta que alguns grandes clubes de futebol da cidade de São Paulo já contam com administradores esportivos profissionais, mostrando com isso que algumas organizações esportivas estão atentas as “novas tendências” da Administração e da Administração esportiva (MOCSÁNYI; BASTOS, 2005). Karnas (2010) destaca, também, como importante a formação em Educação Física, pois os profissionais da área adquirem um conhecimento sobre o esporte, suas regras, aplicações, profissionais da área e formas de se relacionamento. No entanto, o autor alerta para estudos que indicam que esta formação não é suficiente, é necessário ter formação que compreendem organização, planejamento, direção e controle. 25 2.2.2 A NFL A NFL foi criada em 1922, oriunda da American Professional Football Conference, que havia sido criada no ano de 1920, e foi a primeira liga de futebol americano profissional (FOX, 1988). Devido ao sucesso do esporte, passaram a surgir novas ligas. Na década de 50 surgiu a AFL, a única liga que rivalizou com a NFL (ESPN, 2015). No ano de 1967, houve a criação do Super Bowl, um jogo que decidiria o campeão nacional, em que o vencedor da NFL e da AFL se enfrentariam em jogo único (MACCAMBRIDGE, 1999). Mas somente três anos depois, em 1970, houve a junção entre as duas ligas para que os times jogassem entre si, não apenas um jogo, mas durante a temporada regular também o que dobrou a audiência televisiva (ESPN, 1998). A NFL se tornou um negócio, assim como uma empresa, e possui recursos, tais como: jogadores, técnicos, olheiros, pessoas encarregadas em manter o campo em condições, administradores da gestão de jogo e administrativa, entre outros. Estes recursos geram o produto, o jogo, que é vendido para os consumidores, os fãs, que tornam o negócio viável. As equipes são consideradas franquias; todas elas possuem um ou mais donos, que podem decidir a realocação para um mercado (cidade, estado) mais atraente economicamente. (ROCKERBIE, 2013). A NFL se tornou uma liga esportiva muito lucrativa (FORBES, 2010). Segunda a revista Forbes 2010, as 32 franquias da NFL estão avaliadas em mais de 32 bilhões de dólares. A NFL é administrada pelo comissário geral Rogel Goodell, que é responsável por assuntos administrativos relativos à liga e assuntos disciplinares a jogadores e franquias. Entretanto, a NFL possui um conselho com os donos das 32 franquias, em que são discutidas questões que envolvem o funcionamento da liga (ROCKERBIE, 2013). Segundo Quinn (2012), a NFL se tornou durante os últimos 50 anos a liga esportiva mais poderosa economicamente. Em 2010, a NFL dividiu entre as 32 franquias dois terços dos 8 bilhões de dólares das receitas arrecadadas. Segundo Maimone (2012), os contratos de televisão, que são negociados pela NFL, são divididos de forma igual entre as 32 franquias da liga, oportunizando às equipes de cidades menores competir de igual com as equipes das maiores cidades. Como 26 exemplo pode-se citar o campeão do Super Bowl XLV, em 2010, o Green Bay Packers, da cidade de Wisconsin com pouco mais de 100.000 habitantes, que na oportunidade venceu o New York Giants. A NFL hoje possui o maior mercado americano de esportes, e a liga vem crescendo cada vez mais, como pode-se notar no gráfico 1, que demostra o crescimento do Super Bowl (final da NFL). Gráfico 1: Audiência do Super Bowl 140 Audiência da TV em Milhões 120 100 80 60 40 20 0 1990 1995 2000 2005 2010 2015 Fonte: Adaptado de Statista, (2015). Este crescimento resulta nos valores cobrados pelos 30 segundos de propaganda durante o intervalo do Super Bowl, que teve um aumento de 42 mil de dólares em 1967 para 3 milhões de dólares em 2010 (QUINN, 2012) e 4,5 milhões de dólares em 2015 (FORBES, 2015). Segundo a revista Forbes 2010, o Super Bowl é o maior evento esportivo do planeta valendo 420 milhões de dólares, ficando a frente dos Jogos Olímpicos (230 milhões de dólares) e da final da copa do mundo da FIFA avaliada em (120 milhões de dólares). 27 2.3 ENVOLVIMENTO O envolvimento pode tornar os indivíduos motivados ou estimulados por meio de necessidades internas ou externas que podem ser de caráter fisiológico ou psicológico, (ALÍPIO, 2005). A relevância pessoal do indivíduo com a marca se dá devido à percepção da relação entre as necessidades, seus objetivos e valores e seu conhecimento do produto, identificado o mesmo pelos seus atributos e benefícios (CELSI; OLSON, 1988). Segundo os autores, cria-se um conhecimento particularmente relevante ativado na memória quando um estado emocional que orienta os consumidores para certos comportamentos. Para Zaichkowsky (1985), pode-se entender que há três fatores que afetam o nível de envolvimento do consumidor: físico, situacional e pessoal. O fator físico refere-se às características físicas que diferem e aumentam o interesse sobre o produto. A situacional representa o caráter temporário do qual depende o interesse ou o aumento da percepção de relevância de um produto. O fator pessoal representa interesses, valores ou necessidades que motivam o indivíduo em relação ao produto. Um consumidor pode ter um envolvimento maior com um produto se este intensificar sua auto-imagem (FREIRE, 2005). Para Traylor (1993), o conceito de envolvimento reconhece que certos produtos podem ter uma maior relação e importância para as relações do indivíduo com o mundo, para seu senso de identidade e para sua vida como pessoa. Bloch (1982) classificou o envolvimento como: envolvimento situacional e duradouro. O envolvimento situacional sofre influência de estímulos externos (FREIRE, 2005). Segundo Houston e Rothschild (1977), o nível de envolvimento situacional deriva dos aspectos de uma situação de compra ou decisão, e depende de duas principais categorias de estímulo. A primeira diz respeito aos estímulos sobre objeto de interesse do consumidor está direcionado, podendo variar o nível de intensidade, lembrando que fatores como preço, complexidade dos atributos e frequência da compra contribuem para o envolvimento situacional (HOUSTON; ROTHSCHILD, 1977). A segunda refere-se aos estímulos àqueles estímulos que emanam do ambiente social e psicológico da compra ou consumo de um produto (ARORA, 1982). O autor ainda cita a expectativa de presença ou ausência de outras pessoas durante o período de consumo como um desses estímulos. 28 Para Freire (2005), o envolvimento duradouro é aquele que desperta relevância pessoal por parte do consumidor com o produto, pois o produto está relacionado com o autoconceito pessoal do indivíduo, que pode gerar interesse no consumidor de forma regular por um longo período de tempo. A intensidade do envolvimento duradouro é refletida por dois tipos de relação. A primeira é a relação existente entre a experiência prévia do indivíduo e as necessidades genéricas da situação. A segunda é a relação entre o sistema de valores de um indivíduo com determinado produto (FONSECA; ROSSI, 1998). Segundo Bloch (1982), pode-se compreender envolvimento como uma forma de auto-expressão, ou seja, um indivíduo pode acreditar que o alto envolvimento com um determinado produto, diferente da sua simples utilização ou consumo, pode ser um veículo para expressão positiva de sua autoimagem. 2.4 INTENÇÃO DE RECOMENDAR A influência da recomendação superou a da comunicação publicitária, pois os consumidores confiam mais em outras pessoas do que nas campanhas e contam suas experiências negativas para duas vezes mais pessoas (ASSISTANCE RESEARCH PROGRAMS, 1981). A recomendação pode ser vista como uma forma de buscar reduzir os riscos da compra através de comentários positivos de outras pessoas (ARNDT, 1967). Dichter (1966) define a intenção de recomendar como a comunicação a respeito de um produto ou serviço sem a contrapartida material. Harrison-Walker (2001) define recomendação como uma comunicação pessoal e informal entre um comunicador percebido como não comercial e um dado receptor, relacionada a uma marca, produto, organização ou a um serviço. Segundo Soares e Costa (2008), a recomendação demanda menor atenção de pesquisadores, se comparado a outros construtos, como lealdade e reclamação. Entretanto, em muitas situações, essa é a maior fonte de informações que os clientes utilizam em suas decisões de compra (ABDALLA et al., 2012). A intenção em recomendar pode ser dividida em positiva ou negativa, de acordo com o teor da comunicação escolhida pelo emissor da mensagem. Tanto a recomendação positiva como a negativa sofrem forte influência da (in)satisfação (KAU; LOH, 2006). Para um maior entendimento acerca dos elementos que 29 influenciam na intenção de se recomendar determinado produto ou serviço, autores como Mckee, Simmers e Licata (2006) apresentam diversificados antecedentes em diferentes contextos, como por exemplo, a participação do cliente na prestação do serviço afeta positivamente sua percepção de valor e, em seguida, as intenções de recomendação do serviço. Já Harrison-Walker (2001), em sua pesquisa, visualiza o compromisso afetivo do consumidor e a qualidade em serviços como potenciais antecedentes da comunicação boca a boca positiva. Arndt (1967) demonstrou que as conversas a respeito de produtos levavam ao comportamento efeito de compra efetiva. Portanto, as recomendações pessoais, têm papel de destaque no processo decisório do consumidor (RODRIGUES et al. 2014). 30 3 MÉTODO Segundo Malhotra (2011), a pesquisa de marketing é um dos fatores mais fascinantes e importantes do marketing. Ele a define como sendo o conjunto de dados que auxilia na melhoria na tomada de decisão, pois ajuda a identificar a melhor solução para o problema. Estes dados são adquiridos após a identificação, coleta, análise, disseminação sistemática e objetiva das informações. A pesquisa de marketing traça o método para coletar informações, gerencia o processo de coleta de dados, analisa os resultados para que sejam tomadas as melhores decisões. A pesquisa de marketing utiliza essas informações para estabelecer uma ligação entre cliente, consumidor e o público, essas informações tem como objetivo identificar, definir, avaliar e aperfeiçoar o processo de marketing (MATTAR, 2007). Avaliando-se as definições acima descritas e o objetivo do presente estudo, a fim de estabelecer esclarecimentos a respeito do assunto proposto, abordou-se a pesquisa de forma quantitativa com caráter descritivo. A pesquisa de caráter descritivo, segundo Malhotra (2011), tem como objetivo a descrição de algo, geralmente características ou funções de mercado. Para Shiraishi (2012), a pesquisa de caráter descritivo tem como principal característica descrever os pontos analisados em uma população delimitada, sendo extremamente útil para estimar frequência e previsões sobre compra de produtos e desenvolvimento de perfil de um mercado alvo. Estudos quantitativos de caráter descritivo buscam analisar quantitativamente as relações de consumo, para cada objetivo traçado no estudo. (SAMARA; BARROS 2007). 3.1 PROCEDIMENTO DE COLETA Para realizar a coleta de dados foi utilizado uma pesquisa do tipo survery. Pesquisa Survery pode ser definida como a obtenção de dados ou informações sobre ações, opiniões ou características de um grupo de pessoas específico, por meio de um instrumento de pesquisa (TANUR, 1982 apud PINSONNEAULT; KRAEMER, 1993). 31 Está pesquisa foi realizada através da mídia social, Facebook, por meio da qual foi aplicado um questionário que contou com perguntas que foram respondidos pelo público alvo do trabalho, consumidores de futebol americano, por isso foram escolhidos grupos fechados sobre Futebol Americano que contam com uma parcela deste público alvo. 3.2 INSTRUMENTOS DE COLETA Para atender aos objetivos deste trabalho foi utilizado um questionário estruturado, caracterizando-se como um questionário de autopreenchimento. (MCDANIEL; GATES, 2005). O questionário contou com questões de perfil tais como: sexo, idade, renda, escolaridade, conhecimentos de línguas estrangeiras, se já teve alguma experiência internacional e se consome futebol americano. O questionário também possui uma escala de renda, que é classificada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (2014) como: Classe E pessoas com renda média domiciliar de até R$ 1.254,00, Classe D de R$ 1.255,00 até R$ 2.004,00, Classe C de R$ 2.005,00 até R$ 8.640,00, Classe B de R$ 8.641,00 até R$ 11.261,00 e Classe A acima de R$ 11.262,00. Além disso, houve questões para avaliar a intenção dos consumidores em recomendar a outros possíveis clientes que passem a consumir o esporte. Para tanto foi usada a escala proposta por Price e Arnould (1999), que mede o nível de envolvimento/satisfação entre o prestador de serviço/produto e o cliente, e se ele recomendaria estes produtos a outros. Houve também questões para avaliar o envolvimento do consumidor com o esporte. Para esta avaliação, foi utilizada a escala proposta por Lastovicka e Gardner (1979), que mede o nível de envolvimentos de consumidor em dois componentes, a importância normativa que refere-se como este produto está conectado aos valores do consumidor, e o compromisso que refere-se a ligação do indivíduo com o produto/marca. 32 3.3 SELEÇÃO DOS RESPONDENTES A técnica de seleção de amostra neste trabalho foi a não probabilística por conveniência. Para Malhotra (2005), a amostra não probabilística não utiliza um grupo de respondentes aleatório, caracterizando-se por não determinar a amostra por meios estáticos de escolha aleatórios. McDaniel e Gates (2005) destacam que há uma desvantagem das amostras não-probabilísticas em relação as probabilísticas, e também destacam que não se é capaz de calcular o erro amostral deste tipo de amostra. A seleção dos elementos, ou unidades amostrais, que fizeram parte da pesquisa foi feita por meio de amostragem por de conveniência. Segundo Mcdaniel e Gates (2005), este tipo de amostragem ocorre por motivos de aproximação, o que inicialmente pode parecer uma abordagem tendenciosa, mas que pode ser um meio eficiente e eficaz em ambientes de exploração. Para selecionar os respondentes da pesquisa, foram utilizados filtros, os quais serviram para garantir que os entrevistados atendessem às exigências e para que os mesmos fossem apropriados para fazerem parte da amostra (MCDANIEL; GATES, 2005). Primeiramente foi utilizado um filtro que anulou o questionário caso o respondente não morasse no Brasil e outro filtro cancelou caso não fosse consumidor de futebol americano. Desta forma, entrou-se em contato com grupos de jogadores/torcedores/simpatizantes de futebol americano que residem no Brasil, sendo esses consumidores do esporte praticado em território nacional ou internacional, através das redes sociais (Facebook) em grupos específicos relacionados ao tema desta pesquisa. 3.3.1 Tamanho da amostra A população alvo deste trabalho, foram os membros de grupos: Seattle Seahawks – Brasil, que possui 670 membros e o da NFL no Brasil, que possui aproximadamente 10.265 membros no Brasil, caracterizando uma população infinita, na qual o número de elementos é elevado. Em vista disso, optou-se por utilizar uma equação que define a amostra desta pesquisa, com base em Fávero (2009), a seguinte fórmula: 33 n = Z² .p . q e² Onde: n = tamanho da amostra z= abscissa da distribuição normal padrão associada ao nível de confiança p = verdadeira probabilidade do evento q=1-p e = erro amostral Optou-se pela adoção de um intervalo de confiança de 90%, de um erro amostral de 5%, e do valor de 0,5 para p e para q. 0,5. Tem-se então: n = 1,64² . 0,5 . 0,5 0,05² n = 268,96 = 270 entrevistados na amostra 3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS A análise de dados envolve a redução das informações e dados obtidos a um tamanho administrável, que possibilite a análise e busca de padrões, por meio de técnicas estatísticas (COOPER, SCHINDLER, 2008). A primeira técnica a ser empregada foi a de distribuição de frequências, que é o cálculo do percentual de respondentes para cada alternativa de resposta possível (MCDANIEL; GATES, 2005). Após foi aplicado ao questionário técnicas para analisar os dados, tais como média, que é a divisão dos valores observados da variável dividido pelo número total de observações; moda, variável que apresenta maior frequência dentre os valores observados; e desvio padrão que é a variação em relação a média (GUEDES et al., 2005). 34 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Neste capítulo, são apresentados os resultados obtidos a partir da coleta de dados realizada por meio de questionário aplicado a consumidores de futebol americano por meio da internet. A aplicação dos questionários foram realizadas nos meses de março e abril de 2016. O questionário foi respondido por 295 pessoas, das quais 293 foram consideradas respostas válidas, pois duas foram descartadas devido ao fato de o respondente não ter contato com o esporte em questão. A seguir, são apresentados os resultados obtidos por meio do questionário, dividido em duas etapas: descritiva e não paramétrica. 4.1. ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS O questionário conteve perguntas de perfil, intenção de recomendar e envolvimento. Os resultados serão analisados abaixo. 4.1.1 Perfil dos Respondentes O questionário obteve 293 respostas válidas, sendo destes respondentes 279 (95,2 %) do sexo masculino e 14 (4,8 %) do sexo feminino. A média de idade entre eles é de 19,94, sendo que o mais jovem a responder o questionário tem 13 anos e o mais velho tem 43 anos. Em relação a renda dos respondentes, verificou-se que mais de 50% dos participantes da pesquisa encontram-se na Classe C. A classe E é a que possui o menor número de respondentes, com menos de 5%. O gráfico 2 ilustra a distribuição de frequência dos participantes em relação a renda. 35 Gráfico 2: Renda dos Respondentes Fonte: O Autor (2016) O grau de instrução também foi analisado, os resultados serão apresentados no gráfico 3, no qual é possível observar que a maioria dos respondentes está cursando ou já cursou uma instituição de ensino superior. Gráfico 3: Grau de Instrução dos respondentes Fonte: O Autor (2016) Além disso, verifica-se que há uma concentração dos respondentes que estão cursando ou já acabaram o ensino médio. 36 A pesquisa obteve respondentes de 23 estados e do distrito federal, o estado com maior número de respondestes é o estado de São Paulo (44,4% dos respondentes), conforme o gráfico 4. Gráfico 4: Estados de origem dos participantes Fonte: O Autor (2016) Os estados AM, AP, MA, PI, RN e RO tiveram o menor número de respondentes, apenas 0,3% (1 resposta). O estado do RS aparece na 5 posição, empatado com SC com 4,1% de respondentes. Do total dos respondentes, 57,3% não moram nas capitais de seus respectivos estados, e 42,7% moram, mostrando que o esporte é difundido fora dos maiores centros de cada estado também. A grande maioria dos respondentes (63,1%) da pesquisa disseram que o seu primeiro contato com o esporte foi através de televisão, que hoje transmitem os jogos da NFL, por filmes, que tem como contexto o esporte, reportagens entre outros meios. O gráfico 5 demonstra quais os meios com que os respondentes tiveram o primeiro contato com o jogo. 37 Gráfico 5: Primeiro contato com o Futebol Americano Fonte: O Autor (2016) O gráfico 5 mostra também que a indicação de amigos podem influenciar positivamente quanto ao primeiro contato. O gráfico 6 apresenta o que levou as pessoas que responderam o questionário a se interessarem pelo esporte. Ele mostra que a maior motivação vem de um jogo em especifico (34,5%). Dos que mencionaram este aspecto, boa parte comentou que passou a se interessar pelo esporte após assistir o Super Bowl, a final da NFL. Gráfico 6: Motivação Fonte: O Autor (2016) 38 Outros fatores que se mostraram efetivos quanto à motivação é a indicação de amigos e times específicos para os quais o respondente torce, ou gosta antes mesmo de conhecer o jogo. Isso acorre muitas vezes, pelo fato do indivíduo gostar do escudo, da cidade de alocação, entre outros fatores. Os respondentes identificaram como sendo a emoção do jogo o principal fator a fazer com que eles começassem a consumir o esporte, conforme o gráfico 7. Gráfico 7: Motivação para consumo de futebol americano Fonte: O Autor (2016) A estratégia e o dinamismo também chamam a atenção de quem consome o esporte, já que foram a segunda e terceira opção mais citadas, respectivamente. Das pessoas que tiveram acesso ao questionário, e o responderam, 96,2% respondeu que assiste a jogos de futebol americano na TV, porem somente 35,6% vão a estádios acompanhar o esporte no país. Grande parte dos respondentes, 98,6%, indicaram que acompanham notícias do esporte pela internet, e 97,3% acompanham notícias sobre o time para qual torcem. A pesquisa mostra uma grande procura por parte dos respondentes por produtos de seus times favoritos. Mais de 50% das pessoas que responderam, já compraram algum produto, sendo que 47,1 % já compraram uma “Jersey”, como é chamada a camisa de jogo dos times nos USA. 39 O crescimento do futebol americano tem despertado o interesse de quem o assiste em outros esportes que não tem tanta divulgação da mídia, conforme demostrado no gráfico 8. Gráfico 8: Interferência do futebol americano em outros aspectos Fonte: O Autor (2016) Além do interesse em outros esportes, os consumidores de futebol americano que responderam o questionário demostraram um interesse por novas culturas após começarem a consumir o esporte, assim como interesse na prática esportiva. Apenas para destacar, os times da NFL que que obtiveram maior número de torcedores respondentes deste trabalho foram New England Patriots com aproximadamente 19% das respostas, Seattle Seahawks com aproximadamente 14% e Dever Broncos e Green Bay Packers com aproximadamente 9%, outras 22 franquias foram citadas na pesquisa, sendo que 6 franquias não obtiveram nenhum voto. Dos times brasileiros, foram citados 24 times, porem nenhuma equipe obteve muita relevância, a com maior número de votos foi o João Pessoa Espectros com 4 votos. 4.1.2 Envolvimento A avaliação de envolvimento dos respondentes com o esporte analisado, foi mensurado através da escala de Tucker (1963) que conta com 22 perguntas. 40 Os resultados estão sintetizados na tabela 1. Tabela 1: Envolvimento Distribuição de Frequência % Pergunta 1 2 3 4 5 6 7 Pergunta 22 0,30 0,00 2,10 3,80 14,40 11,50 67,90 6,38 1,05 Pergunta 23 0,30 1,00 2,40 12,40 26,60 18,40 38,90 5,75 1,25 Pergunta 24 0,30 0,00 0,00 0,70 1,40 6,10 91,50 6,87 0,53 Pergunta 25 0,30 0,30 0,30 1,70 2,10 3,50 91,80 6,82 0,71 Pergunta 26 3,10 0,30 2,30 6,50 8,90 10,20 68,70 6,23 1,42 Pergunta 27 2,90 0,90 2,70 2,70 3,50 11,90 75,40 6,41 1,35 Pergunta 28 32,10 7,20 5,50 16,70 11,90 6,80 19,80 3,69 2,31 Pergunta 29 82,30 3,80 0,70 3,80 2,70 1,40 5,50 1,61 1,37 Pergunta 30 5,10 1,00 1,40 4,40 3,10 8,20 76,80 6,31 1,57 Pergunta 31 3,80 1,70 7,10 22,90 20,10 13,30 31,10 5,18 1,62 Pergunta 32 17,10 6,40 12,30 19,40 14,70 8,90 21,20 4,19 2,07 Pergunta 33 14,00 7,20 11,60 18,40 16,70 12,30 19,80 4,33 2,00 Pergunta 34 6,50 7,80 10,60 20,80 21,80 11,30 21,20 4,62 1,79 Pergunta 35 18,10 11,90 11,30 17,70 19,80 5,50 15,70 3,88 2,01 Pergunta 36 0,70 0,70 1,70 1,70 7,50 10,90 76,80 5,55 1,02 Pergunta 37 1,40 1,70 2,40 8,40 18,80 19,50 47,80 5,91 1,35 Pergunta 38 10,60 3,50 7,80 16,00 26,30 11,90 23,90 4,75 1,87 Pergunta 39 2,40 2,00 4,10 9,90 19,10 18,50 44,00 5,73 1,50 Pergunta 40 4,10 4,80 6,80 13,70 16,40 16,00 38,20 5,34 1,75 Pergunta 41 14,30 6,10 10,40 17,70 19,50 14,30 17,70 4,36 1,97 Pergunta 42 14,00 6,10 8,20 15,10 14,00 14,30 28,30 4,65 2,11 Pergunta 43 54,90 12,60 8,90 9,30 4,10 2,70 7,50 2,33 1,90 Média Geral Média Desivo Padrão 5,04 Fonte: O Autor (2016) Pode-se notar que a pergunta 22, que questiona ao respondente se ele pode conversar sobre um longo tempo sobre o esporte obteve uma média acima de 6 (seis) em uma escala de 1 (um) a 7 (sete). Além da pergunta 22, algumas outras questões obtiveram uma média acima de seis, as perguntas 24, 25 e 30. A pergunta 24 foi a que obteve maior média (6,87). Dessa forma, pode-se notar que o futebol americano é um esporte que desperta muito interesse em seus consumidores, além disso, observa-se também que as pessoas tendem a escolher um time para torcer (pergunta 25). 41 Após a escolha de um time, os respondentes não trocam de time, independente de comentários contrários a suas escolhas ou a mal resultados de sua equipe. Isto fica evidente ao se analisar as respostas das perguntas 29 e 30, que são opostas (ambas abordam a escolha do time, se ouve troca de time após comentários, questão 29, e se apesar dos comentários, não houve alteração no time de escolha do respondente, questão 30). A questão 29 obteve uma das piores médias, apenas 1,61 em compensação a pergunta 30 obteve 6,31 de média. As perguntas 36 e 39 obtiveram uma média alta, acima de 5,5, ambas as questões abordam a afinidade do torcedor com o esporte, na questão 39 os respondentes classificaram o futebol americano muito importante em suas vidas. Além dessas perguntas, outras 3 obtiveram média acima de 5, foram elas, as questões 23, 31, 37 e 40. Dentre elas, duas questões (31 e 40) estão relacionadas com os valores pessoais. A pergunta com a segunda média mais baixa foi a de número 43, de 2,33, sendo que mais de 50 % das respondentes discordaram totalmente da afirmação de não gostar de outros esportes praticados em outros países. Outra pergunta que obteve uma das menores médias foi a de número 28, o que demostra que os consumidores de futebol americano assistem a jogos independentemente, de ser ou não ser o jogo do time que escolheu para torcer. 4.1.3 Intenção de Recomendar Para definir a intenção de recomendar, foi utilizada nesse trabalho a escala desenvolvida por Prince e Arnould (1999) que conta com três perguntas que foram aplicadas no questionário (Apêndice A). As respostas são apresentadas na tabela 2 e analisadas no decorrer desta seção. Tabela 2: Intenção de Recomendar Distribuição de Frequência % Pergunta 1 2 3 4 5 6 7 Pergunta 19 0,30 0,30 0,70 1,00 4,40 5,20 88,10 6,76 0,76 Pergunta 20 0,30 0,30 0,00 1,50 2,70 6,50 88,70 6,80 0,68 Pergunta 21 0,30 0,00 0,00 0,70 2,00 3,80 93,80 6,38 0,53 Média Geral Fonte: O Autor (2016) Média Desivo Padrão 6,65 42 A análise das respostas obtidas do questionário que tinha como propósito medir a intenção de recomendar, mostrou que os consumidores de futebol americano no Brasil têm intenção em recomendar o esporte para outras pessoas. As perguntas obtiveram uma média acima de 6. A pergunta 20 que aborda sobre a intenção do respondente em falar coisas positivas sobre o futebol americano foi a questão que obteve a maior média entre as perguntas desta escala, mostrando, assim, que os consumidores deste esporte tendem a falar bem do mesmo. A pergunta 21 foi a que possui uma maior porcentagem de respostas 7 (93,80 %), mostrando que os participantes da pesquisa recomendam a outras pessoas, mesmo que a pessoa não siga os seus conselhos. De modo geral, o prospecto intenção de recomendar obteve média geral alta de 6,65, mostrando que de forma geral, os respondentes têm uma intenção de recomendar alta. 4.2. ANÁLISE PARAMÉTRICA DOS DADOS Neste subcapítulo serão demonstrados os resultados através da estatística paramétrica. Para tal demonstração fez-se uso dos cálculos paramétricos ANOVA e do Teste Tukey HSD. 4.2.1 Envolvimento Para primeira análise, levou-se em consideração a média do envolvimento em relação a renda dos respondentes, divididos em três grupos sendo eles: Grupo 1 (Classes A e B), grupo 2 (Classe C) e grupo 3 (Classes D e E). Obteve-se na ANOVA F (2,289) = 0,096; p = 0,909, demonstrando não haver uma diferença estatisticamente significante entre as médias dos grupos. A segunda análise, obteve a ANOVA F (3,291) = 1,696; p = 0,168, demonstrando também não haver uma diferença estatisticamente significante entre as médias dos grupos. Para esta análise foi considerado a média do envolvimento em relação a idade dos respondentes, divididos em quatro grupos sendo eles: cada um deles contando com aproximadamente 25% dos respondentes. Para a terceira análise, levou-se em consideração a média do envolvimento em relação a escolaridade dos respondentes, divididos em quatro grupos, sendo eles: 43 Grupo 1 (Ensino Fundamental Incompleto, Ensino Fundamental Completo e Ensino Médio Incompleto), grupo 2 (Ensino Médio Completo e Ensino Superior Incompleto) grupo 3 (Ensino Superior Completo e Pós-Graduação). Obteve-se na ANOVA F (2,291) = 2,075; p = 0,127, demonstrando não haver uma diferença estatisticamente significante entre as médias dos grupos. 4.2.2 Intenção de Recomendar Para primeira análise, deste construto, levou-se em consideração a média da intenção de recomendar em relação a renda dos respondentes, divididos em três grupos sendo eles: Grupo 1 (Classes A e B), grupo 2 (Classe C) e grupo 3 (Classes D e E). Obteve-se na ANOVA: F (2,289) = 1,907; p = 0,150, demonstrando não haver uma diferença estatisticamente significante entre os grupos. A Segunda análise, deste construto, obteve a ANOVA F (3,91) = 2,354; p = 0,072, demonstrando também não haver uma diferença estatisticamente significante entre as médias dos grupos. Para esta análise foi considerado a média da intenção de recomendar em relação a idade dos respondentes, divididos em quatro grupos sendo eles: cada um deles contando com aproximadamente 25% dos respondentes. Para a terceira análise, deste construto, levou-se em consideração a média da intenção de recomendar em relação à escolaridade dos respondentes, divididos em quatro grupos, sendo eles: Grupo 1 (Ensino Fundamental Incompleto, Ensino Fundamental Completo e Ensino Médio Incompleto), grupo 2 (Ensino Médio Completo e Ensino Superior Incompleto) grupo 3 (Ensino Superior Completo e Pós-Graduação), obteve-se na ANOVA F (2,291) = 0,720; p = 0,488, demonstrando não haver uma diferença estatisticamente significante entre as médias dos grupos. 44 5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Este trabalho teve como objetivo analisar as características do consumo de futebol americano no Brasil, através de avaliação das características de perfil, envolvimento do consumidor com o esporte em questão e da intenção que este tem de recomendar. O perfil do público de futebol americano no Brasil mostrou-se ser jovem, com uma média de 19,34 anos. De acordo com o José Colagrossi, diretor executivo do IBOPE Repucom, isso ocorre devido ao fato dos jovens preferirem esportes que promovam a satisfação instantânea, como é o caso do futebol americano, que possui jogos intensos e de muita estratégia (IBOPE REPUCOM, 2015). Bennett e Henson (2003) classificaram os jovens como consumidores desportivos importantes. Segundo Radons et al. (2011), a geração de jovens está mais conectada a atualidades e tendências, experimentando a tecnologia da informação, o que os deixa mais suscetíveis a novas culturas, como é o caso do futebol americano. A maioria dos respondentes encontram-se na classe C, com renda familiar de R$ 2.005,00 a R$ 8.640,00 e segundo o Ibope (2011), a classe C é a que mais consome esporte no Brasil. A mesma pesquisa revelou que homens acompanham mais esportes do que mulheres. A segunda parte da pesquisa tratou do envolvimento do consumidor com o futebol americano, que obteve uma média acima de cinco em uma escala de um a sete. Quando questionado se através do esporte este consumidor consegue reconhecer verdades sobre ele mesmo, e se o esporte se torna mais valioso devido a valores pessoais, as respostas obtiveram média acima de cinco, o que demostra uma ligação entre os valores centrais do indivíduo, o que segundo Fonseca e Rossi (1998) caracteriza um alto envolvimento duradouro. Segundo Freire (2005), o envolvimento duradouro do consumidor é alto quando ele possui conhecimento sobre o produto. Isso foi constatado na pesquisa que mostra que os consumidores acreditam ter conhecimento sobre o esporte, o que aumenta o envolvimento com o mesmo. Durante a pesquisa, notou-se que o futebol americano desperta muito interesse de seu público, que se sente à vontade para falar sobre o esporte, e classifica o mesmo como muito importante para sua vida, o que segundo Celsi e Olson (1988), cria um estado emocional que energiza e orienta consumidores para certos 45 comportamentos. Dessa forma, uma pessoa percebe o esporte como sendo importante para o alcance de seus objetivos, valores e necessidades, e que possivelmente lhe trará satisfação, fazendo com que o consumidor se envolva mais com o mesmo (ENGEL, BLACKWELL e MINIARD, 1995). Outras perguntas que obtiveram médias altas, abordam a influência do esporte na forma com que os outro veem quem o consome, e na relação entre o pensamento dos outros sobre o esporte e a importância que o mesmo tem para o indivíduo. Segundo Bloch (1982), isso demonstra um envolvimento como uma forma de auto expressão, ou seja, um produto pode ser um veículo para expressão positiva de sua autoimagem, encorajado pelo alto envolvimento com um determinado produto, fazendo, assim, que tenha mais importância do que o próprio consumo. Entretanto, o envolvimento com o futebol americano não parece atrapalham que o consumidor tenha contato ou venha gostar de outros esportes, conforme foi verificado na última questão do questionário. Pelo contrário, o consumidor de futebol americano tende a estar mais aberto a esportes que anteriormente não tinha contato. Segundo José Colagrossi, diretor executivo do IBOPE Repucom, o consumidor esportivo da “Geração Y” estão muito mais ligados as mídias digitais, o que torna eles mais suscetíveis a outras culturas, o que também ocorre no esporte, fazendo que estes jovens busquem novos esportes (IBOPE REPRUCON, 2015). A terceira parte do trabalho trata da intenção de recomendar o futebol americano por seus consumidores. Este construto obteve uma média acima de 6,50 em uma escala de um a sete, o que mostra uma forte tendência dos consumidores em recomendar o esporte. Esse fato é importante para que o esporte adquira novos consumidores, uma vez que Cohen e Golden (1972), em seu estudo observaram que em diversas situações a recomendação positiva vinda de outras pessoas influência na escolha e opiniões. A pesquisa mostrou também que a intenção de recomendar indefere da idade, renda ou escolaridade dos consumidores, uma vez que a mesma não mostrou diferença significante entre os grupos considerados na análise de variância. A recomendação pode ser compreendida como comunicação informal a respeito das características ou performance de um determinado produto (MATOS; ROSSI, 2008). A pergunta 20, que verificou se o respondente fala coisas positivas sobre o futebol americano, obteve maior média no construto em questão, 46 evidenciando que os adeptos do esporte no país têm se mostrado favoráveis a fazerem comentários positivos a respeito do jogo. Em muitas situações, a recomendação é a maior fonte de informações que os clientes utilizam em suas decisões de compra (ABDALLA et al., 2012), e segundo Brown e Reigen (1987), isso também é ocorre no segmento de serviços. Durante a pesquisa, foram feitas duas questões que abordaram mais expressamente a recomendação e ambas as perguntas obtiveram média alta, acima de seis, mostrando que quem consome o esporte, tem uma intenção de recomendar alta. Na pesquisa notou-se uma alta intenção de recomendar junto com o elevado nível de envolvimento do consumidor com o futebol americano, o que indica uma propensão à fidelização deste consumidor. O envolvimento e a intenção de recomendar fazem parte, segundo Mowen e Minor (2003), do processo de fidelização do cliente. Segundo Waligóra e Waligóra (2007), existem importantes resultados ligando à fidelização com o aumento de clientes. O resultado já pode ser visto na prática, pois segundo o IBOPE Repucom (2016), o esporte já vem crescendo em níveis acelerados, tem pesquisas realizadas nos anos de 2013, 2014 e 2015, o percentual de consumidores na população brasileira cresceu significantemente de 1,2%, para 3,6 % e 14,3% no último ano de realização da pesquisa. 47 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados descritos no capítulo anterior permitem se ter uma ideia sobre qual o perfil dos consumidores de futebol americano no Brasil, bem como seu envolvimento com o esporte e sua intenção de recomendar o mesmo a outras pessoas. É importante ressaltar que os resultados foram, obviamente, limitados devido à pequena amostra, levando-se em conta ter respondentes em âmbito nacional, e por esta ter sido por conveniência. No entanto, acredita-se que foi possível chegar a conclusões interessantes. Por exemplo, observou-se que o futebol americano tem uma aceitação grande com jovens, entretanto constatou-se que o esporte possui consumidores também de faixa etária mais elevadas. O esporte possui uma penetração em todas as classes sociais e em diferentes níveis de escolaridade. Os consumidores de futebol americano possuem envolvimento com o esporte, e uma forte intenção em recomendar o mesmo, apesar dos respondentes ainda não estarem tão conectados com o esporte praticado no país, e sim na liga dos EUA a NFL. 6.1. IMPLICAÇÕES PRÁTICAS Acredita-se que os resultados deste estudo trouxeram informações relevantes tanto a dirigentes dos clubes nacionais, como também a mídia que faz a cobertura do esporte no país, não apenas com transmissões de jogos, mas também em sites, e paginas especializadas em notícias, nacionais e internacionais em relação ao tema e a dirigentes das confederações que coordenam os campeonatos do esporte no país. O trabalho ajudou a identificar alguns pontos que podem auxiliar os dirigentes que administram o futebol americano no Brasil, sendo eles presidentes de clubes, federações ou ligas privadas, a conectar mais o torcedor com o esporte praticado no território nacional, visto que a pesquisa indicou que os consumidores estão torcendo para times da NFL, e poucos já assistiram um jogo ao vivo de times brasileiros. A pesquisa indicou também alguns pontos que podem ser trabalhos pela mídia sobre o esporte em questão, para torná-la mais atraente e ajudá-la a atrair um público maior para seus canais de comunicação. Como por exemplo, ensinando mais sobre as regras do esporte (pois por possuir um regulamento extenso o futebol americano não é de fácil entendimento para aqueles que o assistem pela primeira vez, 48 o que pode fazer com que o consumidor não se interesse no primeiro momento), explicar as estratégias utilizadas pelos times, bem como uma divulgação maior do esporte praticado no país, não somente da NFL. 6.2. LIMITAÇÕES DO ESTUDO E SUGESTÕES DE PESQUISAS FUTURAS Uma das limitações da pesquisa foi que se obteve poucos respondentes quando vista em âmbito nacional, sendo que a maioria dos respondentes se encontram na região sudeste e sul, e contando com poucos respondentes de estados das outras regiões do país, o que pode influenciar nos resultados. O estudo encontrou limitações também quanto as informações/conteúdos disponíveis sobre o esporte a nível nacional, por ser um esporte relativamente novo no país, e ainda não muito divulgado e difundido, há poucos artigos sobre este conteúdo. Este estudo pode servir de base para diversas pesquisas posteriores. Estas podem se aprofundar mais em relação ao consumo de futebol americano praticado no país e na relação que o consumidor tem com os produtos produzidos especialmente para este esporte. As pesquisas podem focar também na relação do consumidor com outros esportes de diferentes culturas, tais como: Basquete, Rugby, Baisebol, Cricket, entre outros. É pertinente, também, pesquisas voltadas para a relação do consumidor quanto a mídia, tanto no que diz respeito a notícias de times/jogadores/campeonatos até a transmissões de jogos, nacionais e internacionais. Para pesquisas futuras fica também a possibilidade de pesquisas sobre envolvimento de co-criação, e pesquisa sobre o envolvimento dos consumidores com os times para que torcem. 49 REFERÊNCIAS ABDALLA, Márcio M.; et al. Antecedentes da Intenção de Recomendação:uma proposição com lanchonetes do tipo fast food. RBGN - REVISTA BRASILEIRA DE GESTÃO DE NEGÓCIOS. v. 14, n. 43, p. 234-250, abr./jun. 2012 AFIF,A. A Bola da vez: O Marketing Esportivo Como Estratégia de Sucesso. São Paulo: Infinito, 2000 ALÍPIO, Simone M. C. O Comportamento do Consumidor: O olhar da teoria cognitiva. 2005 p. 38. Monografia (Pós-Graduação “Lotus Sensu” em Marketing) – Universidade Candido Mendes. Rio de Janeiro, 2005. Disponível em: < http://www.avm.edu.br/monopdf/24/SIMONE%20MARIA%20CHAGAS%20AL%C3% 8DPIO.pdf>. Acesso em: 25 maio 2016 AMCHAM Brasil. Indústria do esporte movimenta US$ 1 trilhão no mundo. 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Dissertação (Pós-Graduação em Administração) – Universidade de São Paulo, Programa de Pós-Graduação em Administração, São Paulo, 2007. 55 STATISTA.TV viewership of the Super Bowl in the United States from 1990 to 2015 (in millions). Disponível em: <http://www.statista.com/statistics/216526/super-bowlus-tv-viewership/>. Acesso em: 15 out 2015. TECHNICAL ASSISTANT RESEARCH PROGRAMS. Measuring the GrapevineConsumer Response and Word-of-Mouth. 1981 THE INDEPENDENT. These are the countries with the most NFL fans outside America, 2015. Disponível em: <http://i100.independent.co.uk/article/these-are-thecountries-with-the-most-nfl-fans-outside-america--eJDbChqAsl>. Acesso em: 19 Out. 2015. TRAYLOR, Mark B. Ego involvement and brand commitment: not necessily the same. The Jornal of Consumer Marketing. V1, 1993. TUCKER, L. “Implication of Factor Analysis of Three-Way Matrices for Measurement of Change”. Problems in Measuring Change, ed. C. 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Journal of Consumer Research, v. 12, p. 341-352, Dec. 1985. 56 APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS - CONSUMIDORES 1) Qual a sua idade? _______ Anos 2) Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino 3) Grau de instrução: ( ) Ensino Fundamental Incompleto ( ) Ensino Fundamental Completo ( ) Ensino Médio Incompleto ( ) Ensino Médio Completo ( ) Ensino Superior Incompleto ( ) Ensino Superior Completo ( ) Pós-Graduação 4) Renda Familiar: ( ) Até R$ 1.254,00 ( ) De R$ 1.255,00 a R$ 2.004,00 ( ) De R$ 2.005,00 a R$ 8.640,00 ( ) De R$ 8.641,00 a R$ 11.261,00 ( ) Acima de R$ 11.262,00 5) Qual seu estado? __________ 6) Qual sua cidade? __________ 7) Você já teve contato (leu sobre o assunto e/ou assistiu algum jogo e/ou conhece algum time, etc.) com Futebol Americano? ( ) Sim ( ) Não 8) Qual o primeiro contato que você teve com o esporte foi por meio de? ( ) TV ( ) Internet ( ) Amigos ( ) Viajem Internacional ( ) Família ( ) Outro: ________________ 57 9) O que motivou seu interesse neste esporte? ( ) Indicação de Amigos ( ) Indicação de Familiares ( ) Viajem Internacional ( ) Um time especifico ( ) Um jogo especifico ( ) Outro: ______________ 10) Você assiste jogos pela TV? ( ) Sim ( ) Não 11) Você já assistiu jogos ao vivo em estádios? (Nacionais ou Internacionais) ( ) Sim ( ) Não 12) Você acompanha notícias sobre este esporte pela internet? ( ) Sim ( ) Não 13) Você acompanha notícias de seu(s) time(s) preferido(s) pela internet? ( ) Sim ( ) Não 14) Você já comprou camisas (Jersey) de seu(s) time(s) preferido(s)? (Nacionais ou Internacionais) ( ) Sim ( ) Não 15) Você já comprou algum outro produto de seu(s) time(s) preferidos? (Nacionais ou Internacionais) ( ) Sim ( ) Não 16) Qual time você torce? ____________ 17) Por que você começou a consumir esse esporte? ( ) Dinamismo do jogo ( ) Emoção ( ) Se interessa por uma cultura diferente ( ) Seus amigos gostam ( ) É um jogo estratégico ( ) Outro: ______________ 58 18) Dos itens listados, qual mais sofreu interferência após você começar a consumir Futebol Americano? ( ) Interesse em outra cultura ( ) Interesse em outro idioma ( ) Interesse em outros esportes que antes não tinha contato ( ) Interesse em praticar esportes ( ) Nenhum ( ) Outro: _________________ 19) Eu recomendaria este esporte para alguém que segue meus conselhos. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 20) Eu digo coisas positivas sobre este esporte para as outras pessoas. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 21) Eu recomendaria este esporte para os outros. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 22) Poderia conversar sobre futebol americano por um longo tempo. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 23) Conheço as características do esporte para avaliar os times. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 24) Este é um esporte que me interessa. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 59 25) Eu torço por um time de futebol americano. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 26) Tenho necessidade em consumir futebol americano. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 27) Tenho conhecimentos sobre o esporte. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 28) Eu geralmente assisto os jogos de um mesmo time. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 29) Eu escolhi um time e depois de algum comentário, informação, temporada ou algo referente ao jogo, acabei trocando de time. Discordo Concordo Totalmente Totalmente 1 2 3 4 5 6 7 30) Eu escolhi um time, apesar de algum comentário, informação, temporada ou algo referente ao jogo, eu continuei com o mesmo time. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 31) Eu posso reconhecer algumas verdades básicas sobre mim mesmo através do uso deste produto. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 60 32) Se eu não puder assistir jogos do meu time, faz pouca diferença eu assistir jogos de outro time. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 33) O consumo de futebol americano influencia na forma que os outros me veem. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 34) O futebol americano me ajuda ter o estilo de vida que eu sempre busquei. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 35) Eu posso fazer várias relações entre as experiências da minha vida e este esporte. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 36) Eu definitivamente gosto de consumir futebol americano. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 37) Ao analisar um time, eu sou capaz de entender várias características do futebol americano. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 38) Futebol americano pode definir características da minha personalidade. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 61 39) Eu classifico o futebol americano como muito importante para mim. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 40) Por causa dos meus valores pessoais, eu sinto que esse esporte se torna mais valioso para mim. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 41) O futebol americano me ajuda a me comportar da maneira que eu gostaria de me comportar. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 42) Em função do que os outros pensam, eu sinto que este esporte se torna mais importante para mim. Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7 43) Eu não gosto dos outros esportes praticados em outros países (baseball, hockey, cricket, etc). Discordo Totalmente 1 Concordo Totalmente 2 3 4 5 6 7