Peixes - Sacramentinas

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Artrópodes
Muitas vezes, não percebemos a presença daqueles animais com corpos de formas estranhas e
cores variadas, que vivem ao nosso redor, voam sobre nossas cabeças ou aqueles que se
locomovem próximo dos nossos pés. A maioria desses seres é formada por animais
artrópodes.
Esse grupo inclui animais como aranha, mosca, siri, lacraia, piolho-de-cobra, camarão,
escorpião, abelha, entre inúmeros outros. O grupo dos artrópodes é tão bem adaptado aos
diferentes ambientes que, atualmente, representa mais de 70% das espécies animais
conhecidas.
Características gerais dos artrópodes
A principal característica que diferencia os astrópodes dos demais invertebrados são as patas
articuladas. Foi essa característica que deu o nome ao grupo, pois a expressão patas
articuladas vem do grego: artro, que significa "articulação", e podos, "patas".
As patas articuladas permitem que o animal possa realizar vários movimentos diferentes,
muitos deles bem definidos e elaborados. Além de uma locomoção muito eficiente, as patas
articuladas apresentam outras vantagens para o animal, pois auxiliam na sua defesa e na
captura de alimento. No dia-a-dia, é fácil observar nas formigas, por exemplo, a atividade que
essas patas permitem.
Além das patas articuladas, outra característica importante dos artrópodes é a presença de um
reforço externo: o exoesqueleto. Ele é resistente, impermeável e é constituído de sais de
quitina, que é um tipo de "açúcar".
O exoesqueleto reveste e protege o corpo desses animais de muitos perigos externos e
também evita que eles percam água. É uma importante adaptação ao ambiente terrestre.
Embora ofereça proteção, o exoesqueleto limita o tamanho do animal, pois não acompanha o
crescimento do corpo. Quando esse exoesqueleto fica pequeno, ocorre a muda. Nesse
fenômeno, o exoesqueleto antigo se desprende do corpo do animal e é trocado pelo novo, que
já está formado.
Até se tornarem adultos, os artrópodes podem fazer essa troca várias vezes. Por isso, podemos
encontrar exoesqueletos de artrópodes soltos em árvores.
Os diversos grupos de artrópodes
Os artrópodes são subdivididos em classes de acordo com alguns critérios, como a divisão do
corpo e o número de apêndices apresentados (por exemplo: número de patas, antenas etc.).
Entre as classes de artrópodes, podemos citar: crustáceos, aracnídeos, quilópodes, diplópodes
e insetos.
A seguir, vamos conhecer melhor cada uma delas.
Crustáceos
A maioria dos crustáceos é marinha, ou seja, vive nos mares e oceanos. Algumas espécies,
porém, têm seu hábitat na água doce, e outras, ainda, são terrestres, como o tatuzinho-dejardim. Podemos citar como exemplos de crustáceos mais conhecidos: Camarão, lagosta, siri,
caranguejo e craca. O tamanho desses animais varia bastante de uma espécie para outra.
O corpo dos crustáceos, é dividido em cefalotórax, parte do corpo formada por cabeça e tórax
fundidos, e abdome.
Esses animais possuem um número variável de patas (geralmente cinco pares) e dois pares de
antenas. O exoesqueleto de muitos crustáceos apresenta carbonato de cálcio, uma substância
que forma a carapaça dura dos siris e caranguejos.
Aracnídeos
A classe dos aracnídeos inclui aranhas, escorpiões e carrapatos. Algumas espécies peçonhentas
de aranhas e escorpiões podem causar a morte, principalmente de crianças pequenas. O
número de acidentes envolvendo o veneno desses animais é grande no Brasil.
O corpo dos aracnídeos é dividido em cefalotórax e abdome. Esses animais têm quatro pares
de patas e não possuem antenas. Apresentam um par de pedipalpos (palpos), que são
apêndices sensoriais, e também um par de quelíceras, apêndices em forma de pinça.
A maioria dos aracnídeos é carnívora. Alguns desses animais são parasitas do sangue de
vertebrados, como os carrapatos. A sarna ou escabiose é causada por um aracnídeo, um ácaro.
A aranha apresenta no abdome as suas glândulas fiandeiras, que produzem os fios utilizados
para construir ninhos ou tecer teias nas árvores e nos cantos onde esses animais vivem.
Quilópodes
Quilópode é uma palavra de origem grega que significa "aquela que tem mil patas" (quilo
significa "mil", e podos "patas"). Esse grupo é representado pela lacraia e pela centopéia.
O corpo dos quilópodes é formado por uma cabeça e muitos segmentos. Em cada um desses
segmentos, existe um par de pernas. Esses animais têm um par de antenas longas na cabeça.
Esses seres terrestres vivem na sombra, em regiões quentes e em locais bastante úmidos. São
ovíparos, carnívoros e predadores. Eles possuem veneno, que é inoculo no inimigo ou na
presa.
Diplópodes
Um representante desse grupo é o piolho-de-cobra, conhecido também como embuá ou
gongolo. O corpo dos diplópodes possui uma cabeça com uma par de antenas curtas e tem
também vários segmentos.
Em cada segmento do seu corpo, há dois pares de pernas, daí o nome diplópodes - que vem do
grego e significa "patas duplas" (di significa "duplo", e podos, "patas").
Os diplópodes gostam de lugares escuros e terra úmida. Vivem embaixo de pedras e folhas
mortas ou dentro de troncos de árvores apodrecidos. Assim como os quilópodes, eles
procuram sombra e umidade.
Quando atacados, enrolam-se e liberam uma secreção que afugenta os inimigos. Os
diplópodes são ovíparos, isto é, pões ovos.
Insetos
Os principais representantes dessa classe são os artrópodes que encontram com mais
facilidade no dia-a-dia; por exemplo: formiga, barata, mosquito, borboleta, mosca, besouro,
joaninha, abelha, gafanhoto, entre muitos outros.
A classe dos artrópodes com maior variedade e número de espécies é a dos insetos. Com
grande capacidade reprodutiva, os insetos formam a única classe de invertebrados com
representantes dotados de asas, o que contribui para o sucesso na ocupação de todos os
ambientes do planeta exceto as águas oceânicas mais profundas.
Na cabeça há um par de antenas e uma par de olhos, além do aparelho bucal. O tipo de
aparelho bucal relaciona-se ao tipo de alimentação do inseto e é utilizado pelos cientistas
como um dos principais critérios de classificação.
As tão doloridas picadas de abelhas não são feitas pelo aparelho bucal, mas sim pelo ferrão
localizado na extremidade do abdome, ligado a uma glândula que produz veneno.
Digestão
Vários artrópodes são carnívoros, mas há também os herbívoros, que se alimentam de
diferentes partes das plantas.
O sistema digestório dos artrópodes é completo, e os resíduos alimentares, isto é, as fezes, são
eliminados pelos ânus.
Circulação
A circulação dos artrópodes é aberta, isto é, o "sangue" não circula apenas dentro dos vasos,
mas banha espaços do corpo do animal. Esse "sangue" é incolor ou ligeiramente azulado e não
transporta gases, apenas os nutrientes.
Respiração
Nas diversas classes de artrópodes, o tipo de respiração varia.
Muitos artrópodes são terrestres, como os insetos, diplópodes e quilópodes, e respiram
retirando oxigênio do ambiente por estruturas denominadas traquéias.
A traquéia está ligada a fibras musculares que se contraem e estimulam o ar a entrar pelos
espiráculos da traquéia.
Os artrópodes aquáticos, como os crustáceos, podem ter respiração branquial. As brânquias
são estruturas que retiram oxigênio dissolvido na água para a respiração animal. Estão
presentes em grande parte dos invertebrados aquáticos e nos peixes. Os microcrustáceos
(crustáceos muito pequenos) fazem respiração cutânea, isto é, respiram pela pele.
Os equinodermos
Os equinodermos (do grego echinos: espinhos; derma: pele) constituem um grupo de animais
exclusivamente marinhos, dotados de um endoesqueleto (endo = dentro) calcário muitas
vezes provido de espinhos salientes, que justificam o nome zoológico do grupo.
Embora não seja uma coluna vertebral, ele é importante na sustentação do corpo, pois é bem
desenvolvido e resistente. Entre os equinodermos estão as estrelas-do-mar, os pepinos-domar, os lírios-do-mar e os ouriços-do-mar, entre outros.
O tamanho dos equinodermos varia bastante; o diâmetro da estrela-do-mar, por exemplo,
medido de uma ponta a outra de seus braços, pode ser de alguns centímetros a até um metro,
dependendo da espécie.
Características dos equinodermos
Uma das características mais marcantes dos equinodermos é a presença de um complexo
sistema de lâminas, canais e válvulas, denominado sistema aquífero ou ambulacrário (do latim
ambulare: caminhar). Este sistema relaciona-se com a locomoção, respiração, circulação,
excreção e até mesmo com a percepção do animal.
Os pés ambulacrais possuem paredes musculares e ampolas que acumulam líquido; as
variações de pressão do líquido no sistema determinam a expansão ou retração dos pés, fato
que culmina com o deslocamento do animal. Quando a pressão do líquido é maior nos pés,
estes ficam mais rígidos, quando a pressão diminui, eles ficam moles - essa diferença permite o
movimento.
Digestão
Os equinodermos alimentam-se de pequenos animais e algas. A estrela-do-mar, por exemplo é
carnívora. Os sistemas vitais desses animais são simples e eficientes. O sistema digestório
contém apenas boca, estômago, intestinos e ânus. Mas o estômago só esta presente no corpo
dos equinodermos carnívoros, possuindo glândulas que produzem substâncias digestivas.
A estrela-do-mar alimenta-se principalmente de pequenos moluscos, como mariscos. Com os
seus pequenos pés, a estrela do mar força a abertura das conchas das ostras, em seguida vira o
seu próprio estômago do avesso e lança um suco digestivo dentro das conchas. Depois, é só
engolir a massa, isto é, o corpo do molusco já digerido. Essa é, portanto, uma digestão
extracorpórea.
Peixes
Os peixes representam a maior classe em número de espécies conhecidas entre os
vertebrados. Acredita-se que os peixes tenham surgido por volta de 45 milhões de anos atrás.
Classificação
Existem duas classes de peixes: a classe dos condrictes (do grego khondros: 'cartilagem'; e
ichthyes: 'peixe'), ou peixes cartilaginosos, e a classe dos osteíctes (do grego osteon: 'osso'), ou
peixes ósseos.
Os peixes ósseos são os mais abundantes em número de espécies conhecidas, representando
cerca de 95% do total dessas espécies. Existem várias diferenças entre os peixes cartilaginosos
e os ósseos.
Os peixes cartilaginosos
Os peixes cartilaginosos, como o tubarão e a raia, vivem principalmente em água salgada. Mas
algumas espécies de raia vivem em água doce.
Entre as características dos peixes cartilaginosos, podemos considerar:
esqueleto cartilaginoso e relativamente leve;
presença de cinco pares de fendas branquiais e um orifício chamado espiráculo, por onde
entra a água e banha as brânquias;
boca localizada ventralmente e intestino terminando em uma espécie de bolsa chamada
cloaca - nela, convergem os dutos finais do sistema digestório, urinário e genital.
Os peixes ósseos
Os peixes ósseos são abundantes tanto em água salgada (tainhas, robalos, cavalos-marinhos,
pescadas, etc.) como em água doce (lambaris, dourados, pintados, pacus, acarás-bandeiras,
etc.).
Vamos considerar algumas características dos peixes ósseos:
esqueleto predominantemente ósseo;
presença de quatro pares de fendas branquiais e ausência de espiráculo, brânquias
protegidas por uma estrutura denominada opérculo;
boca localizada na região anterior e intestino terminado no ânus, não há cloaca;
presença, em muitas espécies, de uma vesícula armazenadora de gases chamada bexiga
natatória ou vesícula gasosa.
Ausente nos peixes cartilaginosos, a bexiga natatória - que pode aumentar e diminuir de
volume de acordo com a profundidade em que o peixe se encontra - favorece a flutuação e,
com isso, permite ao animal economizar energia, já que ele pode permanecer mais ou menos
estável numa determinada profundidade sem que para isso necessite de grande esforço
muscular para a natação.
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