O Livro nomeado por: Conversas com quem gosta de ensinar, da editora Parma LTDA, escrito por Rubem Alves que nasceu no dia 15 de setembro de 1933, em Boa Esperança, sul de Minas Gerais e faleceu em 19 de julho de 2014, Campinas São Paulo, sendo um dos maiores educadores do Brasil, poeta e escritor além de outras especificações, escreveu dezenas de teses e dissertações para adultos e crianças, e tem como uma de suas principais obras está que cito nesta resenha, o qual é composta por 91 páginas um prefácio e quatro capítulos, nomeados por: sobre os jequitibás e eucaliptos amar, sobre o dizer honesto acordar, sobre palavras e redes libertar e sobre remadores e professores agir o qual se subdivide em dois tópicos: nível filosófico e nível científico. No prefácio o escritor fala que o livro é uma conversa, por isso não precisa ser prefaciada, também fala sobre o humor e filosofia o qual precisa ser aberto ou seja algo direto. Ele nos diz que a profissão educador está extinta porque hoje valoriza-se mais a mão de obra, seus titulos , suas experiencia de trabalho porque é uma maneira mais simples , mais rápida e menos questionadora por ser mais exata. O primeiro capítulo foi nomeado de: Jequitibás e eucaliptos: Amor- neste primeiro capítulo o autor utiliza da metáfora comparando o jequetiba com o educador sendo ele algo raro mais demorado de ser cultivado e o eucalipto como o professor sendo algo mais rápido para plantar e servindo como uma alternativa de substituiçao dos “jequitibas-educadores”, assim é visto que por mais que aparentam ter o mesmo objetivo, não possuem, porque o professor é um ser alienado e o educador é aquele que não segue o sistema, o educador é um diferente buscando inovar-se na sua maneira de transferir o conhecimento, estimulando a imaginação, as paixões, que define as visões, as esperanças e horizontes utópicos, ao contrário do professor que é mais um funcionário de um mundo dominado pelo estado, tento que seguir um curriculo pronto , o qual muitas vezes dificulta a maneira de ensinar limitando os professores a pequenos projetos . Todavia é possível que um professor consiga libertar o seu “jequetiba” adormecido num eucalipto , porque por mais que esteja escondido sempre havera um educador oculto dentro de um professor , basta apenas ter a coragem e amor para acordá-lo e pois assim havera uma mudança que poderá ocorrer o milagre da restauração dos mundos. Entende-se entao que um educador nao se substitui assim , pois é algo que deve ser preparado aos poucos, precisa ser moldado, instigado, visto de uma maneira diferente, ja o professor é algo que torna-se mais simples de formar , pois esta acostumado com “coisas” prontas que cabe a ele executá-las, comparando os dois percebe-se que um nao existe sem o outro. O segundo capítulo entitulado por: O dizer honesto- Acordar, revela para nós como primeiro ensinamento a necessidade em tomar consciência do local em que estamos ou seja entendermos como chegamos ali, porque somos assim e, para sabermos porque vivemos desta forma, porque agimos desta forma, porque falamos desta forma. Também nos fala do corpo e das suas funções, como entrada para a alma, para o prazer, para a dor e para os pensamentos, pois é através do nosso corpo que expressamos nossos sentimentos sendo essa a função da educação, domesticar o corpo, porque a sociedade nos fez estúpidos fazendo com que só demos valor quando o objeto se torna nosso. Ou seja só devemos algo para alguém quando aquilo nos pertence, porque a nossa sociedade nos faz sermos egoístas com o nosso semelhante. Neste capítulo Rubem nos fala da importância em falar na primeira pessoa, sem vergonha e sem medo mas sempre tomando o devido cuidado porque as palavras podem matar, nos propõe o ato de ensinar através da prática, trabalhar a experiência junto com a teoria, assim o aprendizado se torna mais fácil, pois palavras e mais palavras jogadas ao vento sem nenhuma relação com a vida prejudicam até na vida social, quando o autor diz que as palavras podem matar , refere-se não a morte física mas a morte cultural, pois pode causar um trauma na vida do aluno causando uma deficiência eterna. O tema acordar quer dizer que ao educar a inteligência o corpo estará domesticado, pois o educador tem o poder de domesticar o corpo, e com esse poder ele pode preparar seu aluno à sua maneira, e como um educador não é alienado, ele irá fazer de seus alunos seres não alienados, questionadores de verdades impostas e grandes pesquisadores de suas próprias verdades. Quando se usa o termo acorda refere-se ao ato de tomar uma posição diferente é um “ abrir de olhos” ver de uma maneira nova , buscando instigar seus alunos , a terem opiniões inovadoras, não se acomodando a rotina , o educador busca formar seus alunos a sua semelhança no que diz respeito de conhecimento quer fazêlos cidadãos questionadores. O terceiro capítulo, ‘palavras e rede-libertar’ propõe uma discussão sobre o aprendizado através das gerações, da repetição e que sem esse tipo de aprendizado a vida não seria possível, pois sempre, tudo começaria do zero, e por isso essa aprendizagem passada de geração em geração é tão importante ela só é possível através da linguagem, e como não existem receitas para se comunicar em cada lugar foi se criando uma maneira, assim gerando a cultura, por isso a educação é mediada pela linguagem e tudo o que existe é condicionado pela linguagem, pois é a linguagem que gera conhecimento, é a linguagem que move o mundo, e exatamente por isso que cada cultura age de uma maneira específica. Neste capítulo também vê-se uma fala sobre ideologia, a qual se opõe da verdade, ao falar de educação o autor se refere a pequenas alianças para que haja um grande triunfo, e que podem fazer grandes diferenças, estas pequenas alianças que abrem portas para que a linguagem seja falada, uma vez que devemos falar com a nossa boca e com nossas palavras, não com ditos alheios, devemos perder o medo de falar, então devemos nos livrar dessa doença crônica que aflinge o educador, e é só a educação que abre a possibilidade de se invadir a realidade dada com novos objetos de linguagem, capazes de explodir a ação e a criatividade. Neste capitulo mostra que o homem é um ser de linguagem , tudo o que se aprende é pelo ato do falar, aqui é visto a importância da comunicação , do ensino aprendizagem, se hoje somos o que somos é devido a nossa herança cultural, pois sabemos que a cultura é o que nos define nela entra os valores ,crenças, ensinos enfim todo o que se pode passar para a formação do individuo numa sociedade. Sobre o quarto capítulo: ‘Sobre remadores e professoresagir’, neste capítulo o autor diz que não se pode entender um processo educacional sem levar em conta a ordem biológica, psicológica, social, política e econômica, por isso existem as pesquisas e os pesquisadores, e assim ele subdivide o capítulo em nível filosófico e nível científico, no nível filosófico seria a instigação do aluno, o levar ao questionamento, trabalhar com a dúvida, possuindo duas fases a crítica e a criativa, na crítica é onde acontece o questionamento como ? quando? E porque? e a criativa é onde se possui uma nova ideia e consequentemente uma nova ação, se inova, cria-se algo diferente do que estamos acostumados a ter . No nível científico o amor fica de lado, pois é valorizado o poder aquisitivo e pesquisas exatas no caso a razão fala mais alto do que o amor , assim nasce os pesquisadores os quais não trabalham com o amor, apenas com suas pesquisas. Neste capítulo o autor coloca em evidência a função do educador num ponto de vista sociológico, que é criar bons remadores os quais possam responder aos questionamentos que foram ensinados a fazer, ai está a verdadeira função do educador que o Rubem Alves termina seu livro dizendo: o educador está sempre em busca de algo a mais. Educador não se limita mas busca cada dia mais algo novo . Para concluir, escrevo que o autor foi muito feliz na construção de sua obra ‘Conversas com quem gosta de ensinar’, apresentando uma linguagem de fácil compreensão, e conseguindo surtir no leitor um bom entendimento e compreensão do que quernos passar, deixando-nos a vontade como se realmente fosse uma conversa entre ambos interessados em um mesmo assunto. Em todas as partes do livro o nosso querido escritor Rubem Alves demonstra seu amor pela educação, diferenciando assim o educador do professor, pois um professor é um ser alienado que responde as ordens propostas de alienação, onde seu trabalho é proceguir com as regras da sociedade sem questionar, passando conteúdos e aplicando provas sem preocupação na formação de opiniões críticas e desenvolvimento da criatividade em seus alunos, apenas passando seus conhecimentos para dar continuar a ordem social imposta pelo governo e entidades de poder, dando prosseguimento ao processo político econômico, este que gera renda e “civilização” para uma sociedade capitalista e egoísta. Já o educador é completamente o contrário do professor, pois sua função é mais ampla, não se restringindo apenas na sala de aula, o educador é paciente e compreensivo, sem pressa de chegar ao resultado, trabalhando com dedicação em cada etapa do aprendizado, instigando o aluno a ter vontade de aprender, não por obrigação, mas por puro prazer, auxiliando constantemente na busca do conhecimento tanto seu quanto de seu aluno, o educador leva ao questionamento das verdades impostas pela sociedade, leva o aluno a duvidar do que lhe falam e assim ir atrás da verdade, deixando de ser mais um alienado no mundo, passando a ser um descobridor de novas coisas, possuindo um conhecimento constante e modificador de ideias, estando sempre em evolução, um aluno que passa pelas mãos de um educador não segue as regras impostas pela hierarquia institucional, pois sabe que essas regras são apenas para dominar o pensamento humano, mantendo o poder no poder. Resumindo o livro falou claramente e diretamente comigo, em algumas partes eu ri e disse : “verdade pensava assim “, em outras partes dizia “como nao percebi isso”. O livro ajudou a compreender que nao podemos ser seres alienados, com pensamento limitado, mas sim que devemos ser questionadores, investigativos, revulocionaristas nao se contentar com o pouco para assim mudar-mos esse sistema cruel da educação. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL RESENHA: CONVERSA COM QUEM GOSTA DE ENSINAR NOME: THAINÁ FOGLIATTO MOREIRA CURSO: PEDAGOGIA LICENCIATURA