ANAIS DO CONGRESSO ÍNDICE PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA COMPLETA QUARTA-FEIRA - 19.NOVEMBRO - CURSOS PRÉ-CONGRESSO ................................................................................. 09 QUINTA-FEIRA - 20.NOVEMBRO - CONGRESSO......................................................................................................... 10 SEXTA-FEIRA - 21.NOVEMBRO - CONGRESSO........................................................................................................... 11 SÁBADO - 22.NOVEMBRO - CONGRESSO.................................................................................................................. 12 RESUMOS DE PALESTRAS A LEI DO ATO MÉDICO E SUA REPERCUSSÃO NO DIREITO BRASILEIRO.................................................................... 14 ALEJANDRO BULLÓN TALK SHOW: VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: MEDICINA ESPORTIVA ............................................................................... 15 ALEXANDRE MARTIN AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DA ACUPUNTURA PELA TÉCNICA DE YAMAMOTO PARA O TRATAMENTO DA LOMBALGIA AGUDA ............................................................................................................................................ 16 ALEXANDRE M. YOSHIZUMI CARAPAÇA PSÍQUICA................................................................................................................................................ 17 ALEXANDRE MASSAO YOSHIZUMI RESUMEN DE TRATAMIENTO DE CERVICALGIA Y OMALGIAS CON ACUPUNTURA NEUROFUNCIONAL....................... 18 ALVARO LAENS ABORDAJE NEUROFUNCIONAL EN DISTROFIA SIMPÁTICA REFLEJA (DOLOR REGIONAL COMPLEJO)...................... 19 ALVARO LAENS LOMBALGIA, NOTAS DE DIAGNÓSTICO - TALK-SHOW: LOMBALGIAS......................................................................... 20 ANTONIO SÉRGIO B. CAVALCANTI ALIMENTAÇÃO E O CÂNCER...................................................................................................................................... 21 ARILENE VIANA ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DAS GONALGIAS.................................................................................................... 22 ARLINDO ANTONIO CERQUEIRA E SILVA OMBRO DOLOROSO.................................................................................................................................................. 23 ARNALDO ACAYABA DE TOLEDO ACUPUNTURA NOS CONVÊNIOS - ESTRATÉGIAS E PERSPECTIVAS........................................................................... 25 AUGUSTO KRAVCHYCHYN THE FASCINATION OF TRADITION: THE CASE OF AUPUNCTURE................................................................................ 26 BARON FRANÇOIS BEYENS WHY AND HOW TO SIMPLIFY THE ACUPUNCTURE TREATMENT FOR FUNCTIONAL DISORDERS............................... 27 BARON FRANÇOIS BEYENS DEADLINE OBESIDADE.............................................................................................................................................. 28 CARLOS EDUARDO MENDES DOS SANTOS ACUPUNTURA NAS DOENÇAS IMUNOLÓGICAS......................................................................................................... 29 CÉLIA REGINA WHITAKER CARNEIRO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA ASMA.................................................................................................................. 30 CELSO TABOSA URTICÁRIA................................................................................................................................................................ 31 CHEN MEI ZOO ACUPUNCTURE IN SICCA SYNDROME....................................................................................................................... 32 CHIA-YU LIU ACUPUNCTURE IN ACUTE SPORT INJURY................................................................................................................. 33 CHIA-YU LIU TALK SHOW: CEFALÉIA.............................................................................................................................................. 34 CHIEN HSIN FEN COMO LER E INTERPRETAR UM ARTIGO CIENTÍFICO................................................................................................. 35 CHIN AN LIN TÉCNICA DE ACUPUNTURA BASEADA EM MECANISMO DE AÇÃO NA DOR MUSCULOESQUELÉTICA........................ 36 CLAUDIO COUTO TRATAMENTO DA INFERTILIDADE PELA MTC............................................................................................................. 37 DÉCIO TESHIMA O USO DAS VENTOSAS NO TRATAMENTO DA DOR.................................................................................................... 39 DIRCEU DE LAVOR SALES EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E TRATAMENTO DA DEPRESSÃO COM ACUPUNTURA....................................................... 40 DIRCEU DE LAVÔR SALES ACUPUNTURA E ESCLEROSE MÚLTIPLA.................................................................................................................... 41 DORIS BEDOYA HENAO IDENTIDADE DA ACUPUNTURA - REFLEXÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE VALIDAÇÃO DA PESQUISA......................... 42 DURVAL DIONISIO SOUZA MOTA DOR PÓS-MASTECTOMIA.......................................................................................................................................... 43 EDUARDO D´ALESSANDRO FOGACHOS EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA................................................................................................ 44 EDUARDO D´ALESSANDRO TALK SHOW: VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: PEDIATRIA.................................................................................................. 45 ELISABETE AMARAL ROTEIRO DIAGNÓSTICO CEFALEIA............................................................................................................................ 46 FELIPE CALDAS DE OLIVEIRA RINITE ALÉRGICA...................................................................................................................................................... 47 FERNANDO IORATTI CHAMI TERMOGRAFIA E ACUPUNTURA, FUNDAMENTOS DE TERMOGRAFIA, REVISÃO DE LITERATURA, CASOS CLÍNICOS...................................................................................................................................................... 48 FRANCISCO J. VIEIRA DE SOUZA FIBROMIALGIA........................................................................................................................................................... 49 GEORGE ISSAMU NOBUSADA DOR NO OMBRO........................................................................................................................................................ 50 GEORGE ISSAMU NOBUSADA DIAGNÓSTICO PELA LÍNGUA EM MTC-SINAIS DE ALARME E COMO TRATAR?.......................................................... 51 GISLAINE CRISTINA ABE INFERTILIDADE.......................................................................................................................................................... 54 HELENA CAMPIGLIA TRANSTORNOS EMOCIONAIS.................................................................................................................................... 55 HELENA CAMPIGLIA SÍNDROME FIBROMIÁLGICA...................................................................................................................................... 56 HELENA H. S. KAZIYAMA LOMBALGIAS NÃO ÓSSEAS....................................................................................................................................... 57 HENRIQUE SIDI SÍNDROME URETRAL................................................................................................................................................ 58 HERMES DA FONSECA FILHO AURICULOACUPUNTURA NAS ALGIAS PERIFÉRICAS................................................................................................. 59 HIAENO HIRATA AYABE INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA................................................................................................................................. 60 HIAENO HIRATA AYABE CERVICALGIA: INTERFACE ENTRE MEDICINA TRADICIONAL CHINESA E MEDICINA OCIDENTAL................................ 61 HIDEKI HYODO PONTOS DE ACUPUNTURA - CONCEITOS POLÊMICOS.............................................................................................. 62 HONG PAI CATGUT EMBEDDING IN TREATING OBESITY............................................................................................................. 63 I-JU CHEN CATGUT EMBEDDING IN CLINICAL USE..................................................................................................................... 64 I-JU CHEN ACUPUNTURA ESCALPEANA NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS NEUROLÓGICAS...................................................... 65 JAIME Y. YAMANE TERMOGRAFIA E ACUPUNTURA - REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................. 68 JOACI OLIVEIRA DE ARAUJO PRÉ NATAL ............................................................................................................................................................... 70 JOÃO BOSCO GUERREIRO DA SILVA OMBRO DOLOROSO.................................................................................................................................................. 71 JOÃO PAULO BITTAR POSTUROLOGIA PELA ORELHA COM O USO DA CROMOTERAPIA............................................................................. 72 JORGE CAVALCANTI BOUCINHAS CEFALÉIA .................................................................................................................................................................. 73 JORGE J. MURATA PEDIATRIA................................................................................................................................................................. 74 JORGE J. MURATA COMO UTILIZAR A FITOTERAPIA CHINESA ................................................................................................................ 75 JOSÉ ANTONIO BÉRGAMO TALK SHOW: VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: LOMBALGIA................................................................................................ 76 JOSÉ EDUARDO TAMBOR BUENO COACHING HOLISTICO.............................................................................................................................................. 77 JOU EEL JIA EFICÁCIA DA TÉCNICA DE ELETROACUPUNTURA NA ANALGESIA DO TRABALHO DE PARTO.................................... 78 KATIA MARIA VIDAL TALK SHOW: VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: MEDICINA ESPORTIVA ............................................................................... 79 LIAW W. CHAO CLIMATÉRIO - TRATAMENTO PELA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA...................................................................... 80 LILIAN TAKEDA ACUPUNTURA OU EFEITO PLACEBO SOB A ÓTICA PRÁTICA E NA PESQUISA CLINICA.............................................. 81 LILIANA L JORGE CLIMATÉRIO: DIAGNÓSTICO PELA MTC..................................................................................................................... 82 LIN CHEN HAU TALK SHOW: CEFALEIA ............................................................................................................................................. 84 LING TUNG YANG TALK SHOW: VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: PEDIATRIA ................................................................................................. 85 LO SZ HSIEN ASPECTOS LEGAIS DO USO DA FITOTERAPIA BRASILEIRA........................................................................................ 86 LUIS CARLOS MARQUES NEUROFISIOLOGIA DA ACUPUNTURA........................................................................................................................ 87 LUIZ BIELLA DE SOUZA VALLE VIVÊNCIAS E USO DA FITOTERAPIA COM PLANTAS BRASILEIRAS............................................................................. 88 LUIZ CARLOS SOUZA SAMPAIO DOR MIOFASCIAL - ABORDAGEM OBJETIVA PARA O ACUPUNTURISTA..................................................................... 91 MARCELO SAAD SISTEMA DE ACUPUNTURA NO CRÂNIO.................................................................................................................... 92 MÁRCIA LIKA YAMAMURA USO DOS MERIDIANOS DISTINTOS E CURIOSOS NO PRONTO ATENDIMENTO DE ACUPUNTURA.............................. 93 MÁRCIA LIKA YAMAMURA POEMA ABC DA ACUPUNTURA NA TERAPÊUTICA DA DOENÇA DERMATOLÓGICA.................................................... 94 MARCIA MARIA OZAKI REGUERA FUNDAMENTALS OF MEDICAL THERMOGRAPHY: ACUPUNCTURE PRACTICE............................................................ 95 MARCOS LEAL BRIOSCHI FUNÇÃO DOS PONTOS MOTORES NO TRATAMENTO DE AFECÇÕES INESTÉTICAS DO CORPO.................................. 96 MARIA ASSUNTA YAMANAKA NAKANO VITILIGO.................................................................................................................................................................... 97 MARIA ASSUNTA YAMANAKA NAKANO ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA FIBROMIALGIA.................................................................................................. 98 MARIA CRISTINA S. CERQUEIRA E SILVA ACUPUNTURA EM DOENÇAS HEMATOLÓGICAS........................................................................................................ 99 MARIA PAULA MAYA ARANALDE AURICULOACUPUNTURA NO PRONTO ATENDIMENTO............................................................................................. 100 MARIA VALERIA D. BRAGA FITOTERAPIA CHINESA NA MENOPAUSA................................................................................................................. 101 MARIA VALERIA D’AVILA BRAGA OMBRALGIA............................................................................................................................................................ 103 MARIA VALERIA D’ AVILA BRAGA ACUPUNTURA EM ATLETAS DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTES AQUÁTICOS................................... 104 MÁRIO SÉRGIO ROSSI VIEIRA ACUPUNTURA EM OBSTETRÍCIA............................................................................................................................. 105 MARY UCHIYAMA NAKAMURA SÍNDROME DOLOROSA MIOFACIAL DO JIAO SUPERIOR.......................................................................................... 106 MARYANGELA DARELLA ACUPUNTURA NO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL.............................................................................................. 107 MAURICIO HOSHINO TRATAMENTO OCIDENTAL DAS CEFALEIAS............................................................................................................. 108 MAURICIO HOSHINO ACUPUNTURA, ZANG-FU......................................................................................................................................... 109 MAURO CARBONAR ORIENTAÇÕES ALIMENTARES NO DIA DIA DO CONSULTÓRIO.................................................................................. 110 MAURO PERINI TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS MUSCULO ESQUELETICAS COM A TÉCNICA SU JOK (MÃOS E PÉS)..................... 111 OSVALDO PIKUNAS ACUPUNTURA EM OSTEOARTRITE.......................................................................................................................... 113 PAOLA MARIA RICCI TALK SHOW: VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: CERVICALGIAS......................................................................................... 114 RASSEN SAIDAH VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: CERVICALGIA................................................................................................................ 115 RICARDO BASSETTO AURICULOACUPUNTURA EM PATOLOGIAS ONCOLOGICAS..................................................................................... 116 ROBERTO RAMOS MARTINS OLHO SECO - CERATOCONJUNTIVITE SECA - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO.......................................................... 117 ROSANA BOMBONATO O TRATAMENTO DAS CEFALÉIAS E ENXAQUECAS COM ELETROACUPUNTURA ...................................................... 118 RUBENS ZANELLA PSORÍASE UMA VISÃO OCIDENTAL E ENERGÉTICA................................................................................................ 119 SANDRA PEDERSOLI TALK SHOW: VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: CERVICALGIA .......................................................................................... 120 SATIKO IMAMURA LOMBALGIA............................................................................................................................................................. 121 SATIKO IMAMURA ACUPUNTURA NAS MÃOS....................................................................................................................................... 122 SEIGO KAJIMURA CORE SKILL OF NEEDLE MANIPULATION METHOD IN “ODE TO THE GOLDEN NEEDLE” .......................................... 123 SHIUE, HORNG-SHENG CORE SKILL OF NEEDLE MANIPULATION METHOD IN“WARM REINFORCING TECHNIQUE" AND “COLD REDUCING TECHNIQUE................................................................................................................................ 124 SHIUE, HORNG-SHENG ACOLHIMENTO E AGULHAMENTO DO ADOLESCENTE ............................................................................................ 125 SIDNEY BRANDÃO VULVOVAGINITES DE REPETIÇÃO............................................................................................................................ 126 SILVANA MARIA FERNANDES PARALISIA DO NERVO FACIAL E SEU TRATAMENTO POR ACUPUNTURA ................................................................ 127 SILVIO SIQUEIRA HARRES ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA COM MICROCORRENTE E FREQUÊNCIA ESPECÍFICA ..................................................... 128 SINVAL ANDRADE DOS SANTOS DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE PELA MTC .............................................................................................................. 129 SLEY TANIGAWA GUIMARÃES DOR PÉLVICA CRÔNICA........................................................................................................................................... 130 TELMA ZAKKA DOR NEUROPÁTICA ................................................................................................................................................ 131 TERESA JACOB TREATMENT OF STROKE WITH YAMAMOTO NEW SCALP ACUPUNCTURE (YNSA)................................................... 132 THOMAS SCHOCKERT ACUPUNTURA ESTRUTURAL - DOS BONECOS DE BRONZE AOS MODELOS ANATÔMICOS INTERATIVOS................. 133 VINICIUS ANTONIAZZI ESTRESSE .............................................................................................................................................................. 135 WALTER VITERBO YNSA E AURICULOTERAPIA ACUPUNTURA ESCALPEANA........................................................................................ 139 WU TU HSING ACUPUNTURA VERTEBRAL...................................................................................................................................... 143 YSAO YAMAMURA DORES PRECORDIAIS NO PRONTO ATENDIMENTO DE ACUPUNTURA (PAA)........................................................... 144 YSAO YAMAMURA MERIDIANOS: CONCEITOS NOVOS.......................................................................................................................... 145 YSAO YAMAMURA RESUMOS DE TEMAS LIVRES TL 01 - EFEITO DA ACUPUNTURA SOBRE USO DE ANALGÉSICOS EM IDOSOS........................................................ 147 TL 02 - ACUPUNTURA NO PRONTO-SOCORRO: UMA TERAPÊUTICA MÉDICA.......................................................... 148 TL 03 - ANÁLISE DE EFICÁCIA DA ACUPUNTURA E ELETROACUPUNTURA CLÁSSICA EM DIFERENTES FREQUÊNCIAS EM DOENTES COM SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL CRÔNICA ................................................. 149 TL 04 - TRABALHO MÃOS - ELETROACUPUNTURA................................................................................................. 150 TL 05 - TRATAMENTO COM ELETROACUPUNTURA EM TONIFICAÇÃO DE 10 CASOS DE PARALISIA FACIAL AGUDA COM 1 A 10 DIAS DE EVOLUÇÃO DA DOENÇA............................................................................................ 151 TL 06 - EFEITO DA ACUPUNTURA NA DOR E NA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS.................................................. 152 TL 07 - ACUPUNTURA AURICULAR COMO RECURSO ADJUVANTE PARA O PROGRAMA DE REABILITAÇÃO APÓS ARTROPLASTIA TOTAL DO JOELHO - RELATO DE CASO................................................................................ 153 TL 08 - ACUPUNTURA PARA EFEITOS COLATERAIS DE TERAPIA ANTI-NEOPLÁSICA, RESULTADOS DE 2 ANOS DE PRÁTICA NO INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - HCFMUSP................................ 154 RESUMOS DE PÔSTERES PO 01 - TENDINOPATIA CALCÁREA DO MANGUITO ROTADOR - UMA ABORDAGEM COM ELETROACUPUNTURA............................................................................................................................................. 156 PO 02 - TRATAMENTO DA HIPERSONIA IDIOPÁTICA COM ACUPUNTURA................................................................ 157 PO 03 - AÇÃO POSITIVA DA ACUPUNTURA NA DOR DE PACIENTE COM ENDOMETRIOSE E PELVE CONGELADA............................................................................................................................................................ 158 PO 04 - ACUPUNTURA E NEUROPLASTICIDADE POSITIVA....................................................................................... 159 PO 05 - PERCEPÇÕES DOS ALUNOS DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNICAMP SOBRE O USO E ENSINO DA ACUPUNTURA......................................................................................................................... 160 PO 06 - MUDANÇAS NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM MIGRÂNEA SEM AURA APÓS TRATAMENTO COM ACUPUNTURA.......................................................................................................................... 161 PO 07 - ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA CORIORRETINOPATIA SEROSA CENTRAL: RELATO DE CASO ............ 162 PO 08 - ADOLESCENTE COM TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR TRATADO COM ACUPUNTURA NOS PONTOS CRANIANOS E VERTEBRAIS .................................................................................................................................... 163 PO 09 - TRATAMENTO DE OSTEOARTROSE DO JOELHO PELA TÉCNICA DO SYALIC: UMA SÉRIE DE CASOS.............. 164 PO 10 - EFEITO IMEDIATO DO TA-16 (TIANYOU), TA- 5 (WAIGUAN), VB- 41 (ZULINQI) E LAMBDA NAS CRISES DE MIGRÂNEA............................................................................................................................................ 165 PO 11 - O EFEITO DA ACUPUNTURA NAS ATIVIDADES HABITUAIS DE UMA POPULAÇÃO GERIÁTRICA.................... 166 QUARTA-FEIRA - 19.NOVEMBRO - CURSOS PRÉ-CONGRESSO - MANHÃ HORÁRIO TEATRO SALA 1 SALA 2 SALA 3 08:00 - 12:00 Coord: Luciana Aikawa Trad: Daniel Habib Cardiologia I Fisiopatologia pela MTC Tran Viet Dzung - FRANÇA Coord: Andre Tsai Trad: Ling Yang Tung Manipulação ortopédica de acordo com a MTC I Chiu, Jung-Peng - REP. CHINA Coord: Iberê Machado TEAC - PROVA TEÓRICA Trad: Jorge Cavalcanti Boucinhas A utilização da Craniopuntura de Yamamoto (YNSA) na Emergência Médica Thomas Schockert - ALEMANHA QUARTA-FEIRA - 19.NOVEMBRO - CURSOS PRÉ-CONGRESSO - TARDE HORÁRIO TEATRO 14:00 - 18:00 Coord: Luciana Aikawa Trad: Daniel Habib Cardiologia II HAS Tran Viet Dzung - FRANÇA SALA 1 SALA 2 SALA 3 Coord: Andre Tsai Trad: Ling Yang Tung Manipulação ortopédica de acordo com a MTC II Chiu, Jung-Peng - REP. CHINA Coord: Iberê Machado Trad: Jorge Cavalcanti Boucinhas A utilização da Craniopuntura de Yamamoto (YNSA) na Emergência Médica Thomas Schockert ALEMANHA TEAC - PROVA PRÁTICA * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 9 QUINTA-FEIRA - 20.NOVEMBRO - CONGRESSO 07:30 - 08:00 INSCRIÇÕES HORÁRIO TEATRO SALA 1 SALA 2 SALA 3 08:00 - 10:00 DIRETRIZES INSTITUCIONAIS DA ACUPUNTURA Coord: Luiz Carlos Souza Sampaio Introdução Hildebrando Sábato Prática legal da ACP no Brasil: impacto das últimas decisões judiciais Fernando Genschow Acupuntura nos planos de saúde Augusto Kravchychyn VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS FIBROMIALGIA - TALK SHOW Moderador: Ricardo M. Bassetto Helena H. S. Kaziyama Rosa Alves Targino de Araujo Maria Cristina Cerqueira e Silva George Issamu Nobusada Patrícia Jales TÉCNICAS DE ANALGESIA NO PRONTO ATENDIMENTO DE ACUPUNTURA Coord: Serafim Vincenzo Cricenti Dores precordiais no pronto atendimento de acupuntura Ysao Yamamura Uso dos Meridianos Distintos e Curiosos no PA Márcia Lika Yamamura Tratamento de lombalgias e lombalgia com irradiação Henrique Sidi Tratamento de cefaleias e enxaqueca Felipe Caldas de Oliveira GINECOLOGIA Coord: Luciano Ricardo Curuci de Souza Dor Pélvica Crônica Telma Regina Mariotto Zakka Vulvovaginite de repetição Silvana Maria Fernandes Incontinência urinária Roberto Zamith Síndrome uretral feminina Hermes da Fonseca Filho 10:00 - 10:30 INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO 10:30 - 12:00 Coord: Ivan Ferreira de Araújo Trad: Daniel Habib FASCÍNIO PELA TRADIÇÃO Baron François Beyens BÉLGICA VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS TRANSTORNOS EMOCIONAIS TALK SHOW Moderador: Wilson Tadeu Ferreira Agamenon Honório Silva Helena M. Campiglia Norvan Martino Leite Alexandre Massao Yoshizumi OBESIDADE Coord: Maria Antonieta Beraldo Atualização Daniel Hideo Yoshizumi Diagnóstico pela MTC Sley Tanigawa Guimarães Visão prática para o emagrecimento e acompanhamento Carlos Eduardo M. dos Santos AURICULOACUPUNTURA Coord: Lyoko Okino AurIculo no pronto atendimento Maria Valéria D’Ávila Braga Tratamento de vícios com auriculoacupuntura Carlos Moriyama Auriculo nas algias periféricas Hiaeno Hirata Ayabe WORKSHOP 1A Coord: Ana Beatriz Soares Trad: Ling Yang Tung Uso da percepção tátil nas mudanças do corpo durante o tratamento por acupuntura Chiu, Jung-Peng - REP. CHINA WORKSHOP 2A Coord: Edson Sugano Trad:Li Shih Min Técnica de manipulação de acordo com o Poema da Agulha de Ouro Shiue, Horng-Sheng - REP. CHINA WORKSHOP 3A Coord: Marcos Takeo Obara Trad: Daniel Habib Por que e como simplificar o tratamento de transtornos funcionais com acupuntura Baron F. Beyens - BÉLGICA 12:30 - 13:30 13:30 - 14:00 ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO 14:00 - 16:00 EVIDÊNCIAS EM ACUPUNTURA Coord: Flávio José Dantas Evolução das pesquisas em acupuntura nos cenários nacional e internacional Ari Moré Como ler e interpretar um artigo científico Chin An Lin Acupuntura ou efeito placebo sob a ótica prática e na pesquisa clinica Liliana Lourenço Jorge Identidade da Acupuntura Reflexão sobre os critérios de validação de pesquisa Durval Mota VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS CEFALÉIAS - TALK SHOW Moderador: Maurício Hoshino CLINICA MÉDICA I Coord: Mary Assako F. Matsuo Rinite alérgica Fernando Ioratti Chami Acupuntura nas doenças imunológicas Célia R. Whitaker Carneiro Diagnóstico e tratamento da asma Celso Baptista Tabosa ACP em doenças hematológicas Maria Paula Maya Aranalde FITOTERAPIA Coord: Tazue Branquinho Aspectos legais do uso da fitoterapia brasileira Luis Carlos Marques Vivências e uso da fitoterapia brasileira Luiz Carlos Souza Sampaio Interação medicamentosa Hiaeno Hirata Ayabe Como utilizar a fitoterapia chinesa José Antônio Bérgamo 16:00 - 16:30 INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO 16:30 - 17:30 AVANÇOS INSTITUCIONAIS DA MEDICINA BRASILEIRA E DA ACUPUNTURIATRIA Coord: Andre Tsai Atuação e êxitos do CFM: projetos de lei, prática ilegal de medicina, contratualização nos convênios com operadoras de saúde Carlos Vital A lei do exercício profissional da medicina: novo e importante instrumento para as lutas médicas Alejandro Bullón Vitórias e conquistas judiciais da acupunturiatria Fernando Genschow 17:30 - 18:30 CERIMÔMIA DE ABERTURA - Coquetel de confraternização Maurício Hoshino Ling Tung Yang Claudia Misorelli Jorge Jodi Murata voltar ao indice 10 SEXTA-FEIRA - 21.NOVEMBRO - CONGRESSO HORÁRIO TEATRO SALA 1 SALA 2 07:30 - 08:00 SALA 3 PRÁTICAS CORPORAIS 1 Maria Lucia Lee 08:00 - 10:00 PRÁTICA CLÍNICA E EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DO USO DA ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO Coord: Sergio Manoel R. R. Lessa Dirceu de Lavôr Sales COACHING HOLISTICO E DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS Jou Eel Jia VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS ACUPUNTURA NA OBSTETRÍCIA - TALK SHOW Moderador: Lin Chen Hau Juang Horg Chau Mary Uchiyama Nakamura Katia Maria Silva João Bosco Guerreiro DERMATOLOGIA Coord: Liyoko Okino Urticária Chen Mei Zoo Psoríase Sandra Pedersoli Poema ABC da acupuntura na terapêutica da doença dermatológica Márcia Reguera Vitiligo Maria Assunta Nakano 10:00 - 10:30 INTERVALO INTERVALO INTERVALO 10:30 - 12:00 MERIDIANOS: CONCEITOS NOVOS Coord: Sidney Brandão Ysao Yamamura VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS MEDICINA ESPORTIVA - TALK SHOW Moderador: André Tsai Alexandre Martins Liaw Wen Chao Mario Sergio Rossi Vieira GINECOLOGIA - INFERTILIDADE Coord: Paulo Jorge Abrahão Atualização Pedro Monteleone Diagnóstico pela MTC Helena M. Campiglia Tratamento pela MTC Decio R. Kamio Teshima TEMAS LIVRES Coord: Flávio José Dantas Comissão de avaliação: Alexandre Valotta da Silva Célia R. Whitaker Carneiro Dirceu de Lavôr Sales João Bosco Guerreiro da Silva WORKSHOP 1B Coord: Luiz Eduardo Galvani Trad: Pam Wen Lung Implante de catgut no tratamento de obesidade Chen, I-Ju - REP. CHINA WORKSHOP 2B Coord: Samuel Abramavicus Tratamento das cervicalgias e ombralgias pela abordagem neurofuncional Álvaro Laens Cafaro - URUGUAI WORKSHOP 3B Coord: Marcos Takeo Obara Trad: Li Shih Min Técnicas avançadas em acupuntura Chiu, Jung-Peng - REP. CHINA 12:30 - 13:30 ONCOLOGIA/MTC Coord: Marcos Takeo Obara Tratamento de Dor pósmastectomia Eduardo D’Alessandro Auriculoacupuntura em oncologia Roberto Ramos Martins Diagnóstico pela língua em MTC: Sinais de alarme e como tratar Gislaine Cristina Abe Fogachos em câncer de mama Eduardo D’Alessandro PRÁTICAS CORPORAIS 2 Maria Lucia Lee 13:30 - 14:00 ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO 14:00 - 16:00 Coord: Otavio Koiti Hara AGULHAMENTO ÚNICO UTILIZANDO A TÉCNICA DE RYODORAKU Ruy Tanigawa Trad: Pam Wen Lung ACUPUNTURA NA SÍNDROME DE SJÖGREN (60 min) Liu, Chia-Yu - REP. CHINA VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS CERVICALGIA - TALK SHOW Coord: Marcelo Saad Satiko Imamura Rassen Saidah Hideki Hyodo Ricardo Bassetto MICROSSISTEMAS Coord: Silvana Della Nina Raffo Pereda Acupuntura vertebral Ysao Yamamura Sistema de acupuntura no crânio Marcia Lika Yamamura Su jok Osvaldo Pikunas Koryo Seigo Kajimura CLINICA MÉDICA II Coord: German Goytia Carmona Hipertensão arterial Chin An Lin Diagnóstico e tratamento do olho seco Rosangela Bombonato Acupuntura e estresse oxidativo Yolanda Maria Garcia Pontos “show” no tratamento do estresse Walter Viterbo 16:00 - 16:30 INTERVALO INTERVALO INTERVALO 16:30 - 18:00 Coord: João Carlos Pereira Gomes PONTOS DE ACUPUNTURA CONCEITOS POLÊMICOS Hong Jin Pai VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS OMBRO DOLOROSO - TALK SHOW Moderador: Andre Tsai Arnaldo Acayaba George Nobusada João Paulo M. Bittar Maria Valeria D´Avila Braga DIETOTERAPIA Coord: Marco Broitman Acupuntura e Zang Fu com Dietoterapia e Dietopatologia Mauro Carbonar Alimentação e sua influência sobre o câncer Arilene Campos Viana Orientações alimentares no dia a dia do consultório Mauro Perini PRÁTICAS CORPORAIS 4 Maria Lucia Lee TERMOGRAFIA E ACUPUNTURA Coord: Carlos Alberto Parmagnani Fundamentos de termografia Marcos Leal Brioschi Revisão da literatura Joaci Oliveira de Araujo Casos clínicos Francisco J. V. de Souza voltar ao indice 11 SÁBADO - 22.NOVEMBRO - CONGRESSO HORÁRIO TEATRO SALA 1 SALA 2 07:30 - 08:00 SALA 3 PRÁTICAS CORPORAIS 2 Maria Lucia Lee 08:00 - 10:00 Coord: Yen Min Ming Trad: Pam Wen Lung IMPLANTE DE CATGUT EM PATOLOGIAS CLÍNICAS Chen, I-Ju - REP. CHINA COMBINAÇÃO DO USO DA ACUPUNTURA E TUINÁ Chiu, Jung-Peng - REP. CHINA VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS LOMBALGIA - TALK SHOW Moderador: Rosangela Bombonato Antonio Sergio B. Cavalcanti Satiko Imamura Shiguemi Isagawa José Eduardo Tambor Bueno MUSCULOESQUELÉTICA Coord: Marcio Travaglini C. Pereira Acupuntura em osteoartrite Paola Ricci Gonalgia Arlindo Antonio Cerqueira e Silva Tratamento da dor lombar aguda inespecífica com YNSA Alexandre Massao Yoshizumi Uso do ponto Xi para casos de dor Márcio Viana Lomônaco GINECOLOGIA - CLIMATÉRIO Coord: Luciano Ricardo Curuci de Souza Atualização José Mendes Aldrighi Diagnóstico pela MTC Lin Chen Hau Tratamento pela MTC Lilian Takeda Fitoterapia chinesa como tratamento Maria Valeria D’Ávila Braga 10:00 - 10:30 INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO 10:30 - 12:00 Coord: Wiily Nishizawa Trad: Jorge Cavalcanti Boucinhas O tratamento do AVC - Acidente Vascular Cerebral utilizando a Craniopuntura de Yamamoto (YNSA) Thomas Schockert - ALEMANHA VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS DEPENDÊNCIA QUÍMICA Moderador: José Eduardo Tambor Bueno Carlos Moriyama Leandro Valiengo Luiz Carlos Souza Sampaio MÉTODOS COMPLEMENTARES DA MTC Coord: Luciano Ricardo Curuci de Souza Abordagem neurofuncional na distrofia simpática reflexa Alvaro Laens Cafaro Experiência clínica no uso das ventosas no tratamento da dor Dirceu de Lavôr Sales NEUROLOGIA Coord: Valdir Mansur Boemer Acidente vascular encefálico Maurício Hoshino Paralisia facial Silvio Siqueira Harres Esclerose múltipla Doris Bedoya Henao WORKSHOP 1C Coord: Marcia Reguera Trad: Pam W. Lung Acupuntura nas lesões esportivas Liu, Chia-Yu - REP. CHINA WORKSHOP 2C Coord: Viviane Zveiter de Moraes Técnica de acupuntura baseada em mecanismo de ação na dor musculoesquelética Claudio Luiz Mendes Couto WORKSHOP 3C Coord: Eduardo D’Alessandro Trad: Li Shih Min Técnica de manipulação: tonificação-aquecimento e sedação-esfriamento Shiue Horng-Sheng - REP. CHINA 12:30 - 13:30 13:30 - 14:00 ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO 14:00 - 16:00 NEUROFISIOLOGIA DA ACUPUNTURA Coord: Jorge Kioshi Hosomi Fisiopatologia da dor Manoel Jacobsen Teixeira Dor neuropática Maria Teresa Jacob VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS PEDIATRIA - TALK SHOW Moderador: Breno Santana Leite Jorge Jodi Murata Sidney Brandão Elisabete Amaral Marcia Yamamura Lo Sz Hsien ELETROESTIMULAÇÃO Coord: Sergio Manoel R. R. Lessa Microcorrente Sinval Andrade dos Santos Eletroacupuntura em doenças neurológicas Jaime Yoshiuki Yamane Eletroacupuntura nas cefaléias e enxaquecas Rubens dos Santos Zanella SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL Coord: Dai Ling Síndrome dolorosa miofascial: o que é e atualizações Lin Tchia Yeng Dor miofascial - abordagem objetiva para o acupunturista Marcelo Saad Como eu trato síndrome bi de Jiao superior Mariangela Darella 16:00 - 16:30 INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO 16:30 - 17:30 Coord: Flora Vicentini ACUPUNTURA ESCALPENA DE WEN Wu Tu Hsing Coord: Maria Cristina C. L. M. Nogueira Tuiná no tratamento da dor e métodos complementares Hildebrando Sabato Acupuntura baseada nas estruturas Vinícius Antoniazzi Coord: Celia Yunes Portiolli Faelli Estética em acupuntura Maria Assunta Yamanaka Nakano Leila Ogata Ogusco Ademar Sikara Tanaka Coord: Fabíola Andrade Luz Posturologia pela orelha com o uso da cromoterapia Jorge Cavalcanti Boucinhas 17:30 - 18:00 ENCERRAMENTO voltar ao indice 12 RESUMOS DE PALESTRAS A LEI DO ATO MÉDICO E SUA REPERCUSSÃO NO DIREITO BRASILEIRO ALEJANDRO BULLÓN Trata-se de explanação sobre a Lei 12.842/2013 ( Lei do ato médico) e sua repercussão dentro do Direito Brasileiro. Os grandes ganhos que essa lei trouxe e a constatação inequívoca de que todas as profissões regulamentadas somente podem realizar atividades prévia e expressamente previstas em lei. Nesse sentido, a Le dio Ato Médico é a única lei no Brasil que define o que é o diagnóstico nosológico e que o médico é o profissional habilitado para realizá-lo. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 14 TALK SHOW: VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: MEDICINA ESPORTIVA ALEXANDRE MARTIN Quando se fala de medicina esportiva, instintivamente se pensa em esporte de alto rendimento, mas não é essa a realidade da maioria dos colegas do nosso meio. No entanto, onde o esporte vai ter maior impacto em saúde (e como médicos, nosso enfoque é a saúde) é quando é utilizado como recreativo, com benefícios estendidos ao maior número de pessoas. Saber tratar bem os esportistas e atletas de dia-a-dia é conhecer as particularidades das lesões que ocorrem no processo do desenvolvimento esportivo e conhecer os meandres de cada modalidade para que o processo de reabilitação se encaixe na rotina de treino. Deixar o atleta a vontade para treinar, seja para rapidamente estar pronto para um processo competitivo, seja para não abandonar uma atividade que lhe é prazerosa. A abordagem aos problemas relacionados ao esporte pode ser associada ao movimento esportivo, característico de determinada modalidade, analisando-se as necessidades de cada movimento e o impacto no atleta, segundo os meridianos e os padrões energéticos, de forma que se pode criar um perfil do atleta de determinada modalidade, criando abordagens com a medicina chinesa para tratamento e otimização do quadro. Dr. Alexandre Martin Pós- Graduado em Medicina Intensiva pela FUNDAÇÃO UNIMED - UNIV GAMA FILHO. Idealizador e Docente da LAMU - Liga Acadêmica de Acupuntura da UNICAMP/SP Pós-Graduado em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP/SP Especialista em Fitoterapia Chinesa pela CEFIMED/SP Especialista em Acupuntura Médica reconhecido pela AMB pelo C.E. INST. VAN NGHI/SP Graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP/SP * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 15 AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DA ACUPUNTURA PELA TÉCNICA DE YAMAMOTO PARA O TRATAMENTO DA LOMBALGIA AGUDA ALEXANDRE M. YOSHIZUMI Objetivo: Avaliar a efetividade da acupuntura utilizando o método de Yamamoto no tratamento de pacientes com lombalgia aguda inespecífica (LAI). Métodos: Oitenta pacientes com LAI foram convidados a participar de um estudo controlado, randomizado e duplocego. Os pacientes foram alocados aleatoriamente em grupo intervenção (GI) e grupo placebo (GP) e ambos foram submetidos a cinco sessões de acupuntura. O GI foi submetido a acupuntura verdadeira e o GP à acupuntura não-penetrante. Todos os participantes foram avaliados no T0, T3, T7, T14, T21 e T28 dias, antes e depois das sessões de acupuntura. Os instrumentos de avaliação utilizados foram: escala visual analógica para dor (EVA) antes (EVA1) das sessões de acupuntura e após (EVA2) as sessões de acupuntura; RolandMorris (RM), SF-36, escala visual de avaliação de melhora do paciente (EVAM P) e do avaliador (EVAM A), número de comprimidos de antiinflamatórios ingeridos e número de visitas ao pronto-socorro. Resultados: Oitenta pacientes completaram o estudo. O GI apresentou melhora significante quando comparado com o GP, para os desfechos: EVA1 e RM, após T14 (p<0,05); EVA2 (p= 0,007), EVAM P e EVAM A (p<0,001) em todos os tempos de avaliação; alguns domínios do SF-36, como dor, vitalidade, capacidade funcional e estado geral de saúde (p<0,05), além de um menor consumo de anti-inflamatórios quando comparado ao GP (p=0,004). Conclusão: Acupuntura foi mais efetiva do que o placebo diminuindo dor e consumo de antiinflamatórios, além de uma melhora da função e da qualidade de vida no tratamento dos pacientes com LAI. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 16 CARAPAÇA PSÍQUICA ALEXANDRE MASSAO YOSHIZUMI O termo “carapaça psíquica” foi descrito pelo Dr. Tran Viet Dzung, médico vietnamita discípulo do Prof. Dr. Van Nghi, e consiste na utilização de um conjunto de pontos para o tratamento dos problemas emocionais. 1. BP1 - mobiliza o pensamento e diminui a preocupação 2. VB40 - estimula a VB e permite a decisão 3. R3 - estimula a vontade e o stress (medo) 4. C3 - diminui a angustia e ansiedade 5. F4 - diminui a frustração e raiva 6. P10 - diminui a tristeza Se acrescentar os Pontos Auriculares: Rim, Coração, Fígado, Baço, Pulmão e Shen Men, teremos o conjunto de pontos da “carapaça intermediária” Para um tratamento mais completo, acrescentar os seguintes pontos: 1. Pontos auriculares: Rim, Coração, Fígado, Baço, Pulmão e Shen Men 2. Fortalecer o Po (alma sensitiva): ponto localizado entre os processos espinhosos da vertebra C3/C4, B13, B42, P9 e P10 3. Fortalecer o Zhi (vontade): ponto localizado entre os processos espinhosos da vertebra T7/T8, B23, B52, R3, VB40 4. Fortalecer o Hun (alma etéria): ponto localizado entre os processos espinhosos da vertebra C7/T1, B18, B47, F3 e F4 5. Fortalecer o Shen (mente): ponto localizado entre os processos espinhosos da vertebra C5/C6, B15, B44, C7 e C3 6. Fortalecer o Ye (pensamento): ponto localizado entre os processos espinhosos da vertebra T4/T5, B20, B49, BP3 e BP1 7. Ponto extra localizado do ponto VG24 em direção ao VG20 (desobstrução do céu) 8. Fortalecer o San Jiao (TA): VC17 (TAS), VC12 e E25 (TAM), VC5 e VC7 (TAI) A utilização de todos os pontos é conhecido como Carapaça Total. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 17 RESUMEN DE TRATAMIENTO DE CERVICALGIA Y OMALGIAS CON ACUPUNTURA NEUROFUNCIONAL ALVARO LAENS La patología cervical, es sumamente frecuente, tanto en su fase osteoarticular, patología degenerativa y discogénica, así como el dolor miofascial de origen cervical. Originan sufrimientos dolorosos a nivel de región cervical, o cervicocefalalgias de origen discogénico o muscular tensional, así como cervicobraquialgias y sindromes radiculares. Cada vez es mas frecuente esta afección, con componmentes posturales, físicos, emocionales y degenerativos en su patogenia. La patología dolorosa de hombro, uno de los síntomas mas frecuentes del aparato locomotor; mas del 90% de los casos de hombro doloroso, ocurre por alteraciones del complejo articular del hombro: manguito de los rotadores, cápsula articular y bolsas serosas. El sufrimeinto del manguito de los rotadores puede ser muy limitante, así como la capsulitis de hombro. Sistematizaremos en primera instancia el tratamiento en ANF tal como es el Sistema Modular. Tanto en el capítulo de cervicalgia, como de omalgia, mostraremos la correlacion que hay entre determinados puntos de acupuntura con los músculos correspondientes, con la inervación del músculo y con los segmentos medulares. Esto es básico para planificar el tratamiento en ANF También mostraremos los principales puntos gatillos de los musculos cervicales y de hombro, y el dolor miofascial que originan. Dr. Alvarop Laens- Vicepresidente Asociacion Uruguaya de Acupuntura. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 18 ABORDAJE NEUROFUNCIONAL EN DISTROFIA SIMPÁTICA REFLEJA (DOLOR REGIONAL COMPLEJO) ALVARO LAENS El Dolor Regional complejo es un cuadro sindromático, en el que el Sistema Nervioso Simpatico juega gran importancia en la perpetuacion y mantenimiento del cuadro clínico, agravación del mismo. S i no es tratado en forma correcta según la etiopatogenia que lo genera, en el tiempo adecuado, cuando mas precozmente sea es mejor, deja secuelas permanentes que generan trastrornos funcionales y limitantes importantes. Clínicamente se presenta con un dolor intenso y difuso en un miembro, trastornos vasomotores por disfunción simpatica y que se inicia posteriomente a un trauma físico o síquico, y puede llevar a la perdida de función de la extremidad afectada. Entre las causas mas comunes, tenemos injurias traumaticas, fracturas cerradas, yeso e inmovilizacón , y procedimientos operativos de elección. Por lo que vemos que se puede generar como un proceso evolutivo de procedimientos terapéuticos médicos. Mostraremos la fisiopatología, las etapas clínicas, diferenciaremos al dolor neuropático del nociceptivo, y mostraremos las distintas etapas evolutivas en el dolor agudo, subagudo y crónico, con sus componentes periférico, espinal y cerebralEn base a ello , hablaremos sobre la neuromodulación que produce la acupuntura, en sus distintos niveles,como se sistematizan los inputs acupunturales en ANF para el tratamiento, y como sistematizaremos el tratamiento con ANF para esta afección en particular, teniendo en cuentas, además de la clínica, su etiopatogenia y fisiopatología. Finalmente, mostraremos un estudio prospectivo que hemos realizado en el Servicio de Acupuntura del Hospital Militar con un seguimiento de 20 pacientes. Dr. Alvaro Laens- Vicepresidente y Docente AUA- Vicepresidente de FILASMA. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 19 LOMBALGIA, NOTAS DE DIAGNÓSTICO - TALK-SHOW: LOMBALGIAS ANTONIO SÉRGIO B. CAVALCANTI “Quando nos deparamos com a queixa de dor lombar, vale a pena alguma reflexão, relacionada aos diagnósticos possíveis, e como clinicamente faremos a abordagem. As estruturas locais inervadas, e que, por coseguinte podem traduzir informação nociceptiva são, o anel fibroso dos discos, as articulações facetáreas, os nervos segmentares e raízes, ligamentos, músculos e fáscias, entre outros. A faixa etárea, o sexo, o tipo de trabalho ou estilo de vida, facilidades sociais, o biotipo, a postura geral do sujeito, podem ajudar. Se a dor é de início súbito ou insidioso, se a dor ocorre espontaneamente, ou provocada por movimento específico, se a dor é só lombar, só na perna, ou lombar e na perna, pontos dolorosos, e o padrão de exame físico fisiátrico, ortopédico e neurológico, enfim a coleta adequada desses dados, permite uma boa aproximação do real diagnóstico na maioria das vezes. Ao final um padrão deveria ser imputado a cada doente, e em cada momento, ou época de atendimento. A seguir a confrontação desses padrões com os padrões de imagem, e evolução e bloqueios regionais específicos permitem um fino diagnóstico das causas da dor, o que promove a escolha dos tratamentos adequados, bem como elaborar um bom plano de prognóstico e atendimento. Sempre individualizado, e lembrando que esta doença - dor lombar pode ser dinâmica, mudando seus paradigmas conforme o desenvolvimento natural de cada pessoa.“ * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 20 ALIMENTAÇÃO E O CÂNCER ARILENE VIANA Diante da complexidade que é o câncer, e da multiplicidade de fatores envolvidos em sua gênese e desenvolvimento, somos detentores de poucas certezas. Apesar dos astronômicos investimentos em pesquisas, nada tem mudado os índices de crescimento progressivo de incidência e mortalidade da chamada “doença da civilização”. Nossas células se renovam diariamente, de modo que, aproximadamente a cada 7 anos TODAS as células do nosso corpo já foram substituídas por outras com iguais funções, e com especificidade. Mas é sabido também que, todos os dias, todas as pessoas produzem células sem especificidade e com alto poder de reprodução, anormais, sem propósito. São as células cancerígenas, que nosso sistema imunológico se encarrega de refrear e destruir. O indivíduo desenvolverá o tumor cancerígeno quando o sistema imunológico não realizar adequadamente esse serviço. Manter a saúde e a integridade do sistema imunológico é de vital importância para a prevenção e o tratamento do câncer. Se o tumor surge, é evidente que esse sistema está prejudicado, fraco e incapaz de cumprir suas atribuições com eficiência. Dos fatores conhecidos, recaem principalmente sobre os HÁBITOS as possibilidades diretas de se intervir, primeiro pelo desenvolvimento de uma conscientização, em seguida por uma imprescindível transformação bem orientada no estilo de vida, sobretudo nos hábitos alimentares, que constituem fator de grande importância na constituição de todos os nossos tecidos orgânicos e de enorme influência em seu modus operandi, ou seja, no todo do funcionamento orgânico. Esse trabalho pretende mostrar, dirigindo sua atenção para a ALIMENTAÇÃO, que podemos fazer algo mais para desarmar o câncer: a influência direta, perniciosa e sanadora dos alimentos na economia orgânica. Obviamente que esse pequeno estudo não pretende insinuar que se possa prescindir dos tratamentos convencionais por ocasião da existência do tumor, ou mesmo que esse fator, por mais atenciosamente bem-cuidado que seja, possa ser o responsável pela sua prevenção, mas que é algo que faz muita diferença tanto na prevenção como no tratamento e que DEVE andar junto com tudo aquilo que venha a se mostrar útil, valioso e verdadeiro na busca da saúde e na luta pela vida em se tratando, nesse caso, do câncer. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 21 ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DAS GONALGIAS ARLINDO ANTONIO CERQUEIRA E SILVA O tratamento das gonalgias com acupuntura apresenta beneficios para o alívio da dor, principalmente quando realizado no estágio precoce das patologias de joelho. Também podem ser obtidas melhoras importantes para os movimentos em geral,como flexão e agachamento. Quando já existem alterações orgânicas, os benefícios podem ser menores, bem como necessidade de maior número de aplicações de acupuntura. Os tratamentos preconizados podem combinar sessões de acupuntura, moxabustão, sangria e aplicação de ventosas locais. Recomendase evitar agulhamento profundo do joelho, para não atingir a cápsula articular. Outro tratamento a ser considerado é a técnica do “oposto” da Medicina Tradicional Chinesa, em que são feitas aplicações em pontos de acupuntura contralaterais ao joelho afetado e pontos de acupuntura a distância. O diagnóstico da lesão é muito importante, embora, independente deste, o tratamento com acupuntura sempre apresente algum alívio para os pacientes, com menor ingesta de fármacos e melhoria da qualidade de vida, principalmente em idosos em que outras formas de tratamento sejam inviáveis pela idade avançada e/ou doenças concomitantes. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 22 OMBRO DOLOROSO ARNALDO ACAYABA DE TOLEDO O ombro doloroso se enquadra no conceito da chamada Síndrome Bi ou Obstrução Dolorosa na Medicina Chinesa. Característica da Síndrome Bi: dor, sensibilidade ou formigamento dos músculos, tendões ou juntas, por obstrução do Qi e Xue devido à invasão dos meridianos e colaterais por vento/frio/umidade. Pode, entretanto, no conceito mais moderno, haver deficiência pré-existente do Qi e Xue ou estagnação devido à: 1. Força excessiva na execução dos movimentos, posturas incorretas no trabalho, movimentos repetitivos constantes, compressão de estruturas anatômicas levando à estagnação Qi e Xue; 2. Traumas 3. Alimentação desregrada, estresse, fadigas (física, mental e sexual) são fatores que enfraquecem a Energia Vital dos Zang Fu levando à má nutrição dos meridianos; o Qi e o Xue dos meridianos acometidos tendem a circular com dificuldade, ocasionando manifestações de deficiência ou excesso (quando penetra a energia perversa). Em ambos os casos pode ocorrer estagnação do Qi e do Xue, desencadeando sintomas de dor. 4. Fatores emocionais - raiva contida, mágoa, ressentimento estagnação do Qi; - tristeza, pesar, trauma esgotamento Qi e Xue. Esta Síndrome é, por definição, uma aflição dos Meridianos, em lugar dos órgãos internos. A dor e a sensibilidade são causadas por obstrução na circulação de Qi e Xue nos Meridianos, que pode ser por fatores patogênicos ou por deficiência do Qi dos órgãos. Quando fatores patogênicos (fatores externos, alimentação inadequada, mucosidade, estase de sangue) estão presentes, temos quadro de plenitude. Quando há deficiência do Qi dos órgãos temos quadro de deficiência. • TRATAMENTO O tratamento deve ter por princípio eliminar a dor, expelir os fatores patogênicos e fortalecer os Zang Fu (órgãos e vísceras), e é baseado na escolha dos pontos a partir dos grupos a seguir: 1. Técnica do membro oposto e do lado oposto à da região afetada - casos agudos. Insira profundamente, com forte estímulo, pedindo ao paciente movimentar o local doente. 2. Pontos locais e distais. Escolhidos de acordo com os meridianos e com a área envolvida. A seleção dos pontos distais leva em consideração as funções energéticas dos pontos de ação específica e suas relações neuroanatômicas e neurofisiológicas. 3. Ah-Shi points (pontos gatilho ou de desbloqueio). Têm característica de desbloquear o Qi do Canal de Energia sendo utilizados nos casos de bloqueios agudos. 4. Pontos de acordo com a Síndrome ou Padrão de Desarmonia (def. Qi e Xue, estase Xue, mucosidade, def. Yin Gan e Shen, etc.). 5. Pontos de acordo com o agente patogênico. 6. Outras técnicas (auriculoterapia, eletroterapia, craneopuntura). • TRATAMENTO DA ÁREA AFETADA O ombro doloroso é uma das afecções álgicas mais frequentes e aparece como manifestação de estagnação de Qi e de Xue que ocorre nos Canais de Energia Principais, Tendinomusculares, Curiosos e Distintos que passam pelo ombro. Os casos mais comuns estão ligados ao acometimento dos canais principais do Pulmão (Fei) e Intestino Grosso (Dachang), seguido do Intestino Delgado. - Ombralgia do Canal de Energia Principal do Fei (P) A dor localiza-se na região anterior do ombro, piora com movimentos de flexão e rotação interna do braço. Corresponde às bursites das regiões sub-acromial e coracóidea e à tenossinovite da porção longa do bíceps braquial. - Ombralgia do Canal de Energia Principal do Dachang (IG) A dor localiza-se na região lateral do ombro, piora com movimentos de abdução do ombro. Corresponde à tendinite do músculo supraespinhoso ou mesmo capsulite (característica Yang) ou calcificação do tendão supra-espinhoso (característica Yin). - Ombralgia dos Canais de Energia Principais do Xiaochang (ID) e Sanjiao (TA) A dor localiza-se na região posterior do ombro, piora com movimentos de extensão e rotação interna do ombro. Tratamento: IG15, TA14, ponto extra Jianneiling - pontos locais para todos os casos. A diferença se faz na direção da agulha; insere-se a agulha até obter o “Te Qi”, depois retira-se parcialmente e reinsere-se novamente em direção à(s) área(s) afetada(s); no caso do canal do ID, acrescentar ID11. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 23 VB34, E37, E38 (lado oposto, casos agudos, estímulo forte, em direção ao Be57) - pontos à distância; Tratar o Padrão de Desarmonia e os agentes etiológicos. Observação: Quando necessário, pela avaliação do médico, devem ser solicitados exames complementares (Ultra-sonografia, Ressonância Magnética, principalmente em suspeita de ruptura de tendão). Outro aspecto a ser considerado é a possível relação com problema postural levando a problemas da coluna com repercussão no ombro. Referências bibliográficas: - Yamamura, Y., Acupuntura Tradicional - A Arte de Inserir - 2a edição - Editora Roca, São Paulo, 2001. - Shangai College of Traditional Medicine. Acupuntura - Um Texto Compreensivo - Editora Roca, São Paulo, 1981. - Wang, L.G. Tratado Contemporâneo de Acupuntura e Moxibustão - CEIMEC, São Paulo, 2005. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 24 ACUPUNTURA NOS CONVÊNIOS - ESTRATÉGIAS E PERSPECTIVAS AUGUSTO KRAVCHYCHYN Serão analisados nessa apresentação os diversos aspectos relacionados à inclusão da acupuntura nos convênios médicos, a partir de uma perspectiva histórica e dinâmica. Serão discutidos também os procedimentos associados à acupuntura listados na CBHPM e no rol de cobertura obrigatória da ANS. Serão relatadas as estratégias definidas pelo CBMA concernente à implementação e consolidação dos procedimentos relacionados a nossa especialidade na Saúde Suplementar, bem como as estratégias da diretoria de defesa profissional objetivando uma melhor remuneração do médico acupunturiatra pelas operadoras de planos de saúde. Os colegas presentes serão orientados sobre como agir diante dos entraves impostos por muitas operadoras e também sobre como reagir diante do aviltamento de honorários que as mesmas vêm impondo aos acupunturiatras por elas conveniados. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 25 THE FASCINATION OF TRADITION: THE CASE OF AUPUNCTURE BARON FRANÇOIS BEYENS Author: Beyens François, MD, Brussels. Introduction: Acupuncture knowledge relies strongly on the weight and power of tradition, on sometimes blind continuity and on permanence. Objective: How far can we accept it? Methodology: 1. We shall briefly examine the concept of “Tradition”: where it comes from, how it evolves, how it can influence beliefs. Our existence is modelled according to our past, and then modified according to modern adaptations due to the progress in sciences and social behaviour, according to individual and group tendencies, according to art, techniques and cultural profiles. 2. By showing one example, the Midday-Midnight rule, we shall go back through the centuries, using a few well known classical Chinese - and modern books. Results: They will show an apparent inconsistency that has never been questioned. Conclusion: 1. To think about Tradition, especially in the case of acupuncture, gives us clues on where we should stand in front of this enormous amount of information. It allows us to examine from a distance the texts and references, the many schools, theories and techniques. Then we might see acupuncture from a different perspective. Tradition should not have the final vote. 2. A modern approach, analytical and critical, should strengthen our knowledge, making acupuncture more understandable and acceptable. This attitude will not destroy the concept of acupuncture, but on the contrary concentrate on the pragmatic usefulness of the technique. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 26 WHY AND HOW TO SIMPLIFY THE ACUPUNCTURE TREATMENT FOR FUNCTIONAL DISORDERS BARON FRANÇOIS BEYENS Baron François Beyens, MD, Honorary President of ICMART When dealing with functional disorders the picture is confused. The authors integrate the acupuncture approach into the TCM theory. Points are considered as having functions and indications like medicinal drugs, as if their effects could be observed and recorded in the same way. As a result the choice of points depends on the whole TCM approach and makes the situation unnecessarily complicated. It is called “herbalisation” of acupuncture, as if a point was the same as a drug. If you look into several manuals at, for example, the points for constipation and for diarrhea, there is a common nucleus of points for all their different patterns, so it is not really essential to make a TCM diagnosis. The same goes for Lung disorders. Whether there are patterns of Excess or Deficiency, there is a group of common points, to which one adds of course a few individual points depending on the symptoms. A fairly precise TCM diagnosis is necessary when you treat with plants, and it requires a solid knowledge of the theory. This process can be avoided when using acupuncture. We propose a simpler method based on a pragmatic approach, on the observation of many practitioners ‘ways of treating’, on logical thinking and, of course, on our own experience and treating protocols. This method has to be refined, and adapted to each practitioner. We start with the usual medical and gather the different kinds of symptoms. These point towards one or several disturbed functions. List of symptoms for each function are a help and good indicators. It is not necessary to make a TCM precise diagnosis (contrary to herbal therapy). Once the functions determined, through preconstructed tables it is easy to choose the relevant points to needle, with a certain latitude depending on the individual pathological profiles. In this approach western medical knowledge is essential to determine the limits of the treatment possibilities and to strengthen the efficiency of the results. We shall give a few examples to illustrate our position. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 27 DEADLINE OBESIDADE CARLOS EDUARDO MENDES DOS SANTOS A obesidade é um dos mais graves problemas de saúde pública. Uma epidemia global. Por milhares de anos o ser humano conviveu com a escassez de alimentos o que levou o nosso organismo a desenvolver sistemas de sobrevivência em situações precárias estando mais preparado para combater a falta de alimentos que o seu excesso. A estrutura genética não está preparada para enfrentar o excesso de gordura. Só que, na medida em que se consegue erradicar a miséria da população, a obesidade acaba despontando como um problema grave e frequente trazendo consigo uma série de doenças crônicas correlacionadas o que acaba sobrecarregando o sistema de saúde. Agravando esta situação, os tratamentos atuais são insatisfatórios, devido a estratégias equivocadas e mau uso dos recursos terapêuticos disponíveis. Dentro deste contexto tentarei apresentar a visão que a Medicina Tradicional Chinesa - Acupuntura tem sobre a obesidade e como pode interferir positivamente sobre esta, gerando uma condição emocional e orgânica apropriada para que haja a otimização do tratamento levando a um maior índice de sucesso. Segundo a MTC, tudo aquilo que se vê e tem forma diz respeito à Energia da Terra. Quando falamos de Obesidade, falamos de Volume, Forma e quando falamos em forma, estamos falando de Terra. O movimento Terra nos remete à Energia da Umidade e esta por sua vez ao BP (Pi). O BP (Pi) tem a função de metabolizar a Umidade, transformando-a em Secura. Quando isso não ocorre, a Umidade se materializa e se transforma em Mucosidade. Quando alcança o estágio de Mucosidade Fogo, pode se estabelecer em qualquer local do organismo. Quando no Tecido Celular Subcutâneo, provoca Edemas, Celulite, Lipodistrofias e Obesidade. Sabemos também que as atividades fisiológicas do BP(Pi) e do Estômago(Wei) estão intimamente ligadas. Logo, quando pensamos em tratar a Obesidade, temos que pensar em tratar o BP(Pi), levando calor para ativar a sua função, e também o Estômago(Wei). Uma Síndrome Pi-Wei a ser tratada. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 28 ACUPUNTURA NAS DOENÇAS IMUNOLÓGICAS CÉLIA REGINA WHITAKER CARNEIRO *Célia Regina Whitaker Carneiro, M.D., Ph.D. O Sistema Imunológico, componente do eixo neuro-psico-imuno-endócrino, tem como função auto-reconhecimento e defesa. Encontra-se hipofuncionante nas imunodeficiências e ativado inadequadamente nas alergias e doenças autoimunes. Células do sistema imunológico, presentes em inflamações (substrato anátomo-patológico de muitas doenças), tem origem na medula óssea, apresentando assim uma estreita relação com o Shen, que não só armazena o Jing (inato e adquirido) como é fonte de Yuan Qi. Assim, abordam-se pacientes imunodeficientes pela Acupuntura, tonificando-se o Shen (VG4 + B23 + B52 + R2 + R3 + R7 + R10 + VC4 + VC6); estimulando pontos para medula óssea (IG16 + VB39) e o Xiaojiao (B22 + B51 + VC5 + VC7). Doenças alérgicas de hipersensibilidade imediata tem como fisiopatologia a plenitude do Gan Yang, fazendo contradominância ou dominância em Fei e/ou Pi, respectivamente, na maioria dos casos. O tratamento exige harmonização do Gan (Shu-Mo/Yuan) e a tonificação dos órgãos alvo; além do estímulo do VG14 pelos efeitos antitérmicos/ antipiréticos/antiinflamatórios e exteriorização de Wei Qi [E5 + E9 + VC22 + VC23 (cabeça/tórax); E30 + F13 + F14 + VC12 (abdômen); R16 (cavidade peritoneal) e IG4 + IG11 + B57 (extremidades)]. Pontos Mo do Sanjiao devem ser utilizados (Shangjiao: VC17; Zhongjiao: VC13 + VC12 + VC10 + E25; e Xiaojiao: VC5 + VC7). Abordar componente emocional. A fisiopatologia da autoimunidade envolve todos os Zang: carga genética (Shen); falha na seleção de linfócitos no timo (Shen/Gan) e nos linfonodos (Xin); inflamação (umidade/calor: Pi/Gan); fatores emocionais (Xinbao). O tratamento envolve a tonificação do Shen e do Xiaojiao, harmonização do Gan e Xinbao, circulação de Yong Qi e tratamento do Qi ancestral (VC17 + VC6), além de tirar umidade (E40 + E37 + E25 + VC12 + BP9) e calor (IG4 + IG11 + VG14). Puntuar BP4 (Chong Mai) é mandatório pois este carreia o fogo vital do Mingmen, distribui o Yuan Qi para os Zang/Fu, regulariza o fluxo de Qi e de Xue e influencia a geração de Yong Qi e de Wei Qi. No tratamento das emoções, diminuir a raiva com F4 e o ponto intervertebral entre C7 e T1; amenizar a preocupação com BP1 e o ponto entre T4 e T5; para a tristeza, estimular P9 e o ponto entre C3 e C4; e, para aumentar a vontade/motivação puntuar entre T7 e T8. Em todos os pacientes é proveitoso acalmar a mente utilizando pontos clássicos (CS6, C7, VC17, Yintang e VG20). * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 29 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA ASMA CELSO TABOSA O tema sobre asma é muito relevante, pois, trata- se de uma doença inflamatória crônica que afeta 10% da população mundial, sendo que a OMS estima cerca de 30 milhões de asmáticos em todo o mundo e no Brasil estima-se 20 milhões de asmáticos é a quarta principal causa de internação no SUS. Serão apresentados os mecanismos patológicos da asma na visão ocidental e da MTC, assim como os mediadores químicos envolvidos na asma e a sua etiofisiopatogenia e mecanismos de hipersensibilidade, todo esse conhecimento é importante para o diagnostico e tratamento. Sob o aspecto ocidental será orientado o diagnóstico conforme as ultimas Diretrizes da sociedade brasileira de Pneumologia para manejo da asma e Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, envolvendo o diagnostico clinico, funcional e alergológico. Será abordado também o diagnostico pela MTC. Apresentaremos uma abordagem cientifica contemporânea da modulação neuroendócrina da resposta imune na asma com acupuntura. No final apresentaremos resumo de alguns trabalhos científicos, destacando o trabalho da universidade de Heidelberg (Alemanha) sobre efeitos imunomodulatórios da ACP na asma, e um trabalho publicado no Jurnal of Chinese Medicine sobre tratamento da asma com “três pontos, cinco agulhas e uma ventosa”. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 30 URTICÁRIA CHEN MEI ZOO Patogênese: liberação de mediadores químicos, sendo o mais a histamina contida nos mastócitos a, mais importante deles. A degranulação de mastócitos é decorrente de mecanismos imunológicos e não imunológicos, resultando na liberação de histamina nos tecidos adjacentes e na circulação sistêmica. A histamina causa eritema e edema, levando à formação das urticas. As causas da urticária incluem fatores internos como deficiência constitucional, deficiência de Qi e sangue, deficiência de Wei Qi ou distúrbios emocionais; e fatores externos como invasão do vento patogênico, ataques por toxinas como substâncias presentes em tintura para cabelo, cosméticos ou excesso de alimentos condimentados, gordurosos ou frutos do mar que podem se transformar em calor e gerar vento interno. Manifestações clínicas: pode ocorrer em qualquer faixa etária e área do corpo. As lesões cutâneas são placas eritêmato-edematosas de variadas formas e tamanhos e que podem confluir. Geralmente vem acompanhado de prurido. Etiologia e patologia: - Invasão do vento patogênico - Fatores emocionais - Distúrbio do baço e estômago - Deficiência de Qi e sangue - Outros fatores: picada de insetos, pólen, parasitoses, medicamentos Identificação de padrões e tratamento: 1) De acordo com os meridianos afetados: - Vento invadindo meridianos Yang: GV14, SP10 e ST36. - Umidade invandindo o meridiano do baço: BL20, LI11 e ST36. - Secura no sangue gerando vento que invade o meridiano do fígado: SP6, SP10 e LR2. 2) De acordo com a localização: - Cabeça e face: TE 23, LI 20 e GB20. - Abdômen: CV12. - Região lombar: BL13 e BL23. - Membros inferiores: ST32, GB31, ST36 e BL40. 3) De acordo com a etiologia: - Vento-calor: GV14, GB20, GV20 e BL40. - Disarmonia do baço e estômago: BL25, CV12, LI14 e ST36. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 31 ACUPUNCTURE IN SICCA SYNDROME CHIA-YU LIU Chia-Yu Liu 1, 2, 3 1 Linsen and Chinese Medicine Branch, Taipei City Hospital, Taipei, Taiwan 2 Institute of Traditional Medicine, National Yang-Ming University, Taipei, Taiwan 3 School of Traditional Chinese Medicine, College of Medicine, Chang Gung University, Taoyuan, Taiwan Abstract Sjögren’s syndrome, also known as“Sicca syndrome,” is a diffuse connective tissue disease in which immune cells attack and destroy the exocrine glands that produce tears and saliva. Clinical symptoms of the disorder typically involve dryness of the mouth and eyes. In addition, Sjögren’s syndrome may affect other exocrine glands and organs of the body and cause multisystem signs and symptoms such as fatigue and joint pain. There are currently no known curative treatments for Sjögren’s syndrome. Management is symptomatic and the most common treatments are prednisone, immunosuppressant, and symptomatic support. Non-pharmacological techniques such as acupuncture or mild electrostimulation can be used to improve symptoms. In our experience, BL1 (Jingmíng), BL2 (Zanzhu), ST1 (Cheng qi), ST2 (Sibai), TB23 (Sizhukong), GB1 (Tongziliao) are commonly used for dry eyes. Among these acupoints, intraocular acupuncture of BL1 and ST1 is an effective method to increase lacrimal gland secretion. This approach could provide satisfactory response within 3 months in many cases. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 32 ACUPUNCTURE IN ACUTE SPORT INJURY CHIA-YU LIU Chia-Yu Liu 1, 2, 3 1 Institute of Traditional Medicine, National Yang-Ming University, Taipei, Taiwan 2 Linsen and Chinese Medicine Branch, Taipei City Hospital, Taipei, Taiwan 3 School of Traditional Chinese Medicine, College of Medicine, Chang Gung University, Taoyuan, Taiwan Abstract Acupuncture is an effective treatment for sports injuries because it reduces pain, increases range of motion, increases recovery and healing time, and strengthens weakened parts of the body. In traditional theory, these effects are accomplished during treatment because acupuncture could relax muscles and relieve spasms, lower the body’s pain response, and improve local blood circulation to increase delivery of nutrients and removal of noxious elements. Sprain and strain of the joint and surrounded tissue are one of the most common sports related injuries (sprain involves the ligament and strain involves muscle or tendon). Besides pain, the typical inflammatory response may include swelling of the injured area, redness or purple skin discoloration, and reduced range of motion of the joint. Our acupuncture method is a novel approach to reduce acute pain by changing the fashion of tension. Based on the anatomy of body fascia, pain could be though as the result of abnormal turning of fascia tension. Application of local and distant superficial acupuncture could guide the fascia return to the normal fashion. This approach provides remarkably fast reduction of pain and recovery of range of motion in many cases. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 33 TALK SHOW: CEFALÉIA CHIEN HSIN FEN Dra. Chien Hsin Fen, moderadora da mesa. A cefaléia é altamente prevalente na população mundial. No Brasil, a prevalência é de 15% para migrânea, 13% para cefaleia tipo tensão, 22% para provável tipo tensional e de 6,9% para cefaleia crônica diária. A taxa eleva quando se estimar a prevalência de qualquer cefaleia que é de 65% por ano. Devido à importância da dor de cabeça na qualidade de vida dos afetados, esse talk show tem o intuito de ser uma atividade interativa e informal para fomentar a troca de informações entre os palestrantes e o público. Neste painel, teremos a presença de 4 especialistas que abordarão o tema sobre abordagem e terapia da cefaléia de acordo com diferentes pontos de vista e conceitos orientais e ocidentais. A primeira etapa consistirá de uma apresentação breve de 5 a 10 minutos de como cada especialista trata o tema e a seguir será aberta a sessão ao público que se dirigirá para os palestrantes para discussão. Referência Queiroz LP, Peres MF, Kowacs F, Piovesan EJ,Ciciarelli MC, Souza JA, Zukerman E . A nationwide population-based study of migraine in Brazil. Cephalalgia. 2009 Jun;29(6):642-9. Queiroz LP, Peres MF, Kowacs F, Piovesan EJ,Ciciarelli MC, Souza JA, Zukerman E. A nationwide population-based study of tension-type headache in Brazil. Headache. 2009 Jan;49(1):71-8. Queiroz LP, Peres MF, Kowacs F, Piovesan EJ,Ciciarelli MC, Souza JA, Zukerman E. Chronic daily headache in Brazil: a nationwide population-based study. Cephalagia. 2008 Dec;28(12):1264-9 Junior AS, Krymchantowski A, Moreira P, Vasconcelos L, Gomez R, Teixeira A. Prevalence of headache in the entire population of a small city in Brazil. Headache. 2009 Jun;49(6):895-9. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 34 COMO LER E INTERPRETAR UM ARTIGO CIENTÍFICO CHIN AN LIN Os artigos científicos que mais interessam na prática do dia-a-dia são, de uma maneira geral, estudos primários e estudos secundários. Os primeiros compreendem normalmente os estudos clínicos controlados, aleatorizados e duplos cegos. Os segundos compreendem análises e revisões sobre estudos clínicos. Os que fazem uma revisão de estudos clínicos com métodos explícitos reproduzíveis são chamados de revisão sistemática, enquanto que os que empregam uma síntese matemática dos resultados de dois ou mais estudos primários que testam uma hipótese são as meta-análises. Alguns aspectos merecem destaque, como uso de fontes de onde se extraem estudos a serem analisados (medline, ccochrane, etc), qualidade da metodologia, precisão dos resultados, validade dos resultados, etc. devem ser avaliados na hora da leitura. Os estudos primários ou clínicos devem ser lidos com atenção devido aos erros sistemáticos e vieses na escolha dos objetos de pesquisa, na população escolhida e na grandeza dos resultados obtidos. Para se mensurar os resultados, são necessários a escolha dos métodos estatísticos para a análise dos dados. Essas informações são fundamentais na hora que esses são lidos e interpretados, ademais, a significância da diferença achada nos resultados é também muito importante, não se deve apenas se impressionar devido ao valor do p. Muitas vezes a significância estatística não traduz a significância clínica, e vice versa. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 35 TÉCNICA DE ACUPUNTURA BASEADA EM MECANISMO DE AÇÃO NA DOR MUSCULOESQUELÉTICA CLAUDIO COUTO O tema da Acupuntura Baseada em Mecanismos de Ação é discutido através do desmembramento do tema em três questões: 1. Qual Racionalidade Médica serve de base para a prática de uma acupuntura neurofuncional?; 2. Existe algum benefício real em selecionar áreas de estímulo com agulhas baseando-se exclusivamente em neurofisiologia? É possível tratar dor crônica com agulhas sem focarse no estímulo de aferências sensoriais genéricas? O tema é abordado como preposto de uma Prática Médica Baseada em Evidências e os tópicos são esclarecidos com exemplos reais conforme relatos da literatura médica e rotinas ambulatoriais do Serviço de Dor e Acupuntura do Município de Porto Alegre. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 36 TRATAMENTO DA INFERTILIDADE PELA MTC DÉCIO TESHIMA Estima-se que 10% da população mundial apresente problemas relacionados à infertilidade. O tratamento da infertilidade pela MTC é realizado predominantemente na mulher e depende da fase do seu ciclo menstrual (fase proliferativa, ovulatória ou secretora), das características do ciclo (duração da menstruação, coloração do sangramento, presença ou não de coágulos e dismenorréia, intervalo entre as menstruações e sintomas de TPM) e do cronograma de tratamento nas clínicas de reprodução assistida (coito programado, inseminação uterina ou FIV). Segundo a MTC, os padrões de desarmonia relacionados à infertilidade são: Quadros de Deficiência: • Deficiência de Yang dos Rins • Deficiência de Yin dos Rins • Deficiência de Sangue Quadros de Plenitude: • Frio no útero • Umidade no Jiao Inferior • Calor no Sangue • Estagnação Qi • Estagnação Sangue DEFICIÊNCIA DE YANG DOS RINS Quadro clínico: sensação de frio pelo corpo todo, humor depressivo, extremidades frias, diminuição da libido, retenção hídrica, lombalgia e ciclo menstrual prolongado (ovulação tardia). Tratamento: R13 (ponto Chong Mai), R3, B23 e B52 (tonificar Rim), VC4 (moxa, tonificar Rim e fortalecer o útero), P7 e R6 (regular o Chong Mai), VC8 (aquecer o Rim) e E28. DEFICIÊNCIA DE YIN DOS RINS Quadro clínico: infertilidade de longa data, sudorese noturna, tontura, calor, insônia, pele e cabelos secos, ansiedade e agitação, idade mais avançada, ciclos curtos. Tratamento: VC4 (tonifica Rim), VC7 (nutrir Yin), R3 e BP6 (nutrir Yin Rim), R13 (ponto Chong Mai), P7 e R6 (regular o Chong Mai), B52 (nutrir a essência do Rim). Evitar moxa e uso de clomifeno. Recomenda-se o uso de fitoestrogênios pois possuem natureza Yin DEFICIÊNCIA DE SANGUE Quadro clínico: menstruação escassa, sangue pálido, cansaço, tontura, visão borrada, depressão, atraso menstrual. Tratamento: VC4, E36, B17 e BP6 (nutrir sangue), R13 (ponto Chong Mai), B20 e B23 (tonifica BP e Rim para nutrir o sangue), Zigong Recomenda-se alimentos ricos em ferro Evitar esforços durante a menstruação FRIO NO ÚTERO Quadro clínico: dismenorréia, menstruação com coágulos, sensação de frio durante a menstruação, fluxo menstrual reduzido, ciclo longo. Tratamento: VC2 (moxa para dispersar frio no útero), VC4 (moxa para aquecer o Yang Rim), VG4 (moxa para fortalecer o Du mai), R7 e B23 (tonificar o Yang Rim), VC7 e VG4 (aquecer o útero). Recomenda-se bolsa de água quente em baixo ventre UMIDADE JIAO INFERIOR Quadro clínico: dor na ovulação, secreção vaginal aumentada, obesidade, inchaço, ciclo menstrual demorado, ovários policísticos, hidrossalpinge ou obstrução tubária, cistos ovarianos e congestão endometrial. Tratamento: VC3 (resolver a umidade), Zigong (remover obstrução Jiao inferior), E28, BP9, BP6, VC9 (resolver a umidade), P7 e R6 (regular Ren Mai), E30 (ponto Chong Mai que revigora o sangue), R14 (elimina estagnação água), B32 (drena umidade genital), VB41 e TA5 (regula o Dai Mai e drena umidade), VB26 (ponto Dai Mai, drena umidade genital), B32 e VC4 (para alterações tubárias). Evitar doces, laticínios, carboidratos e alimentos gordurosos. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 37 CALOR NO SANGUE Quadro clínico: ciclos curtos (mais de uma menstruação por mês), fluxo menstrual aumentado, agitação, sensação de calor durante a menstruação Tratamento: IG11, BP10, R2, F3, BP6, B17 (refresca o sangue), VC4 (fortalece o útero e nutre o sangue), P7 e R6 (nutre Yin). ESTAGNAÇÃO DE QI Quadro clínico: TPM, dismenorréia, mastalgia tipo distensão, irritabilidade e ciclos irregulares Tratamento: F3, VB34, TA6 e CS6 (mover o Qi), VC4 (fortalece o útero), VC6 (mover o Qi no Jiao inferior), R14 (ponto Chong Mai), BP4 e CS6 (regula Chong Mai e domina o Qi rebelde). ESTAGNAÇÃO DE SANGUE Quadro clínico: menstruação com coágulos, dismenorréia, ciclos irregulares, irritabilidade, dor pélvica crônica e tumores pélvicos (miomas, pólipos, etc). Tratamento: F3, VB34, B17, BP10, BP6, CS6 (elimina estase sangue), VC4 (fortalece útero), BP4 e CS6 (regula Chong Mai), R14 (revigora sangue no Jiao inferior), E29 (revigora sangue), R6 e P7 (regula Yin Qiao Mai) Mulheres submetidas aos ciclos de reprodução assistida devem iniciar as sessões de acupuntura 2 a 3 meses antes do início do tratamento, mantê-las durante o uso das medicações de estimulação ovariana e realizá-las principalmente no dia da transferência de embriões. De modo geral, as sessões de acupuntura têm uma periodicidade semanal antes do tratamento e, durante a estimulação, devem ser indicadas até 2 vezes por semana. Protocolo de Paulus e col (2002) modificado e sugerido para o dia da transferência de embriões: ANTES: CS6, VC4, VC6, BP8, VG20, Yintang, E29 e F3 IMEDIATAMENTE APÓS: IG4, BP6, BP10 e E36 AURICULO: Shenmen, útero e endócrino * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 38 O USO DAS VENTOSAS NO TRATAMENTO DA DOR DIRCEU DE LAVOR SALES No período neolítico da China, o tratamento que se baseava na geração de vácuo como as ventosas era conhecido como método do chifre, pois naquela época eram usados chifres aquecidos que, aplicados sobre a pele, levavam à formação de vácuo. A técnica era usada principalmente no tratamento de variadas doenças e na drenagem de pus. Nas últimas décadas, o uso das ventosas no tratamento da dor vem se notabilizando. Vários especialistas têm relatado expressivos resultados no tratamento de manifestações álgicas de variadas disfunções: síndrome dolorosa miofascial, lombalgias inespecíficas, artroses, neuropatias, entre outras, o que vem dando credibilidade ao método. Acredita-se que, quando aplicada em regiões específicas da pele, as ventosas aumentam a resposta à produção de neuromediadores por efeito reflexo das funções neuroquímicas, chamada reação neuroepidérmica. Sua aplicação promove vasodilatação momentânea e, ao ser retirada, o vaso volta a sua condição normal, submetendo a sua parede a um exercício, o que o torna mais resistente. Os estudos científicos sobre o uso das ventosas no tratamento da dor são pouco expressivos. Existem variados tipos de ventosas e muitas técnicas de aplicação. Na nossa experiência, temos usado as ventosas de plástico associadas a instrumento de formação de vácuo, e dado preferência a técnicas das ventosas fixas e móveis. De acordo com as características de cada paciente e circunstâncias do quatro álgico, alternamos as duas técnicas em uma mesma aplicação. Os resultados obtidos, tanto em clínica privada quanto no serviço público direcionado ao tratamento da dor, têm sido surpreendentes. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 39 EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E TRATAMENTO DA DEPRESSÃO COM ACUPUNTURA DIRCEU DE LAVÔR SALES A depressão é uma disfunção que faz parte dos chamados transtornos afetivos e do humor. Vem tomando caráter epidêmico em todo o mundo. Apesar disso, não existe ainda uma definição precisa acerca de suas causas ou o melhor tratamento a seguir. A sua prevalência média é de aproximadamente 16% da população mundial e é duas vezes mais frequente em mulheres, embora não se saiba o porquê disso. A possível influência de fatores ambientais é complexa e até o momento não se conseguiu definir com clareza nenhuma correlação entre depressão, condição socioeconômica, educação ou estilo de vida. Embora o estresse seja com frequência considerado um fator precipitante ou determinante, a relação causal entre este e a vulnerabilidade a um transtorno depressivo não está clara. A associação entre eventos geradores de estresse e o início de um episódio depressivo maior parece ser mais forte para o primeiro episódio do que para os episódios subsequentes. O curso natural do transtorno depressivo maior, embora pontuado por períodos de normalidade, parece seguir um padrão recorrente, e episódios ocorrem mais frequentemente e com maior intensidade na ausência de tratamentos bem sucedidos. Um episódio depressivo não tratado geralmente dura de 6 a 24 meses, embora o tratamento possa reduzir bastante esse período. Sobre as possíveis disfunções neuroquímicas relacionadas à depressão, nenhuma anormalidade foi identificada como responsável única relacionada à fisiopatologia dos transtornos depressivos. Alterações na norepinifrina, na serotonina, na dopamina, na acetilcolina, em opioides e no ácido gama-aminobutírico - GABA foram descritas. A visão simplória de que a depressão ocorreria simplesmente por uma diminuição na oferta de neurotransmissores na fenda sináptica de neurônios do SNC está um tanto ultrapassada. Importantes estudos têm demonstrado que os distúrbios de humor, com ênfase na depressão, talvez surjam em decorrência de uma série de alterações: disfunções em receptores pré e pós-sinápticos para neurotransmissores, desregulação de sistemas de segundos mensageiros, da transcrição gênica e de fatores neurotróficos e a turnover celular (Duman et al., 2000., Manji et al., 2000, Reiach et al, 1999). Estudos clássicos da função endócrina em pacientes com depressão identificaram como sua possível causa a desregulação do eixo hipotálamohipofisário-adrenal (Arana et al., 1987; Carroll et al., 1981; Posener et al., 2000.). Parece que a desregulação de cortisol associada a estresse transitório em pacientes com história de trauma ou de abuso na infância está relacionada a uma disfunção nesse eixo. Pesquisas das últimas décadas vieram atestar que a inserção de agulhas de acupuntura em pontos específicos do corpo provoca fenômenos de neuromodulação em três níveis: periférico (local), espinal e supraespinal, resultando em liberação de variadas substâncias neuromoduladoras com normalização de funções motoras, sensoriais, autonômicas, neuroendócrinas, de controle de expressão emocional, além de corticais espinais. (Cheng & Pomerans, 1980; Mayer Price & Refii, 1977; Sjolund & Eriksson- 1979; Souvannakiti e cols., 1993, Wu & Deng, 1993). Em relação ao efeito da acupuntura no tratamento da depressão, existem importantes estudos que a referendam como um bom método de tratamento, como os de Luo, Jia e Zhan (1985), Lou e cols (1990), Yang (1994) e Han (1996). No trabalho de Luo, em estudo randomizado prospectivo que contou com 241 pacientes, foi comparado o efeito da eletroacupuntura com o da amitriptilina. Nos dois grupos estudados houve melhora substancial da doença depressiva, sem qualquer diferença nos índices de recorrência a longo prazo. Segundo a medicina chinesa, a depressão surgiria em decorrência de distúrbios emocionais prévios, como raiva, ressentimento, preocupação, ansiedade, tristeza, que gerariam disfunções nos Zang-Fu: Gan, Pi, Xin, Shen e Fei. Dentre os padrões envolvidos, o mais prevalente e importante seria o da Estagnação do Qi de Gan, que, por mecanismo de dominação, invadiria Pi, levando ao comprometimento da função de transporte e transformação, com consequente acúmulo hídrico e mucosidade, com perturbação da função dos Zang Fu e surgimento dos distúrbios emocionais. Outros padrões relacionados a depressão são: ansiedade, prejudicando Xin, deficiência de Xin e Pi, deficiência do Yin de Gan. A proposta de tratamento se baseia em: 1- identificar e tratar a desarmonia de base; 2- acrescentar os pontos externos da bexiga: B42, B44, B47, B49, B52; 3- providenciar correção dos hábitos alimentares, minimizando o máximo o uso de açúcares, gorduras (saturadas e trans) e aditivos químicos; 4- iniciar ou incrementar a prática diária de atividade física. No caso de insucesso, recorrer à técnica da eletroacupuntura e estudar a possibilidade de associação medicamentosa. Como esquema da base para tratamento da depressão através da acupuntura sugiro: F3, PC6, BP6, E40, C7, B20, B15, B18, Ren15, Ren14, R6, F8, B42, B 44, B47, B49, B52. Realizar duas aplicações por semana em dois tempos (pontos da região ventral e pontos da região dorsal) de no mínimo 20 minutos. Os resultados obtidos são variáveis e dependem de cada caso. Dirceu de Lavôr Sales: Especialista em clínica médica, acupuntura, homeopatia e clínica de dor. Pós graduação em Psiquiatria. Presidente do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura-CMBA, Coordenador adjunto da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Federal de Medicina. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 40 ACUPUNTURA E ESCLEROSE MÚLTIPLA DORIS BEDOYA HENAO A Esclerose Múltipla é uma das doenças mais comuns em adultos jovens que compromete o SNC (Sistema Nervoso Central). É caracterizada como doença desmielinizante, pois lesa a mielina, prejudicando a neurotransmissão. A mielina é um complexo de camadas lipoproteicas que envolvem e isolam as fibras nervosas (axônios), permitindo que os nervos transmitam seus impulsos rapidamente, ajudando na condução das mensagens que controlam todas as atividades conscientes e inconscientes do organismo. Os axônios sofrem danos variáveis, em conseqüência do processo inflamatório, o que culmina com acúmulo de incapacitações neurológicas. Os pontos de inflamação, desmielinização, evoluem para resolução com formação de cicatriz. Forma que o organismo lança mão para curar a inflamação, só que com isto perdemos função tecidual (“a cicatriz como testemunha”). O tratamento com acupuntura para esclerose múltipla não consiste em curar o paciente, mas de auxiliar o tratamento no alívio dos sintomas e no retardo do progresso da doença. A acupuntura escalpeana tem ajudado pacientes com disfunções do sistema nervoso, incluindo lesões da medula espinal e esclerose múltipla. O tratamento mediante um microssistema localizado pode estimular o fluxo de energia (Qi), praticamente em qualquer parte do corpo. A eficácia é ainda maior quando o tratamento e iniciado logo após a lesão ou aparecimento dos sintomas. Dr. Edythe Vickers, desenvolveu um guia Terapêutico específico para ser utilizada por acupunturistas: Quando as lesões primárias estão no cérebro, utiliza-se a Zona 1 de Eding, puncionando ao longo do VG em direção para a face. Com isto se pretende melhorar a visão e claridade mental. Se as lesões primárias estiverem no pescoço, utilizamos a Zona 1 de Dingzhen. Para tonificar o sistema rim/fígado inserimos uma agulha da Zona 3 de Eding para a Zona 4 de Eding, puncionando ao longo do VG em direção à parte posterior da cabeça. Se o paciente está sofrendo de uma desordem da bexiga então puncionamos apenas a Zona 4 de Eding. Para as pessoas que têm fraqueza, sensação de formigamento ou outras desordens que afetam os braços e as mãos, puncionamos então a Zona 2 Dingnie, com a agulha apontando para a face (para E 8). Se o problema afetar um lado do corpo, o lado oposto do couro cabeludo é puncionado, mas se afetar ambos os lados, puncionamos os dois lados do couro cabeludo. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 41 IDENTIDADE DA ACUPUNTURA - REFLEXÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE VALIDAÇÃO DA PESQUISA DURVAL DIONISIO SOUZA MOTA* A partir do conceito de eficácia sob os pontos de vista Ocidental e Oriental , segundo François Julien, o autor propõe uma reflexão sobre os processos de construção da verdade a partir do modelo científico, tão caro à civilização ocidental. Apropriando-se dos conceitos de Paul Feyerabend, sugere que a Teoria da Racionalidade é uma visão de mundo. Padrões e regras que utilizamos só tem sentido em determinada estrutura. Assim, a pesquisa quantitativa tem como um de seus limites a determinação prévia de resultados. Entendendo ser a Medicina, uma ideologia, uma expressão cultural, nossos instrumentos culturais de medição que separam realidade de aparências mudam e tem que mudar quando nos movemos de uma cultura a outra. Considera então, ser possível avaliar padrões de racionalidade e aperfeiçoá-los, pois todas as metodologias têm seus limites. Segundo Einsteim “não é realmente estranho que os seres humanos sejam normalmente surdos ao mais forte argumento, ao passo que estão sempre inclinados a superestimar as precisões de medidas”. Esta é a regra em Epidemiologia, Demografia, Genética, entre outras áreas de conhecimento. Há vários mapas diferentes da realidade, de acordo com uma variedade de pontos de vista científicos. No caso da ciência, há popularidade, familiaridade com alguns resultados e a crença de que são importantes. *médico acupunturista, Doutor em Antropologia, professor convidado do curso de Pós-Graduação em Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura da Universidade Federal Fluminense (UFF) - Niterói, RJ. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 42 DOR PÓS-MASTECTOMIA EDUARDO D´ALESSANDRO O câncer de mama é a neoplasia mais frequente em mulheres e seu tratamento é eminentemente cirúrgico. Sendo um cirurgia oncológica esta tende a ser mais “agressiva” e consequentemente termina por ocasionar dor crônica pós-operatória em até 20% das pacientes. Esta dor é caracterizada com um quadro misto de neuropatia e dor nociceptiva com queixas de queimacão axilar, limitacão de amplitude de movimento em ombro, peso e pontadas em cintura escapular. Desde 2010 temos acompanhado pacientes nesta situacão e após alguns anos de pratica desenvolvemos uma formulacão de pontos para abranger a maioria dos quadros apresentados pelas pacientes. Agora em 2014 estamos prontos para submeter a publicação o resultado de 50 pacientes tratadas com esta formulação, dados que apresentaremos nesta oportunidade. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 43 FOGACHOS EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA EDUARDO D´ALESSANDRO Frequentemente as pacientes em tratamento para neoplasia mamária são submetidas a bloqueio hormonal por apresentarem tipo histológico responsivo a hormônios. Tal menopausa iatrogênica gera alguns efeitos colaterais como ondas de calor, labilidade emocional, fadiga, cefaléia e insônia, quadro que pode ser identificado na MTC como Sd. de defict de Yin do Shen ou então incoordenação entre Xin e Shen. Abordagens como tratamento com venlafaxina, vitamina E e chá de amora apresentam baixa efetividade no controle das ondas de calor. A acupuntura se mostra como terapêutica promissora para estes casos com estudos clinicos demonstrando resposta de 60 a 30% de diminuição de eventos com resposta mantida até 6 meses após as sessões. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 44 TALK SHOW: VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: PEDIATRIA ELISABETE AMARAL “Inicialmente será citado quando começaram as atividades do ambulatório de Acupuntura no Instituto da Criança. Para abordar as vivências de acupuntura em pediatria serão descritas as patologias mais atendidas no ambulatório. Será descrita ainda a origem da clientela e, pelo fato da maior parte ser oriunda da Unidade de Dor e Cuidados Paliativos do ICr a queixa principal é a dor. Em seguida será descrita a rotina do ambulatório e quais técnicas mais utilizadas. Serão citados os instrumentos utilizados para fazer as avaliações na admissão e durante o acompanhamento e quais são os objetivos desejados em relação aos pacientes. Quanto às evidências da acupuntura em pediatria, será abordada a dificuldade de levantamento de literatura cientifica nessa faixa etária em comparação com adultos. Essa dificuldade será exemplificada com 3 situações atendidas no ambulatório: fibromialgia juvenil, cefaléia e pacientes oncológicos. A apresentação será finalizada com a citação de um trabalho realizado no ambulatório sobre tratamento da fibromialgia juvenil com acupuntura publicado na Revista Paulista de Pediatria em 2012.” * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 45 Peso * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. Latejante Oftálmica B-2 + Dor musculatura posterior Constante Irradiação inferior Sintomas de Xue (sangue) Pirose Polifagia Xerostomia Empachamento pós-prandial Pontada Frontal Dr. Felipe Caldas de Oliveira Prof. Dr. Ysao Yamamura ACUPUNTURA Sono não reparador Cefaléia catameneal Sintomas do Gan (F) Gan (F) /Dan (VB) Yang Peri menstrual Trajeto posterior Cervicogênica Sintomas de Gan (F) Yang Sintomas de Shen (R) Vazio do Shen (R) Sintomas de Xue (Sangue) Gan Xue (sangue) RNM de crânio Dor em choque Wei (E) Sintomas do Wei (E) Sono não reparador OBS: Os diagnósticos não são excludentes 3 – O diagnóstico de cefaleia por afecção dos meridianos tendinomusculares é dado com uma dor que piora ao Xie qi (E. Perversas) associado à: aversão ao Xie qi (E. Perver-sas), ponto de reunião doloroso e presença de pontos Ashi tornando-se diagnóstico diferencial em todas as localizações 2 – A dor pelo Xie Qi (E. Perversas) pode ocorrer em diversas regiões, - Sintomas sistêmicos (febre, perda de peso...) - Fator de risco para cefaléia secundária (HIV, CA) - Sinais e sintomas neurológicos alterados (estado de alerta confusão, incapacidade, ou a consciência) - Início súbito - Início das crises após 50 anos (arterite de células gigantes) - Primeira crise ou crise mais intensa Vazio do Shen (R) Xie Qi (E. Perversa) vento-frio Meridiano Tendinomuscular Yang do pé/mão3 Piora e aversão ao Xie Qi (E. Perversa) Vento no Gan (F) Dor em tração Rinorréia aquosa Mialgia Xie Qi (E. Perversa) vento-calor Sintomas do Shen (R) Compressão nervosa lesão central Yin Qiao Mai Sonolência diurna M. Distinto do Sanjiao (TA) Xie qi (E. Perversas)2 Hiperemia Febre Odinofagia Holocraniana Yang Qiao Mai Facial Fator emocional: “Quero resolver e não posso” “Tenho que resolver, mas não quero” 1 – Sinais de alarme Normal Pangguang (B) Dor musculatura posterior Gan (F) /Dan (VB) Yang Irradiação posterior Du mai VB-20 doloroso Gan (F) Sintomas do Gan (F) Irradiação anterior Yang Qiao Mai Occipital Vazio do Shen (R) Sintomas do Shen (R) Pontual Pangguang (B) Trajeto posterior Sono não reparador Yang Qiao Mai Du mai Gan Xue (sangue) Wei (E) Re (fogo) Vazio Pi/Wei (BP/E) Temporal Localização Vértex Afastar patologias orgânicas Lesões expansivas, AVE, aneurisma, neurite, pós-herpes zoster, arterite, meningite, encefalite, abscesso, sinusite, mastoidite, otite, HAS, DHEG, hipertensão intracraniana, intoxicação exógena, abstinência, disfunções endócrinas e metabólicas, traumatismo, pós-punção lombar, dor talâmica Avaliar sinais de alarme1 Roteiro diagnóstico Cefaleia •Occipital •Vértex •Frontal •Oftálmica Trajeto Posterior Yin Qiao Mai •Facial Yang Qiao Mai •Facial •Frontal •Vértex •Occipital Du Mai •Occipital •Vértex •Frontal Pi/Wei (BP/E) •Frontal •Facial Gan/Dan (F/VB) •Temporal •Vértex •Frontal •Occipital •Facial Shen/Pangguang (R/B) •Occipital •Holocraniana •Vértex •Facial •Oftálmica Resumo ROTEIRO DIAGNÓSTICO CEFALEIA FELIPE CALDAS DE OLIVEIRA voltar ao indice 46 RINITE ALÉRGICA FERNANDO IORATTI CHAMI Rinite é um termo utilizado para nomear o conjunto de sinais e sintomas relacionados ao desenvolvimento de um processo inflamatório crônico na mucosa respiratória das fossas nasais. É a doença crônica mais comum em seres humanos, atingindo uma em cada sete pessoas. Aparece na infância ou na adolescência, sendo que somente 30% dos pacientes desenvolvem os primeiros sintomas após os trinta anos de idade. Existem diversos tipos de rinites sendo os mais comuns os processos desencadeados por distúrbios alérgicos ou vasomotores, esses relacionados com mudanças de temperatura. Outros tipos comuns são as irritativas, desencadeadas por fatores irritantes como fumaça e fuligem, e a medicamentosa, desenvolvida devido ao uso de medicações nasais descongestionantes. Os pacientes podem apresentar sintomas de maneira sazonal, relacionados a algum período particular do ano, ou possuírem um quadro perene com exacerbações periódicas, nos quais as crises se agravam. O processo desencadeado na mucosa respiratória nasal culmina com a liberação de histaminas responsáveis pela reação inflamatória característica, responsável pela persistência e agravamento progressivo dos sintomas. Frequentes em nossa rotina de atendimento, esses pacientes possuem como sintomas principais e característicos crises esternutatórias, congestão conjuntival, obstrução, coriza e prurido nasal. É comum a associação desses sintomas principais com complicações como sinusites, otites, amigdalites, asma e alterações respiratórias durante o sono. Diminuições da concentração e do rendimento escolar, da resistência e da capacidade física são comuns em pacientes com rinite, demonstrando a existência de comprometimento da qualidade de vida de crianças e adultos. Quanto mais precoce é instituído um plano de tratamento, menores são a repercussão clínica e as chances de aparecerem complicações. Diversos tipos de tratamentos existem para o controle das crises e diminuição da frequência com que elas se instalam. O uso de medicações anti-histamínicas e descongestionantes e anti-inflamatórios nasais estão entre os mais utilizados. Quando se submetem ao tratamento com acupuntura, os pacientes apresentam menor frequência de exacerbações de seus sintomas e, quando aparecem, possuem uma menor intensidade, sendo mais facilmente controlados. Dessa maneira podemos diminuir a utilização abusiva de medicações e prevenir o aparecimento de complicações. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 47 TERMOGRAFIA E ACUPUNTURA, FUNDAMENTOS DE TERMOGRAFIA, REVISÃO DE LITERATURA, CASOS CLÍNICOS FRANCISCO J. VIEIRA DE SOUZA A termografia infravermelha é a técnica que permite o imageamento de objetos através do sensoreamento da radiação infravermelha (térmica) naturalmente emitida pelos mesmos. (definição ISO/TC 135/SC8). A técnica é amplamente aplicada em área militar, na engenharia, na eletrônica e ciência em geral. A medicina demorou muito tempo para adotar a temperatura corporal como sinal vital. Somente no século XIX o termômetro e as escalas de calor passaram a ser adotadas pelos médicos. Em comparação, na(Tradicional Medicina Chinesa)-TMC o calor e as suas nuanças sempre foram analisadas ora pelo Yin/Yang, pelo conceito de QI (Energia) ou pelo Yang renal, como fator de equilíbrio, ou em patologias febris.A termografia ou imagem infravermelha é a captação e a medição do calor à distancia do corpo. Qualquer objeto que esteja acima do zero grau absoluto, Zero Grau Kelvin, emite irradiação infravermelha. A diferença é que o corpo biológico, além de ser um agregado de massa atômica, também produz calor através do metabolismo. O corpo produz calor e controla a sua distribuição pelo córtex cerebral, hipotálamo, pela pele e outros mecanismos, inclusive hormonais. O aumento do calor está relacionado ao alimento, a bebida, as drogas, remédio, exercício físico, ao funcionamento da tireóide e ao metabolismo dos músculos esqueléticos. A temperatura interna do corpo (core) fica em 37o.C com mais ou menos - 0,5 o C. A temperatura externa do corpo (shell) varia entre 33 à 34,5 oC. A imagem IR ou simplesmente infrared, tem outras denominações mais antigas como termometria cutânea, termografia computadorizada infravermelha, ou imagem térmica infravermelha digital(digital infrared thermal imaging- DITI). Consta na tabela da associação médica brasileira (AMB) com o código 39.01007-4 e na CBHPM com a denominação de termometria cutânea. A câmera infravermelha-IR consegue visualizar e criar a imagem digital do calor emitido dentro do espectro eletromagnético invisível que fica entre 7 à 14 mu(micrômetros). A câmera transforma a irradiação invisível em image com paletas de cor e calcula a temperatura do objeto à distância. Recentemente, com a revolução eletrônica digital, as máquinas de captação de imagens térmicas sofreram um significada melhoria tanto na qualidade de definição de imagem como na facilidade de armazenamento. As principais aplicações da IR na medicina são: 1- Visualização da dor. Através da microcirculação é possível detectar a origem da dor, devido a característica autonômica dos vasos. 2- Escanear o corpo para a verificação de doenças reumáticas, vasculopatias (diabéticas p.ex), radiculopatias e neuropatias. 3- Acompanhamento terapêutico com a comparação de imagens antes e depois do tratamento. 4Perícia médica com a verificação de presença de dor ou simulação que pode ocorrer quando não existe alteração anatômica presente pelos exames de imagens(RX, Tomografia, etc.). A imagem IR é funciona e demonstra a região inflamada ou de dor, em comparação com as imagem de RX ou Tomografia computadorizada, que exibem somente a estrutura anatômica. Certas imagens IR, demonstram algumas discrepânciais entre a magnitude das lesões e dor referida. Pequenas lesões, documentadas pela Ressonância Magnética, são documentadas pela IR, com áreas extensas de neuropatias. O contrário também existe, ou seja, uma grande lesão com pequena área de neuropatia periférica. Em acidente de transito, a termografia pode detectar as vítimas fatais à distância, pela ausência de irradiação térmica infravermelha, dos corpos, e detectar as vítimas fatais Facilita assim, com atendimento mais rápido, aos que podem estar vivos. A termografia médica também pode detectar a hipertermia febril em multidões, como no desembarque em alfândegas, fazendo a primeira triagem em passageiros provindos de áreas epidêmicas, como nos episódios recentes de gripe H1N1 ou Ebola. Na clínica de acupuntura, além dos diagnósticos acima mencionados, a IR cria novas possibilidades como: 1- Revalidar certos dogmas da TCM. Quando se vê a imagem IR de um corpo inteiro, a primeira impressão éa vi sualização do QI, da energia corporal térmica que é impossível de ver a olho nu. 2- Apresença visual do equilíbrio YIN/YANG como fator de saúde, através da distribuição simétrica da imagem IR. 3 - Melhor entendimento em procedimentos de palpação de áreas abdominais, meridianos, pontos de acupuntura-PA e pulsos radiais. Após o uso clínico de IR em clínica de acupuntura, a palpação torna-se menos física e mais fisiológica, com a noção do mapeamento térmico e suas consequências neurofuncionais. 4 - Pesquisar a teoria dos meridianos e pontos de acupuntura PAs. A IR não detecta normalmente a presença de PAs ou Meridianos. Contudo, em certos tratamentos por agulhas, podem surgir alterações térmicas visíveis nessas regiões ( PAs e Meridianos). 5 - Comparar os resultados, em tratamentos de dor, entre as técnicas de agulhamento seco ou em PAs., como forma de validar a teoria de meridianos PAs. 6 - Visualização de PGs, associado ou não aos PAs. 7 - Follow up- o acompanhamento terapêutico de imagens IR antes e após o tratamento por Acupuntura. Contudo, existem vários problemas técnicos a serem resolvidos na termografia médica: 1- Falta de software para análise automáticados distúrbios térmicos funcionais do organismo. 2- Diagnóstico diferenciado do envelopes térmicos em paciente com uso de determinada droga, hormônio etc. 3- Detecção automática das imagens falsas ou artefatos térmicos. 3- Protocolos mais confiáveis para observação da mama e a detecção precoce de CA de mama. 4- Protocolo mais confiável para analisar imagens IR de pessoas obesas. O futuro da termografia IR médica está nos softwares mais inteligentes, comlo garitmos capazes criar relatórios mais confiáveis, que possam ser confrontados com exames clínicos. Além disso, a fusão de imagens do RX, Tomografia ou da Ressonância Magnética, com imagens funcionais-IR, em uma única imagem, poderão ser, em breve, uma possível evolução natural para o diagnóstico por imagem na medicina. Na Acupuntura, o futura da IR vai gerar novas possibilidades em pesquisa para a confirmação de diversos paradigmas da TMC, que atualmente não são aceitos pela biomedicina. No presente estudo será apresentado diagnósticos de patologias e disfunções, através de 10.000 imagens IR captadas, ao longo de 3 anos, na Clínica de Acupuntura de Brasília. SOUZA, FRANCISCO JOSÉ VIEIRA; CLiNICA MEDICA DE ACUPUNTURA DE BRASÍLIA! WWW.ACUPUNTURADEBRASILIA.COM.BR! [email protected] * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 48 FIBROMIALGIA GEORGE ISSAMU NOBUSADA O Colégio Americano de Reumatologia (1990) definia a fibromialgia como sendo uma afecção crônica de saúde que causa uma dor generalizada e intensa com sensibilidade aumentada ao toque. Acomete o lado direito e esquerdo do corpo, acima e abaixo da cintura. A incidência é de dois a quatro por cento da população, na maioria, mulheres. Ainda de acordo com o Colégio Americano de Reumatologia,l é a segunda causa de dores da população. Não existindo exames complementares para o diagnóstico da fibromialgia. O site do CDC ( Center of Disease Control and Prevention ) relata que em 2010 o Colégio Americano de Reumatologia mudou a metodologia diagnóstica de Fibromialgia, definindo-a como sendo “Uma doença de etiologia desconhecida, caracterizada por dor generalizada, com sensibilidade anormal à dor, distúrbio do sono, fadiga, angústia, também associada a outros sintomas: rigidez matinal, parestesia de mãos e pés, cefaleia, enxaqueca, síndrome do colo irritável, distúrbio do sono, alterações cognitivas de pensamento e memória. Vamos abordar de modo claro e objetivo esta afecção e o seu tratamento com a acupuntura, de acordo com a fisiopatologia oriental e ocidental. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 49 DOR NO OMBRO GEORGE ISSAMU NOBUSADA É uma queixa frequente, que acomete as pessoas independentemente do sexo, cor, raça, idade, condição social ou profissional. Ocorre mais frequentemente em pessoas que trabalham em posições que causam mais tensão nos músculos dos ombros, loco regionais cervicais. Os hábitos posturais incorretos, tais como exercícios físicos, dirigir carro por muito tempo acentuam as dores. O tratamento com acupuntura é eficaz,mas deve ser acompanhado da mudança postural. Quando a pessoa vai dormir, já está com dor no ombro, quando acorda essa dor está mais intensa. Por que isso ocorre? * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 50 DIAGNÓSTICO PELA LÍNGUA EM MTC-SINAIS DE ALARME E COMO TRATAR? GISLAINE CRISTINA ABE [email protected] Introdução Na Medicina Tradicional Chinesa (MTC), existe referência ao câncer desde o século 16. Segundo a teoria da MTC, ele seria originado, principalmente, da estagnação com formação de mucosidade e calor. Mas existem fatores individuais associados, protetores ou facilitadores do crescimento de células malignas, como a defesa imunológica, o estilo de vida, o equilíbrio emocional, a prática de atividade física, o tipo de dieta alimentar, dentre outros. Esses fatores contribuem tanto na gênese como na fase de recuperação, após o diagnóstico da doença. Existem vários trabalhos que reportam o uso da acupuntura para melhorar alguns sintomas durante o tratamento com quimioterapia e radioterapia, e no alívio da dor. Também a fitoterapia chinesa tem sido muito estudada no combate ao câncer. Um dos aspectos importantes da MTC em “oncologia integrativa” é a avaliação clínica minuciosa e individualizada dos pacientes. O equilíbrio energético, na MTC, corresponde às oscilações fisiológicas necessárias para manter a homeostase. Portanto, a avaliação clínica da MTC pode contribuir para a avaliação do estado de equilíbrio interno (homeostase). O restabelecimento da homeostase é fundamental para que haja possibilidade de recuperação do quadro patológico. Indivíduos com mais energia segundo a MTC, têm maior força de recuperação da homeostase, indivíduos com menos energia possuem capacidade de recuperação menor. Percepção do estado de desequilíbrio homeostático (alostase) - estado pré-doença Na medicina ocidental não há como se mensurar o estado homeostático. Os exames complementares, como hemograma ou dosagem bioquímica sanguínea, não diferenciam as oscilações, somente quando já estão muito alterados e saem da faixa de variação da normalidade. Isso também ocorre nos exames de imagem. Na medicina preventiva, o cuidado na orientação dos pacientes deve ser redobrado. Mudanças de hábito alimentar, fumo, e atividade física, são consideradas práticas saudáveis de autocuidado. Porém, atualmente alguns questionamentos têm sido feitos a respeito de exames preventivos, como a mamografia, ou mesmo o PSA, que são indicados na triagem do câncer de mama e de próstata, pois ambos exibem uma taxa de sobrediagnóstico alto, havendo questionamento entre riscos e benefícios da realização desses exames. O sobrediagnóstico gera sofrimento, pois são orientações para indivíduos sem doença aparente, que causam impacto emocional, financeiro, além de desgastes com procedimentos diagnósticos e terapêuticos, muitas vezes desnecessários. A MTC tem uma base muito consolidada no diagnóstico através do interrogatório e exame físico, não necessitando de exames complementares para a conclusão do diagnóstico sindrômico. Assim, as queixas que não são enquadradas como doença, e não são consideradas relevantes na medicina ocidental, podem ser compreendidas num processo contínuo de adoecimento. Essas modificações são passíveis de tratamento pela MTC, ou seja, há possibilidade de atuação num estado pré-doença. Restabelecimento da homeostase (alostase) após a doença A segunda questão, após a manifestação da doença: como avaliar a recuperação ou poderíamos alterar o prognóstico se tivéssemos recursos para avaliar se a homeostase está sendo restabelecida e doença controlada? Qual a contribuição da MTC? Nesse aspecto a ação da acupuntura se estende desde a diminuição de sintomas, até a melhora do estado geral, contribuindo com fatores imunológicos e bioquímicos na recuperação do câncer. A acupuntura é recomendada por muitas equipes de oncologia para o alívio de náuseas após quimioterapia e dor. Outras terapias também são utilizadas e estão em fase de pesquisa. Inspeção da língua A inspeção da língua e palpação do pulso são considerados de extrema importância na avaliação sindrômica da MTC, orientando o tratamento e a avaliação de prognóstico. A MTC é clara: a inspeção da língua é parte do exame físico e faz parte da diferenciação entre síndromes. A língua pode se apresentar como: 1. Língua normal; 2. Língua alterada - indivíduo com sintomas; 3. Língua alterada - indivíduo doente; 4. Doença própria da língua. Por outro lado, as alterações das características da língua podem ser: 1. agudas, 2. crônicas reversíveis, 3. crônicas irreversíveis. (slide) Inspeção da língua e câncer Ainda não foram identificados padrões peculiares na investigação de câncer (ou na fase pré-câncer), na inspeção da língua, pois ele se manifesta em diferentes órgãos. O padrão deve ser de estagnação, com mucosidade calor. Mas, a experiência clinica mostra uma característica importante quando falamos de doenças crônicas não transmissíveis: perda de vitalidade da língua. (fotos – casos clínicos) Alguns grupos de pesquisadores têm observado a língua na diferenciação entre síndromes em casos de câncer. Um estudo pesquisou a relação entre algumas características da língua e a sobrevida dos pacientes, outro correlacionou algumas características da língua e o tipo de evolução da doença, segundo classificação sindrômica. A definição de parâmetros replicáveis é importante na medicina ocidental. As pesquisas necessitam de padrões que possam ser reproduzidos em outros locais. A inspeção da língua esbarra nessa dificuldade. Um instrumento criado pela equipe do ambulatório de MTC do setor de investigação de doenças neuromusculares foi desenvolvido para ser usado em doenças crônicas, incluindo doenças neurodegenerativas, objetivando: 1. padronização de conceitos entre especialistas da área de MTC para melhor a concordância do exame para uso em pesquisas; * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 51 2. uso em medicina integrada, em equipes multidisciplinares da área de saúde, especialistas ou não em MTC; Um trabalho realizado em 2003, publicado esse ano (2014), com um grupo de para-atletas brasileiros com acupuntura para dor persistente mostrou melhora significativa, porém um atleta não obteve melhora no índice de dor. Esse para-atleta possuía seqüela de poliomielite, havendo suspeita que ele estivesse em evolução para o quadro de síndrome pós-poliomielite (desgaste de energia do Rim) devido às características da língua. Mas anos depois ele faleceu com câncer hepático. Isso nos alertou para a importância da comunicação entre as equipes, pois a gravidade observada na inspeção da língua e registrada como não resposta à acupuntura, foi compreendida apenas pela equipe de MTC. Desde que as pesquisas iniciaram, registramos periodicamente por meio de fotografia, indivíduos sem queixas de doenças. Alguns registros foram feitos de indivíduos que posteriormente desenvolveram doenças graves. Esse número ainda é pequeno, e não permite generalizar resultados, mas são dados importantes para se compreender melhor o processo de adoecimento. (fotos) Elaboramos uma sistematização para a inspeção da língua e o projeto piloto foi apresentado no XVI Congresso Brasileiro de Acupuntura promovido pelo CMBA, em Salvador-BA, em 2011. O artigo completo, descrevendo o exame padronizado, com uma escala de gravidade e cronicidade, foi aceito para publicação na Revista Neurociência (“Tongue inspection: a protocol to integrate neurology and traditional Chinese medicine”), e estará disponível online para consulta. O modelo procura ser claro quanto às características da língua e de suas variações (do normal ao gravemente afetado). (slides) A inspeção da língua pode ser feita por profissionais de MTC; por profissionais da área médica não especialistas em MTC; e pela população em geral (auto-inspeção). Em cada caso existem particularidades no exame da língua que devem ser abordadas. Para profissionais especialistas em MTC, existe a atenção para sinais de gravidade, principalmente manchas, concentração de saburra, cor de saburra, ou lesões em áreas específicas. Também o desvio de língua sem lesões anatômicas no sistema nervoso central já foi relatado como síndrome para neoplásica associado com outras manifestações neurológicas, além de alterações de movimento associados a tumor de SNC. Além disso, existe a possibilidade de se confrontar com uma lesão pré-cancerígena, ou cancerígena propriamente dita, da própria língua. O que fazer? O primeiro curso realizado com esse objetivo foi o “Curso de inspeção da língua segundo teoria da Medicina Tradicional Chinesa”, voltado para profissionais da área de saúde. A utilização da inspeção da língua por profissionais da área de saúde não especialistas visa oferecer instrumentos para auxiliar a escolha de técnicas terapêuticas, abordando um conceito de que pode haver conflito na escolha da terapia ocidental, de acordo com o padrão individual do paciente (exemplos). A compreensão do trabalho do acupunturista e introdução à teoria da MTC, para haja possibilidade de comunicação entre profissionais (exemplos), é fundamental em equipes multidisciplinares. O curso também visa oferecer um parâmetro clínico que possa ser usado na identificação de gravidade da doença e, novamente, na escolha da terapia mais adequada (exemplos). O segundo curso “Auto inspeção da língua segundo teoria da Medicina Tradicional Chinesa para conservação da saúde e práticas de autocuidado”, teve a participação estendida para o público em geral, sendo complementar ao primeiro. Foi realizado o treinando do auto-exame da língua, reforçando a utilização de práticas não médicas da MTC de autocuidado (qigong, princípios de dietoterapia, automassagem, meditação), combinando com o padrão da língua. Durante o curso, os alunos puderam visualizar as modificações na língua com mudanças no padrão de alimentação e prática de qigong. (fotos) Conclusões: A compreensão e a padronização da inspeção da língua entre os profissionais são fundamentais em equipes multidisciplinares, principalmente em oncologia integrativa. A língua é um recurso amplamente utilizado para avaliação clínica de síndromes na MTC, mas especialmente nos indica parâmetros de normalidade (homeostase), de agravamento (pré-doença), ou de estadiamento (doença). O câncer ainda não teve suas marcas específicas identificadas na língua. De acordo com a teoria da MTC, as principais características encontradas na língua são: presença de estagnação e mucosidade-calor, alterações fixas, e perda de vitalidade. Estudos que incluam a inspeção da língua como parâmetro preventivo ainda são um desafio, mas as avaliações seriadas de populações saudáveis, com follow-up estendido, podem fornecer respostas no futuro. Referências: Abe, G. C. ; Ramos, P. E.; Fontes, S. V.; Yonamine, B. T. S.; Mello, C. A. S.; Quadros, A. J.; Chun, W. 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Qualidade de vida nos pacientes oncológicos: revisão integrativa da literatura latinoamericana. Journal [Internet]. 2010; 12(3): Disponível em: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v12i3.6957. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 53 INFERTILIDADE HELENA CAMPIGLIA A infertilidade feminina é normalmente acompanhada por alto grau de sofrimento e expectativa pelos casais que sofrem o problema e a abordagem da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) oferece a possibilidade de tratamento de muitas pacientes. Contudo, em alguns casos a MTC é mais eficaz que em outros, por isso é fundamental realizar o diagnóstico tanto na Medicina Ocidental quanto na MTC para a indicação do tratamento e prognóstico. Pacientes com ovários policísticos, por exemplo, terão sem dúvida maiores chances de sucesso no tratamento com acupuntura do que aquelas com obstrução tubária. Uma vez elucidado o diagnóstico clínico, prossegue-se com o diagnóstico que chamamos de energético, revelando o estado global da saúde e orientando o tratamento através da acupuntura. Na Medicina Tradicional Chinesa (MTC), da qual a acupuntura faz parte, duas ou mais pacientes com o mesmo diagnóstico, como por exemplo, a endometriose, poderão receber tratamentos distintos, pois na Medicina Chinesa não se trata a doença e, sim, o indivíduo como um todo. O tratamento, pela acupuntura, da infertilidade pode ser considerado, basicamente, de dois modos diversos. O primeiro diz respeito à facilitação da gestação em pacientes que desejam se tratar pela Medicina Chinesa sem o uso da reprodução assistida; o segundo referese ao auxílio prestado pela acupuntura às técnicas de reprodução assistida, quando necessárias. A acupuntura pode ser um bom método auxiliar para as pacientes que vieram a optar pela fertilização assistida. Nesses casos, a acupuntura pode: 1) Diminuir os efeitos colaterais das medicações utilizadas (em geral hormônios), tais como irritabilidade, aumento de peso, inchaço, dores de cabeça, mal-estar geral do corpo. 2) Melhorar a qualidade dos óvulos que serão utilizados naquele ciclo. 3) Melhorar a irrigação do útero, contribuindo, assim, para a nidação e desenvolvimento do embrião. 4) Diminuir a ansiedade inerente a todo o processo. 5) Criar um espaço de relaxamento, consciência corporal e promoção da saúde, tirando a mulher de um padrão onde ela se sente uma máquina de produzir óvulos e devolvendo o seu bem-estar corporal e auto-confiança. Esta apresentação visa discutir tanto o diagnóstico quanto o tratamento da infertilidade feminina na Medicina Tradicional Chinesa, promovendo uma discussão sobre a acupuntura inserida no contexto atual da fertilização assistida e a acupuntura utilizada como método isolado de tratamento. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 54 TRANSTORNOS EMOCIONAIS HELENA CAMPIGLIA Esta breve apresentação sobre vivências e evidências dos transtornos emocionais e a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) tem como objetivo levantar a principal questão: Quais são de fato os transtornos emocionais que podem ser tratados pela MTC? Qual a expectativa de melhora dos pacientes em tratamento pela MTC? Pois doenças como a esquizofrenia ou psicoses tem um prognóstico muito mais complexo e o tratamento pela MTC passa a ser paliativo, devido à seriedade dessas patologias. Então quando podemos esperar que a MTC seja de real auxílio? Transtornos ansiosos, depressão leve, insônia que são mais corriqueiros e de mais fácil abordagem respondem bem à acupuntura e outras técnicas da MTC? Estes serão os tópicos abordados com exemplos de casos clínicos durante a apresentação. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 55 SÍNDROME FIBROMIÁLGICA HELENA H. S. KAZIYAMA É uma síndrome dolorosa crônica caracterizada por dor difusa e dolorimento muscular, acompanhada de alteração na qualidade do sono, fadiga e depressão. Afeta cerca de 1 a 3% da população em geral. A etiologia da fibromialgia é mal compreendida, mas vários estudos nos últimos anos têm fornecido evidências para não é só funcional, mas alterações estrutural, eletrofisiológico e neuroquímico no sistema nervoso central dos doentes com síndrome fibromiálgica. Estes resultados destacam o papel da disfunção do sistema nervoso central nesta síndrome, que é cada vez mais considerada como uma “síndrome da dor disfuncional” relacionado com mudanças no processamento da dor central que afetam principalmente os sistemas de modulação da dor. A etiologia e a fisiopatologia não estão totalmente esclarecidas o que explica a dificuldade no tratamento dessa condição. O diagnóstico da SFM também está sendo reformulado, pois os critérios de classificação da fibromialgia pelo CAR de 1990 foram baseados somente na dor em pontos dolorosos e os sintomas não foram contemplados. Posteriormente foi descrito os critérios preliminares para o diagnóstico de S. fibromiálgica pelo CAR 2010, onde as três condições forem preenchidas: A) Índice do dor difusa (IDD) ≥ 7 e escore de sintoma de gravidade (ESG) ≥ 5 ou IDD 3-6 e ESG≥ 9. B) sintomas apresentado no nível similar por pelo menos 3 meses. C) ausência de desordem que poderia explicar a dor. 1) Índice do dor difusa (IDD): observar o número de áreas nas qual o paciente tem tido dor na última semana. Em quantas áreas a paciente tem tido dor? Escore será entre 0 e 19 : Cintura escapular D e E; Braço D e E; Antebraço D e E; Face lateral do quadril D e E; Coxa D e E; Perna D e E; Mandíbula D e E; Tórax; Abdôme; região cervical, Dorsal e Lombar. 2) Escore de sintoma de gravidade (ESG): o nível de gravidade na última semana? Escore será entre 0 e 12 para fadiga, sono leve não reparador; sintomas cognitivos, utilizando a seguinte escala: 0 = sem problemas; 1= leve; 2=moderada, 3= intensa. O tratamento para esta síndrome ainda é um desafio. Apesar de novos fármacos apresentarem melhora parcial ainda é necessário associação de tratamentos farmacológicos (antidepressivos duais, anticonvulsivantes) e não farmacológicos (educação, atividade física, terapia cognitivo comportamental) Recentemente, uma revisão sistemática na avaliação de tratamentos farmacológicos e não farmacológicos em seis domínios dos sintomas: dor, alteração do sono, fadiga, sintomas afetivos (depressão / ansiedade) e déficit funcional revelaram que a amitriptilina é a melhor medicação para o tratamento farmacológico, porém com vários eventos adversos. Entre os tratamentos não farmacológicos a piscina terapêutica demonstrou efeitos significativos sobre cinco domínios de sintomas, a estimulação magnética transcraniana repetitiva em quatro domínios, balneoterapia em três domínios e exercício, terapia cognitivo-comportamental e massagem em dois domínios. Muito poucas drogas em testes clínicos bem desenhados têm demonstrado alívio significativo para vários domínios de sintomas da síndrome fibromiálgica, ao passo que os tratamentos não farmacológicos com desenhos de estudos mais fracos têm demonstrado efeitos multidimensionais. Perrot S, Russell IJ. More ubiquitous effects from non-pharmacologic than from pharmacologic treatments for fibromyalgia syndrome: A meta-analysis examining six core symptoms. Eur J Pain 18 (2014) 1067-1080. Mhalla A, Baudic S, de Andrade DC, et al. Long-term maintenance of the analgesic effects of transcranial magnetic stimulation in fibromyalgia. PAIN 152 (2011) 1478-1485. Wolfe F, Smithe HA, Yunus MB, Bennett RM, Bombardier C, Goldenberg DL et al. The American College of Rheumatology 1990 criteria for the classification of fibromyalgia. Report of the multicenter Criteria Committee. Arthritis Rheum. 1990;33:160-72 * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 56 LOMBALGIAS NÃO ÓSSEAS HENRIQUE SIDI Apresentação de como diagnosticamos e tratamos as lombalgias de origem não óssea no Pronto Atendimento e Ambulatório da Unifesp. Roteiro diagnóstico mostrando as várias origens via meridianos distintos, curiosos, principais e como fator emocional, fadiga e outros fatores participam da fisiopatologia das lombalgias, além dos acometimentos pelas Energias Perversas (Xie Qi) pelos Meridianos Tendino Musculares * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 57 SÍNDROME URETRAL HERMES DA FONSECA FILHO A Infecção do Trato Urinária é uma patologia de grande prevalência sendo responsável por cerca de oito milhões de consultas ao ano nos Estados Unidos, gerando despesas de cerca de 1,6 bilhões de dólares anuais. Pacientes portadores de disúria, polaciúria e urgência miccional e que não apresentam bacteriúria significativa são classificadas como portadoras de síndrome uretral. Síndrome tem inúmeras causas, podendo ser agudas ou crônicas, causando extremo desconforto aos pacientes e também aos médicos, já que é de difícil tratamento devido à dificuldade em estabelecer a etiologia e fisiopatologia desses quadro. A nomenclatura pode variar, sendo também ser encontradas referências a esses quadros como Síndrome Dolorosa Vesical, Dor Pélvica Crônica, Cistite Intersticial. É difícil estimar qual a prevalência, embora estudos apontem para que 2,7% a 6,5% das mulheres nos Estados Unidos apresentem sintomas de Síndrome Uretral. Abordaremos as Infecções Urinárias de Repetição com causa indefinida, mais comum nas mulheres, e que talvez devêssemos usar a terminologia Cistite Recorrente ou Recidivante. Observa-se também nos que quadros de Fibromialgia estão associados, além de outras patologias, a Síndrome Uretral, o que revela que existem causas multifatoriais na gênese desse quadro, dificultando ainda mais o seu tratamento pelos métodos convencionais. Do ponto de vista da Medicina Ocidental, acredita-se ser uma patologia de causa multifatorial, onde estão presentes desde alterações do ritmo miccional (mulheres que tem pouquíssimas micções por dia devido a aspectos culturais e educacionais), como também distúrbios hormonais, de hábito intestinal, imunológicos e atividade sexual. Os tratamentos halopáticos mais utilizados são o da quimioprofilaxia com dose subletal ou a quimioprofilaxia pós-coito. No tratamento antimicrobiano profilático, utiliza-se um quarto da dose terapêutica diariamente por um período de seis a doze meses, o que nos parece uma forma inadequada, pois não atua sobre a causa. A quimioprofilaxia pós-coito tem a desvantagem de associar a atividade sexual com doença. Mais recentemente utiliza-se o cranberry (suco ou cápsulas) que se mostra mais eficiente nos casos de cistite recorrente bacteriana. Assim, este é um campo fértil para o tratamento acupuntural. Estudos, publicados no American Journal of Public Health 2002;92:1609-1611, confirmando dados de outros estudos realizados, conclui que o tratamento acupuntural é benéfico na prevenção de Infecções Urinárias Recorrentes em 85% dos casos. Num paralelo com Medicina Tradicional Chinesa, podemos classificar a Síndrome Uretral nas Síndromes da Micção Dolorosa do Tipo Qui, Calor Umidade e Fadiga e menos freqüentemente na SMD Tipo Sangue. Talvez a mais importante fisiopatologia da Síndrome uretral do ponto de vista da MTC e o Fogo do Coração que invade o Intestino Delgado e a Bexiga, o que explica a intensidade dos sintomas mesmo na ausência de bactérias. Em vista do diagnóstico energético e da identificação do processo de adoecimento, formula-se o tratamento, que habitualmente consiste em séries de aproximadamente dez sessões. O tratamento com ervas também é de grande valia, apesar de não fazer parte do escopo. Podemos avaliar na clínica, que muitas pacientes, após terem percorrido inúmeros consultórios médicos e estarem cansadas de tomar antibiótico, algumas delas com sintomas colaterais desagradáveis, se beneficiam com o tratamento acupuntural. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 58 AURICULOACUPUNTURA NAS ALGIAS PERIFÉRICAS HIAENO HIRATA AYABE O objetivo desta apresentação é demonstrar uma estratégia de tratamento das Algias periféricas através da Auriculoacupuntura. O pavilhão auricular é um Microsistema capaz de refletir as mudanças fisiopatológicas dos órgãos , vísceras e tecidos osteomusculares causadores das Algias Periféricas. O mecanismo de ação demonstra como um estimulo através de pressão ou agulhamento causa reflexos sobre o S. N. Central e consequente resposta analgésica. Apoiamo-nos em bases cientificas de trabalhos de Oleson T, et al (1980), David Alimi (2001), Mei-Ling, et al (2010), Wai Yeung Chung, et al (2011) demonstrando a eficácia da Auriculoacupuntura em processos dolorosos. Serão apresentados as técnicas e procedimentos para o diagnósico e tratamento das algias nas Cervicobraquialgias, Patologias vertebrais e tendinomusculares, Ombralgias, Epicondilites, Tenosinovite de De Quervain, S, do Túnel do Carpo,Lombalgias, Gonalgias, Plantalgias e Cefaleias. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 59 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA HIAENO HIRATA AYABE Nesta apresentação abordaremos as interações medicamentosas entre os medicamentos comumente usados na Medicina Ocidental e as Plantas Medicinais ou fitoterápicos. A interação pode ser definida como a influência recíproca de um medicamento sobre o outro. Ou seja, quando um medicamento é associado a outro ou mesmo a outras substâncias ocorre um efeito diferente do esperado caracterizando uma interação. Ela pode ser classificada como físico química ou terapêutica, ou tambem por fatores ligados ao estado geral do paciente como seu estado patológico, sua função renal , hepática, idade, etc. Apresentaremos a seguir diversos fitoterápicos ou plantas medicinais com suas indicações terapêuticas e suas respectivas interações com diversos tipos de classes de medicamentos. Ex: Aesculus hipocastanum L (Castanha da índia) usada para fragilidade capilar e insuficiência venosa e sua interação com a classe dos medicamentos antiplaquetários , antiinflamatórios , ,laxativos , hipoglicemiantes e antibióticos Citaremos outras plantas como Allium sativum L. (Alho), Matricaria recutita L. (Camomila) , Cimicifuca racemosa (L.) Nutt., Ginkgo biloba L.(Ginkgo), Hypéricum perfolatum L.(Hipérico), Passiflora incarnata L. (Maracujá), Valeriana officinalis L. (Valeriana), Panax ginseng C. A. Mey (Ginseng) etc. e suas diversas interações. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 60 CERVICALGIA: INTERFACE ENTRE MEDICINA TRADICIONAL CHINESA E MEDICINA OCIDENTAL HIDEKI HYODO A Medicina Tradicional Chinesa não divide as dores da coluna por segmentos, considera todo o conjunto com diferentes períodos de sintomatologia dolorosa. Porém pode-se sistematizar, de forma didática, o acometimento dos meridianos (Canais de Energia) da região cervical: a dor da região posterior do pescoço deve-se ao acometimento por Energias Perversas, tais como, Vento e Frio, que podem penetrar no canal de Energia Du Mai, no canal de Energia Principal do Wei (estômago), no canal de Energia Principal do Xiao Chang (intestino delgado) ou no Canal de Energia Principal do Sanjiao (triplo aquecedor). Energias Perversas como Vento e Frio podem também gerar torcicolo espasmódico pelo acometimento dos Canais de Energia Principal do Dan (vesícula Biliar) e do Pangguang (bexiga), que promovem a estagnação do Qi e Xue (sangue) nos músculos da região cervical, provocando contraturas intensas e retração local, o que resulta em dor muscular. Já o acometimento dos Canais Distinto do Xin Bao Luo (circulação-sexo) e Sanjiao (triplo aquecedor), podem causar cervicalgia lateral ou bilateral da região posterior do pescoço, com ou sem irradiação para o membro superior. Estes acometimentos são decorrentes da alteração do Qi, Xue e Jin Ye, podendo-se também correlacionar com disfunções metabólicas, inferidas por exames bioquímicos, criando a interface entre a Medicina Tradicional Chinesa e Medicina Ocidental. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 61 PONTOS DE ACUPUNTURA - CONCEITOS POLÊMICOS HONG PAI • Pontos de acupuntura • Uso de eletroacupuntura: Real ou Mito? • Erro de tradução e sua consequências: • Pesquisa • Mistificação e descredito • Sobre as indicações • Dúvidas e as indicações reais • Do ponto de vista da medicina atual e do passado • Orientação terapêutica • Estudo de Acupuntura • As características de cada um ( exemplo: E 36, IG 4 etc.) • -localizações diferentes e resultados diferentes • -profundidade • -ângulo de entrada de agulhas • -técnicas de manuseio • -transfixação, em que casos? • -combinação dos “pontos ou Xue” • -sequência de agulhamento • Aplicação conforme a MTC • Uso de eletroacupuntura: Real ou Mito? • As dúvidas sobre a eficácia de acupuntura: • Auriculo-acupuntura • Acupuntura escalpeana • Acupuntura abdominal * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 62 CATGUT EMBEDDING IN TREATING OBESITY I-JU CHEN Obesity has become a noticeable and worldwide public health problem recently. In Taiwan, there are more than 30% found overweight in the national survey in 2009. Besides, a rising trend of the prevalence of obesity is found. In addition, obesity is related to some chronic diseases, like diabetes mellitus and cardiovascular diseases, which are major lethal health concerns in Taiwan. Recently, there was more complementary and alternative medicine emerging for weight loss such as dietary supplements, herbal products or acupuncture due to limited efficacy and high incidence of adverse events with side effects observed in conventional therapy. According to a meta-analysis of 29-randomised controlled trials, compared to control of lifestyle, acupuncture can reach a significant reduction of average bodyweight of 1.72 kg and was associated with an improvement in obesity. Catgut embedding is an extensive form of acupuncture that involves weekly infixing self-absorptive chromic catgut sutures into acupoints with a specialised needle under antiseptic precautions. The catgut then stimulates those points over a long period of time. Due to its great efficacy and convenience in treating obesity, it has become more popular in Taiwan Chinese medicinal clinics. We conducted a doubleblind, randomized, placebo-controlled trial to evaluate the therapeutic effects of acupoint stimulation by catgut embedding on complexion, quality of life, lipid profile, and obesity-related hormone peptide of obese women. The preliminary result showed that catgut embedding treatment for 6 times with one time each week can significantly reduce 1.65kg in body weight and waist circumference up to 4.85cm in obese women. In lipid profile, it is also observed that catgut embedding can significantly decrease the triglyceride level. The result of the inflammatory markers and obesity-related hormone is still pending. Our study proved that catgut embedding in acupoints is an effective and convenient, time-saving procedure for treating obesity. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 63 CATGUT EMBEDDING IN CLINICAL USE I-JU CHEN Catgut embedding is an extensive form of acupuncture that involves weekly infixing self-absorptive chromic catgut sutures into acupoints with a specialised needle under antiseptic precautions. The catgut then stimulates those points over a long period of time. Due to its great efficacy and convenience in treating obesity, it has become more popular in Taiwan Chinese medicinal clinics. Apart from treating obesity, it can also be applied to various diseases including dermatologic disease, neurologic disease, musculoskeletal disease, respiratory disease, gastrointestinal disease, heart disease, allergic disease, and gynecological disease etc. The mechanism of catgut embedding in treating disease including (a) complex Complex stimulating effects: during process of catgut absorption, it can induce immunomodulatory effect and long-lasting meridian stimulation effect. (b)Elevate local metabolism: Catgut embedding can both increase the anabolism and catabolism of local tissue (c) Increase local circulation: During process of catgut absorption, it can induce local angiogenesis and increase the blood circulation, vasodilatation, then lead to resorption of chronic inflammation and effectively improve the scavenge of free radicals (d)Regulation of neurotransmitters: Elevate the pain threshold by increasing release of opioid peptides and regulate the balance between excitatory and inhibitory amino acids in the cortical substance. Recently, we have established a mice model to observe the effect of catgut embedding on inflammatory cytokine induced by lipopolysaccharide challenge. And we observed that catgut embedding in abdomen decrease expression of inflammatory cytokine include TNF-alpha, MCP-1, TGFbeta after LPS given. This result may imply that catgut embedding in acupoints might elicit anti-inflammatory response to improve the inflammatory process in chronic disease. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 64 ACUPUNTURA ESCALPEANA NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS NEUROLÓGICAS JAIME Y. YAMANE A técnica básica:- consiste no uso de agulhas de 2,0 a 3,0 cm de comprimento, inseridas uma após a outra em fila e que podem ser estimuladas manualmente com um movimento de pistonagem e de rotação girando a agulha de 240 a 260 rotações por minuto, e o paciente refere uma sensação de calor, formigamento, torpor ou choque, e uma vez obtida a sensação deve-se prosseguir com o movimento por 1 a 2 minutos, deixa-se em seguida em repouso por 5 a 10 minutos e se retorna a fazer o mesmo procedimento de 3 a 4 vezes. Pode-se utilizar também a técnica das agulhas cruzadas em que as agulhas são colocadas abrangendo uma zona inteira e elas são colocadas uma em direção à outra, e nestes casos o tratamento poderá ser feito com o auxílio de eletro estimuladores, cujos terminais de estimulação são ligados às agulhas, com uma frequência de estimulação variável e que depende do processo em questão. As sessões poderão ser realizadas 2 a 3 vezes por semana e um tratamento corresponde a 20 sessões que poderão ser reiniciadas após breve intervalo. Abaixo podemos ver alguns mapas demonstrativos das áreas de estimulação: As linhas de orientação que se traça tomam como referência: - Ponto central entre as duas sobrancelhas e que se chama Yin Tang. - Na região posterior do crânio tem-se a protuberância occipital externa, e deve-se considerar um ponto logo abaixo desta protuberância que é o ponto VG-17 (Naohu). - Da união destes dois pontos tem-se a chamada linha mediana anteroposterior, que é dividido ao meio achando um ponto que será chamado ponto médio da linha mediana anteroposterior. Marca-se um ponto a 1,0 cm posterior deste ponto médio e este será considerado o primeiro ponto de referência. - A seguir traça-se outra linha que vai do meio da sobrancelha em direção ao mesmo ponto logo abaixo da protuberância occipital externa (VG 17 - Naohu ), e no momento em que esta linha atinge a raiz dos cabelos tem-se o segundo ponto de referência. - Traça-se uma linha que vai do ponto de referência superior ( a 1,0 cm para trás do ponto médio da linha mediana anteroposterior ) até o ponto de referência inferior ( na raiz do cabelo), e esta área é chamada de área motora primária. I) Área motora: a área motora pode ser dividida em 5 partes que serão descritas assim:I.1 Membros inferiores e tronco: é a área que corresponde ao primeiro quinto da área motora, e serve para tratamento de problemas motores dos membros inferiores. Trata as paralisias ou parestesias do membro inferior do lado oposto I.2. Membros superiores: corresponde ao segundo e terceiro quintos da área motora, e trata afecções motoras dos membros superiores. Paralisia ou parestesia do membro superior do lado oposto I.3. Área facial e primeira área da fala: corresponde aos dois quintos inferiores da área motora, e trata problemas de paralisias de face, * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 65 afasia motora, salivação excessiva e problemas de fala. Na afasia motora o paciente compreende tanto a linguagem falada como a escrita, mas é incapaz de repetir o que ouve e vê A área motora é usada principalmente nas afecções neurológicas em que o paciente apresenta paralisias do tipo espásticas. II) Área sensorial: corresponde a uma linha paralela á área motora, 1,5 cm para trás. Como na área motora, também é dividida em cinco partes que podem ser tratadas como veremos a seguir. A área sensitiva é usada principalmente para o tratamento das afecções neurológicas em que o paciente apresenta paralisias do tipo flácidas II.1. Membros inferiores, cabeça e tronco: trata-se do 1/5 superior e corresponde ao segmento sensitivo do membro inferior e tronco. Trata também entorpecimento e parestesia da coxa e da região lombar do lado oposto. Trata também a ciatalgia. Trata as cefaléias occipitais, a nevralgia intercostal, as dores de pescoço, os zumbidos e vertigens II.2. Membros superiores: corresponde ao segundo e terceiro quintos desta área, e trata principalmente dor, formigamento e parestesias dos membros superiores do lado oposto II.3.Área facial: corresponde aos dois quintos inferiores da área sensorial e pode tratar enxaqueca, trigemialgia, dor de dentes e artrites da articulação temporo-mandibular III) Área de controle de tremores e coréia: linha paralela e 1,5 cm anterior á área motora. As ações desta área são a coréia infantil e a doença de Parkinson, é utilizada também nas contraturas e câimbras, na fala tremida. Para as afecções unilaterais a punção é contralateral, e para as afecções bilaterais a punção se faz nos dois lados IV) Área de vaso constrição e dilatação: linha paralela e a 1,5 cm anterior á área da coréia. A sua extensão é a metade das zonas anteriores. Esta área pode ser dividida em duas partes, e a parte superior trata edemas de membro superior do lado oposto, e a parte inferior trata edemas de membro inferior do lado oposto V) Área auditiva, da vertigem e enjôo: linha horizontal, que passa 1,5 cm acima e centrada no ápice da orelha, com 4,0 cm de extensão. Esta área trata os problemas auditivos como zumbido, a surdez, as vertigens e trata também a vertigem de Menière VI) Segunda área da fala: é uma área que se encontra a 2,0 cm para trás e para baixo da sutura parieto temporal, numa linha paralela á linha anteroposterior e com 3,0 cm de extensão. Trata as afasias motoras em que o paciente compreende a linguagem falada e escrita, mas é incapaz de repetir o que ouve e vê VII) Terceira área da fala: toma-se a área auditiva e da vertigem e divide-se ao meio, e a partir do meio desta área para trás traçamos uma linha de 4,0 cm, esta é a área de linguagem nº 3. Trata as afasias sensoriais em que o paciente percebe os sons como linguagem, mas é incapaz de compreender o significado dos vocábulos e quando fala é com dificuldade que lembra as palavras, empregando-as incorretamente VIII) Área psicomotora: com origem na tuberosidade parietal, três agulhas podem ser inseridas inferiormente, anteriormente e posteriormente com inserção de até 3,0 cm em direção à tuberosidade parietal. O ângulo entre as agulhas anterior e posterior deve ser de 40°. Trata a apraxia ideomotriz, ligadas às emoções que param a motricidade. Os pacientes que são incapazes de usar adequadamente um objeto embora reconheçam a natureza deste * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 66 IX) Área sensitivo motora do pé: paralela á linha mediana anteroposterior da cabeça em uma distancia de 1,0 cm, bilateral e com extensão de 3,0 cm. A partir do ponto médio da linha mediana anteroposterior localizar 1,0 cm para fora e se traça uma linha paralela à mesma com 3,0 cm de comprimento. Esta é a área sensitivo motora do pé, e ela abrange a parte superior da área motora e sensitiva que corresponde aos membros inferiores. Assim sendo esta área trata os entorpecimentos e as paralisias do membro inferior contralateral, as paraplegias, as lombalgias, as ciatalgias, trata ainda a enurese, o prolapso uterino, e todos os traumatismos agudos da região dorso lombar. Esta área deve ser picada sempre de frente para trás X) área da visão: 1,0 cm lateral à protuberância occipital, paralela á linha mediana anteroposterior da cabeça, com 4,0 cm de extensão e se estendendo para cima. Usada para tratar cegueira de origem cortical, trata todos os problemas de acuidade visual, trata a retinite pigmentar, trata também seqüelas de encefalite, e também todas as vertigens principalmente nas pessoas que dizem ter a cabeça vazia XI) Área do equilíbrio: 3,0 cm lateral à protuberância occipital, paralela a linha mediana anteroposterior da cabeça, com 4,0 cm de comprimento se estendendo para baixo. Trata todos os problemas de equilíbrio de origem cerebelar XII) Área psico afetiva I: é uma linha que está a 2,0 cm para fora e paralela à linha mediana anterior posterior, e localizada entre a área vasomotora e a área do tórax, e tem 3,0 cm de extensão. Trata as doenças mentais, e pode ser usada na psiquiatria. XIII) Área psico afetiva II:- toma-se a linha de implantação dos cabelos na fronte e o ponto médio da linha mediana anteroposterior e no meio desta linha tem-se um ponto de referência. Ao redor deste ponto traça-se um círculo de 1,0 a 1,5 cm de raio, e se coloca as agulhas em direção ao centro deste círculo. Trata problemas de ansiedade e distúrbios neuro vegetativos. XIV) Área de domínio da loucura: esta área vai desde a protuberância occipital até a apófise da 2ª vértebra cervical. Normalmente inserese uma agulha que vai da protuberância occipital para baixo e outra agulha que vai da 2ª vértebra cervical em direção para cima. Trata as doenças mentais. Estas são diferentes zonas que poderemos utilizar no tratamento das doenças neurológicas, mas como tratamento inicial destas doenças poderemos utilizar diversas técnicas que visam basicamente diminuir o Yang na cabeça, e estas técnicas são descritas abaixo:A. Aliviar o Yang na cabeça com o uso dos pontos VG-23 (Shangxing), M-CP-3 (Yin Tang), M-CP-9 (Tae Yang), VB-16 (Muchuang), TA-23 (Sizhukong), E-8 (Touwei) e B-2 (Zabzhu); B. Técnica de purificação do cérebro: que consiste na associação de várias técnicas diferentes. Primeiro fazer puntura no VG-21 (Qianding) em direção ao VG-20 (Baihui); Em segundo lugar fazer puntura do B-4 (Quchai) em direção ao B-7 (Tongtian); Em terceiro lugar fazer puntura por técnica de transfixação os pontos VB-4 (Hanyan), VB-5 (Xuanlu), VB-6 (Xuanli), VB-7 (Qubin); Em seguida fazer puntura do VB-8 (Shuaigu) em direção ao TA-20 (Jiaosun). fazer puntura VB-9 (Tianchong) em direção ao VB-11 (Qiaoyin). fazer puntura no VB-9 (Tianchong) em direção ao VB-19 (Naokong); E finalmente a técnica em cruz para o VG-20 (Baihui) que consiste em fazer puntura nos pontos VG-19 (Houding) VG-21 (Qianding) VB17 (Zhengying) orientados para o VG-20 (Baihui) que também deve ser feito a puntura. C. Pontos Janelas do Céu: E-9 (Renying) VB-1 (Tongziliao) B-1 (Jingming) D. Acalmar o Shen (Mental) com VG-20 (Baihui), M-CP-3 (Yin Tang), VC-17 (Danzhong), C-7 (Shenmen) E. Desobstrução do Céu com acupuntura no VG-23 (Shangxing) orientado em direção ao VG-20 (Baihui) F. Uso de dois dragões – agulha no B-4 (Quchai) orientado em direção ao B-7 (Tongtian) Bibliografia Consultada Dzung TV, Neurologia I apresentado no 36º Simpósio Internacional de Neurologia; 2007 Novembro 15-19; São Paulo. Brasil. Dzung TV, Neurologia II apresentado no 37º Simpósio Internacional de Neurologia; 2008 Maio 22-26; São Paulo. Brasil. Dzung TV, Neurologia III apresentado no 38º Simpósio Internacional de Neurologia; 2008 Novembro 14-18; São Paulo. Brasil. Yacubian EMT, Sakamoto AC. Epilepsia. Em Atualização terapêutica, Editora Artes Médica Ltda. 21ª ed. Artes Médica, 2003. 963-976. Ferraz HB, Aguiar PMC. Parkinsonismo. Em Atualização terapêutica. Editora Artes Médicas Ltda. 21ª ed. Artes Médicas, 2003. 980-984. Massaro AR. Acidente vascular cerebral isquêmico. Em Atualização terapêutica. Editora Artes Médicas Ltda.21ª ed. Artes Médicas, 2003. 940-950 Braga FM, Ferraz FAP. Hemorragia subaracnóidea espontânea – Aneurisma e Malformação arteriovenosa. Em Atualização terapêutica. Editora Artes Médicas Ltda. 21ª ed. Artes Médicas, 2003. 950-953 Shangai College of Traditional Medicine., Acupunture - A comprehensive text., Eastland Press, Seattle, 1992. Huo C, Yamamura Y. Tratado de Medicina Chinesa - Xi Wenbu. Editora Roca, 1993. Yamamura, Y. Acupuntura tradicional – A arte de inserir. Editora Roca Ltda 1ª edição. Roca 1993. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 67 TERMOGRAFIA E ACUPUNTURA - REVISÃO DA LITERATURA JOACI OLIVEIRA DE ARAUJO Médico do Centro Multidisciplinar de Dor da divisão da Clínica Neurológica do HCFMUSP, Médico da Clínica Ortopedia e Acupuntura da Secretaria da Saúde Municipal de São Paulo. Especialista em medicina do Trabalho. Pós-graduado em Saúde Pública e Acupuntura. Coordenador do Comitê Científico Multidisciplinar de Dor da APM. Pós-Graduado em Termologia Clínica e Termografia da FMUSP A acupuntura é uma modalidade terapêutica que se utiliza de agulhas, moxas e outros instrumentos e age por meio da liberação de substâncias químicas no organismo. Como consequência, produz efeito analgésico e/ ou anti-inflamatório, aliviando assim a dor e outros sintomas decorrentes de determinadas doenças. Esta técnica vem sendo utilizada há milênios. Nos últimos anos intensificam as pesquisas científicas para elucidar com exatidão os efeitos da acupuntura e em quais situações ela deve ser prescrita. A grande maioria dos artigos avalia o efeito da acupuntura em casos de dor de diversas origens, o que possibilita entender o mecanismo de ação da aplicação de agulhas. Existe comprovação de que determinadas substâncias, ao serem liberadas, podem ser identificadas de diversas formas. A ativação dos pontos de acupuntura aciona áreas cerebrais onde se liberam neurotransmissores; essas áreas podem ser mapeadas e correspondem às alterações clínicas observadas durante a acupuntura, por meio de imagem de ressonância magnética especial.1,2,3 Os nervos sensitivos periféricos (fibra C) nos “acupontos”, ao serem estimulados induzem a liberação de substância P e de outros mediadores que causam vasodilatação, aumento do fluxo sanguíneo local e edema localizado, portanto uma pequena resposta inflamatória. Esses mecanismos explicam por que no local de penetração da agulha ocorrem pequena mancha vermelha (efeito da vasodilatação) e coceira (liberação de histamina pelos mastócitos).4 O aumento de número de pesquisa sobre esta técnica e as evidências de efeitos vem aumentando significativamente. Estudos realizados por Melzack5, em 1977, concluíram que há concordância de 71% entre os pontos de acupuntura e pontos de gatilho no tratamento da dor. Inúmeros estudos e observações clínicas já provaram que certas temperaturas relacionadas ao corpo humano podem ser indicativas de processos fisiológicos anormais. A termografia é um método de auxílio diagnóstico não invasivo, não radioativo e indolor. A radiação infravermelha cutânea reflete o fluxo sanguíneo da pele, sendo assim alteradas nas vasculopatias, doenças inflamatórias, traumáticas, reumáticas e infecciosas, mas também nas neuropatias devido seu controle pelo sistema nervoso neurovegetativo. A termografia tem sido utilizada na avaliação de efeitos locais e sistêmicos da acupuntura, com sensibilidade capaz de fornecer imagens em tempo real e as variações da temperatura, consequente à estimulação de um ou mais pontos. Ernest e Lee6, em 1986, usando a termografia verificaram um aumento momentâneo do tônus simpático durante a estimulação de pontos com acupuntura. Ovechkin7, em 2002, detectou através de imagem em infravermelho alterações térmicas no ponto Tai Yuan-P9, relacionado com o Meridiano do pulmão, durante uma infecção respiratória viral. Shui-Yin Lo,8 em 2002, descreveu diminuição de temperatura no dorso, após acupuntura com estimulação manual dos pontos E36 e VG14, através de termografia infravermelha. A tese de mestrado, realizada em São Carlos (SP) por Ipólito9, em 2010, sobre efeitos térmicos da acupuntura no ponto TAIXI (R3), decorrentes da inserção de agulha influencia significativamente a circulação vascular periférica. Um estudo randomizado, duplo-cego placebo-controlado realizado por Agarwal em Hamburg10 no ano 2011, com 50 voluntários saudáveis verificou que a imagem termográfica infravermelha é uma ferramenta valiosa na distinção entre acupuntura “sham” e verdadeira em Hegu (IG-4). Merece destaque o estudo realizado, em 2012, por Guam11 et at com indivíduos com paralisia de Bell e indivíduos saudáveis. A imagem térmica infravermelha foi usada para observar a temperatura facial. Houve mudança seguinificativa da temperatura em determinadas regiões da face. Yang JM12, em 2014, estudos em animais(rato) concluiu que estimulação diferentes podem induzir diferentes mudanças de temperatura da pele em pontos de acupuntura .e os achados indicam que há uma relação direta entre “Deqi “ e a intensidade do estímulo da agulha. Assim, os fenômenos Deqi (mudanças de temperatura da pele ao longo de meridianos) fornecem mais evidências para ilustrar “Deqi” na acupunctura e será útil para o prosseguimento de investigação. Conclusão: Analisando os trabalhos de literatura, observamos que existiram problemas relacionados a equipamentos e à padronização dos estudos que dificultaram a sua viabilidade. Os estudos experimentais demonstram os efeitos da acupuntura. Boa parte dos estudos randomizados que se propõem a estudar a eficácia da acupuntura contra o placebo costuma ser inconclusivos. Importante salientar que ALGUNS trabalhos apresentados apresentam valor científico, no entanto outros os critérios de diagnóstico e a metodologia apresentada são falhas. A termografia é um exame inócuo, indolor e de fácil aplicação; Seu custo é mínimo, não invasivo, pois não emite radiação e capta somente o calor do corpo, portanto não há contraindicação; * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 68 A disponibilidade de suas imagens é instantânea, podendo ser útil antes mesmo do pós-processamento; Esse exame apresentava algumas limitações no passado, mas na atualidade, devido ao aparecimento de equipamentos com alta tecnologia e definição e melhor padronização, ele está se tornando mais eficaz para auxílio na identificação das patologias. Entretanto deverão ocorrer mais estudos no futuro. É um recurso complementar de grande valia para auxiliar no diagnóstico, mas nunca se deve considerá-lo de maneira isolada, pois sempre se deve levar em consideração o exame físico e a história clínica apresentados pelo paciente. REFERÊNCIAS 1.Hui KKS,Liu J, Wu M-T, Wang KKK. Functional mapping of the human brain during acupuncture with magnetic resonance imaging. Proc Fourth World Conf Acupunct. 1966.4:71 2.G. Stux, R. hammerschlag.Acupuntura clínica: Bases Científica.In: Z.-H.Cho et al. Imagem reronância Magnética Funcional do Cérebro na Investigação da acupuntura. : Editora Manole. 2005.Capitulo 5.p.93-106. 3 Lijun Bai, Jie Tian, Chongguang Zhong, Ting Xue, Youbo you, Zhenyu Liu, Peng Chen, Qiyong Gong, Lin Ai, Wei Qin, Jianping Dai Yijun Liu. Acupuncture modulates temporal neural responses in wide brain networks: evidence from fMRI study. Bai et al. Molecular Pain 2010, 6:73. 4.Pai HP. Acupuntura: De terapia alternativa a especialidade médica. CEIMEC. 2005.p.103-114. 5. Melzack, R., Stillwell, D. M. and Fox, E. J. Trigger points and acupuncture points for pain, correlations and implications. Pain, 1977. 3, 3-23. 6.Ernst M, LEE MHM. Sympathetic vasomotor changes induced by manual and electrical acupuncture of the Hoku point visuazed by thermography Pain,1985. p.25-33. 7.Ovechkin AM, Application of infrared thermography is diagnostic of acut viral infectious of respiratory system. Medical Yhermography. 2002 p. 70-76 8 Shui YL. Meridians in acupuncture and infrared imaging. Medical Hypotheses. Harcourt Publishes.United States. 2002.58(1) P. 72-76. 9. Ipólito, AJ. Efeitos térmicos da acupuntura no ponto Taixi (Rim-3) avaliados mediante a teletermografia. Dissertação(Mestrado). São Carlos USP. 2010. 10.Agarwal K. A Randomized Single-Blinded Placebo-Controlled Clinical Trial for Assessing Effects of Acupuncture at Hegu (LI4) by Infrared Thermography. Center for Palliative Care and Pain Medicine, T.I.P.S! Hamburg/Germany. 2011. 11. Ling Guan, Gaobo Li, Yiling Yang, Xiufang Deng, Peisi Cai. Infrared thermography and meridian-effect evidence and explanation in Bell’s palsy patients treated by moxibustion at the Hegu (LI4) acupoint. NEURAL REGENERATION RESEARCH Volume 7, Issue 9, March 2012 12. Jia-Min Yang, Xiao-Yu Shen, Ling Zhang, Song-Xi Shen, Dan-Dan Qi, Shi-Peng Zhu,Li Luo, Xiao-Xuan Ren, Bo Ji, Lu-Fen Zhang, XiaoHong Li, and Jiang Zhu. The Effect of Acupuncture to SP6 on Skin Temperature Changes of SP6 and SP10: An Observation of ‘‘Deqi’’. Hindawi Publishing Corporation. School of Acupuncture Beijing University of Chinese Medicine,2014. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 69 PRÉ NATAL JOÃO BOSCO GUERREIRO DA SILVA A acupuntura pode ter um potencial importante durante o pré-natal. Desde as náuseas gravídicas - já bastante pesquisadas - passando pelos outros desconfortos digestivos, a insônia, lombalgia gestacional, tendinite por embebição gravídica e os transtornos emocionais típicos desse período. Sendo uma terapia não farmacológica ela evita os principais riscos medicamentosos dessa delicada fase da vida feminina. Mesmo assim, precauções exageradas impedem o seu amplo uso, e a principal delas é o medo infundado de que determinados pontos possam fazer mal ao desenvolvimento da gravidez, provocando contrações uterinas e podendo chegar ao aborto. Esta apresentação procura mostrar as vantagens da acupuntura e, através de um levantamento da literatura e de trabalhos experimentais próprios, demonstrar a inverdade dessas afirmações além de assegurar a confiança da prática. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 70 OMBRO DOLOROSO JOÃO PAULO BITTAR Ombro Doloroso é uma queixa muito frequente nos consultórios médicos. É considerada a terceira maior causa de dor musculoesquelética na assistência primária. Podemos definir como sendo dor uni ou bilateral no ombro. E apresenta como causas desde trabalhos repetitivos ou esforços musculares até causas patológicas, como : infecções, lesões traumáticas, tumorações, inflamação; entre outras. Podemos dividi-las em categorias com destaque para: doença do manguito rotador, capsulite adesiva, osteoartrite glenoumeral, instabilidade glenoumeral e tendinite calcária. A doença do manguito rotador é a causa mais comum de dor no ombro visto por médicos. A dor no ombro após um AVE (Acidente Vascular Encefálico) também é uma queixa muito comum, e quanto mais precoce inicia tratamento melhor o prognóstico. O diagnóstico faz se através de um bom exame físico e se necessário exames complementares. O tratamento é individualizado e se baseia na causa que ocasionou o sintoma álgico. A acupuntura no tratamento do ombro doloroso também pode ser eficaz e dependente da causa etiológica. Numa revisão bibliográfica no Pubmed com data atual, Novembro/2014, ao pesquisar ombro doloroso e acupuntura, temos 209 artigos, sendo 73 estudos clínicos e 27 revisões. E 86 destes artigos, ou seja 41,14%, são artigos recentes, dos últimos 5 anos. Assim como em outras patologias a ciência vem num crescente aumento de trabalhos e busca de comprovações cientificas para tratamento com Acupuntura. Embasando ainda mais o conceito de Acupuntura no meio médico cientifico. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 71 POSTUROLOGIA PELA ORELHA COM O USO DA CROMOTERAPIA JORGE CAVALCANTI BOUCINHAS A moderna Posturologia constitui-se num método eficaz e rápido para resolver os mui comuns problemas da coluna vertebral, caracterizandose por agir sobre causas e não sobre efeitos. Ombros, quadris e dorso são sub-sistemas que ajustam informações periféricas. Recebem dados enviados pelos captores periféricos e os processam e repassam ao Sistema Nervoso Central. Rearmonizando-se-os a partir de um método com visão unitária do corpo, pode-se executar correções permanentes. O fito da Posturologia Clínica orientada etiologicamente é, justamente, oferecer tal visão conjunta e trabalhar sobre as causas e não sobre os efeitos, se bem que, em absoluto, não contra-indique técnicas que ajam sobre os mesmos de forma paliativa. Bernard Bricot, um dos discípulos queridos de Paul Nogier, o codificador da Auriculoterapia, constituiu-se também num dos grandes nomes da Posturologia. Desta forma conseguiu associá-las, isto graças à descoberta dos pontos de reequilíbrio corporal através da orelha. Mirando-se outro campo de estudos, fala-se, há milênios, das vantagens do uso das cores como fatores de saúde. Felizmente, nos tempos que correm, com o laureado cientista alemão Fritz Popp, chegou-se ao ponto de poder dizer, com toda segurança, que a luz é um método biológico de comunicação intercelular, sendo tão básico quanto os mediadores químicos. A cor, então, pode ter um importante papel em qualquer tipo de tratamento e, quer o paciente acredite quer não, se for usada a luz correta, o efeito buscado é obtido. Pode-se-o constatar com aplicações em crianças, animais e plantas. São muitas as atuais Escolas de Cromoterapia, como também o são as de Acupuntura Cromática (Cromoterapia Puntiforme), sendo interessante a Escola alemã de Mandel, que está a ter ampla difusão no Mundo, e trata-se de forma particularmente simples e eficiente de abordar e aplicar as cores de modo puntiforme. Mostrar como tais técnicas, à primeira vista tão díspares, podem ser associadas para vantagem dos pacientes, é justamente o fito primordial desta conferência. Os resultados são rápidos e pouca perícia é exigida para sua práticaimediata. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 72 CEFALÉIA JORGE J. MURATA Qualquer dor em acupuntura deve ser entendida como sendo um bloqueio à circulação de “energia” no meridiano. Sabemos que essa referida energia é que se encontra no conjunto sangue e a energia, essa energia pode ser entendida como tudo que o sangue veicula, por exemplo hormônios, neurotransmissores, insulina... . A circulação pode ser alterada por exemplo: nas mulheres por problemas hormonais, nos casos de stress com um aporte maior de cortisol, nas pessoas idosas pela diminuição desses hormônios e neurotransmissores, todas essas substâncias fazem a parte Yang. Temos na teoria da acupuntura que o Yin produz o Yang e o Yang controla o Yin, o estado de equilíbrio do Yin com o Yang é o desejado, mas uma infinidade de situações da vida provocam a produção excessivo se Yang , esse Yang sobe em direção a parte mais Yang do corpo que é a cabeça provocando um estado de “congestão” da energia Yang dificultando a sua circulação, provocando bloqueios e tendo como resultado as cefaleias. Esses bloqueios acontecem nos meridianos que passam pela cabeça, são 3 grupos de meridianos unitários, Tai Yang, Shao Yang, e Yang Ming e mais o meridiano do Fígado que tem como direção o VG20. Nos 3 meridianos unitários , para cada um deles alguns pontos em que as energias concentram, e os bloqueios acontecem com mais frequência. No meridiano Tai Yang formado pelos meridianos do Intestino Delgado e da Bexiga, também chamado de Grande Água, e a agua é o frio, acometem mais as pessoas com pouca energia Yang, seu ponto de concentração e de tratamento é o B10, no meridiano Shao Yang formado pelos meridianos do Triplo Aquecedor e o meridianos da Vesícula Biliar, chamado de pequena agua, local de manifestação da conhecida enxaqueca, com todos os seus sintomas nos locais dos seus trajetos, tem o seu ponto de concentração o ponto VB8, na tensão pré- menstrual o seu ponto mais doloroso são os pontos VB 4, 5 e 6 , no meridiano unitário Yang Ming, meridiano com bastante sangue e energia, energia que é obtida da alimentação, tem o seu ponto de concentração o E8, característica das cefaleias frontais, nesse caso tem como principal causa as alimentações, que aumentam o Yang do seu sistema, o principal são os alimentos de sabor doce. Lembrar que cada meridiano é acompanhado de 4 meridianos secundários, e os bloqueios à circulação de sangue e energia pode acontecer em qualquer um deles, a circulação piora nos casos de afluxos reconhecidos pelas característica de pessoas que apresentam frio nas mãos ou nos pés, ou calor nos pés e nas mãos, mais comum pé frio ou quente , mão quente ou mão fria, e dessa forma para tratamento acrescentamos para cada um deles os pontos ajudam na circulação nos seus respectivos meridianos. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 73 PEDIATRIA JORGE J. MURATA Entendo como meridiano, o feixe vasculho nervoso, mais o sistema linfático, que acompanham esse feixe externamente, os chamados Shu Antigos localizam nos MMSS do cotovelo até as extremidades dos dedos, que são o grupo que acompanham os nervos radial, mediano e o nervo ulna, e nos MMII os grupos que acompanham os nervos fibular superficial, o profundo e o nervo tibial. Nos meridianos principais circulam a energia Iong Qi (Rong), e o sangue é a sua parte material, que são produzidos pelos órgãos, circulam direcionados pelos nervos, são sensibilizados na pele pelas mudanças do clima e pelos estímulos, através da sua imunidade que o protege. As crianças, por volta do 1º ano aprende- se a andar, por volta dos 3 anos a pular, andar com uma perna só, a andar nas pontas dos pés. Acredito que os meridianos desenvolvem junto, com os MMII e MMSS e suas áreas corticais, os seus órgãos internos também não estão completamente desenvolvidos, assim como a sua imunidade. O sangue e os linfócitos tem a sua origem na medula óssea, a medida que desenvolvemos os locais de produção do sangue mudam até chegar a fase adulta, a medular da supra renal se forma por volta dos 4 anos de idade, são alguns dos exemplos . Por esses motivos, acredito, as crianças não nascem com os meridianos e seus pontos formados. Antes da formação dos meridianos, os recém- nascidos se valem das energias ancestrais, na acupuntura podem ser estimulados pelos pontos extras (curiosos), serão apresentados no congresso, através de massagens, nos meridianos no máximo os pontos Ting por onde começam os meridianos. Estímulos com agulhas nos pontos Ting, eu acredite ser melhor após a criança começar a dar os primeiros passos, e nos outros pontos de acupuntura somente após a primeira infância , a acupuntura tem como referência no desenvolvimento dos Jing , as cifras 7 para o sexo feminino e a cifra 8 para o sexo masculino. 7- 8 anos de idade. Antes dessa idade, a região dos pontos Shu e Mo correspondentes aos órgãos e as vísceras, podem ser estimulados com a moxa delicadamente, com todos os cuidados, uso principalmente o Shu dorsal , os pontos de acupuntura, ainda não estão bem definidos, uso as massagens nos meridianos, em crianças com menos de 1 ano as massagens nos pontos curiosos relacionados a energia inata ( mapas que serão apresentados no congresso) e também , mas principalmente após 1 ano, os pontos curiosos nos microssistemas, da craniopuntura, Su Jok, reflexologia, podem ser estimulados com massagens e adesivos, nas orelhas com sementes. Nascemos com os órgãos e vísceras e suas representações nos microssistemas, os meridianos vão se desenvolver junto com a criança. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 74 COMO UTILIZAR A FITOTERAPIA CHINESA JOSÉ ANTONIO BÉRGAMO - Regulamentação Anvisa - RDC 21; - Importância da Fitoterapia Tradicional Chinesa; - Fitoterapia Tradicional Chinesa e Fitoterapia Ocidental (Brasileira); - Fitoterapia Tradicional Chinesa e Acupuntura. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 75 TALK SHOW: VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: LOMBALGIA JOSÉ EDUARDO TAMBOR BUENO É importante na anamnese do paciente com dor lombar, detalhar as características da dor: localização, irradiação, intermitente ou remitente, tempo de aparecimento, padrão da dor, intensidade, fatores de melhora e piora e progressiva ou não. Nesta aula se focará na localização e irradiação para ajudar no diagnóstico de qual dos meridianos está acometido. Deve-se recordar e visualizar os meridianos que passam pela região lombar: 1. Meridianos Principais 2. Meridianos Maravilhosos 3. Meridianos Divergentes 4. Meridianos Luo Longitudinais 5. Meridianos Tendinomusculares E a partir daí, realizar planejamento terapêutico adequado para obter bons resultados. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 76 COACHING HOLISTICO JOU EEL JIA Uma nova ferramenta da Medicina Tradicional Chinesa, agindo não somente na cura da doença, mas buscando descobrir e tratar a origem das patologias. Indo além para transformar a vida do paciente, aprendendo a enxergar a doença como o caminho da transformação e do auto conhecimento. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 77 EFICÁCIA DA TÉCNICA DE ELETROACUPUNTURA NA ANALGESIA DO TRABALHO DE PARTO KATIA MARIA VIDAL Introdução A gravidez e o parto são eventos sociais que integram a vivência reprodutiva de “homens” e “mulheres”. Este é um processo singular, uma experiência especial no universo da mulher e seu parceiro que envolve também suas famílias e comunidade. A gestação, parto e puerpério constituem uma experiência humana das mais significativas com forte potencial positivo e enriquecedor para todos que dela participam. Nela, os profissionais de saúde são coadjuvantes desta experiência e desempenham importante papel, podendo minimizar a dor, ficar ao lado, dar conforto, esclarecer, orientar, enfim, ajudar a parir e a nascer, tendo consciência desta responsabilidade, pois são os primeiros que tocam cada ser que nasce. (1) O parto constitui-se em um dos pontos fundamentais da vida psico-social da mulher. Assim, quando vivenciado com dor, angustia medo e isolamento, pode levar a distúrbios psicológicos, afetivos e emocionais influenciando no relacionamento mãe-filho além de sua vida afetiva e conjugal. A dor gera medo e o medo alimenta a dor. (2) O processo de humanização do nascimento inclui a possibilidade de maior apoio à parturiente e envolve uma mudança de atitude – do profissional da saúde que é parte integrante da equipe, favorecendo um acolhimento completo, técnico e humano à mulher. Envolve também uma mudança de atitude da instituição, que deve estar preparada e estruturada para esta nova postura, incentivando, favorecendo, estimulando, treinando e controlando seus profissionais para o desempenho dessas tarefas. (2) As fases do parto compreendem: período de dilatação com inicio das contrações uterina até que o colo se dilate por completo, que demora em torno de 8 a 12 horas, com contrações dolorosas para a maioria das mulheres; período expulsivo que vai do momento da dilatação completa até a saída do feto, com duração de 30 a 40 minutos; e o período de dequitação com expulsão da placenta, em torno de até 30 minutos. (3) A dor pelo seu caráter subjetivo é um sintoma de difícil avaliação. Para algumas mulheres ela pode ser no trabalho de parto caráter insuportável, no período de dilatação e no expulsivo. A inervação uterina e anexial é mediada pelo sistema nervoso simpático. Os estímulos são de características viscerais com aferências no sistema nervoso central ao nível T 10 T 11 T 12 e L 1. Com a evolução do trabalho de parto e progressão da apresentação, a dor assume características somáticas em decorrência da distensão perineal. (4) O processo de parto, quando intenso, provoca alterações fisiológicas como: a) aumento do volume minuto e o aumento de consumo de 02 de 40 a 100%; b) hiperventilação que pode diminuir a pCO2 materna de 10 a 20 mmhg elevando o ph arterial até 7,55-7,60 reduzindo o estímulo respiratório materno e a p)2 materna de 10 a 50% já que quando a p)2 materna cai abaixo de 70 mmhg o feto pode diminuir a freqüência cardíaca; c) aumento do débito cardíaco materno; d) aumento dos níveis de adrenalina, noradrenalina, cortisol e ACTH no sangue materno; e) modificação na função gastrointestinal; f) acidose metabólica materna progressiva. Tanto a dor como a ansiedade e o feedback que estas provocam, aumentam o cortisol e catecolaminas, podendo afetar a contratibilidade e fluxo sanguíneo uterino, ressaltando a grande importância da analgesia no trabalho de parto. (5) Problema a ser investigado e sua relevância para a Saúde Publica Estudo randomizado em parturientes na fase Ativa do trabalho de parto, onde o grupo estudo, será o grupo de parturientes que serão submetidas à Técnica de Eletroacupuntura e o Grupo controle será o grupo não submetido a nenhuma técnica de analgesia na fase ativa de trabalho de parto. É relevante para a Saúde Pública pela humanização, diminuição do stress da dor e maior interação do binômio mãefilho, pois aumenta a liberação de ocitocina que aumenta os laços afetivos o que influencia em toda a vida da criança. A intenção do projeto é pesquisar o aumento do limiar da dor e a diminuição do tempo de trabalho de parto. Objetivo Geral Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficácia da técnica de eletroacupuntura, na analgesia de trabalho de parto. Objetivo Específico - Mensurar a intensidade da dor no trabalho de parto com analgesia com eletroacupuntura aplicando a Escala Visual Analógica (EVA); - Avaliar a duração do período (tempo) do trabalho, de parto com uso de eletroacupuntura, aplicando o partograma de Fredmam; - Avaliar a intensidade da dor referida pelas parturientes que não foram submetidas à acupuntura com o grupo controle utilizando os mesmos instrumentos de avaliação; Bibliografia 1. Assistência pré-natal: manual técnico - capitulo 8 Controle da dor no trabalho de parto- 3ª edição. Ministério da saúde, 2000.66p-6876. 2. STOPPARD, M.-Da Gravidez ao nascimento, um guia completo para futuros pais. São Paulo MATALTESE 1990, 234. 3. Rezende, J. Obstetrícia. 8ª edição, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1998. 4. Mathias, Rs. Carvalho JCA. Analgesia e anestesia em Obstetrícia In: ORTENZI AV, TARDELLI MA. Anestesiologia SAESP, Rio de Janeiro, Atheneu, PP 462-510. 5. Mannica J. e cols. Anestesiologia; Princípios e Técnicas. Anestesia em Obstetrícia. Porto Alegre, Artes médicas, 1994, 304. Dra. Kátia Maria Silva 14.10.2014 * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 78 TALK SHOW: VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: MEDICINA ESPORTIVA LIAW W. CHAO “Quando Associar a Eletroestimulação de Alta e Baixa Frequencia na Abordagem das Lesões do Esporte” A Eletroacupuntura vem se firmando como uma das terapias de escolha na abordagem das lesões do esporte - tanto na fase aguda, e na evolução crônica de algumas lesões - quanto também como terapia de associação no pré e pós-operatório de lesões com indicação cirúrgica. A Eletroacupuntura pode também ser utilizada em combinação com outras modalidades terapeuticas na área de Reabilitação Esportiva. A proposta desta apresentação é discutir a maneira de se otimizar o uso da corrente pulsada de alta e baixa frequencia: 1) programação dos parametros de eletroestimulação (tipo de onda, largura de pulso, frequencia e intensidade); 2) definição de uso e propriedades da corrente de baixa e alta frequencia; 3) cronograma de uso, periodicidade das sessões e duração do tratamento; 4) associações terapeuticas mais comuns; 5) dicas de utilização do equipamento A seguir teremos o Talk Show, aonde o tema poderá ser debatido de maneira mais ampla. Coloco-me à disposição para quaisquer dúvidas ou comentários. Atenciosamente * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 79 CLIMATÉRIO - TRATAMENTO PELA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA LILIAN TAKEDA O climatério é uma etapa na vida da mulher que pode ocorrer com ou sem sintomas. Estes sintomas quando muito intensos podem atrapalhar e ser muito desconfortável. A MTC pode ajudar as mulheres a minimizar seus problemas na transição da idade reprodutiva para a não reprodutiva. Os sintomas mais acentuados da menopausa ocorrem quando já existem quadros anteriores de deficiência do Yin do R - quanto mais vermelha e descamada o corpo da língua mais difícil será. Severidade dos sintomas depende de condições pré-existentes dos Rins e, portanto da dieta e modo de vida. Su Wen lembra que a Síndrome do Climatério ocorre quando o Qi dos Rins está gradualmente enfraquecido e que o Chong Mai e o Ren Mai estão vazios e o Tian Gui esgotado; então as menstruações param progressivamente. Nesta etapa de vida, podem sobrepor-se uma fraqueza corporal ou um distúrbio psíquico proveniente dos 7 sentimentos (alegria, raiva, preocupação, mágoa, medo, aflição e temor) que são o reflexo da perda do equilíbrio do Yin e do Yang. Os caminhos que podemos utilizar para o restabelecimento do equilíbrio e melhora dos sintomas são: •Acupuntura •Fitoterapia •Alimentação •Exercícios respiratórios e físicos •Meditação Na acupuntura: 1. Deficiência do Yin do F e R: Tonificar o Yin F e R, Nutrir Xue e prevenir a ascensão do Yang do F: B23, B18, R3, BP10, F2, BP6 2. Coração e R em desarmonia: Tonificar o R, Harmonizar o C, Tonificar o Yin, Acalmar a mente: B15, B25, C7, CS6, R6, VG20 3. Deficiência do Yang do BP e R: Tonificar o BP, Fortalecer o R, Harmonizar a Via das águas, Dispersar o frio, Tonificar Yang do R e BP: B20, VC6, BP6, VC4, B23, VG4 4. Deficiência do yin e Yang do R: Tonificar o Qi, Nutrir o Yin, Aquecer o Yang, Tonificar o Yin, Harmonizar o Chong Mai e Ren Mai: R3, B23, VG4, VC4 Na auriculo acupuntura: pontos endócrino, ovário, sucortex, coração, shenmen Na fitoterapia: podemos utilizar ervas chinesas e brasileiras para obter equilíbrio e harmonia Na alimentação: a importância do conhecimento das mudanças e o tipo de alimentos assim como a forma de utilizá-los No Exercício físico: A importância de movimentar o corpo, escolher o melhor exercício e a forma de realiza-lo Meditação: o encontro consigo e o desenvolvimento espiritual O que é importante: Entender o Momento que se está passando e vive-lo da melhor maneira para chegar à autotransformação. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 80 ACUPUNTURA OU EFEITO PLACEBO SOB A ÓTICA PRÁTICA E NA PESQUISA CLINICA LILIANA L JORGE 22/ 09/ 2014 Por muitos anos, os placebos foram definidos pelo seu conteúdo inerte e seu uso como controles em ensaios clínicos e tratamentos na prática clínica. Mas estudos recentes têm mostrado que o efeito placebo é um conjunto genuíno de eventos psicobiológicos atribuídos ao contexto geral, e estes efeitos são robustos tanto em laboratório como na prática clínica. Também há evidência de que o efeito placebo pode existir na prática clínica, mesmo quando ele em si não é prescrito. O placebo tem sido uma fonte de fascinação e confusão no campo biomédico nos últimos 70 anos. Apesar da investigação científica ter acelerado nos últimos 10 anos, com particular atenção aos mecanismos neurobiológicos, há uma atenção crescente no desenvolvimento da teoria do efeito placebo. Evidências recentes sugerem que efeito placebo opera predominantemente via modificação da experiência e percepção dos sintomas das doenças, como dor/ ansiedade/ fadiga, mais do que modificar a fisiopatologia da doença. Desta forma, o efeito placebo tem a característica de cura interpessoal, que difere da eventual cura natural espontânea ou da cura tecnológica dependente de agentes farmacológicos ativos ou procedimentos invasivos. Por outro lado, a base neurofisiológica dos resultados da acupuntura pode estar relacionada a efeitos específicos e não específicos. Estudos animais sugerem que o sistema endógeno descendente e redes antinociceptivas desempenham papel importante na acupuntura, além de mecanismos contrairritativos, humorais e de ativação de sistema nervoso neurovegetativo, e expressão gênica de neuropeptídeos. As redes neurais analgésicas relacionadas ao efeito da acupuntura também foram demonstradas ativas mediante analgesia placebo, tornando difícil a diferenciação entre os mecanismos específicos de analgesia pela acupuntura e o efeito não específico do placebo. Atualmente, estudos de neuroimagem funcional, PET, MEG têm sido capazes de mapear os correlatos neurais da acupuntura, demonstrando que esta tem efeitos específicos - apesar da controvérsia mantida em relação ao método ideal de controle nos estudos com acupuntura (usando, por exemplo, sham acupuntura) a acupuntura modula áreas específicas do sistema límbico, que diferem do placebo. As pesquisas (tanto ensaios clínicos com amostras estritas quanto pragmáticos com grandes populações) sobre o efeito placebo e os efeitos específicos da acupuntura têm, portanto, o potencial de revitalizar a medicina e o paradigma biomédico e pouco integrativo que ainda prepondera na prática clínica comum no mundo ocidental. Além disso, uma integração entre pesquisa básica e clínica poderia trazer avanços no uso ético do placebo, que é inerente à rotina clínica. Ademais, uma metodologia que integre estudos de pesquisa básica acerca dos mecanismos da acupuntura, associada a estudos de neuroimagem, pesquisas qualitativas e dados econômicos e de biossegurança, podem fornecer informações mais acuradas quanto à indicação do placebo e da acupuntura na prática. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 81 CLIMATÉRIO: DIAGNÓSTICO PELA MTC LIN CHEN HAU No capítulo I do volume “Su Wen” do livro “Huang Di Nei Jing” (Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo), que consiste em um texto escrito em forma de diálogos, onde o Imperador Amarelo obtém informações de seu Ministro Chi Po a respeito de todas as questões ligadas à saúde, lê-se: “Na menina com idade de 7 anos, o Qi do Rim (Shen) é abundante, a dentição muda, a cabeleira se alonga; Aos 14 anos (2x7) a substância necessária para promover o crescimento e a reprodução aparece; o REN MAI se permeabiliza, o CHONG MAI está plenamente desenvolvido e as menstruações chegam regularmente permitindo um estado de fecundidade; Aos 21 anos (3 x 7), o desenvolvimento é completo e está em plenas condições físicas; Aos 28 anos (4 x 7), os músculos são firmes, a cabeleira atinge seu maior comprimento, é o corpo em pleno vigor; Aos 35 anos (5 x 7), o rosto começa a apresentar rugas e o cabelo a cair; Aos 42 anos (6 x 7), os tendões começam a enrijecer, e os cabelos começam a ficar brancos; Aos 49 anos (7 x 7), o REN MAI e CHONG MAI se atrofiam, a menstruação cessa e resulta a infecundidade”. Na visão da Medicina Chinesa, o Climatério e os sintomas apresentados nesta fase se enquadram como uma deficiência da Essência do Rim (Shen) em seu aspecto Yin ou Yang, dentro desta classificação básica pode-se encontrar todas as nuances possíveis desta deficiência. Também esta deficiência pode estar associada a alterações de outros órgãos (Baço-Pi, Fígado-Gan, Coração-Xin) levando a síndromes mistas. A gravidade dos sintomas está diretamente relacionado ao estilo de vida e alimentação da mulher no decorrer de toda a sua vida, sendo assim sua evolução clínica irá depender da higidez que se encontra a mulher no momento de seu aparecimento. Na concepção da Medicina Chinesa, tanto as emoções, como preocupação, ansiedade e medo; o excesso de trabalho, tanto mental como físico; gestações muito próximas e a atividade sexual excessiva levam ao esgotamento precoce da Essência o Rim. A deficiência do Rim (Shen) pode se apresentar com deficiência de Yin, Yang ou de ambos. Esta deficiência poderá acarretar as seguintes situações, que são: - Se o Yin do Rim (Shen) estiver deficiente, o Yang do Rim (Shen) tende a se elevar - Se o Yang do Rim estiver deficiente, o Fogo de Mingmen será fraco, com isso podendo gerar as síndromes mistas com os respectivos sintomas como vemos a seguir: Deficiência do Yin do Fígado (Gan) e do Rim (Shen) - Cefaléia - Vertigens - Frio nos membros inferiores - Aversão ao frio - Fraqueza em região lombar e joelhos - Calor na palma das mãos e planta dos pés - Fadiga Yang do Fígado Ascendente - Tontura e vertigem - Zumbido - Cefaléia - Irritabilidade - Ondas de calor - Gosto amargo na boca Deficiência do Yang do Baço (Pi) e do Rim (Shen) - perda de apetite - apatia mental - rosto pálido e edematoso - edema de membros inferiores - temor ao frio - irregularidade menstrual Deficiência de Qi do Baço e Sangue do Coração - Palpitação - Instabilidade emocional - Perda de memória - Insônia - Pele pálida * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 82 Coração (Xin) e Rim (Shen) não se harmonizam - Palpitações - Insônia - Sonhos em abundancia - Medo - Agitação - Depressão - Tristeza - Choro fácil, boca seca, transpiração, garganta seca Deficiência do Yin e Yang do Rim (Shen) - Cefaléia - Vertigens - Frio nos membros inferiores - Aversão ao frio - Fraqueza em região lombar e joelhos - Calor na palma das mãos e planta dos pés - Fadiga Na Medicina Chinesa assim como na Medicina Ocidental o Climatério não é uma enfermidade e sim uma passagem fisiológica que vive a mulher, da fase reprodutiva para a fase não reprodutiva. Teoricamente não existe a necessidade de tratamento para a mulher, somente se impondo quando houver manifestação clínica importante. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 83 TALK SHOW: CEFALEIA LING TUNG YANG Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que a enxaqueca atinge 90% da população mundial. O Brasil aparece entre os cinco primeiros colocados na lista de incidência das cefaleias mais comuns e penosas no mundo. Mas a enxaqueca, a cefaleia tensional e a crônica diária têm, entre seus gatilhos, as piores características da vida moderna – stress, má alimentação, sedentarismo, abuso de analgésicos, ansiedade, depressão e problemas de sono. "Esses fatores deflagram a dor, e podem transformar uma dor eventual em uma dor crônica" Temos no nosso conhecimento médico-acupuntura, toda a fisiopatologia e etiopatologia da MTC. Neste momento o que eu destaco é a dor aguda que os pacientes vem buscar a ajuda medica. Provavelmente tem as características acima citadas mas não consegue fugir da situação, então, no primeiro momento o que acho mais oportuno é aliviar o sintoma principal, trazendo alivio e bem estar neste momento. Num segundo encontro podemos começar a explorar as causas principais e como prevenir a cefaleia. Usamos as recomendações da MTC para tratar a cefaleia: fazer diagnostico dos meridianos envolvidos, com base na localização e trajeto da dor. Tipos de cefaleias (Tou Tong): Tai yang, shao yang, Yang ming e Jue yin. Sem se importar as síndromes envolvidos nos primeiros dias de tratamento por acupuntura. A medida que o paciente sente o alivio do sintoma de cefaleia, tem mais clareza e maior compreensão da discussão com o médico, possibilitando seguir as recomendações do médico. Tipos de Cefaleias e os sintomas Tai yang: áreas do meridiano de Bexiga: desde canto interno do olho, irradiando para a nuca e desce na linha paravertebral. Área do meridiano ID: área da cintura escapular. Shao yang: área do meridiano de VB: canto externo do olho, irradiando lateralmente pela área fronto-parietal e temporal. Área do meridiano SJ e VB: nuca. Yang ming: área do meridiano de E: seios para nasais (área de irradiação dos seios da face), frontal. Área do meridiano de IG: maxilar e região do musculo ECM. Jue Yin: sendo o único meridiano Yin que provoca dor de cabeça aguda, os pontos seguem o trajeto dos meridianos yang envolvidos (mais comuns VB e B), mais o meridiano F que acalma o fogo interno ou vento interno. O paciente sente, geralmente, bastante alivio, acima de 70% de melhora já na primeira sessão, se não for alcançado, talvez não acertamos o cerne da questão.... * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 84 TALK SHOW: VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: PEDIATRIA LO SZ HSIEN O uso da acupuntura em pediatria possui uma série de particularidades que envolvem fatores maternos/paternos, idade da criança, patologia principal e associados, fatores ambientais, etc.. Devemos analisá-las de forma minuciosa e isenta tanto pela medicina ocidental quanto pela MTC. Com isso, encontrarmos a melhor solução e propô-las aos pais. A criança tem medo, muito medo das agulhas, por isso é melhor não tocar no assunto na 1ª consulta, que deve ser mais um bate-papo e para conhecimento mútuo. Temos a possibilidade de usarmos as agulhas e também laser, moxabustão, massagens e ventosas(por sucção). A partir dos 5 anos já podemos deparar com crianças que aceitam as agulhas, no entanto, não estimular e usar no máximo 6 agulhas. Com laser vejo melhores resultados quando estimulo maior número de pontos. Na Enurese noturna, tema da minha apresentação, reitero que a resposta é boa em geral para crianças a partir dos 5 anos tendo efeito em torno da 5ª sessão. Os pais notarão que a criança acorda mais fácil, o lençol molhado passa a incomodar, e até levanta par tirá-lo. É claro que restrição hídrica se impõe no período noturno e também a terem boas horas de sono. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 85 ASPECTOS LEGAIS DO USO DA FITOTERAPIA BRASILEIRA LUIS CARLOS MARQUES A fitoterapia corresponde ao uso das plantas e suas formulações como medicamento, seja atuando de forma preventiva, curativa ou auxiliar a outros tratamentos. Sua presença no Brasil foi marcante no final do século 19 e começo do século 20, decaindo expressivamente com a era da síntese química ocorrida a partir dos anos 1930. O ressurgimento da fitoterapia em termos de aceitação por parte dos pacientes ocorreu nos anos 1960, com crescente presença comercial desde então, ampliada pelo surgimento do conceito dos alimentos funcionais e seus impactos nos hábitos de consumo. As normas legais brasileiras na área de medicamentos baseiam-se na Lei federal 6360 de 1976; porém sua elaboração não incorporou as tendências de ressurgimento da fitoterapia e não teve qualquer impacto na organização e controle desse segmento incipiente à época, permitindo todo tipo de desvios e inadequações, que persistiram por décadas. Assim, após um amplo processo de discussão e formulação civis, o governo brasileiro iniciou no ano de 1994 o processo de elaboração das normas legais brasileiras para este segmento, particularmente no aspecto de segurança, eficácia e qualidade para produtos fitoterápicos comerciais. A norma pioneira foi a portaria SVS nº 06 de 1995, substituída posteriormente pela RDC Anvisa nº 17 de 2000, RDC 48 de 2004, RDC 14 de 2010 até a atualmente em vigor RDC 26 de 2014. Normas complementares foram elaboradas, definindo listas de espécies para registro simplificado, listas de obras bibliográficas consideradas adequadas para pontuação de tradicionalidade bem como uma série de outros aspectos técnicos, como boas práticas de fabricação, validação analítica, roteiro de estudos pré-clínicos, orientações para estudos clínicos, dentre outras. Assim, após quase 20 anos, o Brasil passou de um quadro absolutamente ausente e permissivo que gerou produtos inadequados, adulterados e tóxicos, para uma fase normatizada com regras progressivamente debatidas e amadurecidas entre os segmentos envolvidos, empresas, associações da sociedade civil e órgãos de governo. Portanto, nesta área, estamos alinhados ao que ocorre nos centros mais desenvolvidos do mundo em termos de regulação da fitoterapia. Com base nessa experiência, da qual efetivamente tive participação e tendo em vista também o momento em que o órgão regulador federal decide iniciar um processo de monitoramento do setor de produtos da Medicina Tradicional Chinesa, estamos nos propondo a participar do levantamento do status desse segmento no Brasil e da proposição de medidas que se mostrem adequadas e viáveis para consolidar a MTC no país, em termos legais. Para isso, precisamos conhecer adequadamente os aspectos de origem de matérias primas e produtos acabados, seu processo de importação e questões administrativas facilitadores ou impeditivas relacionadas, os aspectos de qualidade envolvidos, seja na execução ou monitoramento e ainda das responsabilidades de sua execução, temas como registro, isenção, listas positivas, farmacopeias de referência e outras obras afins, questões como comercialização, rotulagem de produtos, habilitação de prescritores e dispensadores, dentre outros aspectos menores mas não menos importantes. Portanto, trata-se de um momento oportuno para esta atividade, sendo executada diretamente por uma mestranda da Unian e com acompanhamento específico de minha parte e de outros profissionais diretamente vinculados à MTC e à Associação Paulista de Fitoterapia. Esperamos, desse modo, conseguir contribuir efetivamente à necessária caracterização do segmento e, a partir disso, indicar melhores práticas reguladoras à Anvisa e ao próprio segmento. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 86 NEUROFISIOLOGIA DA ACUPUNTURA LUIZ BIELLA DE SOUZA VALLE Tecnicamente a acupuntura pode ser considerada uma contrairritação e entre os principais mecanismos envolvidos na analgesia por acupuntura estão o controle inibitório nocivo difuso e a hiperestimulação. A analgesia por contrairritação é aquela decorrente da aplicação de um estímulo nocivo em uma parte do corpo o que provoca inibição da dor em outra parte. Diferentes técnicas têm sido utilizadas na contrairritação: bolsa de água quente/fria, estimulação elétrica, aplicação de irritantes, etc. Entre eles, a acupuntura se destaca pela simplicidade, alta eficácia, baixo custo, elevada reprodutibilidade e por ser minimamente invasiva. O controle inibitório difuso é um fenômeno pelo qual todas as atividades dos neurônios convergentes medulares (corno dorsal da medula espinal) são inibidas por estímulos nocivos aplicados em áreas remotas (à dolorida) do corpo (contrairritação). A hiperestimulação, baseia na excitação de um grupo de neurônios da medula espinhal por fibras finas e grossas (advindas de uma região corporal). Esta excitação alcança níveis superiores e uma cascata central representada por um sistema de projeções inibitórias que se origina na formação reticular do tronco cerebral modula a atividade nervosa em diferentes níveis. Através da ressonância magnética funcional (fMRI) demonstra-se que a acupuntura recruta uma rede encefálica com ampla distribuição cortical, subcortical e do tronco encefálico que se superpõe às áreas envolvidas com a dor exercendo, porém, efeito oposto à dor através de mediação predominantemente opioidérgica e monoaminérgica. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 87 VIVÊNCIAS E USO DA FITOTERAPIA COM PLANTAS BRASILEIRAS LUIZ CARLOS SOUZA SAMPAIO Sensu lato, definimos fitoterapia como a utilização de material vegetal com finalidade terapêutica. Seu desenvolvimento se deu praticamente em todos os povos, independente de seu nível evolutivo. No Brasil, o uso de vegetais como medicamento remonta à cultura indígena posteriormente mesclada com a européia colonizadora. Fazem parte dessa cultura as mezinhas (palavra de origem portuguesa derivada do latim medicina - remédio), onde as receitas ancestrais foram passadas de geração a geração através do ensino oral. Populares em grande parte do país, ainda hoje são utilizadas de modo alternativo aos fármacos oficiais sob a forma de garrafadas ou chás, prescritos com base na tradição. A cultura popular, entretanto, indica o uso mas não comprova sua eficiência e eficácia, não conhece seus princípios ativos ou mecanismo de ação. Com a Portaria 971 de 2006 do Ministério da Saúde que instituiu a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, a fitoterapia foi instituída como terapêutica na atenção básica à saúde. Definida na Portaria como a: “Terapêutica caracterizada pelo “uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal” é descrita também como integradora por incentivar “o desenvolvimento comunitário, a solidariedade e a participação social”. Sua apresentação pode ser nos seguintes produtos: planta medicinal “in natura”, planta medicinal seca (droga vegetal), fitoterápico manipulado e/ou fitoterápico industrializado. A Política favoreceu o desenvolvimento de estudos, com metodologia científica adequada, que têm confirmado ou refutado o uso popular de várias plantas, bem como isolado seus constituintes químicos esclarecendo quais se enquadram na categoria de princípios ativos. A ANVISA define como: Medicamentos fitoterápicos: - feitos à base de plantas; - testados em laboratórios; - com adição de produto sintético. Produtos fitoterápicos: - usados pela população há mais de 30 anos; - exemplo: alho e gengibre, que são anti-inflamatórios; - sem adição de produtos químicos; - não foram avaliados em laboratórios; - podem ser vendidos desidratados ou em pó; - encontrados sem adição de nenhuma química. No Diário Oficial da União - DOU de 14 de maio de 2014, Seção 1, p. 52 a 61, a ANVISA publicou a Resolução RDC nº 26 que trata das formas de liberação de fitoterápicos, se registrados quando medicamentos fitoterápicos, ou registrados ou notificados quando se tratarem de produtos tradicionais e a Instrução Normativa nº 2 que lista as plantas que são já reconhecidas como seguras e eficazes, sendo declaradas pela Anvisa como de registro simplificado, ambas de 13/05/2014. Exemplos de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado: 1- aesculus hippocaustanus L. Nome popular - Castanha da Índia Parte utilizada - sementes Marcador - glicosídeos triterpênicos expressos em escina anidra Derivado vegetal - Extratos Indicações - fragilidade capilar, insuficiência venosa Dose diária - 32 a120mg de glicosídeos triterpênicos expresso em escina anidra Restrição de uso - venda sem prescrição médica * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 88 2 - mentha piperita L. Nome popular - Hortelã-pimenta Parte utilizada - folhas Marcador - 35 a 55% de mentol e 14 a 32% de mentona Derivado vegetal - óleo essencial Indicações - expectorante, carminativo e antiespasmódico. Tratamento da síndrome do cólon irritável Dose diária - 60 a 440 mg de mentol e 28 a 256 mg de mentona Restrição de uso - sem prescrição: expectorante, carminativo, antiespasmódico; com prescrição médica síndrome do cólon irritável Exemplo de produtos tradicionais fitoterápicos de registro simplificado: 1 - arnica montanha L. Nome popular - arnica Parte utilizada - capítulo floral Marcador - lactonas sesquiterpênicas totais expressas em tilado de diidrohelenalina Derivado vegetal - extratos Alegação de uso - equimoses, hematomas e contusões Concentração da forma farmacêutica - 0,16 a 0,20 mg de lactonas sesquiterpênicas totais expressas em tilado de diidrohelenalina por ml Via de administração - tópica Restrição de uso - venda sem prescrição médica, não utilizar em feridas abertas 2 - hamamélis virginiana L. Nome popular - hamamélis Parte utilizada - folhas Marcador - ganimos totais expressos em pirogalol Derivado vegetal - extratos Alegação de uso - interno: alívio sintomático de prurido e ardor associado a hemorróidas; externo: hemorróidas externas e equimoses Concentração da forma farmacêutica - uso interno: 420 a 900 mg de taninos totais expressos em pirogalol; uso tópico: 0,35 a 1 mg de taninos totais expressos em pirogalol por 100 mg ou 3,5 a 10 mg de taninos totais expressos em pirogalol por ml Via de administração - interna e tópica Restrição de uso - venda sem prescrição médica Em contrapartida aos medicamentos fitoterápicos e produtos tradicionais a RDC 14 de 31 de março de 2010 a ANVISA publicou uma lista de plantas que podem ser usadas como medicinais exclusivamente na forma de chás (decoto ou infuso). A lista é composta por 66 espécies com suas indicações, formas de utilização, indicações e contraindicações. São elas: Alcachofra - Cynara scolymus Alcaçuz - Glycyrrhiza glabra Alecrim - Rosmarinus officinalis Alecrim pimenta - Lippia sidoides Alho - Allium sativum Anis estrelado - Illicium verum Anis, Erva doce - Pimpinela anisum Arnica - Arnica montana Aroeira da praia - Schinus terebinthifolia Assa peixe - Vernonia polyanthes Barbatimão - Stryphnoden dromadstrigens Bardana - Arctium lappa Boldo baiano - Vernonia condensata Boldo do chile - Peumus boldus Boldo nacional, Hortelã homem, Falso boldo, Boldo africano - Plectranthus barbatus Cajueiro - Anacardium occidentale Calêndula - Calendula officinalis Camomila - Matricaria recutita Canela - Cinnamomum verum Capim santo, Capim limão, Capim cidreira, Cidreira - Cymbopogon citratus Carqueja - Baccharis trimera Cáscara sagrada - Rhamnus purshiana Castanha da índia - Aesculus hippocastanum * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 89 Cavalinha - Equisetum arvense Chambá, Chachambá, Trevo cumaru - Justicia pectoralis Chapéu de couro - Echinodorus macrophyllus Curcuma, Açafrão da Terra - Curcuma longa Dente de leão - Taraxacum officinale Erva baleeira - Cordia verbenacea Erva cidreira, Falsa melissa - Lippia alba Erva de bicho, Pimenteira dágua - Polygonum punctatum Espinheira santa - Maytenus ilicifolia Eucalipto - Eucalyptus globulus Garra do diabo - Harpagophy tumprocumbens Gengibre - Zingiber officinale Goiabeira - Psidium guajava Guaçatonga, Erva de lagarto - Casearia sylvestris Guaco - Mikania glomerata Guaraná - Paullinia cupana Hamamélis - Hamamelis virginiana Hortelã pimenta - Mentha x piperita Jucá, Pau ferro - Caesalpinia ferrea Jurubeba - Solanum paniculatum Laranja amarga - Citrus aurantium Macela, Marcela - Achyrocline satureioides Malva - Malva sylvestris Maracujá - Passiflora alata Maracujá - Passiflora incarnata Maracujá azedo - Passiflora edulis Melão de São Caetano - Momordica charantia Melissa, Erva cidreira - Melissa officinalis Mentrasto, Catinga de bode - Ageratum conyzoides Mil folhas - Achillea millefolium Mulungu - Erythrina verna Picão - Bidens pilosa Pitangueira - Eugenia uniflora Poejo - Mentha pulegium Polígala - Polygala senega Quebra pedra - Phyllanthus niruri Romã - Punica granatum Sabugueiro - Sambucus nigra Salgueiro - Salix alba Sálvia - Salvia officinalis Sene - Senna alexandrina Tanchagem, Tansagem, Tranchagem - Plantago major Unha de gato - Uncaria tomentosa Por questão de segurança em termos de responsabilidade ética, civil e criminal é recomendável que a prescrição da fitoterapia seja restrita aos medicamentos fitoterápicos, aos produtos tradicionais, listados na Instrução Normativa de 13 de maio de 2014 e às espécies listadas na RDC 14 de 31 de março de 2010. Embora haja controvérsia sobre a aplicabilidade dos conceitos chineses sobre as espécies brasileiras, nossa experiência se mostrou positiva com seu uso. Se formos pensar em termos de excelência, na própria China não existe um rigor metodológico quanto ao cultivo, colheita e preparo das plantas medicinais. Somente agora, com o aumento do comércio exterior, também nos produtos farmacêuticos, é que o governo está implantando regras de padronização. Esperamos que esse congresso seja um estímulo para a formalização de ambulatórios específicos de fitoterapia chinesa com espécies brasileiras, onde se possam através de estudos clínicos mais sistematizados comprovar sua aplicabilidade, eficiência e eficácia. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 90 DOR MIOFASCIAL - ABORDAGEM OBJETIVA PARA O ACUPUNTURISTA MARCELO SAAD Síndrome dolorosa miofascial (SDM) é caracterizada pelo ponto gatilho (PG): região focal que, quando pressionada, reproduz a dor, inclusive seu padrão de irradiação. Fisiopatologia: múltiplos fatores complexamente encadeados (mecânicos, metabólicos, etc.), com sensitização de vias de dor. Quadro clínico: a palpação caracteriza o PG. armadilhas no diagnóstico: considerar os falsos positivos. Exemplo: retificação de lordose cervical pode não ser causa, mas sim uma posição antálgica reacional. Diagnóstico diferencial: a dor miofascial pode imitar dor visceral. Por outro lado, a dor visceral com irradiação somática é diagnóstico diferencial. Linha terapêutica: (a) inativação do ponto-gatilho; (b) remover fatores agravantes / perpetuantes; (c) biomecânica: postura, ergonomia; (d) estilo de vida: gestão do stress; exercício físico. Inativação do PG: agulhamento seco; infiltração; alongamento + spray gelado; compressão isquêmica. Modalidades assessórias: correção postural; massagem de liberação miofascial; meios físicos (calor; gelo; TENS; laser; massagem; hidroterapia) Plano do tratamento: além de analgesia, melhorar funcionalidade e promover reintegração a atividades (trabalho; esporte; outros). Identificar barreiras ao tratamento e fatores perpetuantes de dor. Otimização mecânica: restauração força-flexibilidade; orientações ergonômicas. Na visão oriental, o PG equivale ao ponto ashi, que é uma área dolorosa à pressão, localizada em canal tendino-muscular, originado por estagnação de energia. Muitos PG correspondem a pontos de acupuntura. Na MTC, toda dor é estagnação de qi e xue. Estagnação e bloqueio em meridiano leva a fraqueza dos tecidos moles musculoesqueléticos (na MTC, chamado de jin, ou jing), causando sua lesão. Tratamento na visão oriental inclui a dispersão da energia, desfazendo a estagnação. Mas a acupuntura deve ser associada a reabilitação. A acupuntura consegue redução da dor e inflamação. Mas reabilitação adiciona redução do estresse tecidual e restauração força e flexibilidade. Conclusão: a SDM é um caso de boa correlação entre as visões oriental e ocidental. O sucesso do tratamento depende do binômio diagnóstico correto + tratamento completo. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 91 SISTEMA DE ACUPUNTURA NO CRÂNIO MÁRCIA LIKA YAMAMURA O crânio é o local de manifestação do Jing Shen (Quintessência Energética dos Rins) por isto nele podem ter a localização de todo o corpo físico e mental. Foram descritos por nós três sistema de acupuntura no crânio: o SYALIC (sistema de acupuntura da linha de implantação dos cabelos), o sistema de acupuntura do osso occipital e o sistema deacupuntura dos pontos craniométricos. Todos estes sistemas têm grande aplicabilidade seja no Pronto Atendimento, seja ambulatorial pela sua praticidade e efeitos imediatos não somente nos adultos, mas também em crianças com fontanelas fechadas. Por meio destes sistemas podem ser tratados dores do sistema musculoesquelético e doenças de órgãos internos e, principalmente dores de origem emocional e patologia do sistema nervoso central como AVC, Parkinson, vertigens, desequilíbrio postural, cefaleias. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 92 USO DOS MERIDIANOS DISTINTOS E CURIOSOS NO PRONTO ATENDIMENTO DE ACUPUNTURA MÁRCIA LIKA YAMAMURA Considerando que todas dores periféricas têm componente emocional, não sendo i8mportante a emoção em si como a raiva, revolta, tristeza, preocupação, mas sim as significações dadas a ela como “ fardo que carrego, tenho de aguentar, quero fazer mas não posso, quero mudar mas não posso”. São estas e outras significações que afetam o sistema musculoesquelético e podendo causar dores e posteriormente processos inflamatórios e degenerativos.. Neste contexto,torna-se importante o uso dos Meridianos Distintos no tratamento de afecções dolorosas do sistema musculoesquelético. O mais importante é o Meridiano Distinto do Sanjiao (Triplo Aquecedor) que faz a transdução das significações das emoções para o corpo físico, por isto o ponto TA-16 (Tianyou), é por nós amplamente utilizado no Pronto atendimento de Acupuntura do HUSP/UNIFESP. Os Meridianos Curiosos são os que promovem lesões inflamatórias e degenerativas do sistema musculoesquelético culminando com tendinites, artroses, degeneração discal com consequente dor neste sistema. Quando se tratar de dores crônicas d0o sistema musculoesquelética associada com sono não reparador é utilizado o Meridiano Curioso Yang Qiao pelo seu ponto relacionado, o B-62 (Shenmai); se tiver estas dores associadas com hipertemia é utilizado o Yang Wei pelo seu ponto TA-5 (Waiguan); quando houver dores na coluna vertebral com rigidez vertebral (retificação) é feito o uso do Meridiano Curioso Du Mai com o seu ponto ID-3 (Houxi) e se tratar de dores articulares (poliartralgia) é empregado o Meridiano Curioso Dai Mai, com o seu ponto VB-41 (Zulinqi). * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 93 POEMA ABC DA ACUPUNTURA NA TERAPÊUTICA DA DOENÇA DERMATOLÓGICA MARCIA MARIA OZAKI REGUERA Discussão sobre a acupuntura voltada ao tratamento dermatológico, teoria básica, discussão sobre os pontos mais citados na literatura, e o resgate de um antigo poema originário de Taiwan, modelo utilizado na antiguidade para a transmissão oral do conhecimento para os mais jovens. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 94 FUNDAMENTALS OF MEDICAL THERMOGRAPHY: ACUPUNCTURE PRACTICE MARCOS LEAL BRIOSCHI Abstract: Scientists attempt to shine scientific light upon the most remarkable of the eastern medical procedures: acupuncture. Acupuncture is an essential component of Traditional Chinese Medicine (TCM) and is finding increased application in therapeutic concepts for treating various illnesses. The most important effective structural elements are acupoints which are divided topographically into specific meridians. Many references regarding the qualitative characteristics of acupoints are available and histological tests seem to prove this for a number of acupoints. The usage of advanced exploratory tools, such as infrared imaging (IR) can provide revealing insights. IR imaging helps study the acupoints distribution and the course of “energetic paths” in acupuncture (called meridians in TCM). According to TCM the vital energy flows through a system of channels also called meridians. This technique of temperature measurement has already been used in several studies dealing with acupuncture research. Advantages of this method are the high local image definition as well as optical data registration without requiring skin contact. In addition, the method is passive, i.e. no energy is transmitted into the body and thus is completely harmless. This allows longer examination times and therefore can also be used on infants. Dynamic changes in temperature distribution, as possible during acupuncture can be registered well and reliably. In all subjects a short-term cooling effect on superficial hand temperature occur following needle placement. Also Heat-Tonification method mobilizes Qi and activates blood through influence over the vegetative nervous system that led to readjustment of blood circulation and elevation of temperature over the trunk and extremities, and the distribution of temperature elevation followed the course of the meridians mostly (Figure 1). Thereafter, acupuncture stimulation produces different generalized long-lasting effects. IR examinations over the acupuncture points allow the performance of objective medical treatments by observing the transition of temperature gradients. IR imaging also opens a new window into understanding the energy transfer dynamics of the human body. Furthermore, it is likely that living matter is not in the ground state, but permanently electronically excited. Medical infrared imaging (MII) provides a non-radiating and contact-free method to display sympathetic skin vasomotor response, inflammation or vascular skin perfusion. Skin galvanic impedance, vasomotor and sudomotor functioning can be assessed through infrared skin response studies. The efficiency of new high definition MII systems make it a valuable auxiliary for detecting thermal abnormalities characterized by increases or reductions in skin heat. Figure 1. Electric acupuncture of bicipital tendonitis case. The needling reduced the hot spot at shoulder. Conclusion: the needle was inserted at right acupoint that increased the sympathetic vasomotor reflex and relived the pain. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 95 FUNÇÃO DOS PONTOS MOTORES NO TRATAMENTO DE AFECÇÕES INESTÉTICAS DO CORPO MARIA ASSUNTA YAMANAKA NAKANO Pontos Motores são pontos de melhor resposta do músculo ao estímulo elétrico por se tratar de área com maior concentração nervosa onde o nervo penetra no ventre muscular. Na acupuntura são utilizados principalmente para tratamento de afecções neuromusculares, mas também utilizados para tratamento de diversas afecções inestéticas como na celulite, flacidez, rugas, estrias, manchas hipo e hipercromicas e cicatrizes de origens variadas. Esta aula irá expor os pontos motores do corpo e sua aplicabilidade na dermatologia estética. Por exemplo o ponto P-3 (Tianfu) é um ponto motor com ação sobre o músculo bíceps braquial. Portanto a sua ação locoregional será no braço tratando a flacidez, rugas, celulite, estrias e manchas da região. Não se deve esquecer que os pontos de acupuntura tem ação energética tradicional, como neste caso, regular o Qi do Pulmão, o que favorece bastante as trocas metabólicas e oxigenação tecidual. Assim serão discutidos os principais pontos motores do corpo incluindo dorso, abdome, MMII e MMSS. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 96 VITILIGO MARIA ASSUNTA YAMANAKA NAKANO Vitiligo é uma patologia pigmentar da pele onde ocorre uma despigmentação localizada ou generalizada da pele pela perda dos melanócitos de causa ainda totalmente não identificada. A causa auto imune é uma das hipóteses mais aceitas, e a desfiguração agrega à doença, o estado emocional , não somente o estado emocional desencadeante mas o estado emocional após a doença. Abranger estes fatores se torna essencial para estabilização em primeiro momento e posterior repigmentação. A medicina ocidental e medicina chinesa pode e deve se complementar no tratamento do vitiligo. Sob o ponto de vista da Medicina Chinesa, o vitiligo entra dentro das doenças com evolução intermediária entre Yang e Yin. Pode-se dizer que se trata da patologia do Qi envolvendo vários órgãos e sua conseqüência para pele. No tratamento é muito importante estabilizar o quadro emocional e nessa mesma linha o tratamento com acupuntura envolve pontos que Irão tratar também a mente como o tratamento dos canais distintos. Em especial o ponto B-42 (Pohu) Janela da Alma Corpórea é um ponto que libera a respiração quando o Po está contraído pela preocupação, tristeza e pesar. Acalma o Shen, aumenta o auto estima, alem de nutrir o Fei. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 97 ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA FIBROMIALGIA MARIA CRISTINA S. CERQUEIRA E SILVA A fibromialgia é definida como uma síndrome de dor e dolorimento à palpação, generalizada e associada a rigidez articular, fadiga intensa e distúrbios do sono. Em grande maioria dos pacientes, os sinais e sintomas têm início insidioso, muitas vezes podendo-se associar a quadros emocionais intensos ou perdas importantes e à depressão concomitante. A acupuntura se mostra um método eficaz para o tratamento da fibromialgia, uma vez que provoca o alivio da dor, melhorando o cansaço, sono, rigidez, ansiedade e depressão, favorecendo assim uma melhora da qualidade de vida. A técnica também se mostra benéfica quanto à diminuição dos níveis dolorosos e da contagem dos “tender points”. Obtiveram-se depoimentos de pacientes com fibromialgia que realizavam, tratamento com acupuntura no Hospital de Clínicas de Curitiba, que transcrevemos a seguir; “Antes da acupuntura me sentia extremamente desamparada”; “Não senti diferença nenhuma com os medicamentos, vi a acupuntura como uma luz no fim do túnel, segura muito, põe no trilho”; “Eu me sentia refém dos medicamentos e seus efeitos colaterais”. O conhecimento destes fatores pode se traduzir como subsídio para se implementar seu tratamento, representando melhoria da qualidade de vida, redução da ingesta de fármacos, redução de custos para o sistema de saúde e maior satisfação do usuário de acupuntura que se torna mais aderente aos tratamentos da Medicina Tradicional Chinesa. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 98 ACUPUNTURA EM DOENÇAS HEMATOLÓGICAS MARIA PAULA MAYA ARANALDE O Xue (Sangue) é uma das matérias básicas segundo as concepções da Medicina Tradicional Chinesa, juntamente com o Qi (Energia). Jing (Essência), Shen (Espírito) e Jin Ye (Líquidos Orgânicos). O congresso Americano de Hematologia em 2009 dedicou uma sessão plenária para debater a contribuição das medicinas alternativas e complementares para a prática hematológica. A partir do artigo do Dr. Volker Diehl, estabelecemos um paralelo para discutir a abordagem do paciente, indicações, contra-indicações e os tratamentos para as doenças hematológicas. A hematopoiese descrita sob os aspectos citológicos e histológicos é comparada aos aspectos energéticos da MTC para a formação do Xue (Sangue). As funções do Xue (Sangue) são nutrir e umedecer os tecidos do corpo inteiro, olhos e extremidades e ser a base material para a atividade mental. Os cinco Zang estão envolvidos na formação e atividade do Xue: o Xin (Coração) governa o Xue, o Pi mantém o Xue nos vasos, o Fei permite a difusão do Xue, o Gan guarda o Xue e o Shen (Rins) fabrica o Xue. Apresentamos os aspectos terapêuticos das técnicas de meditação e relaxamento, práticas corporais, ginástica terapêutica, reflexologia podal e Mobilização do Qi Mental (Drs. Yamamura) para os pacientes com doenças hematológicas. Os alimentos mais adequados dentro dos conceitos da MTC para nutrir o Xue. Auriculoterapia e pontos de Acupuntura para o tratamento das patologias hematológicas e síndromes do Xue. Bibliografia consultada: Diehl V. Hematology Am Soc Hematol Educ Program. 2009:320-5; Auteroche, B. O Diagnóstico na Medicina Chinesa. Andrei Editora, 1992; Hoffbrand, A. V. Essential Haematology. Oxford: Blackwell Publishing, 2001, Ross, J. Zang Fu – Sistemas de Órgãos e Vísceras da Medicina Tradicional Chinesa. São Paulo: Roca, 1994, Yamamura, Y. Acupuntura Tradicional – A Arte de Inserir. Roca, 2001; Van Nghi, N. Huangdi Neijing Lingshu. Center AO, 2008; Yamamura, Y. & Yamamura, M. Propedêutica Energética. Center AO, 2011; Yamamura, Y. Alimentos - Aspectos Energéticos, TRIOM, 2003 * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 99 AURICULOACUPUNTURA NO PRONTO ATENDIMENTO MARIA VALERIA D. BRAGA Vou falar nesse ano as emergências em clínica médica. Lembrar que podemos utilizar só os pontos na orelha sem ter necessidade do tratamento sistêmico, principalmente em crianças ou pessoas com medo de agulha, mas também pode ser associado à acupuntura sistêmica. Como os tratamentos que vou propor a vocês utilizamos mais de um ponto, sugiro o uso de sementes. Crise de asma: Sangria no ápice da orelha, ponto simpático e ponto suprarrenal tem efeito bronco dilatador imediatos. O ponto stop asma indicado muito nos livros pode ser utilizado, mas tem mais efeito para diminuir a tosse. Outros pontos são brônquio, traqueia, pulmão, área da alergia e ponto endócrino. Obstrução nasal: Ponto nariz interno, orelha externa e pulmão. Se a paciente apresentar rinorréia fazer sangria no ápice da orelha e ponto suprarrenal. Se for devido à alergia acrescentar área da alergia, suprarrenal, baço e endócrino. Se devido à hipertrofia dos cornetos suprarrenal e diafragma. Crise hipertensiva: Sangria no ápice da orelha, ponto hipotensor, shen men, rim, fígado, coração, frontal, simpático e ponto subcórtex vascular. Taquicardia, fibrilação: Shen men, occipital, coração, intestino delgado, tórax, ponto diminuição do ritmo cardíaco, subcórtex vascular, ponto do nervo vago. Doenças do tubo digestivo: São patologias que tem muita eficácia com auriculoacupuntura. Procurar o sempre o ponto correspondente na área em U ao redor do ramo ou raiz da hélice, achando o ponto comprometido saberemos com a região que se encontra dolorida, exemplo estomago ou duodeno, etc. Temos que usar nas patologias digestivas o ponto chave que corresponde ao ponto relacionado ao sistema nervoso e que potencializa o tratamento. Nas patologias digestivas o ponto chave é o ponto central que corresponde ao nervo vago. Lembrar que no caso das doenças com sintomas de hipersecreção gástrica, isso é sintoma de queimação usar ponto cardia que diminui a secreção gástrica e ponto simpático que diminui a secreção glandular. Para essas patologias usar também o ponto subcórtex digestivo. Doenças ginecológicas: Também muito eficaz com auriculo. Temos quatro pontos básicos ginecológicos, são eles: útero, endócrino, pituitária e ovário. Quando temos um caso de dismenorréia usar os quatro pontos básicos e acrescentar ponto pelve, jiao inferior e simpático. Lembrando sempre que o ponto simpático relaxa a musculatura uterina, mas é contraindicado em hemorragias porque provoca vasodilatação. Nos casos de TPM, usar os quatro pontos básicos mais fígado, subcórtex nervoso e simpático. Nos casos de irregularidade menstrual usar os quatro pontos básicos e mais rim, fígado e gonadotrofina. Menopausa os quatro pontos básicos, mais gonadotrofina, ansiedade, fígado, rim, coração e o ponto simpático que é o ponto principal para fogacho. Pontos contraindicados na gravidez: os quatro pontos básicos e mais jiao inferior, abdome e área de distensão abdominal. Pontos para tratar emergências emocionais: Fazer sempre sangria no ápice isso tem efeito muito importante para acalmar e clarear a mente. Se a pessoa tiver muito nervosa ou irritada fazer também sangria na hélice 4. O ponto shen men deve ser feito sempre com o ponto occipital por que os dois juntos possuem efeito sinérgico. O ponto subcórtex nervoso alivia a tensão. Para diminuir a ansiedade temos o ponto ansiedade no lóbulo da orelha e fazer também o ponto correspondente na parte posterior da orelha que é o ponto felicidade. Muitos pacientes queixam-se de insônia para estes pacientes que tiverem mais dificuldade para iniciar o sono façam área da neurastenia e ponto boca. Para pacientes com sono leve façam ponto posterior no lóbulo da orelha que é o chamado ponto do sono profundo e se muitos pesadelos área dos sonhos excessivos também na parte posterior no lóbulo da orelha. Para síndrome de pânico, fazer ponto neurastenia, SCN, ponto felicidade, ponto vesícula biliar, rim e fígado. Outra emergência sobre esfera emocional são relacionadas aos exames, provas ou vestibulares. Fazer nesses casos shen men, occipital, simpático, coração, rim, baço, ansiedade, subcórtex nervoso. E os pontos que aumentam a memoria são eles; ponto frontal, ponto inteligência, sulco posterior cerebral e tálamo. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 100 FITOTERAPIA CHINESA NA MENOPAUSA MARIA VALERIA D’AVILA BRAGA A fitoterapia chinesa pode contribuir muito para os sintomas de climatério e pode ser associado a acupuntura para um maior efeito terapêutico e um melhor beneficio para as nossas pacientes que tanto sofrem nesse período. Já a uso há algum tempo por minha escolha pessoal e, nunca usei hormônios, utilizando em minhas pacientes com muito sucesso. Eu prefiro usar a fitoterapia chinesa por ela ter o mesmo raciocínio fisiopatológico da acupuntura. Ela tem princípios energéticos físicos e diferentemente da fitoterapia tradicional que apresenta princípios energéticos químicos. Não tenham medo de usar. Prefiro usar as ervas do laboratório fitoformula, um excelente laboratório com padrão internacional, aprovado pela Anvisa, laboratório esse que tem sistema de entrega para todo Brasil. Nunca tive problemas. Não tenho a pretensão de que vocês saiam daqui prescrevendo e isso não seria bom pois, para prescrever é necessário ser treinado e fazer o diagnostico correto da desarmonia do paciente. Só quero mostrar para vocês que fazendo a fitoterapia chinesa abre-se muito o leque de acerto frente a sua paciente. Enfim, os problemas ginecológicos são um sucesso com o casamento de acupuntura e fitoterapia Chinesa. A formula de primeira escolha é Jia Wei Xiao Yao San, desde que a paciente não tenha contra indicação de hormônios, ou ervas com efeitos estrogênicos. É a erva para quem pode e não quer fazer uso de hormônios, ou apresentou efeitos colaterais dos hormônios. A formula magistral chinesa Jia Wei vai ter ação em quase todos os sintomas do climatério, são eles: ver quadro abaixo. Jia Wei Xiao Yao San é uma formula magistral Chinesa com efeito harmonizador, sendo utilizada para equilibrar sistemas, harmonizar o Zang Fu, promover o equilíbrio Yin e Yang, aliviar a estagnação do Qi do Gan, harmonizar o Gan e com isso tem efeito nas emoções, elimina o calor, tonifica o Xue, adstringe o Yin, tonifica o Baço eliminando a retenção de líquidos. A segunda formula a ser usada seria Gan Mai Da Zao porque na menopausa está sempre presente um calor que provoca uma síndrome de excitabilidade nos órgão devido a insuficiência de Xue e de insuficiência de Yin , mesmo que ainda não se mostre em evidencia. O órgão que fica muito prejudicado é o Xin, ficando a mulher inquieta, irritada e provocando insônia que é uma queixa muito frequente. A erva muito importante nessa formula é o Fructus tritici. Se o fogacho ainda for muito intenso, temos duas opções: - Se for muito intenso a noite e com sintomas evidentes de deficiência de Yin, rubor facial, suores noturnos, boca seca e constipação, associar Liu Wei Huang Wan, ou Zhi Bai Di Huang Wan, de preferência ao Zhi Bai porque este possui mais ervas para tirar o calor. - Se o fogacho for muito intenso o dia inteiro, e não cessou com Jia Wei, fazer uso associado da formula Nu Shen San que tem a função de potencializar Jia Wei para tirar mais a estagnação do Qi do Gan e diminuir (clarear) o calor. - Se a paciente ainda se encontra muito irritada ainda temos a opção de usar Chai Hu Shu Gan Tang ou ainda Chai Hu Long Gu Mu Lin Tang. Pode ainda ser utilizado um produto para pele seca que as pacientes gostam muito que é o pó de Perola e Angelicae composto em creme, assim como creme vaginal de Angelicae composto. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 101 As pacientes que tem contra indicação de ervas com efeito estrogênico, elas vão ate você pela acupuntura. Façam o que puderem em acupuntura e auriculo, e proponham algumas ervas, mas não forcem. Tratamento de ervas sem efeito estrogênico: Não usar Jia Wei Xiao Yao San, por causa da erva Radix Angelica Sinensis. Vocês podem pedir ao laboratório fitoformula manipularem o Nu Shen San sem a Angélica. Em casos de deficiência do Yin, usar Zhi Bai Di Huang Wan e as ervas tranquilizantes usadas para irritação, depressão e insônia podem ser Gan Mai Da Zao, Suan Zao Ren Tang e Chai Hu Jia long Gu Mu Li Tang. E interessante fazer o tratamento local da pele ou vagina seca dessas pacientes com uso de creme pó de perola. Já as pacientes que não tem contra indicação de hormônios podem usar na pele ou vagina creme de Angelica Composto, como já disse acima. Quero deixar aqui a minha gratidão eterna para o professor Dr. Lo Der Cheng (in Memoriam) que nos trilhou pelo caminho da fito. A todos os meus colegas do curso de fitoterapia que com suas duvidas e contribuições só acrescentaram conhecimentos, em especial ao melhor aluno de fito da minha época e hoje é um professor de fitoterapia Dr Bergamo. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 102 OMBRALGIA MARIA VALERIA D’ AVILA BRAGA O Ombro é uma articulação de difícil tratamento e na minha opinião deve ser feito sempre um tratamento multidisciplinar com a presença de um bom fisioterapeuta. Gostei muito da abordagem neurofuncional que aprendi no GEANF de Porto Alegre e achei que melhorou muito os meus resultados. Nessa abordagem neurofuncional a primeira coisa é conhecer muito anatomia, principalmente a anatomia funcional, porque independente da patologia teremos que saber qual musculo comprometido e qual eu vou tratar, e também conhecer muito os testes de encurtamento dos músculos, testes de força e testes de inibição motora. O Ombro é a maior e a mais complexa articulação do corpo humano. Tem: A) três ossos: úmero, escapula e clavícula. Quatro articulações: esternoclavicular, acromioclavicular, gleno umeral e escapulo torácica que é uma articulação funcional ou também chamada de articulação virtual. B) 19 músculos e C) 14 ligamentos. Portanto, esse conjunto de articulações do ombro proporciona um grande arco de movimentos em três planos: sagital, frontal e transverso. Diante disso concluímos que o ombro tem maior mobilidade e maior vulnerabilidade. Em relação a circulação, o ombro trabalha num processo de isquemia, a circulação sanguínea é terminal e inversamente proporcional a tensão, e quase sempre estamos tensionando os músculos do membro superior. O braço pendente em posição ereta ou na postura sentada tensiona os músculos e tendões que causam um processo de isquemia levando a alterações degenerativas e lacerações. Os pacientes que nos procuram já chegam com o diagnostico e com uma serie de exames complementares mas nem sempre esse diagnostico é a causa da dor e tem que ser feito uma anamnese completa e exame físico neurofuncional. A parte mais difícil é aprender o exame físico. Tem que se fazer inspeção estática, observar e comparar altura da escapula, alterações do trofismo da pele. Fazer inspeção dinâmica, os testes de encurtamento, testes de inibição motora, para diagnosticar os músculos disfuncionados. TRATAMENTO NEUROFUNCIONAL - Selecionar os músculos disfuncionados e tratar através dos pontos motores ou tronco nervosos. Aqui no caso das patologias do ombro os mais comumente envolvidos são supraespinhoso em 75% dos casos, infraespinhoso e subescapular. Ou tratar o tronco nervoso pegando o nervo supraescapular e ou nervo axilar e ou musculo cutâneo. - Tratar os esclerótomos envolvidos (cápsula, bursa e tendão ) - Tratar os pontos gatilhos miofasciais desativando-os - Dores crônicas desensibilização segmentar - Simpático vascular T1- T6 Quero agradecer imensamente ao Grupo de estudo de neuroacupuntura funcional, pelos ensinamentos paciência e profissionalismo, em especial a Dra .Jeanne Chao que me introduziu nesse longo caminho, pela amizade e generosidade. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 103 ACUPUNTURA EM ATLETAS DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTES AQUÁTICOS MÁRIO SÉRGIO ROSSI VIEIRA A prática de esportes, especialmente em nível competitivo, predispõe a Incidência significativa de lesões do aparelho locomotor. Os traumatismos diretos e indiretos, e o uso excessivo podem causar alterações biomecânicas, que se não tratadas adequadamente, impedirão o retorno desses atletas à atividade esportiva. A abordagem terapêutica será tanto mais eficaz quanto maior for a compreensão da fisiopatologia e dos mecanismos de lesão, incluindo nessa análise, aspectos profiláticos para minimizarmos as reincidências. A prática de acupuntura tem se mostrado eficiente quando inserida no programa reabilitativo desses atletas. A aula relata a experiência clínica da integração do uso da acupuntura no processo de reabilitação de lesões causadas pela prática de esportes, em atletas de nível olímpico, das Seleções Brasileiras de Pólo Aquático Masculino e Feminino, ao longo dos últimos dezenove anos. A programação proposta enfatiza que o objetivo do processo reabilitativo desses atletas é o de capacitá-los a retornarem ao nível funcional que apresentavam antes da lesão, no período mais breve possível, respeitando as sucessivas fases da cicatrização tecidual. As técnicas e as combinações de pontos mais utilizados são comentadas, fazendo-se paralelos entre anatomia superficial e profunda. Os protocolos utilizados para tratamento desses atletas também são discutidos. Como qualquer método terapêutico, possui suas limitações, contra indicações e variabilidades de resposta, dependendo da patologia, de sua fase evolutiva e do indivíduo acometido. De maneira geral, consideramos sempre que a sua aplicabilidade deva estar integrada a um conjunto de métodos, que atuem em toda a gama de variáveis envolvendo os fatores causais e a fisiopatologia da lesão. Associamos, assim, por exemplo, a acupuntura, ao programa de reabilitação, onde meios físicos, cinesioterápicos e mecanoterápicos estão também incluídos. Clinicamente, observamos que as técnicas de Acupuntura têm uma ação efetiva quanto à analgesia de processos causados por lesão somática nociceptiva. Uma ação menos evidente, embora presente acorre quanto ao controle analgésico de dor do tipo neuropática, fato este que evidência a importância da integridade do sistema nervoso periférico como transmissor dos estímulos de acupuntura. Podemos constatar também, que os quadros clínicos de contratura muscular reflexa aos traumatismos, respondem muito efetivamente à acupuntura, com uma resposta de relaxamento muscular localizado, quase que imediata à inserção das agulhas. A inativação de pontos gatilhos miofasciais é eficiente pela técnica de acupuntura, com respostas clinicamente observáveis após algumas sessões. E, finalmente, as técnicas de agulhamento localizado e profundo, podem ser de muita valia no sentido de promover quebras de traves fibróticas teciduais, e liberação de partes moles, sempre, como já enfatizado anteriormente, associados às técnicas de exercícios terapêuticos. Atletas de Seleções Brasileiras Olímpicas como a de Pólo Aquático, têm sido por nós tratados, através da acupuntura, nos últimos 19 anos. Os resultados clínicos são satisfatórios, fazendo com que hoje, essa seja uma das abordagens de primeira escolha para analgesia dos quadros de ombro do nadador e da disfunção patelo-femoral em atletas da Seleção Brasileira de Pólo Aquático. Mário Sérgio Rossi Vieira é especialista pela AMB e respectivas Sociedades Médicas em Acupuntura, Fisiatria e Medicina Esportiva. Mestre em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Médico Acupunturista responsável pelo Comitê de Terapias Complementares do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e médico da Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos (CBDA). * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 104 ACUPUNTURA EM OBSTETRÍCIA MARY UCHIYAMA NAKAMURA Até alguns anos atrás existia certo receio de que o uso de determinados pontos na gravidez, poderia ser prejudicial. O levantamento da literatura mundial, relatos de notórios especialistas chineses nos levaram à conclusão que esse receio é infundado. Estudos em ratas prenhes mostraram segurança materno-fetal1. Recomendamos, entretanto, que o bom senso deve prevalecer. Evitamos usar eletroestimulação, assim como pontos na região sacral e no abdômen em crescimento. Durante o pré-natal, a hiperemese gravídica pode ser controlada com ponto PC6 Várias pesquisas mostram a melhora da lombalgia gestacional. Em 2004, Guerreiro da Silva e col. evidenciaram menos dor e menos medicação no grupo tratado2. Outras manifestações de dor (IG4), como a enxaqueca (P7), túnel do carpo (PC7), podem encontrar alívio sem o uso arriscado de analgésicos e antiinflamatórios. A Acupuntura também pode ser efetiva em todos os problemas funcionais, como obstipação intestinal (E25), rinite (P9), insônia (C7) e psíquicos (PC6), que uma gestante pode apresentar, bem como para o crescimento fetal (E36 e R9), e versão, (B67). Pode ainda suprimir o trabalho de parto prematuro (BP4), MHEG (F3,BP9,R3), embora, para alguns, a sua melhor ação seja na indução (IG4,BP6). Pode contribuir consideravelmente para o trabalho de parto, promovendo analgesia no período de dilatação, com menor uso de ocitocina endovenosa. No período pós-natal, o melhor efeito relatado na literatura parece ser o de promover um melhor aleitamento materno (ponto E18). Outro campo do uso da Acupuntura em Obstetrícia é aquele da Fertilização in Vitro. Referências bibliográficas • Guerreiro da Silva AV, Nakamura UM, Cordeiro JÁ, Guerreiro da Silva JB. The effects of so-called ´forbidden acupuncture points´on pregnancy in wistar rats. Forschende komplementarmedizin 2011; 18:10-4. • Guerreiro da Silva JB, Nakamura MU, Cordeiro JA, Kulay LJr. Acupuncture for low-back pain in pregnancy: a prospective, quasirandomised, controlled study. Acupunct Med 2004 Jun; 22(2): 60-7. • Da Silva JB, Nakamura MU, Cordeiro JA, Kulay LJ. Acupuncture for insomnia in pregnancy: a prospective, quasi-randomised, controlled study. Acupunct Med 2005 Jun; 23(2): 47-51. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 105 SÍNDROME DOLOROSA MIOFACIAL DO JIAO SUPERIOR MARYANGELA DARELLA Síndrome Bi o Jiao Superior, é uma causa muito freqüente da procura dos pacientes pelo tratamento com Acupuntura. Trata-se de uma importante região de dor crônica que costuma responder muito bem com Acupuntura e com Eletroacupuntura. É comum que 70 á 100% da dor alivie após o tratamento com Acupuntura, porém é também freqüente que a dor retorne quando o paciente mantém as causas que desencadeiam a dor. Por isso é muito importante que além do diagnóstico de meridianos afetados e dos Zang Fu comprometidos, o médico Acupunturista observe junto com o paciente quais os fatores de seu entorno são desencadeantes e perpetuadores da dor. No Suwen capítulos 77 e 78 são descritos os 5 Defeitos e 4 Faltas que um bom médico Acupunturiatra não deve cometer ao avaliar um paciente. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 106 ACUPUNTURA NO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL MAURICIO HOSHINO É sabida a importância do acidente vascular cerebral como segunda maior causa de morte e como etiologia muito incapacitante, tirando a capacidade laboral e consequente impacto social desta doença. As atuais abordagens terapêuticas não são práticas, tampouco eficientes no sentido de recuperação, sendo muito mais voltadas na prática da profilaxia secundária. Neste contexto, abre-se um leque de possibilidade quando se comenta sobre a acupuntura, seu aspecto milenar e possibilidade de acrescentar uma alternativa ao atual cabedal de recursos disponíveis. A Medicina Tradicional Chinesa baseia-se que o princípio das doenças é secundária ao bloqueio do fluxo do qi, a energia vital que flui pelos meridianos. Inserir agulhas nos pontos de acupuntura harmonizaria o fluxo fisiológico. Sua simplicidade e ausência de efeitos adversos tornaram essa terapia atrativa aos olhos ocidentais desde os anos 70, permitindo múltiplos pequenos ensaios científicos publicados, porém carentes de profundidade cientifica, abalando a crença em sua efetividade, principalmente num mundo baseado em evidências. Recente revisão sistemática e meta-analise da eficácia da Acupuntura, publicada em 20141, avaliou 24 revisões sistemáticas, onde 12,5% analisaram efeito terapêutico, 25% efeito na reabilitação e 62,5% relacionados como intervenção em alterações secundárias ao AVC (disfagia, depressão, soluços, incontinência, espasticidade, ombro congelado, afasia). Nas revisões que focaram acupuntura como intervenção direta do AVC, demonstrou-se tendência limítrofe favorecendo acupuntura, com redução na taxa de mortalidade e dependência. Estudos sobre eficácia da acupuntura escalpeana demonstrou leve preponderância em seus resultados quanto a menores déficits neurológicos sequelares. Nas revisões que se centralizaram na Acupuntura como ferramenta para reabilitação, porém houve muita heterogeneidade nos dados para uma meta-analise mais apurada. Uma das revisões demonstrou ausência de eficácia na funcionalidade das atividades de vida diária; somados os estudos escalpeanos2, esses autores concluíram que a evidência da acupuntura como ferramenta adjunta na reabilitação é positiva, porém fraca. Nas revisões que avaliaram sintomas sequelares do AVC, do tipo melhora na paresia, foi possível inferir melhores respostas no Index de Barthel, na melhora do tônus muscular3 e nos outros escores neurológicos, apesar da baixa qualidade dos ensaios incluídos. Demais sintomas foram avaliados em revisões isoladas, sendo que apenas na revisão sobre depressão e outra sobre soluço houve sugestão de superioridade. BIBLIOGRAFIA 1.Zhang, Jun-huai, Wang, D; Liu, M. Overview of systematic reviews and meta-anayses of acupuncure for stroke. Neuroepidemiology 2014; 42: 50-58. 2. WangY, She J, Wang XM, Fu DL, Chen CY, Lu LY, Lu L, Xie CL, Fan JQ, Zheng GQ Scalp acupuncture for acute ischemic stroke: a metaanalysis of randomized controllled trials. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. 2012; 2012:480950. Epub 2012 Dec 4. 3. Acupuncture for the treatment of spasticity after stroke: a meta-analysis of randomized controlled trials.Park SW, Yi SH, Lee JA, Hwang PW, Yoo HC, Kang KS.J Altern Complement Med. 2014 Sep;20(9):672-82. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 107 TRATAMENTO OCIDENTAL DAS CEFALEIAS MAURICIO HOSHINO Tratamento agudo Anti-inflamatórios não hormonais endovenosos Sumatriptan Metoclopramida Neurolepticos Dihidroergotamina Dexametasona para profilaxia contra recorrências Tratamento profilático Cefaleia tensional Antidepressivos tricíclicos Onabotulinum toxina A Migranea Valproato de sódio e topiramato Evidencias insuficientes para carbamazepina e levetiracetam Sem evidencia para gabapentina Propostas de tratamento Antagonistas do receptor de CGRP Anticorpos monoclonais contra CGRP ou seu receptor Agonista receptor serotoninérgico 5-HT1F Inibidores da NO sintetase Bloqueadores de canais sensíveis a ácido BIBLIOGRAFIA 1. Saguil A, Lax JW. Acute migraine treatment in emergency settings. Am Fam Physician. 2014 May 1; 89(9): 742-744. 2. Mulleners WM, McCrory DC, Linde M. Antiepileptics in migraine prophylaxis: An updated Cochrane review. Cephalalgia 2014 Aug 12. Pii 03331024145334325. 3. Hoffmann J, Goadsby PJ. Emerging targets in migraine. CNS Drugs. 2014 Jan; 28(1): 11-17. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 108 ACUPUNTURA, ZANG-FU MAURO CARBONAR Todo sintoma, toda queixa, cada sinal presente na história de cada pessoa, são alterações das Substâncias Vitais e/ou presença de Fatores Patogênicos. A Etiologia dos Sinais e Sintomas e dos Fatores Patogênicos sempre serão três: • Externos ou Climáticos • Internos ou Emocionais • Nem Externos Nem Internos - Constituição - Atividades físicas, emocionais, mentais e sexuais inadequadas - Dieta - Traumas - Vermes, bactérias, vírus - Acidentes - Iatrogênios Existem duas condições básicas em todos os quadros clínicos: Yin ou Yang, alicerçados nas substâncias vitais. Todos os tratamentos se resumem em equilíbrio do Yin e do Yang, restaurando as Substâncias Vitais e/ou remover os Fatores Patogênicos. Os Rins são a Fonte Pré-Celestial de todo Yin e de todo Yang dos sistemas internos. Estômago é a Fonte Pós-Celestial de todo Yin do Rim. Todo Yang dos Sistemas é gerado a partir do Rim + BP + Pulmão. Todo Yin dos Sistemas é abastecido a partir do Rim, Fígado e Coração. Estômago abastece o Yin de Shen. “Quando o estômago e os intestinos estão coordenados o sangue fica harmônico os sistemas Yin e Yang ficam estáveis e a mente em paz” Ling Shu (Livro Milenar Chinês) A Teoria Zang-Fu ou Teoria dos Sistemas Internos dos Órgãos e Vísceras é o alicerce da anatomia, diagnóstico e princípio de tratamento. Estuda os sinais e sintomas referidos e colhidos pela anamnese, exame físico, pulso, língua, palpação, ausculta, olfação e organiza o diagnóstico e o tratamento. A anamnese que eu uso: 1) Como funciona o Intestino? Azia? Boca Amarga? Cefaleias? 2) Urina quantas vezes por dia? E a noite? Aparência da urina? 3) Ciclo Menstrual de quantos dias? 24, 28, 32? Quantos dias de Fluxo? Volume? TPM? Quantos dias? Corrimentos, Herpes, Cândidas? Quantos filhos e tipo de parto? 4) Alguma dor Musculoesquelética ou articular? Melhora com repouso ou movimento? 5) Sente o coração, qual a pressão? Tem extremidades quentes ou frias? Secas ou úmidas? 6) E o sono? Dorme antes ou após meia noite? Sonhos? Pesadelos? Chora fácil? Briga fácil? Memória? Medos? 7) Cabelos? Pele? Unhas? 8) Pega gripes? Rinite? 9) Língua? Pulso? DIETA - SUPLEMENTOS FITOTERÁPICOS Tratamentos: Para tonificar o Yang geral. B62 - ID3 - F3 - IG4 BP3 - E36 REN6 - REN12 - REN17 B23 - B52 - JINGGONG P9 - DU20 R6 - P7 - F3 - IG4 - B23 - 52 - JINGGONG BP6 - F8 - B20 - B49 REN4 - REN12 - B21 - B50 P9 - YINTANG - B18 - B17 * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 109 ORIENTAÇÕES ALIMENTARES NO DIA DIA DO CONSULTÓRIO MAURO PERINI NOSSA ENERGIA SE FORMA A PARTIR DOS ALIMENTOS QUE COMEMOS (ENERGIA CEREAL) DO AR QUE RESPIRAMOS E DAS RELAÇÕES HUMANAS QUE ESTABELECEMOS (ENERGIA CELESTE) , ESTAS DUAS FONTES SE ENCONTRAM NO PULMÃO ONDE SE FORMA A ENERGIA NUTRITIVA (ENERGIA RONG) QUE A PARTIR DO PULMÃO CIRCULA PELO NOSSO CORPO PELOS CANAIS DE ENERGIA NUTRINDO OS ÓRGÃOS, VISCERAS E TODOS OS NOSSOS TECIDOS. INCORPORAR UMA ENERGIA CEREAL DE BOA QUALIDADE É MUITO IMPORTANTE NO TRATAMENTO E MANUTENÇÃO DA SAÚDE, UMA BOA PARTE DAS DOENÇAS SE DEVEM A ERROS ALIMENTARES. O TEMA ORIENTAÇÕES ALIMENTARES É MUITO IMPORTANTE PARA TODO MÉDICO ACUPUNTURISTA NO DIA DO CONSULTÓRIO. DR MAURO PERINI JA COM UM LIVRO PUBLICADO SOBRE O TEMA (TERAPIA DIETÉTICA CHINESA) VAI PASSAR UM POUCO DA SUA EXPERIÊNCIA SOLUCIONAR DUVIDAS E DAR ORIENTAÇÕES PRÁTICAS AOS PARTICIPANTES. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 110 TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS MUSCULO ESQUELETICAS COM A TÉCNICA SU JOK (MÃOS E PÉS) OSVALDO PIKUNAS A técnica Su Jok trata-se de um método para tratamento das doenças musculo esqueléticas assim como de órgãos internos em que se utiliza de um microssistema existente nas mãos e nos pés, onde existe a representação do corpo como um todo, que se apresenta por meio de pontos de correspondência que ao serem pontuados corretamente tem a propriedade de tratar as doenças. Nesta técnica existem os seguintes sistemas de correspondência: sistema de correspondência padrão, sistema de correspondência adicionais de mãos e pés, sistema de correspondência yoga, sistema de correspondência dos três níveis, sistema de correspondência das falanges distais das mãos e pés. Nos tratamentos das doenças musculo esqueléticas, que utilizamos no P.A. de acupuntura da Unifesp, usamos basicamente o sistema de correspondência padrão. O sistema Su Jok foi desenvolvido baseado nas seguintes observações: similaridade da mão com o corpo, com referência de ser o polegar a cabeça. (Figura 1) Entre todas as partes do corpo humano, a mão é a que apresenta maior similaridade com o corpo como um todo, o que pode ser mostrado observando-se a sua estrutura. A similaridade da mão com corpo é bastante evidente no número de segmentos e articulações das partes correspondentes. A parte superior do corpo é constituída de cabeça e pescoço, o mesmo ocorrendo com o polegar que também é constituído de dois segmentos. Cada uma das quatro extremidades do corpo é constituída por três segmentos e três articulações o mesmo ocorrendo com os dedos que representam as quatro extremidades conforme já mencionado. Entre todas as partes do corpo, o pé é o mais similar com a mão e ocupa o segundo lugar após a mão no grau de similaridade com o corpo. Linhas de Referência para o Sistema Padrão de Correspondência (figura 15) * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 111 Passos Principais na Busca do Ponto a Ser Estimulado No Tratamento: • Determinar a parte da mão ou do pé correspondente à parte enferma. • Determinar se a localização é yin ou yang e encontrar a superfície da mão ou do pé correspondente. • Se a enfermidade se localiza no dorso é necessário determinar a sua localização em relação à linha do diafragma. Métodos Para Estimulação dos Pontos: • Massagem com próprio palpador diagnóstico • Sementes • Moxa • Agulhas comuns ou de auriculo semi permanente • Cromoterapia • Laser * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 112 ACUPUNTURA EM OSTEOARTRITE PAOLA MARIA RICCI Médica Assistente do Centro de Acupuntura do IOT/HC/FMUSP No conceito atual, a osteoartrite é considerada uma falência articular provocada por uma complexa interação entre múltiplos fatores genéticos, metabólicos, bioquímicos, biomecânicos, e com um componente inflamatório presente em maior ou menor grau. Portanto, já não se fala mais em doença degenerativa provocada pela idade. A idade representa, sim, um dos fatores predisponentes, mas pode se falar que, em qualquer indivíduo, mesmo os mais jovens, traumas ou microtraumas provocam liberação de enzimas oxidativas por condrócitos com consequente reparação defeituosa ou então uma cartilagem defeituosa acaba entrando em falência mesmo com carga normal. A osteoartrite pode ser primária (localizada ou generalizada) ou secundária (a traumas, doenças congênitas, CPPD, doenças articulares e sistêmicas. O objetivo do tratamento é o controle da dor, da inflamação, minimizar a disfunção articular, melhorar a qualidade de vida, educar o paciente quanto ao seu papel no tratamento. No quesito controle da dor, temos, além de exercícios, perda de peso, educação do paciente, fisioterapia, órteses, a ACUPUNTURA. Na nossa prática clínica, sabemos que a acupuntura propicia excelentes resultados no controle álgico, mas infelizmente há poucos estudos de alta qualidade. Alguns destes são de acupuntura em osteoartrite de joelhos. Podemos citar o estudo de Berman, Lao et cols - Annals of Internal Medicine. 141 (12):901- 910, 21/12/2004 - “Eficácia da ACP como terapia coadjuvante na OA de joelhos: um estudo randomizado e controlado” e o de Witt, Brimkhaus et cols - Lancet. 366(9480):136-43, 09/07/2005 - “Acupuntura em pacientes com OA de JJ: um estudo randomizado”. O objetivo desta palestra é capacitar o médico acupunturista não só a reconhecer a osteoartrite como também a definir a melhor opção terapêutica, tanto em relação à acupuntura como também numa abordagem multidisciplinar. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 113 TALK SHOW: VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: CERVICALGIAS RASSEN SAIDAH As dores na região cervical são freqüentes, podendo ser com ou sem irradiação para diversas regiões, como nuca, vértex, região dorsal, ao longo da coluna vertebral ou mesmo para o ombro ou membro superior. Alterações orgânicas, como artrites interfacetárias, artroses, degeneração discal, são secundárias a distúrbios energéticos que ocorram na região. As cervicobraquialgias podem ter origem no acometimento dos Canais de Energia Tendinomusculares, Luo longitudinais, Principais, Curiosos e/ou Distintos. As cervicobraquialgias podem ser originadas também pelo Vazio de Qi dos Canais de Energia Principais. Podem estar associadas a outros sintomas álgicos ou a doenças orgânicas. Inicia-se por desequilíbrio muscular paravertebral dessa região, originando as algias que em geral se manifestam por contraturas, piorando o quadro álgico, podendo desencadear com a evolução fenômenos inflamatórios de partes moles (sinovite, capsulite, tendinite). Podem culminar em processos degenerativos (artrose, protusão discal, hérnia de disco intervertebral da região cervical). Classificação: Acometimento dos Canais de Energia tendinomusculares. Pode provocar dores e contraturas musculares na região cervical. Acometimento do Canal Luo Longitudinal do Du Mai. Pode ocasionar dores e contraturas musculares ao longo da coluna vertebral que se inicia na região sacrococcígea até a nuca. Acometimento dos Canais de Energia Curiosos (Yin Qiao Mai, Yang Qiao Mai, Du Mai). Dores recentes ou antigas do sistema musculoesquelético, sono não reparador, cansaço e distúrbios emocionais (ansiedade). Antecedentes de doenças dos órgãos internos, sonolência, depressão-ansiosa e desânimo. Cervicalgia Du Mai (região posterior). Dor cervical que impossibilita a flexão ou a extensão da coluna cervical, cuja dor irradia-se para a região dorsolombar, nuca e região parietoccipital. Acometimento pelas Energias Perversas Vento e Frio. Cervicobraquialgias por Acometimento dos Canais de Energia Principais. Torcicolo Espasmódico. Acometimento dos CEP da Vesícula Biliar e Bexiga, pelo Vento e Frio, promovendo a estagnação de Qi e Sangue nos músculos do pescoço, provocando contraturas intensas e retração local. A contratura impede os movimentos laterais do pescoço. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 114 VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: CERVICALGIA RICARDO BASSETTO Tópicos para discussão: Fundamentos para opção terapêutica Cervicalgia, como de conhecimento geral, é termo de significado genérico que se refere a um conjunto de patologias ou condições nosológicas diferentes que provocam dor na região cervical por vias e mecanismos fisiopatológicos muitas vezes distintos. Grosso modo, as dores referidas na região cervical podem ter sua origem nos distúrbios funcionais e/ou estruturais dos componentes da própria região ou de regiões próximas e afins (cintura escapular; região de ATM). Assim as cervicalgias podem ser diferenciadas, com finalidade de opção terapêutica, a partir do local de nocicepção, ou seja, a partir da origem da sensação dolorosa, a saber: - Dor originada nos distúrbios miofasciais - Dor originada nos distúrbios osteoarticulares - Dor originada por distúrbios neuropáticos - Dor originada em outros segmentos, mas referida na região cervical - Dor de origem mista Nas cinco condições descritas é preciso discriminar os subgrupos de localização da nocicepção e os agravantes e/ou perpetuantes da sensação dolorosa: - Músculos, tendões ou ligamentos envolvidos - Estruturas osteoarticulares envolvidas - Estruturas neuronais envolvidas e mecanismos fisiopatológicos - Fatores de agravamento e de melhora - mecânicas funcionais ou estruturais - Componentes emocionais/tensionais/comportamento doloroso Essas definições têm implicações práticas objetivas: 1. Prognóstico - Cada causa de dor e seus agravantes tem uma resposta ao tratamento por Acupuntura, variando de paliativo a curativo. 2. Profundidade de agulhamento, manipulação e forma de estímulo aplicado - Em geral os pontos locais e/ou regionais relativos à nocicepção devem ser estimulados com a ponta da agulha atingindo profundidade próxima ao tecido acometido/envolvido (músculos - tendões - ligamentos - estruturas articulares - inervação). - Os pontos distais, quando escolhidos com precisão na relação topográfica com a região de nocicepção, aplicados até planos musculares profundo, provocam maior relaxamento muscular e analgesia na região de origem de nocicepção, exceto nos casos de componentes neuropáticos com disestesia dolorosa onde o agulhamento horizontal é preferível 3. Escolha de pontos para condições concomitantes como estresse crônico, ansiedade, depressão e insônia por exemplo. 4. Orientações ergonômicas funcionais e/ou para reabilitação. Gostaria de chamar atenção para alguns pontos por suas peculiaridades de localização e função: HP14 (Ponto Hong Pai14) - Localizado a 1 Tsun e meio da apófise espinhosa de C7, ou uma variação em C6. A aplicação profunda pode aliviar a dor das cervicobraquialgias de forma global, incluindo componentes tensionais miofasciais da região interescapular. TA16: Cuja ponta da agulha pode atingir a apófise lateral de C2 onde se inserem músculos com origem acima desse nível e músculos infra localizados. VB20: Relações topográficas parcialmente coincidentes com TA16. Porém funcionalmente é interessante sua ação em quadros de contraturas cervicais (dependente de causa), quadros tensionais que envolvem tremor de cabeça ou tiques que envolvam movimento de cabeça ou cintura escapular. ID3: Aplicando profundamente tem potente ação nas dores com componentes axiais. Ação ansiolítica TA6: Dores cervicais Shao Yang, ação ansiolítica, distúrbios do aquecedor médio e inferior. VB34: Ação relaxante muscular genérica. B62: Dores póstero laterais cervicais. Distúrbios do sono. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 115 AURICULOACUPUNTURA EM PATOLOGIAS ONCOLOGICAS ROBERTO RAMOS MARTINS CURRICULUM VITAE: ONCOLOGISTA EM CIRURGIA GERAL ONCOLOGICA. FUNDACAO PIO XII.BARRETOS. SAO PAULO ONCOLOGIA CLINICA. CIRUTGIA DE MAMA E GINECOLOGIA. INSTITUT GUSTAVE ROUSSY. FRANCA Durante estes anos,da evolucao da auriculoacupuntura,desde os principios dos ensinamentos pelos chineses,temos no oscidente grandes mestres, que fizeram desta especialidade,uma grande e importante forma de termos um tratamento eficas nas patologias oncologicas. Em 1951, Prof.Paul Nogier, Lyon.Franca Em 1987, Organizacao Mundial de Saude, reconhece como entidade Medica Cientifica Em 2004, Dr. David Alimi, Hospital Pitie Salpitriere,Paris, comecou a usar campos magneticos, PetScanner, para identificar em uma nova leitura da cartografia cerebral com relacao ao ASP (Agulhas Semi Permanentes), dando assim uma grande contribuicao para melhor interpretar a relacao orelha-sistema nervoso central, atualmente faz parte do intitut gustave roussy, villejuif, paris, como centro hospitalar em oncologia, de grande renome na comunidade europeia. Com a nova tecnica de agulhamento por ASP e a cartografia da orelha, os resultados em tratamento oncologicos tem revolucionado as ajudas que podemos propiciar aos pacientes, seguramente que as aplicacoes sao nas duas orelhas simultaneamente,para poder usar um numero mair de cobertura das patologias. Realmente e’ deslumbrante conhecer a aprender a usar esta’ tecnica , deixando um grande resultado aos pacientes. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 116 OLHO SECO - CERATOCONJUNTIVITE SECA - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO ROSANA BOMBONATO Distúrbio da produção lacrimal - Hormonais - Involução das glândulas lacrimais - Doenças reumatológicas - Anti-histamínicos - Psicotrópicos MTC “calor” nos olhos (externa ou interna) Sintomatologia - Sensação do corpo estranho - Dor ocular - Cefaléia - Lacrimejamento reflexo - Visão embaçada - Secreção mucosa. Diagnóstico - Microscópio + fluoresceína - Teste de Schirmer Tratamento - B1,B2,VB1,VB14,VB20, B10 - F3,VB34 - VB37 - R3,R7 - BP6 - VG20,Yintang,VC17,C7 * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 117 O TRATAMENTO DAS CEFALÉIAS E ENXAQUECAS COM ELETROACUPUNTURA RUBENS ZANELLA Tratamento com eletroacupuntura visa principalmente diminuir a sensibilização periférica, do gânglio trigeminal e a sensibilização central em neurônios do núcleo trigeminal espinhal, além dos nervos acessório e espinhais cervicais. Também visa a modulação hipotalâmica, o efeito analgésico e antinflamatório e adesativação dos pontos gatilho. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 118 PSORÍASE UMA VISÃO OCIDENTAL E ENERGÉTICA SANDRA PEDERSOLI A psoríase é uma doença crônica, inflamatória, não contagiosa, cíclica, de causa desconhecida relacionada ao sistema imunológico, alterações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética. Sua característica básica é a inflamação da pele, que por ativação dos linfócitos T leva a hiperplasia persistente da epiderme, com imaturidade celular gerando grande produção de escamas. As lesões são vermelhas, com ou sem placas descamativas esbranquiçadas ou prateadas, que ocorrem por todo o corpo, podendo atingir couro cabeludo, genitais, unhas e articulações nos casos mais graves. O prurido, a queimação, edema, fissuras e a dor podem estar presentes. 30 a 40% dos pacientes tem antecedentes familiares; fatores agravantes são o stress que enfraquece o sistema imunológico, a obesidade,o HIV, o frio, o tabagismo e a bebida alcoólica. Hoje se sabe que a psoríase pode ter comorbidades como doença de Crhon, doença cardiovascular, uveíte, síndrome metabólica e distúrbios psiquiátricos. Neste contesto a medicina energética ou medicina tradicional chinesa nos explica que a pele é formada energeticamente pelo pulmão que rege a epiderme, e pelo baço que rege a derme, o primeiro tonifica e o segundo nutre o rim. O Pulmão é o céu e a secura, o baço é o adquirido e a umidade, o rim é a água e o inato.No desequilíbrio do pulmão/baço/ rim a água não mantém mais a função do baço, que não umidece mais a pele que se seca, racha e descama. Em outras palavras, no caso da psoríase trata-se da doença do calor que afeta o sistema baço- pulmão, sistema esse que forma a derme e epiderme , e que é sustentado pela energia do rim que quando em desequilíbrio gera o calor que sustenta e mantém não só a psoríase mas é raiz de varias doenças como o diabetes, hipertensão, síndrome metabólica, doença de Crhon, psiquiátricas, e até mesmo imunológica como o HIV, todas como comorbidades e agravantes no caso da psoríase. Compreender essas correlações é entender não só a patologia bem como sua evolução e comorbidades. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 119 TALK SHOW: VIVÊNCIAS E EVIDÊNCIAS: CERVICALGIA SATIKO IMAMURA A cervicalgia é uma queixa muito frequente nos nossos ambulatórios, podendo acometer um ou ambos os lados. Algumas vezes apresenta irradiação para a região dos ombros ou membros superiores, portanto o diagnóstico diferencial com doenças do ombro é muito importante para um tratamento adequado com Acupuntura. Abordarei nossa experiência vivida no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo tratamento com acupuntura Ryodoraku, dentro da Disciplina de Fisiatria. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 120 LOMBALGIA SATIKO IMAMURA Dor na região lombar com ou sem irradiação para membro inferior. O diagnóstico mediante exame físico e laboratorial bem elaborado faz o diagnóstico da etiologia como hernia de disco,discopatia, artrose, radiculopatia, infecção e tumor. Mediante o diagnóstico realizamos o tratamento dentre vários tratamentos está incluído a acupuntura clássica, Ryodoraku, escalpeana etc. Abordarei o tratamento com acupuntura Ryodoraku que necessita de aparelho para detectar o ponto de menor resistência elétrica. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 121 ACUPUNTURA NAS MÃOS SEIGO KAJIMURA A Acupuntura nas Mãos foi iniciada na Coréia do Sul em 1971 pelo Dr. Tae Wo Yoo. O Dr. Tae estava certa vez com uma dor de cabeça na região occipital, e instintivamente procurou um ponto sensível no dorso da mão com uma caneta esferográfica e a seguir colocou uma agulha nesse mesmo ponto. Para seu espanto a dor diminuiu repentinamente. A rapidez e a eficácia do tratamento impressionaram tanto o autor que mais tarde ele começou a pesquisar o fenômeno e acabou descobrindo os 14 meridianos da mão e seus 345 pontos. Assim nasceu a Acupuntura nas mãos em 1977 foram publicadas as primeiras edições sobre o assunto no Japão. A inserção das agulhas não é dolorosa, pois são introduzidas somente 2mm de profundidade sob a pele. As agulhas têm um calibre bem reduzido, tendo uma dimensão de aproximadamente um quinto (1/5) da agulha de tamanho médio da acupuntura sistêmica. A Acupuntura nas mãos requer uma técnica simples usando agulhas, magnetos, apongs, moxa ou estimulação elétrica. Por outro lado, os efeitos são rápidos com a vantagem de não lesar nenhuma estrutura nobre, como por exemplo, o pulmão que poderia sofrer um pneumotórax. Outro fator importante a ser levado em consideração é que a manopuntura utiliza os pontos Shu dorsais e pontos Mo ventrais simultaneamente, havendo assim um ganho de tempo tanto para terapeuta, como também para o paciente. Além disso, em termos de espaço físico, é uma técnica que pode ser aplicada acomodando os pacientes em cadeiras ou poltronas em vez de utilizarem as macas. Enfim a mão também demonstrou ser um microssistema muito eficiente, sendo possível trabalhar com os pontos dos meridianos a semelhança com a acupuntura sistêmica, utilizando-se inclusive os pontos Shu antigos para a técnica de tonificação e sedação. Dr. Sergio Kajimura I CURSO DE ACUPUNTURA NAS MÃOS * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 122 CORE SKILL OF NEEDLE MANIPULATION METHOD IN “ODE TO THE GOLDEN NEEDLE” SHIUE, HORNG-SHENG 2014.11.20 Director, Department of Acupuncture & Traumatology, Chang Gung Memorial Hospital The “Ode to the Golden Needle” first appeared in Xu Feng’s Grand Entirety of Acupuncture 1439. Yang Jizhou added his own brief commentary to some passages in Book Two of “The Great Compendium of Acupuncture and Moxibustion” (1601). There are four category of needle manipulation method in “Ode to the Golden Needle”. The first is “the essential fourteen rules in needling”, the second is “harmonising the qi, urge on and convey the qi”, the third is “eight rules in healing of the trouble”, the last is “four rules in Flying on the qi down the channel”. Lifting-thrusting and twisting-rotating are the basic hand needling operations. If you want to reinforce or drain qi in classical Acupuncture needle manipulation, you must learn the correct method of “pressing” and “lifting”. “About as heavy as a bean would perhaps describe pressing” and“About as light as a bean would perhaps describe lifting” were described in “the essential fourteen rules in needling”. The application of “pressing” and “lifting” is to perform the reinforce and drain method, “tight press, careless lift to reinforce” and “tight lift, careless press to drain”. These very important skills will be demonstrated in this workshop. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 123 CORE SKILL OF NEEDLE MANIPULATION METHOD IN“WARM REINFORCING TECHNIQUE" AND “COLD REDUCING TECHNIQUE SHIUE, HORNG-SHENG 2014.11.22 Director, Department of Acupuncture & Traumatology, Chang Gung Memorial Hospital “Draining in excess pattern, reinforce in deficiency pattern” is the basic principle of Acupuncture. If you can apply the “pressing” and “lifting” method, then you can perform the reinforce and drain method, “tight press, careless lift to reinforce” and “tight lift, careless press to drain”. Besides, there are methods called “burning the mountain” and “cooling the sky”. Both “burning the mountain” and “cooling the sky” belong to cold/heat-inducing methods. In “Ode to the Golden Needle”, the names of “bruning the mountain” and “cooling the sky” were used. “When the influences have accumulated around the needle, one pushes them toward the interior. That is called to reinforce.”; “To move the needle and withdraw it is called to drain.” Was described in the seventy-eighth difficult issue. We can perform the “bruning the mountain” and “cooling the sky” method based on the seventy-eighth difficult issue, and combined with the ideas in the “Ode to the Streamer out of the Dark”. That is “Shake, withdraw the needle, stopping as it empties - Face up (opposite the meridian flow) to rob, turning to the right, drain and cold; Push in, advance the needle, rolling it to and fro - Follow on (follow the meridian flow) to support, turning to the left, reinforce and warm.” These very important skills will be demonstrated in this workshop. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 124 ACOLHIMENTO E AGULHAMENTO DO ADOLESCENTE SIDNEY BRANDÃO Dentre as maiores características dos adolescentes, temos a pressa como a mais marcante delas. Acolher o adolescente e viabilizar sua aderência ao tratamento é fundamental para o sucesso da acupuntura nessa faixa etária. Rapidez, objetividade e atenção são fundamentais. Negociar o número de agulhas, parar o agulhamento quando solicitado, combinar anteriormente o plano de tratamento, obter a confiança de seu paciente no correr do tempo é fundamental. Usar poucas agulhas no início, optando por pontos com maior efetividade na doença, por exemplo TA5 na fibromialgia, e gradativamente ir aumentando os pontos. Criar um ambiente amigo e acolhedor, ou seja, despojado , animado e alegre. O vínculo do médico com o paciente é um dos pilares da atenção ao adolescente. Ser atendido pelo mesmo profissional, ou senão encontrá-lo no serviço, é básico para o sucesso da terapia. Para o adolescente fazer parte do serviço, opinando, palpitando, interferindo nas regras é ponto primordial no retorno do paciente às consultas. Responder as demandas de saúde da faixa etária, entenda-se, acne, enxaqueca, obesidade, anorexia, ansiedade, vitiligo, fibromialgia, asma e lombalgias, as doenças mais comuns em nosso ambulatório, Unifesp, atrai a atenção e o interesse do adolescente e de seus amigos. O atendimento do jovem é simples e prático e assim deve ser nosso serviço. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 125 VULVOVAGINITES DE REPETIÇÃO SILVANA MARIA FERNANDES De acordo com a Medicina Ocidental, vulvovaginite recorrente (VVR) é a reincidência de três ou mais episódios agudos de infecções genitais diagnosticados por critérios clínicos e laboratoriais, no período de um ano. A incidência é de 5% e em função dos agentes etiológicos, as VVRs são subdivididas em bacteriana, viral por Herpes simples, Tricomoníse e Candidíase que responde por 77% dos casos. (1,4) Os sintomas são umidade excessiva, prurido, odor, ardor, edema, dispaureunia, sinusiorragia, desconforto urinário, fissuras e úlceras vulvares. As recidivas estãorelacionadas com padrão alimentar,hábitos de higiênie e tipos de vestimenta, práticas sexuais, tabagismo, uso de contraceptivos hormonais, doenças como o Diabete e infecção pelo HIV, imunossupressão e gestação. A despeito do uso de antimicrobianos e identificação com correção dos fatores associados, a recorrência tem sido um desafio e poderia ser uma expressão psicossomática, possivelmente associada a conflitos advindos do desajuste da relação com as figuras parentais, bem como dificuldades de relacionamento com a figura materna.(1) Segundo a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) a VVR é acúmulo de umidade e calor nos genitais e faz parte de um padrão sindrômico de deficiência de Qi do Pi e Yin do Gan e do Shen rins. O enfraquecimento dos três Yins do pé envolve causas relacionadas a alimentação inadequada e a fatores emocionais reprimidos ao longo da vida em relação à feminilidade e sexualidade tais como mulher desejada homem, pragmática, conflitos com a figura masculina e parentais, abusos sexuais e “bullyng” gerando raiva, revolta, preocupação e medo que são canalizadas aos genitais. O tratamento envolve a utilização de fitoterapia chinesa e acupuntura(2,3,8,9) visando fortalecer o Qi, tonificar o Yin, e sobretudo abordar as emoções reprimidas com utilização dos Meridianos Distintos e sua integração com os Meridianos Curiosos e Principais, além de técnicas de Mobilização da Energia Mental (Qi Mental). (5,6,7,8) Referências bibliográficas: 1. Cordeiro, S N. et al. Vulvovaginites recorrentes: uma doença psicossomática ? J D Sex Transm, v.16, n 1, p. 45-51, 2004. 2. Liu C, Zhang Y, Kong S, Tsui I, Yu Y, Han F. Applications and therapeutic actions of complementary and alternative medicine for women with genital infection. Evid Based Complement Alternat Med, 2014. 3. Maciocia, Giovani- Os fundamentos da medicina chinesa: um texto abrangente para acupunturistas e fitoterapeutas / Giovani Maciocia; prefácio de Su Xin Ming; tradução Luciane M.D Faber; São Paulo: Roca, 1996. 4. Martins, N. V. Patologia do trato genital inferior: diagnóstico e tratamento. 2.ed Ed Roca/Cap. 11, p. 84-94, 2014. 5. Tabosa,A; Yamamura,Y; Cricenti, SF. Concepções energéticas do Xin (Coração) analisadas sob enfoque da embriologia e da fisiologia cardíacas humanas. Rev Paul Acupunt- v.2, nº 1, p. 59-62, 1996. 6. Yamamura, Y. Função psíquica na Medicina Tradicional Chinesa. Teoria dos sete espíritos (Shen), sete sentimentos e cinco emoções. Rev Paul Acupunt – v. 2, nº 2, p. 108-115, 1996. 7. Yamamura, Y. Integração dos Canais de Energia (Meridianos) Distintos, Curiosos e Principais.Rev Paul Acupunt- v.6, nº1, p. 21-23, 2000. 8. Yamamura, Y; Tabosa, A. Nova concepção dos Canais de Energia Distintos ( Meridianos Distintos). Rev Paul Acupunt- v. 6, nº 1, p.17-20, 2000. 9. Zhou, J e Qu, F. Treating gynaecological disorders with traditional Chinese medicine:a review. African Journal of CAM, v.6, n° 4, p. 494-571, 2009. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 126 PARALISIA DO NERVO FACIAL E SEU TRATAMENTO POR ACUPUNTURA SILVIO SIQUEIRA HARRES Resumo: Este é um estudo e aplicação da acupuntura na paralisia do nervo facial. É um problema comum que envolve a paralisia de quaisquer estruturas inervadas pelo nervo facial. O trajeto do nervo é longo e relativamente complicado, e por isso há uma série de causas que podem resultar em paralisia do nervo facial. É caracterizada pela incapacidade unilateral para mover os músculos faciais, e outros sintomas, incluindo fraqueza facial, a incapacidade para fechar o olho e mover o lábio sobre o lado afetado, dormência, perda do paladar, diminuição da salivação e secreção lacrimal. A mais comum é a paralisia de Bell, uma doença idiopática, geralmente causada por um choque térmico, entre outras razões e diagnosticada por exclusão. Primeiro vamos analisar algumas teorias para a compreensão das respostas ao tratamento da paralisia facial é pela acupuntura. A teoria sensorial nos mostra a libertação de vários opióides endógenos no Sistema Nervoso Central. Um deles, a beta-endorfina tem o mesmo precursor químico de ACTH, e vai promover a libertação de corticosteróides endógenos, também importantes no tratamento de paralisia facial. Podemos remover a infiltração perivascular e perineural, edema perineural e restaurar a estagnação circulatória com os efeitos anti-inflamatórios. Na teoria dos pontos, o gatilho e os pontos de acupuntura em músculos podem, como aferentes, chegar ao circuito medular metameral. Em seguida, pode ocorrer a modulação / estimulação dos músculos agonistas e sinérgicos, mesmo tendo também ação sobre os antagonistas que controlam os músculos. Também pode haver liberação do fator de regeneração neural. É possível ainda observar como a acupuntura e / ou eletroacupuntura podem guiar o crescimento ramos nervosos na direção dos pontos estimulados, daí a importância do tratamento local. Por fim, a teoria motora pode explicar muitas das interações neuronais centrais que podem, com a integração entre os cornos sensório-motores da coluna vertebral, reforçar as rotas internas neurais. Pode haver atividade moduladora entre a placa terminal e os fusos neuromusculares sobre a periferia também. O uso da acupuntura no tratamento da paralisia facial periférica é baseado em estimular a mobilidade e eliminar os efeitos do fator climático (frio e vento) que promovem um choque térmico, invadindo a superfície do corpo. Vamos usar pontos locais e distais acompanhados de técnicas de estimulação adequados para a obtenção desses resultados. Também vamos apresentar algumas fotos ilustrativas das técnicas locais utilizadas no agulhamento terapêutico. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 127 ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA COM MICROCORRENTE E FREQUÊNCIA ESPECÍFICA SINVAL ANDRADE DOS SANTOS Os seres vivos possuem atividade elétrica intrínseca, responsável por todas as suas funções. Cada célula, tecido ou órgão funciona como uma bateria, polarizada. Essa atividade é exercida através de correntes de intensidades extremamente sutis. Eickhorn e Shimmel 1 pesquisando correntes elétricas em pontos de acupuntura em humanos, encontraram valores entre 10 e 100 nA. Sackmann 2, estudando a transmissão neuromuscular em fibras musculares desnervadas de rã, observou que a corrente gerada pode atingir o valor de 4,7 nA. De acordo com Liano et. al. 3, a liberação de cálcio a nível pré-sináptico em células de Purkinge do cerebelo ocorre com intensidades de corrente de 125 ± 9 pA. Em 1982, Cheng et. al 4 demonstraram, em ratos, que a estimulação com microcorrente aumenta a diferença de potencial celular, o fluxo eletrônico e o transporte de membrana, ocorrendo um aumento na produção de ATP (500 %), na síntese protéica (70%) e na síntese de aminoácidos (40%); demonstraram também que correntes de intensidades na faixa do miliampere diminuem a produção de ATP. Segundo Khakh e Burnstock 5, além da função primordial de gerar energia para a atividade celular, a molécula do ATP exerce também funções extracelulares importantes; O ATP liberado pela célula sofre ação enzimática, liberando AMP e Adenosina que se ligam a receptores específicos com efeitos importantes na área de músculos, vasos e coração. Desse modo, a estimulação com microcorrente, aumentando a produção de ATP, cria condições de normalização da atividade elétrica de tecidos lesados e, teoricamente, pode gerar efeitos importantes à distância. Segundo Robert Becker 6, qualquer lesão, interna ou externa gera uma corrente direta , analógica e de baixa intensidade (corrente de injúria) que se propaga por semicondutividade pelo fascia e tecido perineural, levando a informação para o cérebro que comanda então o processo de cura da lesão. Cada célula, tecido ou órgão possui uma freqüência de vibração intrínseca que pode ser utilizada como parâmetro importante na técnica da estimulação elétrica, onde freqüências ressonantes são utilizadas com respostas terapêuticas mais rápidas e duradouras. O advento de dispositivos de estimulação com microcorrente permitindo a escolha de freqüências específicas, constitui um recurso técnico valioso, pois além de usarmos correntes em microampere, fisiológicas, podemos escolher freqüências que apresentam ressonância com as células e tecidos alvos, aumentando mais a eficácia do tratamento. Os efeitos terapêuticos da estimulação com microcorrente combinada com freqüências específicas têm sido demonstrados por Carolyn McMakin 7, 8, desde 1990, nos Estados Unidos. Algumas freqüências usadas por ela constam das tabelas abaixo. A estimulação elétrica com microcorrente e freqüência específica é mais fisiológica, aumenta a energia da célula, normaliza sua polaridade, permitindo assim que o fluxo endógeno de corrente volte a circular livremente pelos tecidos lesados, com recuperação da lesão. Propagando-se pelo fascia e sistema perineural, ativa o sistema elétrico de controle interno cerebral, desencadeando respostas dos sistemas de defesa do organismo, com ação antálgica, antiinflamatória e regenerativa. BIBLIOGRAFIA 1. Eickhorn R and Schimmel HW. Electrophysiological Diagnosis at Terminal Points of Acupuncture Meridians. Biomedical Therapy. Vol XVII. No.3, pp. 111-113, 1999. 2. Sackmann B. (Nobel Prize for Physiology or Medicine 1991). Nobel Lecture. Elementary steps in synaptic transmission revealed by currents through single ion channels. The EMBO Journal vol. 11 no. 6 pp. 2003-2016, 1992. 3. Llano J et. al. Presynaptic calcium stores underlie large-amplitude miniature IPSCs and spontaneous calcium transients.2000 Nature America Inc. http://neurosci.naature.com. 4. Cheng N et. Al. The effects of electric currents on ATP generation, protein synthesis and membrane transport of rat skin. Clin. Orthop Relat Res 1982: (171):264-72. 5. Khakh BS and Bursntock G. The Double Life of ATP. Scientific American 301, 84-92, 2009. 6. Becker RO. Cross Currents. The Perils of Electropollution, The Promise of Electromedicine. (1990). Penguin Group (USA) Inc. 7. McMakin CR. Frequency Core Seminar (2010) 8. McMakin CR. Frequency Specific Microcurrent in Pain Management. (2011). Churchill Livingstone Elsevier. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 128 DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE PELA MTC SLEY TANIGAWA GUIMARÃES O diagnóstico da obesidade pela MTC é realizado através de uma minuciosa anamnese específica, que além de levar em conta os aspectos ocidentais da obesidade, indica quais desequilíbrios energéticos devem ser tratados. Isso é importante para o emagrecimento, para a manutenção do peso, indica a dieta mais adequada e promove o bom funcionamento do organismo e da mente. Assim auxilia não só obesos, mas todos que desejam perder peso. De forma mais ampla, diferenciamos os obesos Yin dos obesos Yang. O obeso Yin apresenta o padrão " pêra", com distribuição ginecóide de gordura. Tem deficiência de calor para manter o ritmo de seus processos metabólicos. Assim, tem mais dificuldade para perder peso, sente mais frio e fadiga. É mais, flácido, tem menos massa magra e tende a acumular líquidos. Geralmente apresenta deficiência de Qi do BP, de sangue do C e de Yang de R e de BP. Sua dieta deve trazer calor ao organismo. Já o obeso Yang, apresenta o padrão " maçã". Aparenta ser mais magro que o obeso Yin, pois tem mais massa muscular. Sente mais calor, é mais agitado e transpira mais. Apresenta pulso forte e rápido, língua vermelha com saburra amarelada e fissuras. Sua dieta deve refrescar o organismo. Resumidamente, os obesos podem apresentar os seguintes desequilíbrios: - Estagnação de umidade no BP: excesso de apetite, pouca sede, fezes semi-sólidas, edema. Com deficiência de Qi BP: preocupação excessiva. - Umidade-calor no estômago: sede apenas nas refeições, esvaziamento gástrico lento, epigastralgia pós-prandial que melhora em jejum, refluxo ácido, língua grande com marca de dentes, saburra espessa e gordurosa, amarelada. - Calor e fogo no estômago por diminuição do Yin: epigastralgia, inquietação, gengivite, tem vontade de comer sempre e tem sintomas de falso Yang. - Qi do fígado invadindo o estômago: irritabilidade, distensão abdominal, compulsão por comida. - Aumento do Yang do fígado invadindo o BP: cefaléia, hipertensão, desejo de doces. - Fogo no coração: hiperatividade, mania, insônia. - Diminuição do Qi do coração e do BP: acúmulo de umidade, instabilidade do espírito, fadiga, pernas pesadas. - Deficiência de sangue do coração: fadiga, insônia, diminuição da memória. - Deficiência de Yang de BP e Rim: hipotireoidismo, frio no aquecedor médio e inferior, fadiga, indisposição, edema de membros inferiores, desejo de doces e de beliscar a todo momento. Sempre lembrar que ao ter que comer menos, as emoções se afloram. A compulsão alimentar tem diversas razões. Desvendá-las pode auxiliar muito no diagnóstico da obesidade pela MTC. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 129 DOR PÉLVICA CRÔNICA TELMA ZAKKA Dor pélvica crônica (DPC) caracteriza-se como dor não cíclica, com significados simbólicos particulares, incapacidade física e anormalidades emocionais expressivas, refratariedade aos tratamentos analgésicos convencionais e interferência nos relacionamentos interpessoais. Constitui enorme desafio clínico devido à grande diversidade das estruturas presentes na pelve, ao amplo arcabouço musculoesquelético que a envolve, sustenta e protege, à rica e intrincada rede neural que a inerva e a exuberante amplitude dos significados funcionais e simbólicos dos elementos estruturais nela presentes assim como em seus revestimentos e sustentáculos. A frequente inexistência de nexo causal entre os achados dos exames e as realidades clínicas e o desconhecimento dos mecanismos causais, justificam os resultados, nem sempre satisfatórios, de seu tratamento. Entre os numerosos procedimentos terapêuticos a acupuntura demonstra ser eficaz para aliviar a dor. A DPC pode ser gerada por lesões ou disfunção de órgãos ou estruturas de naturezas ginecológica, urológica, gastroenterológica, vascular, neurológica, ligamentar, muscular, articular ou peritoneal localizadas na pelve, ou decorrer de afecções sistêmicas, inflamatórias, oncológicas, metabólicas, funcionais, neuropáticas, desmodulatórias ou psicológicas. A DPC caracteriza-se pelos sintomas dolorosos com intensidade variável e descritos como cólica ou pressão constantes ou intermitentes, incapacitantes ou não. Associadamente, podem ocorrer dispareunia e dismenorréia, assim como alterações do sono e dificuldade para execução de exercícios físicos e desempenho das atividades de vida prática e diária. Geralmente não se associa a infecções ou a outras doenças mas, sim a sintomas que sugerem quadros disfuncionais do trato urinário distal, intestinos ou órgãos reprodutores associados a comportamentos negativos sexuais e emocionais. As disfunções ou alterações vertebrais, ligamentares e ou musculares da transição toracolombar podem gerar dor ou desconforto nas regiões inguinal, púbica, glútea e ou abdominal e ou nos membros inferiores. O quadro álgico pode simular visceropatias abdominais e ou pélvicas e ou afecções ligamentares ou articulares do quadril. A avaliação clínica dos doentes com DPC é complexa pois a bexiga, o ureter distal, o íleo, o cólon, o reto, os músculos e os ligamentos pélvicos apresentam a mesma inervação metamérica, o que torna difícil determinar com precisão a origem visceral ginecológica, urológica, proctológica, musculoesquelética ou neurológica da dor. Frequentemente, várias causas concorrem para sua instalação e manutenção. Estímulos nociceptivos oriundos das vísceras, seus envoltórios e ou da parede abdominal, as tensões emocionais e posturas anormais compensatórias de assimetrias pélvicas ou nos membros inferiores podem colocar em ação reações viscerossomáticas e sômatosomáticas reflexas que aumentam a atividade e a tensão da musculatura da parede abdominal, região toracolombar, glútea, períneo e ou membros inferiores, resultando na instalação das síndromes dolorosas miofasciais. Remover as causas, quando possível, utilizar medicamentos analgésicos e adjuvantes, os procedimentos de medicina física, reabilitação, terapia ocupacional, psicoterapia e procedimentos anestésicos e neurocirúrgicos podem proporcionar melhora da qualidade de vida e da sintomatologia em muitos doentes com dor pélvica. Quando não há melhora após a adoção de programas convencionais de reabilitação física, recomenda-se inativar os PGs e os pontos dolorosos com acupuntura, agulhamento seco e ou infiltração com anestésicos locais antes de proceder a manobras destinadas à restauração do comprimento muscular. As agulhas devem ser longas (5 a 7 cm), o suficiente para inativar os pontos-gatilho localizados na musculatura do assoalho pélvico. Referências 1. Allen WM. Chronic pelvic congestion and pelvic pain. Amer J Obst Gynecol. 1971;109:198. 2. Bonica JJ. General considerations of pain in the pelvic and perineum. In: Bonica JJ. The management of Pain, 2nd ed. Philadelphia: Lea & Febiger. 1990. p.1283-1312. 3. American College of Obstetricians and Gynecologist - ACOG- Committee on Practice Bulletins No 51.Chronic pelvic pain. Obstet Gynecol. 2004; 103: 589-605. 4. Zondervan KT, Yudkin PL, Vessey MP, Jenkinson CP, Dawes MG, Barlow DH, Kennedy SH. Chronic pelvic pain in the communitysymptoms, investigations, and diagnoses. Am J Obstet Gynecol. 2001;184: 1149-1155. 5. Lin TY, Teixeira MJ, Zakka TRM, Kasiyama HHS, Teixeira MG. Dor Pelviperineal. In: Dor-Síndrome dolorosa miofascial e dor músculoesquelética. Editora Roca; 2006. p 360-79. and economic correlates. Obstet Gynecol 87:321-327, 1996. 6. Lin TY, Teixeira MJ, Ungaretti AJr, Kaziyama HH, Boguchwal B. Dor pelviperineal. Rev Med. 2001 (São Paulo), 80(ed. esp. pt.2): 351-74. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 130 DOR NEUROPÁTICA TERESA JACOB A dor neuropática (DN) foi definida pela IASP ( International Association for the Study of Pain) como "dor causada ou iniciada por lesão primária ou disfunção do sistema nervoso central e/ou periférico" (IASP 1986). Este conceito foi modificado pelo Grupo de Interesse em DN da IASP, e redefinido como "dor por lesão ou disfunção do sistema somatossensorial" . Além de apresentar intensidade maior do que os outros tipos de dor, a DN normalmente é de mais difícil controle. A DN é qualitativamente diferente dos outros tipos de dor e isto faz com que seu diagnóstico seja feito principalmente pela presença de sintomas dolorosos característicos que frequentemente coincidem com sinais ou disfunções sensitivas . A fisiopatologia da dor neuropática, independente da sua origem (central ou periférica), inclui mecanismos periféricos e centrais. Perifericamente, ocorre hiperexcitabilidade das fibras nervosas que geram descargas ectópicas ao longo dos nervos sensitivos. Os mecanismos centrais incluem hiperexcitabilidade, perda dos controles inibitórios, e sensibilização central (alterações funcionais com hiperexcitabilidade dos neurônios nociceptivos centrais ). Segundo estatísticas americanas as dores neuropáticas mais frequentes são a neuropatia diabética periférica, a neuralgia pós herpética, a dor oncológica, a síndrome de dor complexa regional, a dor do membro fantasma, a neuropatia associada ao HIV e a neuralgia de trigêmio. Os descritores verbais característicos de dor neuropática são sensação de choque, aperto, punhalada, cãibras, espasmos e queimação. Os pacientes apresentam, com frequência alodínea, hiperpatia e hiperalgesia. O tratamento medicamentoso é considerado terapia de primeira linha para dor neuropática e normalmente é orientado pela fisiopatologia da doença. Entre os medicamentos para dor neuropática estão os anticonvulsivantes que atuam neste tipo de dor através do bloqueio dos canais iônicos responsáveis pela hiperexcitabilidade presente na sua fisiopatologia. Dentre os anticonvulsivantes, a gabapentina e a pregabalina apresentam a melhor relação custo/ benefício. Seu efeito terapêutico na DN deve-se, principalmente, ao bloqueio da subunidade pré-sináptica α2δ dos canais de cálcio, com consequente inibição da liberação de neurotransmissores excitatórios e diminuição da excitação da membrana pós sináptica. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 131 TREATMENT OF STROKE WITH YAMAMOTO NEW SCALP ACUPUNCTURE (YNSA) THOMAS SCHOCKERT Introduction In the nineteen sixties, the Japanese physician and scientist Toshikatsu Yamamoto, MD discovered an independent acupuncture system, which originally consisted of five points. For twelve years, using these highly effective points, which he termed basal points, he successfully treated stroke patients suffering from pain and paralysis. Taking second place only to ear acupuncture, YNSA is today the most widely and frequently used form of acupuncture and is gaining increasing significance. YNSA has been the subject of numerous studies and publications. YNSA Methodology The basal points are still used successfully in daily practice. Acupuncture needles are applied ipsilaterally at these basal points for pain therapy while for the treatment of central paresis they are applied contralaterally to the paretic side. YNSA is a special form of traditional acupuncture. The method is based on a somatotope on the scalp. In the same way as with ear or mouth acupuncture, the entire organism is projected here on a defined area of the scalp. The locomotor system is at the boundary of the forehead and hair, whereas the internal organs are represented via Y points on both temples. With the aid of the special Japanese neck diagnostics, the associated Y therapy points in the temples or the corresponding cranial nerve points are revealed via pressure-sensitive points in the neck region. As a representative of each meridian, there is a pressure point on the neck and an associated treatment point in the region of the temples. If, for example, the diagnostic kidney point on the neck is sensitive to pressure the needle is applied to the corresponding Y point in the temple. If the needle has been correctly positioned in the temple region then the pressure sensitivity in the neck disappears consecutively and thus provides immediate verification for correct positioning of the needle. Functional Magnetic Resonance Imaging (fMRI) With the aid of functional magnetic resonance imaging (fMRI), it was possible to demonstrate the good efficacy of YNSA for stroke patients. In this study, a new metal-free acupuncture needle developed by the author was applied. Gene Chip Analysis At the moment, the use of gene chip analysis in acupuncture research seems to be very promising. No studies are yet available on the activation/deactivation of genes by YNSA or other acupuncture methods, but several are planned. YNSA in Emergency Medicine Due to the good efficacy of YNSA, especially since YNSA takes effect very rapidly, I would like to propose that YNSA and other acupuncture methods could be applied as supportive measures in emergency medicine in the treatment of stroke, pain, vomiting. Acupuncture has also been used in military applications. There is thus an urgent need for further extensive studies on the application of acupuncture in treatment of acute stroke. YNSA in the medical rehablitation is very successful and can be recommended very much. For literature please ask the author. Emai: [email protected] * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 132 ACUPUNTURA ESTRUTURAL - DOS BONECOS DE BRONZE AOS MODELOS ANATÔMICOS INTERATIVOS VINICIUS ANTONIAZZI A acupuntura feita atualmente pela maioria dos médicos se revela uma construção híbrida de práticas alicerçadas em conhecimentos empíricos derivados de duas fontes: a medicina tradicional chinesa e a medicina atual. Essas fontes, apesar de apresentarem incompatibilidades nos seus fundamentos, geralmente convivem bem na prática cotidiana da maioria dos acupunturistas. A tentativa de caracterizar a acupuntura como disciplina médica nos remete às características gerais de uma disciplina médica; entre elas se destacam o senso comum, um corpo de conhecimentos próprios, um modo de executar reconhecível, a existência de literatura específica, uma formalização em termos de legislação, aceitação oficial, estrutura associativa, realização de provas de título e finalmente uma didática específica. A didática específica é fundamental por ser a fonte da formação de novos especialistas e de seus modos de pensar, portanto o ponto de partida para a concretização dos outros quesitos. A acupuntura baseada na medicina tradicional chinesa dá conta de vários desses critérios, apresentando um corpo de conhecimentos consistente, com ampla literatura específica, uma didática estruturada ao longo de séculos, um modo de fazer típico, apesar de bastante diversificado, e uma identidade reconhecida pelo senso comum médico e da população em geral. Existe a necessidade de uma readequação do ensino da acupuntura, até há pouco fundamentado na ATC? Essa necessidade parece estar bem fundamentada e a readequação está em processo de implantação na maioria dos cursos. O principal argumento é a premência de inserir ainda mais a acupuntura no âmbito da linguagem e do contexto médicos atuais, aproximando-a da prática e do entendimento de especialistas de outras áreas. Outro argumento, não menos importante, é a necessidade de agregar as novas evidências trazidas pelos conhecimentos e pesquisas atuais. Esses quesitos não são alcançados pela ATC pois ela se fundamenta em conhecimentos dificilmente traduzíveis para a ciência médica atual. Na opinião do autor o principal empecilho para a instalação da acupuntura baseada nos conhecimentos atuais é sua falha em preencher os critérios supracitados. Ela ainda não apresenta uma identidade definida, constando de várias correntes relativamente convergentes, mas sem um discurso único, a literatura específica é mínima, as escolas existentes se baseiam em literatura de outras especialidades, em conhecimentos emprestados. A precariedade de literatura específica é um empecilho importante para a inserção desses conhecimentos no rol de uma prova de título, o que por sua vez atravanca toda a seqüência de passos seguintes em direção ao seu reconhecimento institucional. Qual será a forma mais adequada de ensinar a acupuntura baseada nos conhecimentos atuais? A maioria das tentativas de consolidar uma abordagem atualizada usam como ponto de partida ou a neurofisiologia, que pode se tornar por demais teórica e distanciada das necessidades da prática (o que acaba sendo suprido pela ATC), ou abordagens direcionadas a técnicas específicas (como o manejo de disfunção miofascial), que não respondem por todo o espectro de utilização da acupuntura, ou abordagens centradas no diagnóstico, que não valorizam o procedimento. Uma didática adequada deve contemplar uma propedêutica apropriada, constando das bases anatômicas e fisiológicas, do diagnóstico e estudo da totalidade das indicações e contextos de uso, do estudo das estruturas a serem estimuladas e dos métodos de estimulação, além de ser interessante e atrativa. O quesito mais prático do ensino da acupuntura é o estudo dos locais de agulhamento, sendo esse um possível ponto de partida para uma abordagem atualizada. A ATC baseia o ensino dos locais para agulhamento no conceito de buracos (pontos) descritos em função de sua localização na superfície corporal. A literatura tradicional dá pouca ou nenhuma importância às estruturas subjacentes aos pontos. Poderíamos chamar essa abordagem de “acupuntura cartográfica”. A acupuntura estrutural se define como uma abordagem do conhecimento da intervenção acupuntural a partir do reconhecimento das estruturas a serem estimuladas. Ela desloca o foco de atenção dos pontos de acupuntura tradicionais, que são descritos em termos de portas de entrada, para o interior do organismo, para as estruturas anatômicas que são o alvo do estímulo, substituindo a noção de que determinado ponto tem tal efeito pela de que determinada estrutura desencadeia respectiva reação fisiológica ao ser estimulada de determinada maneira. Seu método de estudo se inicia pela análise morfológica, sendo eminentemente prático, direcionando o aluno para um raciocínio baseado nos conhecimentos médicos correntes, e abrindo o caminho para o entendimento dos mecanismos da acupuntura no âmbito das várias disciplinas médicas, por exemplo: - Anatomia e histologia das estruturas • Localização de receptores • Morfologia e locais a abordar - Fisiologia e reações ao estímulo • Reações locais: relaxamento muscular, vasodilatação • Reações segmentares: diminuição de sensibilizações medulares • Reações sistêmicas: regulação de funções encefálicas, imunológicas, psíquicas. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 133 A abordagem estrutural já é correntemente usada como método de estudo da acupuntura direcionada à disfunção miofascial, da acupuntura neurofuncional e outras, necessitando ser expandida para o estudo da “clínica geral” da acupuntura (como seu uso nas disfunções orgânicas e psiquiátricas). O raciocínio estrutural é um dos mais característicos diferenciais da acupuntura contemporânea e o de mais simples compreensão, portanto a melhor abordagem inicial para seu o estudo. O estudo dos pontos tradicionais é interessante por guiar para vias seguras, e largamente testadas e repertorizas, de acesso às estruturas internas; ele não é perdido, mas redimensionado, na acupuntura estrutural. Com freqüência os pontos de acupuntura são acesso para uma só estrutura importante (Pe6 - nervo mediano), mas na maioria dos casos eles viabilizam o estímulo de mais de uma estrutura (VB20 conforme o direcionamento da agulha pode ser acesso ao ECOM, trapézio superior, nervo occipital maior entre outras) e definitivamente não são o único acesso, na quase totalidade dos casos, às estruturas estimuláveis, havendo várias abordagens possíveis de uma mesma estrutura, que sendo estimulada pelo mesmo método deve desencadear a mesma reação fisiológica (como o nervo mediano ao longo de seu trajeto no antebraço). A abordagem estrutural pode ser um importante avanço na área da pesquisa clínica, onde a precisão na descrição dos métodos é de suma importância. De uma forma geral os trabalhos descrevem os locais de agulhamento em função dos pontos tradicionais, de forma cartográfica. Essa descrição é bastante imprecisa no que diz respeito ao estímulo realizado, pois diversas estruturas diferentes podem estar sendo agulhadas a partir de uma mesma porta de entrada. Descrevendo estruturalmente os agulhamentos realizados, o nível de precisão, de reprodutibilidade e a possibilidade de comparação entre diferentes estruturas anatômicas estimuladas seriam alavancados a novos níveis. Para a viabilização da abordagem estrutural ela deverá ser capaz de responder as seguintes questões: Quais estruturas são convenientemente reativas ao agulhamento? Que tipo de reação essas estruturas propiciam? Como selecionar as estruturas conforme o efeito desejado ou a patologia em questão? Que tipo de estímulo é mais indicado para cada estrutura e cada patologia? O foco nas estruturas se dá no sentido de que elas são os receptores dos estímulos da acupuntura, sem perder a noção de que as reações fisiológicas desencadeadas não dependem somente da estrutura imediatamente estimulada, mas de suas conexões com o organismo. A abordagem estrutural também é interessante ferramenta para a prática cotidiana da acupuntura, induzindo um raciocínio objetivo voltado à anatomia e reação fisiológicas das estruturas agulhadas e ampliando as possibilidades de abordagem das patologias em tratamento. Ela também abre o leque de possibilidades do uso de todas as estruturas convenientemente agulháveis, como: • Músculos ou porções deles: - Pontos motores - Pontos gatilho - Bandas tensas • Cápsulas articulares • Fáscias • Periósteos • A rede nervosa A acupuntura estrutural é um modelo em aberto, necessitando amplo desenvolvimento e instrumentalização. Não é uma idéia original, visto que já está em uso em contextos restritos da acupuntura. No momento se trata mais de um título mnemônico do seu significado do que de um método didático estabelecido. Podemos distinguir duas vias de encaminhamento da abordagem estrutural: uma que seria integrativa e outra radical. A via integrativa vem sendo utilizadas por autores como Peter Dorscher, e consiste no estudo dos conhecimentos cartográficos da MTC à luz da anatomia, na descrição das estruturas abordáveis a partir de um determinado ponto. A via radical pode se desvincular dos mapas de pontos tradicionais e ter seu foco exclusivamente nas estruturas abordadas, tendo em mente o efeito do estímulo de cada um dos diferentes órgãos e tecidos estimulados e usando como guia para a inserção das agulhas os conhecimentos anatômicos, no sentido de escolher a melhor porta de entrada. Acupuntura estrutural é um título que remete à acupuntura realizada com base nas estruturas que são o alvo do procedimento, para além do conhecimento cartográfico dos mapas de pontos. Estrutural diferencia-se de Anatômica pois fundamenta não somente em qual estrutura está sendo estimulada (na sua anatomia), mas também nas características fisiológicas da estrutura que dizem respeito ao que tange à acupuntura: a forma de realizar o procedimento e os efeitos esperados. O estudo da acupuntura baseado nas estruturas é uma - Abordagem do ensino por patologia: como tratar distúrbios do humor, dor e disfunções viscerais, dor e disfunção musculoesqueléticas - Essa abordagem fatalmente vai desaguar na neurofisiologia, mas abordar com foco na estrutura deve ser um ato prático, pensado em termos dos efeitos buscados na prática * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 134 ESTRESSE WALTER VITERBO Em 1936, Hans Selye foi o primeiro a utilizar o termo estresse para a medicina e biologia, significando-o como um esforço de adaptação do organismo para enfrentar situações que a considere ameaçadoras a sua vida e ao seu equilíbrio interno 8. Para Ballone e Moura (2008)2, é um mecanismo normal, necessário e benéfico ao organismo, pois faz com que o ser humano fique mais atento e sensível diante de situações de perigo ou de dificuldade. De acordo com Rossi (2006)24, um nível de estresse é necessário e é saudável para que possamos desempenhar nossas diferentes atividades, porém, é para a sobrecarga que se deve chamar a atenção, pois é quando este pode vir a se tornar prejudicial. Certo nível básico, chamado de estresse positivo, é importante e eficiente para que se possa ter prontidão para agir7. No Brasil, as pessoas estão cada vez mais estressadas, pois a grande maioria não possui conhecimento de como lidar com suas fontes de tensão Para Selye (1956) há dois tipos de estresse, que provocam consequências fisiológicas e patológicas diferentes, o positivo e o negativo. O positivo foi denominado de eustresse, e seria a resposta adequada aos estímulos estressores. Predomina a emoção da alegria, há um aumento da capacidade de concentração, da agilidade mental, as emoções musculares são harmoniosas e bem coordenadas, há sentimento de vitalização de prazer e confiança1. Já o negativo, chamado por ele de distresse, ou estresse excessivo, ocorreria quando o organismo entra em debilidade física e psicológica e não tem a resposta ideal, conduzindo a uma deficiência comportamental Predomina o desprazer e a insegurança e aumenta a probabilidade de acidentes. Esta denominação caiu quase em desuso, sendo substituído pelo próprio termo estresse, que passou a ter o sentido (atual) negativo de desgaste físico e emocional. O sistema nervoso autônomo é o responsável pela resposta mais imediata à exposição ao estressor. Suas duas partes, simpático e parassimpático, provocam alterações rápidas nos estados fisiológicos através da inervação dos órgãos alvos [...]27. Por outro lado, o estresse ativa, também, o eixo HHA, que resulta na elevação dos níveis de glicocorticoides circulantes. A exposição ao estressor ativa os neurônios do núcleo paraventricular do hipotálamo que secretam hormônios liberadores, como o hormônio liberador de corticotrofina (CRH), secretado nos terminais de neurônios hipotalâmicos próximos da circulação porta da eminência média da hipófise. Esse hormônio vai agir na hipófise anterior promovendo a liberação do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), que por sua vez vai atuar no córtex da glândula Adrenal iniciando a síntese e liberação de glicocorticoides, como, por exemplo, do cortisol em humanos tratamentos: Pontos do meridiano ou do correlato Excesso - sedar o filho Deficiência - tonificar a mãe Pontos locais, adjacentes à distância Equilibrar - alto e baixo, dorso e frente, direita e esquerda Ombro/bacia, punho/tornozelo, cotovelo/joelho Resumindo Fase de Alerta: taquicardia, azia, sudorese, anorexia, insônia, irritabilidade, nervosismo, ansiedade, inquietação. Padrões na Fase de ALERTA- Xin Deficiência do Yin Deficiência do Qi Padrões na Fase de Alerta = Xin Deficiência do Yin TRATAMENTO: Padrões na Fase de Alerta = Xin Tonificar o Yin Acalmar a mente * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 135 Padrões na Fase de Alerta = Xin Tonificar o Yin Acalmar a mente C: 6,7, PC6, Ren: 4,14,15 Padrões na MTC : de Xin Deficiência do Qi Padrões na MTC : de Xin Deficiência do Qi Tonificar o Qi de Xin C8, PC6, Bx: 17,18 Ren: 6,17 Resistência Instabilidade emocional, Depressão, Palpitação, Sudorese, Dores musculares e de cabeça, Dificuldade com a memória, Cansaço, Perda de concentração, Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Gan: chama do fogo em ascendência, ascendência do yang. Pi: def do Qi. Wei: def yin. Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Xin: Deficiência do Xue, C8, PC6, Ren: 4,14,15, Bx: 17,20 Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Xin: Agitação do fogo, Acalmar o Xin e a mente Drenar o fogo Xin: Agitação do fogo, PONTOS: C: 5,7,8, Ren12, BP6 Xin: FLEUMA FOGO, Xin: Fleuma fogo, Liberar Xin Eliminar a mucosidade Xin: Fleuma fogo, C9, PC8, Bx:15,20, E40, Du26, Ren12, Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Gan: chama do fogo em ascendência, ascendência do yang. Pi: def do Qi. Wei: def yin. Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Gan: chama do fogo em ascendência, ascendência do yang. Pi: def do Qi. Wei: def yin. Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Gan: chama do fogo em ascendência, ascendência do yang. Pi: def do Qi. Wei: def yin. Gan: Chama do fogo em ascendência, Ascendência do yang. Gan: Chama do fogo em ascendência, Tratamento: Eliminar o fogo de Gan Gan: Chama do fogo em ascendência, Taiyang, F:2,3, E36, IG4, PC6, TA5, VB20, C7, Du20 Gan: Ascendência do yang. Tratamento: Alimentar o Yin Controlar a ascensão do Yang Gan: Ascendência do yang. F:2,3,8, Du20, BP:6,10, R6, TA5, VB:8,20 Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Gan: chama do fogo em ascendência, ascendência do yang. Pi: def do Qi. Wei: def yin. Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Gan: chama do fogo em ascendência, ascendência do yang. Pi: def do Qi. Wei: def yin. Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Gan: chama do fogo em ascendência, ascendência do yang. Pi: def do Qi. Wei: def yin. Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Gan: chama do fogo em ascendência, ascendência do yang. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 136 Pi: def do Qi. Wei: def yin. Pi: def do Qi. Tratamento: Aumentar o Qi Tonificar o Pi E36, BP6, B:20, 21, Ren12 Pi: def do Qi. Tratamento: E36, BP6, B:20, 21, Ren12 Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Gan: chama do fogo em ascendência, ascendência do yang. Pi: def do Qi. Wei: def yin. Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Gan: chama do fogo em ascendência, ascendência do yang. Pi: def do Qi. Wei: def yin. Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Gan: chama do fogo em ascendência, ascendência do yang. Pi: def do Qi. Wei: def yin. Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Gan: chama do fogo em ascendência, ascendência do yang. Pi: def do Qi. Wei: def yin. Xin: Deficiência do Xue, Agitação do fogo, Fleuma fogo, Gan: chama do fogo em ascendência, ascendência do yang. Pi: def do Qi. Wei: def yin. Wei: def yin. Tonificar o Yin R3, Ren12, E21,36, 44 Bx: 20,21, PC6, BP6, Exaustão O organismo capitula aos efeitos do estresse, Dorme pouco, Deita tarde, Acorda cedo, não concentra, Não produz, Deprime, Não socializa, Gan: def do xue, invade o Pi e wei, Xin: def Qi Shen: def de yin e yang. Wei: rebelião do Qi em ascendência, retenção de alimentos. Dachang: umidade calor. Dan: calor umidade Gan: def do xue, invade o Pi e wei, Xin: def Qi Shen: def de yin e yang. Gan: def do xue, invade o Pi e wei, Xin: def Qi Shen: def de yin e yang. Gan: def do xue, invade o Pi e wei, Gan: def do xue, Tratamento - Tonificar o xue de Gan BP:6,9,10, E36, Bx: 17,18,20,21, Du20 Gan: def do xue, invade o Pi e wei, Acrescentar E:8,25, Ren12 Gan: invade o Pi e wei, Shen: deficiência de yin e yang. Shen: deficiência de yin R:2,3,6,7, Bx23, BP6, Ren: 4,6, C7 Shen: deficiência de yang R:3,7, Bx23, BP9, Ren: 4,6, Du4 Wei: rebelião do Qi em ascendência, retenção de alimentos. Dachang: umidade calor. Dan: calor umidade Wei: rebelião do Qi em ascendência, retenção de alimentos. Dachang: umidade calor. Dan: calor umidade Wei: Rebelião do Qi em ascendência, TRATAMENTO: Subjugar a rebelião do Qi e estimular a descida do Qi de Wei Ren:10,13, PC6, BP4, E:19,21, Wei: Retenção de alimentos. TRATAMENTO: Resolver a retenção e estimular a descida do Qi de Wei Wei: Retenção de alimentos. TRATAMENTO: E:40, 44, 34, 21, 25, Ren:9,11,12,13, IG: 11,4, BP9 Wei: rebelião do Qi em ascendência, retenção de alimentos. Dachang: umidade calor. Dan: calor umidade Wei: rebelião do Qi em ascendência, retenção de alimentos. Dachang: umidade calor. Dan: calor umidade Dachang: umidade calor. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 137 Tratamento: Clarear o calor, resolver a umidade, interromper a diarréia Dachang: umidade calor. Tratamento: BP: 6,9,10 Ren: 3,6, B: 22,25, E:25,27,37, IG11, Ren12, B20, Wei: rebelião do Qi em ascendência, retenção de alimentos. Dachang: umidade calor. Dan: calor umidade Wei: rebelião do Qi em ascendência, retenção de alimentos. Dachang: umidade calor. Dan: calor umidade Dan: calor umidade TRATAMENTO: Resolver a umidade, clarear o calor em Dan, estimular o fluxo suave do Qi Dan: calor umidade TRATAMENTO: VB:24,34, F14, Ren12, Du9, Bx:19,20, IG11, TA6, E19, Pontos especiais para distúrbio mentais B 13 - B 42 - Jing Shen Po B 15 - B 44 - Jing Shen Shen B 18 - B 47 - Jing Shen Hun B 20 - B 49 - Jing Shen Yi B 23 - B 52 - Jing Shen Zhi Yintang e Taiyang Ren Mai 3, 4, 6, 8, 17, 22 Du Mai 3, 4, 14, 16, 20, Baço Pâncreas: 6, 9 Rim: 3, 6, 9 Fígado: 2, 3 ,8, 14 C: 3 e 7 P: 5 e 7 PC: 6 e 9 TA: 3, 5, 17 VB: 2, 20, 21, 31, 34, 40, 44 ID: 3, 7 Bx: 10, 13, 15, 17, 18, 20, 23, 60, e 62 IG: 4, 11, 15 E: 8, 25, 36, 38, 40, 44 * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 138 YNSA E AURICULOTERAPIA ACUPUNTURA ESCALPEANA WU TU HSING O tratamento pelo agulhamento escalpeano é uma técnica antiga na acupuntura. No livro mais antigo sobre acupuntura, o Lin Shu Jing, já existia registros a respeito desta abordagem. Todos os canais e meridianos conectam-se na cabeça, especialmente os seis canais ordinários Yang e os oitos canais extraordinários. Têm-se tratado as cefaléias, os problemas oftalmológicos, as doenças dos ouvidos, vários distúrbios mentais e algumas disfunções dos órgãos genitais através da inserção da agulha nos pontos tradicionais dos meridianos localizados na região escalpeana. Recentemente, devido à eficácia desta técnica no tratamento dos distúrbios do sistema nervoso central, houve um avanço muito grande desta forma de abordagem. Atualmente há várias opiniões divergentes quanto à localização das áreas de tratamento. Utiliza-se, neste trabalho, a correlação da função da área cortical com a localização tradicional dos sistemas dos meridianos, orientado pelo Dr. Tom Sintan Wen (Figura 4.4 a e b). Figura 4.4.a: Agulhas inseridas nas áreas de tratamento * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 139 Figura 4.4.b: Agulhas inseridas nas áreas de tratamento junto com eletroestimulação Referências anatômicas específicas da superfície do escalpe e a sua correspondência ao córtex cerebral. 1. Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior: do ponto médio entre as sobrancelhas, na região frontal até a margem inferior da protuberância occipital. 2. Protuberância Parietal: localiza-se traçando um ponto que está há mais ou menos 6 cm acima e 1,5 a 2 cm posteriormente do ápice das orelhas. Nesta localização há uma proeminência óssea em ambos os lados do crânio. 3. Tuberosidade Occipital: projeta-se uma área na região posterior do crânio, na proeminência óssea do osso occipital, na linha mediana. 4. Fissura de Sylvius: De acordo com a localização neuroanatômica, pode-se delimitar esta fissura a partir de um ponto localizado a uma polegada e meia posterior e 5/8 polegadas rostralmente do canto do olho até a Protuberância Parietal. 5. Sulco Central: na linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior, estabelece-se o ponto médio. O ponto mais rostral do Sulco Central deve localizar-se exatamento no ponto médio (GV-20). O sulco pode ser localizado traçando-se uma linha do GV-20 até o aspecto ântero lateral do crânio, obliquamente, formando um ângulo de 67,5 com a Linha Mediana Ântero-Posterior. A extremidade inferior do Sulco Central está localizada quando ele se encontra com a Fissura de Sylvius. Pode-se dividir o escalpe facilmente em diferentes áreas funcionais e utilizá-las para a aplicação clínica. Localização das áreas de agulhamento através do uso correspondência com a função da área cortical * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 140 1. Área Sensitiva: está localizada a 1 cm posterior e ao longo do Sulco Central, inicia-se na Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior até o sulco cerebral lateral (Fissura de Sylvius). Utiliza-se esta área para o tratamento de distúrbios sensitivos do lado contralateral do corpo. O 1/5 superior é utilizado no tratamento da área cervical, tronco e extremidades inferiores, o 2/5 a seguir, para o tratamento do membro superior e o 2/5 inferior, para a face e a língua. 2. Área Motora: esta área está localizada a 1 cm anterior e ao longo do Sulco Central. A extremidade superior está na Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior e a inferior quando se encontra com o sulco cerebral lateral. Esta área é utilizada no tratamento de distúrbios motores do lado contralateral do corpo. O quinto superior é utilizado para o tratamento do tronco e extremidades inferiores, o 2/5 do meio, para o segmento cervical e membro superior e o 2/5 inferior, para os distúrbios na face, faringe e língua. 3. Área do Controle do Tremor e do Tônus Muscular: esta área está localizada a 3cm do ponto médio da Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior, anterior e paralela à área motora, que é correspondente ao córtex pré-motor (giro 6). É utilizada para o tratamento de espasticidade, torção da cabeça, torção do corpo, movimentos involuntários, tremor dos membros, mão em garras, entre outros. 4. Área Sensitiva e Fortalecimento das Pernas: está localizada bilateralmente, a 1 cm de distância e paralela à Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior, atravessa as áreas motoras e sensitivas. Estas linhas (bandas) são utilizadas para lombalgia, ciatalgia contralteral, distúrbios do “Jiao” inferior englobando distúrbios da micção, impotência, ptoses do útero, cólon irritável e neuro dermatite, entre outros. 5. Área do Controle dos Vasos Sangüíneos: esta área está a 2 cm anterior e paralela à Área do Controle do Tremor e do Tônus Muscular. A estimulação desta área é útil ao tratamento de hipertensão essencial e à promoção da circulação sangüínea periférica. 6. Área de Zumbido: esta área está localizada no topo das orelhas, cerca de 2 cm anterior à linha mediana longitudinal da orelha, descendo da linha de Fissura de Sylvius. É útil para o tratamento de zumbidos e distúrbios da audição. 7. Área Auditiva e Vertigem: esta área está localizada no topo das orelhas, junto à linha mediana longitudinal da orelha, descendo da Linha de Fissura de Sylvius. É útil para o tratamento de labirintite, vertigem, zumbido e distúrbios da audição. 8. Área de Vertigem: esta área está localizada no topo das orelhas, cerca de 2 cm posterior à linha mediana longitudinal da orelha. É útil para o tratamento de labirintite e vertigens. 9. Área do Balanço: estas áreas estão localizadas a 4,0cm lateralmente à Tuberosidade Occipital e têm cerca de 4cm de extensão. Estão paralelas à Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior. É utilizada no tratamento de desequilíbrio. 10. Área Visual: estas áreas estão localizadas a 1,5 cm bilateral e paralelamente à Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior, ao nível da Tuberosidade Occipital tendo uma extensão de cerca de 4 cm rostralmente. 11. Áreas Associadas à Visão: estão localizadas em ambos os lados do osso occipital, ½ a 1/3 lateral da distância entre a margem do cabelo e a Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior, ao nível da tuberosidade occipital. 12. Área de Linguagem I: localizadas anteriormente à extremidade lateral inferior das áreas pré-motoras (correspondendo a porções do triângulo e do opérculo do giro frontal inferior). Estas áreas são utilizadas no tratamento de afasias motoras. 13. Área de Linguagem II: localizadas na região póstero-inferior da proeminência parietal. Utilizadas no distúrbio da função mnemônica do som (afasia sensitiva). 14. Áreas de Linguagem III: estas áreas são denominadas áreas de formação da linguagem, localizadas no aspecto póstero-inferior da área da fala II. 15. Área Frontal: esta é uma grande área localizada na região anterior à Área do Controle Vascular. Pode também ser denominada de Área das 5 agulhas frontais. Insere-se uma agulha na Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior, cerca de 2 cm posterior à linha de inserção do cabelo, aprofundando cerca de 3 cm. Inserem-se duas agulhas nos aspectos laterais do osso frontal, cerca de 2 cm posterior aos pontos Tou-Wei (ST-8). As outras duas agulhas ficam entre os pontos referidos. Esta área pode ser também chamada de Área da Sedação, utilizada no tratamento de estresse, ansiedade, baixa concentração, insônia, dor refratária ao tratamento e outros problemas psíquicos. 16. Área Pré-Frontal: há sete linhas (bandas) na área pré-frontal cujos limites se localizam a 2cm anterior e 2 cm posteriormente à linha de inserção do cabelo (totalizando 4 cm de extensão). As bandas são: a. Banda Central: esta banda está localizada na Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior. É utilizada no tratamento de distúrbios nasais, da boca, língua e da região faríngea. Esta linha é útil também para a sedação e aumento de imunidade. b. Jiao Superior, Área Pulmonar (primeira banda lateral à Banda Central): esta banda está cerca de 1 a 2 cm lateral e paralelamente à Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior. Utilizada no tratamento de patologias pulmonares, brônquicas e cardíacas. c. Jiao Médio, Área do Estômago e vesícula Biliar (segunda banda lateral): esta banda está em cima da linha pupilar, paralela à Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior. É utilizada nos distúrbios gástricos, pancreáticos, hepáticos e da vesícula biliar. d. Jiao Inferior, Área Genital e do Intestino (terceira banda lateral): esta banda está localizada no ângulo frontal do cabelo, paralela à Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior. A área posterior à linha de inserção do cabelo é utilizada no tratamento de patologias vesicais e genitais externas. É sempre associada com a estimulação da Área Sensitivo-Motora dos Membros Inferiores. A região anterior à linha de inserção do cabelo é utilizada no tratamento de distúrbios intestinais. 17. Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior (Banda): a. Banda Fronto-Parietal: esta banda está localizada na linha mediana, tem cerca de 2 cm de largura. Inicia-se na linha frontal de inserção do cabelo e segue-se rostralmente até o ponto médio da Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior. Pode ser dividida em quatro porções. O primeiro ¼ anterior é utilizado para aliviar tensões, aumentar a imunidade em geral e tratar as inflamações nasofaríngeas. O segundo ¼ é utilizado para o tratamento de problemas do Jiao Superior e no tratamento de patologias pulmonares ( inclui as patologias dos seios da face). O terceiro ¼ é útil no tratamento de patologias do Jiao Médio (inclui as disfunções dos órgãos abdominais superiores). O ¼ posterior é utilizado no tratamento de problemas do Jiao inferior (inclui as disfunções dós órgãos abdominais inferiores e da genitália externa). b. Banda Parieto-Occipital: esta banda está localizada na linha mediana, tem cerca de 2cm de largura. Inicia-se no ponto médio da Linha Mediana Longitudinal Ântero-Posterior e estende-se posteriormente até a altura da tuberosidade occipital. Divide-se em quatro porções: a * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 141 porção do 1/4 anterior é utilizada no tratamento de problemas no segmento craniano, cervical; o segundo ¼ é utilizado para tratar região dorsal superior; o terceiro ¼ para problemas lombares e o ¼ inferior para problemas sacro-coccigeos. Método de Agulhamento: 1. Inserção das agulhas: insere-se a agulha rapidamente fazendo um ângulo de 15 com a pele. Empurra-se a agulha com um movimento de rotação e pressão através da camada localizada entre o periósteo e a aponeurose. 2. Estimulação e Manipulação das Agulhas: insere-se a agulha em rotação, de 2 a 4 cm ao longo do subcutâneo e posteriormente colocam-se os eletrodos nas agulhas; um par em área motora suplementar, um par em área motora de membro superior e membro inferior, e um terceiro par na área de linguagem 2 e 3. 3. Utiliza-se estimulador elétrico WQ-IOC 2 fabricado na China, numa freqüência de 2 Hz alternado com 100 Hz, com uma potência de 0,2 a 0,4mA, conforme a tolerância do paciente, utilizando as ondas quadradas, acoplando os eletrodos na base das agulhas de Acupuntura (Figura 4.1) Áreas mais utilizadas: Área sensitiva e fortalecimento das pernas (área sensitivo-motora de MMII), áreas motora de MMII, MMSS e face, área sensitiva de MMII, MMSS e face, área motora suplementar e área da linguagem 2 e 3, se a hemiplegia for do lado direito (Figura 4.5 e 4.6). Quadro 4.5: Áreas no couro cabeludo da Acupuntura Escalpeana de Dr. Tom S. Wen * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. Quadro 4.6: Áreas no couro cabeludo da Acupuntura Escalpeana de Dr. Tom S. Wen voltar ao indice 142 ACUPUNTURA VERTEBRAL YSAO YAMAMURA A etiologia de dores vertebrais sejam cervicais ou dorsolombares constitui desafio no seu diagnóstico, as primeiras dores passam como dores sem causa aparente e somente na sua evolução com o aparecimento de lesões inflamatórias ou degenerativas é que são dadas diagnóstico de discite, protrusão discal, hérnia do disco intervertebral, artroses requerendo muitas vezes tratamento cirúrgico. O intuito da apresentação é dar uma visão da fisiopatologia que possa causar futuras doenças da coluna vertebral. Estas causas estão intimamente relacionadas com fator emocional em que cada emoção (tristeza, raiva/revolta, preocupação, medo) tem o seu local de manifestação específico entre as vértebras, sendo a tristeza entre C3 e C4, a raiva/revolta, entre C7 e T1, a preocupação, entre T4 e T5, medo, entre T7 e T8, e todas as emoções, entre C$ e C5 e C5 e C6. Por isso estas emoções são as causas frequentes de cervicalgia, cervicobraquialgia, e de dorsalfia,consideradas de origem como sem causa. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 143 DORES PRECORDIAIS NO PRONTO ATENDIMENTO DE ACUPUNTURA (PAA) YSAO YAMAMURA As dores precordiais constitui um dos motivos de procura no PAA geralmente encaminhadas pelo PA de Clínica Médica, com exceção de dores cardíacas, por não haver um substrato clínico. As precordialgias extracardícas, podem dever-se a: - estagnação de Qi no ponto VC-17 (Danzhong) seja por fator emocional, seja pela afecção do Meridiano Principal Sanjiao (Triplo Aquecedor); - estagnação de Qi do Meridiano Principal do Shen (Rins) na altura do precórdio; - estagnação de Qi no Meridiano Principal do Wei (Estômago) no precórdio; - estagnçaõ de Qi no ponto CS-1 (Tianchi) por fator emocional: - estagnação de Xue Qi (Energia Perversa) no ponto VB-22 (Yuanye) por afecção dos 3 Meridianos Tendinomusculares Yin da mão; - patologia do trajeto muscular anterior com estagnação de Qi no precórdio e - patologia do Grande Luo do Wei (Estômago). * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 144 MERIDIANOS: CONCEITOS NOVOS YSAO YAMAMURA Aplicando-se o conceito do Santai (3 Forças) na concepção dos Meridianos veio elucidar a compreensão dos Meridianos Distintos, Curiosos e Principais, seja na fisiologia da organização do corpo físico e mental, seja na determinação de patologia do sistema musculoesquelético e dos órgãos internos. Os Meridianos Distintos parecem ser a via que promove o esboço (energético) do corpo mental e físico cabendo aos Meridianos Curiosos a materialização do corpo físico e os Meridianos Principais, ao carrear o Yong Qi (Energia Nutritiva) e o Wei Qi (Energia de Defesa) entre outros Qi, responsáveis pela nutrição e a defesa do corpo físico e mental. Para que isto possa ocorrer existem amplas relações entre eles seja por meio de conexões, seja pelos trajetos internos podendo assim explicar as relações dos Zang Fu (Órgãos e Vísceras) existentes na teoria dos 5 Movimentos. Por meio destes conhecimentos torna-se mais fácil entender o aparecimento de dores no sistema musculoesquelético que podem estar refletindo a patologia dos órgãos internos. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 145 RESUMOS DE TEMAS LIVRES TL 01 - EFEITO DA ACUPUNTURA SOBRE USO DE ANALGÉSICOS EM IDOSOS Autores: ROHDE, CIRO BLUJUS DOS SANTOS TIBO, MIRIAN GONDIM MEIRA CAVALCANTI, MARIANA REBELO CESAR KUMAGAI, LIDIANE MIDORI VILELA, ELIZABETH PRICOLI HSING, WU TU inscrito no Congresso Responsável: GARCIA, YOLANDA MARIA Justificativa: Para a população geriátrica a polifarmácia é um problema comum e grave. Os tratamentos não farmacológicos são uma boa alternativa. A acupuntura, neste contexto, pode ser uma alternativa adequada. Objetivo: Avaliar o uso de medicamentos de ação analgésica e controle de sintomas álgicos em população geriátrica ao longo e após tratamento com acupuntura. Métodos: foram avaliados 31 pacientes do ambulatório de Acupuntura em Geriatria, em que receberam 20 sessões semanais de acupuntura. Os pacientes foram entrevistados em oito momentos a cada 10 semanas, o tratamento ocorreu entre a 11ª e 30ª semanas do seguimento. Em cada entrevista foram registrados os medicamentos de ação analgésica em uso e a dor foi avaliada por Escala Visual Analógica (EVA). As medicações foram prescritas pelos médicos geriatras responsáveis pelos paciente. Resultados: A idade dos pacientes variou entre 65 e 93 anos, com média de 77,1 anos de idade; o gênero predominante foi o feminino (90,3%). As medicações encontradas foram: dipirona, paracetamol, relaxante muscular HC, codeína, tramadol, cetoprofeno, meloxicam, naproxeno, diclofenaco de sódio, celecoxibe, cloroquina, prednisona, diacereína, gabapentina, amitriptilina e venlafaxina. Os medicamentos foram analisados em 3 categorias, conforme uso contínuo ou se dor: analgésicos simples, opióides e todos os analgésicos. Não se observou diferença estatisticamente significante quanto ao uso de drogas. A evolução do EVA apresentou diferença estatisticamente significante ao longo do tratamento (p < 0,001), entre a 1ª e a 10ª sessões ( p < 0,001) e entre a 1ª e a 20ª sessões (p < 0,001), em que houve melhora da dor. Entre a 20ª sessão e o retorno após 3 meses de tratamento não se observou diferença estatisticamente significante (p > 0,1). Conclusão: Apesar de não se observar redução no número medicações analgésicas, com o mesmo número de medicamentos observamos melhora no controle da dor durante e após o tratamento por acupuntura. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 147 TL 02 - ACUPUNTURA NO PRONTO-SOCORRO: UMA TERAPÊUTICA MÉDICA Autores: ROHDE, Ciro Blujus dos Santos ALENCAR, Vicente Faggion REBELO, Mariana Velasco, Irineu Tadeu HSING, Wu Tu NISHIZAWA, Willy Akira Takata Responsável: Ciro Blujus dos Santos Rohde Introdução: O uso da acupuntura para a abordagem de queixas agudas, apesar de pouco usual em nosso meio, pode ser uma alternativa eficaz no tratamento de pacientes em Pronto-Socorro (PS). Objetivos: descrever o perfil de pacientes tratados com Acupuntura durante o estágio de Clínica Médica do programa de Residência Médica em Acupuntura no PS de Clínica Médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Materiais e métodos: foram coletados dados (sexo, idade e diagnóstico) de pacientes tratados com Acupuntura no PS do HCFMUSP durante os períodos de Março a Outubro de 2013 e de Maio a Setembro de 2014. Os pacientes foram selecionados para tratamento com Acupuntura às terças-feiras durante o plantão noturno até às 23 horas, conforme o diagnóstico nosológico. O tratamento com Acupuntura somente foi realizado naqueles que aceitaram se submeter ao procedimento. Resultados: 29 pacientes receberam tratamento por Acupuntura no PS do HCFMUSP em 2013, e 18 em 2014, totalizando 47 pacientes. A idade dos pacientes variou de 16 a 87 anos, com média de idade de 39,1 anos. O sexo predominante foi o feminino, com 63,8% dos casos. Os diagnósticos selecionados para o tratamento foram separados em 2 grupos: Queixas Álgicas, com 32 pacientes, em que o diagnóstico mais encontrado foi Lombalgia (n = 8), e o grupo de Outras Queixas, com 15 pacientes, em que o principal diagnóstico foi Broncoespasmo (n = 5). Após o tratamento com acupuntura, 40 pacientes (85,1%) receberam alta, 6 receberam outras terapias no PS (12,7%) e 1 (2,2%) foi internado. Discussão: a Acupuntura, concomitante com os demais tratamentos clínicos, auxilia a abordagem de casos no PS em que o uso de medicações pode ser restrito (exemplo: antiinflamatórios em idosos), bem como em situações em que a medicação alopática não é totalmente efetiva, melhorando a resolutibilidade dos casos. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 148 TL 03 - ANÁLISE DE EFICÁCIA DA ACUPUNTURA E ELETROACUPUNTURA CLÁSSICA EM DIFERENTES FREQUÊNCIAS EM DOENTES COM SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL CRÔNICA - RESULTADOS PARCIAIS Autores: Cavalcanti MRC Alencar VF Abramavicus S Faelli CYP Hosomi JK Rohde CBS Hong Jing Pai Resumo: Justificativa: A síndrome dolorosa miofascial (SDM) caracteriza-se pela presença de pontos-gatilho (PG). Método eficaz na terapêutica das patologias musculares, a acupuntura pode ser realizada com agulhamento simples ou eletroacupuntura (EA). No entanto, há ainda pouca literatura sobre qual a melhor combinação de frequências na eletroestimulação para o tratamento das afecções dolorosas. Objetivo: avaliar a eficácia analgésica da acupuntura manual e da EA em diferentes frequências na SDM crônica. Método: Estudo comparativo, prospectivo, randomizado, avaliador cego. Pacientes com SDM crônica, em ambulatório de acupuntura de instituição universitária, foram divididos em 3 grupos. Cada paciente recebeu acupuntura seguida de EA com aparelho WQ IOD 1 - AM, nas frequências: 2-15Hz; 50-100Hz ou 2-100HZ para cada grupo. Realizou-se uma sessão semanal, num total de 10. Utilizou-se o MiniTab para análises. Na análise parcial, observou-se o comportamento da dor, pela Escala Visual Analógica (EVA), em 3 momentos: semana pré tratamento; semana pós tratamento; e 4 meses após a 10ª sessão. E a cada sessão: EVAi (anterior a acupuntura); EVA5’ (após 5min de acupuntura) e EVAf (após 20 min adicionais de EA). Resultados: Grupos homogênios em relação ao sexo, idade e EVA inicial. Cada grupo possui 20 pacientes até o momento: 62% do sexo feminino,e idade média de 53 anos (dp=12,43). Verificou-se: na 1ª sessão EVAi - EVAf = 2,5 (p * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 149 TL 04 - TRABALHO MÃOS - ELETROACUPUNTURA Autores: Dra. Marcia Regina Furlani, Dra. Helena L. G. Cristovão, Dra. Leila Ogusco, Dr. Ademar S. Tanaka, Dra. Maria Assunta Y. Nakano e Prof. Dr. Ysao Yamamura. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP) DEPARTAMENTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA SETOR ACUPUNTURA CENTER AO - CENTRO DE PESQUISA E ESTUDO DA MEDICINA CHINESA Atualmente, as pessoas querem ter uma aparência jovem e bem cuidada, que reflita o seu bem estar interior.Nesse sentido,todos querem ter “mãos de fada”, não importando a posição social, pois, através delas, palpam o mundo, transmitem afeto, gesticulam, realizam inúmeras tarefas, enfim, estão sempre sendo notadas.Disso, a razão de as mãos figurarem como alvos de atenção: mais do que tudo refletemtanto os cuidados, como a idade, da pessoa. Na medicina estética tradicional, embora os tratamentos sejam os mesmos que para a face, os resultados nas mãos são, ainda, pouco eficazes, principalmente no que tange à elasticidade da pele das mãos. Não obstante, para a medicina tradicional chinesa, as mãos são de nítida importância, uma vez que nelas existem o início e término de vários canais,além de apresentarem pontos importantes para o tratamento através da acupuntura.Ademais, a sua aparência também pode revelar o estado de saúde do indivíduo. O objetivo deste estudo foi verificar a eficácia da eletroacupuntura, com a freqüência alternada(2-4 HZ), no tratamento do envelhecimento das mãos, tanto no quesito elasticidade, quanto manchas nas mãos. MATERIAL E MÉTODO Avaliamos 15(quinze) pacientes do sexo feminino com idade acima de 50 (cinqüenta anos), com idade variando de 53 a 89 anos; todas apresentando alterações do envelhecimento cutâneo no dorso das mãos, como manchas, perda da elasticidade, e afinamento cutâneo. Foram realizadas 10 (dez) sessões de eletroacupuntura com a frequência densodispersa (2-4 HZ), em pontos subcutâneos de ancoragem, e IG4 bilateralmente, durante 20 (vinte) minutos, totalizando 10 (dez) sessões. A avaliação, bem como o acompanhamento do resultado, foram fotográficos, por meio da de fotografias realizadas antes e após o tratamento), contando, ainda, com o relato das pacientes quanto à melhora. RESULTADO CONSIDERANDO QUE: +.......................................ruim. ++....................................regular. +++................................bom. ++++.............................ótimo. CONCLUSÃO O tratamento com eletroacupuntura mostrou um resultado satisfatório em relação a elasticidade e regular para satisfatório em relação as manchas. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 150 TL 05 - TRATAMENTO COM ELETROACUPUNTURA EM TONIFICAÇÃO DE 10 CASOS DE PARALISIA FACIAL AGUDA COM 1 A 10 DIAS DE EVOLUÇÃO DA DOENÇA Responsável: Maria Assunta Yamanaka Nakano Material e método: Avaliamos 10 casos de paralisia facial aguda com evolução de 1 a 10 dias, 6 homens e 4 mulheres, idades variando de 23 a 73 anos de idade. Já no primeiro dia da avaliação foram submetidos ao tratamento de eletroacupuntura em tonificação 2 htz durante 20 minutos nos pontos E-7 ( Xiaguan) , E-4 ( Dicang), B-1 (Jingming) e Tai Yang. Pontos gerais utilizados foram VB-20 (Fengchi), TA-17 (Yifeng), IG-4 (Hegu) F-3 (Taichong) Resultado:Todos os 10 pacientes tiveram uma recuperação completa da paralisia após no máximo 4 sessões de acupuntura. 3 pacientes (30%) apresentaram melhora de 100% após uma única sessão, 10 pacientes (100%) apresentaram melhora de 70 a 100% do quadro apos duas sessões, sendo que 7 pacientes (70%) apresentou melhora de 90 a 100% apos a segunda sessão. Conclusão: Neste trabalho, todos os pacientes evoluíram para a cura sem qualquer seqüela ou sincinesia. O uso da eletroacupuntura na fase aguda da doença é controversa cujo o medo se justifica pelo possível desencadeamento de sincinesia. Acreditamos que quanto mais rápido for a recuperação deste nervo, menor a chance de reinervação anômala e portanto menor chance de sincinesia. Nesta fase de acometimento, há pouco encaminhamento para o nosso ambulatório, o que dificulta trabalhar maior numero de pacientes. Maior parte dos nossos pacientes são crônicos .Vamos continuar o nosso estudo nestes casos de paralisia facial aguda. A nossa intenção é que menor numero de pacientes evolua para cronicidade, quando o tratamento se torna muito mais difícil. Fica a pergunta: quantos destes 10 pacientes evoluiriam para cronicidade sem a acupuntura? * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 151 TL 06 - EFEITO DA ACUPUNTURA NA DOR E NA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS Autores: Cavalcanti, Mariana Cesar Rebêlo Tibo, Mirian Gondim Meira Alencar, Vicente Faggion Kumagai, Lidiane Midori Hiraoka, Douglas Tetsuo Jacob Filho, Wilson Responsável: Garcia, Yolanda Maria Justificativa O tratamento por acupuntura apresenta vantagens específicas para o controle da dor na população idosa, que apresenta alto índice de comorbidades e uso de fármacos. Objetivo Avaliar o efeito da acupuntura no alívio da dor e sua repercussão na qualidade de vida da população idosa. Metodologia Idosos encaminhados para tratamento por acupuntura foram submetidos à avaliação quanto a dor utilizando a escala visual analógica (EVA) e a qualidade de vida (QoL), utilizando o questionário WHOQoL-breve, em oito ocasiões: 10 semanas antes do início, no início, na 10ª e 20ª semanas de tratamento e a cada três meses após a alta. As respostas foram comparadas por ANOVA e Teste t pareado. Resultados Foram avaliados 38 idosos, 87,8% do sexo feminino e idade média de 75,16 anos (dp=0,713). Os valores médios da EVA foram respectivamente: 7,231, 6,600, 3,822, 3,390, 3,875, 5,182, 6,136, 5,810. As diferenças entre as médias foram estatisticamente significantes (p=0,000). Os valores médios dos quatro domínios do WHOQoL- breve foram: 1- domínio físico: 48,31; 49,29; 60,92; 58,16; 55,23; 53,70; 53,71; 52,83. (p = 0,052). 2- psicológico: 58,22; 57,72; 60,92; 63,84; 61,31; 55,71; 62,82; 56,60 (p = 0,61). 3- domínio social 69,52; 68,81; 71,26; 74,40; 72,32; 71,91; 67,31; 72,92 (p=0,897). 4- domínio ambiental 60,44; 55,71; 57,33; 63,95; 62,72; 61,34; 62,26; 56,51 (p=0,38). A diferença foi estatisticamente significante para o domínio físico. A análise detalhada dos domínios físico e psicológico evidenciou: 1- físico: início – 10ª sem = -11,78 (p=0,001); início – 20ª sem = -7,53 (p= 0,059); início – reavaliação 3m = - 5,36 (p = 0,12); 2 – psicológico: início – 10ª sem = -3,59 (p = 0,01); início – 20ª sem = -6,10 (p=0,001); início - reavaliação 3m = -3,12 (p=0,25). Houve diferença estatisticamente significante entre algumas médias. Conclusão A acupuntura foi eficaz para analgesia em idosos, deixando de ser significativa no intervalo entre três e seis meses do final do tratamento. Houve melhora da qualidade de vida nos domínios físico e psicológico durante o tratamento, que, não se manteve após seu término, sugerindo presença de fatores distintos da analgesia sobre estes dois aspectos. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 152 TL 07 - ACUPUNTURA AURICULAR COMO RECURSO ADJUVANTE PARA O PROGRAMA DE REABILITAÇÃO APÓS ARTROPLASTIA TOTAL DO JOELHO - RELATO DE CASO Autores: HORITA, SERGIO AKIRA HOFFMAN, CARLA BALKANYI ARREBOLA, LUCAS MERLIN, LUCAS WUN, PALOMA YAN LAM OLIVEIRA, PEDRO RIZZI DE Responsável: SERGIO AKIRA HORITA Introdução: O objetivo deste estudo foi relatar os efeitos da associação da acupuntura auricular(AA) com programa de reabilitação em uma paciente, R.M.J.S., 79 anos, com antecedente de hipertensão arterial, que foi submetida à ATJ por artrose do joelho esquerdo. Condutas Terapêuticas: foi aplicado um programa de reabilitação durante doze semanas visando ganho de amplitude de movimento, fortalecimento muscular, treino de marcha e propriocepção, juntamente com sessões semanais de AA nos seguintes pontos: Shenmen, Joelho, Pulmão e Tálamo. Acompanhamento Clínico: Os parâmetros clínicos avaliados foram dor, mensurada pela escala visual analógica da dor (EVA), e amplitude de movimento do joelho (ADM), obtida por goniometria. Já os parâmetros funcionais foram a escala Western Ontario and McMaster osteoarthritis index (WOMAC) e o Timed Up and Go Test (TUGT). As avaliações foram realizadas antes do início do programa de reabilitação, após três e seis meses. Os resultados encontrados foram, na avaliação inicial a paciente apresentava dor no joelho esquerdo (EVA 8,2), limitação da ADM (flexão: 72°; extensão: -15°), escala funcional (WOMAC 44) e incapacidade de realizar o TUGT por não conseguir levantar da cadeira, após três meses apresentou melhora parcial do quadro doloroso (EVA 3,5), melhora da ADM (flexão: 84°; extensão: -10°) e melhora funcional (WOMAC 40, TUGT 17,2s) e após seis meses apresentou piora do quadro doloroso em relação à avaliação anterior (EVA 5,2), discreta melhora da ADM (flexão: 84°; extensão: -6°) e alteração funcional (WOMAC 59, TUGT 15,9s). A paciente relata que se sentiu melhor com o tratamento de reabilitação associado a AA, referindo somente desconforto na colocação das agulhas nas orelhas. Apesar do escore funcional (WOMAC) piorar após os tratamentos realizados, houve melhora do tempo do TUGT, melhora da dor e da ADM. Comentários Finais: A realização da AA junto ao programa de reabilitação trouxe benefícios para a paciente, porém mais estudos serão necessários. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 153 TL 08 - ACUPUNTURA PARA EFEITOS COLATERAIS DE TERAPIA ANTI-NEOPLÁSICA, RESULTADOS DE 2 ANOS DE PRÁTICA NO INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - HCFMUSP Autores: Alencar, Vicente Faggion Cavalcanti, Mariana Rebelo Cesar D´Alessandro, Eduardo Guilherme Brito, Christina May Moran de Cecatto, Rebeca Boltes Lin, Chin Na Responsável: Vicente Faggion de Alencar Há aproximadamente 4 décadas o ônus global do câncer vem se deslocando dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento, como o Brasil. No nosso país, a estimativa da incidência de casos novos de câncer era de aproximadamente 518.510 casos, em 2013. Na área assistencial, teme-se que o rápido aumento no número de casos esgote os recursos para o diagnóstico e tratamento desses pacientes, com consequências sociais e econômicas importantes (1). Em uma recente revisão da literatura, Garcia et al. comenta que o uso de terapias complementares é comum entre pacientes com câncer e que, no entanto, mesmo que algumas abordagens possam ser úteis, ainda é difícil para os profissionais de saúde tomar decisões bem informadas a respeito delas. Garcia termina por concluir que a acupuntura é uma terapia complementar adequada para o tratamento de náusea e vômitos induzidos pela quimioterapia, mas para outros sintomas a sua eficácia ainda não está determinada devido aos riscos de viés nos estudos avaliados (2). O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo inclui a acupuntura entre os serviços oferecidos aos seus pacientes desde 2010. Em trabalho publicado anteriormente, o primeiro ano de oferta da acupuntura aos pacientes oncológicos mostrou uma melhora expressiva, de 63,6%, no controle dos sintomas apresentados (3). Com o sucesso dessa experiência no controle de sintomas devido à quimiotoxicidade, mantivemos nossa atuacão e no presente estudo avançamos na avaliacão específica dos sintomas mais comumente tratados com acupuntura nestes pacientes, a saber, dor oncológica, nauseas e vômitos induzidos por QT, Xerostomia, Neuropatia periférica, Artralgia induzida por inibidor da aromatase, ondas de calor devido bloqueio hormonal, investigando o impacto desta modalidade de tratamento no controle do desconforto percebido por nossos pacientes. Métodos: Iniciando em março de 2010 até o final de 2011 tivemos a oportunidade de atender 77 pacientes com as patologias citadas acima. Os dados registrados no prontuário eletrônico dos pacientes foram avaliados e os valores de EVA (Escala Visual Analógica) inicial e final comparados. Resultados: Dos 77 pacientes identificados,19 pacientes foram tratados por náuseas e vômitos induzidos por QT, 21 devido dor oncológica, 13 por neuropatia periférica pós-QT, 9 apresentavam artralgia relacionada ao uso de inibidores da aromatase, 8 por ondas de calor devido uso de bloqueadores hormonais e 7 por apresentarem xerostomia após RDT. Os pacientes com dor oncológica apresentaram um valor médio de EVA basal em 6,9cm que foi diminuido para uma média de 3,9cm (variacão de 43%), aqueles em tratamento devido náuseas e vômitos partiram de um EVA basal médio de 7,58cm para 2,74cm (variação de 63%), O EVA inicial médio dos pacientes com neuropatia periférica foi de 6,92cm o que foi diminuido para 2,83cm (variação de 58%), para artralgia relacionada ao uso de inibidores da aromatase a média inicial de EVA que era de 7,67cm foi para 2,56cm (variação de 66%), em pacientes com ondas de calor devido bloqueio hormonal, o incômodo inicial era descrito em termos de EVA com média de 6,88cm e foi diminuido até 3,13cm em média (variação de 54%), já para os pacientes com xerostomia, o desconforto medido em EVA foi de 7,71cm para 4,57cm (variação de 40%). * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 154 RESUMOS DE PÔSTERES PO 01 - TENDINOPATIA CALCÁREA DO MANGUITO ROTADOR - UMA ABORDAGEM COM ELETROACUPUNTURA Autores: ANDRADE, CAROL F inscrito no Congresso CALDAS, FELIPE O inscrito no Congresso YAMAMURA, MÁRCIA LIKA inscrito no Congresso YAMAMURA, YSAO inscrito no Congresso Responsável: Carol Ferreira de Andrade Paciente sexo feminino, 53 anos, sem comorbidades, cursando com dor em ombro esquerdo desde 2004, diária, contínua, limitação para abdução e elevação. Diagnosticada Tendinite Calcificada (TC) do supra-espinhal em 2009. Aderiu ao tratamento conservador de 2009 a 2011, incluindo anti-inflamatórios não hormonais, analgésicos comuns e opióides, fisioterapia semanal (2-3 sessões), infiltração de corticoide ocasional, acupuntura manual (10 sessões). Evoluiu com melhora parcial da do r, mantendo significativa limitação da mobilidade articular. Admitida no setor de Acupuntura-UNIFESP em Agosto/2012, com dor graduada pela Escala Visual Analógica (EVA) 9/10. Ao exame físico, abdução limitada a 30º, incapacidade de elevar o membro no plano da escápula, teste do supra-espinhal positivo. Estudo radiográfico evidenciou calcificação na região acromial do tendão do supraespinhal. Iniciou tratamento com Eletroacupuntura (2 sessões semanais, onda contínua, frequência 10/100Hz, intensidade no limite da sensação de conforto). Após 6 sessões, intensidade da dor graduada 2/10 EVA, avaliação goniométrica com elevação no membro até 120º. Controle radiográfico um mês após início do tratamento, demonstrou importante redução da área de calcificação. Após um ano, paciente mantinha o ganho funcional, com leve dor à elevação e do ombro esquerdo (EVA 2/10) e controle radiográfico sem área de calcificação. A TC tem prevalência entre 2,7% e 22%, afetando principalmente mulheres entre 30 e 50 anos. Percentual significativo evolui com dor crônica ou recorrente. Grande parte das modalidades de tratamento atual não é nem efetiva, nem baseada em evidência. Extenso levantamento bibliográfico não identificou qualquer abordagem dessa patologia envolvendo acupuntura ou eletroacupuntura. O tratamento com eletroacupuntura propiciou rápido e prolongado controle da dor e aumento significativo da amplitude de movimento, mostrando-se uma estratégia custo-efetiva, sem evidencia de efeitos adversos. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 156 PO 02 - TRATAMENTO DA HIPERSONIA IDIOPÁTICA COM ACUPUNTURA DRA FABÍOLA LUZ 1 Hipersonia ou sonolência excessiva é descrita como uma compulsão para dormir, cochilar, ter ataques de sono, quando este é inapropriado. Esse trabalho relata o tratamento bem sucedido de um caso de Hipersonia Idiopática com Acupuntura. Foi feita a aplicação de agulhas, no período aproximado de 1 ano, em sessões semanais. Relato do caso ♂, 68anos, advogado, sociólogo e analista junguiano. QD Hipersonia Idiopática há 47 anos, com períodos de piora e de melhora. Não conseguia acordar pela manhã, às vezes somente no dia seguinte. Piora com o frio. Melhora parcial com modafinil. HPMA Desde jovem sentia uma necessidade imperiosa de dormir mais horas. Não compreendia o motivo e sentia muita culpa. Aos 21 anos, depressão. Antidepressivos foram ineficazes. Aos 35, a depressão voltou, sem resultado com antidepressivos. Aos 53, linfoma. Aos 56 anos, câncer de bexiga, superficial. O paciente foi visto em abril de 2013 pelo prof. Tran Viet Dzung, que observou: Língua: revestimento amarelo, leve tremor e vermelho na ponta. Olhos um pouco vermelhos. Mão um pouco úmida. Pulso um pouco rápido. E propôs o seguinte tratamento Carapaça Psíquica: BP1, VB40, R3, C3, F4, P10 Yin Quiao Mai VG23, B1, VC17, VC14, VC12, VC13, VC10, VC6, VC4, C7, P9, C3, P10, E36, R6,R3, F4, VB40, BP4, BP1 Aurículo: Coração, Rim, BP, Pulmão e o Shen Men. Ponto de excitação. Ponto extra (Excitação): encontra-se entre VB20 e o ponto curioso 13. Localizar o ponto sensível, que se situa próximo ao ponto Amnian 2. Picar com a agulha orientada para o olho, homo ou contra-lateral. Alguns pontos foram acrescentados, em função de outras desarmonias surgidas na trajetória: F3, F13, VB34, ID3, B62, CS6, CS7, P7, IG4, IG11, BP9, E37. Após 50 sessões de Acupuntura, o paciente já não mais apresentava os sintomas de hipersonia, que o atormentaram durante 47 anos. 1 Médica psiquiatra (UNIFESP),Doutora em Etologia Humana (USP), Acupunturista (AMBA). * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 157 PO 03 - AÇÃO POSITIVA DA ACUPUNTURA NA DOR DE PACIENTE COM ENDOMETRIOSE E PELVE CONGELADA Pereira, CFA¹; Luz, FF¹; Souza, LR¹; Anjos, LP¹; Fraga, ITV² ¹Acadêmicos do 6º período de Medicina da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (FASEH) ²Mestre em Neurofisiologia pela UFMG e médica acupunturista Belo Horizonte - MG, Brasil Relato de caso: Paciente R.V.L.F. , 39 anos, atualmente, diaganosticada aos 31 anos, com quadro de endometriose grave e pelve congelada, onde houve aderências de todos os anexos pélvicos.Realizada cirurgia com retirada de 26 cm de intestino grosso, um terço da bexiga e uma trompa.Paciente recebeu tratamento hormonal com Zoladex, e atualmente usa SIU DE MIRENA, porém desde o diagnóstico apresenta dor pélvica importante e após cinco anos, apresentou dor em hipocôndrio direito e epigastro qual após investigação videolaparoscópica revelou endometrioma diafragmático.Desde 2010, paciente vem sendo submetida a sessões de acupuntura e moxabustão nos pontos :F3, R3, BP4, PC6, B13, B16, B 42. A paciente apresenta como padrões de desarmonia estagnação de QI do fígado e deficiência de Shen Métodos: Realização de acupuntura e moxabustão nos pontos :F3, R3, BP4, PC6, B13, B16, B 42, VC12., numa frequência de duas vezes, por semana há 05 anos. Resultados: Houve grande melhora das dores em hipocôndrio e epigastro da paciente, que embora mesmo com tratamento hormonal e abordagem cirúrgica não melhoravam. A paciente hoje relata melhora da qualidade de vida, apresenta redução da dor, a despeito de ainda existir focos de endometriomas diafragmáticos. Relata ainda redução da ansiedade e melhora do manejo do medo e outras emoções frequentes no seu cotidiano, como raiva e frustração Conclusão: A ação positiva da acupuntura nos quadros de dor em pacientes que mesmo submetidos a tratamento clínico-farmacológico e cirúrgico, não apresentam a melhora desejada, é mais um mecanismo disponível para melhora da qualidade de vida dos pacientes ao estimular as vias de analgesia e reorganizar energeticamente o paciente através do reordenamento dos padrões desorganizados pela emoções destrutivas. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 158 PO 04 - ACUPUNTURA E NEUROPLASTICIDADE POSITIVA Pereira, CFA¹; Luz, FF¹; Souza, LR¹; Anjos, LP¹; Fraga, ITV² ¹Acadêmicos do 6º período de Medicina da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (FASEH) ²Mestre em Neurofisiologia pela UFMG e médica acupunturista Belo Horizonte - MG, Brasil Introdução: Atualmente, pesquisas neurocientificas revelam Sistema Nervoso Central do ser humano é extremamente adaptável tem capacidade integrativa e consegue remodelar circuitos pré-existentes - são os mecanismos neuromoduladores que garantem a neuroplasticidade. A acupuntura, comprovadamente um neuromodulador central e periférico, teria ação sobre essa adaptação. Objetivos: Associar a acupuntura aos mecanismos de neuroplasticidade e apontar, nas recentes pesquisas que trabalham com modulação neuronal, a ação da acupuntura na neuroplasticidade positiva por meio da ampliaficação da resposta serotoninérgica. Materiais e métodos: Revisão de bibliografia científica de artigos publicados entre 2008 e 2014, utilizando o site PubMed e as palavras chave “acupuncture”, “serotonin” e “neuroplasticity”. Resultados e discussão: Em todos os artigos indexados e revisados, há uma relação causal entre a ação da serotonina e a neuroplasticidade positiva. Além disso, também foram encontrados mecanismos neurológicos da acupuntura que levam ao aumento de serotonina por meio da ativação dos núcleos paragigantocelular e magno da rafe. A partir dessa análise, constatamos a ação benéfica da acupuntura na neuroplasticidade. Conclusão: A ação da acupuntura atua beneficamente no mecanismo de neuroplasticidade positiva através da liberação de neuromoduladores, como a serotonina e opiódes endógenos, que atuam otimizando as sinapses nervosas e a modulação neuronal. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 159 PO 05 - PERCEPÇÕES DOS ALUNOS DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNICAMP SOBRE O USO E ENSINO DA ACUPUNTURA Autores: BRANDÃO, A.L. BARROS, N.F. BRANDÃO, S.B. inscrito no Congresso Responsável: ANDRÉ LORENZETTI BRANDÃO JUSTIFICATIVA: “Para os males extremos, só são eficazes os remédios intensos” (Hipócrates) Hipócrates, considerado o pai da medicina ocidental, ilustra como o processo saúde-doença tem sido abordado historicamente a partir de uma lógica intervencionista. Na contracorrente, a acupuntura baseia-se na existência de um equilíbrio energético corporal, em que doenças são encaradas como desequilíbrios e o tratamento a devolução deste equilíbrio pela modulação desta energia. A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), do Ministério da Saúde, preconiza sua implantação no Sistema Único de Saúde (SUS). No âmbito acadêmico a Universidade de São Paulo, as Universidades Federais de São Paulo, Piauí, Pernambuco, Amazonas e a Fluminense já oferecem na graduação médica um contato com a acupuntura por meio de matérias optativas. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento e as opiniões dos estudantes de graduação em medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da UNICAMP em relação à acupuntura e o interesse da inclusão da acupuntura na grade curricular. MÉTODOS: Questionário abordando o conhecimento sobre acupuntura, contato prévio e opiniões a respeito de sua abordagem na graduação, com 17 questões e aplicado às seis turmas da graduação do curso de Medicina em atividade no ano de 2012. RESULTADOS: Entrevistados 454 estudantes. O interesse no aprendizado da Acupuntura se mostrou prevalente em cinco das seis turmas entrevistadas (58% a 80% dos alunos). Os alunos, em sua maioria 81,7%, não consideram a grade curricular completa para sua formação acadêmica, e 79% acreditam ser necessária a inclusão da Acupuntura entre as disciplinas oferecidas pela FCM. Dentre aqueles que declararam possuir algum conhecimento prévio, o estudo livre figura como a principal forma de obtenção deste. Apontam 66%, o oferecimento de uma matéria optativa como melhor forma de se ministrar a acupuntura, 18,8% apoiam as ligas e 3,1% declararam não possuírem interesse. CONCLUSÃO: A criação de uma disciplina eletiva de acupuntura a ser oferecida pela FCM-UNICAMP aos alunos de graduação em medicina receberia o apoio dos estudantes e seria uma forma adequada para proporcionar o contato desses com essa especialidade até então não abordada na grade curricular da graduação. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 160 PO 06 - MUDANÇAS NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM MIGRÂNEA SEM AURA APÓS TRATAMENTO COM ACUPUNTURA Autores: MIURA, ANDREW DE OLIVEIRA, FELIPE CALDAS YAMAMURA, YSAO YAMAMURA, MARCIA LIKA MIDORIKAWA, JEFERSON CHEN ROMANINI, VANESSA TEIXEIRA Responsável: Andrew Miura Serviço: Universidade Federal de São Paulo A migrânea sem áurea é uma das causas mais comuns de dor de cabeça e, segundo a Organização Mundial de Saúde, é a 19ª doença que mais incapacita o homem, considerada uma doença grave que diminui a qualidade de vida do paciente e causa um alto impacto socioeconômico, muito relacionada a fatores emocionais. Os tratamentos preventivos através da medicina ocidental, por vezes têm se mostrado pouco efetivo e com muito efeitos colaterais. Com isso as práticas integrativas e complementares tem surgido como uma proposta terapêutica. Os primeiros estudos relacionando a acupuntura com a enxaqueca sem aura têm mostrado resultados promissores, porém ainda inconclusivos. Segundo Yamamura um importante fator de adoecimento ocorre pelo Shen Qi (Energia Mental), que é afetado devido a emoções destrutivas via Meridianos Distintos e, através destes, afeta o Xing (Corpo Físico). Objetivo: Avaliar o impacto da acupuntura em pacientes com migrânea sem aura, aplicando-se o questionário Short Form-36 (SF-36). Método: Os pacientes elegíveis tinham que se adequar aos critérios de inclusão previamente estabelecidos, os quatros pacientes que se enquadravam, realizaram uma sessão semanal por 10 semanas.Os pontos utilizados foram: TA 16(Tianyou), VB 41(Zulinqi), TA 5(Waiguan), Astério, Ptério, estes bilateralmente, Lâmbida, C7-T1, C4-C5 e VC 18(Yutang), buscando a sensação do Te Qi. Os pacientes elegíveis respondiam o SF-36 antes de iniciar o tratamento e depois novamente na 5ª e 10ª semanas apos o inicio da pesquisa. Após o fim do tratamento o paciente retornava depois de 5 semanas, quando ele respondia novamente o SF-36. Resultado: Como média geral observamos um incremento das notas de todos os itens avaliados. Conclusão: Com a utilização deste tipo de tratamento percebeu-se uma melhora na pontuação da ferramenta utilizado, podendo inferir uma melhora do quadro inicial. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 161 PO 07 - ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA CORIORRETINOPATIA SEROSA CENTRAL: RELATO DE CASO Autores SIDI, HENRIQUE EDGARD DE OLIVEIRA, FELIPE CALDAS DE ANDRADE, CAROL FERREIRA DE ANDRADE, DIEGO LADEIA MUIÑOS YAMAMURA, MÁRCIA LIKA YAMAMURA, YSAO Responsável: Henrique Edgar Sidi Serviço: Universidade Federal de São Paulo Introdução: A Coriorretinopatia Serosa Central (CSC) é uma doença idiopática benigna, caracterizada por um descolamento seroso da retina neurossensorial na região macular. Atinge preferencialmente indivíduos do sexo masculino (em 85% dos casos), na faixa etária de 20 a 45 anos. É rara em pacientes da raça negra, e pode apresentar formas atípicas quando atinge indivíduos de origem latina e oriental. A doença é tipicamente unilateral, podendo acometer o olho contralateral em 10% dos casos de forma simultânea ou intercalada. Apesar da unilateralidade, são observadas alterações atróficas da retina nos olhos contra-laterais. A diminuição da acuidade visual é o principal sintoma da CCS. Numa minoria de doentes a função visual pode estar comprometida devido à progressão para a cronicidade. Pacientes com personalidade descrita como “perfil tipo A”, caracterizados por altos níveis de tensão emocional e ansiedade, apresentariam predisposição para o desenvolvimento da CCS. Objetivo: relatar o caso de um paciente portador de Coriorretinopatia Serosa Central tratado por Acupuntura. Método: as informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, registro fotográfico dos métodos diagnósticos aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. Considerações finais: o caso relatado e o resultado obtido trazem à luz a discussão da terapêutica de uma situação complexa que é a Coriorretinopatia Serosa Central e evidenciam que, embora adotada em um só caso, quando bem executada e em pacientes adequadamente selecionados, a Acupuntura é capaz de obter a remissão completa do quadro sintomático e de imagem. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 162 PO 08 - ADOLESCENTE COM TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR TRATADO COM ACUPUNTURA NOS PONTOS CRANIANOS E VERTEBRAIS Autores: DE SOUZA ,MÁRCIO WELLINGTON YAMAMURA ,YSAO YAMAMURA ,MÁRCIA LIKA ARAKAKI,SÔNIA MARIA DOS SANTOS ,DEBORAH CARVALHO ROMANINI,VANESSA TEXEIRA Responsável: MÁRCIO WELLINGTON DE SOUZA Introdução: Transtorno Bipolar do Humor é caracterizado por oscilações ou mudanças cíclicas de humor. Estas mudanças vão desde oscilações normais até mudanças acentuadas e diferentes do normal, como episódios de Mania, Hipomania, Depressão e Mistos. É uma doença de grande impacto na vida do paciente, de sua família e da sociedade, causando prejuízos frequentemente irreparáveis em vários setores da vida do indivíduo podendo ocorrer desde a infância/adolescência. Objetivo:Relatar o caso de um adolescente portador de Transtorno Afetivo Bipolar tratado no Ambulatório de Acupuntura em Pediatria do Setor de Medicina Chinesa - Acupuntura da Disciplina de Ortopedia do Departamento de Ortopedia e traumatologia da UNIFESP/EPM e com sintomas residuais ao tratamento clínico medicamentoso e psicoterápico. Método: As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, registro fotográfico do caso e revisão da literatura e feito tratamento com acupuntura nos pontos cranianos (Ptério ,Bregma e Lambda) e vertebrais cervicais entre C3-C-4, C4-C5, C-5-C6 C7-T1 T4-T5 e T7-T8 descritos por Yamamura. Resultado : O paciente apresentou melhora dos sintomas refratários, como impulsividade e agressividade, apresentando melhora na socialização, não havendo mais necessidade de mudanças frequentes de escolas com 10 aplicações de acupuntura. Além disso, o tratamento realizado permitiu a redução das doses do antipsicótico e estabilizador do humor. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 163 PO 09 - TRATAMENTO DE OSTEOARTROSE DO JOELHO PELA TÉCNICA DO SYALIC: UMA SÉRIE DE CASOS Autores: ROMANINI, VANESSA TEIXEIRA DE OLIVEIRA, FELIPE CALDAS YAMAMURA, YSAO YAMAMURA, MARCIA LIKA MIURA, ANDREW URBANO, BIANCA DE FREITAS MONTEIRO Responsável: Vanessa Teixeira Romanini Serviço: Universidade Federal de São Paulo A osteoartrose (OA) é a doença reumatológica mais prevalente entre indivíduos com mais de 65 anos de idade. Caracteriza-se por uma afecção articular dolorosa, progressiva, ocasionada por um desequilíbrio entre a formação e a destruição dos principais elementos da cartilagem, associada a uma variedade de condições, como fatores genéticos, sobrecarga mecânica, entre outros. Objetivo do estudo: Avaliar a efetividade e o impacto na qualidade de vida, na dor do joelho com o uso da técnica do Sistema Yamamura de Acupuntura da Linha de Implantação do Cabelo (SYALIC) no tratamento de pacientes com Osteoartrose de Joelhos. Métodos: Cinco pacientes do Pronto Atendimento do Hospital São Paulo foram selecionados, obedecendo à critérios préestabelecidos. Critérios de Inclusão: OA de joelho moderada a severa, de acordo com os critérios clínicos e radiológicos do Colégio Americano de Reumatologia, ausência de qualquer outro tratamento dentro das práticas ocidentais (exceto analgésicos orais) nas duas semanas que antecedem a aplicação do tratamento e pacientes submetidos a colocação de prótese articular. Critérios de Exclusão: Pacientes com polineuropatia; história de trauma recente; doenças ameaçadoras à vida; pacientes que realizaram tratamento com moxabustão, fitoterapia ou ventosa nas últimas 3 meses, pacientes que realizaram artroscopia de joelhos nos últimos 3 meses, ou que foram submetidos à injeção de fluido articular nos últimos 6 meses. Foram realizadas ao todo 20 sessões por 20 minutos, na frequência de duas vezes por semana. Resultados: Todos os pacientes apresentaram redução da dor e da sensação de rigidez, com impacto descrito como “relevante” na qualidade de vida. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 164 PO 10 - EFEITO IMEDIATO DO TA-16 (TIANYOU), TA- 5 (WAIGUAN), VB- 41 (ZULINQI) E LAMBDA NAS CRISES DE MIGRÂNEA Autores: DE OLIVEIRA, FELIPE CALDAS URBANO, BIANCA DE FREITAS MONTEIRO YAMAMURA, YSAO YAMAMURA, MARCIA LIKA MIURA, ANDREW ROMANINI, VANESSA TEIXEIRA Responsável: Felipe Caldas de Oliveira Serviço: Universidade Federal de São Paulo A migrânea é uma desordem neurológica crônica caracterizada por cefaleia temporal e sintomas associados que dura de 4 a 72 horas. Apresenta forte impacto social e sua prevalência pode variar de 4 - 14,9%. É considerada a 19ª doença que mais incapacita, segundo a Organização Mundial de Saúde. A enxaqueca corresponde, na Medicina Tradicional Chinesa (MTC), à cefaleia Shao Yang. É causada pela Plenitude do Gan Yang (Fígado-Yang) cuja origem é pode estar relacionada ao Vazio do Gan Yin (Fígado-Yin) e/ou Vazio do Shen Yin (Rim-Yin) associado a fatores emocionais. Quando a mente dá um sentido de “Quero resolver e não posso” observa a origem emocional das cefaleias. O tratamento das crises agudas de enxaqueca visa aliviar a dor e os sintomas associados, além de evitar a recorrência e restaurar a funcionalidade do paciente. O tratamento abortivo visa controlar os sintomas por 24 horas; se retorno do quadro clínico considera recidiva da migrânea. Objetivos Avaliar a eficácia dos pontos TA -16 (Tianyou), TA - 5 (Waiguan), VB - 41 (Zulinqi) e Lambda no tratamento de cefaleia aguda nos pacientes que procuraram o Pronto Atendimento (PA) de Acupuntura no período de agosto a outubro de 2014. Metodologia Realizado um estudo no HUSP/UNIFESP avaliando a resposta imediata dos casos de cefaleia aguda com os pontos citados. No total participaram 20 pacientes. Critérios de inclusão: idade entre 18 e 65 anos com cefaleia aguda primária. Inicialmente o paciente foi questionado sobre o tipo de dor, localização, intensidade e sintomas associados baseado na Escala Visual Analógica (EVA). As medidas foram mensuradas antes, após 10 minutos e 24 horas após a intervenção com acupuntura. Resultados: Todos os pacientes apresentaram diminuição significativa do quadro álgico e sintomas associados no período do estudo, com baixa recidiva dos sintomas. A acupuntura, a partir dos resultados mostrados, com analgesia imediata e tardia firma se como um importante recurso terapêutico. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 165 PO 11 - O EFEITO DA ACUPUNTURA NAS ATIVIDADES HABITUAIS DE UMA POPULAÇÃO GERIÁTRICA VICENTE FAGGION DE ALENCAR MÍRIAN GONDIM MEIRA TIBO CIRO BLUJUS DOS SANTOS ROHDE DOUGLAS TETSUO HIRAOKA BERNARDO AYRES ANDRÉ TSAI YOLANDA MARIA GARCIA Introdução: Para indivíduos idosos, há outras formas além da dor para avaliar a eficácia de um tratamento: a funcionalidade é uma delas Métodos: Foram avaliados 31 idosos submetidos a acupuntura para tratamento de dor, em oito momentos diferentes: 10 semanas antes do início, no início, na 10ª e na 20ª semanas de tratamento e três, seis, nove e doze meses após a alta. Foram convidados a descrever as atividades prejudicadas pela dor que estavam tratando, as atividades reiniciadas com o tratamento e a recidiva das dificuldades. Os resultados foram avaliados por teste de Wilcoxon (Wilcoxon Signed Rank) e por ANOVA. Resultados: Foram incluídos 31 idosos, 87,8% do sexo feminino e idade média de 75,16 anos. O número médio de atividades prejudicadas 10 semanas antes foi 2,355 e no primeiro dia de atendimento foi 2,387 (p=0,884). O número de atividades reiniciadas nas 10ª e 20ª semanas foram 1,517 e 1,690, e aos 3,6,9 e 12 meses da alta foram 1,267; 1,071; 0,654 e 0,520 (p=0,006). As médias de perdas recidivadas foi de 0,1333; 0,2857; 0,2308; 0,3200 (p=0,817). O teste de Wilcoxon mostrou a seguintes medianas para os oito momentos: 2,50 (CI=2,00-3,00); 1,00 (CI=0,00-1,50); 0,50 (CI=0,00-1,50); 0,00 (CI+0,00-0,00); 0,00(CI=0,00-0,00); 0,00(CI=0,00-0,00); 0,00(CI=0,00-0,00); 0,00(CI=0,00-0,00). Conclusões: Os resultados sugerem que o tratamento por acupuntura tenha tido impacto positivo sobre as atividades habituais dos idosos estudados, que foi se reduzindo gradativamente após a alta. No entanto, há contradições em alguns desses resultados, sugerindo que uma outra metodologia estatística possa dar maior clareza às observações. * É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor. voltar ao indice 166 REALIZAÇÃO: APOIO: PATROCÍNIO: