LIGA DOS COMUNISTAS NÚCLEO DE ESTUDOS MARXISTAS GRUPO DE PESQUISA VINCULADO AO CNPQ CERTIFICADO PELA UFOP A FINANCEIRIZAÇÃO DO CAPITAL ABERTO A TODA COMUNIDADE A partir de 17 de março, das 17 às 19 horas - no ICSA Encontros Quinzenais Coordenação: Prof. Dr. André Mayer Profa. Dra. Ednéia Oliveira Curso de Serviço Social – ICSA/UFOP Março de 2011 MANIFESTO LIGA DOS COMUNISTAS NÚCLEO DE ESTUDOS MARXISTAS GRUPO DE PESQUISA UFOP - CNPQ "Liga dos Comunistas" - Núcleo de Estudos Marxistas pretende ser um núcleo de estudos e pesquisas sobre o movimento da realidade, referenciado à teoria social de Marx e à tradição marxista, rastreando a seguinte linha de pesquisa: a sociedade na ordem contemporânea do Capital. A construção de um grupo de pesquisa vinculado à tradição que se inspira em Marx e que defende o comunismo tem um objetivo seminal: a transformação da realidade. Nesse momento histórico e determinado, essa realidade é dominada por um "sistema de controle do metabolismo social" específico, o Capital. O Capital é "relação social"! A produção material da vida desse sistema, fonte da relação social, é baseada na propriedade privada dos meios de produção, na exploração do trabalho alheio e na apropriação privada dos frutos do trabalho. A produção capitalista é sinônimo de produção de mais-valia, portanto, de uma intensa e incontrolável exploração sobre o ser social que trabalha. A acumulação de capital depende da exploração do trabalho. Da exploração nasce a mercadoria. Essa "coisa" produzida, portanto criatura, torna-se o centro das relações sociais. Você respira, você bebe, você come, você vomita mercadoria. A mercadoria passa a ser a portadora e a expressão das relações entre os homens. As relações sociais na ordem do capital são relações sociais coisificadas, reificadas, miseráveis! Essa "relação social" predatória determina a terrível lei geral da acumulação capitalista: à medida que se acumula capital, a situação do trabalhador tende a piorar. Ocorre uma acumulação de miséria correspondente à acumulação de capital. A acumulação de riqueza num pólo é, portanto, ao mesmo tempo, a acumulação de miséria, tormento de trabalho, escravidão e brutalização no pólo oposto. A lei geral da acumulação capitalista é fonte da "questão social", que hoje se expressa e se manifesta de infinitas maneiras. O simples exemplo do desemprego elucida essa "questão": o desemprego em massa não resulta do desenvolvimento das forças produtivas, mas sim do desenvolvimento das forças produtivas sob as relações sociais de produção capitalistas. Vivemos o absurdo de "naturalizar" as relações sociais específicas da ordem do Capital, como se essas relações fossem eternas. Natural e eterna! Os defensores dessa ordem miserável, assim a anunciam. Os males terrenos são obra do acaso e fundamentalmente responsabilidade do indivíduo e não do "sistema de controle do metabolismo social". Os ideólogos desta ordem imersa na barbárie enveredam por uma "decadência ideológica" e por uma "especialização mesquinha", onde se discute tudo e ao mesmo tempo não se discute nada; a não ser a miudeza, o fragmento que se ergue, como se tivesse estatuto próprio, frente a uma "totalidade", o Capital, que na verdade domina as relações sociais das quais somos escravos! A Liga dos Comunistas vem manifestar a sua radical opção: desejamos a morte das relações sociais impostas pelo capital; lutaremos pela sua ruína e superação com todas as armas que forem possíveis; e esperamos poder contribuir com a emancipação humana, rumo a outro modelo de sociedade "para além do Capital", no qual as relações sociais serão construídas para atender as necessidades básicas, material e espiritual, do ser social. Morte ao Capital! "É uma luz universal de que se embebem todas as cores, e que as modifica em sua particularidade. É um éter especial, que determina o peso específico de todas as coisas emprestando relevo ao seu modo de ser (...). O capital é a potência econômica da sociedade burguesa que domina tudo".