Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. SUMÁRIO 00. Bate papo inicial. Pág. 02 1. As invasões estrangeiras. Pág. 03 2. A fundação da companhia das Índias ocidentais Pág. 07 (W.I.C) e a invasão holandesa ao mundo colonial português. 3. O fim do domínio holandês e a crise do ciclo da Pág. 09 cana de açúcar. 4. Formação do território. Pág. 10 5. A sociedade mineradora: corrida do ouro e o Pág. 14 povoamento do interior. 6. Revoltas no período colonial (nativistas) e Pág. 21 projetos de independência. 7. O período pombalino. Pág. 25 8. Exercícios resolvidos. Pág. 29 9. Exercícios propostos. Pág. 34 10. Pág. 83 Considerações finais. Página 1 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. 00. BATE PAPO INICIAL. Olá amigo estudante. É com muita alegria que o recebo novamente para falarmos de história. Estudar as aulas anteriores é fundamental para que você possa compreender muitas das coisas que vamos tratar aqui. Leia com atenção seu texto de apoio, releia e pratique exercícios. Aos poucos o conteúdo básico vai ficar retido na sua memória. Claro que para isso é muito importante você fazer suas próprias anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos exercícios, não importa, você escolhe. O importante é estudarmos bastante e nos concentrarmos nos estudos. Estimule sua disciplina e procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos. Página 2 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. 1. AS INVASÕES ESTRANGEIRAS. Invasões inglesas e francesas: As invasões inglesas não são muito destacáveis pois não de passaram atividades de piratas ou corsários que pouco frequentaram aqui. Com os Franceses foi diferente pois havia um projeto de exploração e colonização que queriam implantar. As Invasões Francesas: O litoral brasileiro era bastante frequentado por piratas e corsários corsários franceses. são coisas Piratas e diferentes? Sim, são. Aparentemente são a mesma coisa. Capitães de navios que atacavam frotas mercantes para pilhá-las. Mas enquanto a pirataria era uma atividade marginal e individual e o sujeito é um saqueador, o Corsário era um “pirata oficial”. Se o navegador recebe um documento do Estado chamado Carta de Corso, ele se transforma saquear e no corsário. derrubar Pode navios, desde que inimigos da coroa francesa, ou espanhóis, seja: navios portugueses e ingleses. A França realizou duas invasões ao Brasil. A primeira no Rio de Janeiro e a segunda no Maranhão. A primeira invasão ocorreu entre 1555 e 1558 na Baia da Guanabara, no Rio de Página 3 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Janeiro. Um grupo de huguenotes (calvinistas) tentavam fugir das perseguições religiosas na Europa. Vieram sob o comando de Villegagnon e Almirante Coligny. Fundaram um forte militar e iniciaram uma colônia: A França antártica. Foram expulsos pelo Governador Geral Mem de Sá, em 1560. O tempo todo de permanência exploraram ativamente as madeiras do litoral. Na guerra contra os franceses, os portugueses tiveram apoio das tribos Guaianazes e os invasores dos Tupinambás. Eles eram chamados pelos europeus de Tamoios e as tribos já estavam organizadas para atacar os portugueses, então apoiaram a França. Esta união dos indígenas contra os portugueses ficou conhecida como a confederação dos Tamoios. A Segunda invasão foi em 1612, no Maranhão, onde fundaram a cidade de São Luiz. Criaram a França equinocial. Nas duas tentativas se associaram aos indígenas contra os portugueses. Foram expulsos do Maranhão em 1615. A união ibérica e a invasão holandesa: Em 1578, Portugal passou por uma profunda crise sucessória que fez com que fosse anexado pela Espanha. O rei português D. Sebastião, imbuído de uma grande motivação religiosa de expansão do cristianismo, empreendeu uma invasão ao Norte da África, no Marrocos, com objetivo de expulsar os árabes da região. Morreu na batalha de Alcácer-Quibir. D. Sebastião, muito jovem, não deixou herdeiros, e assumiu o trono seu tio-avô, o velho cardeal D. Henrique, com mais de 80 anos, que por sua vez faleceu em 1580. Com a morte de D. Henrique chegou ao fim o domínio da Dinastia de Avis. Desde a morte de Dom Sebastião, passou a ocorreu uma manifestação popular conhecida como sebastianismo. Surgiu o mito de que o rei morto retornaria triunfante, como um messias salvador, para retirar Portugal da crise. Página 4 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Dinastia Borgonha: 1129 – 1385 Dinastia de Avis: 1385 -1580 Vários pretendentes se candidataram ao trono vago. O mais poderoso pretendente era o rei da Espanha Felipe II, que subornou vários nobres portugueses e ocupou militarmente o território português, anexando-o. Assim de 1580 até 1640, o rei da Espanha passou a ser também rei de Portugal, dando origem ao período denominado “União Ibérica”. Duas exigências foram impostas à Felipe II: a preservação da estrutura administrativa de Portugal e da exclusividade comercial com as colônias. Consequências da “União Ibérica”: Com a União Ibérica, Portugal passou a ser controlado pela Espanha e herdou seus inimigos. No mesmo contexto, os holandeses, que eram parte do território do império espanhol estavam em guerra de independência e se separaram. Fundaram assim em 1581 a União Utrecht (primeiro nome da Holanda independente da Espanha). A Guerra de independência da Holanda teve motivações religiosas. É uma região predominantemente composta por protestantes calvinistas e o super católico Felipe II, encerrou a era de tolerância religiosa de seu país, passando assim a ocorrer violentas guerras religiosas. A Espanha, para punir economicamente os holandeses, que eram antigos parceiros econômicos dos portugueses em suas colônias no Brasil, África e Índia, os afastou do comércio com o mundo colonial lusitano, principalmente do açúcar no nordeste brasileiro. Todos os portos espanhóis, inclusive os brasileiros, estiveram proibidos de comercializar com os flamengos (holandeses). Página 5 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. 1. (Espcex (Aman) 2017) Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de Alcácer-Quibir. Sem descendentes, o trono foi entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer dois anos depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa, a Coroa portuguesa acabou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à chamada União Ibérica. Com esta união, um tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo de Portugal. Das opções abaixo, assinale aquele que se tornou inimigo de Portugal. a) Holanda b) Alemanha c) Itália d) Inglaterra e) EUA Resposta: [A] A Holanda era, nos reinados de Carlos I e seu filho Filipe II, uma possessão espanhola. Mas, devido à forma de governo autoritária de Filipe II no século XVI, a burguesia holandesa promoveu sua luta de independência. Em resposta a isso, Filipe II proibiu todas as possessões espanholas de fazer comércio com a Holanda. Devido à ocorrência da União Ibérica, Portugal e Brasil estavam incluídos nessa proibição. Página 6 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. 2. A FUNDAÇÃO DA COMPANHIA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS (W.I.C) E A INVASÃO HOLANDESA AO MUNDO COLONIAL PORTUGUÊS. Diferente das invasões francesas, a Holanda criou uma empresa comercial de colonização, a Cia. Das Índias Ocidentais. A existência da companhia de comércio teve um significado mais amplo, pois foi o mecanismo que garantiu à Holanda quebrar o monopólio do comércio oriental mantido pelos portugueses. Invadiram os portos portugueses na Índia, África e Brasil. Os holandeses tinham fortes motivos para conquistar o Brasil, pois eram responsáveis pelo refino de boa parte do açúcar comercializado na Europa. Realizaram duas invasões: a primeira na capital Salvador em 1624, e a segunda e duradoura em Recife. Lá ficaram até 1654. Invasão na Bahia (1624-1625): Esta tentativa de invasão foi frustrada pois os colonos (inclusive associados aos indígenas) se organizaram militarmente em guerrilhas para expulsar os holandeses. São expulsos, mas premiados pelo destino: No retorno à Europa foram amplamente recompensados em 1628, com a apreensão, nas Antilhas (ilhas no Caribe, América Central), de um dos maiores carregamentos de prata americana para a Espanha. Os recursos obtidos pela WIC com esse ato de pirataria serviram para financiar uma segunda tentativa, dessa vez contra Pernambuco. Invasão em Pernambuco (1630-1654): Em 1630 com uma esquadra de setenta navios, os holandeses chegaram a Pernambuco e dominaram Recife e Olinda sem maiores dificuldades. A Espanha envolvida em outras prioridades militares não mandou grande apoio militar para a resistência estabelecida pelos colonos. Aos poucos, com as vantagens oferecidas pelos invasores a resistência se enfraqueceu e muitos produtores passam para o lado flamengo, pois estes se comprometem a respeitar a liberdade religiosa (lembre-se que os holandeses eram calvinistas e os portugueses católicos), direito de Página 7 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. propriedade das terras e engenhos, realizariam financiamentos e comprariam a produção. O governo de Maurício de Nassau: de Maurício governador geral holandeses, e Nassau dos aqui entre 1637 a 1644. foi domínios permaneceu Preocupou-se com a reorganização da produção açucareira (que foi comprometida pelas tentativas de resistência dos colonos) e com a segurança. Procurou conciliar os luso-brasileiros (portugueses e descendentes que aqui habitavam) que ficaram sob seu domínio, e tratou de ampliar territorialmente o domínio holandês que passou a ocupar territórios entre o Maranhão e a Bahia. Nassau devolveu as propriedades aos seus antigos donos, ampliou o crédito e forneceu empréstimos a juros controlados. Ainda passou a cobrar impostos mais baixos que os cobrados por Portugal e a realizar importantes melhoramentos urbanos. Apesar da política conciliadora não conseguiu impedir conflitos e contradições. Os senhores de engenho que haviam contraído empréstimos com os holandeses não conseguiam saldar suas dívidas, e conflitos religiosos (apesar da liberdade religiosa concedida pelos holandeses) ocorriam. Os conflitos se tornaram mais intensos quando em 1640 Portugal restabeleceu sua coroa e se liberta da Espanha, pondo fim à União Ibérica. Página 8 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. 3. O FIM DO DOMÍNIO HOLANDÊS E A CRISE DO CICLO DA CANA DE AÇÚCAR. Com o fim da União Ibérica, Portugal tratou de recuperar seus territórios coloniais e propôs uma trégua de 10 anos para a desocupação holandesa do Nordeste. A partir daí a Cia das Índias Ocidentais resolveu diminuir seus efetivos militares a fim de conter os gastos. Nassau foi demitido e o novo governo tornou-se extremamente severo, sobretudo em relação às dívidas dos senhores de engenho e o prazo para saldá-las. Muitas propriedades foram confiscadas e a tolerância religiosa não era mais observada com os mesmos cuidados. As tensões se acumularam e começaram a se manifestar na forma de rebeliões que se generalizaram, até que eclodiu um processo de rebelião que expulsou os holandeses: A Insurreição Pernambucana. Os colonos lusobrasileiros confrontaram os holandeses entre 1945 e 1954, quando finalmente foram expulsos. Portugal ainda pagou uma pesada indenização à Holanda e o comércio e produção de açúcar foram profundamente prejudicados, pois, flamengos foram se instalar nas Antilhas (na ilha de Curaçau, na América central) e se tornaram fortes concorrentes do Brasil no mercado açucareiro. A produção de açúcar no caribe foi o início da decadência da nossa, pois o açúcar era de melhor qualidade e muito mais próximo a Europa, barateando frete. Os holandeses passaram a fornecer um açúcar melhor e mais barato. Página 9 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. 4. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO. A expansão territorial foi motivada por fatores políticos, religiosos e econômicos: Políticos: Com a União Ibérica (1580-1640) o tratado de Tordesilhas tornou-se obsoleto, e colonos brasileiros ultrapassaram a fronteira. Religiosos: As Missões Jesuíticas penetraram profundamente no território espanhol na região sul e no vale do rio Amazonas. Econômicos: -Pecuária: Foi praticada como atividade complementar à açucareira oferecendo animais de carga, couro e carne. Desenvolveu-se muito bem no cerrado e usava mão de obra livre indígena. -Bandeirantismo: Principais responsáveis pela interiorização do território, escravização de indígenas, destruição de quilombos e procura de metais preciosos. -Mineração: Povoou o interior do território e gerou povoamento e desenvolvimento de núcleos urbanos espontâneos no MT (Cuiabá), Página 10 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Goiás (cidade de Goiás e Pirenópolis) e MG (Vila Rica, Mariana, São João del Rey, Congonhas do Campo). Depois de muitas disputas territoriais foi assinado em 1750 o Tratado de Madri que estabeleceu as fronteiras atuais (com exceção do Acre que foi incorporado em 1903 pelo tratado de Petrópolis). O grande articulador do acordo com a Espanha foi o primeiro ministro português Marques de Pombal, que governou a colônia entre 1750 e 1777 e o princípio jurídico que norteou as negociações foi o do “uti possidetis” (o direito de posse é de quem usa). Os critérios que foram usados por Portugal foram a presença de Igrejas portuguesas, a exploração econômica e o mapeamento do território. Uma das consequências do tratado naquele contexto foram as Guerras Guaraníticas. A região sul do Brasil era motivo de intenso litígio entre Portugal e Espanha. No tratado a região dos sete povos das missões do Uruguai (missões jesuíticas) que ficariam no Brasil, e cederia a região de Sacramento (na foz do rio da Prata). Isso envolveria o deslocamento de missões jesuíticas espanholas para cá da fronteira, bem como milhares de indígenas e cabeças de gado. Os Jesuítas uniram-se aos indígenas e passaram a combater as tropas portuguesas e espanholas que foram designadas para garantir a saída dos Jesuítas. Os confrontos ocorreram entre 1753-1756 e foram um dos motivos políticos que levaram Marquês de Pombal a expulsar a ordem dos Jesuítas do Brasil em 1759, e em 1767 a Espanha fez o mesmo, acabando com o poderoso domínio das missões jesuíticas nas colônias ibéricas. O território dos sete povos das missões, pouco depois em 1801, foi reincorporado ao território brasileiro. O tratado de Madri foi o mais importante de todos, principalmente porque depois dele as alterações nas fronteiras do Brasil foram muito pequenas, colocou um limite à expansão portuguesa nos territórios que, de acordo com o tratado de Página 11 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Tordesilhas, pertenciam à Espanha. A região amazônica foi ocupada pelos portugueses através de fortes militares e missões jesuíticas. Ficou com a bacia amazônica e garantiu a sua posse sobre sua foz atlântica, mas ficou sem a foz do rio da Prata, que ficou com a Espanha, onde ficava a colônia de Sacramento. Podemos sintetizar os objetivos portugueses e espanhóis para negociar nos pontos seguintes: Interesses portugueses: 1- Conseguir o equilíbrio entre as reivindicações sobre fronteiras coloniais, outorgando uma parte maior da bacia amazônica à Portugal e do rio da prata à Espanha. 2- Garantir soberania indiscutível sobre os distritos de ouro e diamantes para a Coroa Portuguesa. 3- Garantir a fronteira sulina do Brasil pela conservação do Rio Grande do Sul e pela aquisição da região da missão espanhola jesuíta” sete povos”, na margem esquerda do rio Uruguai. 4- Garantir a fronteira ocidental do Brasil e a comunicação fluvial com Maranhão-Pará, certificando-se de que a navegação pelos rios amazônicos Tocantins, Tapajós e Madeira permanecessem em mãos portuguesas. Interesses espanhóis: 1- Deter o avanço dos portugueses para o Oeste, pois este já se tinha estendido por grande parte do que, em teoria, era território espanhol, embora constasse principalmente de mata virgem. 2- Garantir a colônia de Sacramento, na foz do rio da Prata, que funcionava como porta dos fundos para o comércio ilegal de portugueses e contrabando de ingleses como o vice reino do Peru, o que tornava Buenos Aires perigosamente exposta à invasão estrangeira. 3- Sabotar alianças entre contrabandistas ingleses e portugueses, e facilitar a união com Portugal para combater as ambições inglesas na foz do rio da Prata. Página 12 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Os principais tratados foram: - 1713/1715: Tratado de Utrecht: O primeiro de 1713. Estabeleceu o rio Oiapoque, no extremo norte (atual Amapá), como o limite de fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. O segundo de 1715, estabeleceu que a Colônia do Sacramento, atual Uruguai, passaria para os domínios portugueses. Ocorreu uma forte oposição dos Jesuítas e indígenas dos Sete Povos que não aceitaram o domínio português na região. - 1750: Tratado de Madrid: estabeleceu praticamente os limites atuais. O sul continuou conflituoso e foi objeto de mais tratados. Também não existia ainda o Acre, que seria incorporado ao território nacional em 1903 em decorrência do ciclo da borracha. Vigorou o princípio do “uti possidetis”. - 1777: Tratado de Santo Ildefonso: A Espanha recuperou o território de sacramento e dos 7 povos das missões. Portugal achou desvantajoso e o conflito continuou. - 1801: Tratado de Badajoz: Retorna aos limites do sul estabelecidos pelo tratado de Madri. Sacramento ficou para a Espanha e os sete povos para Portugal. Página 13 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. numericamente superiores renderam os paulistas, em desvantagem. Ao se renderem, baixaram armas, no que o líder emboaba Bento Manoel Coutinho ordenou que fossem todos mortos. Este episódio ficou conhecido como o capão da traição. Contra a instalação da casa de fundição em 1720, ocorreu a revolta de Felipe dos Santos e contra a Derrama de 1789, foi tramada a revolta conhecida como inconfidência mineira, que não chegou à deflagrar-se pois foi delatada. Impactos da mineração: Grande migração para a região que provocou um incrível aumento populacional. Urbanização da região de Vila Rica (atual Ouro Preto). É a primeira urbanização espontânea do Brasil. Mudança do eixo econômico do Nordeste para o Sudeste. Transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro. Surgimento de trabalhadores livres, e pela primeira vez na colônia (a pecuária era uma exceção). Surgimento de vias de comunicação entre as regiões brasileiras e a região mineradora. Surgiram estradas, cuja mais importante foi a Estrada Real, que ligava Vila Rica à Parati (caminho velho) e ao RJ (caminho novo). (EsSA) Entre as consequências da atividade mineradora na colônia do Brasil, nos séculos XVII e XVIII, é incorreto afirmar que favoreceram: a) o enfraquecimento do mercado interno. b) a integração econômica da colônia. Página 15 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. c) o povoamento da região das minas. d) a conquista do Brasil central. e) o desenvolvimento urbano. Resposta: [A] A mineração proporcionou o povoamento da região das minas, promovendo a urbanização e o desenvolvimento do mercado interno, até então inexistente. _______________________________________________________ A coroa portuguesa, para fiscalizar a mineração e cobrar impostos, criou as casas de fundição. O ouro em pó deveria ser levado para lá e seria derretido e transformado em barras. Os principais impostos eram: Quinto (20%). Capitação (17g por escravo). Finta (quando a produção caiu deveriam mandar 15 arrobas anuais para Portugal). No final do século XVIII, o Brasil deixou de mandar os carregamentos de ouro, então Portugal decretou a cobrança forçada, a Derrama (a grande motivação para a inconfidência mineira). O fluxo de pessoas para a região mineradora foi intenso, tanto de portugueses vindos da metrópole, quanto de colonos aventureiros, principalmente do nordeste, como também de ordens religiosas. Chegavam aos montes, o que fez que em pouco tempo Vila Rica se tornasse um enorme aglomerado, todo desordenado e com muitos conflitos. O ambiente era bastante violento, com uma grande quantidade de mendigos, e gente de toda sorte que iam para a região para se refugiarem. É muito interessante observar que o ouro era muito abundante e isso gerou uma situação econômica interessante: Página 16 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. 1° o preço do ouro caiu no chão, e todos os gêneros de consumo, principalmente alimentos inflaram à alturas. 2° As grandes fortunas foram criadas não por mineradores, mas por comerciantes que abasteciam às minas com todo tipo de produtos. Muitas fazendas no interior mineiro fizeram fortunas plantando alimentos e processando produtos básicos. Talvez a maior preocupação da metrópole fosse manter o controle sobre a região mineradora, pois o contrabando era preocupante. As casas de fundição serviam para combatê-lo na medida que foi proibido o ouro em pó, e quando as barras eram fundidas com o selo real, o quinto já era cobrado. Haviam os chamados santos do pau-oco, em que ouro era contrabandeado em imagens sacras. (Espcex (Aman) 2012) Diferentemente de outras atividades econômicas do Brasil Colônia, a mineração foi submetida a um rigoroso controle por parte da metrópole. Neste contexto: a) os Códigos Mineiros de 1603 e 1618 já impediam a livre exploração das minas, impondo uma série de condições e restrições. b) as Intendências das Minas criadas pelo Regimento de 1702 impuseram um controle absoluto sobre toda a produção mineradora, embora ainda estivessem subordinadas a outras autoridades coloniais. c) a cobrança do quinto foi facilitada com a criação das Casas de Fundição, no final do século XVII, onde o ouro era fundido em barras timbradas com o selo real, embora a circulação do ouro em pó ainda fosse permitida. Página 17 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. d) foram instalados postos fiscais em pontos estratégicos das estradas, com o objetivo de fiscalizar se o pagamento do quinto havia sido realizado; cobrar impostos sobre a passagem de animais e pessoas e sobre a entrada de todas as mercadorias transportadas para as Minas. e) a capitação foi um imposto que exigia do minerador o pagamento de uma taxa sobre cada um de seus escravos, do qual ficavam isentos os faiscadores que não possuíam escravos. Resposta: [D] Devido ao contrabando existente na região, o governo metropolitano precisava impor um controle rígido, inclusive nas estradas. É necessária uma atenção especial à opção [C], já que a primeira parte está correta, mas o final da opção contém um equívoco: a circulação do ouro em pó também foi proibida com a criação das Casas de Fundição. _______________________________________________________ A vila rica do barroco, rococó e republicanismo: Durante a mineração, floresceu a arte Barroca e Rococó, cujo principal nome é Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. São estéticas artísticas profundamente influenciadas pela religiosidade católica, e principalmente caracterizada pelas igrejas e imagens sacras. Foi a expressão do mundo urbano colonial, como era regra, profundamente religioso. O museu da praça Página 18 de 83 inconfidência, na Tiradentes, atual Ouro WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Preto. Era o prédio da câmara municipal de Vila Rica. Sua parte inferior (na altura da escadaria) era a prisão, em que Tiradentes foi preso antes de sua decapitação no RJ. A Igreja de São Francisco de Assis. Seu traço arquitetônico e seu interior é atribuído a aleijadinho. elemento É o principal arquitetônico que simboliza o Barroco/Rococó. Um registro da riqueza das irmandades religiosas mineiras. Observe atentamente as imagens. Elas são representações artísticas de práticas sociais que ocorriam no país. Essas imagens já foram objetos de questão, pois demonstram como é relativo a ideia de “bárbaro”. Tanto os tupinambás canibais, quanto o sistema jurídico português tinham práticas que podemos considerar bárbaras, como o esquartejamento e a exposição dos membros. Vila Rica, atual Ouro Preto, foi o símbolo de um ciclo econômico. Cada vez mais a pesquisa histórica mais recente combate Página 19 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. a ideia de ciclos econômicos, pois podem passar a ideia errônea de uma economia monoprodutora. Na colônia éramos sem dúvida dependentes do açúcar, pois leis portuguesas proibiam o cultivo de qualquer produto que não fosse a cana, a 100 Km do litoral. Mas as pesquisas atuais apontam para uma economia mais diversificada que se imaginava, pois no século XVII era também o maior fornecedor de tabaco e algodão para empresas europeias. Mas durante a mineração o termo ciclo não é inadequado. Durou pouco mais de 70 anos, a partir daí as reservas se esgotam e vem vários conflitos com a metrópole, o mais importante deles, a inconfidência mineira. A civilização do ouro era essencialmente urbana então o comércio era muito importante. O preço do ouro caiu (lei da oferta e da procura) então a prata passou a ser mais valiosa em alguns momentos e o preço do alimento era altíssimo. A paisagem era toda desordenada e sem saneamento adequado. Uma modalidade diferente de escravidão surgiu ali: O escravo de ganho. Eles pertenciam a algum comerciante e eram vendedores ambulantes. Com o tempo de trabalho compravam sua alforria. Muito africanos conseguiram sua alforria e de descendentes de suas tribos. Alguns chegaram a enriquecer, apontam novas pesquisas. Quem foi o maior beneficiário do ouro brasileiro? A Inglaterra. Portugal encontrava-se muito endividado com os ingleses, de tal modo que os carregamentos de ouro chegavam em Portugal e nem eram descarregados: Somente realizavam a contabilidade e o navio seguia para Inglaterra. A origem desta dívida foi um tratado comercial de 1703, o tratado de Methuen, mais conhecido como tratado dos panos e vinhos. Os produtos importados por Portugal eram manufaturados de maior valor agregado enquanto exportava vinhos e outros produtos artesanais, com baixo valor agregado. Em pouco tempo surgiu uma dívida gigantesca, tornando a economia lusitana dependente da britânica que acumulou capitais Página 20 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. para industrializar-se, enquanto Portugal continuou um império comercial e agrário, dependente de tecnologia externa. (EsSA) O Tratado de Methuen, assinado em 1703, por portugueses e ingleses, a) incrementou a industrialização em Portugal e no Brasil. b) abriu um importante canal para a transferência da riqueza produzida no Brasil para a Inglaterra. c) criou foro especial para julgar cidadãos britânicos que viviam no Brasil. d) trouxe vantagens para Portugal nas relações comerciais bilaterais com a Inglaterra. e) favoreceu o desenvolvimento da indústria luso-brasileira. Resposta: [B] 6. REVOLTAS NO PERÍODO COLONIAL (NATIVISTAS) E PROJETOS DE INDEPENDÊNCIA. As revoltas nativistas: Foram provocadas pela insatisfação das elites coloniais contra o monopólio comercial da metrópole e disputas por território como a guerra dos emboabas. Não pretendia a independência de Portugal, mas flexibilizações no pacto colonial e contra os altos impostos. Principais razões: Monopólio português do comércio de mercadorias (pacto colonial). Página 21 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Preços elevados cobrados pelos produtos comercializados pelos portugueses. Medidas da metrópole que favoreciam os portugueses, principalmente os comerciantes. Conflitos culturais, políticos e comerciais entre colonos e portugueses. Altos impostos cobrados pela coroa portuguesa, principalmente sobre a extração de ouro realizada pelos colonos brasileiros. Exploração colonial praticada por Portugal e o rígido controle, através de leis, imposto pela metrópole sobre o Brasil. Em 1640 contra o fim da União Ibérica, os paulistas que queriam ficar com a Espanha, recusaram-se a reconhecer o novo rei de Portugal D. João duque de Bragança, e aclamaram como rei o governador geral Amador Bueno, que não aceitou a aclamação e jurou lealdade à coroa. Revolta Ano Local Guerra dos 1708 Bandeirantes contra os forasteiros MG Emboabas. disputando as regiões auríferas recém encontradas em MG. Revolta Felipe de 1720 Revolta da elite mineradora contra os MG autos dos impostos e a exploração Santos metropolitana. Guerra dos 1710- Olinda era a capital da província e PE Mascates Recife 1711 conseguiu sua emancipação política. Era o centro econômico, terras dos comerciantes, os mascates. Beakman 1684 Insatisfação com os altos impostos e MA com o abastecimento precário de víveres e mão de obra no Maranhão. Página 22 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Revoltas emancipacionistas: Inconfidência Mineira e conquistar a Conjuração Baiana. Foram duas revoltas que pretendiam independência de Portugal e possuíam um projeto de República. A inconfidência mineira foi uma conspiração sufocada antes de chegar a sair as ruas. A inconfidência foi chamada também de inconfidência dos poetas, pois alguns de seus integrantes, como Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga foram importantes poetas do Arcadismo (estética da literatura da época). Teve caráter elitista e republicano, e reivindicavam a independência das Minas (não de todo o Brasil). Eram liberais, ou seja, influenciados pelo iluminismo, então tinham o projeto de livre comércio logo que se libertassem do pacto colonial e a criação de uma universidade em Vila Rica. O movimento foi delatado por José Silvério dos Reis, um rico dono de lavras, profundamente endividado com Portugal. É dessa época que surgiu a delação premiada. Entregou os inconfidentes antes do movimento ser deflagrado, pois tinha sido marcado para o dia da Derrama. Em troca teve suas dívidas perdoadas. Foram presos, mas a maior parte foi anistiada (receberam o perdão dos crimes políticos), uns foram exilados em Angola, e o alferes Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, foi enforcado no rio de Janeiro e depois esquartejado e exposto na estrada real, que ligava Vila Rica ao Rio de Janeiro. Era um movimento separatista e republicano, com ideais iluministas e inspirado na independência dos EUA. A conjuração baiana, ou revolta dos alfaiates, foi também separatista e republicana. Mais radical que a inconfidência mineira, chegou a sair às ruas e tiveram vários combates armados com as tropas metropolitanas. Foi guiado pelas elites mas teve amplo apoio popular. Devido a isso, tinham claramente a proposta de abolição da escravidão (o que não era consenso entre os inconfidentes mineiros). Página 23 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Foi também guiada pelos ideais iluministas e se inspirou na fase mais radical da revolução francesa. (Espcex (Aman) 2013) No Brasil colônia, particularmente no séc. XVIII, ocorreram dois movimentos revolucionários que ficaram conhecidos como Inconfidência Mineira (1789) e Conjuração Baiana (1798). Quais características são comuns entre eles? a) A influência do pensamento iluminista e a participação maciça de pessoas da elite da sociedade local. b) Foram inspiradas pelo lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade e pretendiam acabar com a escravidão. c) Queriam romper com a dominação colonial e tiveram influência do pensamento iluminista. d) Foram sufocadas sem grande derramamento de sangue, pois havia grande participação de pessoas ligadas à elite da sociedade local. e) Pretendiam acabar com a escravidão e estabelecer a independência política do Brasil. Resposta: [C] Foram os principais movimentos “emancipacionistas”, ou seja, lutaram pela independência do Brasil, rejeitando o pacto colonial que caracterizava o domínio português. Os dois movimentos foram influenciados pelo iluminismo, e defendiam um modelo republicano para o país livre. Enquanto o movimento baiano teve forte presença popular e defendeu o Página 24 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. fim da escravidão, o movimento mineiro foi elitizado e se omitiu frente à questão do escravismo. 7. O PERÍODO POMBALINO. Corresponde ao período do governo do primeiro ministro português Marques de Pombal entre 1750 e 1777. Era um déspota esclarecido, ou seja, era representante de um poder absolutista, mas influenciado pelas ideias liberais do iluminismo. Pretendia dinamizar a economia da colônia, e aumentar a arrecadação portuguesa, bem como aumentar o controle metropolitano. Criou companhias de comércio colonial no Grão Pará (Amazônia), Pernambuco e Paraíba. Extinguiu a capitação (imposto sobre escravos nas minas) e decretou a derrama. Tratado de Madri. Transferência da capital de Salvador para o RJ. Liberação de Manufaturas. Expulsão dos Jesuítas. Proibição da escravidão indígena. Extinção das capitanias hereditárias. Pombal teve um governo determinante para Portugal. Em 1755 ocorreu o terremoto de Lisboa, que destruiu a capital. Reconstruiu a cidade e as regiões destruídas, organizou a administração colonial tirando a influência jesuítica, promoveu o fim das capitanias e o mais importante: a liberação da manufaturas, que eram expressamente proibidas desde o início da colonização, pelo pacto colonial. Apesar de sua importância, não gozava de popularidade entre a nobreza e era protegido do rei. Seu governo teve fim com a morte do rei Jaime I que foi sucedido pela rainha Maria, conhecida como a louca, por apresentar sinais de demência. Ela revogou todas as medidas tomadas por Pombal, o que ficou conhecido como a viradeira. Página 25 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. No final do século XVIII, o antigo sistema colonial apresentava sinais de desgaste, e o contexto político europeu era de revoluções que combatiam o antigo regime e, consequentemente, o sistema colonial então vigente. Em 1808, para escapar das ameaças francesas de Napoleão Bonaparte (desfecho da revolução francesa) a corte portuguesa foi transferida para o RJ dando início ao processo de independência do Brasil. INVASÕES FRANCESAS: - O rei da França não reconheceu o tratado de Tordesilhas. - Corsário. Carta de corso: piratas oficiais da coroa. - Pirataria do Pau-brasil. - Alianças com os indígenas: Confederação dos Tamoios. - 1555: Invasão do RJ – França antártica – huguenotes – expulsos por Mem de Sá. - 1612: Invasão do Maranhão – França equinocial – São Luiz. INVASÕES HOLANDESAS: - Crise sucessória e União Ibérica (1580-1640). A linha de Tordesilhas ficou obsoleta com a união. - Espanha e Holanda são inimigos. Os holandeses foram expulsos do comércio do açúcar. - Fundação da W.I.C – Cia das Índias ocidentais – não foi pirataria: empresa de colonização. - Invasão de todo o mundo colonial português (Brasil, África e Ásia). - Salvador 1624, sede do governo geral, guerrilha, expulsão. - Pernambuco 1630-54, liberdade religiosa, financiamentos, direito de propriedade, compra da produção. - Maurício de Nassau: Melhoramentos urbanos, aliança com os colonos, reestruturação da produção. Página 26 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. - 1640: restauração da monarquia portuguesa, acordo com os holandeses, fim das boas relações entre flamengos e colonos. - Insurreição Pernambucana: Expulsão dos holandeses – batalha dos Guararapes. - Produção holandesa de açúcar no Caribe. Decadência da produção açucareira no nordeste. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO: - Missões jesuíticas, União Ibérica, pecuária, bandeirantismo e mineração. - Tratado de Madri: “uti possidetis”, fronteiras atuais, guerras guaraníticas. - Tratados: Utrecht (Guiana), Madri, Santo Idelfonso e Badajoz. SOCIEDADE MINEIRADORA: - Lavras (mina) e aluvião (beira do rio). - Bandeirantes x forasteiros: guerra dos emboabas. - Urbanização, imigração, deslocamento do centro econômico e mudança de capital. - Barroco, comércio, trabalho livre, estradas. - Impostos: quinto, capitação e finta. - Barroco: religiosidade católica, expressão urbana. - Tiradentes tornou-se herói nacional na proclamação da República. - Revoltas nativistas (revoltas contra a metrópole, por território e influência): Emboabas, Felipe dos Santos, Beakman, dos Mascates. - Revoltas emancipacionistas: Projeto de independência republicano e iluminista– MG e Ba. - Inconfidência Mineira: elitista, dissenso sobre a escravidão, república, livre comércio, universidade de Vila Rica, influência da independência dos EUA. - Conjuração Baiana: popular (negros forros), abolicionista, republicana. Página 27 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. PERÍODO POMBALINO: - Marquês de Pombal, primeiro ministro português, déspota esclarecido. - Tratado de Madri, extinção do imposto capitação, transferência da capital, liberação de manufaturas, expulsão dos jesuítas. - Estimulou a produção de algodão para abastecer a demanda da Inglaterra. - Com a morte do rei de Portugal, retornou ao reino e a sucessora “Dona Maria, a Louca” revogou todos seu atos: a viradeira. Página 28 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. 8. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS. 1. (Espcex Aman) Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a Colônia tinha acabado de passar por uma explosão populacional. Em pouco mais de cem anos, o número de habitantes aumentara dez vezes. GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. São Paulo: Planeta do Brasil, 2008 (adaptado). A alteração demográfica destacada no período teve como causa a atividade a) cafeeira, com a atração da imigração europeia. Errado. O ciclo do café foi no século XIX. b) industrial, com a intensificação do êxodo rural. Errado. A industrialização do Brasil ocorreu somente no século XX, durante a primeira guerra mundial. c) mineradora, com a ampliação do tráfico africano. Correto. d) canavieira, com o aumento do apresamento indígena. A cana de açúcar teve seu auge no século XVI e XVII e não provocou explosão populacional como na mineração. e) manufatureira, com a incorporação do trabalho assalariado. Errado. As manufaturas foram liberadas por Marquês de Pombal, antes eram proibidas pelo pacto colonial. O surto populacional é devido à mineração. Resposta: [C] O ciclo econômico anterior à chegada da Corte foi a mineração (século XVIII). Ela foi responsável por atrair para a Página 29 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Colônia uma série de pessoas em busca de enriquecimento, além de fazer aumentar o número de escravos coloniais, comprados para fazer a exploração das minas. Surgiram os chamados escravos de ganho: eram vendedores e compravam sua alforria aos poucos. A sociedade mineradora era urbana e apesar do trabalho livre, predominava o escravo. Foi a partir do ciclo minerador que o Brasil teve o desenvolvimento do seu mercado interno. 2. (Espcex (Aman) 2016) No fim do Século XVIII, era grande a insatisfação com a carestia e a opressão colonial. A isso se somava a simpatia que muitas pessoas demonstravam em relação às lutas pela emancipação do Haiti (1791-1804) e à Revolução Francesa (1789). Para difundir esta ideia fundou-se a loja maçônica Cavaleiros da Luz. Em agosto de 1798, alguns conspiradores afixaram em muros e postes da cidade manifestos exortando a população à revolução. Os panfletos pregavam a proclamação da República, a abolição da escravidão, melhores soldos para os militares, promoção de oficiais, liberdade de comércio, etc. Denunciado por um traidor, o movimento foi esfacelado. Alguns participantes foram presos, outros fugiram e quatro foram condenados à morte: Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas de Amorim Torres, João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos. (adaptado de ARRUDA & PILETTI, p.351) O texto acima descreve, em parte, a a) Revolta dos Alfaiates, ocorrida em Salvador, Bahia. b) Inconfidência Mineira, desencadeada em Ouro Preto, Minas Gerais. Errado. Não chegou a ser deflagrada e ficou no projeto, pois foi delatada. Página 30 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. c) Revolta de Beckman, que teve por palco São Luís, Maranhão. Errado. A revolta de Beckman foi nativista, e basicamente um conflito entre proprietários e a cia de comércio portuguesa, que não atendia a demanda maranhense. d) Confederação do Equador, ocorrida em Recife, Pernambuco. Errado. A confederação foi uma revolta republicana que ocorreu no nordeste contra a anulação da primeira constituição do Brasil por D. Pedro I. e) Cabanagem, ocorrida em Belém, Pará. Errado. Esta foi uma revolta regencial (ocorrida no Império, no período da Regência). Resposta: [A] A questão remete a Revolta dos Alfaiates, que ocorreu na Bahia em 1798. Este movimento possuía um caráter popular e defendeu a separação do Brasil em relação a Portugal e adotar uma República. Dela fizeram parte diversos segmentos sociais como padres, médicos, advogados, soldados, alfaiates, exescravos etc. teve uma influência das ideias iluministas, da Revolução Francesa, do processo de independência do Haiti e das lojas maçônicas. 3. (Espcex (Aman) 2012) Durante o período colonial, o Brasil sofreu diversas invasões estrangeiras. Nessas invasões: a) a francesa, na Baía da Guanabara, resultou na criação de uma colônia, a França Antártica, formada principalmente por católicos interessados no cultivo da cana-de-açúcar e no trabalho de conversão dos índios. Errado. A França Antártica foi fundada por huguenotes, ou seja, calvinistas franceses. Página 31 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. b) a holandesa foi motivada pelo embargo espanhol que, por representar uma ameaça à sua economia, levou o país a decidir-se pela invasão do Brasil, inicialmente pela região do Rio Grande do Norte, onde encontrou forte resistência. Errado. A primeira invasão ocorreu em Salvador e, posteriormente, em Pernambuco. c) a holandesa, em Pernambuco, foi favorecida pelo constante reforço vindo da Holanda, o auxílio de cristãos-novos residentes na região e por estarem seus soldados mais bem armados e mais experientes. Correto. d) a resistência luso-brasileira à invasão pernambucana foi organizada em grupos de guerrilha e contou com a liderança de Domingos Fernandes Calabar, morto lutando contra os holandeses. Errado. Calabar é um colono português que traiu a coroa e se aliou aos holandeses. Ficou conhecido principalmente por uma peça de teatro de Chico Buarque chamada “cala boca Calabar”. e) embora a resistência luso-brasileira em Pernambuco contasse com a vantagem do fator surpresa e melhor conhecimento do terreno, os holandeses acabaram por conquistar o Nordeste, onde se estenderam desde o Maranhão até a Bahia. Errado. A ocupação holandesa foi em Pernambuco. Resposta: [C] Esta questão é muito exigente e exige detalhes pormenorizados que nos obriga a resolvê-la por exclusão. 4. (Espcex (Aman) 2011) O conflito armado travado na segunda metade do século XVIII e que ficou conhecido como Guerras Guaraníticas, a) foi uma reação dos índios de Sete Povos das Missões, liderados por alguns jesuítas, à ocupação de suas terras e à possível escravização. Página 32 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. b) ocorreu entre paulistas com o apoio de diversas tribos guaranis e os emboabas, pela hegemonia da extração do ouro das Minas Gerais. Errado. Nunca ocorreu aliança entre paulistas e indígenas, ao contrário os bandeirantes paulistas eram grandes escravizadores. c) definiu a conquista da Colônia do Sacramento por tropas lusobrasileiras. Errado. A Sacramento ficou com os espanhóis. d) provocou a assinatura do Tratado de Lisboa, pelo qual Portugal devolvia a área conhecida como Sete Povos das Missões à Espanha. Errado. Foi no tratado de Santo Idelfonso. e) abriu caminho para a conquista e ocupação, por parte dos portugueses, da calha do rio Solimões – Amazonas. Errado. Os jesuítas ocuparam toda a extensão da bacia amazônica o que garantiu a posse para os portugueses. Resposta: [A] Os jesuítas da região de Sete Povos não aceitaram os novos tratados assinados entre os governos de Espanha e Portugal, que transferiam a região para o controle português, vendo-o como uma ameaça à autonomia, que então gozavam sobre as comunidades indígenas, que foram organizadas e estimuladas a lutar, com o argumento de que as chances de escravização aumentavam dada a ação dos bandeirantes em terras brasileiras. Página 33 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. 9. EXERCÍCIOS PROPOSTOS. 1. (EsSA) O episódio conhecido como “Capão da Traição” ocorreu na História do Brasil durante a: a) Rebelião de Beckman. b) Revolta dos Malês. c) Guerra dos Mascates. d) Revolta de Felipe dos Santos. e) Guerra dos Emboabas. 2. (EsSA) O responsável pela transferência da capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763, foi: a) D. João VI. b) D.Pedro I. c) Marquês de Pombal. d) D. Manuel. e) Visconde de Barbacena. 3. (EsSA) As batalhas dos Guararapes (1648 e 1649) marcaram a vitória da Insurreição Pernambucana, que levou à expulsão do território brasileiro os invasores a) ingleses b) franceses c) holandeses d) portugueses e) espanhóis 4. (EsSA) Em 1798, surgiu na Bahia um movimento rebelde conhecido como Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates, que contou com a participação das camadas sociais mais humildes. Esse Página 34 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. movimento a) pretendia fundar uma universidade e aproveitar as jazidas de ferro da região. b) contava, no plano político, com elementos adeptos da monarquia constitucional. c) defendia o estímulo à produção de couro e charque, principais produtos da Bahia. d) foi o primeiro movimento de rebeldia no Brasil a questionar o Pacto Colonial. e) defendia a abolição da escravatura e o aumento da remuneração dos soldados. 5. (EsSA) Ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII o Brasil estendeu consideravelmente seu território, o que obrigou o estabelecimento de novos Tratados de Limites entre os Reinos Ibéricos. Neste sentido, podemos afirmar que a) o Tratado de Madri deu origem às Guerras Guaraníticas. b) ficou estabelecido, no Tratado de Santo Ildefonso, o princípio de Uti possidetis. c) Portugal, pelo Tratado de Badajós, assumiu o controle sobre o território da Guiana. d) o Tratado de Utrecht, de 1713, reconheceu a posse da Colônia de Sacramento por Portugal. e) o Tratado do Pardo reconheceu o direito exclusivo de Portugal navegar pelo rio Amazonas. 6. (EsSA) As lutas do período colonial são divididas em Revoltas Nativistas e Revoltas Emancipacionistas. Entre essas últimas podemos incluir a a) Revolta de Vila Rica. Página 35 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. b) Revolta de Palmares. c) Revolta dos Alfaiates. d) Revolta dos Mascates. e) Revolta de Amador Bueno. 7. (Fuvest 2016) Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca dos negócios da França, e isto por ver por conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos pontos mais aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao estado e aumento dos senhorios de V. A. E tudo se encerrava em vós, Senhor, trabalhardes com modos honestos de fazer que esta gente não houvesse de entrar nem possuir coisa de vossas navegações, pelo grandíssimo dano que daí se podia seguir. Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil, 1954. O trecho acima foi extraído de uma carta dirigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia ao Rei de Portugal D. João III, escrita em Paris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra a) a persistência dos ataques franceses contra a América, que Portugal vinha tentando colonizar de modo efetivo desde a adoção do sistema de capitanias hereditárias. b) os primórdios da aliança que logo se estabeleceria entre as Coroas de Portugal e da França e que visava a combater as pretensões expansionistas da Espanha na América. c) a preocupação dos jesuítas portugueses com a expansão de jesuítas franceses, que, no Brasil, vinham exercendo grande influência sobre as populações nativas. Página 36 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. d) o projeto de expansão territorial português na Europa, o qual, na época da carta, visava à dominação de territórios franceses tanto na Europa quanto na América. e) a manifestação de um conflito entre a recém-criada ordem jesuíta e a Coroa portuguesa em torno do combate à pirataria francesa. 8. (Uern 2015) A coroa portuguesa viu-se obrigada a implementar uma política de colonização que assegurasse o domínio sobre a colônia, principalmente após a frustrante tentativa do sistema de Capitanias Hereditárias. A centralização administrativa (governosgerais) e o sucesso da empresa açucareira contribuíram para assegurar a posse do Brasil, porém não afastaram a constante ameaça aos domínios coloniais portugueses na América. (Trindade, 2010.) A capitania do Rio Grande do Norte foi palco de incursões de franceses e holandeses. Os franceses estabeleceram-se no nosso litoral para contrabandear Pau-Brasil e chegaram a usar o Rio Grande do Norte como base para ataques às capitanias vizinhas. É correto afirmar que os holandeses a) empreenderam o comércio de pedras preciosas e metais abundantes na região do Rio Grande do Norte. b) chegaram ao Rio Grande com a intenção de buscar as drogas do sertão, famosas na região e em toda a Europa. c) dominaram quase todo o Nordeste açucareiro e permaneceram em solo nordestino por, praticamente, duas décadas. d) foram os responsáveis pela pacificação dos índios e de sua utilização no trabalho das lavouras através da mita e da encomienda. 9. (Uepa 2015) Chefes indígenas de povos situados no que hoje corresponde aos litorais sul do Rio de Janeiro e norte de São Paulo Página 37 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. promoveram, entre 1554 e 1567, a mobilização que ficou conhecida como Confederação dos Tamoios. Os vários povos tupinambá reuniram-se em torno de promoveram um levante seus contra chefes anciãos a escravidão (“Tamuya”) e e as violências promovidas pelos colonizadores portugueses. O ponto de partida da revolta foi a aliança selada entre portugueses e índios guaianazes para a escravização das populações tupinambá. Esta estratégia de colonização: a) permitiu a cooptação de lideranças indígenas, inclusive entre os tupinambá, o que impediu a criação da confederação. b) era ineficiente dada a intervenção de outras potências europeias, como no caso dos franceses, que incentivaram a união dos tupinambá. c) foi mal sucedida em função da unidade política e territorial dos povos tupinambá, que facilitou a defesa contra as investidas portuguesas. d) assemelhava-se àquela adotada na África desde o século XV, de promoção de guerras entre os nativos para facilitar a aquisição de escravos. e) abriu espaço para a criação de alianças políticas entre povos indígenas, resultando na formação de estruturas governamentais unificadas. 10. (Fgvrj 2017) Navegamos pelo espaço de quatro dias, até que, a dez de novembro, encontramos a barra de um grande rio chamado de Guanabara, pelos nativos (devido à sua semelhança com um lago) e de Rio de Janeiro pelos primeiros descobridores do local. [...] o Senhor de Villegagnon, para se garantir contra possíveis ataques selvagens, que se ofendem com extrema facilidade, e também contra os portugueses, se estes alguma vez quisessem aparecer por ali, fortificou o lugar da melhor maneira que pôde. Os víveres eram-nos fornecidos pelos selvagens e constituídos dos alimentos do país, a Página 38 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. saber, peixes e veação diversa, constante de carne de animais selvagens (pois eles, diferentemente de nós, não criam gado), além de farinha feita de raízes [...] Pão e vinho não havia. Em troca destes víveres, recebiam de nós alguns objetos de pequeno valor, como facas, podões e anzóis. THEVET, André. As singularidades da França Antártica. Belo Horizonte/São Paulo, Itatia/Edusp. 1978, p. 93-94. O frei franciscano André Thevet esteve em terras brasileiras entre 1555 e 1556, junto com outros franceses comandados por Nicolas de Villegagnon. A leitura do trecho do relato dessa expedição permite a) constatar a aceitação, pelo reino francês, da partilha do Novo Mundo realizada por portugueses e espanhóis. b) identificar as diferenças entre as práticas coloniais e o tratamento dispensado aos indígenas pelos portugueses e franceses. c) perceber as diferenças culturais entre os povos indígenas e os conquistadores europeus. d) reconhecer a necessidade da escravidão africana como base para a montagem das estruturas produtoras coloniais. e) diferenciar as orientações religiosas dos protestantes franceses das referências católicas ibéricas. 11. (Upe 2015) A primeira metade do século XVII em Pernambuco foi marcada pela invasão holandesa à capitania. A presença holandesa em Pernambuco durou 24 anos, de 1630 a 1654. A invasão foi motivada por vários fatores, dos quais podemos destacar a) o sucesso da colonização holandesa no sul da América, especialmente nas possessões espanholas, e a vontade da Holanda em expandir seus domínios no Novo Mundo. Página 39 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. b) a necessidade do algodão, produto amplamente produzido na capitania de Pernambuco, desde o século XVI, por parte das indústrias têxteis holandesas. c) o bloqueio do acesso holandês pela Coroa Espanhola ao comércio do açúcar produzido em Pernambuco, durante a União Ibérica. d) a presença maciça de tropas holandesas na Bahia, desde 1625. e) os interesses dos comerciantes e senhores de engenho locais em comercializar com os holandeses, em detrimento dos portugueses. 12. (Fmp 2016) Ao longo do período colonial da História do Brasil, o Império Português foi vítima de assédio e de tentativas de invasão de seus territórios ultramarinos por parte de diversas potências rivais. Alguns exemplos de invasões estrangeiras na América Portuguesa estão listados a seguir: 1612 - Estabelecimento da França Equinocial 1624 - Tentativa derrotada da invasão holandesa a Salvador 1630 - Tomada de Recife e Olinda por invasores holandeses A interpretação dos dados acima permite identificar que uma causa direta de todas essas invasões estrangeiras foi a a) fuga da Corte portuguesa para a América b) vitória francesa na Guerra dos Sete Anos c) conclusão da Reconquista da Península Ibérica d) guerra de Restauração Portuguesa contra a Espanha e) criação da União das Coroas Ibéricas 13. (Fgv 2016) Reverendo padre reitor, eu, Manoel Beckman, como procurador eleito por aquele povo aqui presente, venho intimar a vossa reverência, e mais religiosos assistentes no Maranhão, como justamente alterados pelas vexações que padece por terem vossas paternidades o governo temporal dos índios das aldeias, se tem Página 40 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. resolvido a lançá-los fora assim do espiritual como do temporal, então e não tem falta ao mau exemplo de sua vida, que por esta parte não tem do que se queixar de vossas paternidades; portanto, notifico a alterado povo, que se deixem estar recolhidos ao Colégio, e não saiam para fora dele para evitar alterações e mortes, que por aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham vossas paternidades cobro em seus bens e fazendas, para deixá-las em mãos de seus procuradores que lhes forem dados, e estejam aparelhados para o todo tempo e hora se embarcarem para Pernambuco, em embarcações que para este efeito lhes forem concedidas. João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão. 2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360. O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684, foi motivado pela a) proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas pressões que os jesuítas realizavam para impedir a sua liberação. b) questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de colonos com as atividades da Companhia de Comércio do Maranhão. c) ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela catequese dos povos indígenas sob a sua guarda. d) crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas aos interesses espanhóis e holandeses na região. e) tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos indígenas, contrariando os interesses dos colonos maranhenses. 14. (Pucrj 2016) A respeito da ocupação holandesa dos territórios portugueses na América e na África, na primeira metade do século XVII, assinale a alternativa INCORRETA. Página 41 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. a) A ocupação holandesa está relacionada à conjuntura política da união das coroas de Espanha e Portugal (União Ibérica) e ao processo de independência dos Países Baixos. b) Nesta mesma época, os holandeses também invadiram e ocuparam territórios portugueses na África (Angola), com o objetivo de controlar o fluxo de escravos negros para os engenhos de açúcar da América portuguesa. c) O período de administração de Maurício de Nassau foi marcado pela reorganização urbanística do Recife, com a pavimentação de ruas e a construção de novas pontes. d) A administração de Nassau no Nordeste da América portuguesa ficou caracterizada pela perseguição aos católicos e judeus, uma vez que os holandeses professavam a religião protestante (calvinistas). e) Até a União Ibérica, os comerciantes holandeses eram os principais distribuidores do açúcar português na Europa. 15. (Upe-ssa 1 2016) Os holandeses ocuparam, durante 24 anos, o Nordeste brasileiro: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Itamaracá (1630-1654). Nesse período, Pernambuco se transformou numa verdadeira metrópole, com uma vida cultural intensa, onde poetas, cientistas e filósofos tornaram o Brasil um centro intelectual único na América do Sul. Nesse contexto, os judeus puderam constituir uma comunidade com escolas, sinagogas e cemitério, dando sua contribuição ao enriquecimento da vida cultural da região. LEVY, Daniela Tonello. Judeus e Marranos no Brasil Holandês. Pioneiros na colonização de Nova York. Século XVII. São Paulo: USP, 2008. (Adaptado) Uma característica sociopolítica da ocupação holandesa no contexto mencionado foi a) a retração da produção de açúcar. Página 42 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. d) A presença de crianças na representação das mulheres tupi e negra alude à maternidade e poderia ser lida como a possibilidade de reprodução da mão de obra. e) As imagens são representações da experiência dos holandeses e de suas intenções colonizadoras. 17. (Unicamp 2017) O documento abaixo foi redigido pelo governador de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, em 18 de agosto de 1694, para comunicar ao Rei de Portugal a tomada da Serra da Barriga. “(...) Não me parece dilatar a Vossa Majestade da gloriosa restauração dos Palmares, cuja feliz vitória senão avalia por menos que a expulsão dos holandeses, e assim foi festejada por todos estes povos com seis dias de luminárias. (...) Os negros se achando de modo poderosos que esperavam o nosso exército metidos na serra (...), fiando-se na aspereza do sítio, na multidão dos defensores. (...) Temeu-se muito a ruína destas Capitanias quando à vista de tamanho exército e repetidos socorros como haviam ido para aquela campanha deixassem de ser vencidos aqueles rebeldes pois imbativelmente se lhes unir-se os escravos todos destes moradores (....)”. Décio Freitas, República de Palmares – pesquisa e comentários em documentos históricos do século XVII. Maceió: UFAL, 2004, p. 129. Sobre o documento acima e seus significados atuais, é correto afirmar que a) foi escrito por uma autoridade da Coroa na colônia e tem como principal conteúdo a comemoração da morte de Zumbi dos Palmares. A data de 20 de novembro, como referência ao líder do quilombo, Página 44 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. tem uma conotação simbólica para a população negra em contraponto à visão oficial do 13 de maio de 1888. b) o feito da tomada de Palmares, em 1694, pelos exércitos da Coroa, é entendido como menos glorioso quando comparado à expulsão dos holandeses de Pernambuco, em 1654. Os dois eventos históricos não têm o mesmo apelo para a formação da sociedade brasileira na atualidade. c) o texto de Caetano de Melo e Castro indica que Palmares não gerou temor às estruturas coloniais da Capitania de Pernambuco. A comemoração oficial do Dia da Consciência Negra é uma invenção política do período recente. d) o Quilombo de Palmares representou uma ameaça aos poderes coloniais, já que muitos eram os rebeldes que se organizavam ou se aliavam ao quilombo. A data é celebrada, na atualidade, como símbolo da resistência pelos movimentos negros. 18. (Mackenzie 2015) “Meu avô foi buscar prata, mas a prata virou índios. Meu avô foi buscar índio, mas o índio virou ouro. Meu avô foi buscar ouro, mas o ouro virou terra. Meu avô foi buscar terras e a terra virou fronteira. Meu avô, ainda intrigado, foi modelar a fronteira: E o Brasil tomou a forma de harpa.” Página 45 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. (Martim Cererê - Cassiano Ricardo) O autor, no seu transformações poema Metamorfoses verificadas no se território refere às várias brasileiro. Tais “metamorfoses” presentes acima se referem a) à importância do indígena brasileiro na composição étnica e cultural do povo brasileiro. b) às dimensões continentais adquiridas pela nação brasileira e sua semelhança com um instrumento musical. c) ao processo histórico de penetração e ocupação do território nacional e a delimitação das nossas fronteiras. d) à conquista do território nacional, realizada pelos nossos indígenas, graças à navegação dos nossos rios. e) à enorme diversidade de ecossistemas e paisagens naturais presentes no nosso vasto território. 19. (Mackenzie 2015) A expulsão da Companhia de Jesus de todos os territórios portugueses, em 1759, foi uma das medidas mais polêmicas tomadas por Pombal. Em geral, as justificativas para esse ato são a total incompatibilidade entre o controle das práticas pedagógicas iluminista adotadas pombalino. pelos jesuítas Todavia, é e o importante projeto educacional assinalar que tal expulsão também está relacionada a) aos embates entre o Despotismo Esclarecido e as convicções dogmáticas da Igreja, que persistiram no governo de Pombal e de D. Maria I. b) à imposição do catolicismo como religião oficial da colônia, fruto da subordinação da coroa portuguesa às decisões do papa. c) ao controle do comércio de escravos africanos pelos jesuítas na região norte, impedindo lucros para a coroa portuguesa. Página 46 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. d) à influência da burguesia huguenote na corte de D. José I, exigindo o direito de educar os filhos dos colonos, até então monopólio dos jesuítas. e) ao interesse em estabelecer o controle sobre as fronteiras da América portuguesa e sobre os recursos econômicos produzidos nessas regiões. 20. (G1 - ifsul 2015) O tratado de Madri (1750) resultou em uma rebelião no sul do Brasil, que ficou conhecida como a) Guerra Guaranítica. b) Confederação dos Tamoios. c) Conjuração Baiana. d) Revolução Farroupilha. 21. (Ufg 2013) O Tratado de Madri (1750) pretendeu atender à disputa de territórios entre Portugal e Espanha, representando também uma estratégia para melhor administrar os domínios ibéricos na chamada região das Missões. A tentativa de impô-lo gerou uma guerra que, ao seu final, terminou por definir o controle sobre as colônias que ocupavam a região dos Pampas. Esse tratado a) determinou a troca entre os sete povos das missões, no Uruguai, e a colônia de Sacramento, no Brasil. b) redefiniu as fronteiras territoriais na América do Sul, com base no uti possidetis. c) permitiu aos jesuítas exercer um domínio que se estendeu por toda a região do Prata. d) garantiu a consolidação da chamada “República dos Guaranis”, sob influência da Igreja Católica. e) possibilitou a anexação da região das Missões ao território argentino e do Chaco ao Uruguai. Página 47 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. 22. (G1 - col. naval 2014) A União Ibérica foi um importante estímulo à expansão territorial portuguesa sobre o território que legalmente pertencia à Espanha, segundo o Tratado de Tordesilhas. Com isso, aconteceram vários conflitos entre os dois países e foram necessários alguns tratados de limites para que as novas fronteiras se definissem. Sobre os tratados de limites que definiram o território brasileiro, pode-se afirmar que: a) o Tratado de Lisboa foi assinado entre Portugal e Espanha e restabeleceu os limites territoriais existentes à época do Tratado de Tordesilhas. b) o Tratado de Madri, assinado entre Portugal e Espanha, usando o princípio da restauração, restabeleceu as fronteiras existentes antes da União ibérica. c) com o Tratado do Santo Ildefonso, Portugal recebeu o domínio dos Sete Povos das Missões, o que provocou a chamada Guerra Guaranítica. d) o Tratado de Methuen, assinado entre Portugal e Inglaterra, definiu as fronteiras ao norte do Brasil, e a Guiana ficou sob domínio inglês. e) o Tratado de Badajoz foi o último a ser assinado e praticamente definiu os limites territoriais brasileiros. A única alteração, desde aquela época, foi a anexação do Acre. 23. (Ufrgs 2014) Sobre o Tratado de Madri, assinado em 1750 por Portugal e Espanha, considere as seguintes afirmações. I. A Colônia de Sacramento passou para a Espanha, e os Setes Povos das Missões passaram para Portugal, consagrando o princípio do uti possidetis. II. A expulsão dos jesuítas foi fator importante para a eclosão da chamada guerra guaranítica (1752-1756), reduzindo os efeitos do Tratado. Página 48 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. III. As Missões retornaram para a Província do Paraguai. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas I e III. 24. (Upf 2014) Durante governo do marquês de Pombal (1750- 1777), a tentativa de consolidação das fronteiras da colônia brasileira provocou uma disputa acirrada com a Espanha. Das negociações entre as metrópoles portuguesa e espanhola, resultou o tratado de Madrid (1750), segundo o qual a Colônia do Sacramento deveria passar para a Espanha e as Missões ficariam com Portugal. Por conta desse tratado, os missioneiros deveriam retirar-se com os índios para o lado da Banda Oriental (Uruguai). Sem querer deixar as Missões, os índios, com apoio parcial dos jesuítas, resistiram ao cumprimento do tratado. A fim de expulsar os índios, Portugal e Espanha armaram seus exércitos e, em 1756, avançaram sobre as Missões de Santo Ângelo, São Borja, São João, São Lourenço, São Luiz Gonzaga, São Miguel e São Nicolau. Dessa guerra, os chamados Sete Povos das Missões Orientais do Uruguai saíram aniquilados. Esse episódio ficou conhecido como: a) Revolução dos Tamoios. b) Guerra Guaranítica. c) Inconfidência Mineira. d) Guerra dos Emboabas. e) Revolução Farroupilha. 25. (Pucpr 1997) "...sairão os missionários com todos os móveis, e efeitos, levando consigo os índios para aldear em outras terras da Página 49 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Espanha; e os referidos índios poderão levar também todos os seus bens móveis e semoventes, e as armas, pólvora e munições ... se entregarão as povoações à Coroa de Portugal, com todas suas casas, igrejas, e edifícios e a propriedade e posse de terreno..." "...como seria possível fazer a mudança de mais de trinta mil índios para outro lado do rio Uruguai sem causar-lhes danos irreparáveis; como transportar sem riscos mais de setecentas mil cabeças de gado?..." (Érico Veríssimo. O CONTINENTE. São Paulo, Círculo do Livro.) O texto refere-se ao a) Tratado de Santo Ildefonso - com entrega para a Espanha das terras da Colônia do Sacramento e dos Sete Povos. b) Convênio de El Pardo - que anulava o Tratado de Madri, em função da Guerra Guaranítica e atritos entre as comissões demarcadoras portuguesas e espanholas. c) Tratado de Badajós - que restaurava, na prática, o que fora disposto no Tratado de Madri. d) Princípio "Uti Possidetis": missionários e índios deveriam abandonar aquelas terras dado ao fato de as mesmas terem sido colonizadas efetivamente, antes, pelos portugueses. e) Tratado de Madri - que, no Sul, entregava a Colônia do Sacramento para a Espanha e destinava os Sete Povos para Portugal. 26. (Uemg 2015) Página 50 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. e) distanciamento em relação a autoridade colonial e consequente maior liberdade de expressão. 28. (Fgv 2015) [...] se o interesse da Coroa estava centralizado na atividade minerária, ela não poderia negligenciar outras atividades que garantissem sua manutenção e continuidade. É nesse contexto que a agricultura deve ser vista integrando os mecanismos necessários ao processo de colonização desenvolvidos na própria Colônia, uma vez que, voltada para o consumo interno, era um meio de garantir a reprodução da estrutura social, além de permitir a redução dos custos com a manutenção da força de trabalho escrava. Guimarães, C. M. e REIS, F. M. da M. “Agricultura e mineração no século XVIII”, in Resende, m.e.l. e VILLALTA, L.C. (orgs.) História de Minas Gerais. As minas setecentistas. Belo Horizonte: Autêntica Editora/Companhia do Tempo, 2007, p. 323. Assinale a alternativa que interpreta corretamente o texto. a) Para o desenvolvimento das atividades de exploração das minas foi decisiva a permissão dada pela metrópole ao desenvolvimento técnico e industrial da região. b) Os caminhos entre as minas e Salvador, além de escoar a produção mineradora e permitir a entrada de escravos, ficaram marcados pelo aparecimento de importantes vilas e povoados. c) A produção agrícola na região das minas desenvolveu-se a ponto de se tornar um dos principais itens da pauta de produtos exportados no período colonial. d) Apesar do crescimento da agricultura e da pecuária, o mercado interno não se desenvolveu no Brasil colonial, cuja produção se manteve estritamente voltada ao mercado externo. Página 53 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. e) As atividades agrícolas e a pecuária desenvolveram-se de certo modo integradas ao desenvolvimento da mineração e da urbanização da região mineradora. 29. (Acafe 2016) A mineração durante o período colonial brasileiro foi uma das frentes que contribuíram para a interiorização da economia e para o surgimento de vilas e cidades no interior. Acerca desse contexto e sobre o ciclo do ouro é correto afirmar, exceto: a) Intensificação das bandeiras de apresamento e escravização dos indígenas que eram a principal mão de obra na exploração do ouro de aluvião e das lavras. b) A ação dos tropeiros contribuiu para o surgimento de um mercado interno. A região mineradora era abastecida por esta atividade com charque e outros derivados da pecuária. c) A Guerra dos Emboabas foi um conflito que resultou das tentativas de controle das minas de ouro descobertas pelos colonos e bandeirantes que desejavam o monopólio da exploração e eram contrários à presença de portugueses e exploradores de outras regiões. d) As casas de fundição exerciam a função de controlar a cobrança do quinto, um imposto sobre o ouro extraído pelos mineradores. O ouro “quintado” era transformado em barras com o selo real português. 30. (Unesp 2017) Em meados do século o negócio dos metais não ocuparia senão o terço, ou bem menos, da população. O grosso dessa gente compõe-se de mercadores de tenda aberta, oficiais dos mais variados ofícios, boticários, prestamistas, estalajadeiros, taberneiros, advogados, médicos, cirurgiões-barbeiros, burocratas, clérigos, mestres-escolas, tropeiros, soldados da milícia paga. Sem falar nos escravos, cujo total, segundo os documentos da época, ascendia a Página 54 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. mais de cem mil. A necessidade de abastecer-se toda essa gente provocava a formação de grandes currais; a própria lavoura ganhava alento novo. (Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras preciosas”. História geral da civilização brasileira, vol. 2, 1960. Adaptado.) De acordo com o excerto, é correto concluir que a extração de metais preciosos em Minas Gerais no século XVIII a) impediu o domínio do governo metropolitano nas áreas de extração e favoreceu a independência colonial. b) bloqueou a possibilidade de ascensão social na colônia e forçou a alta dos preços dos instrumentos de mineração. c) provocou um processo de urbanização e articulou a economia colonial em torno da mineração. d) extinguiu a economia colonial agroexportadora e incorporou a população litorânea economicamente ativa. e) restringiu a divisão da sociedade em senhores e Escravos e limitou a diversidade cultural da colônia. 31. (G1 - cps 2015) O escultor Antonio Francisco Lisboa (c. 1730- 1814), mais conhecido como Aleijadinho, é o autor das doze esculturas dos profetas bíblicos na cidade mineira de Congonhas do Campo. Página 55 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. contra os senhores de engenho de Olinda, tendo como base a tentativa dos mercadores recifenses em conseguir maior autonomia política e cobrar as dívidas dos produtores de açúcar olindenses. ( ) Deflagrada no Maranhão, em 1684, a revolta teve como base o descontentamento com a proibição da escravidão indígena, decretada pela Coroa Portuguesa, a pedido da Companhia de Jesus, medida que prejudicou a extração das “drogas do sertão” pelos colonos europeus. ( ) Ocorrido em Minas Gerais, em 1720, sob a liderança de Filipe dos Santos, o levante teve como causa a oposição ao sistema de taxação da Coroa Portuguesa, que resolveu estabelecer 4 Casas de Fundição na região mineradora, como forma de cobrar o quinto (imposto de vinte por cento) sobre o ouro. ( ) Sucedido em Minas Gerais, no ano de 1708, o conflito opôs os paulistas (bandeirantes), primeiros aventureiros a descobrir e ocupar a zona da mineração, contra os “forasteiros”, os seja, os grupos que chegaram depois na região, originários do reino ou de outras capitanias. A numeração correta na coluna B, de cima para baixo, é a) 3 – 1 – 4 – 2 b) 1 – 2 – 3 – 5 c) 3 – 4 – 1 – 2 d) 2 – 3 – 4 – 5 e) 3 – 4 – 5 – 2 33. (G1 - cps 2015) Há caminhos e cidades brasileiras que nasceram a partir de rotas comerciais ou de exploração do território, que homens percorreram por rios, por terra e por mar, perfazendo longas distâncias de diversas formas, muitas vezes se aproveitando de caminhos já utilizados pelos povos indígenas. Página 57 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Uma dessas rotas ligava, entre os séculos XVIII e XIX, Viamão, no atual Rio Grande do Sul, a Sorocaba, no atual estado de São Paulo, formando, ao longo do trajeto, povoados a partir dos pousos – locais de descanso. Assinale a alternativa que corresponde corretamente aos agentes e ao movimento referido. a) Cavaleiros transportando mercadorias do Pantanal. b) Bandeirantes à procura de índios, ouro e pedras preciosas. c) Tropeiros, com mulas, cavalos e bois, transportando mercadorias. d) Viajantes em cavalos e mulas, para transportar ouro e pedras preciosas. e) Navegantes em pequenas embarcações, para explorar a costa do sul do Brasil. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Para responder à(s) quest(ões) a seguir, considere o texto abaixo. Também no Brasil o século XVIII é momento da maior importância, fase de transição e preparação para a Independência. Demarcada, povoada, defendida, prosperidade dilatada econômica, a terra, organização o século política e vai lhe dar administrativa, ambiente para a vida cultural, terreno fecundo para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos fins do século XVIII reflete, de modo geral, esse espírito, podendo- se apontar a obra de Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima. (COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p. 127 e p. 138) 34. (Puccamp 2016) Página 58 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. 35. (Uece 2016) Atente às seguintes afirmações acerca da Inconfidência Mineira (1789): I. A constituição de um regime republicano no Brasil estava entre os objetivos de boa parte dos conspiradores de Vila Rica. II. Havia, por parte dos inconfidentes, a preocupação com o desenvolvimento de produtos manufaturados, pois objetivavam a diminuição da dependência de artigos importados. III. Constituía interesse dos conspiradores a criação de uma nova capital localizada em uma área mais favorável à expansão da lavoura e da pecuária – atividades fundamentais para a subsistência dos mineradores. Está correto o que se afirma em a) I e II apenas. b) I e III apenas. c) II e III apenas. d) I, II e III. 36. (Espm 2016) Das minas e seus moradores bastava dizer que é habitada de gente intratável. A terra parece que evapora tumultos; a água exala motins; o ouro toca desaforos; destilam liberdades os ares; vomitam insolências as nuvens; influem desordens os astros; o clima é tumba da paz e berço da rebelião; a natureza anda inquieta consigo, e amotinada lá por dentro é como no inferno. Lilia Schwarcz e Heloisa Starling. Brasil: uma Biografia. O texto é parte do discurso histórico e político sobre a sublevação que nas minas houve no ano de 1720 e que o governador Pedro Miguel de Página 60 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Almeida e Portugal, o conde de Assumar, fez chegar às mãos das autoridades régias em Lisboa. A respeito da sedição de Vila Rica, em 1720, é correto assinalar: a) os sediciosos planejavam forçar a coroa a suspender o estabelecimento das casas de fundição, onde se registrava o ouro em barras e se deduzia o quinto por arroba, o imposto devido ao rei; b) os sediciosos planejavam forçar a coroa a abolir a derrama, que determinava a cobrança de todos os impostos atrasados; c) os sediciosos rebelaram-se contra forasteiros que eram beneficiados pela coroa com privilégios na exploração das jazidas auríferas; d) os projetos dos sediciosos eram o rompimento com Portugal, a adoção de um regime republicano é a criação de uma universidade em Vila Rica; e) a sublevação desafiou a ação do marquês de Pombal que havia determinado o monopólio régio sobre a extração de diamantes. 37. (Upf 2016) “O quadro da vida colonial, tanto quanto dele conhecemos através do depoimento dos cronistas e da exposição dos historiadores, apresenta-se à superfície, estável e tranquilo. Não é preciso penetrá-lo a fundo, entretanto, para verificar que se trata de estabilidade e de tranquilidade aparentes. Desde os primeiros tempos, na realidade, há grandes choques de interesses, contrastes de orientação, contradições de toda a ordem.” (SODRÉ, Nelson Werneck. O que se deve ler para conhecer o Brasil. 1976, p. 130) No texto acima, o autor refere-se aos movimentos conspiratórios que ocorreram na colônia brasileira contra a metrópole portuguesa. Considerando essa conjuntura, associe os eventos da coluna 1 com a Página 61 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. descrição equivalente na coluna 2. 1. Conjuração dos ( Alfaiates ) Confronto entre os donos de engenho, de Olinda, e os comerciantes, em sua maioria portugueses, do Recife. 2. Inconfidência ( Mineira ) Movimento organizado por mulatos e negros, livres ou libertos, ocorrido na Bahia,no contexto da escassez de gêneros alimentícios e carestia. 3. Guerra dos ( Mascates ) Conhecida também como Revolução dos Padres,foi o único movimento que ultrapassou a fase conspiratória e atingiu o processo de tomada do poder em Pernambuco. 4. Revolução ( Pernambucana ) Revolta de caráter emancipatório que teve como principal motivo o estabelecimento da derrama em Minas Gerais. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) 1 – 3 – 4 – 2. b) 2 – 1 – 3 – 4. c) 3 – 4 – 1 – 2. d) 3 – 1 – 4 – 2. e) 4 – 2 – 3 – 1. 38. (Uece 2015) A Historiografia do Brasil registra várias revoltas e insurreições ações situadas no âmbito do contexto social, político e econômico do Brasil colonial que expressavam a insatisfação dos vários grupos sociais com os poderes instituídos. Assinale a opção Página 62 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. b) à marca do pensamento católico no contexto do Brasil Colonial, que deu base ideológica para criminalizar e punir os políticos corruptos. c) à Revolução Pernambucana, que eclodiu devido ao aumento de impostos que foi decretado com a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808. Esse movimento também foi marcado pela luta pelo fim da escravidão. d) à Conjuração Mineira, revolta que ocorreu em Minas Gerais devido à derrama declarada pela Coroa Portuguesa e aos preços abusivos que eram cobrados pelas mercadorias importadas. e) à restrição da liberdade de imprensa, no contexto do século XIX, que dificultou a emergência de movimentos contrários à excessiva cobrança de impostos pela Coroa Portuguesa. 40. (Espm 2015) “Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e do Brasil pelo marquês de Pombal. Nas reformas pombalinas, a expulsão dos jesuítas foi capítulo dos mais dramáticos, ousados e radicais, demonstrando até que ponto se reafirmava a soberania do Estado português na colônia.” (Carlos Guilherme Mota e Adriana Lopez. História do Brasil: Uma interpretação) Os problemas em questão têm por origem o seguinte: a) Pombal acusava a Companhia de Jesus de formar um verdadeiro Estado dentro do Estado e resistir ao poder do rei; b) Pombal condenava o monopólio do comércio de escravos africanos pela Companhia de Jesus; c) Pombal se ressentiu da recusa por parte da Companhia de Jesus de participar da colonização do Estado do Grão-Pará e Maranhão; Página 64 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. d) Pombal rompeu com os jesuítas após a Companhia de Jesus apresentar uma decidida condenação ao tráfico negreiro praticado pelo governo português; e) Os jesuítas apoiavam as pretensões espanholas nas negociações dos tratados de limites ocorridos no século XVIII. 41. (Uece 2015) Assinale a opção que apresenta corretamente ações atribuídas ao Marquês de Pombal na Colônia Brasileira. a) Extinção do sistema de capitanias hereditárias e transferência da sede do governo colonial de Salvador para o Rio de Janeiro. b) Criação das Companhias Comerciais do Grão Pará e do Maranhão, e a organização da Universidade de Coimbra. c) Extinção da Mesa de Inspeção dos Portos e da cobrança do quinto na região das minas. d) Expulsão dos Jesuítas do Brasil e incentivo à criação das indústrias de manufaturas. 42. (Ufu 2015) A partir de 1750-60, a produção mineradora começou a declinar. Tal mudança, articulada a outros elementos, determinou uma revisão da política mercantilista durante a administração do Marquês de Pombal, secretário de Estado de D. José I. ALBUQUERQUE, Manuel Maurício de. Pequena História da Formação Social Brasileira. 2.ed. Rio de Janeiro: Graal, 1981, p.100. (Adaptado). A crise econômica da segunda metade do século XVIII abriu caminho para as reformas pombalinas, vistas como inevitáveis para a recuperação econômica do reino de Portugal e que se caracterizavam, entre outras medidas, Página 65 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. a) pelo estreitamento das relações comerciais com a Inglaterra, país que era visto como mercado seguro dos produtos primários das colônias portuguesas. b) pelo estreitamento das relações com a Igreja, com o aumento da presença dos jesuítas, vistos como agentes importantes da modernização educacional. c) pelo incentivo à produção manufatureira na colônia, com o objetivo de diminuir a dependência econômica em relação aos produtos primários. d) pelo surgimento dos primeiros projetos de abolição de escravos, com o objetivo de formar um mercado consumidor para as indústrias da colônia. 43. (Uepa 2015) Em 20 de março de 1570, foi promulgada em Portugal uma lei proibindo o cativeiro dos índios no Brasil, com exceção dos que fossem tomados em justa guerra. No século XVIII, o Marquês de Pombal, mais uma vez proibiu a escravidão indígena. Ao longo do período colonial, foram decretadas várias leis neste sentido. Essa sucessão de leis proibindo a escravidão indígena revela o (a): a) interesse do Estado português, desde o início da colonização, em utilizar a mão de obra africana. b) desejo da Igreja Católica, em função das reformas religiosas, em catequizar os índios. c) vontade dos colonos, necessitados de mão de obra, em explorar a mão de obra negra. d) conflito de interesses, manifestado durante este período, entre os sujeitos envolvidos no processo. e) jogo político, representado pelo Estado metropolitano, favorável a escravidão dos “negros da terra”. 44. (G1 - cftrj 2017) “Em 1750, D. José I sucede seu pai, D. João V, Página 66 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. no trono de Portugal. (...) Com a mudança do monarca entra em cena Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), que recebe o título de Conde de Oeiras em 1759 e, dez anos mais tarde, o de Marquês de Pombal. (...) O futuro Marquês de Pombal fez-se embaixador em Londres e depois em Viena...”. (ENDERS, Armelle, História do Rio de Janeiro, Editora Gryphus, p. 69) Estão entre as reformas promovidas pelo Marquês de Pombal, exceto: a) Fomento das capitanias do Grão-Pará e do Maranhão através da introdução de escravos e exploração das chamadas “drogas do sertão”. b) Apoio às atividades dos jesuítas no interior da colônia através do pacto régio que previa o pagamento de impostos sobre os lucros obtidos pela ordem religiosa. c) Transferência da capital da colônia portuguesa na América, de Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763, como forma de fortalecer militarmente o centro da colônia, por sua posição estratégica de ligação do sul com o norte da colônia. d) Retomada do controle dos mecanismos comerciais e fiscais do mundo colonial com o fim das capitanias hereditárias e reformas nas cobranças de impostos. Página 67 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Gabarito: Resposta da questão 1: [E] Resposta da questão 2: [C] Resposta da questão 3: [C] Resposta da questão 4: [E] Resposta da questão 5: [A] Resposta da questão 6: [C] Resposta da questão 7: [A] Como o texto afirma no trecho “eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca dos negócios da França, e isto por ver por conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos pontos mais aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao estado”, as tentativas de invasão da França na América Portuguesa constituíam fator de preocupação para o governo português. Resposta da questão 8: [C] Página 68 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. A ocupação holandesa no Nordeste, ocorrida devido à União Ibérica e à independência dos Países Baixos, durou cerca de duas décadas, nas quais os holandeses assumiram o controle da produção açucareira na Colônia. Resposta da questão 9: [D] Somente a proposição [D] está correta. A questão remete a Confederação dos Tamoios constituída entre nativos e os franceses huguenotes que invadiram o Brasil (Rio de Janeiro) em meados do século XVI contra os colonizadores portugueses no contexto da França Antártica. Tal fato assemelha-se àquela adotada na África desde o século XV, de promoção de guerras entre os nativos para facilitar a aquisição de escravos. Resposta da questão 10: [C] O texto ressalta algumas diferenças culturais básicas entre indígenas e europeus: o hábito da criação de gado, o consumo de peixes, animais selvagens, pães e vinhos e a feitura de farinha com raízes. Resposta da questão 11: [C] Durante a União Ibérica, a Holanda, então colônia da Espanha, proclamou sua independência. O rei espanhol, então, proibiu a excolônia de fazer comércio com qualquer possessão espanhola, incluindo o Brasil. A Holanda, devido à participação que tinha no comércio do açúcar brasileiro, invadiu a Capitania de Pernambuco. Página 69 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Resposta da questão 12: [E] Somente a proposição [E] está correta. A questão remete às invasões europeias no Brasil durante a União Ibérica, 1580-1640. O Brasil foi vítima de várias invasões de nações europeias ao longo do período colonial, sobretudo no contexto da União Ibérica. Devido ao boicote econômico realizado pela Espanha contra a Holanda, este país criou a Companhia das Índias Ocidentais visando invadir o Brasil. Em 1624 ocorreu a fracassada invasão holandesa na Bahia, em 1630 a mesma companhia invadiu Pernambuco montando um império holandês no Nordeste do Brasil. Em 1612 ocorreu a invasão de franceses no Maranhão denominada de França Equinocial. Esta expedição foi comandada por Daniel de La Toche, fundando o forte de São Luís, Jerônimo de Albuquerque liderou a expulsão dos franceses. Resposta da questão 13: [B] A questão remete à Revolta de Beckman que ocorreu no Maranhão no ano de 1684, liderada pelos irmãos Manuel e Tomás Beckman. O Maranhão era uma região muito pobre tendo as “drogas do sertão” como o produto mais importante. Havia também a pequena lavoura com mão de obra indígena o que desagradava aos jesuítas. Os conflitos entre colonos e padres jesuítas eram constantes. Para resolver estes problemas, a coroa portuguesa criou, em 1682, a Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão visando incentivar a colonização da região. A Companhia vendia seus produtos a preço mais elevados e oferecia muito pouco pelos produtos dos colonos como algodão, açúcar e madeira. Assim, os Página 70 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. irmãos Beckman ocuparam a cidade de São Luís expulsando os representantes da Companhia e os padres jesuítas. Resposta da questão 14: [D] Uma das principais características da administração de Nassau no Nordeste brasileiro foi a concessão da liberdade religiosa entre a população. Resposta da questão 15: [C] O texto da historiadora Daniela Tonello Levy aponta para a relevância da presença holandesa em Pernambuco, 1630-1654. João Maurício de Nassau trouxe diversos intelectuais para morar no Brasil criando um ambiente urbano e intelectual. Investiu nos engenhos, modernizou a região e permitiu ampla liberdade religiosa o que era raro naquela época de guerras religiosas como a Guerra dos Trintas anos na Europa. Resposta da questão 16: [B] Não existe, pelo menos não de maneira aparente, nenhum grande contraste nas vegetações representadas nas quatro imagens. Logo, podemos deduzir que ambos os tipos eram encontrados no cotidiano dos holandeses. Resposta da questão 17: [D] Página 71 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. A formação de quilombos foi uma das formas de resistência encontrada pelos escravos no Brasil colonial. O Quilombo dos Palmares foi o maior e mais duradouro dos quilombos, o que representava uma ameaça aos poderes coloniais, uma vez que o número de escravos fugitivos que lá viviam era alto. Derrotar Palmares não foi fácil, já que os negros se aproveitaram da geografia da Serra da Barriga para resistir. Obs.: A data que hoje se comemora como símbolo da resistência e valorização negra no Brasil é 20 de novembro, que remete ao dia do falecimento de Zumbi dos Palmares, ocorrida em 1695. A data a qual o texto se refere, da destruição de Palmares, é 18 de agosto de 1694 e não é comemorada hoje em dia. Resposta da questão 18: [C] Somente a proposição [C] está correta. A questão remete a formação territorial do Brasil durante o período colonial. A belíssima poesia de Cassiano Ricardo faz referência a formação territorial do Brasil associada aos metais preciosos e aos índios. Contribuíram para este processo a mineração, a atuação dos bandeirantes paulistas, a pecuária, as drogas do sertão e as missões portuguesas na Amazônia. Assim, em 1750 foi assinado o Tratado de Madri que anulou o Tratado de Tordesilhas dando ao Brasil praticamente o tamanho atual, exceto o Acre que foi anexado em 1904. Resposta da questão 19: [E] Somente a proposição [E] está correta. A questão remete a expulsão dos jesuítas do Brasil e de Portugal durante o Período Pombalino, Página 72 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. 1750-1777. Os primeiros padres jesuítas chegaram ao Brasil em 1549 liderados por Manoel da Nóbrega tendo como objetivo a catequese dos nativos. Ao longo do período colonial, os padres geraram inúmeros problemas para a coroa portuguesa, como por exemplo não aceitar a escravidão dos indígenas e, assim, gerar um conflito entre padres e colonos. No final do século XVII e início do século XVIII, ocorreram inúmeros conflitos no Sul devido a criação da Colônia do Sacramento e dos Sete Povos das Missões. Os padres jesuítas ficaram ao lado dos índios durante as “Guerras Guaraníticas”. O déspota esclarecido de Portugal, Marquês de Pombal, expulsou os padres do Brasil e de Portugal em 1759. Resposta da questão 20: [A] A questão associa o Tratado de Madri de 1750 com a Guerra Guaranítica. O Tratado de Madri, assinado pelos países ibéricos em 1750, anulou o Tratado de Tordesilhas, dando ao Brasil praticamente o tamanho atual. Foi apoiado no princípio do “Utis Possidetis”, no qual Portugal devolveu a Colônia do Sacramento (Uruguai) para a Espanha e esta devolveu os Sete Povos da Missões (Rio Grande do Sul) para Portugal. Os padres jesuítas espanhóis dos Sete Povos se opuseram à decisão do Tratado. Para defender seu território contra os portugueses, os jesuítas armaram os índios guaranis. Quando as autoridades portuguesas tentaram ocupar a região, iniciou-se a Guerra Guaranítica. Resposta da questão 21: [B] O Tratado de Madrid, basicamente, surgiu para substituir o Tratado de Tordesilhas, que, na prática, já não era respeitado desde o período Página 73 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. da União Ibérica. De acordo com aquele tratado, Portugal e Espanha admitiam a violação de Tordesilhas e a necessidade de estipular os novos domínios territoriais, tanto na América quanto na Ásia. A base do novo Tratado era o direito privado romano do uti possidetis, ita possideatis (quem possui de fato, deve possuir de direito). Sendo assim, as terras espanholas na América do Sul ocupadas por Portugal passaram a ser, por direito, dos portugueses. Resposta da questão 22: [E] O Tratado de Badajoz (1801) foi assinado por Portugal (de um lado) e Espanha/França (de maneira conjunta). Tal tratado continha determinações pesadas para Portugal, como a obrigação de fechar os portos sob seu domínio para os navios ingleses. Após esse acordo, o território brasileiro manteve inalterado até a anexação do Acre, no Segundo Reinado. Resposta da questão 23: [D] Somente a proposição [D] está correta. O Tratado de Madri de 1750 foi assinado entre os países Ibéricos. Este importante tratado anulou o Tratado de Tordesilhas de 1494 e deu ao Brasil praticamente o tamanho atual (exceto o Acre que o Brasil comprou da Bolívia em 1904). Através do princípio do “Uti Possidetis” Portugal entregou a “Colônia do Sacramento” para a Espanha e esta devolveu os “Sete Povos das Missões” para Portugal. Dentro de um contexto Iluminista, os padres jesuítas foram expulsos do Brasil em 1759 pelo ministro Marquês de Pombal (era ministro do rei de Portugal José I). As demais alternativas estão incorretas. Página 74 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Resposta da questão 24: [B] A Guerra Guaranítica – assim chamada devido a etnia dos indígenas nela envolvidos – foi caracterizada pelo confronto entre os exércitos de Portugal e Espanha e os índios guaranis que ocupavam a região dos chamados Sete Povos das Missões (atual Rio Grande do Sul). Após acordo envolvendo Portugal e Espanha pelo domínio das terras ao sul da Colônia portuguesa, os indígenas e os missionários deveriam sair das Missões Jesuítas rio-grandenses (pertencentes a Portugal) e dirigir-se para o território do atual Uruguai (pertencente à Espanha). Como se recusaram a isso houve confronto armado, vencido pelos exércitos de Portugal e Espanha. Resposta da questão 25: [E] Resposta da questão 26: [A] O estilo barroco no Brasil é considerado como um “barroco tardio”, pois se desenvolveu apenas no século XVIII (ao contrário do movimento na Europa do século XVI). Uma de suas características é a expressão da religiosidade, parte dela demonstrada a partir da escultura ou da pintura de santos e de cenas religiosas tradicionais que, na Europa, tiveram como um de seus objetivos reforçar o catolicismo em oposição à reforma religiosa protestante. Resposta da questão 27: [D] Página 75 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. O ciclo da mineração expandiu a Colônia em direção ao interior e aumentou consideravelmente o número de habitantes das Minas Gerais, o que propiciou um desenvolvimento econômico, social e cultural nessa região. A difusão do Barroco é característica desse desenvolvimento. Resposta da questão 28: [E] A questão remete ao Brasil no período colonial. Neste contexto ocorreu o “Plantation”, isto é, prevaleceu o trabalho escravo, o latifúndio, a monocultura e a economia visava o mercado externo. Apesar deste modelo de colonização, outras atividades econômicas foram importantes como forma de reprodução da estrutura social. A agricultura tinha sua função nesta engrenagem colonial no sentido de alimentar a mão de obra. A pecuária, por sua vez, foi fundamental. O gado representava o alimento, o transporte, o couro, etc. Resposta da questão 29: [A] A intensificação das bandeiras ocorreu no período anterior ao Ciclo do Ouro. Além disso, a principal mão de obra utilizada na exploração do ouro foi a de escravos negros. Resposta da questão 30: [C] Como destaca Sérgio Buarque de Holanda, a extração de ouro não ocupava nem 1/3 da população que vivia nas minas. Segundo o autor, a maior parte da população colonial exercia as mais variadas funções – como mercadores, médicos, clérigos e escravos – e essa Página 76 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. população exigia uma infraestrutura que a Colônia teve que suprir – baseada na urbanização e no abastecimento alimentício na região das minas. Resposta da questão 31: [A] Considerado um dos maiores artistas do “barroco mineiro”, nasceu provavelmente em 1730 e faleceu com certeza em 1814; portanto, desenvolveu suas obras no decorrer do século XVIII, a época da mineração no Brasil. Grande parte de suas habilidades se desenvolveram nas oficinas de mestres carpinteiros de Vila Rica e suas principais obras se encontram em Congonhas do Campo (MG). Resposta da questão 32: [A] Na época colonial, ocorreram as seguintes revoltas nativistas: [1] Guerra dos Mascates: travada em Pernambuco pelos comerciantes portugueses de Recife e os senhores de engenho nativos de Olinda, pelo domínio do comércio na Capitania; [2] Revolta dos Beckman: ocorrida no Maranhão devido à proibição, por parte dos Jesuítas, da escravidão indígena; [3] Revolta de Vila Rica: ocorrida em Vila Rica, tinha como líder Felipe dos Santos e como exigência o fim da cobrança do quinto; [4] Guerra dos Emboabas: conflito que opôs mineiros e paulistas (emboabas) pelo controle das minas descobertas na Colônia. Resposta da questão 33: [C] Página 77 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. A questão faz referência ao Tropeirismo e ao caminho de Viamão. Quando se descobriu ouro na região das Minas Gerais no final do século XVII, em 1696 na cidade de Mariana, a economia brasileira foi se deslocando do Nordeste para o Centro da colônia. Esboçou-se um mercado interno que contribuiu para integrar as regiões brasileiras. Surgiram diversos caminhos importantes para levar pessoas e mercadorias para as Minas Gerais, entre eles, o caminho de Viamão que ligava o Rio Grande do Sul até Sorocaba em São Paulo. Era o caminho das tropas, o Tropeirismo, no qual cavalos, bois e mulas transportavam mercadorias. Resposta da questão 34: [A] O ciclo do ouro no Brasil Colonial promoveu uma grande retirada de riquezas por parte de Portugal, o que dinamizou a economia portuguesa. Resposta da questão 35: [D] Todos os itens estão corretos. Resposta da questão 36: [A] Somente a alternativa [A] está correta. A questão aponta para a revolta de Filipe dos Santos ou a Primeira Revolta de Vila Rica, em 1720, nas Minas Gerais. A colônia pagava o quinto para a metrópole conforme rezava o “Foral” que estabeleceu os direitos e deveres dos donatários no contexto da criação das Capitanias Hereditárias. No século XVIII, com a mineração, visto que o ouro em pó era fácil de Página 78 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. ser sonegado, a Coroa criou a Casa de Fundição com a proposta de fundir o ouro e retirar o quinto, evitando o contrabando. Isto irritou muitas pessoas nas Minas Gerais e foi a causa principal da Revolta de Filipe dos Santos em 1720. O desfecho foi a morte do líder e a manutenção da casa de fundição. Resposta da questão 37: [D] A questão aponta para a crise do sistema colonial e para as revoltas libertárias que visavam à independência do Brasil em relação a Portugal. A guerra dos Mascates aconteceu em Pernambuco, no início do século XVII, entre Olinda, que tinha poder político, mas estava em decadência, e Recife, que estava em ascensão e possuía poder econômico. A inconfidência movimento libertário Mineira, inspirado de em 1789, ideias foi o primeiro Iluministas e na independência dos EUA, e possuía um caráter elitista. A Revolta dos Alfaiates ou Conjuração Baiana, de 1798, foi inspirada na Revolução Francesa e possuía um viés mais popular. A Revolução Pernambucana, de 1817, foi a única que saiu do plano teórico e atingiu a tomada do poder em Pernambuco. Vale dizer que a Guerra dos Mascates está inserida nas chamadas revoltas coloniais nativistas, enquanto as demais revoltas compõem as revoltas coloniais libertárias ou emancipacionistas. Resposta da questão 38: [A] As três revoltas ou insurreições ocorridas durante o Período Colonial (1530-1822) foram: a Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração dos Alfaiates ou Conjuração Baiana (1797) e a Revolução Pernambucana (1817). Página 79 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Resposta da questão 39: [D] O personagem retratado na charge é Tiradentes, um dos líderes da Inconfidência ou Conjuração Mineira, movimento colonial com vistas ao separatismo entre Brasil e Portugal deflagrado devido à alta cobrança de impostos do ouro. Resposta da questão 40: [A] Somente a proposição [A] está correta. A questão remete a expulsão dos jesuítas do Brasil e de Portugal. Desde a chegada ao Brasil em 1549, os padres jesuítas liderados por Manoel da Nóbrega se preocuparam com a catequese dos nativos e proibiram a escravidão do índio. Assim, ocorreu um conflito entre os colonos e os jesuítas devido à questão da escravidão indígena. Ao longo da colonização Portuguesa no Brasil, os padres jesuítas foram se constituindo em um Estado dentro do Estado, incomodando a coroa portuguesa. Nas Guerras Guaraníticas ocorridas em meados do século XVIII, os jesuítas se posicionaram a favor dos nativos. Desta forma, o Ministro Marquês de Pombal em 1759 expulsou os padres jesuítas do Brasil e de Portugal. Pombal foi ministro do rei José I, foi considerado um “Déspota Esclarecido”, pois utilizou algumas ideias Iluministas para reforçar o Absolutismo. Resposta da questão 41: [A] O Marquês de Pombal, grande representante do Despotismo Esclarecido em Portugal, promoveu no Brasil uma série de mudanças, Página 80 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. dentre as quais a extinção das Capitanias Hereditárias e a mudança da capital colonial para a cidade do Rio de Janeiro. Resposta da questão 42: [C] Para combater a crise do século XVIII, o Marquês de Pombal (representante do Despotismo Esclarecido em Portugal), buscou incentivar o desenvolvimento econômico da Colônia portuguesa na América, numa tentativa clara de diminuir a dependência comercial da Colônia (e de Portugal) com relação a outras Monarquias Europeias (em especial com relação a Inglaterra). Nesse sentido, o incentivo à manufatura na Colônia foi constante. Resposta da questão 43: [D] Somente a proposição [D] está correta. A questão remete a escravidão indígenas na América durante a colonização. Os padres jesuítas vieram para a América para catequizar os nativos e não permitiam a escravidão dos mesmos. Neste sentido, colonos e padres jesuítas entraram em conflitos ao longo do contexto colonial. Os padres incomodaram os colonos e a coroa portuguesa que os considerava poderosos dentro do Brasil. Assim, em 1759, o marques de Pombal, ministro do rei José I, expulsou os jesuítas do Brasil e de Portugal. Resposta da questão 44: [B] A questão aborda o “Período Pombalino”, 1750-1777, durante o reinado de José I. O ministro Pombal foi considerado um “Déspota Página 81 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. Esclarecido”, isto é, utilizou-se de ideias iluministas para modernizar o Estado português e reforçar o absolutismo. Diante de uma grave crise econômica o ministro Pombal tomou inúmeras medidas importantes que somadas são chamadas de “reformas pombalinas”. Entre elas podemos citar: a transferência da capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro devido à crise econômica açucareira no nordeste e o auge da mineração no centro da colônia; a criação de impostos para gerar mais recursos para a metrópole sendo o mais relevante a derrama; o conflito com a ordem religiosa jesuítica culminando na expulsão dos jesuítas do Brasil e de Portugal em 1759; No Brasil, ele fundou duas importantes companhias: em sete de junho de 1755, antes de Lisboa ser arrasada por um terremoto, o marquês de Pombal decretava oficialmente a fundação da Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão. E em 1759 ele criara também a Companhia Geral do Comércio de Pernambuco e Paraíba; além de outras medidas importantes. Desta forma, realmente no Período Pombalino ocorreu a retomada do controle dos mecanismos comerciais e fiscais do mundo colonial com o fim das capitanias hereditárias (em 1759) e reformas nas cobranças de impostos. Pombal não apoiou as atividades dos jesuítas dentro da colônia e acabou expulsando estes padres em 1759. Portanto, somente a alternativa [B] está correta. Página 82 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique Brasil Colonial II. Prof. Sérgio Henrique. 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Muito bem querido(a) estudante. Se chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou praticar todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e sempre consultá-la. Não esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcança-los. Sonhe alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca mais se contentará em rastejar”. Te encontro na nossa próxima aula. Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso. Até logo... Prof. Sérgio Henrique Lima Reis. Página 83 de 83 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique