Untitled - Concurseiros Unidos

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Brasil Colonial II.
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SUMÁRIO
00. Bate papo inicial.
Pág. 02
1. As invasões estrangeiras.
Pág. 03
2. A fundação da companhia das Índias ocidentais Pág. 07
(W.I.C) e a invasão holandesa ao mundo colonial
português.
3.
O fim do domínio holandês e a crise do ciclo da Pág. 09
cana de açúcar.
4.
Formação do território.
Pág. 10
5.
A sociedade mineradora: corrida do ouro e o Pág. 14
povoamento do interior.
6.
Revoltas no período colonial (nativistas) e Pág. 21
projetos de independência.
7. O período pombalino.
Pág. 25
8. Exercícios resolvidos.
Pág. 29
9. Exercícios propostos.
Pág. 34
10.
Pág. 83
Considerações finais.
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00. BATE PAPO INICIAL.
Olá amigo estudante. É com muita alegria que o recebo
novamente para falarmos de história. Estudar as aulas anteriores é
fundamental para que você possa compreender muitas das coisas que
vamos tratar aqui. Leia com atenção seu texto de apoio, releia e
pratique exercícios. Aos poucos o conteúdo básico vai ficar retido na
sua memória. Claro que para isso é muito importante você fazer suas
próprias anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos
exercícios, não importa, você escolhe. O importante é estudarmos
bastante e nos concentrarmos nos estudos. Estimule sua disciplina e
procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos.
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1. AS INVASÕES ESTRANGEIRAS.
Invasões inglesas e francesas:
As invasões inglesas não são muito destacáveis pois não
de
passaram
atividades
de
piratas
ou
corsários
que
pouco
frequentaram aqui. Com os Franceses foi diferente pois havia um
projeto
de
exploração
e
colonização que queriam implantar.
As Invasões Francesas:
O
litoral
brasileiro
era
bastante frequentado por piratas e
corsários
corsários
franceses.
são
coisas
Piratas
e
diferentes?
Sim, são. Aparentemente são a
mesma coisa. Capitães de navios
que atacavam frotas mercantes para pilhá-las. Mas enquanto a
pirataria era uma atividade marginal e individual e o sujeito é um
saqueador, o Corsário era um “pirata oficial”. Se o navegador recebe
um documento do Estado chamado Carta de Corso, ele se
transforma
saquear
e
no
corsário.
derrubar
Pode
navios,
desde que inimigos da coroa
francesa,
ou
espanhóis,
seja:
navios
portugueses
e
ingleses.
A
França
realizou
duas
invasões ao Brasil. A primeira no
Rio de Janeiro e a segunda no
Maranhão. A primeira invasão
ocorreu entre 1555 e 1558 na
Baia da Guanabara, no Rio de
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Janeiro. Um grupo de huguenotes (calvinistas) tentavam fugir das
perseguições religiosas na Europa. Vieram sob o comando de
Villegagnon e Almirante Coligny. Fundaram um forte militar e
iniciaram uma colônia: A França antártica. Foram expulsos pelo
Governador Geral Mem de Sá, em 1560. O tempo todo de
permanência exploraram ativamente as madeiras do litoral. Na
guerra contra os franceses, os portugueses tiveram apoio das tribos
Guaianazes e os invasores dos Tupinambás. Eles eram chamados
pelos europeus de Tamoios e as tribos já estavam organizadas para
atacar os portugueses, então apoiaram a França. Esta união dos
indígenas
contra
os
portugueses
ficou
conhecida
como
a
confederação dos Tamoios. A Segunda invasão foi em 1612, no
Maranhão, onde fundaram a cidade de São Luiz. Criaram a França
equinocial. Nas duas tentativas se associaram aos indígenas contra
os portugueses. Foram expulsos do Maranhão em 1615.
A união ibérica e a invasão holandesa:
Em 1578, Portugal passou por uma profunda crise sucessória
que fez com que fosse anexado pela Espanha.
O rei português D. Sebastião, imbuído de uma grande
motivação religiosa de expansão do cristianismo, empreendeu uma
invasão ao Norte da África, no Marrocos, com objetivo de expulsar os
árabes da região. Morreu na batalha de Alcácer-Quibir. D. Sebastião,
muito jovem, não deixou herdeiros, e assumiu o trono seu tio-avô, o
velho cardeal D. Henrique, com mais de 80 anos, que por sua vez
faleceu em 1580. Com a morte de D. Henrique chegou ao fim o
domínio da Dinastia de Avis.
Desde a morte de Dom Sebastião, passou a ocorreu uma
manifestação popular conhecida como sebastianismo. Surgiu o mito
de que o rei morto retornaria triunfante, como um messias salvador,
para retirar Portugal da crise.
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Dinastia Borgonha: 1129 – 1385
Dinastia de Avis: 1385 -1580
Vários pretendentes se candidataram ao trono vago. O mais
poderoso pretendente era o rei da Espanha Felipe II, que subornou
vários
nobres
portugueses
e
ocupou
militarmente
o
território
português, anexando-o. Assim de 1580 até 1640, o rei da Espanha
passou a ser também rei de Portugal, dando origem ao período
denominado “União Ibérica”. Duas exigências foram impostas à Felipe
II: a preservação da estrutura administrativa de Portugal e da
exclusividade comercial com as colônias.
Consequências da “União Ibérica”:
Com a União Ibérica, Portugal passou a ser controlado pela
Espanha e herdou seus inimigos. No mesmo contexto, os holandeses,
que eram parte do território do império espanhol estavam em guerra
de independência e se separaram. Fundaram assim em 1581 a União
Utrecht (primeiro nome da Holanda independente da Espanha). A
Guerra de independência da Holanda teve motivações religiosas. É
uma
região
predominantemente
composta
por
protestantes
calvinistas e o super católico Felipe II, encerrou a era de tolerância
religiosa de seu país, passando assim a ocorrer violentas guerras
religiosas. A Espanha, para punir economicamente os holandeses,
que eram antigos parceiros econômicos dos portugueses em suas
colônias no Brasil, África e Índia, os afastou do comércio com o
mundo colonial lusitano, principalmente do açúcar no nordeste
brasileiro. Todos os portos espanhóis, inclusive
os brasileiros,
estiveram proibidos de comercializar com os flamengos (holandeses).
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1. (Espcex (Aman) 2017) Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal,
morre na batalha de Alcácer-Quibir. Sem descendentes, o trono foi
entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer dois anos depois,
sem deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa, a Coroa portuguesa
acabou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à chamada
União Ibérica. Com esta união, um tradicional inimigo da Espanha
torna-se inimigo de Portugal.
Das opções abaixo, assinale aquele que se tornou inimigo de
Portugal.
a) Holanda
b) Alemanha
c) Itália
d) Inglaterra
e) EUA
Resposta:
[A]
A Holanda era, nos reinados de Carlos I e seu filho Filipe
II, uma possessão espanhola. Mas, devido à forma de governo
autoritária de Filipe II no século XVI, a burguesia holandesa
promoveu sua luta de independência. Em resposta a isso,
Filipe II proibiu todas as possessões espanholas de fazer
comércio com a Holanda. Devido à ocorrência da União
Ibérica, Portugal e Brasil estavam incluídos nessa proibição.
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2. A FUNDAÇÃO DA COMPANHIA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS
(W.I.C) E A INVASÃO HOLANDESA AO MUNDO COLONIAL
PORTUGUÊS.
Diferente das invasões francesas, a Holanda criou uma empresa
comercial de colonização, a Cia. Das Índias Ocidentais. A existência
da companhia de comércio teve um significado mais amplo, pois foi o
mecanismo que garantiu à Holanda quebrar o monopólio do comércio
oriental mantido pelos portugueses. Invadiram os portos portugueses
na Índia, África e Brasil. Os holandeses tinham fortes motivos para
conquistar o Brasil, pois eram responsáveis pelo refino de boa parte
do açúcar comercializado na Europa. Realizaram duas invasões: a
primeira na capital Salvador em 1624, e a segunda e duradoura em
Recife. Lá ficaram até 1654.
Invasão na Bahia (1624-1625): Esta tentativa de invasão foi
frustrada pois os colonos (inclusive associados aos indígenas) se
organizaram militarmente em guerrilhas para expulsar os holandeses.
São expulsos, mas premiados pelo destino: No retorno à Europa
foram amplamente recompensados em 1628, com a apreensão, nas
Antilhas (ilhas no Caribe, América Central), de um dos maiores
carregamentos de prata americana para a Espanha. Os recursos
obtidos pela WIC com esse ato de pirataria serviram para financiar
uma segunda tentativa, dessa vez contra Pernambuco.
Invasão em Pernambuco (1630-1654): Em 1630 com uma
esquadra de setenta navios, os holandeses chegaram a Pernambuco
e dominaram Recife e Olinda sem maiores dificuldades. A Espanha
envolvida em outras prioridades militares não mandou grande apoio
militar para a resistência estabelecida pelos colonos. Aos poucos, com
as vantagens oferecidas pelos invasores a resistência se enfraqueceu
e muitos produtores passam para o lado flamengo, pois estes se
comprometem a respeitar a liberdade religiosa (lembre-se que os
holandeses eram calvinistas e os portugueses católicos), direito de
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propriedade das terras e engenhos, realizariam financiamentos e
comprariam a produção.
O governo de Maurício de Nassau:
de
Maurício
governador
geral
holandeses,
e
Nassau
dos
aqui
entre 1637 a 1644.
foi
domínios
permaneceu
Preocupou-se
com a reorganização da produção
açucareira (que foi comprometida
pelas tentativas de resistência dos
colonos)
e
com
a
segurança.
Procurou conciliar os luso-brasileiros
(portugueses e descendentes que
aqui habitavam) que ficaram sob
seu domínio, e tratou de ampliar
territorialmente o domínio holandês
que
passou
a
ocupar
territórios
entre o Maranhão e a Bahia. Nassau devolveu as propriedades aos
seus antigos donos, ampliou o crédito e forneceu empréstimos a juros
controlados. Ainda passou a cobrar impostos mais baixos que os
cobrados por Portugal e a realizar importantes melhoramentos
urbanos. Apesar da política conciliadora não conseguiu impedir
conflitos e contradições. Os senhores de engenho que haviam
contraído empréstimos com os holandeses não conseguiam saldar
suas dívidas, e conflitos religiosos (apesar da liberdade religiosa
concedida pelos holandeses) ocorriam. Os conflitos se tornaram mais
intensos quando em 1640 Portugal restabeleceu sua coroa e se
liberta da Espanha, pondo fim à União Ibérica.
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3. O FIM DO DOMÍNIO HOLANDÊS E A CRISE DO CICLO DA
CANA DE AÇÚCAR.
Com o fim da União Ibérica, Portugal tratou de recuperar seus
territórios coloniais e propôs uma trégua de 10 anos para a
desocupação holandesa do Nordeste.
A partir daí a Cia das Índias Ocidentais resolveu diminuir seus
efetivos militares a fim de conter os gastos. Nassau foi demitido e o
novo governo tornou-se extremamente severo, sobretudo em relação
às dívidas dos senhores de engenho e o prazo para saldá-las. Muitas
propriedades foram confiscadas e a tolerância religiosa não era mais
observada com os mesmos cuidados. As tensões se acumularam e
começaram
a
se
manifestar
na
forma
de
rebeliões
que
se
generalizaram, até que eclodiu um processo de rebelião que expulsou
os holandeses: A Insurreição Pernambucana. Os colonos lusobrasileiros confrontaram os holandeses entre 1945 e 1954, quando
finalmente foram expulsos. Portugal ainda pagou uma pesada
indenização à Holanda e o comércio e produção de açúcar foram
profundamente prejudicados, pois, flamengos foram se instalar nas
Antilhas (na ilha de Curaçau, na América central) e se tornaram
fortes concorrentes do Brasil no mercado açucareiro. A produção de
açúcar no caribe foi o início da decadência da nossa, pois o
açúcar era de melhor qualidade e muito mais próximo a
Europa, barateando frete. Os holandeses passaram a fornecer
um açúcar melhor e mais barato.
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4. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO.
A
expansão
territorial
foi
motivada
por
fatores
políticos,
religiosos e econômicos:
 Políticos: Com a União Ibérica (1580-1640) o tratado de
Tordesilhas
tornou-se
obsoleto,
e
colonos
brasileiros
ultrapassaram a fronteira.
 Religiosos:
As
Missões
Jesuíticas
penetraram
profundamente no território espanhol na região sul e no vale
do rio Amazonas.
 Econômicos:
-Pecuária: Foi praticada como atividade complementar à açucareira
oferecendo animais de carga, couro e carne. Desenvolveu-se muito
bem no cerrado e usava mão de obra livre indígena.
-Bandeirantismo: Principais responsáveis pela interiorização do
território, escravização de indígenas, destruição de quilombos e
procura de metais preciosos.
-Mineração: Povoou o interior do território e gerou povoamento e
desenvolvimento de núcleos urbanos espontâneos no MT (Cuiabá),
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Goiás (cidade de Goiás e Pirenópolis) e MG (Vila Rica, Mariana, São
João del Rey, Congonhas do Campo).
Depois de muitas disputas territoriais foi assinado em 1750 o
Tratado de Madri que estabeleceu as fronteiras atuais (com exceção
do Acre que foi incorporado em 1903 pelo tratado de Petrópolis). O
grande articulador do acordo com a Espanha foi o primeiro ministro
português Marques de Pombal, que governou a colônia entre 1750 e
1777 e o princípio jurídico que norteou as negociações foi o do “uti
possidetis” (o direito de posse é de quem usa). Os critérios que
foram usados por Portugal foram a presença de Igrejas portuguesas,
a exploração econômica e o mapeamento do território. Uma das
consequências do tratado naquele contexto foram as Guerras
Guaraníticas. A região sul do Brasil era motivo de intenso litígio
entre Portugal e Espanha. No tratado a região dos sete povos das
missões do Uruguai (missões jesuíticas) que ficariam no Brasil, e
cederia a região de Sacramento (na foz do rio da Prata). Isso
envolveria o deslocamento de missões jesuíticas espanholas para cá
da fronteira, bem como milhares de indígenas e cabeças de gado. Os
Jesuítas uniram-se aos indígenas e passaram a combater as tropas
portuguesas e espanholas que foram designadas para garantir a saída
dos Jesuítas. Os confrontos ocorreram entre 1753-1756 e foram
um dos motivos políticos que levaram Marquês de Pombal a
expulsar a ordem dos Jesuítas do Brasil em 1759, e em 1767 a
Espanha fez o mesmo, acabando com o poderoso domínio das
missões jesuíticas nas colônias ibéricas. O território dos sete povos
das missões, pouco depois em 1801, foi reincorporado ao território
brasileiro.
O
tratado
de
Madri
foi
o
mais
importante
de
todos,
principalmente porque depois dele as alterações nas fronteiras do
Brasil
foram
muito
pequenas,
colocou
um
limite
à
expansão
portuguesa nos territórios que, de acordo com o tratado de
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Tordesilhas, pertenciam à Espanha. A região amazônica foi ocupada
pelos portugueses através de fortes militares e missões jesuíticas.
Ficou com a bacia amazônica e garantiu a sua posse sobre sua foz
atlântica, mas ficou sem a foz do rio da Prata, que ficou com a
Espanha, onde ficava a colônia de Sacramento. Podemos sintetizar os
objetivos
portugueses
e
espanhóis
para
negociar
nos
pontos
seguintes:
Interesses portugueses:
1-
Conseguir
o
equilíbrio
entre
as
reivindicações
sobre
fronteiras coloniais, outorgando uma parte maior da bacia amazônica
à Portugal e do rio da prata à Espanha.
2- Garantir soberania indiscutível sobre os distritos de ouro e
diamantes para a Coroa Portuguesa.
3- Garantir a fronteira sulina do Brasil pela conservação do Rio
Grande do Sul e pela aquisição da região da missão espanhola
jesuíta” sete povos”, na margem esquerda do rio Uruguai.
4- Garantir a fronteira ocidental do Brasil e a comunicação
fluvial com Maranhão-Pará, certificando-se de que a navegação pelos
rios amazônicos Tocantins, Tapajós e Madeira permanecessem em
mãos portuguesas.
Interesses espanhóis:
1- Deter o avanço dos portugueses para o Oeste, pois este já
se tinha estendido por grande parte do que, em teoria, era território
espanhol, embora constasse principalmente de mata virgem.
2- Garantir a colônia de Sacramento, na foz do rio da Prata,
que funcionava como porta dos fundos para o comércio ilegal de
portugueses e contrabando de ingleses como o vice reino do Peru, o
que
tornava
Buenos
Aires
perigosamente
exposta
à
invasão
estrangeira.
3-
Sabotar
alianças
entre
contrabandistas
ingleses
e
portugueses, e facilitar a união com Portugal para combater as
ambições inglesas na foz do rio da Prata.
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Os principais tratados foram:
- 1713/1715: Tratado de Utrecht: O primeiro de 1713. Estabeleceu
o rio Oiapoque, no extremo norte (atual Amapá), como o limite de
fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. O segundo de 1715,
estabeleceu que a Colônia do Sacramento, atual Uruguai, passaria
para os domínios portugueses. Ocorreu uma forte oposição dos
Jesuítas e indígenas dos Sete Povos que não aceitaram o domínio
português na região.
- 1750: Tratado de Madrid: estabeleceu praticamente os limites
atuais. O sul continuou conflituoso e foi objeto de mais tratados.
Também não existia ainda o Acre, que seria incorporado ao território
nacional em 1903 em decorrência do ciclo da borracha. Vigorou o
princípio do “uti possidetis”.
- 1777: Tratado de Santo Ildefonso: A Espanha recuperou o
território de sacramento e dos 7 povos das missões. Portugal achou
desvantajoso e o conflito continuou.
-
1801:
Tratado
de
Badajoz:
Retorna
aos
limites
do
sul
estabelecidos pelo tratado de Madri. Sacramento ficou para a
Espanha e os sete povos para Portugal.
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numericamente superiores renderam os paulistas, em desvantagem.
Ao se renderem, baixaram armas, no que o líder emboaba Bento
Manoel Coutinho ordenou que fossem todos mortos. Este episódio
ficou conhecido como o capão da traição.
Contra a instalação da
casa de fundição em 1720, ocorreu a revolta de Felipe dos Santos
e contra a Derrama de 1789, foi tramada a revolta conhecida como
inconfidência mineira, que não chegou à deflagrar-se pois foi
delatada.
Impactos da mineração:

Grande migração para a região que provocou um incrível aumento
populacional.
 Urbanização da região de Vila Rica (atual Ouro Preto). É a primeira
urbanização espontânea do Brasil.
 Mudança do eixo econômico do Nordeste para o Sudeste.
 Transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro.
 Surgimento de trabalhadores livres, e pela primeira vez na
colônia (a pecuária era uma exceção).
 Surgimento de vias de comunicação entre as regiões brasileiras e
a região mineradora. Surgiram estradas, cuja mais importante foi
a Estrada Real, que ligava Vila Rica à Parati (caminho velho) e ao
RJ (caminho novo).
(EsSA) Entre as consequências da atividade mineradora na colônia
do Brasil, nos séculos XVII e XVIII, é incorreto afirmar que
favoreceram:
a) o enfraquecimento do mercado interno.
b) a integração econômica da colônia.
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c) o povoamento da região das minas.
d) a conquista do Brasil central.
e) o desenvolvimento urbano.
Resposta:
[A]
A mineração proporcionou o povoamento da região das
minas, promovendo a urbanização e o desenvolvimento do
mercado interno, até então inexistente.
_______________________________________________________
A coroa portuguesa, para fiscalizar a mineração e cobrar impostos,
criou as casas de fundição. O ouro em pó deveria ser levado para lá
e seria derretido e transformado em barras. Os principais impostos
eram:
 Quinto (20%).
 Capitação (17g por escravo).
 Finta (quando a produção caiu deveriam mandar 15 arrobas
anuais para Portugal).
No
final
do
século
XVIII,
o
Brasil
deixou
de
mandar
os
carregamentos de ouro, então Portugal decretou a cobrança forçada,
a Derrama (a grande motivação para a inconfidência mineira).
O fluxo de pessoas para a região mineradora foi intenso, tanto de
portugueses vindos da metrópole, quanto de colonos aventureiros,
principalmente do nordeste, como também de ordens religiosas.
Chegavam aos montes, o que fez que em pouco tempo Vila Rica se
tornasse um enorme aglomerado, todo desordenado e com muitos
conflitos. O ambiente era bastante violento, com uma grande
quantidade de mendigos, e gente de toda sorte que iam para a região
para se refugiarem.
É muito interessante observar que o ouro era muito abundante e
isso gerou uma situação econômica interessante:
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1° o preço do ouro caiu no chão, e todos os gêneros de consumo,
principalmente alimentos inflaram à alturas.
2° As grandes fortunas foram criadas não por mineradores, mas
por comerciantes que abasteciam às minas com todo tipo de
produtos. Muitas fazendas no interior mineiro fizeram fortunas
plantando alimentos e processando produtos básicos.
Talvez a maior preocupação da metrópole fosse manter o
controle
sobre
a
região
mineradora,
pois
o
contrabando
era
preocupante. As casas de fundição serviam para combatê-lo na
medida que foi proibido o ouro em pó, e quando as barras eram
fundidas com o selo real, o quinto já era cobrado. Haviam os
chamados santos do pau-oco, em que ouro era contrabandeado em
imagens sacras.
(Espcex (Aman) 2012)
Diferentemente
de
outras
atividades
econômicas do Brasil Colônia, a mineração foi submetida a um
rigoroso controle por parte da metrópole. Neste contexto:
a) os Códigos Mineiros de 1603 e 1618 já impediam a livre
exploração das minas, impondo uma série de condições e restrições.
b) as Intendências das Minas criadas pelo Regimento de 1702
impuseram um controle absoluto sobre toda a produção mineradora,
embora
ainda
estivessem
subordinadas
a
outras
autoridades
coloniais.
c) a cobrança do quinto foi facilitada com a criação das Casas de
Fundição, no final do século XVII, onde o ouro era fundido em barras
timbradas com o selo real, embora a circulação do ouro em pó ainda
fosse permitida.
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d) foram instalados postos fiscais em pontos estratégicos das
estradas, com o objetivo de fiscalizar se o pagamento do quinto havia
sido realizado; cobrar impostos sobre a passagem de animais e
pessoas e sobre a entrada de todas as mercadorias transportadas
para as Minas.
e) a capitação foi um imposto que exigia do minerador o pagamento
de uma taxa sobre cada um de seus escravos, do qual ficavam
isentos os faiscadores que não possuíam escravos.
Resposta:
[D]
Devido ao contrabando existente na região, o governo
metropolitano precisava impor um controle rígido, inclusive
nas estradas. É necessária uma atenção especial à opção [C],
já que a primeira parte está correta, mas o final da opção
contém um equívoco: a circulação do ouro em pó também foi
proibida com a criação das Casas de Fundição.
_______________________________________________________
A vila rica do barroco, rococó e republicanismo:
Durante a mineração, floresceu a arte Barroca e Rococó, cujo
principal nome é Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. São
estéticas artísticas profundamente influenciadas pela religiosidade
católica,
e
principalmente
caracterizada
pelas
igrejas
e
imagens sacras. Foi a expressão do
mundo urbano colonial, como era
regra, profundamente religioso.
O museu da
praça
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inconfidência, na
Tiradentes,
atual
Ouro
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Preto. Era o prédio da câmara municipal de Vila Rica. Sua
parte inferior (na altura da escadaria) era a prisão, em que
Tiradentes foi preso antes de sua decapitação no RJ.
A Igreja de São Francisco de
Assis. Seu traço arquitetônico
e seu interior é atribuído a
aleijadinho.
elemento
É
o
principal
arquitetônico
que
simboliza o Barroco/Rococó.
Um registro da riqueza das
irmandades religiosas mineiras.
Observe
atentamente
as
imagens.
Elas
são
representações artísticas de práticas sociais que ocorriam no
país. Essas imagens já foram objetos de questão, pois
demonstram como é relativo a ideia de “bárbaro”. Tanto os
tupinambás canibais, quanto o sistema jurídico português
tinham práticas que podemos considerar bárbaras, como o
esquartejamento e a exposição dos membros.
Vila Rica, atual Ouro Preto, foi o símbolo de um ciclo
econômico. Cada vez mais a pesquisa histórica mais recente combate
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a ideia de ciclos econômicos, pois podem passar a ideia errônea de
uma economia monoprodutora. Na colônia éramos sem dúvida
dependentes do açúcar, pois leis portuguesas proibiam o cultivo de
qualquer produto que não fosse a cana, a 100 Km do litoral. Mas as
pesquisas atuais apontam para uma economia mais diversificada que
se imaginava, pois no século XVII era também o maior
fornecedor de tabaco e algodão para empresas europeias. Mas
durante a mineração o termo ciclo não é inadequado. Durou pouco
mais de 70 anos, a partir daí as reservas se esgotam e vem vários
conflitos com a metrópole, o mais importante deles, a inconfidência
mineira.
A civilização do ouro era essencialmente urbana então o
comércio era muito importante. O preço do ouro caiu (lei da oferta e
da procura) então a prata passou a ser mais valiosa em alguns
momentos e o preço do alimento era altíssimo. A paisagem era toda
desordenada
e
sem
saneamento
adequado.
Uma
modalidade
diferente de escravidão surgiu ali: O escravo de ganho. Eles
pertenciam a algum comerciante e eram vendedores ambulantes.
Com o tempo de trabalho compravam sua alforria. Muito africanos
conseguiram sua alforria e de descendentes de suas tribos. Alguns
chegaram a enriquecer, apontam novas pesquisas.
Quem foi o maior beneficiário do ouro brasileiro? A
Inglaterra.
Portugal
encontrava-se
muito
endividado
com
os
ingleses, de tal modo que os carregamentos de ouro chegavam em
Portugal
e
nem
eram
descarregados:
Somente
realizavam
a
contabilidade e o navio seguia para Inglaterra. A origem desta dívida
foi um tratado comercial de 1703, o tratado de Methuen, mais
conhecido como tratado dos panos e vinhos. Os produtos importados
por Portugal eram manufaturados de maior valor agregado enquanto
exportava vinhos e outros produtos artesanais, com baixo valor
agregado. Em pouco tempo surgiu uma dívida gigantesca, tornando a
economia lusitana dependente da britânica que acumulou capitais
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para industrializar-se, enquanto Portugal continuou um império
comercial e agrário, dependente de tecnologia externa.
(EsSA) O Tratado de Methuen, assinado em 1703, por portugueses e
ingleses,
a) incrementou a industrialização em Portugal e no Brasil.
b) abriu um importante canal para a transferência da riqueza
produzida no Brasil para a Inglaterra.
c) criou foro especial para julgar cidadãos britânicos que viviam no
Brasil.
d) trouxe vantagens para Portugal nas relações comerciais bilaterais
com a Inglaterra.
e) favoreceu o desenvolvimento da indústria luso-brasileira.
Resposta:
[B]
6.
REVOLTAS
NO
PERÍODO
COLONIAL
(NATIVISTAS)
E
PROJETOS DE INDEPENDÊNCIA.
As revoltas nativistas:
Foram provocadas pela insatisfação das elites coloniais contra o
monopólio comercial da metrópole e disputas por território como a
guerra dos emboabas. Não pretendia a independência de Portugal,
mas flexibilizações no pacto colonial e contra os altos impostos.
Principais razões:

Monopólio
português
do
comércio
de
mercadorias (pacto
colonial).
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 Preços elevados cobrados pelos produtos comercializados pelos
portugueses.

Medidas
da
metrópole
que
favoreciam
os
portugueses,
principalmente os comerciantes.

Conflitos culturais, políticos e comerciais entre colonos e
portugueses.
 Altos impostos cobrados pela coroa portuguesa, principalmente
sobre a extração de ouro realizada pelos colonos brasileiros.

Exploração colonial praticada por Portugal e o rígido controle,
através de leis, imposto pela metrópole sobre o Brasil.
Em 1640 contra o fim da União Ibérica, os paulistas que queriam
ficar com a Espanha, recusaram-se a reconhecer o novo rei de
Portugal D. João duque de Bragança, e aclamaram como rei o
governador geral Amador Bueno, que não aceitou a aclamação e
jurou lealdade à coroa.
Revolta
Ano
Local
Guerra dos 1708
Bandeirantes
contra
os
forasteiros MG
Emboabas.
disputando as regiões auríferas recém
encontradas em MG.
Revolta
Felipe
de 1720
Revolta da elite mineradora contra os MG
autos
dos
impostos
e
a
exploração
Santos
metropolitana.
Guerra dos 1710-
Olinda era a capital da província e PE
Mascates
Recife
1711
conseguiu
sua
emancipação
política. Era o centro econômico, terras
dos comerciantes, os mascates.
Beakman
1684
Insatisfação com os altos impostos e MA
com
o
abastecimento
precário
de
víveres e mão de obra no Maranhão.
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Revoltas
emancipacionistas:
Inconfidência
Mineira
e
conquistar
a
Conjuração Baiana.
Foram
duas
revoltas
que
pretendiam
independência de Portugal e possuíam um projeto de República. A
inconfidência mineira foi uma conspiração sufocada antes de chegar a
sair as ruas.
A inconfidência foi chamada também de inconfidência dos
poetas, pois alguns de seus integrantes, como Cláudio Manoel da
Costa e Tomás Antônio Gonzaga foram importantes poetas do
Arcadismo (estética da literatura da época). Teve caráter elitista e
republicano, e reivindicavam a independência das Minas (não de todo
o Brasil). Eram liberais, ou seja, influenciados pelo iluminismo, então
tinham o projeto de livre comércio logo que se libertassem do pacto
colonial e a criação de uma universidade em Vila Rica. O movimento
foi delatado por José Silvério dos Reis, um rico dono de lavras,
profundamente endividado com Portugal. É dessa época que surgiu a
delação premiada. Entregou os inconfidentes antes do movimento
ser deflagrado, pois tinha sido marcado para o dia da Derrama. Em
troca teve suas dívidas perdoadas. Foram presos, mas a maior parte
foi anistiada (receberam o perdão dos crimes políticos), uns foram
exilados em Angola, e o alferes Joaquim José da Silva Xavier,
mais conhecido como Tiradentes, foi enforcado no rio de Janeiro e
depois esquartejado e exposto na estrada real, que ligava Vila Rica ao
Rio de Janeiro. Era um movimento separatista e republicano, com
ideais iluministas e inspirado na independência dos EUA.
A conjuração baiana, ou revolta dos alfaiates, foi também
separatista e republicana. Mais radical que a inconfidência mineira,
chegou a sair às ruas e tiveram vários combates armados com as
tropas metropolitanas. Foi guiado pelas elites mas teve amplo apoio
popular. Devido a isso, tinham claramente a proposta de abolição da
escravidão (o que não era consenso entre os inconfidentes mineiros).
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Foi também guiada pelos ideais iluministas e se inspirou na fase mais
radical da revolução francesa.
(Espcex (Aman) 2013) No Brasil colônia, particularmente no séc.
XVIII, ocorreram dois movimentos revolucionários que ficaram
conhecidos como Inconfidência Mineira (1789) e Conjuração Baiana
(1798).
Quais características são comuns entre eles?
a) A influência do pensamento iluminista e a participação maciça de
pessoas da elite da sociedade local.
b) Foram inspiradas pelo lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade e
pretendiam acabar com a escravidão.
c) Queriam romper com a dominação colonial e tiveram influência do
pensamento iluminista.
d) Foram sufocadas sem grande derramamento de sangue, pois havia
grande participação de pessoas ligadas à elite da sociedade local.
e)
Pretendiam
acabar
com
a
escravidão
e
estabelecer
a
independência política do Brasil.
Resposta:
[C]
Foram os principais movimentos “emancipacionistas”, ou
seja, lutaram pela independência do Brasil, rejeitando o pacto
colonial que caracterizava o domínio português. Os dois
movimentos foram influenciados pelo iluminismo, e defendiam
um
modelo
republicano
para
o
país
livre.
Enquanto
o
movimento baiano teve forte presença popular e defendeu o
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fim da escravidão, o movimento mineiro foi elitizado e se
omitiu frente à questão do escravismo.
7. O PERÍODO POMBALINO.
Corresponde ao período do governo do primeiro ministro
português Marques de Pombal entre 1750 e 1777. Era um déspota
esclarecido, ou seja, era representante de um poder absolutista, mas
influenciado pelas ideias liberais do iluminismo. Pretendia dinamizar a
economia da colônia, e aumentar a arrecadação portuguesa, bem
como aumentar o controle metropolitano.
 Criou
companhias
de
comércio
colonial
no
Grão
Pará
(Amazônia), Pernambuco e Paraíba.
 Extinguiu a capitação (imposto sobre escravos nas minas) e
decretou a derrama.
 Tratado de Madri.
 Transferência da capital de Salvador para o RJ.
 Liberação de Manufaturas.
 Expulsão dos Jesuítas.
 Proibição da escravidão indígena.
 Extinção das capitanias hereditárias.
Pombal teve um governo determinante para Portugal. Em 1755
ocorreu o terremoto de Lisboa, que destruiu a capital. Reconstruiu a
cidade e as regiões destruídas, organizou a administração colonial
tirando a influência jesuítica, promoveu o fim das capitanias e o mais
importante: a liberação da manufaturas, que eram expressamente
proibidas desde o início da colonização, pelo pacto colonial. Apesar de
sua importância, não gozava de popularidade entre a nobreza e era
protegido do rei. Seu governo teve fim com a morte do rei Jaime I
que foi sucedido pela rainha Maria, conhecida como a louca, por
apresentar sinais de demência. Ela revogou todas as medidas
tomadas por Pombal, o que ficou conhecido como a viradeira.
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No final do século XVIII, o antigo sistema colonial apresentava
sinais de desgaste, e o contexto político europeu era de revoluções
que combatiam o antigo regime e, consequentemente, o sistema
colonial então vigente. Em 1808, para escapar das
ameaças
francesas de Napoleão Bonaparte (desfecho da revolução francesa) a
corte portuguesa foi transferida para o RJ dando início ao processo de
independência do Brasil.
 INVASÕES FRANCESAS:
- O rei da França não reconheceu o tratado de Tordesilhas.
- Corsário. Carta de corso: piratas oficiais da coroa.
- Pirataria do Pau-brasil.
- Alianças com os indígenas: Confederação dos Tamoios.
- 1555: Invasão do RJ – França antártica – huguenotes – expulsos
por Mem de Sá.
- 1612: Invasão do Maranhão – França equinocial – São Luiz.
 INVASÕES HOLANDESAS:
-
Crise
sucessória
e
União
Ibérica
(1580-1640).
A
linha
de
Tordesilhas ficou obsoleta com a união.
- Espanha e Holanda são inimigos. Os holandeses foram expulsos do
comércio do açúcar.
- Fundação da W.I.C – Cia das Índias ocidentais – não foi pirataria:
empresa de colonização.
- Invasão de todo o mundo colonial português (Brasil, África e Ásia).
- Salvador 1624, sede do governo geral, guerrilha, expulsão.
- Pernambuco 1630-54, liberdade religiosa, financiamentos, direito de
propriedade, compra da produção.
- Maurício de Nassau: Melhoramentos urbanos, aliança com os
colonos, reestruturação da produção.
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- 1640: restauração da monarquia portuguesa, acordo com os
holandeses, fim das boas relações entre flamengos e colonos.
- Insurreição Pernambucana: Expulsão dos holandeses – batalha dos
Guararapes.
- Produção holandesa de açúcar no Caribe. Decadência da produção
açucareira no nordeste.
 FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO:
- Missões jesuíticas, União Ibérica, pecuária, bandeirantismo e
mineração.
- Tratado de Madri: “uti possidetis”, fronteiras atuais, guerras
guaraníticas.
- Tratados: Utrecht (Guiana), Madri, Santo Idelfonso e Badajoz.
 SOCIEDADE MINEIRADORA:
- Lavras (mina) e aluvião (beira do rio).
- Bandeirantes x forasteiros: guerra dos emboabas.
- Urbanização, imigração, deslocamento do centro econômico e
mudança de capital.
- Barroco, comércio, trabalho livre, estradas.
- Impostos: quinto, capitação e finta.
- Barroco: religiosidade católica, expressão urbana.
- Tiradentes tornou-se herói nacional na proclamação da República.
- Revoltas nativistas (revoltas contra a metrópole, por território e
influência): Emboabas, Felipe dos Santos, Beakman, dos Mascates.
- Revoltas emancipacionistas: Projeto de independência republicano
e iluminista– MG e Ba.
-
Inconfidência
Mineira:
elitista,
dissenso
sobre
a
escravidão,
república, livre comércio, universidade de Vila Rica, influência da
independência dos EUA.
-
Conjuração
Baiana:
popular
(negros
forros),
abolicionista,
republicana.
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 PERÍODO POMBALINO:
-
Marquês
de
Pombal,
primeiro
ministro
português,
déspota
esclarecido.
- Tratado de Madri, extinção do imposto capitação, transferência da
capital, liberação de manufaturas, expulsão dos jesuítas.
- Estimulou a produção de algodão para abastecer a demanda da
Inglaterra.
- Com a morte do rei de Portugal, retornou ao reino e a sucessora
“Dona Maria, a Louca” revogou todos seu atos: a viradeira.
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8. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS.
1. (Espcex Aman) Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a
Colônia tinha acabado de passar por uma explosão populacional. Em
pouco mais de cem anos, o número de habitantes aumentara dez
vezes.
GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e
uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de
Portugal e do Brasil.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2008 (adaptado).
A alteração demográfica destacada no período teve como causa a
atividade
a) cafeeira, com a atração da imigração europeia.
Errado. O ciclo do café foi no século XIX.
b) industrial, com a intensificação do êxodo rural.
Errado. A industrialização do Brasil ocorreu somente no século
XX, durante a primeira guerra mundial.
c) mineradora, com a ampliação do tráfico africano.
Correto.
d) canavieira, com o aumento do apresamento indígena.
A cana de açúcar teve seu auge no século XVI e XVII e não
provocou explosão populacional como na mineração.
e) manufatureira, com a incorporação do trabalho assalariado.
Errado. As manufaturas foram liberadas por Marquês de
Pombal, antes eram proibidas pelo pacto colonial. O surto
populacional é devido à mineração.
Resposta:
[C]
O ciclo econômico anterior à chegada da Corte foi a
mineração (século XVIII). Ela foi responsável por atrair para a
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Colônia uma série de pessoas em busca de enriquecimento,
além de fazer aumentar o número de escravos coloniais,
comprados para fazer a exploração das minas. Surgiram os
chamados escravos de ganho: eram vendedores e compravam
sua alforria aos poucos. A sociedade mineradora era urbana e
apesar do trabalho livre, predominava o escravo. Foi a partir
do ciclo minerador que o Brasil teve o desenvolvimento do seu
mercado interno.
2. (Espcex (Aman) 2016) No fim do Século XVIII, era grande a
insatisfação com a carestia e a opressão colonial. A isso se somava a
simpatia que muitas pessoas demonstravam em relação às lutas pela
emancipação do Haiti (1791-1804) e à Revolução Francesa (1789).
Para difundir esta ideia fundou-se a loja maçônica Cavaleiros da Luz.
Em agosto de 1798, alguns conspiradores afixaram em muros e
postes da cidade manifestos exortando a população à revolução. Os
panfletos pregavam a proclamação da República, a abolição da
escravidão, melhores soldos para os militares, promoção de oficiais,
liberdade de comércio, etc.
Denunciado por um traidor, o movimento foi esfacelado. Alguns
participantes
foram
presos,
outros
fugiram
e
quatro
foram
condenados à morte: Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas de
Amorim Torres, João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos
Santos.
(adaptado de ARRUDA & PILETTI, p.351)
O texto acima descreve, em parte, a
a) Revolta dos Alfaiates, ocorrida em Salvador, Bahia.
b) Inconfidência Mineira, desencadeada em Ouro Preto, Minas Gerais.
Errado. Não chegou a ser deflagrada e ficou no projeto, pois
foi delatada.
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c) Revolta de Beckman, que teve por palco São Luís, Maranhão.
Errado. A revolta de Beckman foi nativista, e basicamente um
conflito entre proprietários e a cia de comércio portuguesa,
que não atendia a demanda maranhense.
d) Confederação do Equador, ocorrida em Recife, Pernambuco.
Errado. A confederação foi uma revolta republicana que
ocorreu
no
nordeste
contra
a
anulação
da
primeira
constituição do Brasil por D. Pedro I.
e) Cabanagem, ocorrida em Belém, Pará.
Errado. Esta foi uma revolta regencial (ocorrida no Império,
no período da Regência).
Resposta:
[A]
A questão remete a Revolta dos Alfaiates, que ocorreu na
Bahia em 1798. Este movimento possuía um caráter popular e
defendeu a separação do Brasil em relação a Portugal e adotar
uma República. Dela fizeram parte diversos segmentos sociais
como padres, médicos, advogados, soldados, alfaiates, exescravos etc. teve uma influência das ideias iluministas, da
Revolução Francesa, do processo de independência do Haiti e
das lojas maçônicas.
3. (Espcex (Aman) 2012) Durante o período colonial, o Brasil sofreu
diversas invasões estrangeiras. Nessas invasões:
a) a francesa, na Baía da Guanabara, resultou na criação de uma
colônia, a França Antártica, formada principalmente por católicos
interessados no cultivo da cana-de-açúcar e no trabalho de conversão
dos índios.
Errado. A França Antártica foi fundada por huguenotes, ou
seja, calvinistas franceses.
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b) a holandesa foi motivada pelo embargo espanhol que, por
representar uma ameaça à sua economia, levou o país a decidir-se
pela invasão do Brasil, inicialmente pela região do Rio Grande do
Norte, onde encontrou forte resistência.
Errado.
A
primeira
invasão
ocorreu
em
Salvador
e,
posteriormente, em Pernambuco.
c) a holandesa, em Pernambuco, foi favorecida pelo constante reforço
vindo da Holanda, o auxílio de cristãos-novos residentes na região e
por estarem seus soldados mais bem armados e mais experientes.
Correto.
d)
a
resistência
luso-brasileira
à
invasão
pernambucana
foi
organizada em grupos de guerrilha e contou com a liderança de
Domingos Fernandes Calabar, morto lutando contra os holandeses.
Errado. Calabar é um colono português que traiu a coroa e se
aliou aos holandeses. Ficou conhecido principalmente por uma
peça de teatro de Chico Buarque chamada “cala boca Calabar”.
e) embora a resistência luso-brasileira em Pernambuco contasse com
a vantagem do fator surpresa e melhor conhecimento do terreno, os
holandeses acabaram por conquistar o Nordeste, onde se estenderam
desde o Maranhão até a Bahia.
Errado. A ocupação holandesa foi em Pernambuco.
Resposta:
[C]
Esta
questão
é
muito
exigente
e
exige
detalhes
pormenorizados que nos obriga a resolvê-la por exclusão.
4. (Espcex (Aman) 2011)
O conflito armado travado na segunda
metade do século XVIII e que ficou conhecido como
Guerras Guaraníticas,
a) foi uma reação dos índios de Sete Povos das Missões, liderados por
alguns jesuítas, à ocupação de suas terras e à possível escravização.
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b) ocorreu entre paulistas com o apoio de diversas tribos guaranis e
os emboabas, pela hegemonia da extração do ouro das Minas Gerais.
Errado. Nunca ocorreu aliança entre paulistas e indígenas, ao
contrário
os
bandeirantes
paulistas
eram
grandes
escravizadores.
c) definiu a conquista da Colônia do Sacramento por tropas lusobrasileiras.
Errado.
A Sacramento ficou com os espanhóis.
d) provocou a assinatura do Tratado de Lisboa, pelo qual Portugal
devolvia a área conhecida como Sete Povos das Missões à Espanha.
Errado. Foi no tratado de Santo Idelfonso.
e) abriu caminho para a conquista e ocupação, por parte dos
portugueses, da calha do rio Solimões – Amazonas.
Errado. Os jesuítas ocuparam toda a extensão da bacia
amazônica o que garantiu a posse para os portugueses.
Resposta:
[A]
Os jesuítas da região de Sete Povos não aceitaram os
novos tratados assinados entre os governos de Espanha e
Portugal, que transferiam a região para o controle português,
vendo-o como uma ameaça à autonomia, que então gozavam
sobre as comunidades indígenas, que foram organizadas e
estimuladas a lutar, com o argumento de que as chances de
escravização aumentavam dada a ação dos bandeirantes em
terras brasileiras.
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9. EXERCÍCIOS PROPOSTOS.
1. (EsSA) O episódio conhecido como “Capão da Traição” ocorreu na
História do Brasil durante a:
a) Rebelião de Beckman.
b) Revolta dos Malês.
c) Guerra dos Mascates.
d) Revolta de Felipe dos Santos.
e) Guerra dos Emboabas.
2. (EsSA) O responsável pela transferência da capital do Brasil de
Salvador para o Rio de Janeiro em 1763, foi:
a) D. João VI.
b) D.Pedro I.
c) Marquês de Pombal.
d) D. Manuel.
e) Visconde de Barbacena.
3. (EsSA) As batalhas dos Guararapes (1648 e 1649) marcaram a
vitória da Insurreição Pernambucana, que levou à expulsão do
território brasileiro os invasores
a) ingleses
b) franceses
c) holandeses
d) portugueses
e) espanhóis
4. (EsSA) Em 1798, surgiu na Bahia um movimento rebelde
conhecido como Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates, que
contou com a participação das camadas sociais mais humildes. Esse
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movimento
a) pretendia fundar uma universidade e aproveitar as jazidas de ferro
da região.
b) contava, no plano político, com elementos adeptos da monarquia
constitucional.
c) defendia o estímulo à produção de couro e charque, principais
produtos da Bahia.
d) foi o primeiro movimento de rebeldia no Brasil a questionar o
Pacto Colonial.
e) defendia a abolição da escravatura e o aumento da remuneração
dos soldados.
5. (EsSA) Ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII o Brasil estendeu
consideravelmente seu território, o que obrigou o estabelecimento de
novos Tratados de Limites entre os Reinos Ibéricos. Neste sentido,
podemos afirmar que
a) o Tratado de Madri deu origem às Guerras Guaraníticas.
b) ficou estabelecido, no Tratado de Santo Ildefonso, o princípio de
Uti possidetis.
c) Portugal, pelo Tratado de Badajós, assumiu o controle sobre o
território da Guiana.
d) o Tratado de Utrecht, de 1713, reconheceu a posse da Colônia de
Sacramento por Portugal.
e) o Tratado do Pardo reconheceu o direito exclusivo de Portugal
navegar pelo rio Amazonas.
6. (EsSA) As lutas do período colonial são divididas em Revoltas
Nativistas e Revoltas Emancipacionistas. Entre essas últimas
podemos incluir a
a) Revolta de Vila Rica.
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b) Revolta de Palmares.
c) Revolta dos Alfaiates.
d) Revolta dos Mascates.
e) Revolta de Amador Bueno.
7. (Fuvest 2016)
Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me
parecia acerca dos negócios da França, e isto por ver por conjecturas
e aparências grandes aquilo que podia suceder dos pontos mais
aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao estado e aumento
dos senhorios de V. A. E tudo se encerrava em vós, Senhor,
trabalhardes com modos honestos de fazer que esta gente não
houvesse de entrar nem possuir coisa de vossas navegações, pelo
grandíssimo dano que daí se podia seguir.
Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil, 1954.
O trecho acima foi extraído de uma carta dirigida pelo padre jesuíta
Diogo de Gouveia ao Rei de Portugal D. João III, escrita em Paris, em
17/02/1538. Seu conteúdo mostra
a) a persistência dos ataques franceses contra a América, que
Portugal vinha tentando colonizar de modo efetivo desde a adoção do
sistema de capitanias hereditárias.
b) os primórdios da aliança que logo se estabeleceria entre as Coroas
de Portugal e da França e que visava a combater as pretensões
expansionistas da Espanha na América.
c) a preocupação dos jesuítas portugueses com a expansão de
jesuítas
franceses,
que,
no
Brasil,
vinham
exercendo
grande
influência sobre as populações nativas.
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d) o projeto de expansão territorial português na Europa, o qual, na
época da carta, visava à dominação de territórios franceses tanto na
Europa quanto na América.
e) a manifestação de um conflito entre a recém-criada ordem jesuíta
e a Coroa portuguesa em torno do combate à pirataria francesa.
8. (Uern 2015)
A coroa portuguesa viu-se obrigada a implementar
uma política de colonização que assegurasse o domínio sobre a
colônia, principalmente após a frustrante tentativa do sistema de
Capitanias Hereditárias. A centralização administrativa (governosgerais) e o sucesso da empresa açucareira contribuíram para
assegurar a posse do Brasil, porém não afastaram a constante
ameaça aos domínios coloniais portugueses na América.
(Trindade, 2010.)
A capitania do Rio Grande do Norte foi palco de incursões de
franceses e holandeses. Os franceses estabeleceram-se no nosso
litoral para contrabandear Pau-Brasil e chegaram a usar o Rio Grande
do Norte como base para ataques às capitanias vizinhas. É correto
afirmar que os holandeses
a)
empreenderam
o
comércio
de
pedras
preciosas
e
metais
abundantes na região do Rio Grande do Norte.
b) chegaram ao Rio Grande com a intenção de buscar as drogas do
sertão, famosas na região e em toda a Europa.
c) dominaram quase todo o Nordeste açucareiro e permaneceram em
solo nordestino por, praticamente, duas décadas.
d) foram os responsáveis pela pacificação dos índios e de sua
utilização no trabalho das lavouras através da mita e da encomienda.
9. (Uepa 2015)
Chefes indígenas de povos situados no que hoje
corresponde aos litorais sul do Rio de Janeiro e norte de São Paulo
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promoveram, entre 1554 e 1567, a mobilização que ficou conhecida
como Confederação dos Tamoios. Os vários povos tupinambá
reuniram-se
em
torno
de
promoveram um levante
seus
contra
chefes
anciãos
a escravidão
(“Tamuya”)
e
e as violências
promovidas pelos colonizadores portugueses. O ponto de partida da
revolta foi a aliança selada entre portugueses e índios guaianazes
para a escravização das populações tupinambá. Esta estratégia de
colonização:
a) permitiu a cooptação de lideranças indígenas, inclusive entre os
tupinambá, o que impediu a criação da confederação.
b) era ineficiente dada a intervenção de outras potências europeias,
como no caso dos franceses, que incentivaram a união dos
tupinambá.
c) foi mal sucedida em função da unidade política e territorial dos
povos tupinambá, que facilitou a defesa contra as investidas
portuguesas.
d) assemelhava-se àquela adotada na África desde o século XV, de
promoção de guerras entre os nativos para facilitar a aquisição de
escravos.
e) abriu espaço para a criação de alianças políticas entre povos
indígenas, resultando na formação de estruturas governamentais
unificadas.
10. (Fgvrj 2017) Navegamos pelo espaço de quatro dias, até que, a
dez de novembro, encontramos a barra de um grande rio chamado
de Guanabara, pelos nativos (devido à sua semelhança com um lago)
e de Rio de Janeiro pelos primeiros descobridores do local. [...] o
Senhor de Villegagnon, para se garantir contra possíveis ataques
selvagens, que se ofendem com extrema facilidade, e também contra
os portugueses, se estes alguma vez quisessem aparecer por ali,
fortificou o lugar da melhor maneira que pôde. Os víveres eram-nos
fornecidos pelos selvagens e constituídos dos alimentos do país, a
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saber, peixes e veação diversa, constante de carne de animais
selvagens (pois eles, diferentemente de nós, não criam gado), além
de farinha feita de raízes [...] Pão e vinho não havia. Em troca destes
víveres, recebiam de nós alguns objetos de pequeno valor, como
facas, podões e anzóis.
THEVET,
André.
As
singularidades
da
França
Antártica.
Belo
Horizonte/São Paulo, Itatia/Edusp. 1978, p. 93-94.
O frei franciscano André Thevet esteve em terras brasileiras entre
1555 e 1556, junto com outros franceses comandados por Nicolas de
Villegagnon. A leitura do trecho do relato dessa expedição permite
a) constatar a aceitação, pelo reino francês, da partilha do Novo
Mundo realizada por portugueses e espanhóis.
b) identificar as diferenças entre as práticas coloniais e o tratamento
dispensado aos indígenas pelos portugueses e franceses.
c) perceber as diferenças culturais entre os povos indígenas e os
conquistadores europeus.
d) reconhecer a necessidade da escravidão africana como base para a
montagem das estruturas produtoras coloniais.
e) diferenciar as orientações religiosas dos protestantes franceses das
referências católicas ibéricas.
11. (Upe 2015) A primeira metade do século XVII em Pernambuco
foi
marcada
pela
invasão
holandesa
à
capitania.
A
presença
holandesa em Pernambuco durou 24 anos, de 1630 a 1654. A
invasão foi motivada por vários fatores, dos quais podemos destacar
a)
o
sucesso
da
colonização
holandesa
no
sul
da
América,
especialmente nas possessões espanholas, e a vontade da Holanda
em expandir seus domínios no Novo Mundo.
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b) a necessidade do algodão, produto amplamente produzido na
capitania de Pernambuco, desde o século XVI, por parte das
indústrias têxteis holandesas.
c) o bloqueio do acesso holandês pela Coroa Espanhola ao comércio
do açúcar produzido em Pernambuco, durante a União Ibérica.
d) a presença maciça de tropas holandesas na Bahia, desde 1625.
e) os interesses dos comerciantes e senhores de engenho locais em
comercializar com os holandeses, em detrimento dos portugueses.
12. (Fmp 2016) Ao longo do período colonial da História do Brasil, o
Império Português foi vítima de assédio e de tentativas de invasão de
seus territórios ultramarinos por parte de diversas potências rivais.
Alguns exemplos de invasões estrangeiras na América Portuguesa
estão listados a seguir:
1612 - Estabelecimento da França Equinocial
1624 - Tentativa derrotada da invasão holandesa a Salvador
1630 - Tomada de Recife e Olinda por invasores holandeses
A interpretação dos dados acima permite identificar que uma causa
direta de todas essas invasões estrangeiras foi a
a) fuga da Corte portuguesa para a América
b) vitória francesa na Guerra dos Sete Anos
c) conclusão da Reconquista da Península Ibérica
d) guerra de Restauração Portuguesa contra a Espanha
e) criação da União das Coroas Ibéricas
13. (Fgv 2016) Reverendo padre reitor, eu, Manoel Beckman, como
procurador eleito por aquele povo aqui presente, venho intimar a
vossa reverência, e mais religiosos assistentes no Maranhão, como
justamente alterados pelas vexações que padece por terem vossas
paternidades o governo temporal dos índios das aldeias, se tem
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resolvido a lançá-los fora assim do espiritual como do temporal,
então e não tem falta ao mau exemplo de sua vida, que por esta
parte não tem do que se queixar de vossas paternidades; portanto,
notifico a alterado povo, que se deixem estar recolhidos ao Colégio, e
não saiam para fora dele para evitar alterações e mortes, que por
aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham vossas
paternidades cobro em seus bens e fazendas, para deixá-las em
mãos de seus procuradores que lhes forem dados, e estejam
aparelhados para o todo tempo e hora se embarcarem para
Pernambuco, em embarcações que para este efeito lhes forem
concedidas.
João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de Jesus
no Estado
do Maranhão. 2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360.
O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684,
foi motivado pela
a) proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas pressões que os
jesuítas realizavam para impedir a sua liberação.
b) questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de colonos
com as atividades da Companhia de Comércio do Maranhão.
c) ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela catequese
dos povos indígenas sob a sua guarda.
d) crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas aos
interesses espanhóis e holandeses na região.
e) tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos
indígenas, contrariando os interesses dos colonos maranhenses.
14. (Pucrj 2016)
A respeito da ocupação holandesa dos territórios
portugueses na América e na África, na primeira metade do século
XVII, assinale a alternativa INCORRETA.
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a) A ocupação holandesa está relacionada à conjuntura política da
união das coroas de Espanha e Portugal (União Ibérica) e ao processo
de independência dos Países Baixos.
b)
Nesta
mesma
época,
os holandeses
também
invadiram
e
ocuparam territórios portugueses na África (Angola), com o objetivo
de controlar o fluxo de escravos negros para os engenhos de açúcar
da América portuguesa.
c) O período de administração de Maurício de Nassau foi marcado
pela reorganização urbanística do Recife, com a pavimentação de
ruas e a construção de novas pontes.
d) A administração de Nassau no Nordeste da América portuguesa
ficou caracterizada pela perseguição aos católicos e judeus, uma vez
que os holandeses professavam a religião protestante (calvinistas).
e) Até a União Ibérica, os comerciantes holandeses eram os principais
distribuidores do açúcar português na Europa.
15. (Upe-ssa 1 2016) Os holandeses ocuparam, durante 24 anos, o
Nordeste brasileiro: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e
Itamaracá (1630-1654). Nesse período, Pernambuco se transformou
numa verdadeira metrópole, com uma vida cultural intensa, onde
poetas, cientistas e filósofos tornaram o Brasil um centro intelectual
único na América do Sul. Nesse contexto, os judeus puderam
constituir uma comunidade com escolas, sinagogas e cemitério,
dando sua contribuição ao enriquecimento da vida cultural da região.
LEVY, Daniela Tonello. Judeus e Marranos no Brasil Holandês.
Pioneiros na colonização de Nova York. Século XVII. São Paulo: USP,
2008. (Adaptado)
Uma característica sociopolítica da ocupação holandesa no contexto
mencionado foi
a) a retração da produção de açúcar.
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d) A presença de crianças na representação das mulheres tupi e
negra alude à maternidade e poderia ser lida como a possibilidade de
reprodução da mão de obra.
e) As imagens são representações da experiência dos holandeses e
de suas intenções colonizadoras.
17. (Unicamp 2017)
O documento abaixo foi redigido pelo
governador de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, em 18 de
agosto de 1694, para comunicar ao Rei de Portugal a tomada da
Serra da Barriga.
“(...)
Não
me
parece
dilatar
a
Vossa
Majestade
da
gloriosa
restauração dos Palmares, cuja feliz vitória senão avalia por menos
que a expulsão dos holandeses, e assim foi festejada por todos estes
povos com seis dias de luminárias. (...) Os negros se achando de
modo poderosos que esperavam o nosso exército metidos na serra
(...), fiando-se na aspereza do sítio, na multidão dos defensores. (...)
Temeu-se muito a ruína destas Capitanias quando à vista de tamanho
exército e repetidos socorros como haviam ido para aquela campanha
deixassem de ser vencidos aqueles rebeldes pois imbativelmente se
lhes unir-se os escravos todos destes moradores (....)”.
Décio Freitas, República de Palmares – pesquisa e comentários em
documentos históricos do século XVII. Maceió: UFAL, 2004, p. 129.
Sobre o documento acima e seus significados atuais, é correto
afirmar que
a) foi escrito por uma autoridade da Coroa na colônia e tem como
principal conteúdo a comemoração da morte de Zumbi dos Palmares.
A data de 20 de novembro, como referência ao líder do quilombo,
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tem
uma
conotação
simbólica
para
a
população
negra
em
contraponto à visão oficial do 13 de maio de 1888.
b) o feito da tomada de Palmares, em 1694, pelos exércitos da
Coroa, é entendido como menos glorioso quando comparado à
expulsão dos holandeses de Pernambuco, em 1654. Os dois eventos
históricos não têm o mesmo apelo para a formação da sociedade
brasileira na atualidade.
c) o texto de Caetano de Melo e Castro indica que Palmares não
gerou temor às estruturas coloniais da Capitania de Pernambuco. A
comemoração oficial do Dia da Consciência Negra é uma invenção
política do período recente.
d) o Quilombo de Palmares representou uma ameaça aos poderes
coloniais, já que muitos eram os rebeldes que se organizavam ou se
aliavam ao quilombo. A data é celebrada, na atualidade, como
símbolo da resistência pelos movimentos negros.
18. (Mackenzie 2015) “Meu avô foi buscar prata,
mas a prata virou índios.
Meu avô foi buscar índio,
mas o índio virou ouro.
Meu avô foi buscar ouro,
mas o ouro virou terra.
Meu avô foi buscar terras
e a terra virou fronteira.
Meu avô, ainda intrigado,
foi modelar a fronteira:
E o Brasil tomou a forma de harpa.”
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(Martim Cererê - Cassiano Ricardo)
O
autor,
no
seu
transformações
poema
Metamorfoses
verificadas
no
se
território
refere
às
várias
brasileiro.
Tais
“metamorfoses” presentes acima se referem
a) à importância do indígena brasileiro na composição étnica e
cultural do povo brasileiro.
b) às dimensões continentais adquiridas pela nação brasileira e sua
semelhança com um instrumento musical.
c) ao processo histórico de penetração e ocupação do território
nacional e a delimitação das nossas fronteiras.
d)
à
conquista
do
território
nacional,
realizada
pelos
nossos
indígenas, graças à navegação dos nossos rios.
e) à enorme diversidade de ecossistemas e paisagens naturais
presentes no nosso vasto território.
19. (Mackenzie 2015) A expulsão da Companhia de Jesus de todos
os territórios portugueses, em 1759, foi uma das medidas mais
polêmicas tomadas por Pombal. Em geral, as justificativas para esse
ato são a total incompatibilidade entre o controle das práticas
pedagógicas
iluminista
adotadas
pombalino.
pelos
jesuítas
Todavia,
é
e
o
importante
projeto
educacional
assinalar
que
tal
expulsão também está relacionada
a) aos embates entre o Despotismo Esclarecido e as convicções
dogmáticas da Igreja, que persistiram no governo de Pombal e de D.
Maria I.
b) à imposição do catolicismo como religião oficial da colônia, fruto da
subordinação da coroa portuguesa às decisões do papa.
c) ao controle do comércio de escravos africanos pelos jesuítas na
região norte, impedindo lucros para a coroa portuguesa.
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d) à influência da burguesia huguenote na corte de D. José I,
exigindo o direito de educar os filhos dos colonos, até então
monopólio dos jesuítas.
e) ao interesse em estabelecer o controle sobre as fronteiras da
América portuguesa e sobre os recursos econômicos produzidos
nessas regiões.
20. (G1 - ifsul 2015)
O tratado de Madri (1750) resultou em uma
rebelião no sul do Brasil, que ficou conhecida como
a) Guerra Guaranítica.
b) Confederação dos Tamoios.
c) Conjuração Baiana.
d) Revolução Farroupilha.
21. (Ufg 2013)
O Tratado de Madri (1750) pretendeu atender à
disputa de territórios entre Portugal e Espanha, representando
também uma estratégia para melhor administrar os domínios ibéricos
na chamada região das Missões. A tentativa de impô-lo gerou uma
guerra que, ao seu final, terminou por definir o controle sobre as
colônias que ocupavam a região dos Pampas. Esse tratado
a) determinou a troca entre os sete povos das missões, no Uruguai, e
a colônia de Sacramento, no Brasil.
b) redefiniu as fronteiras territoriais na América do Sul, com base no
uti possidetis.
c) permitiu aos jesuítas exercer um domínio que se estendeu por
toda a região do Prata.
d) garantiu a consolidação da chamada “República dos Guaranis”, sob
influência da Igreja Católica.
e) possibilitou a anexação da região das Missões ao território
argentino e do Chaco ao Uruguai.
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22. (G1 - col. naval 2014)
A União Ibérica foi um importante
estímulo à expansão territorial portuguesa sobre o território que
legalmente pertencia à Espanha, segundo o Tratado de Tordesilhas.
Com isso, aconteceram vários conflitos entre os dois países e foram
necessários alguns tratados de limites para que as novas fronteiras
se definissem. Sobre os tratados de limites que definiram o território
brasileiro, pode-se afirmar que:
a) o Tratado de Lisboa foi assinado entre Portugal e Espanha e
restabeleceu os limites territoriais existentes à época do Tratado de
Tordesilhas.
b) o Tratado de Madri, assinado entre Portugal e Espanha, usando o
princípio da restauração, restabeleceu as fronteiras existentes antes
da União ibérica.
c) com o Tratado do Santo Ildefonso, Portugal recebeu o domínio dos
Sete Povos das Missões, o que provocou a chamada Guerra
Guaranítica.
d) o Tratado de Methuen, assinado entre Portugal e Inglaterra,
definiu as fronteiras ao norte do Brasil, e a Guiana ficou sob domínio
inglês.
e) o Tratado de Badajoz foi o último a ser assinado e praticamente
definiu os limites territoriais brasileiros. A única alteração, desde
aquela época, foi a anexação do Acre.
23. (Ufrgs 2014) Sobre o Tratado de Madri, assinado em 1750 por
Portugal e Espanha, considere as seguintes afirmações.
I. A Colônia de Sacramento passou para a Espanha, e os Setes Povos
das Missões passaram para Portugal, consagrando o princípio do uti
possidetis.
II. A expulsão dos jesuítas foi fator importante para a eclosão da
chamada guerra guaranítica (1752-1756), reduzindo os efeitos do
Tratado.
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III. As Missões retornaram para a Província do Paraguai.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.
24. (Upf 2014)
Durante governo do marquês de Pombal (1750-
1777), a tentativa de consolidação das fronteiras da colônia brasileira
provocou uma disputa acirrada com a Espanha. Das negociações
entre as metrópoles portuguesa e espanhola, resultou o tratado de
Madrid (1750), segundo o qual a Colônia do Sacramento deveria
passar para a Espanha e as Missões ficariam com Portugal. Por conta
desse tratado, os missioneiros deveriam retirar-se com os índios para
o lado da Banda Oriental (Uruguai). Sem querer deixar as Missões, os
índios, com apoio parcial dos jesuítas, resistiram ao cumprimento do
tratado. A fim de expulsar os índios, Portugal e Espanha armaram
seus exércitos e, em 1756, avançaram sobre as Missões de Santo
Ângelo, São Borja, São João, São Lourenço, São Luiz Gonzaga, São
Miguel e São Nicolau. Dessa guerra, os chamados Sete Povos das
Missões Orientais do Uruguai saíram aniquilados. Esse episódio ficou
conhecido como:
a) Revolução dos Tamoios.
b) Guerra Guaranítica.
c) Inconfidência Mineira.
d) Guerra dos Emboabas.
e) Revolução Farroupilha.
25. (Pucpr 1997) "...sairão os missionários com todos os móveis, e
efeitos, levando consigo os índios para aldear em outras terras da
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Espanha; e os referidos índios poderão levar também todos os seus
bens móveis e semoventes, e as armas, pólvora e munições ... se
entregarão as povoações à Coroa de Portugal, com todas suas casas,
igrejas, e edifícios e a propriedade e posse de terreno..."
"...como seria possível fazer a mudança de mais de trinta mil índios
para outro lado do rio Uruguai sem causar-lhes danos irreparáveis;
como transportar sem riscos mais de setecentas mil cabeças de
gado?..."
(Érico Veríssimo. O CONTINENTE. São Paulo, Círculo do Livro.)
O texto refere-se ao
a) Tratado de Santo Ildefonso - com entrega para a Espanha das
terras da Colônia do Sacramento e dos Sete Povos.
b) Convênio de El Pardo - que anulava o Tratado de Madri, em função
da Guerra Guaranítica e atritos entre as comissões demarcadoras
portuguesas e espanholas.
c) Tratado de Badajós - que restaurava, na prática, o que fora
disposto no Tratado de Madri.
d)
Princípio
"Uti
Possidetis":
missionários
e
índios
deveriam
abandonar aquelas terras dado ao fato de as mesmas terem sido
colonizadas efetivamente, antes, pelos portugueses.
e) Tratado de Madri - que, no Sul, entregava a Colônia do
Sacramento para a Espanha e destinava os Sete Povos para Portugal.
26. (Uemg 2015)
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e) distanciamento em relação a autoridade colonial e consequente
maior liberdade de expressão.
28. (Fgv 2015) [...] se o interesse da Coroa estava centralizado na
atividade minerária, ela não poderia negligenciar outras atividades
que garantissem sua manutenção e continuidade. É nesse contexto
que
a
agricultura
deve
ser
vista
integrando
os
mecanismos
necessários ao processo de colonização desenvolvidos na própria
Colônia, uma vez que, voltada para o consumo interno, era um meio
de garantir a reprodução da estrutura social, além de permitir a
redução dos custos com a manutenção da força de trabalho escrava.
Guimarães, C. M. e REIS, F. M. da M. “Agricultura e mineração no
século XVIII”,
in Resende, m.e.l. e VILLALTA, L.C. (orgs.) História de Minas
Gerais. As minas setecentistas.
Belo Horizonte: Autêntica Editora/Companhia do Tempo, 2007, p.
323.
Assinale a alternativa que interpreta corretamente o texto.
a) Para o desenvolvimento das atividades de exploração das minas foi
decisiva a permissão dada pela metrópole ao desenvolvimento
técnico e industrial da região.
b) Os caminhos entre as minas e Salvador, além de escoar a
produção mineradora e permitir a entrada de escravos, ficaram
marcados pelo aparecimento de importantes vilas e povoados.
c) A produção agrícola na região das minas desenvolveu-se a ponto
de se tornar um dos principais itens da pauta de produtos exportados
no período colonial.
d) Apesar do crescimento da agricultura e da pecuária, o mercado
interno não se desenvolveu no Brasil colonial, cuja produção se
manteve estritamente voltada ao mercado externo.
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e) As atividades agrícolas e a pecuária desenvolveram-se de certo
modo integradas ao desenvolvimento da mineração e da urbanização
da região mineradora.
29. (Acafe 2016)
A mineração durante o período colonial brasileiro
foi uma das frentes que contribuíram para a interiorização da
economia e para o surgimento de vilas e cidades no interior.
Acerca desse contexto e sobre o ciclo do ouro é correto afirmar,
exceto:
a) Intensificação das bandeiras de apresamento e escravização dos
indígenas que eram a principal mão de obra na exploração do ouro de
aluvião e das lavras.
b) A ação dos tropeiros contribuiu para o surgimento de um mercado
interno. A região mineradora era abastecida por esta atividade com
charque e outros derivados da pecuária.
c) A Guerra dos Emboabas foi um conflito que resultou das tentativas
de controle das minas de ouro descobertas pelos colonos e
bandeirantes que desejavam o monopólio da exploração e eram
contrários à presença de portugueses e exploradores de outras
regiões.
d) As casas de fundição exerciam a função de controlar a cobrança do
quinto, um imposto sobre o ouro extraído pelos mineradores. O ouro
“quintado” era transformado em barras com o selo real português.
30. (Unesp 2017) Em meados do século o negócio dos metais não
ocuparia senão o terço, ou bem menos, da população. O grosso dessa
gente compõe-se de mercadores de tenda aberta, oficiais dos mais
variados ofícios, boticários, prestamistas, estalajadeiros, taberneiros,
advogados,
médicos,
cirurgiões-barbeiros,
burocratas,
clérigos,
mestres-escolas, tropeiros, soldados da milícia paga. Sem falar nos
escravos, cujo total, segundo os documentos da época, ascendia a
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mais de cem mil. A necessidade de abastecer-se toda essa gente
provocava a formação de grandes currais; a própria lavoura ganhava
alento novo.
(Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras preciosas”. História
geral da civilização brasileira, vol. 2, 1960. Adaptado.)
De acordo com o excerto, é correto concluir que a extração de metais
preciosos em Minas Gerais no século XVIII
a) impediu o domínio do governo metropolitano nas áreas de
extração e favoreceu a independência colonial.
b) bloqueou a possibilidade de ascensão social na colônia e forçou a
alta dos preços dos instrumentos de mineração.
c) provocou um processo de urbanização e articulou a economia
colonial em torno da mineração.
d) extinguiu a economia colonial agroexportadora e incorporou a
população litorânea economicamente ativa.
e) restringiu a divisão da sociedade em senhores e Escravos e limitou
a diversidade cultural da colônia.
31. (G1 - cps 2015)
O escultor Antonio Francisco Lisboa (c. 1730-
1814), mais conhecido como Aleijadinho, é o autor das doze
esculturas dos profetas bíblicos na cidade mineira de Congonhas do
Campo.
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contra os senhores de engenho de Olinda, tendo como base a
tentativa
dos
mercadores
recifenses
em
conseguir
maior
autonomia política e cobrar as dívidas dos produtores de açúcar
olindenses.
(
) Deflagrada no Maranhão, em 1684, a revolta teve como base o
descontentamento com a proibição da escravidão indígena,
decretada pela Coroa Portuguesa, a pedido da Companhia de
Jesus, medida que prejudicou a extração das “drogas do sertão”
pelos colonos europeus.
(
) Ocorrido em Minas Gerais, em 1720, sob a liderança de Filipe
dos Santos, o levante teve como causa a oposição ao sistema de
taxação da Coroa Portuguesa, que resolveu estabelecer 4 Casas
de Fundição na região mineradora, como forma de cobrar o
quinto (imposto de vinte por cento) sobre o ouro.
(
) Sucedido em Minas Gerais, no ano de 1708, o conflito opôs os
paulistas (bandeirantes), primeiros aventureiros a descobrir e
ocupar a zona da mineração, contra os “forasteiros”, os seja, os
grupos que chegaram depois na região, originários do reino ou de
outras capitanias.
A numeração correta na coluna B, de cima para baixo, é
a) 3 – 1 – 4 – 2
b) 1 – 2 – 3 – 5
c) 3 – 4 – 1 – 2
d) 2 – 3 – 4 – 5
e) 3 – 4 – 5 – 2
33. (G1 - cps 2015) Há caminhos e cidades brasileiras que nasceram
a partir de rotas comerciais ou de exploração do território, que
homens percorreram por rios, por terra e por mar, perfazendo longas
distâncias de diversas formas, muitas vezes se aproveitando de
caminhos já utilizados pelos povos indígenas.
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Uma dessas rotas ligava, entre os séculos XVIII e XIX, Viamão, no
atual Rio Grande do Sul, a Sorocaba, no atual estado de São Paulo,
formando, ao longo do trajeto, povoados a partir dos pousos – locais
de descanso.
Assinale a alternativa que corresponde corretamente aos agentes e
ao movimento referido.
a) Cavaleiros transportando mercadorias do Pantanal.
b) Bandeirantes à procura de índios, ouro e pedras preciosas.
c) Tropeiros, com mulas, cavalos e bois, transportando mercadorias.
d) Viajantes em cavalos e mulas, para transportar ouro e pedras
preciosas.
e) Navegantes em pequenas embarcações, para explorar a costa do
sul do Brasil.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Para responder à(s) quest(ões) a seguir, considere o texto abaixo.
Também no Brasil o século XVIII é momento da maior importância,
fase de transição e preparação para a Independência. Demarcada,
povoada,
defendida,
prosperidade
dilatada
econômica,
a
terra,
organização
o
século
política
e
vai
lhe
dar
administrativa,
ambiente para a vida cultural, terreno fecundo para a semente da
liberdade. (...) A literatura produzida nos fins do século XVIII reflete,
de modo geral, esse espírito, podendo- se apontar a obra de Tomás
Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima.
(COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil.
Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p. 127 e p. 138)
34. (Puccamp 2016)
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35. (Uece 2016)
Atente às seguintes afirmações acerca da
Inconfidência Mineira (1789):
I. A constituição de um regime republicano no Brasil estava entre os
objetivos de boa parte dos conspiradores de Vila Rica.
II. Havia, por parte dos inconfidentes, a preocupação com o
desenvolvimento de produtos manufaturados, pois objetivavam a
diminuição da dependência de artigos importados.
III. Constituía interesse dos conspiradores a criação de uma nova
capital localizada em uma área mais favorável à expansão da
lavoura
e
da
pecuária
–
atividades
fundamentais
para
a
subsistência dos mineradores.
Está correto o que se afirma em
a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I, II e III.
36. (Espm 2016) Das minas e seus moradores bastava dizer que é
habitada de gente intratável. A terra parece que evapora tumultos; a
água exala motins; o ouro toca desaforos; destilam liberdades os
ares; vomitam insolências as nuvens; influem desordens os astros; o
clima é tumba da paz e berço da rebelião; a natureza anda inquieta
consigo, e amotinada lá por dentro é como no inferno.
Lilia Schwarcz e Heloisa Starling. Brasil: uma Biografia.
O texto é parte do discurso histórico e político sobre a sublevação que
nas minas houve no ano de 1720 e que o governador Pedro Miguel de
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Almeida e Portugal, o conde de Assumar, fez chegar às mãos das
autoridades régias em Lisboa.
A respeito da sedição de Vila Rica, em 1720, é correto assinalar:
a)
os
sediciosos
planejavam
forçar
a
coroa
a
suspender
o
estabelecimento das casas de fundição, onde se registrava o ouro em
barras e se deduzia o quinto por arroba, o imposto devido ao rei;
b) os sediciosos planejavam forçar a coroa a abolir a derrama, que
determinava a cobrança de todos os impostos atrasados;
c)
os
sediciosos
rebelaram-se
contra
forasteiros
que
eram
beneficiados pela coroa com privilégios na exploração das jazidas
auríferas;
d) os projetos dos sediciosos eram o rompimento com Portugal, a
adoção de um regime republicano é a criação de uma universidade
em Vila Rica;
e) a sublevação desafiou a ação do marquês de Pombal que havia
determinado o monopólio régio sobre a extração de diamantes.
37. (Upf 2016)
“O quadro da vida colonial, tanto quanto dele
conhecemos através do depoimento dos cronistas e da exposição dos
historiadores, apresenta-se à superfície, estável e tranquilo. Não é
preciso penetrá-lo a fundo, entretanto, para verificar que se trata de
estabilidade e de tranquilidade aparentes. Desde os primeiros
tempos, na realidade, há grandes choques de interesses, contrastes
de orientação, contradições de toda a ordem.”
(SODRÉ, Nelson Werneck. O que se deve ler para conhecer o Brasil.
1976, p. 130)
No texto acima, o autor refere-se aos movimentos conspiratórios que
ocorreram na colônia brasileira contra a metrópole portuguesa.
Considerando essa conjuntura, associe os eventos da coluna 1 com a
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descrição equivalente na coluna 2.
1.
Conjuração
dos (
Alfaiates
) Confronto entre os donos de engenho,
de Olinda, e os comerciantes, em sua
maioria portugueses, do Recife.
2.
Inconfidência (
Mineira
) Movimento organizado por mulatos e
negros, livres ou libertos, ocorrido na
Bahia,no
contexto
da
escassez
de
gêneros alimentícios e carestia.
3.
Guerra
dos (
Mascates
) Conhecida também como Revolução
dos Padres,foi o único movimento que
ultrapassou
a
fase
conspiratória
e
atingiu o processo de tomada do poder
em Pernambuco.
4.
Revolução (
Pernambucana
) Revolta de caráter emancipatório que
teve
como
principal
motivo
o
estabelecimento da derrama em Minas
Gerais.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para
baixo, é:
a) 1 – 3 – 4 – 2.
b) 2 – 1 – 3 – 4.
c) 3 – 4 – 1 – 2.
d) 3 – 1 – 4 – 2.
e) 4 – 2 – 3 – 1.
38. (Uece 2015) A Historiografia do Brasil registra várias revoltas e
insurreições
ações situadas no âmbito do contexto social, político e
econômico do Brasil colonial que expressavam a insatisfação dos
vários grupos sociais com os poderes instituídos. Assinale a opção
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b) à marca do pensamento católico no contexto do Brasil Colonial,
que deu base ideológica para criminalizar e punir os políticos
corruptos.
c) à Revolução Pernambucana, que eclodiu devido ao aumento de
impostos que foi decretado com a chegada da família real portuguesa
ao Brasil em 1808. Esse movimento também foi marcado pela luta
pelo fim da escravidão.
d) à Conjuração Mineira, revolta que ocorreu em Minas Gerais devido
à derrama declarada pela Coroa Portuguesa e aos preços abusivos
que eram cobrados pelas mercadorias importadas.
e) à restrição da liberdade de imprensa, no contexto do século XIX,
que dificultou a emergência de movimentos contrários à excessiva
cobrança de impostos pela Coroa Portuguesa.
40. (Espm 2015) “Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e
do Brasil pelo marquês de Pombal. Nas reformas pombalinas, a
expulsão dos jesuítas foi capítulo dos mais dramáticos, ousados e
radicais, demonstrando até que ponto se reafirmava a soberania do
Estado português na colônia.”
(Carlos Guilherme Mota e Adriana Lopez. História do Brasil: Uma
interpretação)
Os problemas em questão têm por origem o seguinte:
a) Pombal acusava a Companhia de Jesus de formar um verdadeiro
Estado dentro do Estado e resistir ao poder do rei;
b) Pombal condenava o monopólio do comércio de escravos africanos
pela Companhia de Jesus;
c) Pombal se ressentiu da recusa por parte da Companhia de Jesus de
participar da colonização do Estado do Grão-Pará e Maranhão;
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d) Pombal rompeu com os jesuítas após a Companhia de Jesus
apresentar uma decidida condenação ao tráfico negreiro praticado
pelo governo português;
e) Os jesuítas apoiavam as pretensões espanholas nas negociações
dos tratados de limites ocorridos no século XVIII.
41. (Uece 2015) Assinale a opção que apresenta corretamente ações
atribuídas ao Marquês de Pombal na Colônia Brasileira.
a) Extinção do sistema de capitanias hereditárias e transferência da
sede do governo colonial de Salvador para o Rio de Janeiro.
b) Criação das Companhias Comerciais do Grão Pará e do Maranhão,
e a organização da Universidade de Coimbra.
c) Extinção da Mesa de Inspeção dos Portos e da cobrança do quinto
na região das minas.
d) Expulsão dos Jesuítas do Brasil e incentivo à criação das indústrias
de manufaturas.
42. (Ufu 2015) A partir de 1750-60, a produção mineradora começou
a declinar. Tal mudança, articulada a outros elementos, determinou
uma revisão da política mercantilista durante a administração do
Marquês de Pombal, secretário de Estado de D. José I.
ALBUQUERQUE, Manuel Maurício de. Pequena História da Formação
Social
Brasileira.
2.ed.
Rio
de
Janeiro:
Graal,
1981,
p.100.
(Adaptado).
A crise econômica da segunda metade do século XVIII abriu caminho
para as reformas pombalinas, vistas como inevitáveis para a
recuperação econômica do reino de Portugal e que se caracterizavam,
entre outras medidas,
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a) pelo estreitamento das relações comerciais com a Inglaterra, país
que era visto como mercado seguro dos produtos primários das
colônias portuguesas.
b) pelo estreitamento das relações com a Igreja, com o aumento da
presença
dos
jesuítas,
vistos
como
agentes
importantes
da
modernização educacional.
c) pelo incentivo à produção manufatureira na colônia, com o objetivo
de diminuir a dependência econômica em relação aos produtos
primários.
d) pelo surgimento dos primeiros projetos de abolição de escravos,
com o objetivo de formar um mercado consumidor para as indústrias
da colônia.
43. (Uepa 2015)
Em 20 de março de 1570, foi promulgada em
Portugal uma lei proibindo o cativeiro dos índios no Brasil, com
exceção dos que fossem tomados em justa guerra. No século XVIII, o
Marquês de
Pombal, mais uma vez proibiu a escravidão indígena. Ao longo do
período colonial, foram decretadas várias leis neste sentido. Essa
sucessão de leis proibindo a escravidão indígena revela o (a):
a) interesse do Estado português, desde o início da colonização, em
utilizar a mão de obra africana.
b) desejo da Igreja Católica, em função das reformas religiosas, em
catequizar os índios.
c) vontade dos colonos, necessitados de mão de obra, em explorar a
mão de obra negra.
d) conflito de interesses, manifestado durante este período, entre os
sujeitos envolvidos no processo.
e) jogo político, representado pelo Estado metropolitano, favorável a
escravidão dos “negros da terra”.
44. (G1 - cftrj 2017) “Em 1750, D. José I sucede seu pai, D. João V,
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no trono de Portugal. (...) Com a mudança do monarca entra em
cena Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), que recebe o
título de Conde de Oeiras em 1759 e, dez anos mais tarde, o de
Marquês de Pombal. (...) O futuro Marquês de Pombal fez-se
embaixador em Londres e depois em Viena...”.
(ENDERS, Armelle, História do Rio de Janeiro, Editora Gryphus, p. 69)
Estão entre as reformas promovidas pelo Marquês de Pombal, exceto:
a) Fomento das capitanias do Grão-Pará e do Maranhão através da
introdução de escravos e exploração das chamadas “drogas do
sertão”.
b) Apoio às atividades dos jesuítas no interior da colônia através do
pacto régio que previa o pagamento de impostos sobre os lucros
obtidos pela ordem religiosa.
c) Transferência da capital da colônia portuguesa na América, de
Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763, como forma de fortalecer
militarmente o centro da colônia, por sua posição estratégica de
ligação do sul com o norte da colônia.
d) Retomada do controle dos mecanismos comerciais e fiscais do
mundo colonial com o fim das capitanias hereditárias e reformas nas
cobranças de impostos.
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Gabarito:
Resposta da questão 1:
[E]
Resposta da questão 2:
[C]
Resposta da questão 3:
[C]
Resposta da questão 4:
[E]
Resposta da questão 5:
[A]
Resposta da questão 6:
[C]
Resposta da questão 7:
[A]
Como o texto afirma no trecho “eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo
que me parecia acerca dos negócios da França, e isto por ver por
conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos
pontos mais aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao
estado”, as tentativas de invasão da França na América Portuguesa
constituíam fator de preocupação para o governo português.
Resposta da questão 8:
[C]
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A ocupação holandesa no Nordeste, ocorrida devido à União Ibérica e
à independência dos Países Baixos, durou cerca de duas décadas, nas
quais os holandeses assumiram o controle da produção açucareira na
Colônia.
Resposta da questão 9:
[D]
Somente a proposição [D] está correta. A questão remete a
Confederação dos Tamoios constituída entre nativos e os franceses
huguenotes que invadiram o Brasil (Rio de Janeiro) em meados do
século XVI contra os colonizadores portugueses no contexto da
França Antártica. Tal fato assemelha-se àquela adotada na África
desde o século XV, de promoção de guerras entre os nativos para
facilitar a aquisição de escravos.
Resposta da questão 10:
[C]
O texto ressalta algumas diferenças culturais básicas entre indígenas
e europeus: o hábito da criação de gado, o consumo de peixes,
animais selvagens, pães e vinhos e a feitura de farinha com raízes.
Resposta da questão 11:
[C]
Durante a União Ibérica, a Holanda, então colônia da Espanha,
proclamou sua independência. O rei espanhol, então, proibiu a excolônia de fazer comércio com qualquer possessão espanhola,
incluindo o Brasil. A Holanda, devido à participação que tinha no
comércio do açúcar brasileiro, invadiu a Capitania de Pernambuco.
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Resposta da questão 12:
[E]
Somente a proposição [E] está correta. A questão remete às invasões
europeias no Brasil durante a União Ibérica, 1580-1640. O Brasil foi
vítima de várias invasões de nações europeias ao longo do período
colonial, sobretudo no contexto da União Ibérica. Devido ao boicote
econômico realizado pela Espanha contra a Holanda, este país criou a
Companhia das Índias Ocidentais visando invadir o Brasil. Em 1624
ocorreu a fracassada invasão holandesa na Bahia, em 1630 a mesma
companhia invadiu Pernambuco montando um império holandês no
Nordeste do Brasil. Em 1612 ocorreu a invasão de franceses no
Maranhão denominada de França Equinocial. Esta expedição foi
comandada por Daniel de La Toche, fundando o forte de São Luís,
Jerônimo de Albuquerque liderou a expulsão dos franceses.
Resposta da questão 13:
[B]
A questão remete à Revolta de Beckman que ocorreu no Maranhão no
ano de 1684, liderada pelos irmãos Manuel e Tomás Beckman. O
Maranhão era uma região muito pobre tendo as “drogas do sertão”
como o produto mais importante. Havia também a pequena lavoura
com mão de obra indígena o que desagradava aos jesuítas. Os
conflitos entre colonos e padres jesuítas eram constantes. Para
resolver estes problemas, a coroa portuguesa criou, em 1682, a
Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão visando
incentivar a colonização da região. A Companhia vendia seus
produtos a preço mais elevados e oferecia muito pouco pelos
produtos dos colonos como algodão, açúcar e madeira. Assim, os
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irmãos Beckman ocuparam a cidade de São Luís expulsando os
representantes da Companhia e os padres jesuítas.
Resposta da questão 14:
[D]
Uma das principais características da administração de Nassau no
Nordeste brasileiro foi a concessão da liberdade religiosa entre a
população.
Resposta da questão 15:
[C]
O texto da historiadora Daniela Tonello Levy aponta para a relevância
da presença holandesa em Pernambuco, 1630-1654. João Maurício de
Nassau trouxe diversos intelectuais para morar no Brasil criando um
ambiente urbano e intelectual. Investiu nos engenhos, modernizou a
região e permitiu ampla liberdade religiosa o que era raro naquela
época de guerras religiosas como a Guerra dos Trintas anos na
Europa.
Resposta da questão 16:
[B]
Não existe, pelo menos não de maneira aparente, nenhum grande
contraste nas vegetações representadas nas quatro imagens. Logo,
podemos deduzir que ambos os tipos eram encontrados no cotidiano
dos holandeses.
Resposta da questão 17:
[D]
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A formação de quilombos foi uma das formas de resistência
encontrada pelos escravos no Brasil colonial. O Quilombo dos
Palmares foi o maior e mais duradouro dos quilombos, o que
representava uma ameaça aos poderes coloniais, uma vez que o
número de escravos fugitivos que lá viviam era alto. Derrotar
Palmares não foi fácil, já que os negros se aproveitaram da geografia
da Serra da Barriga para resistir.
Obs.: A data que hoje se comemora como símbolo da resistência e
valorização negra no Brasil é 20 de novembro, que remete ao dia do
falecimento de Zumbi dos Palmares, ocorrida em 1695. A data a qual
o texto se refere, da destruição de Palmares, é 18 de agosto de 1694
e não é comemorada hoje em dia.
Resposta da questão 18:
[C]
Somente a proposição [C] está correta. A questão remete a formação
territorial do Brasil durante o período colonial. A belíssima poesia de
Cassiano Ricardo faz referência a formação territorial do Brasil
associada aos metais preciosos e aos índios. Contribuíram para este
processo a mineração, a atuação dos bandeirantes paulistas, a
pecuária, as drogas do sertão e as missões portuguesas na
Amazônia. Assim, em 1750 foi assinado o Tratado de Madri que
anulou o Tratado de Tordesilhas dando ao Brasil praticamente o
tamanho atual, exceto o Acre que foi anexado em 1904.
Resposta da questão 19:
[E]
Somente a proposição [E] está correta. A questão remete a expulsão
dos jesuítas do Brasil e de Portugal durante o Período Pombalino,
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1750-1777. Os primeiros padres jesuítas chegaram ao Brasil em
1549 liderados por Manoel da Nóbrega tendo como objetivo a
catequese dos nativos. Ao longo do período colonial, os padres
geraram inúmeros problemas para a coroa portuguesa, como por
exemplo não aceitar a escravidão dos indígenas e, assim, gerar um
conflito entre padres e colonos. No final do século XVII e início do
século XVIII, ocorreram inúmeros conflitos no Sul devido a criação da
Colônia do Sacramento e dos Sete Povos das Missões. Os padres
jesuítas ficaram ao lado dos índios durante as “Guerras Guaraníticas”.
O déspota esclarecido de Portugal, Marquês de Pombal, expulsou os
padres do Brasil e de Portugal em 1759.
Resposta da questão 20:
[A]
A questão associa o Tratado de Madri de 1750 com a Guerra
Guaranítica. O Tratado de Madri, assinado pelos países ibéricos em
1750, anulou o Tratado de Tordesilhas, dando ao Brasil praticamente
o tamanho atual. Foi apoiado no princípio do “Utis Possidetis”, no qual
Portugal devolveu a Colônia do Sacramento (Uruguai) para a Espanha
e esta devolveu os Sete Povos da Missões (Rio Grande do Sul) para
Portugal. Os padres jesuítas espanhóis dos Sete Povos se opuseram à
decisão
do
Tratado.
Para
defender
seu
território
contra
os
portugueses, os jesuítas armaram os índios guaranis. Quando as
autoridades portuguesas tentaram ocupar a região, iniciou-se a
Guerra Guaranítica.
Resposta da questão 21:
[B]
O Tratado de Madrid, basicamente, surgiu para substituir o Tratado
de Tordesilhas, que, na prática, já não era respeitado desde o período
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da União Ibérica. De acordo com aquele tratado, Portugal e Espanha
admitiam a violação de Tordesilhas e a necessidade de estipular os
novos domínios territoriais, tanto na América quanto na Ásia. A base
do novo Tratado era o direito privado romano do uti possidetis, ita
possideatis (quem possui de fato, deve possuir de direito). Sendo
assim, as terras espanholas na América do Sul ocupadas por Portugal
passaram a ser, por direito, dos portugueses.
Resposta da questão 22:
[E]
O Tratado de Badajoz (1801) foi assinado por Portugal (de um lado) e
Espanha/França
(de
maneira
conjunta).
Tal
tratado
continha
determinações pesadas para Portugal, como a obrigação de fechar os
portos sob seu domínio para os navios ingleses. Após esse acordo, o
território brasileiro manteve inalterado até a anexação do Acre, no
Segundo Reinado.
Resposta da questão 23:
[D]
Somente a proposição [D] está correta. O Tratado de Madri de 1750
foi assinado entre os países Ibéricos. Este importante tratado anulou
o Tratado de Tordesilhas de 1494 e deu ao Brasil praticamente o
tamanho atual (exceto o Acre que o Brasil comprou da Bolívia em
1904). Através do princípio do “Uti Possidetis” Portugal entregou a
“Colônia do Sacramento” para a Espanha e esta devolveu os “Sete
Povos das Missões” para Portugal. Dentro de um contexto Iluminista,
os padres jesuítas foram expulsos do Brasil em 1759 pelo ministro
Marquês de Pombal (era ministro do rei de Portugal José I). As
demais alternativas estão incorretas.
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Resposta da questão 24:
[B]
A Guerra Guaranítica – assim chamada devido a etnia dos indígenas
nela envolvidos – foi caracterizada pelo confronto entre os exércitos
de Portugal e Espanha e os índios guaranis que ocupavam a região
dos chamados Sete Povos das Missões (atual Rio Grande do Sul).
Após acordo envolvendo Portugal e Espanha pelo domínio das terras
ao sul da Colônia portuguesa, os indígenas e os missionários
deveriam sair das Missões Jesuítas rio-grandenses (pertencentes a
Portugal) e dirigir-se para o território do atual Uruguai (pertencente à
Espanha). Como se recusaram a isso houve confronto armado,
vencido pelos exércitos de Portugal e Espanha.
Resposta da questão 25:
[E]
Resposta da questão 26:
[A]
O estilo barroco no Brasil é considerado como um “barroco tardio”,
pois se desenvolveu apenas no século XVIII (ao contrário do
movimento na Europa do século XVI). Uma de suas características é
a expressão da religiosidade, parte dela demonstrada a partir da
escultura ou da pintura de santos e de cenas religiosas tradicionais
que, na Europa, tiveram como um de seus objetivos reforçar o
catolicismo em oposição à reforma religiosa protestante.
Resposta da questão 27:
[D]
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O ciclo da mineração expandiu a Colônia em direção ao interior e
aumentou consideravelmente o número de habitantes das Minas
Gerais, o que propiciou um desenvolvimento econômico, social e
cultural nessa região. A difusão do Barroco é característica desse
desenvolvimento.
Resposta da questão 28:
[E]
A questão remete ao Brasil no período colonial. Neste contexto
ocorreu o “Plantation”, isto é, prevaleceu o trabalho escravo, o
latifúndio, a monocultura e a economia visava o mercado externo.
Apesar deste modelo de colonização, outras atividades econômicas
foram importantes como forma de reprodução da estrutura social. A
agricultura tinha sua função nesta engrenagem colonial no sentido de
alimentar a mão de obra. A pecuária, por sua vez, foi fundamental. O
gado representava o alimento, o transporte, o couro, etc.
Resposta da questão 29:
[A]
A intensificação das bandeiras ocorreu no período anterior ao Ciclo do
Ouro. Além disso, a principal mão de obra utilizada na exploração do
ouro foi a de escravos negros.
Resposta da questão 30:
[C]
Como destaca Sérgio Buarque de Holanda, a extração de ouro não
ocupava nem 1/3 da população que vivia nas minas. Segundo o
autor, a maior parte da população colonial exercia as mais variadas
funções – como mercadores, médicos, clérigos e escravos – e essa
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população exigia uma infraestrutura que a Colônia teve que suprir –
baseada na urbanização e no abastecimento alimentício na região das
minas.
Resposta da questão 31:
[A]
Considerado um dos maiores artistas do “barroco mineiro”, nasceu
provavelmente em 1730 e faleceu com certeza em 1814; portanto,
desenvolveu suas obras no decorrer do século XVIII, a época da
mineração
no
Brasil.
Grande
parte
de
suas
habilidades
se
desenvolveram nas oficinas de mestres carpinteiros de Vila Rica e
suas principais obras se encontram em Congonhas do Campo (MG).
Resposta da questão 32:
[A]
Na época colonial, ocorreram as seguintes revoltas nativistas:
[1]
Guerra
dos
Mascates:
travada
em
Pernambuco
pelos
comerciantes portugueses de Recife e os senhores de engenho
nativos de Olinda, pelo domínio do comércio na Capitania;
[2] Revolta dos Beckman: ocorrida no Maranhão devido à proibição,
por parte dos Jesuítas, da escravidão indígena;
[3] Revolta de Vila Rica: ocorrida em Vila Rica, tinha como líder
Felipe dos Santos e como exigência o fim da cobrança do quinto;
[4] Guerra dos Emboabas: conflito que opôs mineiros e paulistas
(emboabas) pelo controle das minas descobertas na Colônia.
Resposta da questão 33:
[C]
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A questão faz referência ao Tropeirismo e ao caminho de Viamão.
Quando se descobriu ouro na região das Minas Gerais no final do
século XVII, em 1696 na cidade de Mariana, a economia brasileira foi
se deslocando do Nordeste para o Centro da colônia. Esboçou-se um
mercado interno que contribuiu para integrar as regiões brasileiras.
Surgiram diversos caminhos importantes para levar pessoas e
mercadorias para as Minas Gerais, entre eles, o caminho de Viamão
que ligava o Rio Grande do Sul até Sorocaba em São Paulo. Era o
caminho das tropas, o Tropeirismo, no qual cavalos, bois e mulas
transportavam mercadorias.
Resposta da questão 34:
[A]
O ciclo do ouro no Brasil Colonial promoveu uma grande retirada de
riquezas por parte de Portugal, o que dinamizou a economia
portuguesa.
Resposta da questão 35:
[D]
Todos os itens estão corretos.
Resposta da questão 36:
[A]
Somente a alternativa [A] está correta. A questão aponta para a
revolta de Filipe dos Santos ou a Primeira Revolta de Vila Rica, em
1720, nas Minas Gerais. A colônia pagava o quinto para a metrópole
conforme rezava o “Foral” que estabeleceu os direitos e deveres dos
donatários no contexto da criação das Capitanias Hereditárias. No
século XVIII, com a mineração, visto que o ouro em pó era fácil de
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ser sonegado, a Coroa criou a Casa de Fundição com a proposta de
fundir o ouro e retirar o quinto, evitando o contrabando. Isto irritou
muitas pessoas nas Minas Gerais e foi a causa principal da Revolta de
Filipe dos Santos em 1720. O desfecho foi a morte do líder e a
manutenção da casa de fundição.
Resposta da questão 37:
[D]
A questão aponta para a crise do sistema colonial e para as revoltas
libertárias que visavam à independência do Brasil em relação a
Portugal. A guerra dos Mascates aconteceu em Pernambuco, no início
do século XVII, entre Olinda, que tinha poder político, mas estava em
decadência, e Recife, que estava em ascensão e possuía poder
econômico.
A
inconfidência
movimento
libertário
Mineira,
inspirado
de
em
1789,
ideias
foi
o
primeiro
Iluministas
e
na
independência dos EUA, e possuía um caráter elitista. A Revolta dos
Alfaiates ou Conjuração Baiana, de 1798, foi inspirada na Revolução
Francesa
e
possuía
um
viés
mais
popular.
A
Revolução
Pernambucana, de 1817, foi a única que saiu do plano teórico e
atingiu a tomada do poder em Pernambuco. Vale dizer que a Guerra
dos
Mascates
está
inserida
nas
chamadas
revoltas
coloniais
nativistas, enquanto as demais revoltas compõem as revoltas
coloniais libertárias ou emancipacionistas.
Resposta da questão 38:
[A]
As três revoltas ou insurreições ocorridas durante o Período Colonial
(1530-1822) foram: a Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração
dos
Alfaiates
ou
Conjuração
Baiana
(1797)
e
a
Revolução
Pernambucana (1817).
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Resposta da questão 39:
[D]
O personagem retratado na charge é Tiradentes, um dos líderes da
Inconfidência ou Conjuração Mineira, movimento colonial com vistas
ao separatismo entre Brasil e Portugal deflagrado devido à alta
cobrança de impostos do ouro.
Resposta da questão 40:
[A]
Somente a proposição [A] está correta. A questão remete a expulsão
dos jesuítas do Brasil e de Portugal. Desde a chegada ao Brasil em
1549, os padres jesuítas liderados por Manoel da Nóbrega se
preocuparam com a catequese dos nativos e proibiram a escravidão
do índio. Assim, ocorreu um conflito entre os colonos e os jesuítas
devido à questão da escravidão indígena. Ao longo da colonização
Portuguesa no Brasil, os padres jesuítas foram se constituindo em um
Estado dentro do Estado, incomodando a coroa portuguesa. Nas
Guerras Guaraníticas ocorridas em meados do século XVIII, os
jesuítas se posicionaram a favor dos nativos. Desta forma, o Ministro
Marquês de Pombal em 1759 expulsou os padres jesuítas do Brasil e
de Portugal. Pombal foi ministro do rei José I, foi considerado um
“Déspota Esclarecido”, pois utilizou algumas ideias Iluministas para
reforçar o Absolutismo.
Resposta da questão 41:
[A]
O
Marquês
de
Pombal,
grande
representante
do
Despotismo
Esclarecido em Portugal, promoveu no Brasil uma série de mudanças,
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dentre as quais a extinção das Capitanias Hereditárias e a mudança
da capital colonial para a cidade do Rio de Janeiro.
Resposta da questão 42:
[C]
Para combater a crise do século XVIII, o Marquês de Pombal
(representante do Despotismo Esclarecido em Portugal), buscou
incentivar o desenvolvimento econômico da Colônia portuguesa na
América, numa tentativa clara de diminuir a dependência comercial
da Colônia (e de Portugal) com relação a outras Monarquias
Europeias (em especial com relação a Inglaterra). Nesse sentido, o
incentivo à manufatura na Colônia foi constante.
Resposta da questão 43:
[D]
Somente a proposição [D] está correta. A questão remete a
escravidão indígenas na América durante a colonização. Os padres
jesuítas vieram para a América para catequizar os nativos e não
permitiam a escravidão dos mesmos. Neste sentido, colonos e padres
jesuítas entraram em conflitos ao longo do contexto colonial. Os
padres incomodaram os colonos e a coroa portuguesa que os
considerava poderosos dentro do Brasil. Assim, em 1759, o marques
de Pombal, ministro do rei José I, expulsou os jesuítas do Brasil e de
Portugal.
Resposta da questão 44:
[B]
A questão aborda o “Período Pombalino”, 1750-1777, durante o
reinado de José I. O ministro Pombal foi considerado um “Déspota
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Esclarecido”, isto é, utilizou-se de ideias iluministas para modernizar
o Estado português e reforçar o absolutismo.
Diante de uma grave crise econômica o ministro Pombal tomou
inúmeras medidas importantes que somadas são chamadas de
“reformas pombalinas”. Entre elas podemos citar: a transferência da
capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro devido à crise
econômica açucareira no nordeste e o auge da mineração no centro
da colônia; a criação de impostos para gerar mais recursos para a
metrópole sendo o mais relevante a derrama; o conflito com a ordem
religiosa jesuítica culminando na expulsão dos jesuítas do Brasil e de
Portugal
em
1759;
No
Brasil,
ele
fundou
duas
importantes
companhias: em sete de junho de 1755, antes de Lisboa ser arrasada
por um terremoto, o marquês de Pombal decretava oficialmente a
fundação
da Companhia
Geral
do
Comércio
do
Grão-Pará
e
Maranhão. E em 1759 ele criara também a Companhia Geral do
Comércio de Pernambuco e Paraíba; além de outras medidas
importantes.
Desta forma, realmente no Período Pombalino ocorreu a retomada do
controle dos mecanismos comerciais e fiscais do mundo colonial com
o fim das capitanias hereditárias (em 1759) e reformas nas cobranças
de impostos. Pombal não apoiou as atividades dos jesuítas dentro da
colônia e acabou expulsando estes padres em 1759. Portanto,
somente a alternativa [B] está correta.
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10. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Muito bem querido(a) estudante. Se chegou até aqui é um bom
sinal: o de que tentou praticar todos os exercícios. Não se esqueça da
importância de ler a teoria completa e sempre consultá-la. Não
esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para
alcança-los. Sonhe alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca
mais se contentará em rastejar”. Te encontro na nossa próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.
Até logo...
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