Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Departamento de Produção Vegetal – LPV Disciplina: LPV 0672 – Biologia e Manejo de Plantas Daninhas Controle de plantas daninhas em pastagens Alan Claudino Luis Felipe Martin Mathaus Antonio Mandro Piracicaba 2016 Índice 1. Introdução .................................................................................................................................. 3 2. Revisão Bibliográfica................................................................................................................ 4 2.1. Principais plantas daninhas relacionadas à pastagem ........................................................ 4 2.2. Problemas causados por plantas daninhas em pastagens ................................................... 5 2.2.1. Competição por espaço ............................................................................................................. 6 2.2.2. Competição por luz .................................................................................................................... 6 2.2.3. Competição por água e nutrientes........................................................................................... 6 2.2.4. Queda real da capacidade de suporte por área ..................................................................... 7 2.2.5. Aumento do tempo para a formação das pastagens ............................................................. 7 2.2.6. Ambiente propício ao desenvolvimento de parasitas externos ........................................... 7 2.2.7. Ferimento nos animais .............................................................................................................. 8 2.2.8. Envenenamento por plantas tóxicas ....................................................................................... 8 2.2.9. Riscos de erosão.......................................................................................................................... 9 2.2.10. Comprometimento da estética da fazenda ............................................................................. 9 2.3. Métodos de controle de plantas daninhas ............................................................................. 9 2.3.1. Medidas preventivas .................................................................................................................. 9 2.3.2. Controle cultural ........................................................................................................................ 9 2.3.3. Controle mecânico ................................................................................................................... 10 2.3.4. Fogo ............................................................................................................................................ 10 2.3.5. Controle biológico .................................................................................................................... 11 2.3.6. Controle químico...................................................................................................................... 11 2.4. Herbicidas em pastagem ......................................................................................................... 12 2.4.1 Herbicidas registrados para uso em pastagens no Brasil .................................................. 12 2.4.2 Uso de herbicida na pastagem ............................................................................................... 12 2.4.3. Métodos de aplicação................................................................................................................ 13 2.4.5. Resistências das plantas aos herbicidas................................................................................ 14 2.4.6. Fatores que predispõem ao desenvolvimento de plantas resistentes ............................... 14 2.4.7. Como evitar o aparecimento de plantas resistentes ........................................................... 15 2.4 Considerações finais ................................................................................................................ 16 2.5 Referências Bibliográficas...................................................................................................17 3 1. Introdução A pecuária brasileira ocupa hoje uma área de 220 milhões de hectares, contemplando um rebanho de aproximadamente 195 milhões de animais, distribuída por mais de dois milhões de proprietários (DUTRA, 2005). Segundo Nogueira, no Brasil, a pecuária extensiva é responsável por cerca de 93% do rebanho bovino, tendo nas pastagens sua principal fonte alimentar. Esse tipo de sistema de produção de carne apresenta um dos menores custos do mundo, estimado em 60% e 50% dos custos da Austrália e Estados Unidos, respectivamente. A produção de carne e leite é baseada quase que exclusivamente em pastagens de gramíneas e leguminosas forrageiras. Devido à importância da pecuária para a economia brasileira, o cultivo de plantas forrageiras assume o papel relevante para a cadeia produtiva de carne e leite. O Brasil possui grandes áreas de pastagens em localizações adequadas que faz uma atividade pecuária muito competitiva. Portanto, o nosso país tem condições de atendimento a grande demanda mundial por alimento produzido de uma forma natural com respeito ao meio ambiente. Todavia, um dos maiores problemas dos sistemas de produção de bovinos no Brasil Central é a degradação das pastagens. Estima-se que 80% dos quase 60 milhões de hectares de áreas de pastagens na região dos Cerrados apresentam algum estágio de degradação (Macedo et al., 2000). Embora poucos trabalhos na literatura mostrem os efeitos da competição das plantas daninhas com as pastagens, é bem conhecido que as pastagens mais produtivas são aquelas que, dentro outros fatores apresentam baixo nível de infestação de plantas daninhas (Victoria Filho, 1986). As pastagens naturais ou cultivadas são constituídas principalmente de gramíneas. As principais gramíneas utilizadas são: Panicum maximum Jacq. Cv. Colonião, Tanzânia e Mombaça, Brachiaria brizantha Cv. Marandu, Xaraes, Brachiaria decumbens Stapf (capimbraquiaria), Brachiaria humudicola (capim-humidicola), Brachiaria ruziziensis (capimbraquiaria), Cynodon dactylon (L.) Pers (grama-seda), Cynodon rizomatosa (capim-tifton), Andropogon gayanus (Andropogon) além de outras. No Brasil existem diversos levantamentos realizados sobre as plantas daninhas com pastagens. Assim, Dantas & Rodrigues (1980) realizaram um levantamento em pastagens cultivadas na Amazônia, apresentando uma lista de 266 espécies pertencentes a 54 famílias e 168 gêneros. Gonçalves et al (1974) apresentam uma relação de 144 espécies invasoras de pastagens do Estado do Pará, indicando as mais freqüentes nas áreas levantadas. 3 2. Revisão Bibliográfica 2.1 Principais plantas daninhas relacionadas à pastagem As plantas daninhas surgiram de um processo dinâmico de evolução ao adaptarem-se às perturbações ambientais provocadas pela natureza ou pelo homem por meio da agricultura (Silva et al. 1994). Sua perpetuação, como infestante em áreas agropecuárias, está condicionada a um compromisso entre a plasticidade de cada indivíduo e aqueles processos que, em longo prazo, outorgam-lhe flexibilidade adaptativa diante das eventuais modificações do ambiente e aquelas que ocorrem em condições naturais em todo o sistema, através do tempo (Fernandez, 1979). Pitelli (1989) distingue dois tipos básicos de invasoras que se instalam em pastagens: a) em pastagem bem formada, com forrageiras de alto poder de ocupação de solo e com manejo adequado de animais, na qual as oportunidades de infestação de espécies ruderais extremas são reduzidas. As espécies que predominam são tipicamente arbustos e árvores de pequeno porte, não apresentando grande alocação de recursos em estruturas reprodutivas e, portanto, suas populações crescem de maneira relativamente lenta,exigindo controle pouco freqüente e menos rigoroso; b) em pastagens mal formadas ou manejadas inadequadamente - como acontece com grande parte das pastagens estabelecidas na Região Amazônica - em que não há ocupação efetiva da superfície do solo, são submetidas à superlotação de animais, a competitividade da forrageira é reduzida e os distúrbios muito maiores. Com isso, predominam as espécies com características mais eletivas na reprodução, apresentando ciclo curto e com mais rápido crescimento populacional, levando à rápida degradação da pastagem Tais plantas concorrem com as forrageiras em termos de luz, água, nutrientes e espaço físico, arranham os animais, desvalorizando o couro, e são responsáveis também, quando tóxicas, pela mortalidade de alguns animais (Carvalho & Pitelli, 1992). Muzik (1970) salienta que as plantas invasoras causam mais perdas e danos à agricultura do que as pragas e doenças das plantas cultivadas, e se constituem na maior barreira para o desenvolvimento econômico de muitas regiões do mundo. Um grande numero de plantas daninhas, incluindo arvores, ou arbustos, dicotiledôneas herbáceas, gramíneas e ciperáceas, infesta as pastagens. As arvores e os arbustos em geral são perenes, enquanto os demais apresentam ciclo de vida anuais ou perenes. Qualquer planta invasora numa pastagem causa problemas e prejuízos, devido à competição por espaço, luz e nutrientes dessas plantas com as forrageiras; portanto precisam ser combatidas. Embora as plantas herbáceas sejam mais comuns numa pastagem, os arbustos e subarbustos se constituem no principal problema. (Embrapa, 2006). Entre todas as plantas daninhas relacionada a pastagens, há algumas de maior importância, presentes na tabela 1. 4 Tabela 1: Principais plantas daninhas em pastagem (Tokarnia et al, 2000). 2.2 Problemas causados por plantas daninhas em pastagens Os fatores analisados anteriormente mostram porque as plantas daninhas são mais competitivas que as pastagens. Vamos analisar agora, os principais problemas causados pelas plantas daninhas: a competição direta por espaço, luz, água e nutrientes, além de outros problemas indiretos que também justificam o seu controle. 5 2.2.1 Competição por espaço Segundo VELINI (1987), a competição por espaço é de difícil quantificação e compreensão, podendo-se, contudo, admiti-la quando uma determinada planta é forçada a assumir uma arquitetura que não lhe é característica. Não se encontrou nenhuma referência na literatura sobre a importância da competição por espaço. No entanto, este é o tipo de competição mais percebido pelo pecuarista, pois onde está presente uma planta daninha, a gramínea forrageira não poderá tomar o seu lugar, causando uma diminuição no número de plantas desejáveis na pastagem. Neste aspecto a planta daninha também é muito favorecida pelo pastejo seletivo. 2.2.2 Competição por luz A atividade fotossintética das plantas geralmente é bastante reduzida devido ao seu sombreamento. Assim, a habilidade de uma espécie em competir pela luz normalmente está bastante correlacionada com a sua capacidade de situar suas folhas acima das folhas de outras espécies; por conseqüência, normalmente ocorre uma correlação direta entre a habilidade de uma espécie competir por luz e o seu porte (VELINI, 1987). Assim fica fácil perceber que as plantas daninhas de folhas largas apresentarão maior facilidade em competir com a pastagem devido à sua arquitetura particular. 2.2.3 Competição por água e nutrientes A competição por água e nutrientes depende da espécie infestante, porém, aquelas com raízes superficiais muito desenvolvidas competem com maior agressividade com a gramínea forrageira, que apresenta sistema radicular fasciculado (VICTÓRIA FILHO, 1986). A competição será maior principalmente em situações em que a disponibilidade de água é limitada. Neste caso, as plantas daninhas de folhas largas infestantes de pastagens levariam vantagem sobre o pasto devido a sua maior capacidade de remoção de água do solo (sistema radicular mais desenvolvido). A baixa fertilidade natural da maioria dos solos ocupados por pastagens, aliada à não utilização de práticas de adubação para a reposição de nutrientes, faz com que a competição por nutrientes se torne uma das mais importantes 6 2.2.4 Queda real da capacidade de suporte por área A competição pelos fatores citados anteriormente provocam uma diminuição da produção de massa verde nas pastagens (quantidade de forragem disponível), consequentemente a quantidade de animais por área deverá ser menor para não acelerar a degradação das pastagens. 2.2.5 Aumento do tempo para a formação das pastagens A competição com as plantas daninhas provoca um atraso no estabelecimento das gramíneas forrageiras, atrasando o desenvolvimento da parte aérea, do sistema radicular e reduzindo o perfilhamento. Estudo realizado por Rosa et al. (2001) mostra que o uso de herbicida para controle de plantas daninhas em reforma de pastagem proporciona um maior número de perfilhos da gramínea forrageira quando comparado a uma reforma de pastagem onde as plantas daninhas não foram controladas e competiram com o capim. Isso explica a demora de até um ano para a plena utilização da capacidade de suporte da pastagem. Diversas espécies de plantas daninhas apresentam espinhos e a sua presença nas pastagens, além de não permitir que o gado se alimente do capim nas suas proximidades, ainda causam ferimentos nos animais, principalmente nas tetas das vacas. Como exemplos destas plantas poderiam citar algumas do gênero Solanum (joá e jurubeba), a Malícia ou Dormideira (Mimosa pudica) e o Arranha-Gato (Acacia plumosa). Trabalho realizado por Yabuta F.H. et al. ( 2003 ) demostrou haver redução da disponibilidade de capim para plantas invasoras sem espinhos, mas concluiu que a indisponibilidade de capim é muito maior em pastagens infestadas com plantas invasoras que apresentam espinhos, podendo afetar uma área de até 2 meros de raio a partir do caule principal da invasora. 2.2.6 Ambiente propício ao desenvolvimento de parasitas externos A planta daninha constitui importantes hospedeiros alternativos de pragas, moléstias, nematóides, ácaros, plantas parasitas e outros inimigos naturais das plantas forrageiras. Com isso, permitem as presenças de populações relativamente densas de inimigos naturais das forrageiras, mesmo em épocas em que as pastagens são destruídas pelo fogo, por estiagem ou por pastejo excessivo (PITELLI, 1989). 7 2.2.7 Ferimento nos animais Diversas espécies de plantas daninhas apresentam espinhos e a sua presença nas pastagens, além de não permitir que o gado se alimente do capim nas suas proximidades, ainda causam ferimentos nos animais, principalmente nas tetas das vacas. Como exemplo destas plantas poderia citar algumas do gênero Solanum (joá e jurubeba), a Malícia ou Dormideira (Mimosa pudica) e o Arranha-Gato (Acacia plumosa). Trabalho realizado por Yabuta F.H. et al. ( 2003) demostrou haver redução da disponibilidade de capim para plantas invasoras sem espinhos, mas concluiu que a indisponibilidade de capim é muito maior em pastagens infestadas com plantas invasoras que apresentam espinhos, podendo afetar uma área de até 2 meros de raio a partir do caule principal da invasora 2.2.8 Envenenamento por plantas tóxicas Algumas plantas daninhas são extremamente tóxicas e a sua presença nas pastagens traz muitos problemas para os pecuaristas devido à perda de animais intoxicados. São exemplos destas plantas a Palicourea marcgravii (erva-de-rato), a Pteridium aquilinum (samambaia) e a Baccharis coridifolia (mio-mio) que podem levar a morte um animal que ingira 700 mg de material vegetativo por quilo de peso vivo (no caso da erva-de-rato) e 1000 mg (no caso do mio-mio) (LORENZI, 1991). Nos EUA por exemplo, a importância dada a este problema é tanta, que existe um programa para o controle de espécies tóxicas em pastagens no qual o governo subsidia uma parte do custo do herbicida utilizado pelos pecuaristas. No Brasil ainda não foi percebida a real dimensão do problema das plantas tóxicas. Dobereiner et al (2000) publicaram algumas informações sobre os prejuízos causados por plantas tóxicas ao rebanho do Estado do Rio Grande do Sul extrapolando os dados para o Brasil, mostrando que estamos sujeitos a grandes perdas devido a esse problema. propriedade, uma vez que são mais produtivas que pastagem degradadas infestadas por plantas invasoras, além de apresentar maior liquidez de venda no mercado . 8 2.2.9 Riscos de erosão A competição das plantas daninhas com as pastagens, aliado ao super-pastejo, reduz a cobertura do solo, expondo-o à erosão, o que degrada a sua fertilidade e a sua capacidade potencial de produção de forrageiras, além dos problemas ambientais decorrentes da erosão. 2.2.10 Comprometimento da estética da fazenda Obviamente as preocupações com a estética da fazenda são bem menores do que a preocupação com os danos econômicos causados pelas plantas daninhas. Entretanto, pastagens limpas ajudam a valorizar a propriedade, uma vez que são mais produtivas que pastagem degradadas infestadas por plantas invasoras, além de apresentar maior liquidez de venda no mercado. 2.3 Métodos de controle de plantas daninhas O manejo das plantas daninhas é a combinação de uma forma racional de medidas preventivas com medidas de controle e erradicação 2.3.1 Medidas preventivas Consiste na adoção de medidas que impeçam ou minimizem a introdução e disseminação de plantas daninhas na área. Como exemplo o uso de sementes de qualidade é muito importante no estabelecimento da espécie forrageira e introdução de novas espécies na área. É importante consultar a legislação vigente sobre as sementes nocivas proibidas e toleradas em gramíneas e leguminosas forrageiras. importante consultar a legislação vigente sobre as sementes nocivas proibidas e toleradas em gramíneas e leguminosas forrageiras. 2.3.2 Controle cultural Seria a utilização de qualquer prática que viesse a auxiliar a espécie forrageira na ocupação do solo disponível, proporcionando-lhe maior habilidade competitiva com as plantas daninhas. Os principais exemplos de métodos culturais são os seguintes: a) uso de semente de qualidade, livre de plantas daninhas b) manejo adequado do pasto deixando a reserva fisiológica adequada c) as espécies forrageiras devem estar adaptadas as condições de clima e solo do local. 9 d) o uso do consórcio de gramíneas e leguminosas permite uma ocupação mais rápida da superfície do solo diminuindo a infestação das plantas daninhas. e) uso adequado da adubação, permitindo melhor desenvolvimento das espécies forrageiras. f) manutenção do gado no curral por 48 horas, quando ele vem de uma área altamente infestada de plantas daninhas que ainda não estão presentes na área onde serão lotados. g) calagem do solo em alguns casos pode diminuir a infestação de algumas plantas daninhas. Todavia, Carvalho & Xavier (2000) utilizando doses crescentes de calcáreo dolomítico para reduzir a infestação do sapé (Imperata brasiliensis) não obtiveram resultados satisfatórios. O controle cultural tem uma importância fundamental na manutenção da pastagem, evitando os danos provocados pelas plantas invasoras. 2.3.3 Controle mecânico O controle mecânico é realizado com a utilização dos seguintes equipamentos: foice, roçadeira, correntão, rolo-faca, trilho. O uso de cada tipo de equipamento depende do tipo de vegetação, do porte e da densidade de infestação. As plantas arbustivas infestam as pastagens de um modo geral são perenes e tem a capacidade de regenerar a parte aérea quando cortadas. A utilização da foice é ainda muito comum, todavia, por necessitar muita mão-de-obra e ocorrer a reinfestação rapidamente, muitos fazendeiros estão avaliando os custos. O investimento inicial não é alto, todavia, deve ser comparado com outras alternativas. Victoria Filho, et al (1986) em trabalho conduzido em pastagens de capim-colonião (Panicum maximum Jacq) na região Amazônica, comparando o efeito dos métodos químicos e manual de controle das plantas daninhas, verificaram que a reinfestação pode afetar o desenvolvimento da pastagem, e conseqüentemente a capacidade de suporte. 2.3.4 Fogo O fogo é ainda uma prática bastante utilizada em pastagens no Brasil. Para que haja um controle adequado dos arbustos, há necessidade de uma boa massa de capim para desenvolver temperaturas elevadas, que possam eliminar os arbustos mais desenvolvidos. Todavia, muitos dos arbustos nativos de porte mais alto sobrevivem, pois são tolerantes. O fogo é um meio barato e fácil de eliminar arbustos de pastagens, todavia, o seu uso não é recomendado, considerando os aspectos ecológico e agronômico. A queima traz implicações ambientais, poluindo a atmosfera, sendo recomendado o uso controlado em todas as áreas agrícolas do mundo. Sob o aspecto agronômico, o uso do fogo em pastagens diminui o teor de matéria orgânica no solo, provoca a perda de nutrientes como nitrogênio, fósforo e enxofre que seriam incorporados ao solo, e também provoca a redução do pH do solo. O uso do fogo em pastagem no Brasil e suas limitações são relatadas por alguns autores como Evangelista (1996) e Macedo (1995) 10 2.3.5 Controle biológico O método de controle biológico consiste na utilização de inimigos naturais como insetos, fungos, bactérias, ácaros, vírus, peixes, aves e mamíferos no controle de plantas daninhas. O controle do figo-da-índia ou cactus (Opuntia inermis e Opuntia stricta) em pastagens da Austrália com a lagarta Cactoblastis cactorum Berg. é um dos exemplos de sucesso mais citado na literatura. Essa planta daninha chegou a atingir grandes áreas das pastagens da Austrália. Em 1925 foi introduzido esse inseto que, em 5 anos, quase fez desaparecer essa cactácea. Outros exemplos de controle de plantas daninhas de pastagem tem ocorrido com o uso do controle biológico inundativo, com a utilização de microorganismos de uma forma maciça sobre a população da planta daninha para criar um rápido e elevado nível da doença (Charudattan & Pitelli, 1993). Assim, para a Senna obtusifolia (fedegoso) tem sido pesquisado o fungo Alternaria cassiae com a marca comercial CASST TM . Também para a Malva pusilla tem sido pesquisado o fungo Colletotrichum gloeosporoides f. sp. Malvae, com a marca BIOMAL TM . Swarbrick e Kent (1982) já citavam que o método de controle biológico tende a ser um método extremamente útil no manejo de plantas daninhas em pastagens em condições tropicais. Almeida (1972) cita a utilização de cabras em diversos países, pois este animal inclui, na sua dieta, folhagem e mesmo rebentos de plantas arbustivas. Além da folhagem a cabra utiliza a casca de algumas espécies, e a ação contínua pode provocar o anelamento do caule e a conseqüente morte do arbusto. 2.3.6 Controle químico O controle químico é realizado com a utilização de produtos químicos denominados herbicidas, que provocam a morte ou impedem o desenvolvimento dos arbustos. Esses produtos devem controlar os arbustos e serem seletivos às gramíneas forrageiras. Essa seletividade é devido a aspectos morfológicos das plantas como também a habilidade da gramínea forrageira em degradar metabolicamente parte do herbicida que é absorvido (seletividade bioquímica). Os herbicidas utilizados em pastagens, de modo geral, são sistêmicos, ou seja, após a absorção necessitam ser translocados até o local de ação na planta daninha. 11 2.4 Herbicidas em pastagem 2.4.1 Herbicidas registrados para uso em pastagens no Brasil Atualmente, existem mais opções no mercado, com o aparecimento de novos produtos e de outros que estão em fase de registro. Os mais recomendáveis são: 2,4-D na forma amina, associação 2,4-D + Picloram, Fluoxipi-MHE, Glyphosate, Paraquat, Tebuthiuron, Triclopyr e Dicamba (em fase de registro) (Mascarenhas et al. 1999). 2.4.2 Uso de herbicida na pastagem Segundo Oliveira & Wendling, o controle químico é método rápido e necessita menor quantidade de mão-de-obra. A utilização de herbicidas, ao acabar com a competição causada pelas plantas daninhas, ajuda no aumento da produção de massa verde na pastagem, conseqüentemente aumento da capacidade de suporte. Após a limpeza das pastagens é fundamental que se utilize boas práticas de manejo (adequada lotação, repasse para controle de rebrota) para evitar a sua reinfestação e mantê-la produtiva por um longo tempo. Ao se optar pelo controle químico, deve-se definir o herbicida e o método de aplicação mais eficiente, econômico e seguro para cada caso. Para isto recomenda-se levar em consideração os seguintes fatores: a) Verificar as condições da pastagem: antes de se recomendar a utilização de herbicidas numa pastagem, é fundamental verificar se há um número suficiente de plantas forrageiras para tomar o lugar das plantas daninhas que serão controladas. Quando a pastagem está em adiantado estado de degradação, pode ser mais vantajosa a reforma do pasto. b) Identificar a planta daninha: primeiramente antes de definir um programa de controle de plantas daninhas em pastagens sugere-se a identificação das espécies infestantes. Com isso, poderemos conhecer suas características morfológicas, anatômicas, ecológicas, capacidade competitiva, susceptibilidade aos herbicidas, etc. c) Tipo de folhagem: folhas do tipo coriáceo dificultam a penetração do herbicida nas aplicações dirigidas à folhagem. Deve-se escolher o herbicida e o aditivo (espalhante adesivo) apropriados para facilitar a absorção. Assim, deve-se escolher um tipo de aplicação no qual este fator não determine o resultado da aplicação (aplicações no toco, por exemplo). 12 d) Estádio de desenvolvimento: o estádio de desenvolvimento da planta daninha interfere diretamente na eficiência das aplicações foliares de herbicidas sistêmicos. Esste tipo de aplicação deve ser utilizado quando as plantas daninhas estão em pleno desenvolvimento vegetativo, pois a planta apresentará boa área foliar para a absorção do herbicida e haverá uma melhor translocação, o que ocorre durante o período chuvoso. Durante o florescimento e frutificação das plantas daninhas, a translocação até as raízes é bastante reduzida, sendo direcionada para as estruturas de reprodução (flores e frutos). Como o herbicida deve também atuar a nível radicular, aplicações foliares durante este estádio podem não obter o sucesso desejado. e) Densidade de infestação: é importante para a escolha do tipo de aplicação e do equipamento. No caso de aplicações foliares, quando a porcentagem de infestação é elevada, recomenda-se utilizar equipamentos tratorizados, desde que a topografia da área o permita. 2.4.3 Métodos de aplicação Os métodos de aplicação dos herbicidas podem ser: aplicação foliar, aplicação no toco, aplicação no tronco (basal), aplicação no solo. Aplicação foliar: a calda do herbicida é aplicada nas folhas das plantas daninhas e da pastagem. Dependendo do tipo e do porte das plantas daninhas, tamanho da área ocupada pelas plantas daninhas, a aplicação poderá ser realizada em área total ou dirigida. A tomada de decisão por aplicação foliar dirigida ou em área total poderá seguir o critério da intensidade da infestação de plantas daninhas na pastagem: menor que 40 % de infestação recomenda-se aplicação foliar dirigida (aplica-se sobre as plantas daninhas apenas), e maior que 40 % de infestação recomenda-se aplicação em área total (aplica-se sobre as plantas daninhas e pastagem continuamente). Nas áreas em que as plantas daninhas encontram-se em reboleira (distribuição apenas numa parte da pastagem) sugere-se aplicação dirigida. Aplicação no toco: aplica-se o herbicida diretamente no toco das plantas logo após o corte rente ao solo. A poda é feita com foice ou enxadão, rachando-se ou picando-se o tronco ou raíz. O herbicida é aplicado com pulverizador costal manual ou pincel. Em plantas que apresentam um engrossamento do toco abaixo do nível do solo, recomenda-se o uso do enxadão. Recomenda-se o uso de corante (azul de metileno ou violeta de genciana) na calda para marcar as plantas tratadas. Aplicações no toco são recomendadas para plantas resistentes ás aplicações foliares ou de porte muito elevado, podendo ser realizadas durante todo o ano. Aplicação no tronco (basal): método utilizado para arbusto de grande porte ou resistente às aplicações foliares. O herbicida pode ser aplicado nos caules, sem roçada, com pulverizador manual ou pincelamento basal, até 30 a 40 cm de altura. Geralmente, utiliza soluções com óleo diesel. Em plantas muito resistentes, os cortes são feitos manualmente ao redor do tronco ou mesmo anelamento total precedendo a aplicação. 13 Tratamento no solo: utiliza herbicidas granulados que possam ser absorvidos no sistema radicular e translocados para a parte aérea. Os grânulos devem ser depositados ao redor do caule da planta daninha ou a lanço no caso de plantas espinhosas, plantas de reboleira e a grama batatais. Com a chuva, o produto é diluído, infiltrado no solo e absorvido pelo sistema radicular da planta daninha. As aplicações não devem ser feitas em plantas roçadas ou queimadas recentemente. 2.4.5 Resistências das plantas aos herbicida Entende-se por resistência a habilidade herdável de alguns biótipos de plantas, dentro de uma população, em sobreviver à aplicação de herbicidas em doses que normalmente controlam a espécie. Assim, a resistências implica a sobrevivência das plantas daninhas às doses normalmente aplicadas no campo, como resultado da seleção ou da resposta genética às repetidas exposições aos herbicidas de mesmo mecanismo/local de ação. O biótipo resistente passa a enfrentar menor competição com os suscetíveis, permitindo maior sobrevivência e aumento no número daqueles indivíduos, tornando a população resistente (Christoffoleti et al. 2001) O caráter resistências das plantas daninhas é um aspecto, entre outros, de suma importância a ser observado no manejo de herbicidas utilizados no controle dessas plantas. Esse aspecto assume maior relevância quando se sabe das dificuldades que se impõem ao controle dessas plantas e do crescente aumento no número de plantas resistentes aos atuais herbicidas disponíveis no mercado, bem como das dificuldades observadas no lançamento de novos produtos capazes de fazer frente a esse problema. 2.4.6 Fatores que predispõem ao desenvolvimento de plantas resistentes A possibilidade de uma área agrícola ser infestada por indivíduos de plantas daninhas resistentes aos produtos químicos disponíveis depende de diferentes fatores, como a capacidade adaptativa ecológica manifestada pelos indivíduos e proliferação, longevidade e dormência das sementes da espécie ou biótipo sob seleção, freqüência de utilização de herbicidas de um único mecanismo de ação e sua persistência, eficácia do herbicida e métodos adicionais (Trezzi & Vidal, 2000; Gressel & Segel, 1990). Vidal (1997) relaciona o aparecimento de plantas resistentes aos herbicidas a fatores associados às próprias plantas daninhas, ao herbicida e ao manejo. Com relação ao herbicida, o principal fator que favorece o desenvolvimento da resistência é a utilização constante de herbicidas em um único local de ação nas plantas. Entretanto, o uso repetitivo de um mesmo herbicida para controle tem exercido alta pressão de seleção, promovendo mudanças na flora de algumas regiões. Em geral, espécies ou genótipos de uma mesma espécie que melhor se adaptam a uma determinada prática são selecionadas e multiplicam-se rapidamente (Vargas et al. 2001; Holt & LeBaron, 1990). Aspectos relativos a herbicidas altamente eficientes, herbicidas com residual prolongado e utilização intensiva de 14 um mesmo herbicida selecionam mais rapidamente o biótipo resistente. O uso intensivo de herbicidas seletivos e específicos tem levado à resistência em espécies comuns de invasoras em muitos cultivos (Maxwell ET AL. 1990.) A biologia da planta daninha também pode influenciar a taxa, na qual a resistência se desenvolve, como é o caso das plantas daninhas de ciclo anual, que podem desenvolver resistência mais rapidamente do que as espécies bianuais ou perenes, visto que maior número de gerações é submetido ao agente selecionador (Monqueiro et al. 2000). Ainda com relação à biologia das plantas, um fator importante é aquele relacionado ao local de ação dos herbicidas. Para que os herbicidas façam efeito, é necessário que sejam absorvidos pelas folhas ou raízes para ser transportado até as células e atravessar a membrana celular, diluindo-se no citoplasma, para, osteriormente, atravessar as membranas do cloroplasto e, então, estar pronto para agir. Porém, as células de algumas plantas possuem proteínas na membrana do vacúolo capazes de carrear herbicidas para o seu interior, deixando-os indisponíveis para atingir os cloroplastos e, portanto, perdendo atividade fitotóxica (Vidal & Merotto Junior, 2001). Outro importante mecanismo que as plantas lançam mão para evitar a ação dos herbicidas é a decomposição acentuada desses produtos no tempo compreendido entre a absorção do herbicida e sua entrada no cloroplasto. As informações disponíveis mostram que esse mecanismo de resistência é verificado em biótipos resistentes aos seguintes grupos de herbicidas: inibidores de ACCase, inibidores de ALS, inibidores de EPSPs, auxinas sintéticas e inibidores de FS2 (Vidal & Merotto Junior, 2001). Outro aspecto de suma importância no aparecimento de resistência é a diversidade genética. Algumas espécies possuem alta taxa natural de mutações gênicas, conferindo resistência a uma classe de herbicidas antes mesmo que ela seja aplicada no campo. Muitas vezes, a característica de resistência pode ser disseminada via pólen e das sementes, aumentando, assim, o fluxo gênico que confere resistência para áreas adjacentes (Monqueiro & Christoffoleti, 2001). 2.4.7 Como evitar o aparecimento de plantas resistentes O desenvolvimento da resistência de plantas aos herbicidas pode ser evitado pelo conhecimento dos fatores envolvidos no processo. Um exemplo desse aspecto está associado ao entendimento dos padrões de crescimento e desenvolvimento das plantas daninhas, o qual pode fornecer ferramentas para detectar diferenças entre biótipos de uma mesma espécie quanto à sua adaptabilidade (Holt & Radosevich, 1983) Para que esse fenômeno seja evitado, é recomendada, entre outras, a rotação de herbicidas, evitando o uso do mesmo produto (ou de outros herbicidas com o mesmo mecanismo de ação) ao longo dos anos, O manejo deve envolver não apenas a mudança pura e simples do herbicida, mas considera, também, o sítio molecular de ação. Gazziero et al. (2000) estabeleceram elenco de estratégias com vista à prevenção da resistência em plantas invasoras. A seguir, são listadas algumas que podem ser utilizadas em áreas de pastagens 15 cultivadas: Utilizar sementes com alto grau de pureza. Providenciar limpeza de tratores e implementos agrícolas. Acompanhamento da mudança das espécies de plantas daninhas na pastagem. Acompanhamento do resultado das aplicações dos herbicidas. Seguir as instruções de uso constantes no rótulo dos produtos. 2.4 Considerações finais A presença de plantas daninhas na pastagem constitui um dos principais fatores responsáveis pelas perdas de produtividade em geral e de processos de degradação da pastagem, tornando dessa maneira, necessário uma melhor conscientização desses problemas por parte dos pecuaristas. Portanto, há necessidade de maior número de trabalhos científicos nessa área procurando estudar a biologia dessas plantas, como a determinação das fases de seu ciclo biológico, quando são mais sensíveis aos métodos de controle disponíveis. Já para seu controle o herbicida se constitui numa ferramenta útil desde que utilizado sempre em associação com outros métodos de controle disponíveis, procurando-se favorecer a planta útil forrageira na luta pela ocupação do espaço no agroecossistema. 16 2.5 Referências Bibliográficas ALMEIDA, F.S. de. Combate aos arbustos nas pastagens. Moçambique. Boletim. 1972. 149 p CARVALHO, S.L.; PITELLI, R.A. Levantamento e análise fitossociológica das principais espécies de plantas daninhas de pastagens da região de Selvíria (MS). Planta Daninha, v.10, n.1/2, p.25-32, 1992. CARVALHO, M.M. de & XAVIER, D.F. Controle de capim sapé, planta invasora de pastagens. In: Pasta do Produtor 2000. EMBRAPA/CNPGL, Juiz de Fora, MG. 2000 3 p. 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