FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG MITRA CORREIOS A Serviço das Comunidades JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ Diocese de Guaxupé, 99 anos Celebração Eucarística inicia Ano Jubilar, com abertura da peregrinação da imagem de Nossa Senhora das Dores e lançamento do Selo Comemorativo do Centenário páginas 8 e 9 No mês do aniversário que dá início às peregrinações dos diocesanos com a imagem de Nossa Senhora das Dores, conheça a simbologia da Catedral - Páginas 10 e 11 "Eu vim para servir" Campanha da Fraternidade percorrerá tempo quaresmal com reflexões sobre Igreja e Sociedade - página 03 | ANO XXXI - 303 | FEVEREIRO DE 2015 Editorial “Nós trabalhamos juntos na obra de Deus, mas o campo e a construção de Deus são vocês. Eu, como bom arquiteto, lancei os alicerces conforme o dom que Deus me concedeu; outro constrói por cima do alicerce. Mas cada um veja como constrói! Ninguém pode colocar um alicerce diferente daquele que já foi posto: Jesus Cristo.” 1 Cor 3,9-12 Desde fevereiro de 2008, há 07 anos, encontro-me como editor do jornal Comunhão. Dentro dos limites do tempo e dos variados compromissos diocesanos e paroquiais, tive a graça de sonhar e acreditar em cada página deste órgão informativo, como espaço de comunhão de nossa Igreja Diocesana. Foram 84 edições ininterruptas. Propus-me seguir o caminho que teve sua origem nas pequenas A base da fé cristã reside no caminho de Jesus, em seu método de vida, em seu princípio e plenitude. A Igreja nasceu peregrina... nasceu das primícias do Povo de Israel, gente caminheira e caminhante. A Igreja nasceu no movimento do sangue do Cristo que, ligeiro, foi derramado de seu lado direito. Ela nasceu do retorno de Maria e João a sua casa. Nasceu da pressa do anúncio dos primeiros, após o encontro do túmulo vazio. Nasceu ainda da dinâmica de Pentecostes. E dos atos dos Apóstolos. E das viagens de Paulo. A fé é originariamente peregrina. Como a água que só tem vida quando ca- minha, assim é a fé da Igreja. A Campanha da Fraternidade, neste tempo quaresmal que se abre, vem propor mais uma vez a missão dos que caminham com o Cristo: “Eu vim para servir” (Mc 10, 45). Na sociedade, a Igreja não é um povo extático, um grupo que se reúne em templos de portas fechadas. Não foi assim no princípio dos apóstolos e não o será agora. A Igreja é Povo de Deus no mundo, como nos ensina o Santo Concílio: “Assim a Igreja reza e trabalha ao mesmo tempo para que o mundo inteiro se transforme em Povo de Deus, corpo do Senhor e templo do Espírito Santo, e para que em Cristo, cabeça de todos, seja dada ao Pai e Criador do uni- verso toda a honra e toda a glória” (LG 17). Neste fevereiro, a caminho do centenário diocesano, iniciaram-se as peregrinações de todo o povo que compõe esta Igreja Particular à sua catedral, casa mãe de todas as igrejas paroquiais, casa da unidade e da fraternidade. A catedral é a visibilidade do corpo congregado, do mundo reunido. Prefigura a ressurreição, onde Cristo será tudo em todos. É o edifício das comunidades. Lugar da comunhão. Oxalá, ao sair da catedral, todos se sintam enviados a servir ainda mais em suas respectivas paróquias. Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e depois, como informativo oficial da diocese. O Comunhão nasceu em novembro de 1983. De lá para cá, várias mudanças visaram ao seu crescimento. É um jornal para lideranças. Sonhei a expansão de seus conteúdos e o aumento de sua tiragem. Sonhei também um jornal participativo. Creio que parcialmente pude vislumbrar estes frutos. No entanto, chegou o momento que devo entregar sua responsabilidade a outras mãos. Certamente, nosso Comunhão ainda verá outros progressos. Agradeço a confiança de nosso bispo e a colaboração de todos. De modo especial, minha gratidão à querida Myrthes Brandão, pelo zelo durante todos estes anos, através da revisão dos conteúdos. E também, aos diagramadores, que tornaram este jornal mais agradável visualmente aos leitores. Quantas pessoas, neste período, solicitadas a escrever... Peço desculpas se, porventura, em algum momento, não fui fiel à proposta da Igreja, em se tratando de um veículo de comunicação oficial. Diácono Clayton assumirá, no próximo mês, a função de editor. Desejo-lhe a alegria de anunciar, como experimentei no decorrer destes anos. A Voz do Pastor Queridos diocesanos, amados irmãos e irmãs: Paz e Bênção! O tempo quaresmal está próximo, o que marca este nosso mês. Fraternidade, Igreja e Sociedade – é o tema da Campanha da Fraternidade. Juntamente com o dinamismo pastoral, o retiro que nos propõe a quaresma fará florescer ainda mais a Vida que precisamos. Ainda recordamos o bom êxito do ano anterior, marcado em nossa Diocese pelo despertar das Santas Missões Populares e a celebração de inúmeros encontros diocesanos. Estas boas lembranças de 2014 emergem como base de esperança em tudo o que está projetado para 2015. Pe. Gilvair Messias Dom José Lanza Neto São sonhos, projetos e expectativas de muito trabalho, na vontade de realizarmos tudo em favor da evangelização do Povo de Deus, nesta querida Diocese de Guaxupé, no ano preparatório ao nosso grande centenário. Mas o que é uma grande empreitada sem o Espírito do Senhor a nos animar? Sem o entusiasmo de quem vai realizar? No Espírito do Senhor e no entusiasmo que conhecemos de vocês e com este novo vigor que estamos buscando numa Igreja em Estado Permanente de Missão, temos a certeza de que não faltará a força necessária para estarmos animados na realização do que está planejado. Não nos esqueçamos dos objetivos iluminadores, uma vez que a vida nos pede sentido. Precisamos dar sentido à vida no seguimento de Jesus e valorizar tudo de bom que há nas pessoas. Para isso, é necessário fortalecer nossas comunidades e facilitar o florescimento de novas comunidades renovadas, a partir de uma conversão pastoral que acolha a todos. Com esta caminhada, queremos favorecer a vida e a dignidade para todos, na busca de uma sociedade mais justa e solidária, cujo fruto é a paz. Isto é o que nos ensinará a Campanha da Fraternidade de 2015. Coragem! Arregacemos as mangas, abramo-nos à Palavra de Deus e afine- mos nossos instrumentos em sintonia com o Ressuscitado. Assim, a canção entoada poderá soar de maneira a acolher os afastados, integrar os que ainda não perceberam que é urgente uma conversão pastoral na dinâmica da revitalização da paróquia, ultrapassando uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária, para que nela resplandeça cada vez mais a comunidade acolhedora, samaritana, orante e eucarística. Em consequência, a paróquia será comunidade de comunidades, santuário onde os sedentos irão beber para continuar a caminhar como centros de constante envio missionário. Diretor geral DOM JOSÉ LANZA NETO Editor e Jornalista Responsável PE. GILVAIR MESSIAS DA SILVA - MTB: MG 17.550 JP Revisão MYRTHES BRANDÃO Projeto gráfico e editoração BANANA, CANELA E DESIGN - bananacanelaedesign.com.br (35) 3713-6160 Tiragem 3.950 EXEMPLARES Impressão GRÁFICA SÃO SEBASTIÃO Redação Praça Santa Rita, 02 - Centro CEP. 37860-000, Nova Resende - MG Telefone (35) 3562.1347 E-mail [email protected] Os Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal. Uma Publicação da Diocese de Guaxupé www.guaxupe.org.br Expediente 2 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades Opinião Fraternidade: Igreja e Sociedade “Eu vim para servir” (Mc 10, 45) Liturgicamente aproxima-se o tempo quaresmal. Neste tempo, sabiamente a Igreja conclama seus fiéis a celebrarem com profundidade os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Os cristãos se preparam para a maior festa cristã, a Páscoa e abre-se mais uma oportunidade de conversão, identificação com Jesus Cristo e com seu Evangelho. É ocasião para reconhecer nossos pecados, assumir nossa fragilidade e ressignificar a vida numa atitude ética da fé. Quaresma e Conversão No tempo quaresmal, cada cristão é chamado à conversão, que se realiza em nível pessoal e comunitário. Primeiramente cabe a cada um de nós um olhar interior, que leve a avaliar a própria vida, seus pecados, suas quedas e, numa atitude de fé, procurar retomar o caminho para um profundo relacionamento com Deus, com os irmãos e irmãs. Para a realização plena da conversão em nível pessoal, o cristão deve sempre contar com a graça divina, a qual não anula o esforço humano, pelo contrário, o atrai para a salvação e felicidade. Como ajuda nesta caminhada de conversão, é oportuno fazer os exercícios quaresmais da oração, jejum e caridade. Através deles, os cristãos fortalecem sua caminhada de identificação com Jesus Cristo e descobrem o que é essencial para a vida em Cristo. A conversão não se realiza apenas em nível pessoal, mas também deve dar-se comunitariamente. Na vivência da quaresma, devemos enxergar além de nós e tomar consciência dos erros cometidos comunitariamente. Com isso, cabe-nos um olhar atento para nossas atitudes diante da sociedade e a tomada de consciência de nossas responsabilidades ante as estruturas que ainda insistem na corrupção e na destruição da dignidade do ser humano. Numa atitude de fé, os cristãos devem somar forças entre si e com os homens de boa vontade para que todos tenham vida plena e digna. Devem, cada vez mais, esforçarem-se para participar ativamente de atividades que rompam as paredes da Igreja e que sejam sociotransformadoras. A CNBB, aproveitando o tempo quaresmal e seu grande apelo para conversão pessoal e comunitária, propõe a seus fiéis a Campanha da Fraternidade. Após a Campanha da Evangelização, já realizada no Tempo do Advento, a Campanha da Fraternidade quer ser para todos os cristãos mais um meio para auxiliar no processo de conversão e transformação social. Há anos, esta Campanha aborda temas atuais da realidade brasileira, como uma voz profé- tica que denuncia e, ao mesmo tempo, apresenta propostas para que a Igreja não desanime em sua missão de promover a dignidade, a solidariedade e a fraternidade. CF 2015 Para este ano de 2015, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propôs o tema Fraternidade: Igreja e Sociedade e o lema que se inspira nas palavras de Jesus Cristo, segundo o Evangelho de Marcos: “Eu vim para servir” (Mc 10, 45). A abertura das reflexões da CF 2015 acontecerá na celebração das cinzas, dia 18 de fevereiro e se estenderá até o encerramento da quaresma, na Quinta- Feira Santa, pela manhã. Todas as comunidades deverão continuar suas reflexões no decorrer do ano e buscar transformar os planos em ações concretas em cada Igreja local. O texto-base apresenta como obje- tivo geral da CF 2015 “aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre Igreja e sociedade, proposto pelo Concílio Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para edificação do Reino de Deus.” São objetivos específicos: “compreender a atual situação da relação entre Igreja e sociedade; discernir as questões que desafiam a evangelização; fazer memória do caminho percorrido pela Igreja em diálogo e colaboração com a sociedade; aprofundar a questão da dignidade da pessoa; incentivar o protagonismo das pessoas e comunidades no contexto social em que vivem; atuar profeticamente, à luz da evangélica, a opção pelos pobres e identificar os fatores que constroem a paz e o bem comum, para superar as relações desumanas e violentas” (CNBB, CF 2015). Sabemos que a Igreja não existe para si, mas para servir, assim como Fevereiro/2015 seu mestre Jesus Cristo ensinou aos seus discípulos (Mc 10 43-45). Servir e promover a dignidade do homem estão na essência eclesial e de todo discípulo de Jesus Cristo. Se não servirem à humanidade, a Igreja e os discípulos serão infiéis a Jesus Cristo. É inspirada nas palavras e gestos de doação de Jesus Cristo que a Igreja e os discípulos encontram forças e entusiasmo para si e para sua missão diante da sociedade. Nas palavras do Papa Francisco, “só podemos viver a fidelidade a Jesus Cristo com solidariedade comprometida e próxima ao povo nas suas necessidades, oferecendo a partir de dentro os valores do Evangelho” (LOR 2314/13) e mais, “todos os cristãos são chamados a preocupar-se com a construção de um mundo melhor” (EG 183). Por isso, neste tempo propício para a reflexão, a CNBB mais uma vez faz o convite para que toda a Igreja volte o olhar para si, reavalie sua caminhada e depois olhe para a sociedade, na perspectiva de levar mais alegria, vida, esperança, solidariedade e paz para todos os que sofrem. Vivemos tempos marcados por grandes desafios na Igreja. É justo um olhar atencioso sobre ela mesma, para ações e atividades pastorais, a fim de reconhecer os acertos e corrigir os erros. A Igreja deve estar atenta aos desafios atuais, uma vez que “as alegrias e esperanças, as tristezas e as angústias das pessoas de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos discípulos de Jesus Cristo” (Gaudium et Spes, 1). Assim, a Igreja estará cumprindo seu dever de contribuir para a salvação e a realização plena do homem. É sua missão sublime colocar à disposição da humanidade as forças salvadoras que recebeu gratuitamente de Jesus Cristo (CNBB, CF 2015). Que este tempo quaresmal e as reflexões propostas pela Campanha da Fraternidade sejam oportunos para que todo o Povo de Deus, em suas dioceses e comunidades espalhadas por todo o Brasil, possa se reunir em oração e ação, para a plena conversão da Igreja e da sociedade. Que este tempo quaresmal intensifique o seguimento a Jesus Cristo e entusiasmados pela alegria do Evangelho, sirvamos com mais coragem. Que todas as comunidades, em prece, rezem e cantem: “Quero ver uma Igreja solidária, servidora e missionária, que anuncia e saiba ouvir. A lutar por dignidade por justiça e igualdade, pois “Eu vim para servir” (Mc 10, 45)” (Refrão do Hino da CF 2015). Por Leandro José de Melo, seminarista em Ano Pastoral 3 Notícias Diocese promove o 16° Curso de Iniciação Teológica Aconteceu entre os dias 12 e 18 de Janeiro, no Seminário Diocesano São José, a 16ª edição do Curso de Iniciação Teológica da diocese. Esta formação tem como finalidade perscrutar os mistérios de Deus com base num falar sobre Ele, na vida, no modo de crer e de toda a sua incidência na vida pastoral da Igreja. Os estudos teológicos ajudarão os leigos e leigas na edificação do Reino, pois também são chamados a “darem as razões de sua esperança” (Cf. 1Pd 3,15). O curso deste ano contou com a participação de mais de 80 pessoas, advindas das diversas paróquias da diocese. Por se tratar de uma contínua e renovada expressão da Igreja Diocesana que responde aos sinais dos tempos, o curso há vários anos traz para a vida de inúmeros leigos e leigas a oportunidade de refletirem a fé e capacitarem-se melhor para o desafio pastoral. Divide-se em 4 módulos. Além das aulas nas diversas áreas da Teologia, a cada ano é proposta uma temática geral para discussão. Em sintonia com as SMP, no ano de 2015, o estudo destacou a pastoral diocesana, a par- tir dos ensinamentos do Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium. O objetivo, conforme disse o Pontífice aos Membros da Comissão Teológica Internacional em 2013, é buscar “a unidade do projeto do amor de Deus, a fim de que se empenhem em mostrar como as verdades da fé formam uma unidade harmonicamente articulada.” Maria Odimar, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Passos, cursista do 1º módulo, comentou: “estou muito enganada quanto ao que sei sobre minha fé católica, de modo que sinto que é preciso ainda mais formação. Além disso, o curso leva a um encontro consigo mesmo e isso é o que faz aumentar ainda mais o desejo de sempre continuar o caminho formativo. Eu diria para aqueles que sentem vontade de participar do curso, que tenham a coragem de buscá-lo e trilhar este caminho de descobertas, pois, muitas vezes, achamos que conhecemos, mas falta-nos muito conhecer.” Emília Mendes, da Paróquia Divino Espírito Santo, de Pratápolis, que está no 3º Módulo, expressou seu entusiasmo: “O Curso de Iniciação Teológica Fotos: Arquivo – Curso de Iniciação Teológica 4° módulo do curso é para nós, leigos, um aperitivo das muitas coisas que ainda podemos aprender. Apesar de a maioria de nós, cursistas, já termos um certo tempo de estudo e de caminhada na fé, todos voltamos conscientes de que há muito ainda a aprender. Além do conteúdo programático, a convivência é muito agradável e pro- dutiva. Terminei o 3º Módulo e, desde o início do curso, sempre tive o versículo do Evangelho de João como motivador: ‘Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’ (Jo 8,32). Hoje, eu me sinto mais livre, ainda mais curiosa e também muito mais comprometida.” Por Silas de Oliveira Papa Francisco anuncia os nomes dos novos cardeais Fotos: paroquiademairi.wordpress.com Serão 15 novos cardeais vindos de 14 países O Papa anunciou, no dia 04 de Janeiro, os nomes dos novos cardeais que ele criará no Consistório do próximo dia 14 de fevereiro. No total, serão 15 novos cardeais que, vindos de 14 países “manifestam a indissociável ligação entre a Igreja de Roma e as Igrejas particulares”, assegurou Francisco. São eles: Dom Dominique Mamberti, Arcebispo de Sagona, Prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica (França); Dom Manuel José Macário do Nascimento Clemente, Patriarca de Lisboa (Portugal); Dom Berhaneyesus Demerew Souraphiel, C.M., Arcebispo de Addis Abeba (Etiópia); Dom John Atcherley Dew, Arcebispo de Wellington (Nova Zelândia); Dom Edoardo Menichelli, Arcebispo de Ancona-Osimo (Itália); Dom Pierre Nguyên Văn Nhon, Arcebispo de Hanói (Vietnã); Dom Alberto Suárez Inda, Arcebispo de Morelia (México); Dom Charles Maung Bo, S.D.B., Arcebispo de Yangon (Myanmar); Dom Francis Xavier Kriengsak Kovithavanij, Arcebispo de Bangkok (Tailândia); Dom Francesco Montenegro, Arcebispo de Agrigento (Itália); Dom Daniel Fernando Sturla Berhouet, S.D.B., Arcebispo de Montevidéu (Uruguai); Dom Ricardo Blázquez Pérez, Arcebispo de Valladolid (Espanha); Dom José Luis Lacunza Maestrojuán, O.A.R., Bispo de David (Panamá); Dom Arlindo Gomes Furtado, Bispo de Santiago de Cabo Verde (Cabo Verde); Dom Soane Patita Paini Mafi, Bispo de Tonga (Ilhas de Tonga); O Papa também vai tornar cardeais cinco arcebispos eméritos, sem direito a voto em Conclave, que se destacaram pela caridade pastoral no serviço à Santa Sé e à Igreja. “Eles representam tantos bispos que, com a mesma solicitude de pastores, deram testemunho de amor a Cristo e ao Povo de Deus, seja nas Igrejas particulares, seja na Cúria Romana, assim como no Serviço Diplomático da Santa Sé”, destacou Francisco. São eles: Dom José de Jesús Pimiento Rodríguez, Arcebispo emérito de Manizales (Colômbia); Dom Luigi De Magistris, Arcebispo de Nova, Pró-Penitencieiro Maior Emérito (Itália); Dom Karl-Joseph Rauber, Arcebispo de Giubalziana, Núncio Apostólico (Alemanha); Dom Luis Héctor Villalba, Arcebispo emérito de Tucumán (Argentina); Dom Júlio Duarte Langa, Bispo Emérito de Xai-Xai (Moçambique). Fonte: Rádio Vaticano Partici pe dos Encontros de Carnaval da RCC Informe-se onde acontecerá o retiro mais próximo de você em: www. 4 rccguaxupe. Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades com.br Papa visita Sri Lanka e Filipinas A sétima viagem apostólica internacional do Papa Francisco ao Sri Lanka e depois, às Filipinas, ocorreu de 12 a 19 de mês de janeiro. Atento ao continente asiático, como missionário e pastor, o Papa fez do encontro um gesto de conforto após o desastre imenso do tufão de um ano atrás na região, que causou danos imensos, com aproximadamente 15 milhões de pessoas atingidas e cinquenta mil casas destruídas. Também no Sri Lanka, o Pontífice canonizou Padre Vaz e contribuiu para a pacificação do país. O Papa esteve dois dias no Sri Lanka, 13 e 14 de janeiro. Entre os momentos mais importantes, houve o encontro inter-religioso na capital, Colombo. Na quarta-feira, a missa da Canonização de José Vaz, reli- gioso oratoriano que viveu entre os séculos XVII e XVIII e realizou uma importante obra de evangelização no Sri Lanka. O Papa considerou o processo de reconciliação na região, após o longuíssimo e terrível conflito entre cingaleses e tâmiles. Um período de conflito que durou trinta anos e que terminou em 2009. No dia 15, o Santo Padre visitou as Filipinas, que se preparam para os 500 anos de evangelização em 2021. Na sexta-feira, 16, encontrou-se com as famílias em Manila, realidade central nas Filipinas, o maior país asiático de maioria católica. Visitou as zonas atingidas pelo tufão Haiyan e celebrou Missa em Tacloban; em Palo, almoçou com alguns sobreviventes Fotos: fraternitasmovimento.blogspot.com.br e abençoou o “Centro Papa Francisco”, dedicado aos pobres, construído com contri- religiosos locais, com os jovens e a missa no dia do “Santo Niño”. Na segunda-feira, dia buições do Conselho Pontifício Cor Unum. No domingo, 18 de janeiro, na capital filipina, houve o encontro com os líderes 19, na parte da tarde, o Papa regressou ao Vaticano, após ter sobrevoado vários países, entre os quais a China. brigas e até assassinatos. Embasada na realidade atual e impulsionada pelas palavras e atitudes do Papa Francisco, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil proclamou 2015 o Ano da Paz, dedicado à reflexão sobre a paz. Algumas atitudes do Papa, na tentativa de superar as barreiras que dividem os povos e impedem a construção dos laços de fraternidade, motivaram tal decisão. Assim, a realização de uma vigília pela paz na Praça São Pedro, no dia 7 de setembro de 2013; a oração conjunta do Papa com o presidente de Israel, autorida- de palestina e o patriarca de Constantinopla em 8 de junho; a oração na Mesquita de Istambul, em sua viagem à Turquia nos dias 28 a 30 de novembro último. Além do mais, contabilizaram-se os vários pedidos de paz, como foi o apelo na Turquia para que as autoridades tomem atitudes concretas contra os grupos radicais que promovem a perseguição em diversas partes do mundo. A abertura oficial do Ano da Paz se deu no último dia 3 de novembro e a conclusão foi determinada para o Natal de 2015. Na oportunidade, Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB, afirmou que “um ano da paz pode nos ajudar a refletir sobre o porquê da violência e a necessidade da paz. Mas também busca, junto às nossas comunidades, momentos onde as pessoas possam expressar que desejam viver em harmonia e em fraternidade.” 400 pessoas. O coração dos missionários vibrou e o do pároco também. O retiro foi preparado e planejado há algum tempo pelo pároco, padre Adivaldo Ferreira e a comunidade missionária. Houve calorosa acolhida ao povo, missa presidida pelo pároco como abertura, momentos de refeições, teatros dos grupos de jovens e da catequese infantil. Alguns leigos do setor missionário deixaram sua colaboração com testemunhos e palestras. Padre José Milton, coordenador do Setor Missionário Muzambinho, prporcionou uma mensagem motivadora ao povo, bem como o seminarista Jorge, que realiza seu estágio pastoral na comunida- de aos finais de semana. Também tivemos a presença do seminarista Juliano e do padre José Ronaldo que conduziu a vigília. Ao término, padre Adivaldo se emocionou ao falar com a comunidade e ao ver tanta gente por uma Igreja missionária. Em seguida, os missionários saíram em uma grande peregrinação até a igreja matriz Senhor Bom Jesus, onde receberam a bênção de envio e tiraram uma foto oficial. A tudo isso se atribuem as palavras de Dom Luciano Mendes: “onde há povo, há missão, e onde há missão, há razões para ser feliz!” Por seminarista Jorge Américo de Oliveira Júnior Papa fez do encontro um gesto de conforto após o desastre imenso de um tufão Atualidade Ano da Paz Infelizmente estamos passando por um momento marcadamente estigmatizado por uma realidade que nos sobressalta constantemente, a violência. Vejam os dados que nos são apresentados pelo Mapa da Violência: somente no ano de 2012, 56 mil pessoas foram assassinadas no país. Não estamos contabilizando as que sucumbiram no trânsito e as que se suicidaram. Somando os dados de que dispomos, cerca de 100 mil pessoas são mortas anualmente no Brasil, sem considerar os inocentes assassinados por meio da criminosa prática do aborto. Diuturnamente ficamos assombrados diante dos noticiários policiais, falando de assassinatos, suicídios e mortes em acidentes. Um aspecto a ser levado em conta também é o da violência que nem sempre leva à morte e que se manifesta de diferentes formas e nos mais diversos meios. Assim, no tráfico de drogas, abusos sexuais, exploração do trabalhador e nas diversas formas de discriminação de pessoas. Falamos ainda da violência constantemente perpetrada no recesso familiar: casais que não dialogam, pais que maltratam ou abandonam os filhos, a falta de assistência para com idosos e doentes. No trânsito, falta de respeito às leis e na manobra do veículo, desacato aos outros motoristas e, sobretudo, o pouco valor dispensado à vida humana; muitas vezes apenas pequenas desavenças levam as pessoas a atitudes radicais, provocando Por Pe. Homero Hélio de Oliveira Retrato Missionário Bom Jesus da Penha A Paróquia Senhor Bom Jesus, em Bom Jesus da Penha, terá sempre na memória e no coração de sua gente, o dia 17 de janeiro, dia do Primeiro Retiro Paroquial das Santas Missões Populares. Após longo período de motivação e ardor, os missionários leigos foram às portas e fizeram o convite de forma pessoal-familiar, sempre bem recebidos. Foi tarefa árdua, mas valeu a pena todos os esforços, quando foi possível ver o local preenchido por quase Fevereiro/2015 5 Retrato Missionário Juruaia O retiro, ocorrido no dia 10 de janeiro, começou às 7 horas da manhã com um delicioso café e quitandas doadas por pessoas da comunidade. Padre Antônio Carlos deu início com oração. Padre José Milton, pároco da Paróquia São José, em Muzambinho, que é também coordenador do Setor Missionário Muzambinho, falou sobre a vida de Jesus e seus ensinamentos. Maria Inês fez a segunda mensagem: a vida é missão. Em cada intervalo de mensagem, houve momentos de animação com a banda Arautos, que muito ajudou para o bom êxito do encontro. Cantou as músicas das SMP e o encontro ficou muito animado. Depois do almoço, o TLC apresentou um teatro, que mostrou Jesus chamando a todos para entrar na barca e serem pescadores de homens. Logo após, Seila fez um momento mariano, indispensável. Houve também apresentação das crianças. Todas que es- tavam presentes foram convidadas para dançar uma música das SMP. Houve ainda o testemunho da missionária Lurdinha, ela que trabalhou por 25 anos no hospital e foi muitas vezes mais amiga e missionária do que enfermeira. Aconteceu um momento de adoração e bênção eucarística com o padre Antônio Carlos. Luis Américo, em seguida, falou sobre o tema espiritualidade, dizendo que os missionários devem ter sempre um olhar de cristãos para com os irmãos. No encerramento, fez-se uma avaliação do encontro, com um plenário, onde todos o avaliaram como ótimo. Alguns gostariam que houvesse mais de um dia, porque foi realmente um dia de bênçãos. Logo depois, os participantes fizeram uma passeata em torno da praça e encerrou-se o dia com a Santa Missa. Por Luciana Marques Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Poços de Caldas Nos dias 05 e 06 de dezembro de 2014, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Poços de Caldas (MG), vivenciou o 1º Retiro Paroquial das Santas Missões Populares (SMP). Cerca de 300 missionários participaram das atividades. O retiro foi realizado no Santuário da Mãe Rainha, com a colaboração dos missionários e de toda a comunidade. Muitos fiéis se envolveram com muita dedicação e empenho para que tudo acontecesse da melhor forma. Com o auxílio dos missionários, da equipe de organização do retiro e também de colaboradores, foi possível presentear todos os missionários participantes com o kit missionário e, ainda, cada um recebeu uma camiseta do evento. O retiro contou com intensa participação de jovens, encenações, músicas, alegria e entusiasmo. A formação foi feita pelos missionários da paróquia e pelo pároco, padre Graciano, de forma dinâmica e participativa. O primeiro dia encerrou-se com o momento do Espírito Santo e a primeira parte da Vigília de Oração. Cada missionário recebeu uma vela que simbolizava a luz de Cristo que brilha em cada um. Todos são chamados a segui-Lo e a servir os irmãos sem reservas. No segundo dia, foi muito especial o momento mariano que contou com uma encenação e a entrada solene da imagem de Nossa Senhora Aparecida e também a dinâmica do manto da Mãe que cobriu cada missionário. Na parte da tarde, aconteceu a segunda parte da vigília missionária com a adoração ao Santíssimo Sacramento, quando houve o compromisso missionário. As reflexões no retiro apresentaram o porquê das SMP na paróquia, a Missão de Jesus de Nazaré no Evangelho de Mateus e a espiritualidade missionária. Durante todo o retiro, os cantos missionários animaram a todos, criando o mesmo clima que se respirava no retiro diocesano, ocorrido em Guaxupé. O evento teve sua conclusão com os missionários se deslocando até a Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus com uma breve caminhada missionária e a Celebração Eucarística num clima de muita alegria. Segundo o depoimento de participantes, todos saíram dali com o desejo de serem missionários, abraçando a missão de Jesus, fazendo a diferença e lutando por um mundo mais justo e fraterno. Por David Brunório Paróquia São Sebastião de Poços de Caldas O 1º Retiro Paroquial das Santas Missões Populares da Paróquia São Sebastião foi realizado nos dias 23, 24 e 25 de janeiro. No primeiro dia de retiro, após calorosa acolhida aos missionários, padre José Maria destacou os três elementos indispensáveis para ser missionário: oração, formação e perseverança. Lembrou também “que a diocese, em preparação para a comemoração de seu Centenário, abraçou as Santas Missões Populares e que também devemos nos abrir à causa das Missões, pois a Igreja não é apenas dos religiosos, mas de todos cristãos. A Igreja é missionária desde a sua fundação por Jesus, que enviou os apóstolos em missão. Fiel a essa sua característica, a Igreja, hoje, quer sair da sacristia, quer sair da matriz e ir onde o povo está. Neste contexto, todos nós, batizados, somos convidados a assumir nossa missão e atender ao chamado de Cristo: ‘Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações’” (Mt 28,19). No segundo dia, foram apresentadas palestras sobre a missão de Jesus e o por- 6 quê das SMP na Paróquia (proferidas por Maria José Lima Martins, Carlos Roberto de Souza, Edite Guedes e Cristina Viti), encerrando-se com momento de profunda espiritualidade. O terceiro e último dia do retiro teve início com a celebração da Santa Missa na Igreja Matriz de São Sebastião. Após a missa, os participantes seguiram em caminhada missionária até o Salão de Festas, onde o retiro prosseguiu com palestra do padre José Maria e momento de reflexão sobre a espiritualidade dos missionários, a partir da leitura de Mateus 10,5-15. Por tudo o que foi apresentado nos três dias de retiro, ao final, os participantes mostraram-se entusiasmados e emocionados, dispostos a assumirem efetivamente a proposta das Santas Missões Populares. Destaca-se o considerável número de jovens que participaram do evento e que, com sua alegria, animaram o encontro, reacendendo em todos, expectativas positivas quanto ao futuro de nossa Igreja. Por Rosilene Mantovani Paróquia São Félix de Nicosia de Poços de Caldas Nos dias 12, 13 e 14 de dezembro, realizou-se no Santuário Nossa Senhora de Fátima, em Poços de Caldas (MG), o primeiro retiro paroquial das Santas Missões Populares da Paróquia São Félix de Nicosia. O retiro foi marcado por momentos de formação, reflexão, oração, partilha e confraternização. Uma equipe realizou o trabalho com as crianças, permitindo que os pais participassem com tranquilidade do mesmo. Cerca de 60 pesso- de Melo, acompanhou as atividades nos as estavam presentes. Muitos outros fiéis três dias e sua presença transmitiu muita ajudaram na cozinha, na música e na sala força e paz aos missionários. das crianças. O pároco, frei João Batista Por Jovenita Maria Martins Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades Liturgia Começamos nas cinzas, para terminar nas águas Qual é o sentido litúrgico da preparação que antecede a Páscoa, a chamada Quaresma? Este parece ser nosso grande desafio: em breves linhas, dar algumas pistas e, quem sabe, colaborar com as nossas comunidades, neste tempo tão rico da Igreja. Preparar a festa Sabemos que toda festa, para ser bem sucedida, deve ser bem preparada. E é justamente no decorrer dos séculos, aproximadamente em torno de duzentos anos depois de Cristo que os primeiros cristãos, ansiosos por desfrutarem da plenitude dos frutos pascais, introduziram o costume de preceder esta festa com três dias dedicados à oração, à meditação e ao jejum, em sinal de luto pela morte de Cristo. Passaram-se mais cento e cinquenta anos e concluiu-se que se deveria aumentar para quarenta dias, número esse simbólico, dentro das configurações bíblicas, principalmente no que diz respeito ao período de preparação, em vista de um grande acontecimento. Acontecimento que desafia a todos, uma vez que este tempo litúrgico quer nos propor a renovação da própria vida. Tal prática era cultivada desde tempos muito antigos. Como já dissemos anteriormente, a oração, a luta contra o mal e o jejum. Oração, para pedir forças a Deus no converter-se ao evangelho; a luta contra o mal para dominar as paixões e egoísmos e, por fim, o jejum, para o seguimento de Cristo, o esquecer-se de si mesmo. Não poderíamos deixar de citar a preparação para o batismo e por sua vez, o chamado tempo de reconciliação. Podemos perceber que a Quaresma assume na história da Igreja um tempo de grande relevância na preparação final da caminhada de todo cristão e, sobremaneira, do catecúmeno rumo ao batismo na noite santa. Todo esse processo teve seu início em torno dos anos 350 d.C. Durante esse período, os catecúmenos recebiam a catequese todos os dias, junto ao próprio Bispo, participavam de várias cerimônias e inúmeras reuniões onde eram submetidos a “exames”. Neste dia – dizia-se – “eram abertos os ouvidos”, porque lhes era ensinado o “Creio” e o “Pai Nosso”, que constituem a síntese da fé cristã. Dessa forma, podemos compreender que toda a liturgia do tempo quaresmal tem a sua fundamentação na preparação dos catecúmenos. Os textos são escolhidos, sobretudo para aqueles que se preparam para o batismo. Eles falam da água, da luz, da fé, da cegueira da unção com óleo, da renúncia ao pecado etc. Por sua vez, os outros filhos que participam das celebrações também se beneficiam desses dons, meditando as verdades da fé assumidas no próprio batismo. eram eles? Grupos de pecadores que queriam receber a reconciliação no final da Quaresma, ou seja, na Quinta-feira Santa, no limiar da Páscoa. Sempre se vestiam com trajes penitenciais (sacos) e cinzas sobre as cabeças. A partir do século XI, esta prática se estende a todos os cristãos. Todos, “reconhecedores de seus pecados”, pediam a conversão ‘quaresmal-pascal’. Na última reforma, modificou-se, com grande habilidade, o rito de imposição das cinzas, ficando mais expressivo e mais educativo. Já não se realiza no começo da celebração ou independente dela, mas sempre depois das leituras bíblicas e da homilia. A Palavra de Deus, que motiva à conversão, dá razão, conteúdo e sentido ao gesto simbólico das cinzas. E mesmo que o façamos fora da celebração do rito eucarístico, este, acompanhado da Palavra proclamada, mais a palavra partilhada, compõe a simbiose necessária para a evangelização e, por sua vez, a ação eficaz da Graça. Logo, terá seu efeito. Do antigo rito, foram conservadas da fórmula clássica as palavras: “Lembra-te de que és pó e ao pó voltarás” (Gn 3, 19) e acrescentou-se: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1, 15). Estas frases se completam: uma fala da caducidade do homem e a outra, a atitude de conversão a Cristo, ambas próprias para o tempo da Quaresma. As cinzas recordam nossa condição frágil, efêmera. É o que sobra daquilo que se queima. Nas primeiras páginas bíblicas, fala-se das cinzas (pó): “Deus modelou o homem com o pó apanhado do solo” (Gn 2, 7), significado esse da própria palavra “Adão”, a quem recorda seu destino: “És pó e ao pó voltarás” (Gn 3, 19). Tudo isso nos enche de “humildade” = HUMUS = TERRA. Vários são os outros textos que nos reportam a essa realidade: Sr 17, 32; Ecl 3, 20; Sl 104[103]; Sl 29. Ao nos deixarmos impor as cinzas, pretendemos mudança. Mesmo que nos pareça impossível, é pela graça de Deus em Cristo que no caminho quaresmal a ser percorrido, da renovação na água lustral, mais o exercício constante da caridade, alcançaremos a fé. É momento de oração intensa. Assim, dizemos: “E clamo ao Senhor em alta voz” (Jt 9, 1). A imposição das cinzas, para nós, cristãos, torna-se gesto não mais de mera simbologia à caducidade humana, mas sim, frutuoso itinerário rumo à ‘Vida’. As cinzas a que nos referimos agora, querem simbolizar as cinzas da ressurreição. Cinzas Pascais! Elas nos recordam que a vida é cruz, mas, ao mesmo tempo, nos garantem o ápice na ressurreição em Cristo. É deixar-se alcançar pela Vida Nova e Gloriosa do Senhor Jesus. Portanto, ao começarmos com as cinzas e ao terminarmos com as águas do batismo, entramos numa longa e bastante diversificada vivência de orações, cantos, leituras, jejuns, penitências. Dentre os ‘sacramentais’, as cinzas e a água nos recordam melhor a realidade da nossa humanidade bem como aquilo que nos foi reservado: a Eternidade! * Fontes: Conc. Vat. II; Missal Romano; Celebrando a Palavra (Fernando Armellini); Gestos e Símbolos (José Aldazábal); Dicionário Liturgia Por Pe. Gentil Lopes de Campos Júnior, pároco da Paróquia Santa Bárbara de Guaranésia Marcar o caminho Quanto à reconciliação, podemos falar das cinzas que marcam de forma singular esse período, com a grande celebração de abertura do tempo quaresmal. Talvez seja, para muitos, a primeira das grandes celebrações a serem vividas nesta época. Não é muito antigo o costume de todos receberem as cinzas na fronte ou cabeça, como possamos supor. Na verdade, nos primeiros tempos da Igreja, a intenção era marcar o caminho quaresmal dos “penitentes”. Quem Fevereiro/2015 7 Reportagem Missa solene marca 99 anos da Diocese de Guaxupé Celebração em Guaxupé teve lançamento de Selo Postal comemorativo e início da peregrinação com a imagem de Nossa Senhora das Dores 8 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades ria próspero”, frisou. Nesse sentido, o bispo exortou que, neste tempo, as Santas Missões Populares chegam para aquecer ainda mais o coração das pessoas. “Abraçamos as Santas Missões, é um ânimo novo. Queremos ser uma Igreja em saída. As missões querem provocar em nós o desejo de falar de Deus e do verdadeiro sentido da vida”, explicou. Selo e Imagem Peregrina Presidida por Dom José Lanza, missa deu início ao Ano Jubilar da Diocese Uma tarde festiva e de muita fé. Assim foi a Santa Missa em comemoração aos 99 anos da Diocese de Guaxupé, realizada no domingo, primeiro de fevereiro, na Catedral de Nossa Senhora das Dores, na cidade episcopal de Guaxupé. A data oficial da criação é 03 de fevereiro de 2016. Presidida pelo bispo diocesano dom José Lanza Neto, a celebração reuniu o clero e a comunidade católica da região para o lançamento de Selo Postal comemorativo e início da peregrinação com a imagem de Nossa Senhora das Dores. Dom Lanza abriu a solenidade falando da importância deste momento histórico e do significado especial desta Santa Missa para a Igreja Particular de Guaxupé, já que se trata do ano de abertura dos 100 anos. Houve então a proclamação oficial do Ano Jubilar. ”Para que se torne claro para todos que na Diocese de Guaxupé a Páscoa de Jesus Cristo é celebrada e vivida intensamente, em cada comunidade e paróquia”, anunciou padre Sandro Henrique, animador da celebração. Ao som marcante de cornetas, foi descerrada a grande imagem do brasão da Diocese de Guaxupé, colocada ao alto do altar da Catedral, anunciando assim, a todo povo de Deus, que está iniciado o Ano Jubilar da diocese. Em sua homilia, dom Lanza destacou que os grupos de pessoas que se unem em oração acabam por formar uma comunidade e assim surgem as paróquias. “Assim aconteceu há 99 anos quando alguém achou que aqui nessa terra seria necessário fundar uma nova diocese, para que Jesus permanecesse na vida daquela gente. Estamos aqui hoje porque alguém acreditou que se- Encenação antecede a entronização da imagem de Nossa Senhora das Dores Imagem peregrina percorrerá todas as Paróquias da Diocese Ao final do ritual litúrgico da Missa, teve início a solenidade de lançamento do Selo Postal personalizado, fruto de uma parceria entre a diocese e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Para marcar o momento, estiveram presentes representantes dos Correios que, juntamente com dom Lanza, padre Henrique Neveston, coordenador diocesano de pastoral, e padre Reginaldo Silva, cura da catedral, carimbaram o documento comemorativo, lançando oficialmente o novo selo. “Sinto-me honrado por estar presente aqui. O selo é mais uma forma de registrar e eternizar esse momento. O Selo Postal transmite informações em gerações. Parabéns, Diocese de Guaxupé”, discursou João Carlos Pereira, gerente regional dos Correios, região de vendas Centro Sul Minas. A partir de agora, toda correspondência oficial da diocese e paróquias terá este selo personalizado, que também poderá ser adquirido nas agências dos Correios por colecionadores e para uso comercial. Após o lançamento, houve um dos momentos mais esperados pelos fiéis. Uma apresentação teatral, retratando o anúncio do Anjo Gabriel e Maria aos pés da cruz de Jesus, anunciou a entrada da imagem de Nossa Senhora das Dores, padroeira da diocese. A réplica perfeita da primeira imagem da Diocese de Guaxupé foi confeccionada em São João Del Rei/MG. Especialmente para a peregrinação, durante um ano, a imagem visitará todas as paróquias da diocese. Ao final da celebra- Fevereiro/2015 ção, ela foi entregue ao padre Francisco Carlos Pereira, pároco da Basílica Nossa Senhora da Saúde, de Poços de Caldas, primeira comunidade a receber a imagem da santa. A peregrinação se encerrará em 31 de janeiro de 2016, data da comemoração dos 100 anos. Por Julianne Batista Selo Oficial do Centenário é lançado 9 A Caminho do Centenário Esclarecimentos sobre a arquitetura e símbolos contidos na Catedral Parte externa Em forma de cruz Ao observarmos a Catedral de um ângulo superior, notamos que esta aparenta-se a uma forma de Cruz. O galo no topo da torre O formato da frente Como em muitas igrejas, é o de uma âncora, ponto firme numa tempestade. deira, notamos abelhas pousadas sobre flores de maracujá. São mamangavas que lhes sugam o néctar e as polinizam, dando frutos. As abelhas são símbolos da produção, da doçura e do mel. Assim, este é um convite à vida com Deus, que é doce como o mel. Experimentemos, pois, esta agradável surpresa. A flor de maracujá é o símbolo da Paixão de Cristo, mistério de Deus, que nos trouxe a salvação. que eram pessoas simples. Eis aí outro convite para que sejamos apóstolos de Cristo. Ao se observar os dois últimos arcos junto ao altar, notamos que eles são maiores que os outros. Semelhante às igrejas romanas do séc. IX, a presença do galo na torre simboliza o anunciar do alvorecer, isto é, o despertar para a fé, uma nova vida junto de Deus. Para os apóstolos e seus discípulos, pescadores de homens e almas, um local para orações deveria ser seguro e firme, onde nada os perturbasse. Acostumados a pescar para obter alimento, os apóstolos obtinham segurança quando, em seus barcos, durante as tempestades, lançavam a âncora ao fundo do rio. Simbolizada desta maneira, foi feita a frente da Catedral. Em forma de âncora, é símbolo de um ponto firme e de apoio, imagem de fé, confiança, esperança e de salvação, principalmente durante as tempestades da nossa vida. Cruz gloriosa de Cristo A palavra Cristo, em grego, se escreve: CRISTO = Xristos Dessa maneira, abreviou-se o nome de Cristo com duas letras iniciais: X P (C R) Filamentos da base da flor em forma de coroa: Coroa de Cristo Estigmas: cravos que pregaram Cristo à Cruz Cor roxa predominante da flor: cor da túnica de Cristo Gavinhas: o açoite 5 Estames: as 5 chagas Cálice da flor: cálice de vinho “Afasta de mim este cálice” Folha do maracujá: lança que feriu Cristo no tórax. Somos recebidos pela Santíssima Trindade Pai e Filho e Espírito Santo A Santíssima Trindade recebe-nos de braços abertos, em forma de símbolo: três arcos à entrada da Catedral e nas torres. Os antigos romanos eram politeístas e adoravam o sol, símbolo do invencível, como seu deus principal. Na época do imperador Constantino, quando adotado o cristianismo, foi colocado o X P no centro de um círculo formado pelo “louro da vitória”. Posteriormente, o louro foi substituído pelo símbolo do sol. O dia de homenagem ao deus sol era 25 de dezembro. Na Catedral, encontramos logo acima da porta de entrada, o X P sobreposto a uma Cruz. Cristo na Cruz é a Luz da nossa vida. 10 Flor da Paixão Nos portais de entrada que são de ma- Parte interna Arcos Notamos que o número de arcos tem seu significado. Ao adentrarmos a Catedral, o que nos chama a atenção são os imponentes arcos romanos que sustentam toda a estrutura e que envolvem inteiramente toda a assembleia e o altar. Na parte da assembleia, há doze arcos, sendo seis do lado direito e seis do lado esquerdo. Simbolizam os doze apóstolos Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades Significam dois apóstolos com missões mais nobres: • Pedro, com o comando da Igreja (à esquerda, onde se encontra o Santíssimo; Mt 16,18-19) • João, com a missão de cuidar de Nossa Senhora (arco à direita, onde se encontra a imagem de Nossa Senhora das Dores; Jo 19,26). No altar, temos quatro arcos, dois de cada lado, representando aqueles que escreveram a vida de Jesus, os quatro evangelistas. Ao fundo, notamos sete arcos rodeando a Cristo, sendo o número sete na Bíblia e no meio cultural judeu, o número da perfeição. Representa onde se encontra o máximo de perfeição, Jesus Cristo. Em certa época (séc. IV), as Missas eram rezadas sobre o túmulo de um mártir. Posteriormente, referente a essa memória, na pedra do altar, foi embutida uma caixinha com relíquias de um mártir (Pedra d’ara). chama do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Isso nos dignifica e nos lembra da missão apostólica que devemos cumprir sempre iluminados pelo Espírito Santo (At 2,1-4). Abaixo da imagem de Jesus crucificado, há um mural de pedra, escrito: Por vezes, o número sete nos transmite também o máximo, mas em sofrimento. Isso é notado nas sete dores de Nossa Senhora, estampadas nos sete vitrais acima dos sete arcos. Todos os arcos são em estilo romano. Cristo: Pedra angular Se notarmos, nos arcos, há na sua parte mais alta, uma pedra que une e serve de apoio para as outras. PETRA AUTEM CHRISTUS Que significa: A PEDRA ENTRETANTO É CRISTO (1 Cor 10,4) Associa-se à passagem de Moisés no deserto, quando seu povo quase morria devido à sede intensa. Então, Moisés com uma vara, bate em uma pedra e desta, jorra água, salvando a vida de seu povo (Ex 17,6). Assim, vem de Cristo a água que nos sacia, salvando-nos para nunca mais termos sede (Jo 4,13-14). Em nossa Catedral, existem relíquias de dois santos mártires: santo Fidente e Santa Vitória. Lustres – luz da sabedoria Os lustres são em formato octogonal e representam as bem-aventuranças, que são em número de oito. Elas são guias e luzes de sabedoria para nossa vida cristã (Lc 6,20-26; Mt 5,3-11). À ENTRADA DO PRESBITÉRIO À entrada do presbitério, onde, antigamente era a mesa da comunhão junto à qual se ajoelhava para recebê-la: ET DE PETRA MELLE SATURAVIT EOS (Salmo 80; Ex 16,31) 5 cruzes: 5 chagas ESTANTE DA PALAVRA É daí que Deus nos fala Esta é a pedra angular, símbolo de Jesus, que encontramos na Bíblia, significando a pedra de sustentação, de apoio para nossa vida; Is 28,16. Cristo na Cruz – redenção Ao fundo, vemos a imagem de Jesus crucificado, de cor escura como todo crucificado, que por asfixia, vai perdendo a oxigenação e, em aspecto de sofrimento, apresenta o semblante da dor (Lc 23,16). Vista lateralmente, tem o formato de uma serpente, lembrando-nos da ação de Moisés quando no deserto, ao colocar uma serpente de bronze pendurada no alto de uma haste de madeira. Pede ao seu povo que olhe para ela, pois seus pecados seriam redimidos (Números 21,9). Cristo – Pedra Fonte de água que sacia nossa sede. Cátedra É uma cadeira especial (cátedra) que fica no presbitério: Significa: E A PARTIR DA PEDRA SATUROU-OS COM MEL Isto é, a pedra que é Cristo, simboliza o Maná do deserto com sabor de mel, símbolo da doçura e do verdadeiro amor, o agape (amor doação) que nos sacia para nunca mais termos fome. Ramo de trigo: pão Cacho de uva: vinho (Gn 14,18-19; Lc 22, 17-20) Altar – mesa da imolação Símbolo de sacrifícios. De entrega total. Local onde eram feitas as oferendas (sacrifícios) para Deus. Mesa da última Ceia e de proximidade com Deus. “E assim é o oráculo do Senhor...” Escutar, guardar, cumprir e transmitir a Palavra constitui a missão da Igreja. Pentecostes Distribuídas e embutidas nas paredes da Catedral, por ocasião da consagração (1960), encontramos doze cruzes feitas de mármore que representam os doze apóstolos. Junto a cada uma delas há a chama de uma vela, simbolizando a Fevereiro/2015 Ela pertence ao Bispo Diocesano que, a rigor, possui o múnus (missão) de ensinar, santificar e pastorear sua Igreja Diocesana. É símbolo do poder que deve ser entendido como serviço, como bem sugere o relato do IV Evangelho sobre o “lava-pés” (Jo 13,5-9). Por Sérgio Oliveira Lima, médico e membro da Paróquia Nossa Senhora das Dores em Guaxupé 11 Comunicações Comemorações de Fevereiro Natalício 06 Pe. Ronei Mendes Faria 08 Pe. Eduardo Pádua Carvalho 12 Pe. Renato César Gonçalves 16 Pe. Paulo Carmo Pereira 18 Pe. Claudemir Lopes 26 Frei Aldo Nasello Ordenação 02 Pe. Celso Mendes de Oliveira 05 Pe. Alessandro de Oliveira Faria 05 Pe. José Natal de Souza 05 Pe. Julio César Martins 05 Pe. Ronaldo Aparecido Passos 05 Pe. Ronei Mendes Lauria 06 Pe. Benedito Clímaco Passos 08 Pe. Gilmar Antônio Pimenta 09 Mons. Enoque Donizetti de Oliveira 11 Pe. Valdenísio Justino Goulart 11 Pe. Renato César Gonçalves 13 Pe. Janício de Carvalho Machado 14 Pe. Rodrigo Costa Papi 15 Pe. Marcos Alexandre Justi 18 Pe. Ronaldo Robster 20 Pe. Sandro H. Almeida dos Santos 21 Pe. Antonio Carlos Melo 22 Pe. Guaraciba Lopes de Oliveira 22 Pe. Luciano Campos Cabral 26 Pe. Paulo Sérgio Barbosa 27 Pe. José Benedito dos Santos Agenda Pastoral de Fevereiro 1 Aniversário de Criação da Diocese de Guaxupé - 99 anos – Missa de abertura da peregrinação de Nossa Senhora das Dores na Catedral às 15h em Guaxupé Lançamento do selo comemorativo dos 100 anos da Diocese 7 Diocese: Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral em Guaxupé Reunião da Coord. Diocesana de CEBs em Nova Resende 9 Diocese: Coletiva de imprensa sobre a CF 2015 em Poços 9-12 Encontro de Coordenadores de Pastorais do Leste II em Uberaba 10 Diocese: Coletiva de imprensa sobre a CF 2015 em Paraíso 11 Diocese: Reunião da Pastoral Presbiteral em Guaxupé Coletiva de imprensa sobre a CF 2015 em Guaxupé 12 Diocese: Coletiva de imprensa sobre a CF 2015 em Alfenas 13 Diocese: Coletiva de impressa sobre a CF 2015 em Passos 14-17 Setores: Retiro de Carnaval – RCC 18 Cinzas – Início da Quaresma – Abertura da CF 2015 21 Setores: Reunião dos Conselhos de Pastoral dos Setores (CPSs) 28 Diocese: Reunião da Coord. Diocesana dos Grupos de Reflexão em Guaxupé Reunião da Coord. Diocesana da Catequese em Guaxupé Reunião Diocesana do Serviço de Animação Litúrgica em Guaxupé Reunião da Equipe Diocesana de Comunicação em Guaxupé Reunião do Setor Famílias em Guaxupé Reunião do Conselho Diocesano do ECC na Paróquia São José em São Sebastião do Paraíso MENSAGEM DO SAV (Serviço de Animação Vocacional) Temos dito, nas comunidades paroquiais de nossa Diocese, que a “vocação” é algo que atinge a todos. Pode-se afirmar, de um modo geral, que existem três níveis de vocação. 1º: Vocação à vida: sem merecermos nem pedirmos. Deus nos chamou à vida, nos concedeu a graça de ter um lugar no mundo, nos deu o presente de construir uma história na terra. Em primeiro lugar, Deus nos chama à vida! 2º: Vocação cristã: pelo Batismo, Deus nos chamou para sermos filhos adotivos seus, templos vivos do seu Espírito e membros da sua Igreja. Pela vocação cristã, todos somos abençoados com a graça de compartilhar da vida divina e participar dos sacramentos da Igreja. Sobretudo, enriquecidos com tantos dons, somos chamados a servir a Deus na comunidade em tantos trabalhos pastorais que precisam ser feitos. Tudo isso pela vocação cristã! 3º: Vocação específica: como desdobramento da vocação cristã, Deus faz outros chamados, que apontam para projetos de vida que envolvem toda a existência das pessoas. São os casos das vocações matrimoniais, ou seja, das pessoas chamadas a viver a realização e a felicidade no amor conjugal e a cuidar, em nome do Senhor, de uma “Igreja doméstica”, a família. E das vocações religiosas e sacerdotais, nas quais homens e mulheres são chamados a consagrar toda sua vida a Deus. Bendito sejais, Senhor, pelos nossos ministros ordenados (bispos, padres e diáconos) e religiosos e religiosas! Dirigimos a palavra, de um modo muito especial, aos jovens leitores deste texto: SE VOCÊ, JOVEM, SE SENTE CHAMADO POR DEUS PARA SER PADRE, NÃO DEIXE DE MANIFESTAR ISSO AO SEU PÁROCO. Ele o encaminhará a nós PV/SAV Guaxupé Serviço de Animação Vocacional Rua Manoel Machado, 577 Pq. do Convento | Guaxupé – MG | Cep.: 37800-000 Fone: 35 3551-1377 | E-mail: [email protected] Nota de pesar pelo falecimento do padre Adelmo Arantes Rosa Faleceu no dia 25 de dezembro, o padre Adelmo Arantes Rosa, aos 79 anos. Alguns dias antes, havia falado ao Comunhão, através do Livre Acesso, transmitindo uma bela mensagem de vida, publicada na edição de janeiro. Padre Adelmo era pároco emérito da Basílica Nossa Senhora da Saúde, em Poços de Caldas. Nas atividades que exerceu em nossa diocese, sempre se mostrou atencioso, zeloso e dedicado, revelando seu autêntico amor a Jesus Cristo e à Igreja. A Diocese se despede do padre Adelmo com profundo sentimento de gratidão. 12 que estamos à disposição para ajudá-lo a refletir e discernir sua vocação. Jamais deixe que o toque que Deus possivelmente fez ao seu coração, atraindo você para a vida sacerdotal, fique escondido. Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades