AS FESTAS E DIVERSÕES DOS SOLDADOS DA BORRACHA Um estudo de seringueiros do Alto e Baixo Acre e Juruá Población, turismo e identidade cultural No presente artigo buscou-se apresentar alguns relatos dos seringueiros do estado do Acre a respeito da vida no seringal centrando na questão das festas e outras diversões. A partir disso, foi possível constituir a identidade estabelecida com o lugar. Para a pesquisa fizemos, inicialmente, uma criteriosa pesquisa bibliográfica sobre a questão da borracha no Brasil e sobre pesquisa qualitativa. Utilizamos autores como Samuel Benchimol, Leandro Tocantins e Silvio Martinello no que tange a Amazônia sul-ocidental e pesquisadores como Uwe Flick, Vera Lucia Salazar Pêssoa e Luiz Antonio Bittar Venturi para a metodologia qualitativa. Além disso, estudamos a questão da memória, identidade e lugar para enriquecer o processo de análise principalmente por autores como Maurice Halbwachs, Aleida Assmann, Valter Cruz, Werther Holzer, Anne Buttimer e Yi –Fu Tuan. Em seguida construímos um roteiro de entrevistas que foi aplicado no campo em aproximadamente 15 seringueiros que vivem na região do rio Acre e do rio Juruá. Metade deles nasceram no nordeste do Brasil e levaram suas culturas e a outra metade nasceu na Amazônia brasileira, principalmente no estado do Amazonas. Para interpretação e inferência das entrevistas nos utilizamos de técnicas de análise de conteúdo de Laurence Bardin. Nesse artigo apresentamos todo o processo de coleta e tratamento das informações, assim como os resultados de modo que seja possível compreender não apenas os conceitos e os temas que nos serviram como base, mas também a questão do método em pesquisas voltadas à Geografia Cultural e à Fenomenologia. Esse artigo é resultado da pesquisa de mestrado em Geografia. Palavras – Chave : Seringueiros, Acre, Festas, Lugar