Os índices de desemprego no Brasil nunca estiveram tão

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Economia Solidária e Geração de Trabalho, Emprego e Renda
* Paulo Bracarense
Os índices de desemprego no Brasil nunca estiveram tão baixos.
Tanto o indicador nacional, como os regionais e locais aproximam-se
muito daquele valor mínimo considerado pelos economistas como
limite entre o pleno emprego e a busca de colocação. De outra forma,
os economistas definem que valores de desemprego abaixo de 5%
são indicativos de uma economia de pleno emprego. O desemprego
abaixo deste valor é conhecido como desemprego friccional, que é
causado
pela
busca
de
uma
melhor
colocação.
O Brasil atingiu agora no final de 2011 a sexta economia mundial
ultrapassando o PIB da Inglaterra, no entanto, está muito longe de
equacionar o problema da enorme concentração da renda e da
propriedade o que limita inclusive a execução de programas que
visem
a
erradicação
da
miséria
em
solo
brasileiro.
Neste contexto a busca por melhores salários,melhores condições de
emprego e a realização de trabalho produtivo impõem-se de maneira
muito forte, acompanhadas também do estabelecimento de novas
formas de relações do trabalho e também de sua organização. Se por
um lado o aprofundamento de atividades de empreendedorismo
ganha força, também experiências coletivas de trabalho e produção
vêm se disseminando tanto no meio rural como no meio urbano.
Estas experiências coletivas, que abrangem o empreendedorismo
popular solidário, são construídas tendo por base uma lógica
diferente da do empreendedorismo individual. Elas têm como
propósito o estabelecimento do negócio social que antes da obtenção
do lucro, que na maior parte das vezes implica na exploração de
mão-de-obra alheia, busca com resultado a satisfação das
necessidades essenciais de um grupo de pessoas ou de uma
coletividade.
Define-se, então, a Economia Solidária como uma maneira diferente
de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver em
uma atitude que tem por base mais a colaboração do que a
competição. Compreende-se, portanto, Economia Solidária como o
conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição,
consumo, poupança e crédito, organizados sob a forma de
autogestão. Iniciativa coletiva, com democracia interna e que
remunere o trabalho de forma a satisfazer as necessidades de quem
o
exerce.
Assim o alicerce da Economia Solidária (que tem sua
institucionalização no Governo Federal através de uma secretaria
específica do Ministério do Trabalho e Emprego a partir de 2003) foi
construído com base em quatro pilares: a cooperação, a autogestão,
a
dimensão
econômica
e
a
solidariedade.
Empreendimentos desta natureza vêm recebendo, nos últimos anos,
crescente apoio de governos municipais e estaduais. No Paraná, o
reconhecimento da importância desta atividade ficou claro já na
denominação do novo arranjo para a Secretaria do Trabalho que
passou a ser denominada a partir do início do novo governo como a
Secretaria do Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária.
A cidade de Curitiba prepara a partir da visita do Secretário Nacional
de Economia Solidária, o Economista Paul Singer, programa
específico para a área com a destinação de linhas de microcrédito que
fortaleçam empreendimentos solidários. Paulo Singer esteve na
capital paranaense em 15 de dezembro de 2011 para a comemoração
do
Dia
Nacional
da
Economia
Solidária.
Vale lembrar que a expressão “microcrédito” foi cunhada pelo
professor bengali de economia Muhammad Yunus, vencedor do
Prêmio Nobel da Paz em 2006 por sua contribuição na formulação dos
conceitos
de
Negócio
Social
e
Banco
dos
Pobres.
Paulo Bracarense
Emprego
é
secretário
municipal
do
Trabalho
e
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