Câncer o o Hiperplasia: Diferentes tipos celulares Câncer Proliferação de mesmo clone neoplásico Genótipo semelhante Descontrole do crescimento celular (mitose) • Check-pojnt G1-S : antes da fase S • Check-point G2-M : antes de entrar em mitose Mecanismos genéticos: Proteínas no ponto G1-S – Favorecem ou impedem entrada na fase S Proteína Rb (Retinoblastoma) – Age nessa fase se ligando a proteína E2F • E2F induz a transcrição de genes necessários a replicação do DNA – Rb é uma proteína inibitória para a replicação – Impede a entrada na fase S – Rb só funciona em seu estado hipofosforilado • Ciclina D e E fosforilam a proteína Rb • Elas a impedem de se ligar a E2F, induz entrada em S P53 (Gene mais freqüentemente mutado em CA) – Induz transcrição de genes que estimulam a apoptose das células • Avalia se o DNA celular está muito mutado, caso esteja, induz a morte celular programada (apoptose) Mutações em câncer: Maior parte das vezes gene que regulam a divisão celular Três principais classes de genes – Oncogenes o Induzem entrada em fase S – Fatores de transcrição – Fatores de crescimento – Tirosinoquinases – Proteínas transdutoras de sinal o Proto-oncogene: Gene exercendo sua função normal na célula o Oncogene ativado: Gene com ação alterada na célula, por mutação, p.e. o Oncogene: Não especifica se está ativado ou não – Anti-oncogenes = gene supressor tumoral – Genes de reparo do DNA ONCOGENES A maioria das mutações nos oncogenes são Somáticas (Não se transmitem), Dominantes, De ganho de função. Aumentam a taxa de multiplicação celular (↑chance de ocorrerem novas mutações nos oncogenes Câncer) Mecanismos de ativação (oncogene ativado) Mutação : Somáticas, dominantes e de ganho de função Inserção viral: HPV, EBV e HBV Mais relacionado a retrovírus Ciclo lítico: Multiplicação viral e morte celular, menos risco de CA Ciclo lisogênico: Vírus se integra ao DNA, semelhante a mutação do DNA Maior poder carcinogênico DNA vírus atuam separando Rb do E2F (não por fosforilação) promovendo replicação e fase S HPV - Carcinoma de colo, cólon e reto EBV - Linfoma de Burkitt HBV – Hepatocarcinoma Translocação : Cromossomo Philadelphia Pode ativar esses oncogenes, aumenta a multiplicação celular, levando ao câncer Cromossomo Philadelphia: o É o modelo mais conhecido: t (9q34,22q11) o Genes bcr e abl tirosinoquinases 9q34 – gene abl – oncogene, se ativa na quebra - Abelson 22q11 – gene bcr – breakpoint cluster region o 90% dos casos de LMC – indica bom prog. o 10% dos casos de LLA – mau prognóstico o Bcr-abl é ativado continuamente causando instabilidade genômica e facilitando crises blásticas Mesilato de Imatinib (Glivec): Inibe potentemente tirosinoquinase Bcr-abl Linfomas envolvendo: t(8q24,14q), t(8q24,22q), t(8q24,2q) Em 8q24 há o proto-oncogene C-Myc Translocação: esse gene inteiro fica perto dos sítios de genes de Imunoglobina Quando gene da Ig é transcrito, C-Myc tb Amplificação : Double-minute, N-Myc no neuroblastoma Double-minute ou duplo-minuto DNA extra-cromossômico com várias cópias de oncogene amplificado Fases avançadas de tumores sólidos No neuroblastoma a amplificação do N-Myc pode resultar em: Duplo-minuto Aumento do cromossoma 2 às custas de um bloco de DNA que não se bandeia devido à múltiplos genes N-Myc (Regiões HSR – Homogeneously staining region) ANTIONCOGENES Genes supressores tumorais – Menos freqüentes que os oncogenes – Tendem a inibir a multiplicação celular – Mutações • Acarretam perda de função • Recessivas • Constitutivas (mais freqüente) ou somáticas Estão relacionadas às formas hereditárias – Mama – 5-10%, próstata –5%, ovário, melanoma, colorretal, pulmão, bexiga e a maioria dos CA epiteliais são mais relacionados a padrões hereditários RETINOBLASTOMA É o protótipo do CA hereditário Tumor de retina, acomete principalmente crianças – Unilateral (75%) ou bilateral (25%) A primeira metástase é para SNC – Invade o nervo óptico Diagnóstico tardio leva a enucleação Diagnóstico precoce com leucocoria – Pode ter estrabismo ou glaucoma associados 40% hereditário (AR) / 60% esporádico Todos os bilaterais são herdados – O diagnóstico nesses é mais precoce – 12-18 meses – 15% dos unilaterais também são herdados • Então o diagnóstico em geral se confirma aos 3 anos Base da Teoria de Knudson (2 hit model) – Retinoblastoma causado por mutação no gen Rb – Mutação autossômica recessiva no cromos. 13 – Forma hereditária (60% são mutações “de novo”): • Células tumorais têm 2 cópias do gene mutadas • Resto do organismo tem apenas 1 cópia mutada – Na esporádica o resto do organismo não tem mutação – Adultos heterozigotos podem fazer retinoma (benigno) Na forma hereditária desse CA: – O tumor ocorre com perda dos dois alelos – O 1º evento é constitucional (herdado) – O 2º evento é somático (esporádico) Outras complicações do Retinoblastoma: – Risco aumentado de sarcoma ósseo em áreas irradiadas • Evitar radioterapia nesses pacientes (Cir, QT ou braquiterapia) – Retinoblastoma trilateral: Bilateral + Metástase pineal O que se herda é o aumento do risco de CA Indivíduos heterozigotos para o gene: – 85-90% fazem retinoblastoma (pentrância do gene) – Podem transmitir o alelo mutado (50%) SÍNDROME DO CA MAMA-OVÁRIO 5% do CA de mama têm padrão hereditário – 80% destes são S. de CA mama-ovário Também é “uma doença recessiva de transmissão dominante” Múltiplos casos de CA mama na família Idade precoce de aparecimento (< 50 anos) Associação com CA ovário ou outros CA – 2/3 das famílias têm mutação BRCA1 (17q) – 1/3 das famílias tem mutação BRCA2 (13q) Critérios de inclusão – Presença de CA mama na mãe e na filha – CA mama na filha e ovário na mãe – CA ovário na filha e mãe antes dos 50 anos – CA bilateral mama e/ou ovário antes dos 50 Histologicamente são ductais infiltrantes A forma hereditária é mais comum ser receptores de estrogênio e progesterona – – Na forma esporárica é mais comum ser receptores + • Nesses casos se oferece tamoxifeno ou raloxifeno – Inibidores da aromatase inibem ação estrogênica BRCA 1 predispõe a: – CA de mama (70-80%) – CA de ovário (20-60%) – CA de próstata (5-8%) – CA colorretal (2-3%) BRCA 2 predispõe a: – CA de mama (70-80%) – CA de mama em homens (6-7%) – CA ovário (20-40%) – CA próstata (5-10%) – CA colorretal (2-3%) – CA vias biliares e CA pâncreas Vigilância e prevenção em BRCA 1 ou 2 + – Mamografia (ou MRI) a partir dos 30-35 anos • Não se faz em homens, mesmo com BRCA 2 comprovado – Exame clínico das mamas a partir de 35-40 anos – Ou 10 anos antes do CA mais precoce na família – USG transvaginal e CA 125 (para CA ovário) – Ooforectomia bilateral profilática • Apenas se a mulher não deseja mais ter filhos • Ainda deixa em 12% o risco de carcinomatose peritoneal • Também reduz em 40% o risco de CA de mama – Mastectomia bilateral profilática • Reduz para 1-2% o risco de CA de mama (plastrão) – Sangue oculto nas fezes anual 35-40 anos (CA colorretal) – Toque retal e PSA em homens a partir de 35-40 anos CÂNCER COLORRETAL 3ª causa de CA em homens e mulheres 80% do CA colorretal é esporádico Dos CA hereditários 90% são poliposos – Póliopos adenomatosos vilosos (pré-maligno) • Recurso mnemônico: vilão é o do mal – Tubulo-vilosos e tubulares podem virar vilosos – Pólipos hamartomatosos não são pré-malignos No CA esporádico a primeira mutação está: – Células epiteliais no gene APC, K-ras e/ou p53 Ligado a idade, pólipos, DII, tabaco e dieta POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR Ligada aos genes APC (Cr. 5) e MYH Herda-se a primeira mutção Os pólipos inicialmente são benignos Associado a Hipertrofia pigmentar da retina Diagnóstico coloscópico: – Mais de 100 pólipos é patognomônico Risco de CA de 100% aos 40 anos se não tratado Tramento indicado: – Colectomia profilática com anastomose íleo-retal. – Continuar fazendo retossigmoidoscopa a cada 3 anos – Aconselhamento genético FAP clássica Polipose Juvenil S. de Gardner – Osteoma, fibroma e cistos sebáceos S. de Turcot – Associada a tumores de SNC Formas não-adenomatosas – S. de Cowden – S. de Peutz-Jeghers – S. de Cronkhite-Canada ( Não-hereditária ) HNPCC – Sd. de Lynch Forma não-poliposa – Na verdade pode ter poucos pólipos 5 genes responsáveis – MLH1 e MSH2 (90% dos casos) – MSH6 (7%), PMS e PMS2 Tipos de câncer envolvidos: – CA colorretal (80%) – Se apenas colorretal chama-se Lynch I – CA endométrio (30-40%) – CA extra-colônico: Lynch II – CA estômago (20%) – CA ovário (10%) – CA urotélio (bexiga e vias urináras) – CA trato hepato-biliar – CA SNC Diagnóstico: – Critérios de Amsterdam II: 3 ou mais membros afetados (2 deles de 1º grau) Duas gerações sucessivas afetadas 1 ou mais desses cânceres relacionados antes dos 50 anos Excluir FAP – Instabilidade de microssatélites Mesmo usado para identificação humana Falha em gene de reparo de DNA leva a isto Patologista seleciona tecido são e tumoral – Diagnóstico molecular Acompanhamento – USG abdominal / histeroscopia / Imagem SNC – Retossigmoidoscopia e enema baritado a cada 3 anos Outras formas importantes: Síndrome de Li-Fraumeni Síndrome de Cowden MEN-1 MEN-2 Neurofibromatose I Neurofibromatose II