UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas CS200 ­ Captação e Edição de Áudio Prof. José Eduardo Ribeiro Paiva Lucas Campesan Galego (RA: 172618) Sampling : história, legitimidade e legalidade da técnica RESUMO O uso de samples na produção musical data originalmente da década de 1960. Todavia, sua chegada ao mainstream só ocorreu através do hip­hop nos anos 80, fazendo com que hoje a técnica do sampling seja algo banal e corriqueiro nos estúdios de gravação. Com o decorrer de inovações tecnológicas — partindo dos samplers até os softwares de computadores — a facilidade e flexibilidade na composição musical trazida pelo sampling fizeram com que a técnica se tornasse algo tão comum. Mas será o uso de samples algo legítimo e original? Quais as implicações legais deste uso? Este artigo busca responder estas perguntas, utilizando de exemplos desde a criação da técnica até os dias de hoje para embasar a discussão. Ficou evidente, ao fim da pesquisa, que há uma divisão de opiniões quanto a legitimidade e legalidade da técnica, o que não impede, todavia, seu crescimento exponencial nas produções musicais. PALAVRAS­CHAVE: sampling, sampler, samples, música, hip­hop, direitos autorais INTRODUÇÃO É comum ouvirmos uma música — principalmente as dos gêneros pop, rap e hip­hop — e sentirmos uma sensação de familiaridade com uma batida ou arranjo. Essa sensação ocorre muitas vezes devido a reutilização de uma parte da estrutura de uma música mais antiga que conhecemos nesta música que nos traz o sentimento de familiaridade. Esse processo, cada vez mais utilizados pelos produtores musicais atuais, é conhecido como sampling . 1 A criação do processo de sampling data da década de 1960, porém sua chegada ao mainstream só ocorrerá nos anos 80 através do surgimento do hip­hop. (MCGRATH, 2011) A partir de então, discute­se incessantemente em relação à legitimidade e legalidade na utilizaçao de um sample para criar novas músicas. Alguns argumentam que o sampling é apenas um roubo de parte da música de um artista seguido de modificação e reutilização desse produto roubado, lançado como seu. Outros, porém, acreditam que a criação e organização de samples em novas músicas é uma maneira criativa de fazer novas obras a partir das mais antigas, como uma homenagem. A discussão, porém, toma um rumo mais complexo quando a questão de direitos autorais é envolvida, levando com frequência casos de sampling para serem solucionados na Justiça. Em vista destes problemas, algumas questões são levantadas: como ocorreu o surgimento e o crescimento do sampling durante a evolução da indústria musical? Existe legitimidade na utilização de samples? Quais os problemas legais envolvidos nesta questão? Este artigo procura, portanto, apresentar uma breve história da técnica do sampling, demonstrando sua evolução tecnológica com o passar dos anos na indústria musical e apresentando alguns dos problemas legais envolvidos na sua utilização. Serão utilizados no decorrer deste artigo diversos casos famosos de utilização de sampling e de problemas legais devido à esse uso. DESENVOLVIMENTO Os samples e suas tecnologias de reprodução De maneira geral, samples são amostras (tradução literal do inglês) de sons pré­gravados e armazenados digitalmente que podem ser utilizados em loop para construir novas melodias e composições musicais. Estes sons podem variar desde notas e timbres de instrumentos como guitarras e teclados até vozes humanas e sons aleatórios de ruas e animais. A técnica do sampling, portanto, é basicamente a gravação de sons preexistentes e incorporação destes em uma composição musical inteiramente nova. A vantagem na utilização de samples deve­se ao facilitamento e flexibilização na construção de músicas por produtores musicais, pois não se faz mais necessário criar a partir do zero todos os sons a serem usados, além do fato de que agora os sons podem ser manipulados de 2 inúmeras formas com certa facilidade, permitindo diversas possibilidades criativas. (MILLER, 2008) Fato é que os samples são parte essencial do surgimento da música eletrônica. Nos seus primórdios, as faixas musicais eram criadas por cima de samples de vinis ou através de loops manuais de fitas magnéticas. Nos anos 60, foi inventada uma nova tecnologia que facilitava a reprodução da técnica: os samplers . O primeiro equipamento, conhecido como Mellotron (Figura 1), era simples: utilizava fitas de rolo de 8 segundos com gravações de coros de vozes, flautas e outros sons diversos; cada tecla apertava o botão play no gravador embutido, reproduzindo o som pré­gravado correspondente. Seus resultados eram satisfatórios e, portanto, foram utilizados por diversos artistas como Rick Wakeman, Pink Floyd, Beatles e muitos outros. (TECLACENTER, 2015) Figura 1: Mellotron1 Com a chegada da tecnologia digital, o Mellotron foi substituído por equipamentos mais avançados e que armazenavam os sons gravados num banco de dados digital. Inicialmente, apenas os maiores estúdios conseguiam bancar o custo dos samplers comercializados (aproximadamente U$58,000 no câmbio atual). A partir dos anos 80, com o barateamento dos custos de manufatura de tecnologias digitais, os samplers se tornaram 1 FONTE: http://egrefin.free.fr/images/mellotron/MKVII/Mk7mahogany­1.jpg 3 cada vez mais acessíveis (os modelos E­MU SP­1200 e Akai S950 são exemplos). Dessa forma, o hip­hop destaca­se como um dos primeiros gêneros a utilizar destes equipamentos e, consequentemente, da técnica do sampling para suas composições musicais. (MUSIC RADAR, 2014) Atualmente, sampling é só mais um sinônimo de gravação de sons em formato digital, principalmente quando realizadas em estúdio. O hardware (neste caso, o sampler) agora é parte básica de outros equipamentos como sintetizadores, além de ter transformado­se em software . Assim, as gravações e manipulações de samples podem ser feitas por qualquer um utilizando programas de computadores como FL Studio, Logic Pro, Pro Tools, Cubase etc. Essa facilidade é um dos diversos motivos pela qual a técnica difundiu­se por quase todos os gêneros musicais e revolucionou a maneira de se fazer música. (TECLACENTER, 2015) Origem experimental e difusão no avant­garde A técnica de sampling originou­se de artistas experimentais que trabalhavam com a musique concrète , um gênero de música eletroacústica pautado na utilização de sons incomuns e até mesmo de origem desconhecida (alguns exemplos são vozes humanas, sons da natureza, sons criados digitalmente em sintetizadores etc). De maneira geral, estes músicos manipulavam loops de fitas ou vinis em um fonográfo, criando os samples a serem utilizados em suas obras. Artistas experimentais como Pierre Schaeffer, John Cage, Karlheinz Stockhausen e Steven Reich buscavam quebrar as estruturas clássicas de melodia, rítimo e harmonia, fazendo um som totalmente inovador. O impacto causado por este desvio do clássico levou à uma revolução na maneira de se fazer músicas, perdurando durante todo o resto do Século XX. Ainda mais importante, estes músicos introduziram um novo conceito na música: a utilização de materiais preexistentes na criação de obras de arte originais. (GRANT, 2007) Durante as décadas de 60 e 70, a técnica criada pelos experimentalistas da musique concrète era apenas parte do avant­garde . Apesar disso, alguns artistas e bandas populares que possuíam o costume de experimentar novas tecnologias nos estúdios utilizaram da 4 técnica para realizar algumas de suas obras. A música “Bike” (1967), do Pink Floyd e a composição “Revolution #9” (1968), dos Beatles, são exemplos dessa utilização. (MCGRATH, 2011) Isso não quer dizer, porém, que o uso de samples tornou­se uma técnica mainstream , pois os Beatles, por exemplo, continuaram fazendo músicas convencionais juntamente às experimentais, evidenciando que o interesse da banda não resumia­se necessariamente à novas formas de composição. (GRANT, 2007) O hip­hop e a popularização do sample de outras músicas A partir do final da década de 70 e início dos anos 80, os DJs experimentavam com a manipulação de discos de vinil em dois pratos simultaneamente, levando ao surgimento e crescimento da cultura disco e da música eletrônica. Mark Coleman, em seu livro “Playback”, retoma a importância dos produtores e DJs na criação musical da época: The recording studio and its producers and engineers came to dominate the creative process. Sonic manipulation in the studio became an end in itself, rather than a means of reproducing the sound (...). The ongoing reign of eletronically generated music ­ the endlessly repetitive programs, tape loops, synthetizers, and drum machines pulsing all around us ­ properly begins in the disco era. (...) The disco DJs reinvented pop music by taking the existing technology and stretching it a bit. (COLEMAN, 2005, p. 117) A explosão do sampling, porém, só ocorreu no início dos anos 80 com o surgimento do hip­hop. Inicialmente, tornou­se popular aos DJs a técnica de breakbeats (drum loops) , que consistia em tocar várias vezes o mesmo break de uma música (principalmente os funks de James Brown). É exatamente neste ponto que inicia­se a criação do hip­hop e todos os elementos que constituem o gênero. O DJ Grandmaster Flash, pioneiro na criação do hip­hop, lançou com seu grupo Grandmaster Flash and the Furious Five a música “Rapper’s Delight”, subindo ao topo dos charts em 1979 ao utilizar samples dos hooks da música “Good Times”, da banda Chic, um dos maiores hits disco da história. Coleman comenta sobre a técnica de sampling utilizada pelo grupo: “They appropriated beats and subtly recast melodies, reshuffling and polishing until their borrowings sounded shiny and new”. (COLEMAN, 2005, p. 145) 5 Sem dúvidas, o hip­hop foi muito além da apropriação (ou o que alguns definem como furto) de sons preexistentes. Estes artistas buscavam as partes de músicas com as melhores batidas, arranjos, loops e breaks , sem que ganhassem crédito pelo trabalho de quem sampleavam. No final dos anos 80 e início dos anos 90, sampling não era apenas uma forma de experimentar novos sons ou criar músicas dançantes, mas a base de uma nova era na história da música: a “era dourada” do hip­hop, que viria a influenciar diversos outros gêneros musicais e a maneira de se fazer música deste ponto em diante . Segundo afirma Grant: The late ‘80’s would prove crucial to the history of sampling , solidifying and defining it as a mode of expressions beyond the experimentation that had occured before. This would lead to artists (...) refining their own music and ideas, leaving the late ‘80’s/early ‘90’s as a golden age for sampling , not just in hip­hop but in music in general. (GRANT, 2007) Durante a “era dourada”, a influência do hip­hop e, consequentemente, do sampling atingiu até mesmo bandas pós­punk, como o grupo Beastie Boys. Ao mesmo tempo, bandas mais puramente hip­hop como Public Enemy e N.W.A utilizavam massivamente de samples ­ principalmente de músicas dos gêneros jazz e soul ­ para acompanhar os versos dos raps em suas músicas. O álbum “Straight Outta Compton” (1988), do grupo N.W.A, é considerado uma das maiores obras do hip­hop, utilizando de samples de músicas famosas em quase todas as suas faixas. (GRANT, 2007) Neste ponto, fica evidente pelo sucesso do grupo e desse e diversos outros álbuns que a utilização de samples não era deslegitimizada pelo público e pela crítica, mas sim bastante apreciada. A partir de então, com o crescimento e popularização do hip­hop , a música pop passou a também utilizar do sampling para a composição de sua estrutura. Alguns exemplos notórios de músicas pop, rap e hip­hop da década de 90 até os dias atuais que utilizam samples são: ● “Ice Ice Baby” (1990), do rapper Vanilla Sky, utiliza sample (sem autorização) da música “Under Pressure” (1981), da banda de rock Queen com David Bowie (COMPLEX, 2013) ● “Brass Monkey” (1986), da banda Beastie Boys, utiliza sample da música “Bring It Here” (1981) da banda Wild Sugar (LISTVERSE, 2012) 6 ● “Stronger” (2009), do rapper Kanye West, utiliza sample da música “Harder, Better, Faster” (2007) do duo dance­eletrônico Daft Punk (LISTVERSE, 2012) ● “Hung Up” (2005), da cantora pop Madonna, utiliza sample da música “Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight)” da banda disco ABBA (WHOSAMPLED, s.d.) ● “Yoü and I”, da cantora pop Lady Gaga, utiliza sample da música “We Will Rock You” da banda de rock Queen. Este caso é interessante e excepcional, pois Brian May é o guitarrista tanto da música original (e do Queen) como da que utilizou o sample (HOMBACH, 2012, p. 213) ● “Scary Monsters and Nice Sprites”, do DJ Skrillex, também é um caso excepcional, pois utiliza trecho do vídeo viral do Youtube “Fast Cup Stacking, Oh My God!” como sample para sua música dubstep (LISTVERSE, 2012) ● “When The Levee Breaks”, da banda Led Zeppelin, é mais um fenômeno curioso, pois a bateria em loop na sua introdução foi sampleada por diversos artistas como Beastie Boys, Dr. Dre, Eminem, Björk, Mike Oldfield, Depeche Mode, Erasure, entre outros. (CACERES, s.d.) Pode­se perceber, portanto, que a técnica do sampling ainda é largamente utilizada nos dias de hoje, principalmente devido à popularização da música eletrônica e o sucesso contínuo do hip­hop. A utilização de instrumentos como os samplers ainda é grande, porém a preferência geral é pelos softwares de computadores. (TWEAKHEADZ, s.d.) É interessante notar que em gêneros mais experimentais como dubstep, EDM e hip­hop alternativo é cada vez mais frequente a utilização de samples de trechos de programas de TV, filmes e vídeos da internet. Alguns rappers utilizam até mesmo suas conversas ao telefone como sample, como fez Drake em seu hit “Marvin’s Room” (2011). Este caso gerou controvérsias, pois uma mulher chamada Ericka Lee alegou ser a ex­namorada com quem o rapper conversa ao telefone nesta música, processando­o por direitos autorais como co­escritora da música e exigindo os royalties gerados pelo hit . (ROLLING STONE, 2012) Este é apenas um dos inúmeros casos de problemas envolvendo samples e direitos autorais na justiça, e alguns deles serão apresentados a seguir. 7 Os problemas legais do sampling Como as leis com relação ao direito autoral e de cópia são diferentes entre o Brasil e os EUA, procurei focar esta parte final da discussão nos problemas legais envolvendo produções musicais norte americanas, visto que dominam o cenário musical mundial. A questão do sampling nos Estados Unidos é muitas vezes também uma questão legal, já que envolve problemas de copyright (lei que garante ao criador de uma obra original os direitos exclusivos de seu uso e reprodução). De início era comum a utilização de samples sem permissão do autor da obra sampleada. Todavia, a partir do momento que o sampling começou a gerar lucro, alguns artistas e/ou suas gravadoras começaram a tomar iniciativas legais contra esse uso. (MILLER, 2008) Na maioria das vezes, antes mesmo de ser levada à corte, a ameaça acaba com um acordo entre as duas partes, normalmente com o artista que utilizou o sample obtendo uma licença de uso a partir de um preço determinado no acordo. Em outros casos, o artista que utilizou o sample contesta a ameaça, levando o caso à justiça para que esta determine se houve cópia ou não. Em caso de perda, é comum o pagamento de uma multa à justiça e royalties da música sampleada ao artista original e/ou sua gravadora. Um dos primeiros grandes casos de problemas com sampling na justiça foi a utilização de sample do hit “Roadblock” dos produtores Stock Aitken Waterman na música “Pump Up the Volume” do grupo dance M|A|R|R|S. O sample em questão havia sido distorcido a ponto de ficar quase irreconhecível e os produtores do SAW não haviam percebido até serem notificados por um de seus colaboradores quando “Pump Up the Volume” atingiu o Top 10 das paradas do Reino Unido. Uma injunção legal foi feita pelos produtores do SAW e, através de um acordo, foi decidido que a injunção seria derrubada caso o grupo M|A|R|R|S retirasse o sample quando lançasse a música fora do Reino Unido. Outro caso notório (e já citado como exemplo neste artigo) foi o do rapper Vanilla Ice, que utilizou a bassline da música “Under Pressure” da banda Queen com David Bowie para sua música “Ice Ice Baby” sem autorização. Depois de algumas declarações negando o sample, Vanilla Ice — para evitar levar o caso à Justiça — assumiu que havia sampleado a música e pagou os royalties à Freddie Mercury (vocalista do Queen) e David Bowie, além de colocá­los como co­escritores da sua música. (HESS, 2007, p. 118) 8 Por fim, como forma de evidenciar a gravidade do problema ainda nos dias atuais, cito o caso do sample de “Got to Give it Up”, hit de 1987 do cantor Marvin Gaye, pelo rapper/produtor Pharrell Williams e cantor Robin Thicke num dos maiores hits de 2014, “Blurred Lines”. Após um processo judicial iniciado pela família de Gaye, o júri decidiu que Williams e Thicke pagassem quase 7,4 milhões de dólares à família por quebra de copyright e royalties do lucro advindo da música (que chegavam à 16 milhões de dólares). O caso ainda persiste na justiça, com os advogados de Williams e Thicke procurando um acordo com a família que seja menos prejudicial aos músicos. (THE HOLLYWOOD REPORTER, 2015) CONSIDERAÇÕES FINAIS O sampling é evidentemente uma técnica de composição musical extremamente controvérsia. Em casos como os citados anteriormente, a linha entre inspiração e cópia mostra­se tênue e as opiniões do público e de produtores musicais ficam divididas. Não há como negar, porém, o sucesso e constante crescimento do uso de samples em músicais nos dias atuais. Basta ligar o rádio e ouvir os hits das paradas para perceber que este tipo de homenagem (ou falta de originalidade, dependendo do ponto de vista de cada um) é algo recorrente na indústria musical. Acrescento aqui à título de curiosidade o website WhoSampled.com, que constite num banco de dados riquíssimo contendo samples de todos os gêneros de música ao longo de toda a história da música. É possível, através desta plataforma, descobrir quem são os músicos mais sampleados da história, os que mais samplearam ou os que estão sendo mais sampleados nos últimos anos. Eu, pessoalmente, procuro sempre acessar este banco de dados quando ouço novas músicas para enriquecer meu conhecimento musical ou apenas pra checar se aquela música que ouvi um certo dia era familiar porque possuía um sample que eu reconheci. REFERÊNCIAS CACERES, Guillermo Tinoco S. When the Levee Breaks: A trajetória de uma gravação do microfone ao sampler. Ufjf. s.d. 9 COLEMAN, M. Playback: From the Vitrola to MP3, 100 Years of Music, Machines and Money, New York, DacoPress, 2003. COMPLEX. The 25 Most Notorious Uncleared Samples In Rap History. 2012. Disponível em: <http://www.complex.com/music/2013/04/the­25­most­notorious­uncleared­samples­in­ra p­history/> . Acesso em: 15 de Nov. 2015. GRANT, Pàdraic. Mainstream Sampling ­ Innovation & Scorn, 2007. Disponível em: <http://www.furious.com/perfect/sampling.html>. Acesso em: 7 de Nov. 2015. HESS, Mickey. Vanilla Ice: The Elvis of Rap. Is Hip Hop Dead? . Greenwood Publishing Group, 2007. p. 118. HOMBACH, Jean­Pierre. Lady Gaga Superstar . Lulu.com, 2012. p. 213. LISTVERSE. 10 Incredibly Popular Samples. Disponível em: <http://listverse.com/2012/04/20/10­incredibly­popular­samples/>. Acesso em: 15 de Nov. 2015. MCGRATH, Jane. How Music Sampling Works, 2011. Disponível em: <http://entertainment.howstuffworks.com/music­sampling.htm> Acesso em: 7 de Nov. 2015. MILLER, Paul D. Sound unbound: Sampling digital music and culture . Mit Press, 2008. MUSICRADAR. A brief history of sampling, 2014. Disponível em: <http://www.musicradar.com/tuition/tech/a­brief­history­of­sampling­604868>. Acesso em 7 de Nov. 2015. ROLLING STONE. Drake Sued by Ex­Girlfriend Over ‘Marvin’s Room’, 2012. Disponível em: <http://www.rollingstone.com/music/news/drake­sued­by­ex­girlfriend­over­marvins­roo m­20120203>. Acesso em: 15 de Nov. 2015. TELACENTER. Sampler, sample, sampling, sample playback, 2015. Disponível em: < http://blog.teclacenter.com.br/sampler­sample­sampling­sample­playback/>. Acesso em: 7 de Nov. 2015. 10 THE HOLLYWOOD REPORTER. 'Blurred Lines' Jury Orders Robin Thicke and Pharrell Williams to Pay $7.4 Million , 2015. Disponível em: <http://www.hollywoodreporter.com/thr­esq/blurred­lines­jury­orders­robin­779445>. Acesso em: 15 de Nov. 2015. TWEAKHEADZ. What are software samples? Disponível em: <http://tweakheadz.com/software­samplers/>. Acesso em: 15 de Nov 2015. WHOSAMPLED. Madonna’s “Hung Up” sample from ABBA’s “Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight). Disponível em: <http://www.whosampled.com/sample/3/Madonna­Hung­Up­ABBA­Gimme!­Gimme!­Gi mme!­(A­Man­After­Midnight)/>. Acesso em 15 de Nov 2015. 11