ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

ANEXO I
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1
1.
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral contém 58,45 mg de mesilato de nelfinavir, correspondente a
50 mg de nelfinavir (base livre) por grama de pó. Excipientes, ver 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Pó oral.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
VIRACEPT está indicado, no tratamento combinado antiretroviríco de adultos, adolescentes e
crianças com idade igual ou superior a 3 anos, infectados com o vírus da imunodeficiência
humana (VIH-1).
Combinações de VIRACEPT com agentes anti-retrovíricos demonstraram reduzir a carga
viral sérica e aumentar a contagem de linfócitos CD4 circulantes. Actualmente, estão a
decorrer ensaios clínicos destinados a avaliar os benefícios clínicos dos esquemas
combinados.
Consulte o ponto 5.1 Propriedades farmacodinâmicas.
4.2
Posologia e modo de administração
VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral deve, de preferência, ser ingerido com alimentos.
Doentes com mais de 13 anos: VIRACEPT Comprimidos, 250 mg está recomendado para
adultos e crianças mais velhas (ver o Resumo das Características do Medicamento referente
ao VIRACEPT Comprimidos, 250 mg). A dose recomendada de Viracept 50 mg/g Pó Oral é
de 750 mg, 3 vezes por dia, para doentes que não consigam tomar os comprimidos.Todos os
doentes com mais de 13 anos devem tomar 3 colheres de 5 gramas (colher azul), 3 vezes por
dia.
Doentes com idades entre 3 e 13 anos : para crianças, a dose inicial recomendada é de 2530 mg/kg por toma, 3 vezes por dia. Para crianças capazes de tomar comprimidos pode
administrar-se VIRACEPT Comprimidos em vez do Pó Oral (ver o Resumo das
Características do Medicamento referente ao VIRACEPT Comprimidos).
A dose recomendada de VIRACEPT Pó Oral, a ser administrada 3 vezes por dia (TID), a
crianças com idade entre 3 e 13 anos, obtém-se utilizando uma combinação das duas
colheres , colher de 1 grama e colher de 5 gramas), conforme o quadro abaixo. O médico
deverá aconselhar o doente a usar o cabo da colher que não está no momento a ser utilizada
para nivelar a quantidade de pó na colher que está a utilizar como medida, conforme a figura.
3
Pesco
corporal
Total de
gramas
Colher
branca
(1
grama)
4
5
6
7
8
9
10
15
4
0
1
2
3
4
0
0
kg
7,5 a < 8,5
8,5 a < 10,5
10,5 a < 12
12 a < 14
14 a < 16
16 a < 18
18 a < 23
≥ 23
Colher azul
(5 gramas)
mais
mais
mais
mais
mais
mais
mais
mais
0
1
1
1
1
1
2
3
O Pó Oral pode ser misturado com água, leite, fórmula para lactentes, fórmula com soja para
lactentes, leite de soja, suplementos dietéticos ou papas. Recomenda-se que o VIRACEPT
50 mg/g Pó Oral, misturado com estas substâncias seja administrado nas 6 horas que se
seguem à mistura. Devido ao sabor, não se recomenda a mistura com alimentos ou sumos
ácidos (por ex., sumo de laranja, sumo de maçã ou puré de maçã). Não juntar água aos frascos
de Viracept 50 mg/g Pó Oral.
A terapêutica com Viracept deve ser iniciada por um médico com experiência no controlo da
infecção pelo VIH.
Insuficiência renal ou hepática: actualmente, não existem dados específicos relativamente a
estes grupos de doentes e, por conseguinte, não se podem fazer recomendações posológicas
específicas. O nelfinavir é metabolizado e eliminado principalmente através do fígado. Devese usar de prudência ao administrar VIRACEPT a doentes com insuficiência hepática ou
renal.
4.3
Contra-indicações
Hipersensibilidade ao nelfinavir ou a qualquer um dos excipientes.
VIRACEPT está contra-indicado em mulheres a amamentar.
VIRACEPT não deve ser administrado conjuntamente com outros medicamentos com janelas
terapêuticas estreitas e que sejam substratos do CYP3A4. A co-administração desses
medicamentos pode resultar na inibição competitiva do metabolismo dos mesmos e criar o
potencial para a ocorrência de efeitos adversos graves ou com perigo de vida tais como
arritmias cardíacas (por ex. com terfenadina, astemizol, cisaprida, amiodarona, quinidina,
pimozido), sedação prolongada ou depressão respiratória (por ex., com triazolam, midazolam)
ou outras situações (por ex. C om derivados da cravagem do centeio).
VIRACEPT não deve ser administrado com rifampicina. A rifampicina reduz a AUC do
nelfinavir no plasma em 82 %.
Ver também a secção 4.5.
Os doentes em tratamento com nelfinavir não devem utilizar produtos contendo erva de S.
João (Hypericum perforatum) pois a administração concomitante poderá reduzir as
concentracções plasmáticas do nelfinavir. Isto pode levar a uma perda do efeito terapêutico e
desenvolvimento de resistências ( consultar secção 4.5 Interacções medicamentosas e outras
formas de interacção).
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Deve-se ter cuidado ao administrar VIRACEPT a doentes com insuficiência hepática ou renal
(ver o ponto 4.2).
A segurança e a actividade do nelfinavir em crianças com menos de 3 anos não foi
estabelecida.
É aconselhável precaução sempre que o VIRACEPT seja co-administrado com fármacos
indutores ou inibidores e/ou substratos do CYP3A4; tais combinações podem requerer um
ajustamento de dose (ver também os pontos 4.3, 4.5 e 4.8).
O VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral contém aspartamo como edulcorante. O aspartamo é uma
fonte de fenilalanina e, por isso, pode não ser adequado para pessoas com fenilcetonúria.
Em doentes tratados com inibidores da protease foi referida a manifestação de diabetes
mellitus ou de hiperglicemia, assim como o agravamento de diabetes mellitus pré-existente.
Nalguns deles, a hiperglicemia era grave e às vezes acompanhada de cetoacidose. Em muitos
doentes havia situações clínicas intercorrentes, algumas das quais exigiam tratamento com
fármacos que têm sido associados ao desenvolvimento de diabetes ou de hiperglicemia.
Em doentes hemofílicos dos tipos A e B, tratados com inibidores da protease, foi referida uma
maior frequência de hemorragias, incluindo hematomas cutâneos e hemartroses, espontâneos.
Em alguns doentes foi administrado adicionalmente factor VIII. Em mais de metade dos casos
relatados, o tratamento com inibidores da protease foi continuado ou retomado depois de ter
sido interrompido. Foi evocada uma relação causal, embora o mecanismo de acção não tenha
sido explicado. Os doentes hemofílicos devem, por isso, ser informados sobre a possibilidade
de um aumento de hemorragias.
A terapêutica de associação anti-retroviral, incluindo regimes contendo um inibidor da
protease está associada à redistribuição da gordura corporal em alguns doentes. Os inibidores
da protease estão também associados a anomalias metabólicas como a hipertrigliceridemia,
hipercolesterolemia, resistência à insulina e hiperglicemia. O exame clínico deve incluir a
avaliação de sinais físicos de redistribuição da gordura. Deve ter-se em consideração a
determinação dos lípidos séricos e da glicemia. São actualmente desconhecidos os
mecanismos subjacentes a estes eventos e as suas consequências a longo prazo, tal como um
risco aumentado de doença cardiovascular.
Os doentes devem ser informados que o VIRACEPT não constitui uma cura para a infecção
por VIH, que podem continuar a desenvolver infecções ou outras doenças associadas à
infecção por VIH, e que o VIRACEPT não demonstrou reduzir o risco de transmissão da
doença por VIH através de contacto sexual ou de contaminação pelo sangue.
4.5
Interacções medicamentosas e outras
5
O nelfinavir é metabolizado, em parte, através do sistema do citocromo P450 3A (CYP3A).
Deve-se usar de prudência ao co-administrar medicamentos que induzam o CYP3A ou
potencialmente tóxicos que eles próprios sejam metabolizados pelo CYP3A. Com base nos
resultados in vitro, não é provável que o nelfinavir, utilizado em concentrações terapêuticas,
iniba outras isoformas do citocromo P450.
Um estudo de interacção entre o nelfiunavir e a delavirdina mostrou que a administração
concomitante destes fármacos conduziu a uma duplicação da exposição ao nelfinavir, com
uma redução de 50 % da exposição ao seu metabolito activo principal e a uma redução de
40 % na exposição à delavirdina. Quatro dos vinte-e-quatro voluntários saudáveis deste
estudo desenvolveram neutropenia. A segurança desta combinação não foi estabelecida, pelo
que a mesma não é recomendada.
Outros agentes anti-retrovíricos: não se têm observado interacções clinicamente
significativas entre o nelfinavir e os análogos dos nucleósidos (especificamente, zidovudina
mais lamivudina, estavudina e estavudina mais didanosina). Presentemente não há provas de
eficácia inadequada da zidovudina no SNC, que pudesse ser atribuída à pequena redução das
concentrações plasmáticas de zidovudina quando administrada conjuntamente com o
VIRACEPT. Uma vez que a didanosina deve ser administrada com o estômago vazio, o
VIRACEPT deve ser administrado com alimentos uma hora depois ou mais de 2 horas antes
da administração da didanosina.
Ritonavir: a administração de uma dose única de 750 mg de VIRACEPT a seguir a 3 doses de
500 mg de ritonavir 2 vezes por dia, resultou num aumento de 152 % da área sob a curva da
concentração plasmática de nelfinavir/tempo (AUC) e num aumento de 156 % da semivida de
eliminação do nelfinavir. A administração de uma dose única de 500 mg de ritonavir após seis
doses de VIRACEPT 750 mg 3 vezes por dia resultaram num aumento mínimo (8 %) da AUC
do ritonavir plasmático. A segurança desta combinação não foi estabelecida.
Indinavir: a administração de uma dose única de 750 mg de VIRACEPT após a administração
de 800 mg de indinavir de 8 em 8 horas durante 7 dias resultou num aumento de 83 % na
AUC plasmática do nelfinavir e num aumento de 22 % na semivida de eliminação do
nelfinavir. A administração de uma dose única de 800 mg de indinavir após administração de
750 mg de VIRACEPT 3 vezes por dia durante 7 dias resultou num aumento de 51 % da AUC
do indinavir com um aumento de 5 vezes das concentrações no vale, medidas às 8 horas, mas
sem aumento das concentrações máximas. A segurança desta combinação não foi
estabelecida.
Saquinavir cápsulas de gelatina mole: a administração de uma dose única de 750 mg de
VIRACEPT após 4 dias de tratamento com doses de 1200 mg 3 vezes por dia de saquinavir
cápsulas de gelatina mole resultou num aumento de 30 % da AUC plasmática do nelfinavir. A
administração de uma dose única de 1200 mg de saquinavir cápsulas de gelatina mole, após 4
dias de tratamento com 750 mg de VIRACEPT 3 vezes por dia, resultou num aumento de
392 % da AUC plasmática do saquinavir.
Efavirenz: não foi observada interacção clínica entre o VIRACEPT e o Efavirenz. A
administração concomitante de efavirenz e VIRACEPT aumenta o valor de AUC do
nelfinavir em 20 % sem alterar a AUC do efavirenz . Não é necessário ajuste de dose do
efavirenz quando administrado concomitantemente com o VIRACEPT.
Nevirapina: Ocorrências actuais sugerem que não é provavel haver uma interacção clínica
relevante quando se administra concomitantemente VIRACEPT e nevirapina. Não é
necessário um ajuste de dose quando se administra concomitantemente nevirapina e
VIRACEPT.
Indutores de enzimas metabólicas: A rifampicina diminui a AUC plasmática do nelfinavir
em 82 %. Outros indutores potentes do CYP3A (como por exemplo, fenobarbital, fenitoína,
carbamazepina) também podem reduzir as concentrações plasmáticas do nelfinavir. Se a
terapêutica com esses medicamentos for justificada, os médicos devem considerar alternativas
quando um doente estiver a tomar VIRACEPT.
A co-administração de VIRACEPT e rifabutina resulta numa diminuição de 32 % da AUC
plasmática do nelfinavir e num aumento de aproximadamente 200 % da AUC plasmática da
rifabutina (ver ponto 4.4). É necessária uma redução da dose de rifabutina para metade da
dose normal, quando o VIRACEPT e a rifabutina forem co-administrados.
Os doentes em tratamento com nelfinavir não devem utilizar concomitantemente produtos
contendo erva de São João (Hypericum perforatum) pois poderá originar uma redução das
concentrações plasmáticas do nelfinavir. Este efeito é devido à indução do CYP3A4 e pode
resultar na perda do efeito terapêutico e desenvolvimento de resistências (consultar secção 4.3
Contra-indicações).
Inibidores de enzimas metabólicas: a co-administração de VIRACEPT e de um inibidor
potente do CYP3A, o cetoconazol, resultou num aumento de 35 % da AUC plasmática do
nelfinavir. Esta alteração não é considerada clínicamente significativa e não é necessário
ajustamento da dose quando o cetoconazole e o VIRACEPT são co-administrados. Com base
nos perfis metabólicos não é de esperar uma interacção medicamentosa clinicamente relevante
com outros inibidores especificos do CYP3A (como por exemplo, fluconazol, itraconazol,
claritromicina, eritromicina); no entanto a possibilidade não pode ser excluída.
Outras interacções possíveis: o VIRACEPT aumenta as concentrações plasmáticas da
terfenadina; portanto, o VIRACEPT não deve ser administrado conjuntamente com a
terfenadina, devido à possibilidade de ocorrerem arritmias cardíacas graves ou com perigo de
vida. Visto ser provável a ocorrência de interacções similares com o astemizol e a cisaprida, o
VIRACEPT também não deve ser administrado conjuntamente com estes medicamentos.
Embora não tenham sido feitos estudos específicos, os sedativos potentes metabolizados pelo
CYP3A, tais como o triazolam ou o midazolam, não devem ser co-administrados com
VIRACEPT, devido à possibilidade de ocorrência de sedação prolongada. Em relação a
outros compostos que são substratos do CYP3A (como por exemplo, os bloqueadores dos
canais de cálcio, tacrolimus, sildenafil, pimozido e inibidores da HMG Coa redutase) as
concentrações plasmáticas podem aumentar quando os mesmos forem co-administrados com
VIRACEPT; assim, os doentes devem ser monitorizados em relação às manifestações de
toxicidade associadas a esses medicamentos.
Contraceptivos orais: a administração de 750 mg de VIRACEPT 3 vezes por dia em
combinação com um contraceptivo oral que contenha 0,4 mg de noretindrona e 35
microgramas de 17-alfa-etinil estradiol durante 7 dias resultou numa diminuição de 47 % da
AUC plasmática do etinil-estradiol e numa diminuição de 18 % da AUC plasmática da
noretindrona. Devem ser consideradas medidas alternativas de contracepção.
4.6
Gravidez e aleitamento
No decurso dos estudos de toxicidade sobre a reprodução, realizados em ratos, não se
observaram efeitos adversos relacionados com o tratamento, com doses que originam uma
7
exposição sistémica comparável à observada com a dose clínica. Não existe experiência
clínica com mulheres grávidas. Até haver mais dados disponíveis, o VIRACEPT só deverá ser
administrado durante a gravidez após cuidadosa avaliação da situação.
Recomenda-se que as mulheres infectadas pelo VIH não amamentem os seus bebés em
circunstância alguma, a fim de evitar a transmissão do VIH. Estudos realizados em ratas
lactantes demonstraram que o nelfinavir é excretado no leite. Não existem dados disponíveis
sobre a excreção do nelfinavir no leite humano. As mães devem ser informadas para
suspender a amamentação se estiverem a tomar VIRACEPT.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não há indicação de que o VIRACEPT afecte a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
4.8
Efeitos indesejáveis
A segurança do VIRACEPT foi estudada em ensaios clínicos controlados com mais de 800
doentes mais de metade dos quais recebeu uma dose de 750 mg 3 vezes por dia em
monoterapia ou em combinação com análogos de nucleósidos. Mais de 4000 doentes com
idade ≥ 13 anos nos programas de acesso alargado receberam VIRACEPT numa dose de
750 mg 3 vezes por dia. A maioria dos efeitos adversos foram de intensidade moderada. O
efeito adverso mais frequentemente relatado pelos doentes tratados com VIRACEPT foi a
diarreia.
Durante os dois ensaios de dupla ocultação de fase III, as ocorrências adversas de intensidade
moderada a grave considerados pelos investigadores pelo menos possivelmente relacionadas
ou de relação desconhecida com o VIRACEPT em ≥ 2 % dos doentes tratados com uma dose
de 750 mg, 3 vezes por dia de VIRACEPT (n = 200) em combinação com análogos de
nucleósidos (durante 24 semanas) incluíram os seguintes efeitos indesejáveis: diarreia
(25,9 %), flatulência (2,5 %), náuseas (4,5 %) e erupções cutâneas (3,0 %).
As anomalias marcadas nas análises clínicas (mudança do grau 0 para o grau 3 ou 4, ou
mudança do grau 1 para o grau 4) relatadas em ≥ 2 % dos doentes tratados com 750 mg de
VIRACEPT 3 vezes por dia (durante 24 semanas) nos mesmos estudos, incluíram o aumento
da creatinaquinase (3,9 %) e neutropenia (4,5 %). Ocorreram aumentos marcados nas
transaminases em menos de 2 % dos doentes que receberam VIRACEPT na dose
recomendada e foram algumas vezes acompanhados por sintomas e sinais clínicos de hepatite
aguda. Alguns destes doentes eram conhecidos como portadores crónicos de virus de hepatite
B e/ou C. À excepção da diarreia, não se verificaram diferenças significativas nas
manifestações adversas referidas pelos doentes tratados com VIRACEPT, em comparação
com os grupos de controlo com zidovudina mais lamivudina ou estavudina em monoterapia.
A terapêutica de associação antiretroviral, incluindo regimes contendo um inibidor da
protease, está associada à redistribuição da gordura corporal em alguns doentes, incluindo
perda de gordura subcutânea periférica, aumento de gordura intra-abdominal, hipertrofia
mamária e acumulação de gordura dorsocervical (cachaço de búfalo). Os inibidores da
protease estão também associados a anomalias metabólicas como a hipertrigliceridemia,
hipercolesterolemia, resistência à insulina e hiperglicemia.
Durante a comercialização foram relatados os seguintes efeitos adversos adicionais: aumento
da hemorragia espontânea nos doentes com hemofilia; novas manifestações de diabetes
mellitus ou exacerbação de diabetes mellitus existente; dor abdominal, distensão abdominal e
vómitos, pancreatite/amilase aumentada; reacções de hipersensibilidade incluindo
broncospasmo, febre, prurido, edema facial e exantema (maculopapular ou bolhoso)
Foram relatados casos de aumento da CPK, mialgia, miosite e raramente rabdomiólise com os
inibidores da protease, particularmente em associaçõa com análogos dos nucleósidos.
4.9
Sobredosagem
A experiência com sobredosagem aguda com VIRACEPT no ser humano é limitada. Não
existe nenhum antídoto específico para a sobredosagem de VIRACEPT. Se for indicada, a
eliminação de nelfinavir não absorvido deve ser realizada por emese ou lavagem gástrica.
Pode-se também recorrer à administração de carvão activado para ajudar à eliminação do
nelfinavir não absorvido. Dado que o nelfinavir se liga altamente às proteínas, é improvável
que a diálise o elimine do sangue de um modo significativo.
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: agente antivírico, código ATC: J05A E04
Mecanismo de acção: a protease do VIH é uma enzima necessária à clivagem proteolítica
dos precursores poliproteicos virais que origina cada uma das proteínas que se encontram no
VIH infeccioso. A clivagem destas poliproteínas virais é essencial para a maturação do vírus
infeccioso. O nelfinavir liga-se reversivelmente ao sítio activo da protease do VIH e impede a
clivagem das poliproteínas, resultando na formação de partículas virais imaturas, nãoinfeccciosas.
Actividade antivírica in vitro: a actividade antivírica do nelfinavir in vitro foi demonstrada
em infecções agudas e crónicas pelo VIH em linhagens de células linfoblastóides, em
linfócitos do sangue periférico e em monócitos/macrófagos. Verificou-se que o nelfinavir era
activo contra uma ampla gama de estirpes laboratoriais e isolados clínicos de VIH-1 e da
estirpe ROD de VIH-2. A CE95 (concentração eficaz em 95 %) do nelfinavir oscilou entre 7 e
111 nM (média de 58 nM). O nelfinavir demonstrou efeitos aditivos a sinérgicos contra o VIH
em combinação com os inibidores da transcriptase reversa zidovudina (ZDV), lamivudina
(3TC), didanosina (ddI), zalcitabina (ddC) e estavudina (d4T), sem aumento da
citotoxicidade.
Resistência: seleccionaram-se in vitro isolados do VIH com reduzida susceptibilidade ao
nelfinavir. A análise genotípica de uma variedade que mostrou uma diminuição de nove vezes
da sensibilidade revelou uma substituição específica de um ácido aspártico (D) por uma
asparagina (N) na protease do VIH, no resíduo aminoacídico 30 (D30N). As alterações
genotípicas nos genes da protease do VIH obtidas a partir de 58 doentes envolvidos nos
ensaios de fase I/II também foram avaliadas. De acordo com os resultados obtidos in vitro, a
principal alteração observada foi também a substituição D30N. Num subgrupo destes doentes,
acompanhados por um período de tempo até 44 semanas, esta substituição manteve-se. As
mutações descritas em relação a outros inibidores da protease nunca foram observadas
(G48V, V82F/T, I84V) ou foram apenas raramente (3 dos 55 doentes) observadas (L90M).
Foram efectuadas análises, às 16 semanas, das sequências nos genes das proteases
provenientes de doentes seleccionados aleatoriamente, que tinham recebido nelfinavir
9
exclusivamente (n = 64) ou em combinação com ZDV e 3TC (n = 49), em ensaios básicos. A
incidência de resistência genotípica ao nelfinavir, às 16 semanas, foi significativamente
reduzida quando o nelfinavir foi usado em combinação com ZDV e 3TC (6 %), em
comparação com a monoterapia (56 %).
Resistência cruzada a outros agentes antivíricos : é improvável a ocorrência de resistência
cruzada entre o nelfinavir e os inibidores da transcriptase reversa, devido à diversidade das
enzimas-alvo envolvidas. Os isolados de VIH resistentes aos análogos dos nucleósidos e aos
inibidores não-nucleósidos da transcriptase reversa permanecem susceptíveis ao nelfinavir, in
vitro. Estudou-se para o nelfinavir o potencial de resistência cruzada ao VIH com outros
inibidores da protease. Seis isolados clínicos contendo a substituição D30N não revelaram
nenhuma alteração da sensibilidade ao saquinavir, ao ritonavir, ao indinavir ou ao 141W94, in
vitro. Esta ausência de resistência cruzada foi confirmada com um vírus VIH recombinante
contendo a substituição D30N. O vírus recombinante exibiu uma sensibilidade reduzida ao
nelfinavir, apesar de ter mantido uma sensibilidade total aos outros inibidor da protease. Além
disso, em doentes previamente tratados com ritonavir, indinavir e/ou saquinavir cinco de
quatorze isolados clínicos com susceptibilidade reduzida a um ou mais inibidores da protease
eram susceptíveis ao nelfinavir.
Dados de farmacodinâmica clínica: está descrito que o tratamento com nelfinavir, em
monoterapia ou em terapêutica combinada com outros agentes anti-retrovíricos, reduz a carga
viral e aumenta a contagem de células CD4 em doentes seropositivos ao VIH-1. Os efeitos do
nelfinavir (em monoterapia ou em terapêutica combinada com outros agentes antiretrovíricos) sobre marcadores biológicos da actividade da doença, contagem de células CD4
e ARN viral, foram avaliados em vários estudos em que participaram doentes infectados pelo
VIH-1.
VIRACEPT 750 mg, 3 vezes por dia, em combinação com um ou mais análogos de
nucleósidos, esteve sempre associado a reduções do nível plasmático médio de ARN VIH em
excesso de 1 log10 cópias/ml e aumentos nas contagens médias de células CD4 de 90100 células/mm3 que se mantiveram pelo menos durante 24 semanas. Diminuição do ARN
VIH observada com o VIRACEPT em monoterapia foi menos pronunciada e de menor
duração.
Num estudo clínico com 279 doentes seropositivos ao VIH-1 a receber zidovudina e
lamivudina mais VIRACEPT (duas doses diferentes) ou zidovudina e lamivudina
isoladamente, o decréscimo médio do ARN VIH plasmático às 24 semanas foi de 2,15 log10
nos doentes recebendo a terapêutica combinada com o VIRACEPT 750 mg 3 vezes por dia
comparado com 1,54 log10 nos doentes a receber zidovudina e lamivudina. Às 24 semanas a
percentagem de doentes cujos níveis plasmáticos de ARN VIH tinha decrescido para um valor
abaixo do limite de detecção do ensaio (< 500 cópias/ml) era de 81 % e 18 % para os grupos
tratados com VIRACEPT 750 mg 3 vezes por dia mais zidovudina e lamivudina ou
zidovudina e lamivudina respectivamente. A contagem média de células CD4 às 24
semanas aumentou de 108 e 81 células/mm3 para os grupos tratados com VIRACEPT 750 mg
3 vezes por dia mais zidovudina e lamivudina ou zidovudina e lamivudina, respectivamente.
Às 84 semanas, aproximadamente 80 % dos doentes tratados com VIRACEPT 750 mg 3
vezes por dia mais zidovudina e lamivudina permaneceram abaixo do nível de detecção do
ensaio; neste grupo as contagens de células de CD4 aumentou mais de 170 células/mm3 às 48
semanas.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
As propriedades farmacocinéticas do nelfinavir foram avaliadas em voluntários sãos e em
doentes infectados pelo VIH. Não foram observadas nenhumas diferenças substanciais entre
os voluntários sãos e os doentes infectados pelo VIH.
Absorção: depois da ingestão de doses orais únicas ou múltiplas de 500 a 750 mg (dois a três
comprimidos de 250 mg) com alimentos, as concentrações plasmáticas máximas do nelfinavir
foram, regra geral, atingidas em 2 a 4 horas.
Após doses múltiplas de 750 mg, administradas de 8 em 8 horas, durante 28 dias (estado de
equilíbrio), as concentrações plasmáticas máximas (Cmax) foram de 3-4 µg/ml e as
concentrações plasmáticas antes da dose seguinte (vale) foram de 1-3 µg/ml. Observou-se um
aumento, superior ao proporcional à dose, nas concentrações plasmáticas de nelfinavir após
doses únicas; contudo, o mesmo não foi observado após doses múltiplas. A biodisponibilidade
absoluta não foi determinada.
Efeito dos alimentos na absorção gastrintestinal: as concentrações plasmáticas máximas e a
“área sob a curva” da concentração plasmática/tempo foram invariavelmente 2 a 3 vezes mais
elevadas com ingestão de alimentos, do que em jejum. O aumento das concentrações
plasmáticas com alimentos foi independente do teor de gordura das refeições.
Distribuição: tanto nos animais como nos seres humanos, os volumes de distribuição
estimados (2-7 l/kg) excederam a quantidade total de água do organismo, o que sugere uma
penetração extensa do nelfinavir nos tecidos. Embora não tenham sido realizados estudos com
seres humanos, estudos com uma dose única de 50 mg/kg de 14C-nelfinavir em ratos
mostraram que as concentrações no cérebro eram inferiores às verificadas noutros tecidos,
mas ultrapassavam as CE95 in vitro quanto à actividade antivírica. O nelfinavir presente no
soro encontra-se extensamente ligado às proteínas (≥ 98 %).
Metabolismo: o nelfinavir inalterado representava 82-86 % do total de radioactividade do
plasma, depois de uma dose oral única de 750 mg de 14C-nelfinavir. Foram encontrados no
plasma um metabolito oxidativo principal e vários secundários. O metabolito oxidativo
principal tem actividade antivírica in vitro igual à do fármaco que lhe deu origem. Os níveis
plasmáticos deste metabolito são aproximadamente 25 % da concentração total plasmatica do
nelfinavir. In vitro, há várias isoformas do citocromo P-450, incluindo o CYP3A,
CYP2C19/C9 e CYP2D6 responsáveis pelo metabolismo do nelfinavir.
Eliminação: estimativas da depuração oral após ingestão de doses únicas (24-33 l/h) e de
doses múltiplas (26-61 l/h) indicam que o nelfinavir é um fármaco com biodisponibilidade
hepática média a elevada. A semivida terminal no plasma foi, regra geral, de 3,5 a 5 horas. A
maior parte (87 %) de uma dose oral de 750 mg de 14C-nelfinavir foi recuperada nas fezes; a
radioactividade fecal total consistia em nelfinavir (22 %) e numerosos metabolitos oxidativos
(78 %). Foi recuperado apenas 1-2 % da dose na urina, sendo o nelfinavir inalterado o
componente principal.
Farmacocinética em crianças e idosos: em crianças de 2 a 13 anos de idade, a clearance do
nelfinavir é aproximadamente 2 a 3 vezes superior à verificada em adultos, com grande
variabilidade inter-individual. A administração de VIRACEPT Pó Oral ou Comprimidos, com
alimentos numa dose de aproximadamente 25-30 mg/kg 3 vezes por dia atinge concentrações
plasmáticas no estado de equilíbrio semelhantes às atingidas em doentes adultos que tenham
recebido uma dose de 750 mg 3 vezes por dia. Não há dados disponíveis sobre os idosos.
11
5.3
Dados de segurança pré-clínica
Toxicidade aguda e crónica: foram realizados estudos de toxicidade aguda e crónica no
ratinho (500 mg/kg/dia), no rato (até 1000 mg/kg/dia) e no macaco (até 800 mg/kg/dia).
Verificou-se, nos ratos, um aumento de peso do fígado e hipertrofia dose-dependente das
células foliculares da tiróide. Nos macacos foi observada uma perda de peso e um declínio
físico geral, bem como sinais gerais de toxicidade gastrintestinal.
Mutagenicidade: estudos in vitro e in vivo, com e sem activação metabólica, demonstraram
que o nelfinavir não tem actividade mutagénica ou genotóxica.
Carcinogenicidade: estudos de carcinogenicidade com o nelfinavir não foram ainda
concluídos.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1
Lista dos excipientes
O Pó Oral contém celulose microcristalina, maltodextrina, fosfato de potássio dibásico,
crospovidona, hidroxipropilmetilcelulose, aspartamo (E951), palmitato de sacarose e
aromatizantes naturais e artificiais.
6.2
Incompatibilidades
VIRACEPT Pó Oral não deve ser misturado com substâncias ácidas devido ao sabor (ver o
ponto 4.2).
6.3
Prazo de validade
24 meses
6.4
Precauções especiais de conservação
Guardar na embalagem de origem. Não guardar acima de 30 ºC
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
O VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral é fornecido em frascos de plástico HDPE fechados com uma
tampa de polipropileno revestida interiomente por polietileno, resistente à abertura por
crianças. Cada frasco contém 144 gramas de pó oral e é fornecido com duas colheres-medida
de polipropileno uma de 1 grama (branca) e outra de de 5 gramas (azul).
6.6
Instruções de utilização e manipulação e eliminação
Não aplicável.
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Roche Registration Limited
40 Broadwater Road
Welwyn Garden City
Hertfordshire AL7 3AY
Reino Unido
8.
NÚMERO(S) NO REGISTO COMUNITÁRIO DE MEDICAMENTOS
EU/1/97/054/001
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO
DE INTRODUÇÃO NO MERCADO:
22.1.1998
13
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
1.
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
VIRACEPT 250 mg Comprimidos
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
VIRACEPT 250 mg Comprimidos contém 292,25 mg de mesilato de nelfinavir,
correspondente a 250 mg de nelfinavir (base livre). Excipientes, ver 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimidos.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
VIRACEPT está indicado, no tratamento combinado antiretroviríco de adultos, adolescentes e
crianças com idade igual ou superior a 3 anos, infectados com o vírus da imunodeficiência
humana (VIH-1).
Combinações de VIRACEPT com agentes anti-retrovíricos demonstraram reduzir a carga
viral sérica e aumentar a contagem de linfócitos CD4 circulantes. Actualmente, estão a
decorrer ensaios clínicos destinados a avaliar os benefícios clínicos dos esquemas
combinados.
Consulte o ponto 5.1. Propriedades farmacodinâmicas.
4.2
Posologia e modo de administração
VIRACEPT Comprimidos é administrado por via oral, devendo ser ingerido com alimentos.
Doentes com mais de 13 anos: a dose recomendada de VIRACEPT Comprimidos é de
750 mg (3 comprimidos de 250 mg), 3 vezes por dia, por via oral.
Doentes com 3 a 13 anos: para crianças, a dose inicial recomendada é de 25-30 mg/kg de
peso, por toma, 3 vezes por dia. Para crianças incapazes de tomar comprimidos pode
administrar-se VIRACEPT Pó Oral (ver o Resumo das Características do Medicamento
referente ao VIRACEPT Pó Oral).
A dose recomendada de VIRACEPT Comprimidos, para crianças de 3 a 13 anos, a ser
administrada 3 vezes por dia (TID), é a seguinte:
Peso corporal
(kg)
18 a < 23
≥ 23
Número de
comprimidos*
2
3
15
* Para crianças com menos de 18 kg ver o Resumo das Características do Medicamento do
VIRACEPT Pó Oral.
A terapêutica com VIRACEPT deve ser iniciada por um médico com experiência no
tratamento da infecção por VIH.
Insuficiência renal e hepática: actualmente, não existem dados específicos relativamente a
estes grupos de doentes e, por conseguinte, não se podem fazer recomendações posológicas
específicas. O nelfinavir é metabolizado e eliminado principalmente através do fígado. Devese usar de prudência ao administrar VIRACEPT a doentes com insuficiência hepática ou
renal.
4.3
Contra-indicações
Hipersensibilidade ao nelfinavir ou a qualquer um dos excipientes.
VIRACEPT está contra-indicado em mulheres a amamentar.
VIRACEPT não deve ser administrado conjuntamente com outros medicamentos com janelas
terapêuticas estreitas e que sejam substratos do CYP3A4. A co-administração desses
medicamentos pode resultar na inibição competitiva do metabolismo dos mesmos e criar o
potencial para a ocorrência de efeitos adversos graves ou com perigo de vida tais como
arritmias cardíacas (por ex. com terfenadina, astemizol, cisaprida, amiodarona, quinidina,
pimozido), sedação prolongada ou depressão respiratória (por ex. com triazolam, midazolam)
ou outras situações (por ex. com derivados da cravagem do centeio).
VIRACEPT não deve ser administrado com rifampicina. A rifampicina reduz a AUC do
nelfinavir no plasma em 82 %.
Ver também a secção 4.5
Os doentes em tratamento com nelfinavir não devem utilizar produtos contendo erva de S.
João (Hypericum perforatum) pois a administração concomitante poderá reduzir as
concentracções plasmáticas do nelfinavir. Isto pode levar a uma perda do efeito terapêutico e
desenvolvimento de resistências ( consultar secção 4.5 Interacções medicamentosas e outras
formas de interacção).
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Deve ter-se cuidado ao administrar VIRACEPT a doentes com insuficiência hepática ou renal
(ver o ponto 4.2).
A segurança e a actividade do nelfinavir em crianças com menos de 3 anos não foi
estabelecida.
É aconselhavel precaução sempre que o VIRACEPT seja co-administrado com fármacos
indutores ou inibidores e/ou substratos do CYP3A4; tais combinações podem requerer um
ajustamento de dose (ver também os pontos 4.3, 4.5 e 4.8).
Em doentes tratados com inibidores da protease foi referida a manifestação de diabetes
mellitus ou de hiperglicemia, assim como o agravamento de diabetes mellitus pré-existente.
Nalguns deles, a hiperglicemia era grave e às vezes acompanhada de cetoacidose. Em muitos
doentes havia situações clínicas intercorrentes, algumas das quais exigiam tratamento com
fármacos que têm sido associados ao desenvolvimento de diabetes ou de hiperglicemia.
Em doentes hemofílicos dos tipos A e B, tratados com inibidores da protease, foi referida uma
maior frequência de hemorragias, incluindo hematomas cutâneos e hemartroses, espontâneos.
Em alguns doentes foi administrado adicionalmente factor VIII. Em mais de metade dos casos
relatados, o tratamento com inibidores da protease foi continuado ou retomado depois de ter
sido interrompido. Foi evocada uma relação causal, embora o mecanismo de acção não tenha
sido explicado. Os doentes hemofílicos devem, por isso, ser informados sobre a possibilidade
de um aumento de hemorragias.
A terapêutica de associação anti-retroviral, incluindo regimes contendo um inibidor da
protease está associada à redistribuição da gordura corporal em alguns doentes. Os inibidores
da protease estão também associados a anomalias metabólicas como a hipertrigliceridemia,
hipercolesterolemia, resistência à insulina e hiperglicemia. O exame clínico deve incluir a
avaliação de sinais físicos de redistribuição da gordura. Deve ter-se em consideração a
determinação dos lípidos séricos e da glicemia. São actualmente desconhecidos os
mecanismos subjacentes a estes eventos e as suas consequências a longo prazo, tal como um
risco aumentado de doença cardiovascular.
Os doentes devem ser informados que o VIRACEPT não constitui uma cura para a infecção
por VIH, que podem continuar a desenvolver infecções ou outras doenças associadas á
infecção por VIH, e que o VIRACEPT não demonstrou reduzir o risco de transmissão da
doença por VIH através de contacto sexual ou de contaminação pelo sangue.
4.5
Interacções medicamentosas e outras
O nelfinavir é metabolizado, em parte, através do sistema do citocromo P450 3A (CYP3A).
Deve-se usar de prudência ao co-administrar medicamentos que induzam o CYP3A ou
potencialmente tóxicos que eles próprios sejam metabolizados pelo CYP3A. Com base nos
resultados in vitro, não é provável que o nelfinavir, utilizado em concentrações terapêuticas,
iniba outras isoformas do citocromo P450.
Um estudo de interacção entre o nelfiunavir e a delavirdina mostrou que a administração
concomitante destes fármacos conduziu a uma duplicação da exposição ao nelfinavir, com
uma redução de 50 % da exposição ao seu metabolito activo principal e a uma redução de
40 % na exposição à delavirdina. Quatro dos vinte-e-quatro voluntários saudáveis deste
estudo desenvolveram neutropenia. A segurança desta combinação não foi estabelecida, pelo
que a mesma não é recomendada.
Outros agentes anti-retrovíricos: não se têm observado interacções clinicamente
significativas entre o nelfinavir e os análogos dos nucleósidos (especificamente, zidovudina
mais lamivudina, estavudina e estavudina mais didanosina). Presentemente não há provas de
eficácia inadequada da zidovudina no SNC, que pudesse ser atribuída à pequena redução das
concentrações plasmáticas de zidovudina quando administrada conjuntamente com o
VIRACEPT. Uma vez que a didanosina deve ser administrada com o estômago vazio, o
VIRACEPT deve ser administrado com alimentos uma hora depois ou mais de 2 horas antes
da administração da didanosina.
Ritonavir: a administração de uma dose única de 750 mg de VIRACEPT a seguir a 3 doses de
500 mg de ritonavir 2 vezes por dia, resultou num aumento de 152 % da área sob a curva da
concentração plasmática de nelfinavir/tempo (AUC) e num aumento de 156 % da semivida de
17
eliminação do nelfinavir. A administração de uma dose única de 500 mg de ritonavir após seis
doses de VIRACEPT 750 mg 3 vezes por dia resultaram num aumento mínimo (8 %) da AUC
do ritonavir plasmático. A segurança desta combinação não foi estabelecida.
Indinavir: a administração de uma dose única de 750 mg de VIRACEPT após a administração
de 800 mg de indinavir de 8 em 8 horas durante 7 dias resultou num aumento de 83 % na
AUC plasmática do nelfinavir e num aumento de 22 % na semivida de eliminação do
nelfinavir. A administração de uma dose única de 800 mg de indinavir após administração de
750 mg de VIRACEPT 3 vezes por dia durante 7 dias resultou num aumento de 51 % da AUC
do indinavir com um aumento de 5 vezes das concentrações no vale, medidas às 8 horas, mas
sem aumento das concentrações máximas. A segurança desta combinação não foi
estabelecida.
Saquinavir cápsulas de gelatina mole: a administração de uma dose única de 750 mg de
VIRACEPT após 4 dias de tratamento com doses de 1200 mg 3 vezes por dia de saquinavir
cápsulas de gelatina mole resultou num aumento de 30 % da AUC plasmática do nelfinavir. A
administração de uma dose única de 1200 mg de saquinavir cápsulas de gelatina mole, após 4
dias de tratamento com 750 mg 3 vezes por dia de VIRACEPT resultou num aumento de
392 % da AUC plasmática do saquinavir.
Efavirenz: não foi observada interacção clínica entre o VIRACEPT e o Efavirenz. A
administração concomitante de efavirenz e VIRACEPT aumenta o valor de AUC do
nelfinavir em 20 % sem alterar a AUC do efavirenz . Não é necessário ajuste de dose do
efavirenz quando administrado concomitantemente com o VIRACEPT.
Nevirapina: Ocorrências actuais sugerem que não é provavel haver uma interacção clínica
relevante quando se administra concomitantemente VIRACEPT e nevirapina. Não é
necessário um ajuste de dose quando se administra concomitantemente nevirapina e
VIRACEPT.
Indutores de enzimas metabólicas: A rifampicina diminui a AUC plasmática do nelfinavir
em 82 %. Outros indutores potentes do CYP3A (como por exemplo, fenobarbital, fenitoína,
carbamazepina) também podem reduzir as concentrações plasmáticas do nelfinavir. Se a
terapêutica com esses medicamentos for justificada, os médicos devem considerar alternativas
quando um doente estiver a tomar VIRACEPT.
A co-administração de VIRACEPT e rifabutina resulta numa diminuição de 32 % da AUC
plasmática do nelfinavir e num aumento de aproximadamente 200 % da AUC plasmática da
rifabutina (ver ponto 4.4). É necessária uma redução da dose de rifabutina para metade da
dose normal, quando o VIRACEPT e a rifabutina forem co-administrados.
Os doentes em tratamento com nelfinavir não devem utilizar concomitantemente produtos
contendo erva de São João (Hypericum perforatum) pois poderá originar uma redução das
concentrações plasmáticas do nelfinavir. Este efeito é devido à indução do CYP3A4 e pode
resultar na perda do efeito terapêutico e desenvolvimento de resistências (consultar secção 4.3
Contra-indicações).
Inibidores de enzimas metabólicas: a co-administração de VIRACEPT e de um inibidor
potente do CYP3A, o cetoconazol, resultou num aumento de 35 % da AUC plasmática do
nelfinavir. Esta alteração não é considerada clínicamente significativa e não é necessário
ajustamento da dose quando o cetoconazole e o VIRACEPT são co-administrados. Com base
nos perfis metabólicos não é de esperar uma interacção medicamentosa clinicamente relevante
com outros inibidores especificos do CYP3A (como por exemplo, fluconazol, itraconazol,
claritromicina, eritromicina); no entanto a possibilidade não pode ser excluída.
Outras interacções possíveis: o VIRACEPT aumenta as concentrações plasmáticas da
terfenadina; portanto, o VIRACEPT não deve ser administrado conjuntamente com a
terfenadina, devido à possibilidade de ocorrerem arritmias cardíacas graves ou com perigo de
vida. Visto ser provável a ocorrência de interacções similares com o astemizol e a cisaprida, o
VIRACEPT também não deve ser administrado conjuntamente com estes medicamentos.
Embora não tenham sido feitos estudos específicos, os sedativos potentes metabolizados pelo
CYP3A, tais como o triazolam ou o midazolam, não devem ser co-administrados com
VIRACEPT, devido à possibilidade de ocorrência de sedação prolongada. Em relação a
outros compostos que são substratos do CYP3A (como por exemplo, os bloqueadores dos
canais de cálcio, tacrolimus, sildenafil, e inibidores da HMG Coa redutase) as concentrações
plasmáticas podem aumentar quando os mesmos forem co-administrados com VIRACEPT;
assim, os doentes devem ser monitorizados em relação às manifestações de toxicidade
associadas a esses medicamentos.
Contraceptivos orais: a administração de 750 mg de VIRACEPT 3 vezes por dia em
combinação com um contraceptivo oral que contenha 0,4 mg de noretindrona e 35
microgramas de 17-alfa-etinil estradiol durante 7 dias resultou numa diminuição de 47 % da
AUC plasmática do etinil-estradiol e numa diminuição de 18 % da AUC plasmática da
noretindrona. Devem ser consideradas medidas alternativas de contracepção.
4.6
Gravidez e aleitamento
No decurso dos estudos de toxicidade sobre a reprodução, realizados em ratos, não se
observaram efeitos adversos relacionados com o tratamento, com doses que originam uma
exposição sistémica comparável à observada com a dose clínica. Não existe experiência
clínica com mulheres grávidas. Até haver mais dados disponíveis, o VIRACEPT só deverá ser
administrado durante a gravidez após cuidadosa avaliação da situação.
Recomenda-se que as mulheres infectadas pelo VIH não amamentem os seus bebés em
circunstância alguma, a fim de evitar a transmissão do VIH. Estudos realizados em ratas
lactantes demonstraram que o nelfinavir é excretado no leite. Não existem dados disponíveis
sobre a excreção do nelfinavir no leite humano. As mães devem ser informadas para
suspender a amamentação se estiverem a tomar VIRACEPT.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não há indicação de que o VIRACEPT afecte a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
4.8
Efeitos indesejáveis
A segurança do VIRACEPT foi estudada em ensaios clínicos controlados com mais de 800
doentes mais de metade dos quais recebeu uma dose de 750 mg, 3 vezes por dia em
monoterapia ou em combinação com análogos de nucleósidos. Mais de 4000 doentes com
idade ≥ 13 anos nos programas de acesso alargado receberam VIRACEPT numa dose de
750 mg, 3 vezes por dia. A maioria dos efeitos adversos foram de intensidade moderada. O
efeito adverso mais frequentemente relatado pelos doentes tratados com VIRACEPT foi a
diarreia.
19
Durante os dois ensaios de dupla ocultação de fase III, as ocorrênciasadversas de intensidade
moderada a grave considerados pelos investigadores pelo menos possivelmente relacionadas
ou de relação desconhecida com o VIRACEPT em ≥ 2 % dos doentes tratados com uma dose
de 750 mg, 3 vezes por dia de VIRACEPT (n = 200) em combinação com análogos de
nucleósidos (durante 24 semanas) incluíram os seguintes efeitos indesejáveis: diarreia
(25,9 %), flatulência (2,5 %), náuseas (4,5 %) e erupções cutâneas (3,0 %). As anomalias
marcadas nas análises clínicas (mudança do grau 0 para o grau 3 ou 4, ou mudança do grau 1
para o grau 4) relatadas em ≥ 2 % dos doentes tratados com 750 mg de VIRACEPT 3 vezes
por dia (durante 24 semanas) nos mesmos estudos, incluíram o aumento da creatinaquinase
(3,9 %) e neutropenia (4,5 %). Ocorreram aumentos marcados nas transaminases em menos
de 2 % dos doentes que receberam VIRACEPT na dose recomendada e foram algumas vezes
acompanhados por sintomas e sinais clínicos de hepatite aguda. Alguns destes doentes eram
conhecidos como portadores crónicos de virus de hepatite B e/ou C. À excepção da diarreia,
não se verificaram diferenças significativas nas manifestações adversas referidas pelos
doentes tratados com VIRACEPT, em comparação com os grupos de controlo com
zidovudina mais lamivudina ou estavudina em monoterapia.
A terapêutica de associação antietroviral, incluindo regimes contendo um inibidor da
protease, está associada à redistribuição da gordura corporal em alguns doentes, incluindo
perda de gordura subcutânea periférica, aumento de gordura intra-abdominal, hipertrofia
mamária e acumulação de gordura dorsocervical (cachaço de búfalo). Os inibidores da
protease estão também associados a anomalias metabólicas como a hipertrigliceridemia,
hipercolesterolemia, resistência à insulina e hiperglicemia.
Durante a comercialização foram relatados os seguintes efeitos adversos adicionais: aumento
da hemorragia espontânea nos doentes com hemofilia; novas manifestações de diabetes
mellitus ou exacerbação de diabetes mellitus existente; dor abdominal, distensão abdominal e
vómitos; pancreatite/amilase aumentada; reacções de hipersensibilidade incluindo
broncospasmo, febre, prurido, edema facial e exantema (maculopapular ou bolhoso).
Foram relatados casos de aumento da CPK, mialgia, miosite e raramente rabdomiólise com os
inibidores da protease, particularmente em associação com análogos dos nucleósidos.
4.9
Sobredosagem
A experiência com sobredosagem aguda com VIRACEPT no ser humano é limitada. Não
existe nenhum antídoto específico para a sobredosagem de VIRACEPT. Se for indicada, a
eliminação de nelfinavir não absorvido deve ser realizada por emese ou lavagem gástrica.
Pode-se também recorrer à administração de carvão activado para ajudar à eliminação do
nelfinavir não absorvido. Dado que o nelfinavir se liga altamente às proteínas, é improvável
que a diálise o elimine do sangue de um modo significativo.
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: agente antivírico, código ATC: J05A E04
Mecanismo de acção: a protease do VIH é uma enzima necessária à clivagem proteolítica
dos precursores poliproteicos virais que origina cada uma das proteínas que se encontram no
VIH infeccioso. A clivagem destas poliproteínas virais é essencial para a maturação do vírus
infeccioso. O nelfinavir liga-se reversivelmente ao sítio activo da protease do VIH e impede a
clivagem das poliproteínas, resultando na formação de partículas virais imaturas, nãoinfeccciosas.
Actividade antivírica in vitro: a actividade antivírica do nelfinavir in vitro foi demonstrada
em infecções agudas e crónicas pelo VIH em linhagens de células linfoblastóides, em
linfócitos do sangue periférico e em monócitos/macrófagos. Verificou-se que o nelfinavir era
activo contra uma ampla gama de estirpes laboratoriais e isolados clínicos de VIH-1 e da
estirpe ROD de VIH-2. A CE95 (concentração eficaz em 95 %) do nelfinavir oscilou entre 7 e
111 nM (média de 58 nM). O nelfinavir demonstrou efeitos aditivos a sinérgicos contra o VIH
em combinação com os inibidores da transcriptase reversa zidovudina (ZDV), lamivudina
(3TC), didanosina (ddI), zalcitabina (ddC) e estavudina (d4T), sem aumento da
citotoxicidade.
Resistência: seleccionaram-se in vitro isolados do VIH com reduzida susceptibilidade ao
nelfinavir. A análise genotípica de uma variedade que mostrou uma diminuição de nove vezes
da sensibilidade revelou uma substituição específica de um ácido aspártico (D) por uma
asparagina (N) na protease do VIH, no resíduo aminoacídico 30 (D30N). As alterações
genotípicas nos genes da protease do VIH obtidas a partir de 58 doentes envolvidos nos
ensaios de fase I/II também foram avaliadas. De acordo com os resultados obtidos in vitro, a
principal alteração observada foi também a substituição D30N. Num subgrupo destes doentes,
acompanhados por um período de tempo até 44 semanas, esta substituição manteve-se. As
mutações descritas em relação a outros inibidores da protease nunca foram observadas
(G48V, V82F/T, I84V) ou foram apenas raramente (3 dos 55 doentes) observadas (L90M).
Foram efectuadas análises, às 16 semanas, das sequências nos genes das proteases
provenientes de doentes seleccionados aleatoriamente, que tinham recebido nelfinavir
exclusivamente (n = 64) ou em combinação com ZDV e 3TC (n = 49), em ensaios básicos. A
incidência de resistência genotípica ao nelfinavir, às 16 semanas, foi significativamente
reduzida quando o nelfinavir foi usado em combinação com ZDV e 3TC (6 %), em
comparação com a monoterapia (56 %).
Resistência cruzada a outros agentes antivíricos: é improvável a ocorrência de resistência
cruzada entre o nelfinavir e os inibidores da transcriptase reversa, devido à diversidade das
enzimas-alvo envolvidas. Os isolados de VIH resistentes aos análogos dos nucleósidos e aos
inibidores não-nucleósidos da transcriptase reversa permanecem susceptíveis ao nelfinavir, in
vitro. Estudou-se para o nelfinavir o potencial de resistência cruzada ao VIH com outros
inibidores da protease. Seis isolados clínicos contendo a substituição D30N não revelaram
nenhuma alteração da sensibilidade ao saquinavir, ao ritonavir, ao indinavir ou ao 141W94, in
vitro. Esta ausência de resistência cruzada foi confirmada com um vírus VIH recombinante
contendo a substituição D30N. O vírus recombinante exibiu uma sensibilidade reduzida ao
nelfinavir, apesar de ter mantido uma sensibilidade total aos outros inibidor da protease. Além
disso, em doentes previamente tratados com ritonavir, indinavir e/ou saquinavir cinco de
quatorze isolados clínicos com susceptibilidade reduzida a um ou mais inibidores da protease
eram susceptíveis ao nelfinavir.
Dados de farmacodinâmica clínica: está descrito que o tratamento com nelfinavir, em
monoterapia ou em terapêutica combinada com outros agentes anti-retrovíricos, reduz a carga
viral e aumenta a contagem de células CD4 em doentes seropositivos ao VIH-1. Os efeitos do
nelfinavir (em monoterapia ou em terapêutica combinada com outros agentes antiretrovíricos) sobre marcadores biológicos da actividade da doença, contagem de células CD4
e ARN viral, foram avaliados em vários estudos em que participaram doentes infectados pelo
VIH-1.
21
VIRACEPT 750 mg 3 vezes por dia em combinação com um ou mais análogos de nucleósidos
esteve sempre associado a reduções do nível plasmático médio de ARN VIH em excesso de 1
log10 cópias/ml e aumentos nas contagens médias de células CD4 de 90-100 células/mm3 que
se mantiveram pelo menos durante 24 semanas. Diminuição do ARN VIH observada com o
VIRACEPT em monoterapia foi menos pronunciada e de menor duração.
Num estudo clínico com 279 doentes seropositivos ao VIH-1 a receber zidovudina e
lamivudina mais VIRACEPT (duas doses diferentes) ou zidovudina e lamivudina
isoladamente, o decréscimo médio do ARN VIH plasmático às 24 semanas foi de 2,15 log10
nos doentes recebendo a terapêutica combinada com o VIRACEPT 750 mg 3 vezes por dia
comparado com 1,54 log10 nos doentes a receber zidovudina e lamivudina . Às 24 semanas a
percentagem de doentes cujos níveis plasmáticos de ARN VIH tinha decrescido para um valor
abaixo do limite de detecção do ensaio (< 500 cópias/ml) era de 81 % e 18 % para os grupos
tratados com VIRACEPT 750 mg 3 vezes por dia mais zidovudina e lamivudina ou
zidovudina e lamivudina respectivamente. A contagem média de células CD4 às 24 semanas
aumentou de 108 e 81 células/mm3 para os grupos tratados com VIRACEPT 750 mg 3 vezes
por dia mais zidovudina e lamivudina ou zidovudina e lamivudina, respectivamente. Às 84
semanas, aproximadamente 80 % dos doentes tratados com VIRACEPT 750 mg 3 vezes por
dia mais zidovudina e lamivudina permaneceram abaixo do nível de detecção do ensaio; neste
grupo as contagens de células de CD4 aumentou mais de 170 células/mm3 às 48 semanas.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
As propriedades farmacocinéticas do nelfinavir foram avaliadas em voluntários sãos e em
doentes infectados pelo VIH. Não foram observadas nenhumas diferenças substanciais entre
os voluntários sãos e os doentes infectados pelo VIH.
Absorção: depois da ingestão de doses orais únicas ou múltiplas de 500 a 750 mg (dois a três
comprimidos de 250 mg) com alimentos, as concentrações plasmáticas máximas do nelfinavir
foram, regra geral, atingidas em 2 a 4 horas. Após doses múltiplas de 750 mg, administradas
de 8 em 8 horas, durante 28 dias (estado de equilíbrio), as concentrações plasmáticas máximas
(Cmax) foram de 3-4 µg/ml e as concentrações plasmáticas antes da dose seguinte (vale) foram
de 1-3 µg/ml. Observou-se um aumento, superior ao proporcional à dose, nas concentrações
plasmáticas de nelfinavir após doses únicas; contudo, o mesmo não foi observado após doses
múltiplas. A biodisponibilidade absoluta não foi determinada
Efeito dos alimentos na absorção gastrintestinal: as concentrações plasmáticas máximas e a
“área sob a curva” da concentração plasmática/tempo foram invariavelmente 2 a 3 vezes mais
elevadas com ingestão de alimentos, do que em jejum. O aumento das concentrações
plasmáticas com alimentos foi independente do teor de gordura das refeições.
Distribuição: tanto nos animais como nos seres humanos, os volumes de distribuição
estimados (2-7 l/kg) excederam a quantidade total de água do organismo, o que sugere uma
penetração extensa do nelfinavir nos tecidos. Embora não tenham sido realizados estudos com
seres humanos, estudos com uma dose única de 50 mg/kg de 14C-nelfinavir em ratos
mostraram que as concentrações no cérebro eram inferiores às verificadas noutros tecidos,
mas ultrapassavam as CE95 in vitro quanto à actividade antivírica. O nelfinavir presente no
soro encontra-se extensamente ligado às proteínas (≥ 98 %).
Metabolismo: o nelfinavir inalterado representava 82-86 % do total de radioactividade do
plasma, depois de uma dose oral única de 750 mg de 14C-nelfinavir. Foram encontrados no
plasma um metabolito oxidativo principal e vários secundários. O metabolito oxidativo
principal tem actividade antivírica in vitro igual à do fármaco que lhe deu origem. Os níveis
plasmáticos deste metabolito são aproximadamente 25 % da concentração total plasmatica do
nelfinavir. In vitro, há várias isoformas do citocromo P-450, incluindo o CYP3A,
CYP2C19/C9 e CYP2D6 responsáveis pelo metabolismo do nelfinavir.
Eliminação: estimativas da depuração oral após ingestão de doses únicas (24-33 l/h) e de
doses múltiplas (26-61 l/h) indicam que o nelfinavir é um fármaco com biodisponibilidade
hepática média a elevada. A semivida terminal no plasma foi, regra geral, de 3,5 a 5 horas. A
maior parte (87 %) de uma dose oral de 750 mg de 14C-nelfinavir foi recuperada nas fezes; a
radioactividade fecal total consistia em nelfinavir (22 %) e numerosos metabolitos oxidativos
(78 %). Foi recuperado apenas 1-2 % da dose na urina, sendo o nelfinavir inalterado o
componente principal.
Farmacocinética em crianças e idosos: em crianças de 2 a 13 anos de idade, a clearance do
nelfinavir é aproximadamente 2 a 3 vezes superior à verificada em adultos, com grande
variabilidade inter-individual. A administração de VIRACEPT Pó Oral ou Comprimidos, com
alimentos numa dose de aproximadamente 25-30 mg/kg 3 vezes por dia atinge concentrações
plasmáticas no estado de equilíbrio semelhantes às atingidas em doentes adultos que tenham
recebido uma dose de 750 mg 3 vezes por dia. Não há dados disponíveis sobre os idosos.
5.3
Dados de segurança pré-clínica
Toxicidade aguda e crónica: foram realizados estudos de toxicidade aguda e crónica no
ratinho (500 mg/kg/dia), no rato (até 1000 mg/kg/dia) e no macaco (até 800 mg/kg/dia).
Verificou-se, nos ratos, um aumento de peso do fígado e hipertrofia dose-dependente das
células foliculares da tiróide. Nos macacos foi observada uma perda de peso e um declínio
físico geral, bem como sinais gerais de toxicidade gastrintestinal.
Mutagenicidade: estudos in vitro e in vivo, com e sem activação metabólica, demonstraram
que o nelfinavir não tem actividade mutagénica ou genotóxica.
Carcinogenicidade: estudos de carcinogenicidade com o nelfinavir não foram ainda
concluídos.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1
Lista dos excipientes
Cada comprimido contém silicato de cálcio, crospovidona, estearato de magnésio, indigo
carmim (E132) em pó.
6.2
Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3
Prazo de validade
36 meses
6.4
Precauções especiais de conservação
23
Guardar na embalagem de origem. Não guardar acima de 30 º C.
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
VIRACEPT Comprimidos é acondicionado em frascos de plástico HDPE fechados com uma
tampa de polipropileno revestida interiomente por polietileno, resistente à abertura por
crianças . Está incluido um pedaço de algodão em cada frasco contendo 180 ou 270
comprimidos.
6.6
Instruções de utilização e manipulação e eliminação
Não aplicável
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Roche Registration Limited
40 Broadwater Road
Welwyn Garden City
Hertfordshire AL7 3AY
Reino Unido
8.
NÚMERO(S) NO REGISTO COMUNITÁRIO DE MEDICAMENTOS
EU/1/97/054/002-EU/1/97/054/003
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO
DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
22.1.1998
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
25
B. FOLHETO INFORMATIVO
FOLHETO INFORMATIVO
Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi-lhe receitado a si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial, mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Neste folheto:
1.
O que é VIRACEPT e para que é utilizado
2.
Antes de tomar VIRACEPT
3.
Como tomar VIRACEPT
4.
Efeitos secundários possíveis
5.
Conservação de VIRACEPT
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
VIRACEPT (nelfinavir) 50 mg/g Pó Oral
DESCRIÇÃO COMPLETA DA SUBSTÂNCIA ACTIVA E EXCIPIENTES
Qual é a substância activa?
VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral contém 58,45 mg de mesilato de nelfinavir, correspondente a
50 mg de nelfinavir (base livre) por grama de pó.
Que outras substâncias contém o VIRACEPT?
O Pó Oral contém celulose microcristalina, maltodextrina, fosfato de potássio dibásico,
crospovidona, hidroxipropilmetil celulose, aspartame (E951), palmitato de sacarose e
aromatizantes naturais e artificiais.
NOME E MORADA DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO E DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL
PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
Quem é o titular da autorização de introdução no mercado do VIRACEPT?
Roche Registration Limited
40 Broadwater Road
Welwyn Garden City
Hertfordshire AL7 3AY
Reino Unido
Quem é o responsável pelo fabrico do VIRACEPT?
Hoffmann-La Roche AG,
Emil-Barell-Str. 1,
79639 Grenzach-Wyhlen,
Alemanha
1.
QUE É VIRACEPT E PARA QUE É UTILIZADO
Forma Farmacêutica e Conteúdo
Pó Oral 50 mg/g
27
Como é fornecido o VIRACEPT ?
O VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral é fornecido em frascos de plástico que contêm 144 gramas de
pó oral, acompanhados de duas colheres-medida de plástico, uma branca de 1 grama e outra
azul de 5 gramas
Grupo Farmacoterapêutico
O VIRACEPT é um agente antivírico. Faz parte de uma classe de medicamentos chamados
inibidores da protease. É activo contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), ajudando
a reduzir o número de partículas de VIH no sangue.
Indicações Terapêuticas
Por que razão o seu médico lhe receitou VIRACEPT?
O seu médico receitou-lhe VIRACEPT porque tem uma infecção pelo VIH. A infecção pelo
VIH é uma doença transmitida através de contacto com o sangue ou do contacto sexual com
um indivíduo infectado.
O VIRACEPT deve ser tomado em combinação com outros agentes anti-retrovíricos. Estas
combinações mostraram reduzir o número de partículas de VIH no sangue e aumentar o
número de células CD4 circulantes.
2.
ANTES DE TOMAR VIRACEPT
Lista das informações necessárias antes de tomar o medicamento
Quando é que não deve tomar ou utilizar VIRACEPT?
Não tome VIRACEPT se apresentar uma reacção alérgica ao nelfinavir ou a qualquer um dos
outros componentes. O VIRACEPT não deve ser tomado com os produtos da lista abaixo.
Que precauções especiais devem ser tomadas antes de utilizar este medicamento?
O VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral contém aspartamo como adoçante. O aspartamo é uma fonte
de fenilalanina e, por isso, pode não ser administrado a pessoas com fenilcetonúria.
O VIRACEPT não é uma cura para a infecção pelo VIH, podendo continuar a contrair
infecções ou outras doenças associadas à doença pelo VIH. Deverá, portanto, continuar sob os
cuidados do seu médico enquanto estiver a tomar VIRACEPT.
O tratamento com VIRACEPT não demonstrou reduzir o risco de transmissão de VIH a
outros indivíduos através de contacto sexual ou da contaminação com sangue.
O VIRACEPT demonstrou baixar muito o número de partículas de VIH no sangue.
Os benefícios clínicos deste efeito estão presentemente a ser estudados.
Este medicamento foi-lhe receitado a si, pessoalmente, e não deve dá-lo a outras pessoas.
Pode o VIRACEPT ser tomado por crianças ?
A segurança e eficácia do VIRACEPT em crianças com idade inferior a 3 anos de idade não é
ainda conhecida.
Pode o VIRACEPT ser tomado por doentes com insuficiência renal ou hepática ?
Não existem dados disponíveis sobre doentes com estas doenças tratados com VIRACEPT. Se
tiver insuficiência renal ou hepática consulte o seu médico.
O VIRACEPT pode ser tomado juntamente com alimentos ou bebidas?
O VIRACEPT Pó oral deve ser ingerido juntamente com uma refeição normal ou ligeira.
29
VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral pode ser misturado com água, leite, fórmula para lactentes,
fórmula com soja para lactentes, leite de soja, suplementos dietéticos ou papas. Recomenda-se
que o VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral, misturado com estas substâncias, seja tomado nas 6 horas
que se seguem à mistura. Devido ao sabor, não se recomenda a mistura de VIRACEPT
50 mg/g Pó Oral com alimentos ou sumos ácidos (por ex. sumo de laranja, sumo de maçã ou
puré de maçã). Não junte água aos frascos de Viracept 50 mg/g Pó Oral.
O que deve considerar se estiver a amamentar?
A amamentação não é recomendada enquanto estiver a tomar VIRACEPT devido à
possibilidade do fármaco ser excretado no leite humano. Informe o seu médico se estiver a
amamentar ou se tencionar amamentar. As mulheres infectadas não devem amamentar os seus
bébés para evitar a transmissão do VIH.
O que deve considerar durante a gravidez ?
Não se sabe se o VIRACEPT é ou não prejudicial para o feto quando tomado por uma mulher
grávida. Se estiver grávida, só deve tomar VIRACEPT se o seu médico decidir que é
absolutamente necessário. Informe o seu médico se estiver grávida ou se pensa engravidar.
O que deve ser observado quando conduzir ou utilizar máquinas ?
Não há nenhuma indicação de que o VIRACEPT afecte a capacidade de conduzir ou utilizar
máquinas.
O VIRACEPT pode ser tomado juntamente com outros medicamentos?
O VIRACEPT pode ser tomado com vários medicamentos habitualmente utilizados na
infecção pelo VIH. Não foram observadas interacções com zidovudina mais lamivudina,
didanosina mais estavudina, estavudina, e ketoconazol. Não existem indícios de efeitos
inadequados da zidovudina no cérebro, quando esta é co-administrada com o VIRACEPT.
Não são de esperar interacções clinicamente importantes com efavirenz, nevirapina,
itraconazol, fluconazol, eritromicina e claritromicina. No entanto, esta possibilidade não pode
ser excluída.
Há certos produtos que não podem ser tomados com VIRACEPT ou que requerem uma
redução da dose desse medicamento ou do VIRACEPT.
Os medicamentos que não podem ser tomados com o VIRACEPT são: rifampicina,
terfenadina, astemizol, cisaprida, amiodarona, quinidina, triazolam, midazolam, derivados da
cravagem do centeio (medicamentos para a enxaqueca), fenobarbital, fenitoína,carbamazepina
e pimozido.
Os doentes em tratamento com VIRACEPT não podem tomar produtos contendo erva de S.
João (Hypericum perforatum) pois isto pode resultar numa perda do efeito terapêutico e
desenvolvimento de resistências.
Deve também consultar o seu médico se estiver a tomar ritonavir, indinavir, saquinavir,
delavirdina, rifabutina, pílulas anticoncepcionais, bloqueadores dos canais de cálcio,
tacrolimus, sildenafil, estatinasou quaisquer outros medicamentos.
Deve informar sempre o seu médico em relação a todos os fármacos que está a tomar ou
tenciona tomar incluindo aqueles que obteve sem receita médica.
3.
COMO TOMAR VIRACEPT
Instruções Para Uso Adequado
Como e quando deve ser tomado o VIRACEPT?
As seguintes afirmações aplicam-se ao VIRACEPT, a não ser que lhe tenha sido indicado
algo diferente pelo seu médico. Por favor, respeite estas instruções de utilização, pois de
contrário não beneficiará totalmente do VIRACEPT.
Para os doentes que não são capazes de tomar os comprimidos:
Para adultos e crianças com mais de 13 anos, a dose recomendada de VIRACEPT
50 mg/g Pó Oral é de 3 colheres de 5 gramas (colher azul) três vezes por dia.
Para crianças de 3 a 13 anos, a dose habitual de VIRACEPT Pó Oral é de 25-30 mg por kg
de peso, administrada três vezes por dia, conforme se segue: existem duas colheres na caixa,
uma colher branca de 1 grama e uma colher azul de 5 gramas. Deverá nivelar o enchimento da
colher utilizando o cabo da colher que não está no momento a ser utilizada (ver a figura
abaixo).
Peso
corporal
Total de
gramas
Colher
branca
(1
grama)
4
5
6
7
8
9
10
15
4
0
1
2
3
4
0
0
kg
7,5 a < 8,5
8,5 a < 10,5
10,5 a < 12
12 a < 14
14 a < 16
16 a < 18
18 a < 23
≥ 23
Colher azul
(5 gramas)
mais
mais
mais
mais
mais
mais
mais
mais
0
1
1
1
1
1
2
3
Viracept Pó Oral deve ser tomado pela boca com uma refeição normal ou ligeira
VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral pode ser misturado com água, leite, fórmula para lactentes,
fórmula com soja para lactentes, leite de soja, suplementos dietéticos ou papas. Recomenda-se
que o VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral, misturado com estas substâncias, seja usado nas 6 horas
que se seguem à mistura. O VIRACEPT Pó Oral não deve ser misturado com sumo de laranja,
sumo de maçã, puré de maçã ou outros líquidos ou alimentos que sejam ácidos, devido ao
sabor. Não juntar água aos frascos de VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral.
VIRACEPT 250 mg Comprimidos, é geralmente recomendado para adultos e crianças mais
velhas. Para crianças mais novas que sejam capazes de tomar comprimidos pode ser
administrado o VIRACEPT Comprimidos em vez do Pó Oral (ver Folheto Informativo do
VIRACEPT Comprimidos).
VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral é administrado 3 vezes por dia.
O que acontece se eu tomar demasiado medicamento? (Sobredosagem)
Se tiver tomado mais VIRACEPT do que lhe foi prescrito, contacte de imediato o seu médico.
Se não o encontrar, vá a uma unidade de urgência.
31
Se se esquecer de tomar VIRACEPT não tome uma dose dupla para compensar as doses
individuais que se esqueceu de tomar.
4.
EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Descrição Dos Efeitos Indesejáveis Em Condições De Utilização Normal
Que efeitos indesejáveis pode o VIRACEPT causar?
Se notar quaisquer efeitos indesejados não mencionados neste Folheto ou se não tiver a
certeza sobre o efeito deste medicamento, por favor informe o seu médico ou farmacêutico.
Qualquer medicamento pode ter efeitos não pretendidos ou indesejáveis. Efeitos indesejados
de intensidade ligeira a moderada relatados em cerca de 2 % ou mais de doentes tratados com
VIRACEPT 750 mg, 3 vezes por dia, incluem diarreia, flatulência, náuseas, erupções
cutâneas, diminuição do número de glóbulos brancos e aumento dos valores de enzimas
hepáticas e de testes da função renal.
Alguns doentes podem sentir reacções alérgicas incluindo dimunuição da respiração, febre,
comichão, inchaço da face e exantema.
Existem relatos de dor abdominal, vómitos e pancreatite
Foi relatada a manifestação de diabetes mellitus, aumento de açúcar no sangue
(hiperglicemia) ou exacerbação de diabetes mellitus já existente, em doentes tratados com
inibidores da protease. Em alguns deles, a hiperglicemia foi grave e em alguns casos esteve
também associada a cetoacidose. Muitos destes doentes apresentaram outras enfermidades,
algumas das quais necessitaram de terapêutica com fármacos associados ao desenvolvimento
de diabetes ou hiperglicemia.
Em doentes com hemofilia do tipo A ou B tem-se referido aumento de hemorragias durante o
tratamento com este ou outros inibidores da protease. Se isto lhe acontecer, procure
imediatamente o conselho do seu médico.
Em alguns indivíduos, o tratamento com inibidores da protease pode causar alterações na
forma corporal devido a alterações na distribuição da gordura. Estas alterações podem incluir
diminuição da gordura subcutânea, aumento da gordura no abdómen (ventre),
desenvolvimento mamário e nódulos de gordura na região posterior do pescoço. Os inibidores
da protease podem também causar hiperlipidemia (aumento da gordura no sangue) e aumento
de açúcar no sangue.
Foram descritos casos de dor, sensibilidade ou fraqueza muscular, particularmente quando se
faz terapêutica antiretroviral concomitante, que inclua inibidores da protease e análogos dos
nucleósidos. Em ocasiões raras estes distúrbios musculares foram graves (rabdomiólise).
Podem ocorrer outros efeitos indesejáveis com o VIRACEPT. Peça mais informações ao seu
médico ou farmacêutico sobre os efeitos indesejáveis. Qualquer deles possui uma lista mais
completa destes efeitos. Informe prontamente o seu médico sobre estes ou quaisquer outros
sintomas invulgares. Se os sintomas persistirem ou piorarem, procure os cuidados de um
médico
Que medidas devem ser tomadas se ocorrerem efeitos indesejáveis?
A maioria dos efeitos indesejáveis desaparece espontâneamente, sem qualquer tratamento. Se
esses efeitos indesejáveis não desaparecerem, deverá consultar o seu médico, pois ele poderá
querer receitar-lhe um medicamento que ajude a aliviar ou a eliminar os sintomas.
Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou
farmacêutico.
5.
CONSERVAÇÃO DE VIRACEPT
Usar antes do final do prazo de validade, indicado no rótulo.
Como deve ser guardado o VIRACEPT?
Guarde o VIRACEPT na sua embalagem original, fora da vista e do alcance das crianças. Não
guardar acima de 30º C.
Data Em Que O Folheto Informativo Foi Revisto Pela Última Vez
Se tiver outras questões além destas, por favor consulte o seu médico ou farmacêutico.
33
Outras informações
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do
titular da autorização de introdução no mercado.
België/Belgique/Belgien
N.V. Roche S.A.
Rue Dantestraat 75
B-1070 Bruxelles-Brussel
Tel: +32 (0) 2 525 82 11
Luxembourg/Luxemburg
Zie/voir/siehe België/Belgique/Belgien
Danmark
Roche a/s
Industriholmen 59
DK-2650 Hvidovre
Tlf: +45 - 36 39 99 99
Nederland
Roche Nederland B.V.
Postbus 42
NL-3640 AA Mijdrecht
Tel: +31 (0) 297 232000
Deutschland
Hoffmann-La Roche AG
Emil-Barell-Str. 1
D-79639 Grenzach-Wyhlen
Tel: +49 (0) 7624 140
Österreich
Roche Austria GmbH
Engelhorngasse 3
A-1211 Wien
Tel: +43 (0) 1 27739
Ελλάδα
Roche (Hellas) A.E.
Αλαμάνας 4 & Δελφών
GR-151 25 Μαρούσι, Αττική
Τηλ: +30 (0) 1 61 66 100
Portugal
Roche Farmacêutica Química, Lda
Estrada Nacional 249-1
P-2720-413 Amadora
Tel: +351 - 21 425 70 00
España
Productos Roche S.A.
c/ Josefa Valcárcel, nº 42
E-28027 Madrid
Tel: +34 - 91 324 81 00
Suomi/Finland
France
Produits Roche
52, boulevard du Parc
F-92521 Neuilly-sur-Seine Cedex
Tél: +33 (0) 1 46 40 50 00
Sverige
Roche AB
Box 47327
S-100 74 Stockholm
Tfn: +46 (0) 8 726 1200
Ireland
Roche Products (Ireland) Ltd.
3 Richview
IRL - Clonskeagh, Dublin 14
Tel: +353 (0) 1 283 7977
United Kingdom
Roche Products Ltd.
Italia
Roche S.p.A.
Via G.B. Stucchi 110
I-20052 Monza
Tel: +39 - 039 2471
Roche Oy
Sinimäentie 10 A
FIN-02630 Espoo/Esbo
Puh/Tfn: +358 (0) 9 525 331
40 Broadwater Road
Welwyn Garden City
Hertfordshire AL7 3AY - UK
Tel: +44 (0) 1707 366000
FOLHETO INFORMATIVO
Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi-lhe receitado a si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial, mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Neste folheto:
1.
O que é VIRACEPT e para que é utilizado
2.
Antes de tomar VIRACEPT
3.
Como tomar VIRACEPT
4.
Efeitos secundários possíveis
5.
Conservação de VIRACEPT
NOME DO MEDICAMENTO
VIRACEPT (nelfinavir) 250 mg Comprimidos
DESCRIÇÃO COMPLETA DA SUBSTÂNCIA ACTIVA E DOS EXCIPIENTES
Qual é a substância activa?
VIRACEPT 250 mg Comprimidos, contém 292,25 mg de mesilato de nelfinavir,
correspondente a 250 mg de nelfinavir (base livre).
Que outras substâncias contém o VIRACEPT?
Cada comprimido contém silicato de cálcio, crospovidona, estearato de magnésio, indigo
carmim (E132) em pó.
NOME E MORADA DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO E DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL
PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
Quem é o titular da autorização de introdução no mercado do VIRACEPT?
Roche Registration Limited
40 Broadwater Road
Welwyn Garden City
Hertfordshire AL7 3AY
Reino Unido
Quem é o responsável pelo fabrico do VIRACEPT?
Hoffmann-La Roche AG,
Emil-Barell-Str. 1,
79639 Grenzach-Wyhlen,
Alemanha
1.
O QUE É VIRACEPT E PARA QUE É UTILIZADO
Forma Farmacêutica E Conteúdo
Comprimidos 250 mg
Como é fornecido o VIRACEPT ?
35
O VIRACEPT 250 mg Comprimidos é fornecido em frascos de plástico que contém 180 ou
270 comprimidos.
Grupo Fármaco-Terapêutico
O VIRACEPT é um agente antivírico. Faz parte de uma classe de medicamentos chamados
inibidores da protease. É activo contra o Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH), ajudando
a reduzir o número de partículas de VIH no sangue.
Indicações Terapêuticas
Por que razão o seu médico lhe receitou VIRACEPT?
O seu médico receitou-lhe VIRACEPT porque tem uma infecção pelo VIH. A infecção pelo
VIH é uma doença transmitida através de contacto com o sangue ou do contacto sexual com
um indivíduo infectado.
O VIRACEPT deve ser tomado em combinação com outros agentes anti-retrovíricos. Estas
combinações mostraram reduzir o número de partículas de VIH no sangue e aumentar o
número de células CD4 circulantes.
2.
ANTES DE TOMAR VIRACEPT
Lista Das Informações Necessárias Antes De Tomar O Medicamento
Quando é que não deve tomar ou utilizar VIRACEPT?
Não tome VIRACEPT se apresentar uma reacção alérgica ao nelfinavir ou a qualquer um dos
outros componentes. O VIRACEPT não deve ser tomado com os medicamentos da lista
abaixo.
Que precauções especiais devem ser tomadas antes de utilizar este medicamento?
O VIRACEPT não é uma cura para a infecção pelo VIH, podendo continuar a contrair
infecções ou outras doenças associadas à doença pelo VIH. Deverá, portanto, continuar sob os
cuidados do seu médico enquanto estiver a tomar VIRACEPT.
O tratamento com VIRACEPT não demonstrou reduzir o risco de transmissão de VIH a
outros indivíduos através de contacto sexual ou da contaminação com sangue.
O VIRACEPT demonstrou baixar muito o número de partículas de VIH no sangue.
Os benefícios clínicos deste efeito estão presentemente a ser estudados.
Este medicamento foi-lhe receitado a si, pessoalmente, e não deve dá-lo a outras pessoas.
Pode o VIRACEPT ser tomado por crianças ?
A segurança e eficácia do VIRACEPT em crianças com idade inferior a 3 anos de idade não é
ainda conhecida.
Pode o VIRACEPT ser tomado por doentes com insuficiência renal ou hepática ?
Não existem dados disponíveis sobre doentes com estas doenças tratados com VIRACEPT. Se
tiver insuficiência renal ou hepática consulte o seu médico.
O VIRACEPT pode ser tomado juntamente com alimentos ou bebidas?
O VIRACEPT comprimidos deve ser tomado juntamente com uma refeição normal ou ligeira.
O que deve considerar se estiver a amamentar?
A amamentação não é recomendada enquanto estiver a tomar VIRACEPT devido à
possibilidade do fármaco ser excretado no leite humano. Informe o seu médico se estiver a
37
amamentar ou se tencionar amamentar. As mulheres infectadas não devem amamentar os seus
bébés, para evitar a transmissão do VIH.
O que deve considerar durante a gravidez ?
Não se sabe se o VIRACEPT é ou não prejudicial para o feto quando tomado por uma mulher
grávida. Se estiver grávida, só deve tomar VIRACEPT se o seu médico decidir que é
absolutamente necessário. Informe o seu médico se estiver grávida ou se pensa engravidar.
O que deve ser observado quando conduzir ou utilizar máquinas ?
Não há nenhuma indicação de que o VIRACEPT afecte a capacidade de conduzir ou utilizar
máquinas.
O VIRACEPT pode ser tomado juntamente com outros medicamentos?
O VIRACEPT pode ser tomado com vários medicamentos habitualmente utilizados na
infecção pelo VIH. Não foram observadas interacções com zidovudina mais lamivudina,
didanosina mais estavudina, estavudina, e ketoconazol. Não existem indícios de efeitos
inadequados da zidovudina no cérebro, quando esta é co-administrada com o VIRACEPT.
Não são de esperar interacções clinicamente importantes com efavirenz, nevirapina,
itraconazol, fluconazol, eritromicina e claritromicina. No entanto, esta possibilidade não pode
ser excluída.
Há certos produtos que não podem ser tomados com VIRACEPT ou que requerem uma
redução da dose desse medicamento ou do VIRACEPT.
Os medicamentos que não podem ser tomados com o VIRACEPT são: rifampicina,
terfenadina, astemizol, cisaprida, amiodarona, quinidina, triazolam, midazolam, derivados da
cravagem do centeio (medicamentos para a enxaqueca), fenobarbital, fenitoína,
carbamazepina e pimozido.
Os doentes em tratamento com VIRACEPT não podem tomar produtos contendo erva de S.
João (Hypericum perforatum) pois isto pode resultar numa perda do efeito terapêutico e
desenvolvimento de resistências.
Deve também consultar o seu médico se estiver a tomar ritonavir, indinavir, saquinavir,
delavirdina, rifabutina, pílulas anticoncepcionais, bloqueadores dos canais de cálcio,
tacrolimus, sildenail, estatinas ou quaisquer outros medicamentos.
Deve informar sempre o seu médico em relação a todos os fármacos que está a tomar ou
tenciona tomar incluindo aqueles que obteve sem receita médica.
3.
COMO TOMAR VIRACEPT
Instruções Para Uso Adequado
Como e quando deve ser tomado o VIRACEPT?
As seguintes afirmações aplicam-se ao VIRACEPT a não ser que o seu médico lhe tenha dado
outras indicações. Por favor, respeite estas instruções de utilização; de contrário não
beneficiará totalmente do VIRACEPT.
A dose usual de VIRACEPT 250 mg Comprimidos, para indivíduos com mais de 13 anos é de
750 mg, administrados sob a forma de 3 comprimidos de 250 mg, três vezes por dia.
A dose usual para crianças de 3 a 13 anos é de 25-30 mg por kg de peso, administrada três
vezes por dia, como se segue:
39
Peso corporal
kg
18 a < 23
≥ 23
Número de
Comprimidos*
três vezes por dia
2
3
* Para doentes com menos de 18 kg de peso, ver o Folheto Informativo do VIRACEPT Pó
Oral.
Para adultos ou crianças incapazes de tomar comprimidos pode ser administrado o
VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral (Ver Folheto Informativo do VIRACEPT 50 mg/g Pó Oral).
Os comprimidos de VIRACEPT são para ser tomados pela boca. Os comprimidos de
VIRACEPT devem ser engolidos inteiros e devem ser tomados com uma refeição normal ou
ligeira.
VIRACEPT 250 mg Comprimidos é administrado 3 vezes por dia.
O que acontece se eu tomar demasiado medicamento? (Sobredosagem)
Se tiver tomado mais VIRACEPT do que lhe foi prescrito, contacte de imediato o seu médico.
Se não o encontrar, vá a uma unidade de urgência.
Se se tiver esquecido de tomar VIRACEPT, não tome uma dose dupla para compensar as
doses individuais que se esqueceu de tomar.
4.
EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Descrição Dos Efeitos Indesejáveis Em Condições De Utilização Normal
Que efeitos indesejáveis pode o VIRACEPT causar?
Se notar quaisquer efeitos indesejados não mencionados neste Folheto ou se não tiver a
certeza sobre o efeito deste medicamento, por favor informe o seu médico ou farmacêutico.
Qualquer medicamento pode ter efeitos não pretendidos ou indesejáveis. Efeitos indesejados
de intensidade ligeira a moderada relatados em cerca de 2 % ou mais de doentes tratados com
VIRACEPT 750 mg 3 vezes por dia, incluem diarreia, flatulência, náuseas, erupções cutâneas,
diminuição do número de glóbulos brancos e aumento dos valores de enzimas hepáticas e de
testes da função renal.
Alguns doentes podem sentir reacções alérgicas incluindo dimunuição da respiração, febre,
comichão, inchaço da face e exantema.
Existem relatos de dor abdominal, vómitos e pancreatite.
Foi relatada a manifestação de diabetes mellitus, aumento de açúcar no sangue (hiperglicemia)
ou exacerbação de diabetes mellitus já existente, em doentes tratados com inibidores da
protease. Em alguns deles, a hiperglicemia foi grave e em alguns casos esteve também
associada a cetoacidose. Muitos destes doentes apresentaram outras enfermidades, algumas
das quais necessitaram de terapêutica com fármacos associados ao desenvolvimento de
diabetes ou hiperglicemia.
Em doentes com hemofilia do tipo A ou B tem-se referido aumento de hemorragias durante o
tratamento com este ou outros inibidores da protease. Se isto lhe acontecer, procure
imediatamente o conselho do seu médico.
Em alguns indivíduos, o tratamento com inibidores da protease pode causar alterações na
forma corporal devido a alterações na distribuição da gordura. Estas alterações podem incluir
diminuição da gordura subcutânea, aumento da gordura no abdómen (ventre),
desenvolvimento mamário e nódulos de gordura na região posterior do pescoço. Os inibidores
da protease podem também causar hiperlipidemia (aumento da gordura no sangue) e aumento
de açúcar no sangue.
Foram descritos casos de dor,sensibilidade ou fraqueza muscular, particularmente quando se
faz terapêutica antiretroviral concomitante, que inclua inibidores da protease e análogos dos
nucleósidos. Em ocasiões raras estes distúrbios musculares foram graves (rabdomiólise).
Podem ocorrer outros efeitos indesejáveis com o VIRACEPT. Peça mais informações ao seu
médico ou farmacêutico sobre os efeitos indesejáveis. Qualquer deles possui uma lista mais
completa destes efeitos. Informe prontamente o seu médico sobre estes ou quaisquer outros
sintomas invulgares. Se os sintomas persistirem ou piorarem, procure os cuidados de um
médico.
Que medidas devem ser tomadas se ocorrerem efeitos indesejáveis?
A maioria dos efeitos indesejáveis desaparece espontaneamente, sem qualquer tratamento. Se
esses efeitos indesejáveis não desaparecerem, deverá consultar o seu médico, pois ele poderá
querer receitar-lhe um medicamento que ajude a aliviar ou a eliminar os sintomas.
Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou
farmacêutico.
5.
CONSERVAÇÃO DE VIRACEPT
Use antes de terminar o prazo de validade indicado no rótulo.
Como deve ser guardado o VIRACEPT?
Guarde o VIRACEPT na sua embalagem original fora da vista e do alcance das crianças. Não
guardar acima de 30 º C.
Data Em Que O Folheto Informativo Foi Revisto Pela Última Vez
Se tiver outras perguntas, por favor consulte o seu médico ou farmacêutico.
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Outras informações
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do
titular da Autorização de Introdução no Mercado.
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Danmark
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Deutschland
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Österreich
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Engelhorngasse 3
A-1211 Wien
Tel: +43 (0) 1 27739
Ελλάδα
Roche (Hellas) A.E.
Αλαμάνας 4 & Δελφών
GR-151 25 Μαρούσι, Αττική
Τηλ: +30 (0) 1 61 66 100
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