13 A PERCEPCAO DOS ACADEMICOS DE

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A PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM FRENTE A
UTILIZAÇÃO DA SAE EM UNIDADES PRÉ E PÓS OPERATÓRIO 1
VELASQUE, Ana Cláudia2; ALBERTI, Gabriela F. 3; RIBEIRO, Maiara G. 4
VARGAS, Ana Cláudia S. 5; DORNELLES, Carla. 6; SALBEGO, Cléton.7
RESUMO
O presente trabalho é um relato de experiência ocorrido durante as
práticas curriculares da disciplina de Enfermagem no Cuidado ao Adulto II do
curso de Enfermagem da URI Campus Santiago, realizadas na unidade Clínica
Cirúrgica do Hospital de Caridade de Santiago. O objetivo deste resumo é
relatar como o estágio foi desenvolvido, bem como conhecer a realidade da
unidade e desenvolver práticas assistenciais, com a implementação da SAE Sistematização da Assistência em Enfermagem, afim de prestar uma
assistência. Também, planejar as ações, determinar e gerenciar o cuidado,
registrar tudo o que foi planejado e executado, e finalmente, avaliar estas
condições, permitindo assim gerar conhecimentos apartir da prática, realizando
assim o processo de Enfermagem. Tal vivência ocorreu na unidade 300 (pré e
pós operatório) do Hospital de Caridade de Santiago. O estágio proporcionou
com que fosse adquirido uma vivência pautada nas ações inerentes ao
enfermeiro, além da ênfase no cuidado integral e humanizado.
Palavras-chave: Sistematização da Assistência de Enfermagem –
Enfermagem no cuidado ao adulto – unidade pré e pós operatório –
Enfermagem.
INTRODUÇÃO
Com Florence Nightingale a enfermagem iniciou sua caminhada para a
adoção de uma prática baseada em conhecimentos científicos, abandonando
gradativamente a postura de atividade caritativa, intuitiva e empírica. Com esse
intuito, diversos conceitos, teorias e modelos específicos à Enfermagem foram
e estão sendo desenvolvidos, com a finalidade de prestar uma assistência,
realizando assim o processo de Enfermagem. (1)
Na década de 70, Wanda Aguiar Horta, desenvolveu um modelo
conceitual, no qual a própria vivência em Enfermagem, levou-a procurar
1
Relato de Experiência.
Autora – relatora. Acadêmica do VI semestre do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade
Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI Campus Santiago/RS.
3 Autora. Acadêmica do VI semestre do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI Campus Santiago/RS.
4
Autora. Acadêmica do VI semestre do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI Campus Santiago/RS.
5
Autora. Acadêmica do VI semestre do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI Campus Santiago/RS.
6
Autora Enfermeira do SEM do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.Especialista em Oncologia Docente
do Curso de Graduação em Enfermagem URI Santiago. Contato: e-mail: [email protected]
2
desenvolver um modelo que pudesse explicar a natureza da enfermagem,
definir seu campo de ação específico e sua metodologia. Essa mesma autora
define o processo de enfermagem, como sendo a dinâmica das ações
sistematizadas e inter-relacionadas, visando a assistência do ser humano. (2)
No processo de enfermagem a assistência é planejada para alcançar as
necessidades específicas do paciente, sendo então regida de forma a que
todas as pessoas envolvidas no tratado possam ter acesso ao plano de
assistência, e prestar uma melhor qualidade no serviço assistencial.
Para o autor da área (3), o processo de enfermagem possui um enfoque
holístico, ajuda a assegurar que as intervenções sejam elaboradas para o
individuo e não apenas para a doença, apressa os diagnósticos e o tratamento
dos problemas de saúde potenciais e vigentes, reduzindo a incidência e a
duração da estadia no hospital, promove a flexibilidade do pensamento
independente, melhora a comunicação e previne erros, omissões e repetições
desnecessárias, a equipe de enfermagem obtém satisfação de seus resultados.
METODOLOGIA
Tal vivência é fruto da experiência acadêmica obtida através de práticas
que ocorreram no período de 6 a 15 de setembro de 2010, totalizando 30
horas, acompanhados pela enfermeira supervisora e docente da disciplina na
Unidade Clínica Cirúrgica U300 do Hospital de Caridade de Santiago (HCS).
A referida Unidade é composta por 12 quartos, sendo 2 enfermarias com
cinco leitos cada (1 masculina e feminina adulto) com pacientes pré e pósoperatório com atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Duas
enfermarias, de atendimento pediátrico com pacientes do SUS. Possui ainda,
seis quartos privativos e dois quartos semi-privativos de caráter para clientes
privados e convênios. Neste Serviço, a equipe de enfermagem desenvolve
suas atividades com dois a três técnicos de enfermagem por turno e a
enfermeira supervisora da instituição.
Durante as práticas curriculares, os acadêmicos de Enfermagem
desenvolveram a SAE com os pacientes pré e pós-operatório, baseado no
modelo de Wanda Horta. Primeiramente, dava-se início á mensuração dos
sinais vitais dos pacientes e a avaliação pré e pós-operatória. Além disso era
realizado visita pré-operatória com anamnese e exame físico para a análise
dos diagnósticos de enfermagem que seriam norteadores para a assistência de
enfermagem. Após a elaboração das prescrições de enfermagem, baseada nas
necessidades humanas.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O processo de enfermagem é o instrumento profissional do enfermeiro,
que guia sua prática e pode fornecer autonomia profissional e concretizar a
proposta de promover, manter ou restaurar o nível de saúde do paciente, como
também documentar sua prática profissional, visando a avaliação da qualidade
da assistência prestada (4). Além disso, é um processo sistemático pelo fato de
envolver a utilização de abordagem organizada para alcançar seu propósito.
Portanto, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma
atividade privativa do enfermeiro, que através de um método e estratégia de
trabalho científico realiza a identificação das situações de saúde-doença,
subsidiando a prescrição e implementação das ações de Assistência de
Enfermagem, que possam contribuir para a promoção, prevenção, recuperação
e reabilitação em saúde do indivíduo, família e comunidade.
A SAE requer do enfermeiro interesse em conhecer o paciente como
indivíduo, utilizando para isso seus conhecimentos e habilidades, além de
orientação e treinamento da equipe de enfermagem para a implementação das
ações sistematizadas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observamos que o sucesso na implementação da SAE tem a sua
origem no interesse da administração, assim sendo, os projetos executados
tendem a trazer resultados favoráveis no que tange a aceitação das equipes de
enfermagem e interdisciplinares.
Não basta, porém, que indivíduos em cargos de chefia de enfermagem
determinem o que deve ser feito, é indispensável que a iniciativa de aprender a
planejar cuidados de enfermagem parta dos chefes, além do mais devem ser
estabelecidos critérios específicos de ação, no sentido vertical e horizontal.
Ao término do estágio é possível perceber a necessidade de
desenvolver a prática de instrumentos que visibilizem a SAE. Para tanto é
fundamental que se obtenha conhecimento acerca de diagnósticos de
enfermagem, bem como sobre planejamento da assistência por meio da
elaboração e execução das prescrições de enfermagem. Foi possível também
visualizar que por meio da SAE o trabalho da enfermagem torna-se
sistematizado, organizado e com teor científico-metodológico, pois amplia o
raciocínio clínico e o pensamento crítico das ações de enfermagem.
Ainda, o esclarecimento da equipe multiprofissional quanto á forma de
trabalho é uma estratégia que auxilia a envolver os diferentes profissionais na
SAE. Um fator que motiva ao se introduzir qualquer novo projeto é o de
incentivar as pessoas que irão implantá-lo a programarem conjuntamente as
atividades correlatas.
REFERÊNCIAS
1. FRIDLANDER MR; O processo de Enfermagem ontem, hoje e
amanhã. São Paulo: Ver Esc Enf USP; 1981; 15:129-134.
2. HORTA, Wanda; Processo de Enfermagem. São Paulo: EPU, 1979.
3. ARAÚJO, IEM; et al. Sistematização da Assistência de Enfermagem
em uma unidade de internação: desenvolvimento e implementação
de roteiro direcionador, relato de experiência. São Paulo: Acta Paul
Enf 1996; 4:160-169.
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