A análise epidemiológica dos casos de câncer de pênis indica que

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE MEDICINA
AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA EM CÂNCER DE PÊNIS NO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - HUUFMA
São Luís - MA
2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE MEDICINA
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
EDITAL Nº 012/2013 – PROEX
AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA EM CÂNCER DE PÊNIS NO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO
MARANHÃO – HUPD/UFMA
Projeto
Extensão
de
extensão
da
à
Pró-reitoria
Universidade
Federal
de
do
Maranhão para submissão ao edital n°
012/2013 – PROEX.
Nome dos Bolsistas:
Felipe Brayon de Paiva Ericeira – 20100124-93 – 7º período de Medicina UFMA
Letícia Pádua Lauande – 20100286-92 – 6º período de Medicina UFMA
Nome do Orientador:
Professor Doutor José de Ribamar Rodrigues Calixto
Diretórios de grupo do CNPq:
Departamento de Medicina II
São Luís - MA
2013
SUMÁRIO
1. RESUMO ...................................................................................................... 01
2. JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 01
3. INTRODUÇÃO ..............................................................................................02
4. OBJETIVOS ................................................................................................. 07
4.1.
Objetivo geral ........................................................................... 07
4.2.
Objetivos específicos ............................................................... 07
5. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 08
6. INFRAESTRUTURA DISPONÍVEL .............................................................. 09
7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES .............................................................. 09
8. EQUIPE EXECUTORA ................................................................................. 11
9. RESULTADOS ............................................................................................. 12
10. IMPACTOS ESPERADOS ........................................................................... 13
11. POSSÍVEIS BENEFÍCIOS GERADOS À POPULAÇÃO ..............................13
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 14
RESUMO
O Maranhão ocupa a 3ª posição em números de casos de câncer de pênis no
país. Este tipo de câncer é um dos poucos tumores malignos que podem ser
evitados através da educação sanitária. Desta forma, a ação educativa para a
prevenção de câncer de pênis e a detecção precoce devem ser entendidas como
compromisso profissional com a qualidade de vida da população e como um
compromisso de qualidade no atendimento reiterando a autonomia do paciente no
seu autocuidado.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) (2), um terço dos casos de
câncer no mundo poderia ser evitado. É clara a necessidade da continuidade de
investimentos no desenvolvimento de ações abrangentes para o controle do câncer,
nos diferentes níveis de atuação, como na promoção da saúde, na detecção precoce,
na assistência aos pacientes, na vigilância, na formação de recursos humanos, na
comunicação e mobilização social e na pesquisa e gestão do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Diante do exposto esse projeto de extensão terá como objetivo principal a
promoção de saúde e assistência ao portador do câncer de pênis através de
atendimento ambulatorial.
1. JUSTIFICATIVA:
Este Projeto de Extensão tem como propostas centrais a assistência médica
adequada ao paciente acometido por lesão peniana sugestiva de malignidade e o
contato do estudante de Medicina com os casos de câncer de pênis, doença tão
incidente na população maranhense.
Apesar de o Maranhão ocupar a 3ª posição em números de casos de câncer de
pênis no país, este tipo de câncer costuma ser diagnosticado tardiamente, o que
compromete uma abordagem efetiva, com prognóstico menos mórbido. Desta forma,
o atendimento precoce e adequado do paciente e a ação educativa para a
prevenção do câncer de pênis deve ser entendida como compromisso profissional
com a qualidade de vida do homem maranhense.
Diante do exposto, o projeto de extensão em questão, apresenta-se como uma
alternativa de promoção de saúde, ao garantir assistência precoce e especializada
ao indivíduo acometido por lesões penianas, diminuindo a morbimortalidade inerente
ao diagnóstico tardio do câncer de pênis, além de ser instrumento educacional para
a saúde do homem.
2. INTRODUÇÃO:
O câncer de pênis é uma das mais antigas doenças conhecidas. É uma
patologia muito frequente no Brasil; dados levantados pelo DATASUS (1) sugerem
que o país esteja em segundo lugar no ranking mundial da doença, atrás apenas da
África. No país, ele representa 2% de todos os casos de câncer no homem, sendo
mais frequente nas regiões Norte e Nordeste do que nas regiões Sul e Sudeste. Nas
regiões de maior incidência, o câncer de pênis supera os casos de câncer de
próstata e de bexiga (2).
Recentemente a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) (3) realizou o
primeiro estudo epidemiológico sobre câncer de pênis no Brasil. De acordo com os
dados obtidos, o estado de São Paulo, com 40 milhões de habitantes, é o que
também concentra o maior índice de casos: 24,26%. Em seguida, vem o Ceará, com
12,87%, Maranhão, com 10,66%, e Rio de Janeiro, com 9,19%.
Essa doença é pouco frequente em países desenvolvidos uma vez que
corresponde a não mais que 0,4% dos cânceres que acometem o homem. Há
poucos anos, iniciou-se uma especial atenção à detecção de lesões potencialmente
infectantes por HPV na população masculina (4). A escassez de publicações reflete
essa baixa incidência da doença em países ricos, e consequentemente a maioria
dos trabalhos são provenientes de instituições isoladas e com pequena casuística.
Assim, questões relevantes referentes ao manejo clínico do câncer de pênis
continuam em aberto (5).
Relatórios adicionais (6) divulgaram uma tendência de maior incidência na
raça negra, na proporção de 2:1. Dados atualizados sobre a incidência geral de
câncer de pênis no Brasil revelam uma variação de percentuais de diagnóstico da
doença, que variam de 0,23% em Campinas (1991-1995) a 1,51% em Fortaleza
(1996) (7), evidenciando a disparidade entre as regiões Sul e Sudeste das regiões
Norte e Nordeste.
O câncer de pênis tem maior incidência em indivíduos a partir dos 50 anos de
idade, muito embora tumores malignos do pênis possam ser encontrados em
indivíduos jovens, especialmente quando se verificam baixas condições sócioeconômicas e de instrução, má higiene íntima e indivíduos não-circuncidados (8).
Estudos têm mostrado sua associação com infecção pelo papilomavírus humano
(HPV) (9, 10 e 11), com presença maior do subtipo 16 (12). Outros fatores de risco
também estão associados com esta enfermidade, tais como fimose, condições
inflamatórias crônicas, fotoquimioterapia com raios ultravioleta A, tabagismo (8),
número elevado de parceiros sexuais, que aumentam o risco de infecção pelo HPV,
além da história de escoriações penianas repetidas (13). Apesar dos múltiplos
fatores de risco para o CP, a neoplasia permanece com etiologia ainda incerta (13).
Em estudo epidemiológico, no Estado do Pará, analisou-se 346 pacientes
procedentes de regiões interioranas portadores de câncer de pênis, cuja faixa etária
de afecção (65%) oscilou entre 40 a 69 anos. Dentre os fatores comuns estavam
falta de circuncisão e hábitos de higiene precários. Assim, os autores sugerem que a
circuncisão na infância bem como a melhora dos hábitos de higiene genital podem
ser meios eficazes de prevenção da doença (14). Porém, ressalta-se que o efeito
protetor da circuncisão é reconhecido para o câncer de pênis localizado e invasivo,
mas não para o carcinoma in situ (15).
A análise epidemiológica dos casos de câncer de pênis indica que, em
relação ao perfil sócio-econômico-cultural dos portadores, a neoplasia acomete
principalmente homens da classe social e nível de instrução baixos, sendo que as
áreas de maior incidência estão contidas nas regiões mais carentes dos países em
desenvolvimento (16). A demora na procura de atendimento médico também
decorrente do baixo nível cultural dos pacientes é uma variável que prejudica o
resultado do tratamento. Uma grande parcela dos casos de câncer de pênis em
estádio avançado necessita de tratamento cirúrgico mutilante que resulta em
repercussões psicológicas e funcionais desfavoráveis, situação que dificulta a
reabilitação e a reintegração social (5).
A incidência de fimose entre pacientes com câncer de pênis é da ordem de
74%. Já a incidência de câncer de pênis em países com prática de circuncisão
neonatal, como Israel e EUA, é extremamente baixa, podendo chegar a índices
menores que 1% (12). Embora ainda não tenha sido encontrado um carcinógeno
específico no esmegma, a ausência de circuncisão dificulta a higienização adequada
da glande, que associada à presença de Mycobacterium smegmatis, além de causar
irritação crônica do epitélio, contribui para a gênese deste câncer (17).
Dillner et al. (2000) (13) encontraram um risco dez vezes maior para o
desenvolvimento de câncer de pênis em indivíduos portadores de fimose, inflamação
crônica da glande (líquen escleroso e atrófico) e história de tratamento prévio com
psoralen e raios ultravioletas A.
Outros autores estabelecem que a ausência ou precária higiene, decorrente
ou não de fimose, seja o principal fator envolvido na gênese da doença (16).
O autoexame do pênis realizado regularmente pode contribuir para detecção
precoce desta doença, melhorando o prognóstico e a sobrevida dos pacientes.
Durante o autoexame, os homens devem estar atentos aos seguintes sinais: perda
de pigmentação ou manchas esbranquiçadas, feridas e caroços no pênis que não
desapareceram após tratamento médico e apresentem secreções e mau cheiro,
tumoração no pênis e/ou na virilha (íngua), inflamações de longo período com
vermelhidão e coceira, principalmente nos portadores de fimose (2).
O diagnóstico de câncer peniano é feito por meio de biópsia incisional da
lesão, cujos principais diagnósticos diferenciais são cancro sifilítico, cancro mole e
condiloma simples ou gigante (18).
Gross e Pfister (1993) (19) relataram a presença de HPV em indivíduos com
câncer de pênis, variando de acordo com o tipo histológico: 100% no carcinoma in
situ, 47,4% no carcinoma basalóide e 35% no carcinoma escamoso convencional.
Os HPVs de maior risco oncogênico de câncer de pênis foram os de genótipo16, 18,
31 e 33 (19,20).
Estudos utilizando PCR (Polimerase Chain Reaction) descrevem a presença
de HPV em carcinoma peniano, variando de 30 a 100% dos casos (21-25). A
detecção de DNA viral foi maior entre pacientes com idade inferior a 40 anos,
corroborando a transmissão do HPV por via sexual.
O tipo histológico mais frequente de câncer de pênis é o carcinoma
epidermóide, também denominado espinocelular ou escamoso que representa 95%
dos tumores malignos do pênis (26, 27). O carcinoma verrucoso é uma variante do
carcinoma epidermóide, de comportamento clínico menos agressivo (28). De modo
adverso à tendência infiltrativa e ulcerada do carcinoma epidermóide, o carcinoma
verrucoso constitui uma lesão vegetante, de crescimento lento e com menor
potencial de metastatização. Outros tipos histológicos mais raros incluem o
carcinoma baso-celular, sarcoma de Kaposi, melanoma e linfoma (28, 29). A
neoplasia intra-epitelial peniana (NIP) de alto grau é considerada como pré-maligna
(19).
A graduação histológica mais comumente usada para o câncer de pênis é a
de Broders (30, 31). Este sistema baseia-se fundamentalmente no grau de
queratinização, número de mitoses e no pleomorfismo nuclear. Quatro graus são
identificáveis, sendo o grau I referente às lesões bem diferenciadas e o IV aos
tumores indiferenciados (30).
Geralmente a graduação histológica correlaciona-se com a profundidade do
tumor bem como com o risco de metástase inguinal. Vários autores (32-34)
encontraram associação entre lesões de alto grau, maior risco de comprometimento
de linfonodos inguinais e maior risco de óbito pela doença.
Existe
grande
dificuldade
de
padronização
e
aplicação
clínica
do
estadiamento do câncer de pênis. O estádio TNM de 1978 levava em consideração
o tamanho em centímetros da lesão no pênis, além do tradicional status linfonodal e
presença ou não de metástases à distância. O estádio mais recente da União
Internacional Contra o Câncer (UICC) é o TNM 2004, em que o tamanho tumoral (T)
depende da profundidade de invasão, e não do tamanho em centímetros. Os demais
componentes (N) e (M) que representam a presença de metástases em linfonodos
regionais e à distância, respectivamente, também estão contemplados (35). O
grande problema é que o TNM 2004 é essencialmente um estádio patológico, uma
vez que é impossível determinar clinicamente e com grande acurácia o nível de
invasão tumoral e o real status linfonodal (5).
A preocupação com o comprometimento linfonodal inguinal é justificada pelo
seu grande impacto prognóstico. O acometimento de mais de dois linfonodos
inguinais reflete um maior risco de recidiva e morte por doença. Fraley et al. (1989)
(36), Srinivas et al. (1987) (37), Ravi (1993) (38), Horenblas e Van Tinteren (1994)
(39), Lopes et al. (1996) (40) encontraram taxas de sobrevida global de 67 a 88%
para pacientes com até dois linfonodos comprometidos e de 7 a 54% para pacientes
com mais de dois linfonodos positivos.
O tratamento do câncer de pênis consiste na abordagem da lesão primária e
das regiões inguinais. A lesão primária deve ser tratada, preferencialmente, por
cirurgia, cuja extensão varia desde prostectomia, amputações parcial e total e até
emasculação (41). A abordagem radioterápica, por não permitir o correto
estadiamento e por implicar em pior controle local da doença, fica reservada aos
pacientes que recusam cirurgia. Outras formas de tratamento local, incluindo o
emprego de laser, crioterapia e microcirurgia de Mohs, raramente são usadas no
câncer de pênis invasor (41, 42).
A linfadenectomia terapêutica, com intuito de ressecar metástases linfonodais
regionais, pode ser curativa em até 80% dos casos de micrometástases (42, 43).
Diante de adenomegalia inguinal suspeita está indicado o uso da punção aspirativa
por agulha fina (PAAF). Quando a PAAF é positiva deve-se proceder à
linfadenectomia inguinal radical bilateral (44, 45). Nos casos de PAAF negativa,
porém com adenomegalia persistente após uso de antibióticos por seis semanas, a
taxa de falso positivo é de 14 a 30% (42, 44, 45). Por outro lado, nos indivíduos
clinicamente N0 (sem adenomegalia inguinal suspeita), apesar dos avanços na
técnica de linfonodo sentinela e do emprego de linfadenectomia inguinal seletiva, o
risco de falso negativo permanece consideravelmente alto, na ordem de 20% (42,
44, 45).
Os resultados das terapêuticas clínicas apresentam alta toxicidade e baixa
eficácia, e os estudos ainda apresentam baixos níveis de evidências e
recomendação, com isso o câncer de pênis pode ser considerado um dos mais
perigosos tumores que acometem o homem (46).
O carcinoma peniano é uma doença ainda pouco estudada por ser rara em
países desenvolvidos. Estudos mais recentes vêm permitindo a identificação de
novos fatores de risco para o câncer de pênis, outrora desconhecidos, como a
infecção persistente pelo HPV. O baixo perfil social, econômico e cultural dos
pacientes gera retardo na procura de ajuda médica e conseqüente dificuldade para
seguimento e tratamento. A morbidade do tratamento cirúrgico, além de distúrbios
psicológicos, pode gerar incapacidade funcional em grande parte dos pacientes
operados. Por outro lado, a linfadenectomia inguinal pode curar até 80% dos
pacientes.
No Maranhão, terceiro estado do país em número de casos de câncer (2), a
cada quinze dias, um homem portador de câncer de pênis tem o seu órgão genital
amputado no Hospital Geral Tarquínio Lopes Filho, em São Luís (47). Esse grande
número de amputações revela a falta de informação e o preconceito em procurar
tratamento.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) (2), um terço dos casos de
câncer no mundo poderia ser evitado. É clara a necessidade da continuidade de
investimentos no desenvolvimento de ações abrangentes para o controle do câncer,
nos diferentes níveis de atuação, como na promoção da saúde, na detecção
precoce, na assistência aos pacientes, na vigilância, na formação de recursos
humanos, na comunicação e mobilização social e na pesquisa e gestão do Sistema
Único de Saúde (SUS) (48).
3. OBJETIVOS
3.1.

Objetivo Geral:
Promover saúde, detecção precoce e acompanhamento adequado ao
portador do câncer de pênis através de atendimento médico adequado a
pacientes em ambulatórios de urologia do Sistema Único de Saúde.
3.2.
•
Objetivos Específicos:
Garantir acompanhamento ambulatorial adequado ao paciente acometido
pelo câncer de pênis, por meio da atenção médica especializada e periódica.
•
Rastrear pacientes atendidos no Serviço de Urologia do Hospital Universitário
Presidente Dutra com lesões penianas sugestivas de malignidade.
•
Alertar a população maranhense quanto ao câncer de pênis, fatores de risco
e suas complicações, por meio de ações educativas.
•
Mostrar os meios mais adequados de prevenção do câncer de pênis e outras
temáticas relacionadas à Saúde do homem à população por meio de
palestras, cartilhas e orientações durante a consulta e ensinar o método de
autoexame de pênis e testículos.
•
Coletar dados para determinar o perfil epidemiológico dos pacientes através
de formulários e questionários.
•
Fortalecer o envolvimento com a população utilizando a Extensão
Universitária como espaço para problematização das questões sociais.
•
Possibilitar a sensibilização e a atuação dos estudantes de Medicina na
promoção da saúde e da educação popular.
•
Divulgar os resultados obtidos pelo referido projeto em congressos, revistas
cientificas e/ou outros meios científicos, visando expandir o debate sobre o
tema e consequentemente, possibilitar o aumento das ações de prevenção de
tal patologia e do acompanhamento adequado do paciente acometido.
4. MATERIAIS E MÉTODOS:
Serão realizadas consultas médicas de paciente com lesões penianas sugestivas
de malignidade, previamente atendido em serviço de urologia do Hospital
Universitário Presidente Dutra – HUPD/UFMA. Este paciente terá assegurado o
acesso a exames complementares, terapêutica e assistência multiprofissional
adequados para a sua doença.
Os atendimentos e ações educativas acontecerão às quartas-feiras, das 14h às
17h, nas instalações do Serviço de Urologia do HUPD/UFMA.
Os atendimentos ambulatoriais serão feitos por acadêmicos do curso de
Medicina da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, que se organizarão em
duplas para o atendimento dos pacientes e preenchimento, ao longo da consulta, de
fichas com os dados destes, além de realizarem o exame clínico, supervisionados
por médico especialista do HUPD/UFMA, o qual decidirá a conduta terapêutica mais
adequada
para
o
caso
e
encaminhará
o
paciente
para
a
assistência
multiprofissional. Será dada a de vida orientação ao paciente, ensinando-o o método
de autoexame dos testículos e do pênis.
Além disso, serão ministradas palestras sobre temas relacionados à
importância da adesão ao tratamento, sobre o prognóstico do câncer de pênis
e as demais doenças sexualmente transmitidas. Os temas serão abordados em
linguagem acessível para o nível sócio-cultural dos espectadores.
Em pacientes com lesões sugestivas de malignidade, serão realizadas
biópsias para diagnóstico histopatológico, cujas amostras serão recolhidas por
material cirúrgico cedido pelo HUPD/UFMA em salas reservadas para tal fim e
enviadas para o Serviço de Anatomia Patológica do HUPD/UFMA para análise e
posterior avaliação dos resultados, para que seja empregada a conduta mais
adequada.
5. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
ETAPAS
BIMESTRE
1º
2º
3º
4º
5º 6º
Levantamento bibliográfico e discussão da literatura.
X
Levantamento de dados epidemiológicos de câncer de
pênis no Serviço de Urologia do Hospital Universitário
Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão
- HUPD/UFMA
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Anamnese, exame físico e biópsia quando necessário.
X
X
X
X
X
Realização de palestras (promoção da saúde)
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Construção do banco de dados informatizado
X
X
X
X
Análise estatística
Relatório semestral
X
Educação em saúde e assistência
confirmados de câncer de pênis
dos
casos
Discussão dos resultados com a população atendida no
Serviço de Urologia do HUPD/UFMA
X
X
X
X
X
X
Relatório final
Publicação dos resultados.
X
X
O levantamento bibliográfico e discussão de literatura acontecerão entre os
meses de Maio/2013 a Maio/2014. Pesquisadores, bolsistas e voluntários
participarão de grupos de estudo sobre a temática. A coleta de dados será feita toda
quarta-feira, das 14h às 17h, durante o ambulatório. Neste momento, haverá a
coleta de dados epidemiológicos sobre câncer de pênis e serão feitas as biópsias.
A análise estatística dos dados obtidos será feita no segundo, quarto e sexto
bimestres. As ações educativas serão feitas durante os ambulatórios e a discussão
dos dados com as comunidades serão realizadas semestralmente. Essas ações
serão feitas por meio de palestras, cartilhas e em consultório.
Em abril e maio/2014, será elaborada publicação científica com os resultados
obtidos.
6. EQUIPE EXECUTORA
Nome
José
Categoria
Ribamar
Rodrigues Professor
Calixto
Função no projeto
Adjunto
Departamento
–
do Proponente
Médico
de especialista
Medicina II da UFMA
Letícia Pádua Lauande
Acadêmica de Medicina Bolsista
da UFMA – 6º período
Felipe
Brayon
de
Paiva Acadêmico de Medicina Bolsista
Ericeira
da UFMA – 7º período
João Victor Fonseca Ribeiro
Acadêmico de Medicina Atendimento
da UFMA – 9º período
ambulatorial e coleta de
dados
Cícero Ricardo Machado de Acadêmico de Medicina Atendimento
da UFMA – 6º período
Matos
ambulatorial e coleta de
dados
Ludmilla Emília Martins Costa
Acadêmico de Medicina Atendimento
da UFMA – 9º período
ambulatorial e análise
estatística
dos
dados
obtidos
Pablo
Luciana
Fonsêca
Gomes Acadêmico de Medicina Atendimento
da UFMA – 8º período
ambulatorial e análise
estatística
dos
dados
obtidos
Victor Lima
Acadêmico de Medicina Organização
Souza
da UFMA – 8º período
palestras
das
e
demais
ações de educação
7. RESULTADOS
Os principais resultados esperados do projeto “Ambulatório De Referência Em
Câncer De Pênis No Hospital Universitário Presidente Dutra Da Universidade
Federal Do Maranhão – HUPD/UFMA” são:

Manter a população informada sobre métodos preventivos do câncer de pênis
e doenças mais prevalentes no sexo masculino;

Tratar pacientes com queixas urológicas segundo as possibilidades da
equipe.

Orientar os homens quanto à prevenção de doenças próprias do gênero, bem
como sobre o cuidado com todos os membros de sua família;

Diminuir os gastos públicos com o tratamento do câncer de pênis no
Maranhão, tanto com as intervenções cirúrgicas e complicações pósoperatórias, quanto com as afecções psiquiátricas, tão comuns em pacientes
submetidos à penectomia parcial ou radical;

Reduzir as altas taxas de incidência do câncer de pênis no Estado, o que
corrobora para uma péssima avaliação das condições de vida do
maranhense;

Promover a aproximação do acadêmico com a atenção básica em Saúde do
Homem por meio da extensão universitária e estimular ótimos rendimentos
acadêmicos.
8. IMPACTOS ESPERADOS
É importante determinar os dados epidemiológicos do câncer de pênis
objetivando avaliar o impacto dessa doença na morbimortalidade, visando
implantação e implementação de programas de promoção e prevenção acerca deste
câncer, considerado de relevância epidemiológica para o estado do Maranhão e
aprofundar estudos para se obter um maior conhecimento acerca dos aspectos
clínicos, epidemiológicos e morfológicos do câncer de pênis.
Espera-se também, através deste projeto, analisar os dados obtidos e que a
partir dos mesmos sejam traçadas metas para a prevenção e o combate deste
câncer, sobretudo no estado do Maranhão. Além disso, conscientizar a população
atendida sobre a importância do autocuidado e do risco que o câncer de pênis
representa, caso negligenciado.E, por fim, despertar o interesse da comunidade
cientifica para este tema, para que no futuro projetos similares a esse possam ser
criados em outras regiões para assim abranger um número maior de indivíduos e
consequentemente diminuir os impactos gerados por este câncer, para o individuo e
para o Sistema Único de Saúde-SUS
9. POSSÍVEIS BENEFÍCIOS GERADOS À POPULAÇÃO
Com esse projeto, busca-se fortalecer o envolvimento da Universidade
Federal do Maranhão - UFMA e de seus estudantes com a população atendida no
Serviço de Urologia do HUPD/UFMA utilizando a Extensão Universitária como
espaço para problematização das questões de saúde com enfoque em câncer de
pênis, para proposição de alternativas e para engajamento em conjunto com a
comunidade. Assim, visa-se ampliar a formação dos estudantes e a perspectiva de
promoção de saúde.
Almeja-se ainda desenvolver uma prática libertadora dentro de uma vivência
humanista formada por um círculo aberto na extensão universitária sob o modelo da
educação popular, promovendo, portanto, a socialização de ações, pensares e
atores (membro da comunidade, profissional de saúde e gestor) em conjunto com a
comunidade. Espera-se também que os estudantes de medicina estabeleçam laços
que produzam respeito e compromisso social no exercício de suas profissões, que
eles antecipem o relacionamento direto com os usuários da rede do Sistema Único
de Saúde e seu ambiente familiar para reforçar a necessidade de uma atuação
profissional em todos os níveis de prevenção e baseada pela participação como
cidadão.
Em relação à comunidade, anseia-se que esse projeto possibilite um contato
mais estreito e prolongado com profissionais de saúde, ainda que em formação,
para que se forme uma nova visão sobre a produção de saúde e sobre o papel dos
profissionais de saúde, para que se estabeleça uma relação com os profissionais de
saúde pautada pela parceria e respeito mútuo e não pela submissão, hostilidade ou
indiferença.
Outros possíveis benefícios são: o reconhecimento, por parte da população
beneficiada, de sua parcela de responsabilidade na produção de saúde dos seus
membros e a eliminação da apatia que impede a instauração de atitudes efetivas a
nível individual, familiar ou comunitário para a melhoria da qualidade de saúde e de
vida. Visando assim, diminuir os impactos gerados pelo câncer de pênis, em todos
os âmbitos (social, financeiro, psicológico, etc.) da esfera social.
Outro grande benefício será a publicação de trabalhos científicos sobre dados
epidemiológicos sobre câncer de pênis no estado do Maranhão, Brasil,
possibilitando, assim, uma maior conscientização do problema pelo meio cientifico e,
por conseguinte dos órgãos de saúde competentes.
REFERÊNCIAS
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18/06/2012.
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do Câncer. Estimativa 2008: Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro:
INCA, 2007.
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