Curso de Formação Profissional Técnico em Eletroeletrônica – Módulo II Senai Arcos-MG Instalação e Manutenção de Sistemas Eletrônicos Analógicos Raphael Roberto Ribeiro Silva Técnico em eletroeletrônica pelo INPA – Arcos Estudante de Engenharia Elétrica do IFMG - Formiga CFP Eliezer Vitorino Costa 1 Transistor O transistor é um componente eletrônico de três terminais, constituído de material semicondutor. Um dos terminais recebe a tensão elétrica e o outro envia o sinal amplificado. O terminal do meio é o responsável pelo controle desse processo, pois a corrente elétrica entra e sai pelos outros dois terminais somente quando é aplicada tensão elétrica ao terminal do meio. Transistor de Junção Bipolar - TJB O transistor é formado por 3 regiões de material semicondutor dopado, chamados de emissor, coletor e base. Emissor: região composta por material semicondutor fortemente dopado do tipo N, ou seja, uma região com muitos elétrons livres. Coletor: é a maior região constituída por material semicondutor do tipo N. ela é bem mais fortemente dopada do que a base e menos fortemente dopada que o emissor e tem elétrons livres. Base: região estreita e composta de material semicondutor fracamente dopado do tipo P. apresenta algumas poucas lacunas na sua camada de valência. Transistor de Junção Bipolar - TJB Transistor Polarizado Um transistor não polarizado pode ser visto como dois diodos um de costa para o outro. Cada diodo tem uma barreira de potencial de aproximadamente 0,7 V. quando você conecta uma fonte de tensão externa no transistor, obtém circulação de corrente em diferentes partes do transistor. Ao ser polarizado o emissor fortemente dopado tem a seguinte função: emitir ou injetar elétrons livres na base. A base fracamente dopada tem também uma função bem definida: passar os elétrons injetados pelo emissor para o coletor. O coletor tem esse nome porque coleta ou captura a maior parte dos elétrons da base. Corrente no Transistor No transistor existem três tipos de correntes: • • • Corrente no emissor 𝐼𝐸 ; Corrente no coletor 𝐼𝐶 ; Corrente na base 𝐼𝐵 ; Relação das correntes 𝐼𝐸 = 𝐼𝐶 + 𝐼𝐵 𝛼𝐶𝐶 𝐼𝐶 = 𝐼𝐸 𝛽𝐶𝐶 = 𝐼𝐶 𝐼𝐵 Exercícios 1 – Um transistor tem uma corrente do coletor de 10 mA e uma corrente de base de 40 µA. Qual é o ganho de corrente no transistor? Resposta: 250 2 – Qual é o ganho de corrente no transistor do exercício 1 se sua corrente de base for igual a 50 µA? Reposta: 200 3 – Um transistor tem uma corrente do coletor de 2 mA. Se o ganho de corrente for de 135, qual será a corrente de base? Reposta: 14,8 µA 4 – Um transistor tem um ganho de corrente de 175. se a corrente da base for de 0,1 mA, qual será a corrente do coletor? Reposta: 17,5 mA Exercícios 5 – Qual é a região do transistor NPN que tem dopagem mais forte e muitos elétrons livres? 6 – Qual é a região do transistor que pode dissipar mais potencia por ter maior área? 7 – Por que 𝐼𝐸 = 𝐼𝐶 + 𝐼𝐵 ? Configurações do Transistor Configuração Emissor Comum Base Comum Coletor Comum Impedância entrada média Baixa Impedância saída Média Alta Baixa Ganho de tensão Médio Alto Baixo Ganho de corrente Médio Baixo Alto Alta Ganho de potência Alto Baixo Médio Desvio de fase 180º 0º 0º Configurações do Transistor • Base Comum (Ganho em tensão, sem ganho em corrente). • Emissor Comum (Ganho em tensão e corrente). • Coletor Comum (Ganho em corrente, sem ganho em tensão). Transistor – Emissor Comum A montagem de um transistor em emissor comum é um estágio baseado num transistor bipolar em série com um elemento de carga. O termo "emissor comum" refere-se ao fato de que o terminal do emissor do transistor ter uma ligação "comum", tipicamente a referência de 0V ou Terra. O terminal do coletor é ligado à carga da saída, e o terminal da base atua como a entrada de sinal. O circuito do emissor comum é constituído por uma resistência de carga RC e um transistor NPN; os outros elementos do circuito são usados para a polarização do transistor e para o acoplamento do sinal. Os circuitos emissor comum são utilizados para amplificar sinais de baixa voltagem, como os sinais de rádios fracos captados por uma antena, para amplificação de um sinal de áudio ou vídeo Transistor – Emissor Comum Características de um amplificador com transístor em emissor comum: IMPEDÂNCIA DE ENTRADA (Ze):É igual ao quociente entre a tensão de entrada e a corrente de entrada. A impedância de entrada está compreendida entre 10KΩ e 100KΩ IMPEDÂNCIA DE SAÍDA (Zs): É igual ao quociente entre a tensão CA do sinal de saída (Es), quando a saída esta em vazio e a corrente CA do sinal de saída (Is), quando a saída está em curto-circuito. A impedância de saída esta situada entre 10KΩe 100KΩ. AMPLIFICAÇÃO DE CORRENTE (Ai): é o quociente entre a corrente CA do sinal de saída e a corrente CA do sinal de entrada. A amplificação de corrente está compreendida entre 10 e 100 vezes. Transistor – Coletor Comum O circuito com um transístor com coletor comum possui um ganho de tensão muito próximo da unidade, significando que os sinais em CA que são inseridos na entrada serão replicados quase igualmente na saída, assumindo que a carga de saída não apresente dificuldades para ser controlada pelo transistor. O circuito possui um ganho de corrente típico que depende em grande parte do hFE do transistor. Uma pequena mudança na corrente de entrada resulta em uma mudança muito maior na corrente de saída enviada à carga. Deste modo, um terminal de entrada com uma fraca alimentação pode ser utilizado para alimentar uma resistência menor no terminal de saída. Esta configuração é comumente utilizada nos estágios de saída dos amplificadores Classe B e Classe AB, o circuito base é modificado para operar o transístor no modo classe B ou AB. No modo classe A, muitas vezes uma fonte de corrente ativa é utilizada em vez do RE para melhorar a linearidade ou eficiência. Transistor – Coletor Comum Características de um amplificador com transístor em coletor comum: IMPEDÂNCIA DE ENTRADA: de 100KΩ a 1MΩ . IMPEDÂNCIA DE SAÍDA: de 50Ω a 5000Ω. AMPLIFICAÇÃO DE CORRENTE: de 10 a 100 vezes. AMPLIFICAÇÃO DE TENSÃO: é menor do que 1. Neste tipo de amplificador não há amplificação de tensão. AMPLIFICAÇÃO DE POTÊNCIA: de 10 a 100 vezes. RELAÇÃO DE FASE: não há desfasamento entre a tensão do sinal de saída e a tensão do sinal de entrada. Transistor – Base Comum A ligação de um transístor em base comum é uma configuração de um transístor na qual sua base é ligada ao ponto comum do circuito. Esta montagem é utilizada de forma menos frequente do que as outras configurações em circuitos de baixa de baixa frequência, é utilizada para amplificadores que necessitam de uma impedância de entrada baixa. Como exemplo temos o pré-amplificador de microfones. É utilizado para amplificadores VHF e UHF onde a baixa capacitância da saída à entrada é de importância crítica. Os parâmetros α (Alfa) e β (Beta) de um transístor bipolar Quando um transístor bipolar é ligado em base comum, o quociente entre a corrente de coletor (Ic) e a corrente de emissor (Ie) recebe o nome de GANHO DE CORRENTE ESTÁTICO DA MONTAGEM BASE COMUM, e é indicado pela letra grega α (ALFA). Transistor – Base Comum Características de um amplificador com transístor em base comum: IMPEDÂNCIA DE ENTRADA: entre 10Ω e 100Ω . IMPEDÂNCIA DE SAÍDA: entre 100KΩ e 1MΩ . AMPLIFICAÇÃO DE CORRENTE: é um pouco inferior à unidade (entre O,95 e O,99).Portanto, neste tipo de circuito não há amplificação de corrente. AMPLIFICAÇÃO DE TENSÃO: entre 500 e 5.000 vezes. AMPLIFICAÇÃO DE POTÊNCIA: entre 100 e 1.000 vezes. RELAÇÃO DE FASE: não há desfasamento entre a tensão do sinal de saída e a tensão do sinal de entrada. Transistor Darlington O Darlington não é mais do que a ligação de vários transistores com a finalidade de aumentar o ganho. O ganho (HFE) total do Darlington é a multiplicação dos ganhos individuais de cada um dos transistores. Vantagens: Maior ganho de corrente. Tanto o disparo como bloqueio são sequenciais. A queda de tensão em saturação é constante. Desvantagens: Utilização apenas com médias frequências e médias potências. Transistor Darlington Foto transistor O foto transistor não é mais do que um transístor bipolar em que a luz incide sobre a base. O seu funcionamento não difere do funcionamento do transístor bipolar, no entanto, a base é polarizada pela luz. Tem um tempo de resposta maior e é mais sensível que o fotodiodo. Tem uma enorme utilização nos acopladores ópticos que têm a função de isolar eletricamente circuitos diferentes. O acoplador óptico é composto por um díodo emissor de luz (LED) e um foto transístor. Foto transistor Curva Característica As curvas características de transistores mostram como estes componentes se comportam quando temos uma polarização fixa de sua base e a tensão de coletor varia. A corrente de coletor vai variar em função do seu ganho gerando uma família de curvas Defeitos Comuns Quando ocorre um defeito em um transistor, em geral são grandes problemas como curto ou circuito aberto. Os curtos podem ocorrer quando um componente queima. Defeitos como esses produzem grandes variações nas correntes e tensões. Em qualquer um dos casos a tensão no coletor será aproximadamente zero porque não há tensão de alimentação no coletor. Um outro defeito possível é um resisto de base aberto, o que faz com que a corrente de base caia a zero. Isso força a corrente do coletor a também cair a zero e a tensão coletor-emissor aumentar para 15 V, o valor da tensão de alimentação do coletor. Transistor Transistor Transistor Grandezas Elétricas GRANDEZA ELÉTRICA UNIDADE SÍMBOLO Potência Watt W Potencial Elétrico Volt V Corrente Elétrica Ampére A Resistência Elétrica Ohm Ω Capacitância Elétrica Farad F Indutância Elétrica Henry H Frequência Hertz Hz Segundos s Período Diodo O diodo é um semicondutor formado pela união de material dopado do tipo P com um material do tipo N, formando uma junção PN. Um dos principais usos dos diodos é a transformação da corrente alternada em corrente continua. Funcionamento do Diodo Semicondutor A corrente fornecida pelas empresas energéticas são alternadas, ou seja, mudam sua polaridade entre positivo e negativo com uma frequência de 60 Hz. Porém, a maioria dos aparelhos eletrônicos que utilizamos funciona somente com corrente contínua, ou seja, uma só polaridade. Dizemos que o diodo funciona como uma chave fechada (resistência zero) para uma polaridade da tensão de entrada e como uma chave aberta (resistência infinita) para a polaridade oposta. Sendo assim, a função do diodo em um circuito é deixar passar a corrente elétrica em apenas uma polaridade. Funcionamento do Diodo Semicondutor O gráfico mostra a tensão de entrada do diodo oscilando entre o positivo e o negativo. O gráfico mostra a tensão de saída do diodo. Agora ela tem apenas polaridade positiva. Funcionamento do Diodo Semicondutor O diodo é construído a partir de materiais semicondutores, como o silício ou o germânio, que são fundidos para criar uma junção PN, sendo que P representa a polaridade positiva e N, a negativa. A polaridade positiva P de um diodo é onde há falta de elétrons, sendo essa região também chamada de lacuna ou buraco. A parte negativa N possui excesso de elétrons. A condução de corrente elétrica dependerá da forma como o diodo está polarizado, podendo ser de duas formas: • • Polarização direta; Polarização inversa. Funcionamento do Diodo Semicondutor Polarização direta: Nesse tipo de polarização o polo positivo da fonte de tensão está conectado ao lado P do diodo. Isso faz com que o lado positivo torne-se ainda mais positivo, e o lado N, ainda mais negativo. As cargas elétricas conseguem atravessar a barreira de potencial existente entre o lado P e o lado N do diodo, portanto, há condução de corrente; Funcionamento do Diodo Semicondutor Polarização inversa: O terminal positivo da fonte de tensão é conectado ao lado N da junção PN do diodo. Isso faz com que a barreira de potencial aumente. Nesse caso, a resistência do circuito é muito alta, e a corrente elétrica não consegue atravessá-la. Funcionamento do Diodo Semicondutor Temos que ter cuidado quando vamos polarizar um diodo reversamente, pois existe um valor de tensão máxima que cada diodo suporta estando polarizado desta forma, que é a tensão de ruptura. Se a tensão reversa nos terminais do diodo ultrapassa o valor de ruptura, o mesmo conduz intensamente, danificando-se por excesso de dissipação de calor. O motivo desta condução destrutiva na ruptura é um efeito conhecido como avalanche. Quando o diodo está polarizado reversamente, circula pelo mesmo uma pequena corrente reversa causada pelos portadores minoritários. Um aumento na tensão reversa pode acelerar estes portadores minoritários, causando choque destes com os átomos do cristal. Estes choques podem desalojar elétrons de valência, enviando-os para a banda de condução, somando-se aos portadores minoritários, aumentando ainda mais o número de elétrons livres e consequentemente de choques. O processo continua até ocorrer uma avalanche de elétrons (alta corrente elétrica), que causará a destruição do diodo. Funcionamento do Diodo Semicondutor A curva característica de um diodo é um gráfico que relaciona cada valor da tensão aplicada com a respectiva corrente elétrica que atravessa o diodo. O gráfico completo é representado abaixo: Exercícios 1 – Dado os circuitos abaixo, calcule a tensão em cada diodo e em cada resistor e a corrente em cada ramo. Considerar diodo de silício. a) c) b) d) Tiristor O nome Tiristor vem do termo grego "thyr" (que significa porta) e engloba uma família de dispositivos semicondutores multicamadas, que operam em regime de chaveamento, tendo em comum uma estrutura de no mínimo quatro camadas semicondutoras numa sequência P-N-P-N (três junções semicondutoras), apresentando um comportamento funcional biestável. Os tiristores permitem por meio da adequada ativação do terminal de controle, o chaveamento do estado de bloqueio para estado de condução, sendo que alguns tiristores permitem também o chaveamento do estado de condução para estado de bloqueio, também pelo terminal de controle. Como exemplo de tiristores, podemos citar o SCR, o TRIAC e o DIAC. SCR O SCR (Silicon Controlled Rectifier) se assemelha a um diodo pelo fato da corrente poder fluir pelo dispositivo em um único sentido, entrando pelo terminal de anodo e saindo pelo terminal de catodo. No entanto, difere de um diodo, porque, mesmo quando o dispositivo está diretamente polarizado, ele não consegue entrar em condução, enquanto não ocorrer a ativação do seu terminal de controle (terminal denominado porta, ou gate em inglês). Ao invés de usar um sinal de permanência continua na porta (como nos transistores) como sinal de controle, os tiristores são comutados ao ligamento pela aplicação de um pulso ao terminal de porta, que normalmente pode ser de curta duração. Uma vez comutado para o estado de ligado, o tiristor SCR permanecerá por tempo indefinido neste estado, enquanto o dispositivo estiver diretamente polarizado e a corrente de anodo se mantiver acima de um patamar mínimo. SCR Os SCR's são empregados em corrente alternada como retificadores controlados e, quando utilizados em corrente contínua, comportam-se como chaves. O SCR é apenas um tipo de tiristor, mas devido ao seu disseminado uso na indústria, muitas vezes os termos tiristor e SCR são confundidos. TRIAC Um TRIAC (TRIode for Alternating Current) é um componente eletrônico equivalente a dois retificadores controlados de silício (SCR/tiristores) ligados em antiparalelo e com os terminais de disparo (gate) ligados juntos. Este tipo de ligação resulta em uma chave eletrônica bidirecional, que pode conduzir a corrente elétrica nos dois sentidos. Um TRIAC pode ser disparado tanto por uma corrente positiva quanto negativa aplicada no terminal de disparo. Uma vez disparado, o dispositivo continua a conduzir até que a corrente elétrica caia abaixo do valor de corte. Isto torna o TRIAC um conveniente dispositivo de controle para circuitos de corrente alternada, que permite acionar grandes potências com circuitos acionados por correntes da ordem de miliamperes. TRIAC Também podemos controlar o início da condução do dispositivo, aplicando um pulso em um ponto pré-determinado do ciclo de corrente alternada, o que permite controlar a percentagem do ciclo que estará alimentando a carga (também chamado de controle de fase). O TRIAC de baixa potência é utilizado em várias aplicações como controles de potência para lâmpadas dimmers, controles de velocidade para ventiladores, entre outros. Contudo, quando usado com cargas indutivas, como motores elétricos, é necessário que se assegure que o TRIAC seja desligado corretamente, no final de cada semi-ciclo de alimentação elétrica. Para circuitos de maior potência, podemos utilizar dois SCRs ligados em antiparalelo, o que garante que cada SCR estará controlando um semiciclo independente, não importando a natureza da carga. TRIAC DIAC O DIAC (DIode for Alternating Current) é um gatilho bidirecional ou diodo que conduz corrente apenas após a tensão de disparo ser atingida e para de conduzir quando a corrente elétrica cai abaixo de um valor característico, chamado de corrente de corte. Este comportamento é o mesmo nas duas direções de condução de corrente. A tensão de disparo é por volta dos 30 volts para a maioria destes dispositivos. O DIAC é normalmente usado para disparar TRIACs e SCRs. Como um DIAC é um gatilho bidirecional, seus terminais não são marcados como anodo ou catodo mas a maioria é marcada como A1 ou MT1 e A2 ou MT2. DIAC IGBT O nome IGBT significa Insulated Gate Bipolar Transistor ou, Transistor Bipolar de Porta Isolada. O IGBT é um semicondutor de potência que alia as características de chaveamento dos transistores bipolares com a alta impedância dos MOSFETs apresentando baixa tensão de saturação e alta capacidade de corrente. O IGBT destaca-se por possuir alta eficiência e rápido chaveamento. Atualmente é muito utilizado em equipamentos modernos como carros elétricos ou híbridos, trens, aparelhos de ar condicionado e fontes chaveadas de alta potência. Devido a seu projeto que permite rápido chaveamento (liga/desliga), encontra aplicação também em amplificadores e geradores que necessitam sintetizar formas de onda complexa através de PWM e filtros passa-baixa. O IGBT não pode conduzir na direção inversa. IGBT Circuito Integrado Circuito integrado (ou simplesmente C.I.) é um circuito eletrônico que incorpora miniaturas de diversos componentes (principalmente transistores, diodos, resistores e capacitores), "gravados" em uma pequena lâmina (chip) de silício. O chip é montado e selado em um bloco (de plástico ou cerâmica) com terminais que são conectados aos seus componentes por pequenos fios condutores. Com as mais diversas funções e aplicações na indústria, presente tanto nos produtos eletrônicos de consumo quanto nos seus processos de produção, os circuitos integrados, assim como outros componentes, estão disponíveis em diversos formatos e tamanhos (encapsulamentos), que também determinam a forma como serão fixados nas placas de circuito impresso. Podem ser montados na superfície da placa, sem atravessá-la (Surface Mount Technology "SMT", ou Surface Mount Device "SMD"), ou podem ser montados com seus terminais atravessando a placa (Thru Hole, ou PTH). Circuito Integrado Circuito Integrado Circuito Integrado CI – Família Lógica A partir do surgimento do transistor, procurou-se padronizar os sinais elétricos correspondentes aos níveis lógicos. Esta padronização ocasionou o surgimento das famílias de componentes digitais com características bastante distintas. As famílias lógicas diferem basicamente pelo componente principal utilizado por cada uma em seus circuitos. As famílias TTL (TransistorTransistor Logic) e ECL (Emitter Coupled Logic) usam transistores bipolares como seu principal componente, enquanto as famílias PMOS, NMOS e CMOS usam os transistores unipolares MOSFET (transistor de efeito de campo construído segundo a técnica MOS - Metal Oxide Semicondutor) como seu elemento principal de circuito. Atualmente a Família TTL e a CMOS são as mais usadas, sendo empregadas em uma grande quantidade de equipamentos digitais e também nos computadores e periféricos. Dessa forma, essas serão as famílias abordadas. Família Lógica TTL TTL significa Transistor-Transistor – Logic (Lógica TransistorTransistor). A tensão de alimentação se restringe a 5V contínuos, tendo, porém, uma faixa de tensão correspondente aos níveis lógicos 0 e 1. Esta família é principalmente reconhecida pelo fato de ter duas séries que começam pelos números 54 para os componentes de uso militar e 74 para os componentes de uso comercial. Os CIs da série TTL 74-padrão oferecem uma combinação de velocidade e potências consumidas adequadas a um grande número de aplicações. Entre os CIs desta série, podemos encontrar uma ampla variedade de portas lógicas, flip-flops, construídos segundo a tecnologia SSI, além de registradores de deslocamento, contadores, decodificadores, memórias e circuitos aritméticos, construídos com a tecnologia MSI. Família Lógica TTL Família Lógica CMOS CMOS significa Complementary Metal Oxide Semiconductor (Semicondutor de Óxido-Metal Complementar), usa tanto FETs canal-N quanto canal-P no mesmo circuito, de forma a aproveitar as vantagens de ambas as famílias lógicas. As características principais desta família são o reduzido consumo de corrente (baixa potência), alta imunidade a ruídos e uma faixa de alimentação que se estende de 3V a 15V ou 18V dependendo do modelo. O processo de fabricação do CMOS é mais simples que o do TTL, possuindo também uma densidade de integração maior, porém são mais lentos do que os TTL, apesar da nova série CMOS de alta velocidade competir em pé de igualdade com as séries TTL 74 e 74LS. A família CMOS possui, também, uma determinada faixa de tensão para representar os níveis lógicos de entrada e de saída, porém estes valores dependem da tensão de alimentação e da temperatura ambiente. Família Lógica CMOS 4000/14000: foram as primeiras séries da família CMOS, são bastante utilizadas, apesar do aparecimento de novas séries, pelo fato de implementarem diversas funções ainda não disponíveis nas novas séries. 74C: compatível, pino a pino e função por função, com os dispositivos TTL de mesmo número. A performance desta série é quase idêntica à da série 4000. 74HC (CMOS de Alta Velocidade): versão melhorada da 74C, o principal melhoramento é o tempo de comutação (em torno de 10 vezes maior), bem como a capacidade de suportar altas correntes na saída. A velocidade dos dispositivos desta série é compatível com a velocidade dos dispositivos da série TTL 74LS. Família Lógica CMOS 74HCT: CMOS de alta velocidade. A principal diferença entre esta série e a 7HC é o fato de ela ser desenvolvida para ser compatível em termos de tensões com dispositivos da família TTL. Ou seja, os dispositivos 74HCT podem ser alimentados diretamente por saídas de dispositivos TTL. Compatibilidade: Ao contrário da família TTL, que é produzida com as mesmas características elétricas por todos os fabricantes, a CMOS, embora padronizada em sua numeração, apresenta grandes variações na capacidade de saída e velocidade de operação, de um fabricante para outro. Algumas vezes, até as funções sào diferentes e incompatíveis, com o que deve-se ter muito cuidado. Transistor Texto Transistor Texto