Cultura do Acar - Base Integradora da TV Escola

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Cultura do Açúcar
Episódio: “Caminhos do Açúcar”
Resumo
Este documentário apresenta os caminhos que a agroindústria da cana-de-açúcar tem
trilhado nos últimos tempos no Brasil. Contando com depoimentos de usineiros,
proprietários, agrônomos, pesquisadores e trabalhadores rurais, o vídeo discute a
necessidade da utilização de novas variedades de cana, o uso da tecnologia e seus impactos
sociais, a diminuição do número de engenhos, o crescimento do número de usinas e até
mesmo as experiências de reforma agrária em terras com produção de cana. O
documentário percorre ainda outros caminhos, como o turismo rural, a ampliação do
mercado de cachaça e as novas perspectivas econômicas com a expansão do uso do etanol
combustível. Desta forma, o vídeo apresenta uma interessante visão dos vários caminhos
que o açúcar percorre na atualidade, sempre como continuidade de uma história que
começou nos tempos coloniais e que não cessou de se transformar até hoje.
Palavras-chave
Cana-de-açúcar, agroindústria, modernização da agricultura, trabalhador rural, agricultura.
Nível de ensino
Fundamental (Final).
Componente curricular
História.
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Disciplinas relacionadas
Geografia e Ciências Naturais.
Aspectos relevantes do vídeo
O vídeo tem início com a imagem de um antigo engenho de açúcar na Zona da Mata
Pernambucana para tratar da importância e da tradição açucareira em Pernambuco. Partindo
da relação entre modernidade e tradição, o documentário apresenta uma série de
depoimentos dos mais diversos atores sociais que lidam com a produção açucareira no
nordeste brasileiro. Assim, assistimos a alguns técnicos do Centro de Tecnologias
Estratégicas do Nordeste e da Fundação Joaquim Nabuco discorrerem sobre a variedade e a
qualidade da cana produzida na região, bem como sobre as consequências do uso da
queimada como técnica para o preparo do plantio, sempre procurando estabelecer as
contribuições que a agronomia tem para oferecer aos plantadores de cana.
Outro ponto discutido pelo vídeo é o desemprego causado pela modernização da
produção açucareira. Segundo um usineiro, além de substituir o trabalho de 80 a 100
homens, o uso de maquinário agrícola moderno acarreta outro problema: a carência de mão
de obra qualificada. Associado a esse ponto, o vídeo demonstra as diferentes fases do
beneficiamento da cana para a produção de açúcar, aguardente ou etanol. Apresenta
brevemente a possibilidade de outros subprodutos da cana, como a biomassa.
Tratando especificamente dos aspectos sociais que envolvem a produção açucareira
no nordeste, é possível identificar significativas diferenças entre as falas dos usineiros
(proprietários) e dos trabalhadores rurais. Enquanto os primeiros identificam as usinas
como um fator de estabilidade social e fonte de empregos para a população, os
trabalhadores rurais apresentam um quadro que envolve migração, extensas jornadas de
trabalho e sazonalidade. Um sociólogo chega a identificar que a vida útil de um cortador de
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cana equivale ao tempo que um escravo colonial conseguia se manter trabalhando,
destacando um elemento de continuidade em meio a tanta modernização e transformação.
O vídeo apresenta ainda a interessante experiência da Usina Catende/Harmonia,
transformada em cooperativa gerida pelos próprios trabalhadores rurais.
Outro aspecto abordado no documentário é a visível crise econômica vivida pelos
municípios onde ocorre o fechamento de usinas de cana. Diversos proprietários apontam o
decréscimo do número de usinas como um elemento importante no contexto atual, do qual
decorre a busca por novos “caminhos” para a lavoura canavieira. Assim, o vídeo destaca o
turismo rural, a produção de cachaça de alta qualidade e a produção do etanol combustível
como elementos que podem deter o processo de fechamento das usinas e a crise
socioeconômica na região.
Por fim, o vídeo aborda rapidamente a questão ambiental, a partir da necessidade de
reflorestamento das áreas devastadas pelo avanço secular da cana-de-açúcar, especialmente
das chamadas matas ciliares, responsáveis pela biodiversidade da região. Agrônomos e
ambientalistas procuram demonstrar como essa atitude seria importante para a
sustentabilidade da região.
Duração da atividade
Seis aulas.
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Identificar mudanças e permanências na produção de cana-de-açúcar no Brasil.
Avaliar criticamente as condições de vida e de trabalho dos escravos no período colonial e
dos trabalhadores rurais da cana-de-açúcar na atualidade.
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Comparar as fases da produção de açúcar, identificando as transformações ocorridas nesse
processo e suas consequências sociais.
Comparar a importância do engenho de açúcar no contexto colonial com a importância das
usinas de cana atuais.
Conhecimentos prévios que devem ser trabalhados pelo professor com o
aluno
O vídeo e a atividade propostos foram pensados como fechamento da unidade sobre
a economia açucareira no período colonial brasileiro. Dessa forma, consideramos
importante que o professor já tenha trabalhado com seus alunos os aspectos mais gerais da
colonização, como o pacto colonial e as bases para a montagem da lavoura de cana-deaçúcar (o sistema de sesmarias, a escravidão africana, a especialização da produção
colonial, etc).
Como a atividade deverá servir ainda para consolidar a aprendizagem por parte do
aluno das fases do processo produtivo da cana, demonstrando a variedade de funções e
tarefas que escravos, homens livres e pobres assumiam no empreendimento colonial, é
importante que o professor já tenha apresentado (de forma inicial) o engenho colonial, suas
partes constituintes e seus atores sociais. Sugerimos, inclusive, um pequeno vídeo
produzido pela própria TV Escola, e disponível no Banco Internacional de Objetos
Educacionais, que apresenta de forma bastante didática a vida em um engenho colonial.
Trata-se do filme “Cana de mel, preço de fel”, com duração de 13 minutos.
Durante a exibição do vídeo “Caminhos do Açúcar”, os alunos devem ser
estimulados a realizar a comparação do engenho colonial com a realidade que está sendo
apresentada, anotando tudo o que parecer relevante para tal comparação.
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Estratégias e recursos da aula/descrição das atividades
A atividade proposta para o documentário “Caminhos do Açúcar” é uma atividade
comparativa entre tempos históricos distintos.
Dessa forma, após ter apresentado aos alunos as principais características da lavoura
de cana-de-açúcar no período colonial, o professor deve convidar os alunos a assistirem ao
vídeo, identificando semelhanças e diferenças entre os contextos colonial e atual.
Etapa 1 – motivação (1 aula)
Ao convidar os alunos para assistirem ao vídeo, o professor deve solicitar que eles
identifiquem e anotem semelhanças e diferenças especialmente em relação a quatro
aspectos presentes tanto no período colonial quanto atualmente.
1. A importância das usinas X A importância dos engenhos para a comunidade
ao seu redor.
2. As fases da produção do açúcar em cada contexto, com especial atenção para
os diferentes equipamentos apresentados.
3. Os trabalhadores e suas condições de trabalho, lembrando sempre de
identificar também diferenças entre tipos de trabalhadores em um mesmo
contexto.
4. A questão ambiental, identificando também quais as preocupações que estão
presentes (ou não) na economia açucareira em cada contexto.
Etapa 2 – exibição do vídeo (1 aula)
Durante a exibição do vídeo é importante que o professor realize pequenas pausas
explicativas, procurando orientar os alunos a perceberem os diferentes atores sociais que
trazem suas interpretações para o contexto: proprietários de terra, trabalhadores rurais,
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agrônomos, historiadores, sociólogos e biólogos são alguns desses personagens, cada qual
apresentando seu olhar para o mesmo tema e revelando aspectos importantes dos caminhos
que o açúcar percorre atualmente.
Imediatamente após a exibição do vídeo, o professor pode conduzir uma discussão
coletiva que aponte alguns elementos para as quatro questões levantadas anteriormente.
Etapa 3 – discussão em grupo e preparação da apresentação (2 aulas)
Sugerimos que a turma seja dividida em grupos que terão o objetivo de sistematizar
e aprofundar a discussão feita após a exibição do vídeo. Partindo das anotações de cada
aluno, o grupo deve realizar a comparação entre os diferentes tempos históricos e construir
coletivamente uma forma criativa de apresentá-la: uma dramatização, um infográfico, um
telejornal simulado, uma história em quadrinhos. Essas são algumas das muitas
possibilidades que os alunos podem inventar. Estimule a criatividade deles!
Etapa 4 – apresentação dos trabalhos e avaliação (2 aulas)
Os grupos devem apresentar seus trabalhos para o restante da turma. Ao final, o
professor deve conduzir uma última discussão, solicitando que os alunos destaquem os
aspectos que mais chamaram a atenção no trabalho dos demais alunos, como forma de
recuperar o conteúdo trabalhado e consolidar a aprendizagem.
Recursos complementares
Normalmente, os livros didáticos do sétimo ano trazem imagens de engenhos
coloniais que podem ser muito úteis para a comparação proposta anteriormente na
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atividade. Abaixo, segue a reprodução de uma pintura de Johan Moritz Rugendas, datada
do século XIX, mas que serve perfeitamente para que os alunos percebam alguns aspectos
fundamentais dos engenhos coloniais.
Fonte: www.fafich.ufmg.br/pae/colonia/.../agromanufaturadoacucar.pps
Da mesma forma, sugerimos abaixo um esquema de apresentação das fases do
processo produtivo do açúcar no período colonial, conforme proposto pelos professores
Marco Pelegrini, Adriana Dias e Keila Grinberg.
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Fonte: PELEGRINI, Marco C. & DIAS, Adriana M. & GRINBERG, Keila. Vontade de
Saber História, 7º ano. 1ª ed. São Paulo: FTD, 2009, p. 180.
No Portal do Professor, pode ser encontrada uma interessante aula (Ciclo do
Açúcar) que trata sobre o trabalho escravo nos engenhos de açúcar e que também utiliza
imagens que podem ser muito úteis para a atividade aqui proposta.
Por fim, no Banco Internacional de Objetos Educacionais do Portal do Professor há
ainda outro vídeo que pode ser utilizado como forma de aprofundamento para o professor,
ou mesmo como seleção de partes a serem apresentadas para os alunos. Trata-se do vídeo
“Trabalhadores Rurais na Cana”, que apresenta um panorama da vida e do trabalho desses
trabalhadores em um contexto mais recente. Seu uso pode ser interessante no momento de
estabelecer a comparação com o trabalho escravo.
Questões para discussão
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Sugerimos três questionamentos que podem ser utilizados para aprofundar as discussões.
Quais as diferenças em termos de relação de trabalho que poderiam ser notadas na
experiência da Usina Catende/Harmonia citada no documentário?
Atualmente, no Brasil, o avanço do agronegócio e suas consequências socioambientais
podem ser identificados em outras culturas/lavouras?
Que tipo de cuidado a sociedade brasileira deveria tomar para que os problemas
identificados durante a realização da atividade não se repitam com o avanço da produção de
etanol combustível?
Bibliografia
VAINFAS, Ronaldo. Dicionário do Brasil Colonial: 1500 - 1808. Rio de Janeiro: Objetiva,
2000.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ª ed. São Paulo: Edusp, 1995.
SILVA, José Graziano. O que é a Questão Agrária. São Paulo: Brasiliense, 1981.
Consultor: Tarcísio Motta de Carvalho.
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