Professora Bruna Caderno 12 – Aulas 19 e 20 Período, frequência e velocidade angular. Página 273 Professora Bruna Movimentos Periódicos Definimos como movimento periódico como qualquer movimento que se repita. O movimento dos ponteiros de um relógio é um exemplo de movimento periódico, assim como o movimento de rotação da Terra. Outro exemplo comum de um movimento periódico é o movimento de um pêndulo. Professora Bruna Período e Frequência Para movimentos periódicos definem-se duas grandezas: o período e a frequência. O período (T) representa o tempo necessário para que o movimento periódico se repita. A frequência é o número de vezes que o movimento periódico se repete por unidade de tempo. Professora Bruna Período e Frequência Estas duas grandezas (período e frequência) relacionam-se através da seguinte expressão: 1 𝑇= 𝑓 𝑜𝑢 1 𝑓= 𝑇 No SI, a unidade para o período T é o segundo (representa o tempo necessário para uma oscilação). Já a unidade para a frequência é 1 𝑠 = 𝑠 −1 , chamada de Hertz e representada por Hz. Professora Bruna O MCU e a Velocidade Angular O movimento circular uniforme (MCU) também é um exemplo de movimento periódico. No MCU a trajetória seguida pelo corpo em movimento é representada por uma circunferência, de raio r. Temos para este movimento velocidade constante, que será representada por V. Professora Bruna O MCU e a Velocidade Angular Neste tipo de movimento, o deslocamento do corpo sempre corresponde a um arco de circunferência. Este arco de circunferência sempre relaciona-se com um determinado ângulo de abertura. Portanto chamaremos o deslocamento de um corpo que realiza um movimento circular uniforme de deslocamento angular, que será representado por ∆∅ (delta fi). Professora Bruna O MCU e a Velocidade Angular A cada deslocamento angular ∆∅ , corresponde um arco de circunferência de comprimento l. O ângulo de um radiano corresponde a um arco de comprimento igual ao raio da circunferência. Professora Bruna O MCU e a Velocidade Angular Podemos então determinar uma relação entre o deslocamento angular e o comprimento de arco, através da seguinte regra de três: 1 𝑟𝑎𝑑 𝑟 = ∆∅ l De onde podemos concluir que: l = ∆∅ . 𝑟 Professora Bruna O MCU e a Velocidade Angular Definido o deslocamento que um corpo que realiza um MCU possui, podemos então calcular sua velocidade, já que a velocidade é dada pela relação entre o deslocamento e o tempo necessário para o deslocamento: l ∆∅ = .𝑟 ∆𝑡 ∆𝑡 V 𝜔 𝑉 = 𝜔 .𝑟 Professora Bruna O MCU e a Velocidade Angular A relação encontrada corresponde à velocidade do corpo em MCU, e podemos escrevê-la como: 𝑉 = 𝜔 .𝑟 Nesta expressão, 𝜔 é a velocidade angular do corpo, já que representa a variação do deslocamento angular em um determinado intervalo de tempo. Sendo assim a velocidade angular é dada por: ∆∅ 𝜔= ∆𝑡 Professora Bruna A relação entre 𝜔, T e f. Se considerarmos uma volta completa para o MCU, temos: ∆∅= 2𝜋 rad, e como definimos anteriormente, o tempo necessário para uma volta (oscilação completa) é o período (T). Desta forma, teríamos uma velocidade angular dada por: ∆∅ 2𝜋 𝜔= = ∆𝑡 𝑇 Mas como a frequência é o inverso do período, podemos reescrever esta expressão como: 𝜔 = 2𝜋𝑓 Professora Bruna Caderno 12 – Aulas 19 e 20 Período, frequência e velocidade angular. Exercícios de Aula – Página 274 Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 1 – (a) No MCU, a intensidade da velocidade é constante, portanto a aceleração tangencial é nula. A aceleração do corpo será dada apenas pela aceleração centrípeta que pode ser calculada através da seguinte expressão: 𝑉2 𝛾 = 𝑎𝑐 = 𝑟 Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 1 – (b) A intensidade da velocidade será dada pela relação entre o deslocamento l e o tempo gasto para este deslocamento, ou seja: ∆l 𝑉= ∆𝑡 Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 1 – (c) Por definição, um ângulo de 1 radiano é aquele associado a um arco de circunferência igual ao raio. Podemos então estabelecer a seguinte relação: 1 𝑟𝑎𝑑 𝑟 = ∆∅ l Assim: l = ∆∅ . 𝑟 Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 1 – (d) Da relação entre l e ∆∅: l = ∆∅ . 𝑟 A velocidade do corpo (V) é dada pela relação entre o deslocamento l e o tempo necessário para este deslocamento. Já a velocidade angular do corpo (𝜔) é dada pela relação entre o deslocamento angular do corpo ∆∅ e o tempo necessário para este deslocamento: l ∆∅ = .𝑟 = ∆𝑡 ∆𝑡 𝑉 = 𝜔 .𝑟 Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 1 – (e) No MCU, uma volta completa do corpo representa um deslocamento e o tempo necessário para uma volta completa, como já definido é representado pelo período T, assim temos: ∆∅ = 2𝜋 ∆∅ 2𝜋 𝜔= = ∆𝑡 𝑇 Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício – (f) A frequência representa o número de vezes que completa-se uma volta (oscilação) em um determinado intervalo de tempo, e é dada por: 1 𝑓= 𝑇 Assim, a relação entre a velocidade angular e a frequência é dada por: ∆∅ 2𝜋 𝜔= = = 2π𝑓 ∆𝑡 𝑇 Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 2 – 𝑉= ∆l ∆𝑡 l = ∆∅ . 𝑟 Para o ponto A: ∆∅ = 𝜋 2 𝑟𝑎𝑑 𝑟 =1𝑚 𝜋 𝜋 l = .1 = 𝑚 2 2 Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 1 – (a) Sendo assim, as velocidades para os pontos A e B serão: 𝜋 𝜋 2 𝑉𝐴 = = = 0,785 𝑚/𝑠 2 4 𝜋 𝜋 4 𝑉𝐵 = = = 0,392 𝑚/𝑠 2 8 Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 2 – (a) Para o ponto B: ∆∅ = 𝜋 2 𝑟𝑎𝑑 𝑟 = 0,5 𝑚 𝜋 𝜋 l = . 0,5 = 𝑚 2 4 Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 2 – (b) ∆∅ 𝜔= ∆𝑡 Tanto para o ponto A quanto para o ponto B, os deslocamentos angulares foram iguais, ou seja: ∆∅ = 𝜋 2 𝑟𝑎𝑑 E o tempo para este deslocamento também foi igual para ambos os pontos, ou seja, 2 s. Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 2 – (b) Portanto, a velocidade angular para ambos os pontos foi igual e pode ser calculada através da expressão: 𝜋 ∆∅ 𝜋 2 𝑟𝑎𝑑 𝜔= = = 𝑟𝑎𝑑/𝑠 ∆𝑡 2𝑠 4 Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 3 – (a) Considerando o referencial fixo na Terra, o Sol realiza um movimento circular e uniforme. Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 3 – (b) O período corresponde ao tempo necessário para uma volta completa. Considerando que o Sol realiza o movimento de rotação em torno da Terra, seu período é de 24 h. Já a velocidade angular é dada por: ∆∅ 𝜔= ∆𝑡 Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 3 – (b) A unidade solicitada para a velocidade angular neste caso é de graus/hora, sendo assim, temos que considerar o deslocamento angular da Terra em graus e o tempo necessário para este deslocamento em horas. Sendo assim: ∆∅ = 360° 𝑒 ∆𝑡 = 24ℎ Sendo assim, a velocidade solicitada será: 360° 𝜔= = 15°/ℎ 24 ℎ Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 3 – (c) Para que a sombra da haste vertical seja projetada às 15 horas, ou seja, para direita, o Sol deve se movimentar para esquerda (sentido anti-horário). Como constatado no exercício anterior, o Sol se move a uma velocidade de 15º/h, portanto, o ele deve se mover 45º para que o relógio de sol marque 15 horas. Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 3 – (d) Dividindo a circunferência em 24 partes iguais (15º cada uma) temos um relógio enumerado de 0 a 23, números correspondentes às horas do dia. Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 3 – (e) Pelo princípio geral para a construção dos relógios solares é alinhar o poste do relógio com o eixo de rotação com a Terra. Dessa forma, para um relógio solar no equador, devemos colocar o poste em uma direção horizontal, ou seja, paralela a superfície terrestre. Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 3 – (f) A haste vertical deve ser paralela ao eixo de rotação da Terra, mas deve formar 30º com a superfície da Terra ao Sul. Professora Bruna Exercícios de Aula Exercício 3 – (g) A haste vertical do disco deve formar 30º com a direção Sul.