UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA Disciplina: ANT 7031 – Tópicos Especiais em Antropologia V: Cinema e Antropologia (72 horas) Cursos: Antropologia (turma 04338) e Museologia (turma 06338) Semestre: 2013.2 Prof.: Dr. Marcos Aurélio da Silva Horário: Quarta-feira (14h20 às 18h) – Sala: CFH334. Contato: [email protected] Blog da disciplina: http://marcoaureliosc.com.br/cineantropo/ Apresentação da Disciplina A disciplina “Cinema e Antropologia” tem como uma de suas propostas pensar o cinema como objeto etnográfico, considerando os vários sentidos da palavra cinema: o filme, a sala de exibição, as linguagens cinematográficas, a indústria e outras forças individuais e coletivas que constituem o audiovisual. Não se trata de construir uma oposição ao campo já consolidado da Antropologia Visual, mas partir deste campo e também das Antropologias Urbana, do Gênero e da Performance para pensar o audiovisual como objeto multissituado e de forte expressão nas produções contemporâneas de subjetividade. Para tanto, torna-se premente pensar além da dicotomia real/ficção que tanto acompanha os debates na área, para reconhecer novas possibilidades e outros saberes que podem desafiar tanto a antropologia fílmica quanto a indústria cinematográfica. Além de discussões teóricas, esta disciplina propõe o conhecimento de metodologias e a realização de atividades como análise fílmica, produção de roteiros, produção de filmes de baixo orçamento (celular, vídeo), edição em softwares livres, distribuição/exibição em plataformas virtuais. Os alunos entrarão em contato com festivais de cinema e produções de baixo orçamento e de linguagens variadas, de forma a serem incentivados e instrumentalizados a produzir pequenos vídeos, que poderão ser encaminhados a estes festivais, além de ocupar plataformas de exibição na internet. Ementa O cinema como objeto etnográfico. Antropologia e os estudos de imagem. Performance e cinema: festivais de cinema, o filme como performance, o audiovisual como experiência. Cinema, cidade e as produções de subjetividade no contemporâneo. Os museus virtuais e os Museus da imagem e do som, nas produções da memória audiovisual. As políticas públicas e culturais na produção audiovisual brasileira. Corporalidade, gênero e sexualidade nas produções audiovisuais. Cinema e pós-colonialidade: novas cinematografias, novos olhares. 1 Programa da disciplina UNIDADE I – Cinema e Antropologia: diálogos possíveis 1) Cinema, Antropologia e a construção de mundos Bibliografia: GOMES PEREIRA, Pedro Paulo. 2000. Cinema e antropologia: um esboço cartográfico em três movimentos. Cadernos de Antropologia e Imagem, 10(1): 51-69. DEREN, Maya. Cinema: o uso criativo da realidade. (1960) 2012. Devires, 9(1). Belo Horizonte: UFMG. pp. 128-149. Bibliografia Complementar: WAGNER, Roy. [1975] 2012. A Invenção da Cultura. Rio de Janeiro: CosacNaify. STRATHERN, Marilyn. [1986] 2013. Fora de Contexto. São Paulo: Terceiro Nome. INGOLD, Tim. (org.). 1991. Key Debates in Anthropology. London: Routledge. COELHO, Paloma; JAYME, Juliana Gonzaga. 2013. Gênero e cinema: reflexões sobre “A vereadora antropófaga”, de Pedro Almodóvar. Seminário Internacional Fazendo Gênero X. Florianópolis: UFSC. DELEUZE, Gilles. 1990. “As potências do falso”. In: Cinema II: a Imagem-Tempo. São Paulo: Ed. Brasiliense. MORIN, Edgar. [1956] 1997. Cap. 1: “O Cinema, o avião”. Cap. 2: “O encanto da imagem”. In: O Cinema ou o Homem Imaginário. Lisboa: Relógio d’Água. Filmografia: • • • • • Meshes of the afternoon, de Maya Deren, EUA, 1943. La Belle Verte, de Coline Serreau. França, 1996. A vereadora antropófaga, de Pedro Almodóvar, Espanha, 2007. Viagem à Lua, de George Méliès. FRA, 1902. Trecho de O vingador do futuro, de Len Wiseman. EUA, 2012. 2) Introdução à Linguagem Audiovisual: alguns pontos de uma longa história. As vanguardas e um horizonte de possibilidades. Do “olhar sem corpo” ao multissensorial. Bibliografia: XAVIER, Ismail. 2003. “Introdução” e Cap. 1: “Cinema, Revelação, Engano”. In: O olhar e a cena. Rio de Janeiro: CosacNaif. EISENSTEIN, Sergei. 2002. “Palavra e Imagem”. In: EISENSTEIN, Sergei. O sentido do filme. São Paulo: Zahar, 2002. pp. 13-50. Bibliografia Complementar: INGOLD, Tim. 2005. The eye of the storm: visual perception and the weather. Visual Studies, 20 (2). oct. London: Routledge. pp. 97-104. (tradução) STRATHERN, Marilyn. 2011. Sobre espaço e profundidade. Cadernos de Campo, 20 São Paulo: USP. pp. 241-258. BERNARDET, Jean Claude. 1980. O que é cinema. Primeiros Passos (9). São Paulo: Brasiliense. 2 AUMONT, Jacques. 2006. “O filme como representação visual e sonora”. In: A Estética do Filme. 2ª ed. Campinas: Papirus Ed. BERGER, John. 1982. Modos de ver. Lisboa: edições 70. pp. 9-36 (Cap. 1). Filmografia: • • • • Coletânea das primeiras décadas (Griffith, Eisenstein). Filmes do Surrealismo (Luis Buñuel). Coletânea de trechos de obras do cinema clássico e das vanguardas (Neorrealismo, Cinema Novo e Nouvelle Vague). Crônica de um verão, de Jean Rouch e Edgar Morin. França, 1961. 3) Antropologia e os Estudos de Imagem: os vários campos antropológicos (Antropologia Visual, Fílmica e da Comunicação) e as possibilidades de uma Antropologia do Cinema; o Cinema Etnográfico para além da Antropologia. A Etnoficção. Bibliografia: MALUF, S.; MAGALHÃES, N.; CAGGIANO, S. 2010. Introdução: As mídias em múltiplas perspectivas. (Sessão Temática Antropologia e Comunicação). Ilha - Revista de Antropologia, 10(2), (ago-dez. 2008). Florianópolis: PPGAS/UFSC. GINSBURG, Faye. 1999. “Não necessariamente um filme etnográfico: traçando um futuro para a antropologia visual.” In: Eckert, Cornélia e Mont-Mór, Patrícia. Imagens em foco: novas perspectivas em antropologia. Porto Alegre: EdUFRGS. pp. 31-54. HIKIJI, Rose S. G. 1998. Antropólogos vão ao cinema – observações sobre a constituição do filme como campo. Cadernos de Campo, 7 (7). Bibliografia Complementar: FRANCE, Claudine de. 2000. “Antropologia fílmica. Uma gênese difícil, mas promissora”. In: FRANCE, Claudine. (org.). Do filme etnográfico à antropologia fílmica. Campinas: Ed. da Unicamp. CANEVACCI, Massimo. Antropologia do cinema : Do mito a industria cultural. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1990. 175 p. BERNARDET, J. C. 2003. “Viramundo ou a voz do dono”. In: Cineastas e Imagens do Povo. São Paulo: Companhia das Letras. LEAL, Ondina Fachel. 1986. A leitura social da novela das oito. Petrópolis: Vozes. SILVA, M. A. Eduardo Coutinho e o cinema etnográfico para além da Antropologia. Cambiassú, 7, ano XIX. São Luís: UFMA. pp. 161-174. DOREA, Joana de Conti. 2006. Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho: histórias, olhares e leituras sobre um documentário brasileiro. Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Sociais). Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina. Filmografia: • • • • • • • • Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho. Brasil, 2009. Viramundo, Geraldo Sarno. Brasil, 1965. Nós que aqui estamos por vós esperamos, de Marcelo Masagão. Brasil, 1998. Domésticas, de Fernando Meirelles. Brasil, 2001 O Ato de criação, entrevista com Gilles Deleuze. Foliar Brasil, de Carolina Paiva, Brasil, 2005. Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho e outros exemplos de etnoficção. O homem que não dormia, de Edgard Navarro, Brasil, 2011. 3 UNIDADE II – Cinema, Performances e Territorialidades 4 4) Performance e Cinema: festivais de cinema; o filme como performance; o cinema como experiência. Bibliografia: BENJAMIN, Walter. [1936/55] 2000. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”. In: LIMA, Luiz Costa. Teoria da Cultura de Massa. São Paulo: Paz e Terra. ELLSWORTH, Elizabeth. 2001. “Modo de endereçamento: uma coisa de cinema; uma coisa de educação também”. In: TADEU, Tomaz (org.). Nunca fomos humanos. Belo Horizonte: Autêntica. Bibliografia Complementar: VALCK, Marijke de. 2007. Film Festivals: From European Geopolitics to Global Cinephilia. Amsterdam: Amsterdam University Press. (tradução) ZIELINSKI, Gerald. 2008. Furtive, Steady Glances: On the Emergence and Cultural Politics of Lesbian and Gay Film Festivals. (Tese de doutorado). Montréal: Department of Art History and Communication Studies/McGill University. BESSA, Karla. 2007. Os festivais GLBT de cinema e as mudanças estético-políticas na constituição da subjetividade. Cadernos Pagu (28): 257-283. SILVA, M. A. 2012. Territórios do desejo: Performance, Territorialidade e Cinema no Festival Mix Brasil da Diversidade Sexual. Tese (Doutorado em Antropologia Social). Florianópolis: PPGAS/UFSC. HEAD, Scott. 2012. “‘Ação!’ ‘Corte!’: Cinco Cenários nas Entrelinhas da Performance.” In: Dawsey, John; Raposo, Paulo; Fradique, Teresa; Cardoso, Vânia. A Terra do Não-Lugar: Diálogos entre antropologia e performance. Florianópolis: EdUFSC (no prelo). FERREIRA, Glauco. 2013. “Circuitos e Produções de ‘Estéticas’ Queer: aproximações etnográficas em torno de um cinema feminista queer “de cor” na baía de São Francisco.” Paper. Florianópolis: PPGAS/UFSC. HARTMANN, Luciana. 2004. ‘Revelando’ Histórias: os usos do audiovisual na pesquisa com narradores da fronteira entre Argentina, Brasil e Uruguai. Campos, 5(2):65-86. Filmografia: • • Programa de Curtas. Seleção de trabalhos apresentados em festivais de cinema. Convidado: Glauco B. Ferreira (PPGAS/UFSC). 5) O Cinema e a Cidade: as urbanidades contemporâneas e o audiovisual. Acervos audiovisuais, Museus virtuais e da Imagem e do Som e as produções da memória audiovisual no contemporâneo. Bibliografia: CANEVACCI, Massimo. 2009. Fetichismos Visuais. São Paulo: Brasiliense. SILVA, M. A. 2012. “O Festival e a Cidade”. In: Territórios do desejo: Performance, Territorialidade e Cinema no Festival Mix Brasil da Diversidade Sexual. Tese (Doutorado em Antropologia Social). Florianópolis: PPGAS/UFSC. MACHADO, Arlindo. “As linhas de força do vídeo brasileiro”. In: MACHADO, Arlindo (org.). Made in Brasil: três décadas do vídeo brasileiro. São Paulo: Iluminuras/Itaú Cultural. pp. 15-48. DEVOS, Rafael V. 2007. “Filmes de memória” como hipertextos. Revista Chilena de Antropología Visual, 10. Santiago. pp. 137-162. Bibliografia Complementar: 5 BERNARDO, Aglair. Sujeitos suspeitos, imagens suspeitas: Cultura midiática e câmeras de vigilância. (Tese de Doutorado). Florianópolis: PPGLB/UFSC. STEFANI, Eduardo Baider. 2009. A geografia dos cinemas no lazer paulistano contemporâneo: redes de cinemas multiplex e territorialidade dos cinemas de arte. Dissertação de Mestrado. Programa de Pósgraduação em Geografia Humana, Universidade de São Paulo. CANEVACCI, Massimo. 2003. Pausas de Carne. Cadernos PPG-AU/FAUFBA, 1(1). Edição Especial “Paisagens do Corpo”. Salvador: EDUFBA. HIKIJI, Rose S. G. 2009. “Imagens que afetam: filmes da quebrada e o filme da antropóloga”. In: HEAD, Scott; GONÇALVES, Marco A. (orgs.). Devires Imagéticos: a etnografia, o outro e suas imagens. Rio de Janeiro: 7Letras. CARMINATTI, Thiago. Z. 2009. “Imagens da favela, imagens pela favela: etnografando representações e apresentações fotográficas em favelas cariocas”. In: HEAD, Scott; GONÇALVES, Marco A. (orgs.). Devires Imagéticos: a etnografia, o outro e suas imagens. Rio de Janeiro: 7Letras. BERNARDET, Jean Claude. [1967] 2007. Brasil em tempo de cinema. São Paulo: Companhia das Letras. Filmografia: • • • • • • • • Nova York no Cinema (documentário). Coletânea de vídeos (vídeo-arte, coletivos paulistanos anos 80). Programa de Curtas e trechos de filme sobre a cidade: São Paulo S.A., Rio 40 Graus. À margem da imagem, de Evaldo Mocarzel. Brasil, 2003. Travileirinho, de Rodrigo Averna e Dillah Dilluz. Brasil, 2010. Bailão, de Marcelo Caetano. Brasil, 2009. Vídeos sobre Museus da Imagem e do Som. Museus virtuais. 6) Cinema e as produções de subjetividade no contemporâneo: o digital como potencializador das políticas de representação e das novas cinematografias. A imagem-território ou as relações entre a produção imagética e a territorialidade. Corpo e cinema. Bibliografia: LIPOVETSKY, Gilles; SERROY, Jean. 2009. A Tela Global: Mídias Culturais e Cinema na era hipermoderna. Porto Alegre: Sulina. RAUN, Tobias. 2010. Nascimentos em tela: explorando o potencial transformador em blogs de vídeo no YouTube. Cronos, 11(2). Revista do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais. Natal: UFRN. pp. 79-96. Bibliografia Complementar: SODRÉ, Muniz. 2002. Antropológica do espelho: uma teoria da comunicação linear e em rede. Petrópolis: Vozes. NICHOLS, Bill. 2004. Introdução ao Documentário. Campinas: Papirus. SILVA, M. A. 2012. “...ao fim: a imagem-território”. In: Territórios do desejo: Performance, Territorialidade e Cinema no Festival Mix Brasil da Diversidade Sexual. Tese (Doutorado em Antropologia Social). Florianópolis: PPGAS/UFSC. Filmografia: • • Programa de Curtas: YouTube e outras plataformas digitais (comunidades, grupos, indivíduos e suas autorrepresentações. Vlogs trans, vídeo-diários, 6 UNIDADE III – Cinema, Gênero e Pós-Colonialismo 7) Gênero, Sexualidade e Cinema: cinema feminista; queer cinema; cinema da “diversidade sexual”. O cinema pornográfico para além da “pornografia”. Bibliografia: LAURETIS, Teresa De. “A Tecnologia do Gênero”. In: HOLLANDA, Heloisa (org.). Tendências e Impasses – O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. KAPLAN, E. Ann. 1995. “O Olhar é masculino?” In: A mulher e o cinema: os dois lados da câmera. Rio de Janeiro: Rocco. MULVEY, Laura. [1974] 1983. “Prazer visual e cinema narrativo”. In: XAVIER, Ismail (org.). A experiência do cinema. Rio de Janeiro: Edições Graal/Embrafilme. LOPES, Denilson. Cinema e Gênero. Sombras Elétricas, 5/6 (revista eletrônica). Novembro-Dezembro de 2005. Disponível em http://sombraseletricas.webnode.pt/arquivo/cinema-e-g%C3%AAnero-(i)-denilsonlopes/ Bibliografia Complementar: ORTNER, Sherry B. 2007. “Poder e Projetos: reflexões sobre a agência”. In: GROSSI, M. P.; ECKERT, C.; FRY, P. (orgs.). Conferências e Diálogos: Saberes e Práticas Antropológicas. (25ª RBA, Goiânia, 2006). Blumenau: Nova Letra, 2007. MALUF, Sônia Weidner. 2002. Corporalidade e desejo: Tudo sobre minha mãe e o gênero na margem. Revista Estudos Feministas, 10(1). Florianópolis: CCE/CFH/UFSC. SILVA, Wilson H. 1995. Conquistando desertos repletos de desejo. Imagem, 4. Campinas: Ed. Unicamp. WAUGH, Tom. 2001. “Pornografia: gay vs. hétero”. In: GATTI, J.; PENTEADO, F. (orgs.). Masculinidades: teoria, crítica e artes. São Paulo: Estação das Letras e Cores. SILVA, M. A. 2012. “Do começo…: uma noite na Augusta”. In: Territórios do desejo: Performance, Territorialidade e Cinema no Festival Mix Brasil da Diversidade Sexual. Tese (Doutorado em Antropologia Social). Florianópolis: PPGAS/UFSC. MORENO, Antônio. 2002. A Personagem Homossexual no Cinema Brasileiro. 2ª edição. Niterói: EdUFF/Funarte. REGES, Marcelo. 2004. Brazilian boys: corporalidades masculinas em filmes pornográficos de temática homoerótica. Dissertação (Mestrado). Florianópolis: Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, UFSC. 123 f. ABREU, Nuno César. 1996. O Olhar Pornô: a representação do obsceno no cinema e no vídeo. Campinas: Mercado das Letras. GRUNDMANN, Roy. 2011. “Retorno a Brokeback Mountain”. In: GATTI, J.; PENTEADO, F. (orgs.). Masculinidades: teoria, crítica e artes. São Paulo: Estação das Letras e Cores. GRUNDMANN, Roy. 2003. Andy Warhol’s Blow Job. Philadelphia: Temple University Press. Filmografia: • • • • • • • Drag Story: lendas e babados, de Marcos Aurélio da Silva e Viviane Rodigues Peixe. Brasil, 1997. O Celuloide Secreto, de Rob Epstein e Jeffrey Friedman. EUA, 1995. Riddles of the Sphinx, de Laura Mulvey e Peter Wollen. Inglaterra, 1979. (trechos) Programa de Curtas Mix Brasil. Blow Job, de Andy Warhol. EUA, 1964. Trechos de um cinema da “diversidade sexual”: Priscilla, a Rainha do deserto, de Stephan Elliot, Austrália/Inglaterra, 1994; Jeffrey, de caso com a vida, de Christopher Ashley, EUA, 1995; Quando a noite cai, de Patrícia Rozema, Canadá, 1995. Filmes de Pedro Almodóvar e John Waters. 7 8) Cinema e o Pós-Colonial: o black cinema; Vídeo nas Aldeias; as produções audiovisuais visuais das periferias às metrópoles. Desafios às políticas públicas e culturais. Bibliografia: SHOHAT, Ella; STAM, Robert. 2006. Crítica da Imagem Eurocêntrica. São Paulo: CosacNaify. LOPES, Denilson. 2012. “Do entre-lugar ao transcultural”. In: No coração do mundo. Rio de Janeiro: Rocco. TURNER, Terence. 1993. Imagens Desafiantes. Revista de Antropologia, 36: 81-121. São Paulo: USP. MACDOUGALL, David. 2009. Cinema Transcultural. Antípoda: Revista de Antropología y Arqueología, 9. Bogotá: Universidad de Los Andes. Bibliografia Complementar: ARAÚJO, Joel Zito.2008. O negro na dramaturgia, um caso exemplar da decadência do mito da democracia racial brasileira. Estudos Feministas, 16(3). Florianópolis: UFSC. ABU-LUGHOD, Lila. 2003. Melodrama Egípcio: uma tecnologia do sujeito moderno? Cadernos Pagu, 23. Campinas: Unicamp. pp. 75-102. BACAL, Tatiana. 2009. “Como criar uma cultura? Índios, brancos e imagens no Vídeo nas Aldeias”. In: HEAD, Scott; GONÇALVES, Marco A. (orgs.). Devires Imagéticos: a etnografia, o outro e suas imagens. Rio de Janeiro: 7Letras. BENTES, Ivana. 2007. Sertões e favelas no cinema brasileiro: estética e cosmética da fome. Alceu, 8 (15), jul./dez. Porto Alegre: Departamento de Comunicação/PUC. pp. 242-255. GATTI, José; BECQUER, Marcos. 1995. Elementos do Vogue. Imagem, 4. Campinas: Ed. Unicamp. NAGIB, Lúcia. 2006. “Imagens do Mar”. In: A utopia no cinema brasileiro. São Paulo: CosacNaify. SALLES GOMES, Paulo Emílio. [1973] 1996. Cinema: Trajetória no Subdesenvolvimento. São Paulo: Paz e Terra. CANCLINI, Néstor García. 2003. Culturas Híbridas. 2ª ed. São Paulo: EDUSP. MARTÍN-BARBERO, Jesús. 2003. Dos meios às mediações. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ. Filmografia: • • • • • • • A negação do Brasil, de Joel Zito Araújo. Brasil, 2000. Vista minha pele, de Joel Zito Araújo. Young Soul Rebels, de Isaac Julien. Inglaterra, 1991. Programa de Curtas “Vídeo nas Aldeias”. Paris is Burning, de Jennie Livingstone. EUA, 1990. Quanto vale ou em por quilo? de Sérgio Bianchi. Brasil, 2005. Brincando nos campos do senhor, de Hector Babenco. EUA, 1991. Metodologia das aulas Cada um dos pontos do programa equivale de duas a três semanas, em que haverá aulas expositivas, exibição de filmes, apresentação de seminários, debates e a realização de trabalhos críticos a partir das obras audiovisuais que serão exibidas nas aulas. As atividades práticas incluem atividades extraclasses, em que os alunos serão incentivados e orientados a produzir, em pequenos grupos, vídeos curtos em mídias de baixo custo (celulares e câmeras caseiras, por exemplo), como formas de experimentação para uma antropologia no/do cinema. Além disso, os alunos serão incentivados a produzir etnografias que podem abranger dos modos de produção aos modos de ver cinema, enfocando territórios mais amplos da comunicação, como seus usos e reelaborações nos diversos contextos de recepção, para além dos significados das obras audiovisuais. Os textos elencados no programa serão tanto de leitura obrigatória quanto complementar, sendo indicados previamente aos alunos. Avaliação Os alunos serão avaliados através dos seguintes trabalhos: 1) Participação: nota dada conforme a produção de atividades em sala, entrega de textos e exercícios práticos. (30%) 2) Trabalho escrito em dupla ou individual (7 a 15 páginas), com duas opções (ver abaixo). Entrega e apresentação na segunda metade do semestre. (30%) Análise fílmica, em que um filme deverá ser escolhido e antropologizado, ou seja, lido, pensado através de conceitos antropológicos. O trabalho deverá ser apresentado em sala, com exibição de trecho do filme analisado. Poderão ser escolhidos filmes que constam deste plano de ensino, sem distinção de gêneros, ou se ficcionais ou documentais. Deve ser apresentado também em forma de artigo, desenvolvendo diálogo com os textos da bibliografia. OU Etnografia do cinema, em que deverá ser analisado algum evento em que o audiovisual tem centralidade, como uma sessão de cinema, uma reunião de pessoas para se assistir um filme, festivais, usos variados dos filmes (como podemos perceber nas propostas encontradas nas plataformas virtuais). A ideia é pensar nos possíveis usos do cinema e do audiovisual e a relação com os sujeitos e suas produções. Deve ser apresentado em forma de artigo, desenvolvendo diálogo com os textos da bibliografia. 3) Trabalho em grupo de produção de um curta-metragem de baixo orçamento, do roteiro à exibição. (40%) – “Mostra de filmes”, 4 de dezembro de 2013. Toda a produção textual e fílmica dos alunos vai constituir, no final do semestre, um site/portal em que o material ficará em apresentação permanente, num misto de revista digital e portal de filmes. 8