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MI | Diversidade na biosfera
1. A biosfera
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Sistematizar conhecimentos
A Terra não é só o terceiro calhau a contar do Sol. A Terra é um planeta muito particular. Até
ver, é o único planeta que alberga vida e que possui uma geodinâmica activa. Esta particularidade está relacionada com a massa do nosso planeta e com a distância a que se encontra do
Sol. De facto, estas duas características contribuíram para que a Terra fosse um planeta geologicamente activo e estivessem criadas as condições necessárias para que a vida se iniciasse.
1. A biosfera
A biosfera (fig. 1) é o subsistema que inclui o conjunto das regiões da Terra onde existe vida.
Dito por outras palavras, a biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas existentes no nosso
planeta. É o ecossistema global (por vezes, utiliza-se o termo ecosfera com um significado idêntico ao de biosfera). A biosfera:
1. apresenta uma espessura variável, que oscila entre os 10 000 metros de altitude e os
10 000 metros de profundidade. Assim, no máximo, a biosfera poderá ter uma espessura de
20 000 metros;
2. apresenta a máxima concentração de seres vivos entre os 3 000 metros de altitude e os
2 000 metros de profundidade.
1.1. Diversidade
A biodiversidade é o termo que se utiliza para expressar a diversidade de tipos de seres vivos
existentes num determinado ambiente. Quanto maior for a biodiversidade, maior é o número de
espécies e maior é o número de relações que estabelecem entre si. Uma espécie é um conjunto de
seres vivos semelhantes, que podem cruzar-se entre si e originar descendentes férteis.
As várias espécies que vivem numa determinada região e que estabelecem relações entre si constituem uma comunidade biótica ou biocenose (do grego bios = vida + koinos = comum). Para viver,
a biocenose depende de factores abióticos, ou seja, factores ambientais físicos e químicos. Estes
factores, no seu conjunto, constituem o biótopo (do grego bios = vida + topos = lugar), isto é, o lugar
onde vive a biocenose. (Imagina um aquário completo. Retira-lhe todos os seres vivos. O que fica é
o biótopo, ou seja, a areia, as pedras e a água.) O conjunto formado pelos seres vivos de uma biocenose e pelo biótopo, em permanente interacção, designa-se ecossistema (fig. 2). Assim, um ecossistema é um conjunto de seres vivos que se relacionam entre si e com o meio ambiente que os
envolve. Um lago, por exemplo, considerado na sua totalidade, isto é, os seres vivos que lá habitam,
as relações existentes entre eles e com o meio ambiente envolvente (água, solo, sais minerais, temperatura…), constitui um ecossistema.
Aves de rapina
10 000
9000
Pinheiro
Ervas
Limite da vida nas montanhas
em zonas tropicais (6000 m).
Duna
Limite de vôo das aves
(10 000 m).
8000
Limite da vida nas
montanhas entre zonas
temperadas e frias (4000 m).
7000
6000
Zona mais povoada dos
oceanos (entre 0 e 1000 m
de profundidade).
5000
Cotovia
4000
Javali
Veado
Cobra
Pêga
BIÓTOPO
Arbusto
BIOCENOSE
3000
BIOSFERA
2000
1000
0
Factores
abióticos
(ambientais)
2000
4000
Temperatura
Bosques e florestas
(desde os 0 até aos 3500 m).
Acima da altitude máxima
não há árvores.
Máxima concentração
de seres vivos (entre os
3000 m de altitude e os
2000 m de profundidade).
Relações
entre os
seres vivos
Luz
Substrato: solo e rochas
Humidade
Meio: ar
FAUNA
FLORA
(Fig.2) Componentes de um ecossistema
6000
8000
10 000
(Fig.1) Extensão vertical da biosfera
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Fossas oceânicas – limite inferior
da vida (10 000 m de profundidade).
A transferência de matéria e de energia entre os seres vivos de um ecossistema, através de
uma série de relações tróficas (do grego trophé = nutrição), constitui uma cadeia alimentar.
Geralmente, num ecossistema, existem várias cadeias alimentares diferentes que se interlaçam
e nas quais intervêm os vários seres vivos que constituem a biocenose (isto quer dizer que, por
exemplo, o mesmo ser vivo pode alimentar-se a partir de vários outros seres vivos). Sempre que
isto acontece constitui-se uma teia alimentar ou rede trófica.
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