Universidade Federal de Uberlândia Editorial O Jornal da Biomedicina foi idealizado por alunos e professores do curso de graduação em Biomedicina do Instituto de Ciências Biomédicas da UFU, o ICBIM. A ideia é tornar assuntos da área biomédica acessíveis tanto aos alunos da universidade, quanto a população em geral. A grande curiosidade e preocupação geradas por acontecimentos no nosso dia a dia levantam questões que serão discutidas em nossas edições. Como exemplo, a atual situação das epidemias resultantes das infecções pelo vírus da Zika e H1N1 tem preocupado toda a população no Brasil e no mundo, e nos mobilizado para uma maior conscientização e combate a tais doenças. Portanto, é com imensa satisfação que apresentamos o primeiro volume do Jornal da Biomedicina. Trabalhamos bastante, e a edição inaugural é o resultado de muita dedicação e carinho com a informação que gostaríamos de disponibilizar à comunidade. Certamente, também vivenciamos um sentimento de gratificação frente aos resultados e com todos que nos auxiliaram. De minha parte, tenho o orgulho de participar de uma iniciativa dos alunos que trará conhecimento a todos. O tema dessa edição é “As epidemias atuais causadas por vírus”. Na primeira página, o ICBIM é apresentado por nosso diretor Prof Roberto Bernardino Júnior, assim como a Profa Benvinda Rosalina dos Santos apresenta o curso de Biomedicina. Seguinte, convidamos os leitores a uma melhor compreensão sobre as viroses epidêmicas, iniciando pelo elegante relato histórico sobre o vírus da Infuenza A H1N1 do Dr Aripuanã Watanabe. De forma esclarecedora, o Prof. Dr Alberto da Silva Moraes discute a relação entre o vírus da Zika e a microcefalia, e a Prof. Dra Ana Carolina Bernardes Terzian descreve informações importantes sobre as diferentes arboviroses humanas detectadas no Brasil. A aluna Débora Moraes de Oliveira, do curso de Biomedicina da UFU, elucida as particularidades do vírus da febre Chikungunya e a busca de novas terapêuticas. Por fim, temos o depoimento da Dra Zsofia Igloi, posdoc da Universidade de Leeds e pesquisadora visitante na UFU, sobre o trabalho voluntário realizado por ela no surto de Ebola na África. Uma ótima leitura! Profa. Dra. Ana Carolina Gomes Jardim ICBIM - UFU O Curso de Biomedicina O curso de Biomedicina nasceu em São Paulo, mais precisamente na então Escola Paulista de Medicina, hoje UNIFESP, inaugurado em 1966 pelo então professor de Farmacologia, Prof. Dr. José Leal Prado, com a proposta de ser um curso formador de profissionais que se dedicassem à pesquisa e ao ensino da educação superior. Assim, os alunos daquela escola se espalharam e alguns vieram fazer parte do quadro de professores e pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da UFUICBIM, na Universidade Federal de Uberlândia. Em 2007 assistimos entrada da nossa 1ª turma. Vinte e cinco jovens motivados que apostaram na importância da profissão e constituíram o nosso primeiro elenco. Hoje, temos gratas notícias de que nossos egressos estão exercendo a profissão escolhida, participando intensamente de todas as atividades científicas na área de ciências biomédicas, inclusive no exterior. Agora, dez anos se passaram, novos jovens cada vez mais interessados em participar do desenvolvimento científico nacional, continuam chegando e dividindo o sucesso do curso, realizando também atividades sociais que valorizam o ser humano. Um curso que desde seu início está posicionado entre os cinco melhores do país, elogiado em todos os âmbitos de avaliações, o que nos enche de orgulho e satisfação. Este ano o curso de Biomedicina Profa. Dra. Benvinda Rosalina dos Santos ICBIM - UFU da Universidade Federal de Uberlândia, celebra seu 10º aniversário com a primeira edição do seu próprio Jornal. Que, assim como o curso, este leve a todos conhecimento, saberes e entretenimento. Ano 1 N° 1 | Jun/2016 Instituto de Ciências Biomédicas O Instituto de Ciências Biomédicas (ICBIM), como uma das unidades acadêmicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), teve sua origem em 2000. Nesta época contava apenas com o Programa de Pós Graduação em Imunologia e Parasitologia Aplicadas. Hoje, dezesseis anos depois, responde também pelo Programa de Pós Graduação em Biologia Celular e Estrutura Aplicadas e pelo Curso de Graduação em Biomedicina, um dos mais bem conceituados do país. Como unidade predominantemente ofertante de componente curriculares, ministra conteúdos à diversos cursos de graduação das diferentes áreas do conhecimento. Com seus mais de 100 servidores, entre docentes e técnicos administrativos, trilha seus dias na busca de somar à ciência e ao ensino, retornando à sociedade no atendimento a s u a s necessidades. Prof. Dr. Roberto Bernardino Junior ICBIM - UFU Índice: Página 2 - Vírus da Gripe: Doença Antiga e Novos desafios - Zika Vírus e a Microcefalia - Situação Epidemiológica do Influenza A - H1N1 Página 3 - Chikungunya: Uma doença da atualidade Arboviroses: Muito além de Dengue, Zika e Chikungunia Você sabe diferenciar esses sintomas? Mitos e Verdades Página 4 - Experiência com o Vírus Ebola - Como é feito um diagnóstico laboratorial de uma virose? Vírus da gripe: doença antiga e novos desafios Desde a Grécia antiga já se conhecia uma doença do sistema respiratório que causava febre, dores no corpo, dor de cabeça, nariz escorrendo, tosse e dor de garganta. Posteriormente essa doença foi denominada gripe sendo o seu agente causador o vírus influenza. O termo pandemia significa qualquer epidemia de d o e n ç a infecciosa que se espalhe por uma grande região geográfica, como um continente ou até mesmo todo o mundo. A pior pandemia de uma doença infecciosa foi a gripe espanhola que ocorreu no ano de 1918 e matou cerca de 50100 milhões de pessoas. No início do ano de 2009 uma nova variante do vírus influenza surgiu no México e em poucos meses já havia se espalhado para mais de 160 países, causando a pandemia conhecida como gripe suína. No final deste mesmo ano mais de 12 mil pessoas haviam morrido em decorrência da infecção por este novo vírus que foi popularmente denominado de vírus influenza A H1N1. A partir do ano de 2013 o H1N1 passou a ser considerado um Zika e a Microcefalia Recentemente, fomos bombardeados com notícias sobre a epidemia de Zika vírus que tomou conta do Brasil, e da sua relação com o aumento de casos de microcefalia nos recém nascidos. O Zika vírus foi encontrado no sangue de macacos africanos que viviam na Floresta Zika (daí o nome do vírus), em Uganda, em 1947. Na ocasião, viu-se que esse vírus causava febre somente quando injetado no cérebro de camundongos, demonstrando sua predileção pelo Sistema Nervoso, o que foi confirmado por estudos posteriores. Os bebês humanos são gerados dentro de uma bolsa no útero materno e seu contato com a mãe se dá através do cordão umbilical e da placenta. Sangue fetal e sangue materno raramente entram em contato, pois entre eles há uma barreira formada pela placenta, que dentre diversas funções protege o feto em desenvolvimento, de substâncias e microorganismos que possam estar presentes no sangue materno. Mas como nem tudo na natureza é perfeito, essa barreira é vulnerável, e permite a passagem de algumas substâncias, alguns vírus (o da Rubéola é um caso), e até mesmo de certos protozoários (o que causa toxoplasmose, por exemplo). O Zika vírus também passa pela placenta, cai no sangue fetal, e chega ao feto através do cordão umbilical, atacando assim o sistema nervoso preferencialmente, prejudicando seu desenvolvimento e causando a microcefalia. Isso acontece porque esse vírus parece “gostar” de uma proteína (proteína AXL) presente nas membranas de células que formarão os neurônios, por exemplo, e usam essa proteína para entrar nessas células, causando problemas no funcionamento dos genes e prejudicando o crescimento e divisão celulares. Com isso o sistema nervoso não se desenvolve direito e temos a microcefalia. Entretanto, muito ainda precisa ser estudado para entender essa relação, já que nem todos os fetos expostos ao vírus (por sorte a maioria) desenvolvem a microcefalia. Prof. Dr. Alberto da Silva Moraes ICBIM- UFU vírus da gripe comum. No entanto este vírus ainda apresenta um comportamento diferente, variando de baixa circulação e doença leve em alguns anos até epidemias de doença grave em outros anos. No ano de 2016 a gripe H1N1 causou diversas mortes no Brasil, além disso, a circulação do vírus foi atípica, ocorrendo no início do ano (verão). Até a terceira semana de Maio foram contabilizadas 289 mortes causadas pelo vírus H1N1 somente no estado de São Paulo. A melhor maneira de se prevenir contra a gripe é a vacinação e o governo adotou a estratégia de vacinar somente populações de risco como idosos e crianças menores de 5 anos. Outras medidas de prevenção incluem lavagem frequente das mãos, cobrir o nariz e boca ao tossir ou espirrar, evitar aglomerações e ambientes fechados.A prevenção e tratamento da gripe continua a ser um desafio para cientistas e médicos, porém avanços significativos nesta área de estudo têm sido alcançados nos últimos anos. Dr. Aripuanã Watanabe FAMERP - São José do Rio Preto Situação epidemiológica do vírus influenza A - H1N1 s afetados TOP 10 Estados mai 1º) SP 2º) RS 3º) PR 4º) GO 5º) PA 6º) SC 7º) RJ 8º) DF 9º) MS 10º) BA Fonte: Ministério da saúde (Boletim 19 -24/05/2016) S DE H1N1 NÚMERO DE BCRAASSOIL NO São Paulo (394); Rio Grande do Sul (297); Paraná (289); Goiás (192); Pará (129); Santa Catarina (111); Rio de Janeiro (89); Distrito Federal (89); Mato Grosso do Sul (78); Bahia (77); Espírito Santo (66); Minas Gerais (55); Pernambuco (39); Ceará (19); Rio Grande do Norte (13); Paraíba (13); Alagoas 12); Mato Grosso (7); Amapá (6); Rondônia (4); Acre (2); Sergipe (2); Amazonas (1); Roraima (1); Maranhão (1) e Piauí (1). S DE H1N1 NÚMERO DE ÓRBAITSOIL NO B São Paulo (271), Rio Grande do Sul (56); Goiás (34); Paraná (31); Rio de Janeiro (30); Santa Catarina (29); Espírito Santo (17); Bahia (17); Minas Gerais (16); Pará (16); Mato Grosso do Sul (15); Pernambuco (12); Distrito Federal (10); Paraíba (8); Ceará (7); Rio Grande do Norte (6); Mato Grosso (4); Amapá (4); Alagoas (3) e Maranhão (1). Chikungunya: Uma doença da atualidade Ultimamente, três doenças têm recebido destaque no Brasil, dentre elas a “Febre Chikungunya”. Embora todos acreditem ser uma doença recente, ela foi descrita pela primeira vez em 1952 na Tanzânia, no continente Africano, e a partir de então tem se disseminado por todo o mundo. É causada pelo vírus chikungunya (CHIKV) e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A palavra “Chikungunya” deriva da língua maconde e significa “aqueles que se dobram”, descrevendo a aparência encurvada de pessoas que se contorcem pelas dores nas articulações. No Brasil, o sinal de alerta é devido ao clima tropical ser propício ao desenvolvimento da larva do mosquito transmissor. Apesar de apresentar sintomas gerais como febre e dores musculares, o que difere tal doença de outras arboviroses são as artralgias. A febre chikungunya pode passar de doença aguda para crônica e o principal relato dos acometidos são as dores articulares graves, principalmente em regiões das falanges, pulsos e em tornozelos que podem durar anos. Não existe vacina contra o vírus CHIKV e estudos a procura de antivirais contra o CHIKV têm sido realizados em muitos países. Como exemplo, pesquisas em antivirais derivados de compostos extraídos de plantas já demostraram potencial atividade para diversos vírus. Agora é uma questão de tempo para que sejam desenvolvidos potentes inibidores da replicação do vírus e consequente melhora na qualidade de vida de toda população. Como ainda não existe terapêutica eficaz, a solução em curto prazo fica sendo a eliminação dos focos do mosquito, prevenção com repelentes e a busca de novas informações para um m a i o r controle d e s s a s doenças emergentes. DENGUE CHIKUNGUNYA Febre alta, dor no corpo e atrás dos olhos, fraqueza, vômitos. Débora Moraes de Oliveira Biomedicina - UFU Dores e inchaços nas articulações dos pés, mãos, tornozelos e pulsos. Arboviroses: muito além de Dengue, Zika e Chikungunya As arboviroses são doenças emergentes causadas por arbovírus, que são vírus transmitidos por vetores (mosquitos, carrapatos, etc) ao homem e animais e são um risco para a saúde pública. Esses vírus estão distribuídos em todos os continentes, mas predominam nos trópicos, pelo clima ser mais favorável a reprodução do vetor. Mais de 210 espécies de arbovírus foram detectadas no país. A maioria é vírus de RNA com importância médica e veterinária. Alguns representantes, muitos deles desconhecidos da população e dos profissionais da saúde, têm sido responsáveis por mais de 95% dos casos de arboviroses humanas no Brasil, como os vírus Dengue, Febre Amarela, Encefalite de Saint Louis, Rocio, Zika, Oropouche, Chikungunya, Mayaro e as Encefalites Equinas, entre outros. A maioria desses vírus são transmitidos pelos mosquitos Aedes sp e Culex sp, que estão infestando todas as regiões do Brasil. No homem, após a picada de um mosquito infectado, o vírus é transmitido para a corrente sanguínea o n d e o c o r r e a multiplicação viral e o aparecimento dos sintomas. O problema é que os sintomas clínicos não são específicos, o que dificulta o diagnóstico pelo médico. Os sintomas geralmente são febre, dor no corpo, dor de cabeça, enjoo e vômito, muito parecidos com um resfriado comum. Pode acontecer algum sintoma mais especifico como no caso de uma artralgia persistente, mas essa pode ser causada tanto pelo Chikungunya quanto pelo Mayaro. Para evitar epidemias causadas por esses vírus deve haver um trabalho conjunto entre a população, governo e profissionais da saúde. Prof. Dra. Ana Carolina Bernardes Terzian - FAMERP São José do Rio Preto ZIKA Manchas vermelhas na pele, coceira, febre leve, dores musculares ou nas articulações. Microcefalia em fetos Sérios danos neurológicos ADAPTADO DE: http://www.saude.ba.gov.br/novoportal/index.php?option=com_content&id=9496&Itemid=17 1) O Aedes aegypti só ataca durante o dia? R: Parcialmente verdade. O inseto tem hábitos diurnos, então, o mais comum é que ele faça suas vítimas durante o dia. Porém, nada o impede de atacar durante a noite. 2) Se não forem diagnosticadas a tempo, as doenças podem levar a pessoa à morte? R: Verdade. A doença, principal- mente a dengue, em sua versão hemorrágica, pode agravar o quadro clínico do paciente se não diagnosticada e tratada a tempo. 3) O Aedes aegypti só se reproduz em água limpa? R: Verdade. O mosquito só se reproduz em água limpa e parada, pois a fêmea precisa de oxigênio para que seus ovos possam se desenvolver e gerar novos mosquitos. A água não precisa ser potável, contudo, caso esteja muito suja e não exista oxigênio suficiente, ela não servirá para a reprodução. 4) H1N1 é sempre o mesmo vírus? Por que todo ano temos que tomar vacina? R: Parcialmente verdade. O h1n1 é o mesmo vírus, porém ele sofre alterações ao longo de sua replicação e transmissão conforme o passar do tempo, podendo ficar menos ou mais resistente. Tomar a vacina todo ano é necessário para adquirir imunidade contra a nova forma do vírus. 5) Éverdade que a microcefalia foi causada por um lote vencido de vacina contra rubéola? R: É um mito que já foi desmistificado pelo Ministério da Saúde. 6) O suor e o chulé atrai os mosquitos? R: É verdade! A exalação de substâncias pelo nosso organismo, pelo corpo, acaba sendo atrativa para o mosquito. My experience with Ebola virus - a personal narrative Minha experiência com o Vírus Ebola - uma narrativa pessoal I studied Microbiology at university and I got involved with viruses during my PhD. In 2014 the Ebola virus outbreak became so severe, that in the UK, help was requested from people with any medical, nursing or biology background. Several countries were involved in the response and treatment centers and laboratories for Ebola diagnostic were established. I've been deployed as a laboratory technician, following a 5 day intensive training in high containment facility. We were 12 people in my team, most of us never met before, but all had some sort of biological background. The whole team was equally responsible for precise and quick diagnostic work and the general functioning of the laboratory. I spent 3 months in total in Sierra Leone, a tiny West African country and an ex-British colony. It has beautiful landscape with beaches and mountains. The people were, even during and after this terrible epidemic, so optimistic and friendly, that it should serve as an example. I arrived first time in April 2015, when the epidemic was mostly under control, but it still took another 7 months until the country was declared Ebola free on 7th November 2015. I went back in October and helped opening new laboratories, part of the long-term agreement between UK and Sierra Leone, to help improve the countries preparedness not only for Ebola, but other infectious disease like tuberculosis, malaria, HIV. It was very hard work but it was the most rewarding thing I've ever done in my life and made studying biology worthwhile! Also, it inspired me to do more humanitarian work and re-train as public health microbiologist to work with epidemics in the future. *** Eu estudei Microbiologia na Universidade e me envolvi com os vírus durante o meu doutora- do. Em 2014, o surto paisagem bonita, com praias e de Ebola se tornou tão montanhas. Mesmo durante e severo, que no Reino após esta terrível epidemia, as Unido, um pedido de pessoas foram tão otimistas e ajuda foi requisitado a amigáveis, que deveria servir pessoas com qualquer como exemplo. Eu cheguei pela formação médica, em primeira vez em abril de 2015, enfermagem ou quando a epidemia já estava sob biologia. Vários controle, mais foram necessários p a í s e s f o r a m outros 7 meses até que o país envolvidos como fosse declarado livre do Ebola, resposta, e cen- em 7 de Novembro de 2015. Eu tros médicos e retornei em outubro e auxiliei na laboratórios para diagnóstico de abertura de novos laboratórios, parte de um acordo de longo Ebola foram criados. prazo entre Reino Unido e Serra Eu fui enviada como uma técnica Leoa para ajudar a preparação de laboratório e recebi 5 dias de dos países não apenas para o treinamento intensivo em uma área de alta contenção (nível de Ebola, mas também contra outras risco biológico). Nós éramos um doenças infecciosas como tubertime de 12 pessoas, os quais a culose, malária e HIV. maioria nunca havia se encontra- Foi um trabalho muito difícil, do antes, mas todos tinham mas foi a coisa mais gratificante algum tipo de formação em bio- que eu fiz em minha vida, e fez o logia. Todo o time era igualmente estudo em biologia valer a pena! responsável por realizar diagnós- Isto também me inspirou a realitico preciso e rápido, e pelo funci- zar mais trabalhos humanitários e me treinar novamente como uma onamento geral do laboratório. Microbiologista de saúde pública Eu passei 3 meses no total em para trabalhar com epidemias no Serra Leoa, um pequeno país no oeste Africano que é ex-colônia futuro. Britânica. O local possui uma Traduzido pela equipe editorial do Jornal da Biomedicina UFU Como é feito o diagnóstico laboratorial de uma virose? O corpo humano é uma máquina quase perfeita. Possuímos diversos mecanismos de defesa atuando a todo momento. Apesar disso, podemos ser atacados por diversos patógenos. Muitas das doenças causadas por estes patógenos ocasionam sintomas parecidos, principalmente as viroses, não sendo possível se concluir um diagnóstico preciso. Por este motivo, são necessários exames laboratoriais afim de se determinar qual o vírus causador da doença. As viroses, em geral, podem ser diagnosticadas através de duas técnicas laboratoriais: ELISA e PCR. De uma forma simples, o ELISA (teste imunológico) avalia se o paciente possui anticorpos contra vírus ou se o próprio vírus está presente na amostra do paciente. Já a PCR (teste molecular) baseia-se na detecção do material genético (DNA ou RNA) do vírus na amostra do paciente. É possível se detectar baixas quantidades de material genético já que a PCR amplifica e multiplica o material encontrado até que seja possível sua análise. A P r o m e g a o rg u l h a - s e d e fornecer reagentes de alta qualidade capazes de se realizar tal diagnóstico com precisão, como é o caso do GoTaq Probe 1Step RT-qPCR System utilizado nos ensaios de PCR em Tempo real em diversos laboratórios brasileiros, inclusive pelo Ministério da Saúde. Saiba mais em: www.promega.com.br Renan Alves - Coordenador de Marketing PROMEGA Equipe Editorial: Docentes: Prof, Dr. Ana Carolina Gomes Jardim, Prof. Dr. Benvinda Rosalina dos Santos. Discentes do Curso de Biomedicina-UFU: Amanda de Oliveria, Amanda Rodrigues Nogueira, Amanda Soares Santos, Denise Yochimura, Giulia Magalhães Ferreira, Igor de Andrade Santos, Karla Martins Gonçalves, Karolline Monteiro Vieira da Silva, Maria Vitória Quartim Viesti Manfredi, Matheus Henrique Silva, Natasha Marques Cassani, Paulo Costa Alves Junior, Raphael Teixeira Borges, Sthefany Gabrielly Silva e Victória Riquena Grosche. Patrocínios: UFU Tirado de: www. dukechargista.com.br