UNIVERSIDADE SALVADOR COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO SALVADOR BAHIA DURVAL CARVALHAL ESTRELAS VERAS PEDRO FIALHO ROBERTA ANDRADE VALÉRIA BARBOSA ESTRATÉGIA DE PREÇO: Tintas Imobiliárias Sem Cheiro Suvinil. Trabalho apresentado à Unifacs como requisito de aprovação da disciplina Estratégia de Preço, ministrada pelo Professor Doutor Adriano Leal Bruni, do curso MBA em Marketing, turma B, de 2007. SALVADOR - BA 2008 RESUMO Nesse trabalho acadêmico, buscou-se conceituar os elementos da formação de preços, ressaltar a relevância da formação de preços a partir dos custos, bem como precificar, tomando o preço percebido como base. Em seguida, traçou-se uma análise da estratégia de custos e análise de valor. Por fim, estudou-se o caso particular da empresa Basf e seu portfólio de tintas, focando-se a tinta Acrílicos Sem Cheiro, que apresenta ao mercado, como grande diferencial, uma tinta sem cheiro, e que permite o seu uso sem causar desconforto à família, transformando o produto em líder da marca no mercado mundial. Palavras chave: Basf; tintas; análise de custos; tinta sem cheiro; líder. ABSTRACT In this academic work, one searched to appraise the elements of the formation of prices, to stand out the relevance of the formation of prices from the costs, as well as precificar, taking the price perceived as base. After that, one traced an analysis of the strategy of costs and analysis of value. Finally, the particular case of the Basf company was studied and its portfólio of inks, focando itself it ink Acrylic Without I smell, that it presents to the market, as great differential, an ink without I smell, and that it allows its use without causing discomfort to the family, transforming the product into leader of the mark in the world-wide market. Key words: Basf; inks; analysis of costs; ink without I smell; leader. . SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 05 1.1 Objetivos 05 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 06 2.1 Relação custo, preço e valor percebido 07 2.1.1 Custo 07 2.1.2 Preço 09 2.1.2.1 Formação do preço 10 2.1.3 Valor percebido 11 2.2 Análise estratégica de custo 12 2.2.1 Análise de valor 12 3 HISTÓRIA: BASF, a química da vida 13 3.1 Suvinil: Trajetória de sucesso 13. 4 MIX DE PRODUTOS 16 4.1 Pesquisa de mercado 18 4.2 Aspecto estudado 19 4.3 Posicionamento de preço 21. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 23 REFERÊNCIAS 24 5 1 INTRODUÇÃO Tradicionalmente, as raízes do marketing remontam à gênese do comércio na antiguidade, quando, para atender necessidades, o homem trocava diretamente os produtos, através do escambo. Cada produto funcionava como moeda, através da qual, poder-se-ia adquirir outros bens. Modernamente, o marketing foca a estratégia de preços como forma de sobrevivência e de viabilização da produção de bens e serviços, cujas empresas envolvidas no processo têm que analisar sua estrutura de custos, para formar preços, levando em conta a remuneração dos acionistas, atendimento das necessidades do mercado, conhecimento do produto que será vendido, as ações da concorrência e pleno conhecimento dos dados da organização. 1.1 Objetivos Os objetivos são, fundamentalmente, a maximizações do lucro e ter ótima participação no mercado. Para isso, uma empresa deve pesquisar o preço ideal e justo para atender os objetivos da entidade e os interesses do consumidor. Dessa forma, há que se planejar estratégias de formação de preços, que não devem ser formados aleatoriamente e, assim, descobrir o preço que possa maximizar as receitas e os custos e satisfazer os anseios do consumidor. Nesse processo, é de fundamental importância pesquisar o valor percebido pelos clientes, estabelecer os objetivos da organização e ter controle absoluto dos custos de produção, das despesas de comercialização e da carga tributária. 6 A margem de lucro é baseada, fundamente, no preço de custo, pois o preço de venda já é dado pelo mercado, obrigando a entidade a otimizar seus custos plenos. É bom que se ressalte que o bom atendimento também faz parte do processo de formação de preços, pois o cliente, ao comprar um produto, também está comprando bom atendimento, conforto, segurança, estacionamento e facilidades nas compras. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Nos primórdios, o homem satisfazia suas necessidades, utilizando bens naturais em estado natural ou com pequeno beneficiamento, executado de forma individual ou familiar. Com a evolução do escambo, do desenvolvimento das empresas, do aparecimento de grandes empórios, culminou-se com a Revolução Industrial na metade do séc. XVIII. E a partir de então, surge a empresa capitalista, cujo controle era executado tão somente pelo proprietário e de forma simples. Todavia, Com a descoberta de novas tecnologias e o aparecimento de sistemas complexos de produção, com o conseqüente crescimento das empresas, houve necessidade de maior controle que proporcionasse maior segurança nas aplicações de capital e na manutenção dos sistemas produtivos com apresentação de resultados positivos nas suas operações. (DUTRA, 1992, p.15). Com o advento da globalização, abriram-se novos horizontes para a análise de custos, focando-se, sobretudo, no aumento da produtividade com redução de custos. A palavra da moda passou a ser redução de custos. E para isso, faz-se mister ter um bom sistema de informações. Apud o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, “As maiores fontes de informação das organizações são o próprio mercado, que 7 definirá a preferência dos consumidores, e a análise dos custos, que demonstrará a eficiência da empresa na gestão dos recursos internos”. Custos são de alta relevância para uma organização. Eles são base ou piso para o estabelecimento dos preços que, juntamente com a pesquisa sobre a percepção do consumidor, pode chegar-se ao preço ótimo, tanto para o demandante, quanto para o ofertante. Ao longo da história, os preços foram determinados por meio da negociação entre compradores e vendedores. [...] A determinação de um preço para todos os compradores é uma idéia relativamente moderna, eu surgiu com o desenvolvimento do varejo em grande escala, no fim do século XIX. (KOTLER e KELLER, 2005, p. 429). Por fim, no mundo moderno, o desenvolvimento econômico juntamente com a tecnologia criou o ambiente propício para a gestão de custos e formação de preços em novos parâmetros. Consoante Bruni e Fama (2007, p. 22), “A contabilidade de custos pode ser definida como o processo ordenado de usar os princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operação de um negócio”. No mundo atual, a formação de preços obedece a critérios técnico-científicos para que uma empresa possa atender a demanda com boa margem de contribuição, o que significa a sua sobrevivência no mercado ao longo do tempo. 2.1 Relação custo, preço e valor percebido. 2.1.1 Custo Em economia, a função consumo parte de um ponto diferente de zero, geralmente o ponto 20 no eixo das coordenadas (y), porque mesmo que uma pessoa não trabalhe e não ganhe nenhum tipo de dinheiro, ela estará consumindo, pois estará vestida, alimentando-se, etc. 8 O custo faz parte do cotidiano de todos os indivíduos, até mesmo do nascituro, que, pela lei, é sujeito de direitos. Entrementes, a convivência com um leque enorme de custos provoca confusões conceituais, levando as pessoas a confundir sobre o que é preço, custo, receita, gasto, desembolso e despesa. Interessa, aqui, apenas o conceito de custo, que é conjunto de gastos para a elaboração de um produto ou para a prestação de um serviço. A expressão custos pode assumir diferentes conotações a depender do contexto em que é empregada. Se, por exemplo, um consumidor afirmar que a compra de uma nova camisa lhe custou R$ 20,00, poucas dúvidas surgirão. A compreensão de sua afirmação é imediata. No caso, porém, de a pergunta ser sobre quais foram os custos da camisa para a empresa fabricante, diferentes interpretações e diferentes respostas poderiam ser obtidas. (BRUNI e FAMA, 2007, p.19). Os custos podem ser: a. Diretos ou primários. São usados diretamente na fabricação do produto, como o salário dos trabalhadores envolvidos no processo de produção. b. Indiretos, como os que obedecem a algum critério de rateio, como ocorrem com o aluguel da fábrica. c. De transformação, ou custos de conversão ou de agregação. É o esforço geral da empresa para produzir o bem, a exemplo da mão de obra direta. d. Fixos, que existem mesmo antes da produção dos bens ou produtos. São aqueles que em determinado período tem seu montante fixado não em função de oscilações na atividade, como ocorre com o aluguel da fábrica em 9 determinado mês, que não se alterará em face de mudança no volume de produção. e. Semifixos, que são inalteráveis em determinado tempo, mas que, em seguida, transformar-se-á em custos variáveis. É o que pode ocorrer com o abastecimento de água. f. Semivariáveis, como aqueles, segundo Bruni e Fama, “que não acompanham linearmente a variação da produção, mas aos saltos, mantendo-se fixos dentro de certos limites”. Custos são os gastos que a empresa tem para produzir e comercializar o produto. A receita resulta da multiplicação do preço pela quantidade vendida. Deduzindo os custos da receita, a empresa apura o resultado financeiro. Se a receita é maior do que os custos, há lucro. Na situação inversa, os custos superam as receitas e há prejuízo. (URDAN e URDAN, 2006, p. 186). 2.1.2 Preço Segundo Leftwich (1973, p. 2), “As necessidades humanas são a molas mestras da atividade econômica”. Sabe-se que a economia existe porque os recursos são escassos e as necessidades são múltiplas ou incontáveis, bem como também estuda as necessidades humanas e o modo como satisfazê-las do ponto de vista macroeconômico. Do ponto de vista microeconômico, as empresas produzem bens e serviços para o atendimento de necessidades do individuo, que adquire bens e serviços no mercado, mediante pagamento de um valor estipulado, que se chama preço. 10 Preço, pois, é o valor da contrapartida oferecida pelo comprador na aquisição de um bem ou no consumo de um serviço. Por outro lado, a teoria do preço é um tanto abstrata e não oferece uma descrição exata do mundo real. A teoria do preço é abstrata porque não abrange, nem pode abranger, todos os dados econômicos do mundo real. Considerar todos os dados e fatores que influenciam as decisões dos consumidores, proprietários de recursos e firmas, envolveria descrição minuciosa e análise de cada unidade existente, o que seria, evidentemente, tarefa irrealizável. (LEFTWICH, 1973, p. 9). O preço é elemento de percepção para quem compra e para quem vende. Quando se compra um produto, espera-se que ele satisfaça uma necessidade. Daí porque o consumidor, muitas vezes, pode estar disposto a pagar um preço maior, em face maior utilidade marginal que o produto possa oferecer. Conforme Kotler e Keller, (2005, p. 428), “O preço é o único elemento do mix de marketing que produz receita; os demais produzem custos”. Ele também é um dos elementos mais flexíveis: pode ser alterado com rapidez. O preço é um elemento de alta relevância na vida financeira de uma empresa. O seu estabelecimento é complexo e requer muito cuidado, consistindo na verdadeira arte do negócio. Todos os elementos da cadeira produtiva, produtor, distribuidor, atacadista e varejista trabalham tendo o preço do produto como base, com impacto forte no comércio, pois se o produto não possibilitar certa margem de lucro, o esforço produtivo será frustrado. O preço é o grande estimulante da demanda. Quando há uma promoção em uma loja, formam-se filas para tentar comprar os produtos oferecidos. 2.1.2.1 Formação do preço Na ótica do marketing, a determinação de preços obedece a nuances de cada empresa. Assim é que nas pequenas, o gestor é livre para determinas quanto 11 vai cobrar pelo produto. Nas grandes, há um certo grau de complexidade, pois entram em cena gerente de produto e gerente de divisão, com interferência da alta administração, quando não de gerentes de venda, gerentes financeiros e até mesmo contadores. A determinação de preço é motivo de muita preocupação para os executivos, pois o mercado é muito sensível e pode, diante de uma determinação de preço equivocada, conduzir o consumidor para outro concorrente, deixando a empresa em situação difícil. Os principais objetivos do processo de formação de preços é proporcionar, no longo prazo, o lucro máximo para a organização; permitir a maximização do lucro na participação de mercados; maximizar a capacidade produtiva, evitando desperdícios e ociosidade na área operacional; e maximizar o capital investido, com o fito de se perpetuar os negócios de forma auto-sustentável. Normalmente, empresas estabelecem preços, baseando-se apenas nos custos ou, até mesmo, de forma aleatória, o que não é aconselhável. Além dos custos, o processo de formação de preços está ligado às condições do mercado, ao nível de atividade e à remuneração do capital investido. Dessa forma, o cálculo do preço de venda deve chegar a um valor que permita trazer à empresa a maximização dos lucros, ser possível manter a qualidade, atender aos anseios do mercado àquele preço determinado e melhor aproveitar os níveis de produção. (BRUNI e FAMA, 2007, p. 247/8). 2.1.3 Valor percebido Pode-se dizer que o cliente é um ser imprevisível. A todo instante, é capaz de mudar de personalidade, pois todo ser humano é ele e suas circunstâncias. Como corolário, há cliente que é orientado para preço; outros, para valor; e há aqueles que já são fidelizados. 12 De qualquer sorte, o comprador realiza compras em virtude de algum elemento integrante do valor que ele percebe, pois valor percebido é a junção dos atributos intrínsecos e extrínsecos. O valor percebido é composto por vários elementos, como a imagem que o comprador tem do desempenho do produto, o canal de distribuição, a qualidade das garantias, atendimento ao cliente e atributos mais subjetivos, como a reputação do fornecedor, confiabilidade e consideração. (KOTLER e KELLER, 2005, p. 443). 2.2 Análise estratégica de custo Sabe-se que a análise estratégica de custos é de fundamental importância para uma empresa e, sobretudo, para sua administração financeira, de cujas informações, o gestor pode se valer para fundamentar seu processo de tomada de decisão na formação de preços. Os custos viabilizam a produção de bens e serviços, e são incorporados aos estoques, até que o que foi produzido seja vendido, impactando na Demonstração de Resultado do Exercício, mais especificamente no custo do “produto” vendido. A análise estratégica de custos deve objetivar a maior margem de contribuição possível, combinadamente com o melhor preço para o comprador, pois, segundo Cobra, (1997, p. 247), “[...] o consumidor exerce com prazer seu poder de veto a preços abusivos e às discrepâncias entre preço e qualidade e preço e utilidade/durabilidade”. 2.2.1 Análise de valor Valor está associado à qualidade, importância e utilidade, com impacto altamente positivo no preço. Se o consumidor perceber valor em um bem ou serviço, ele estará predisposto a sacrificar boa parte de sua renda para realizar a compra. 13 Por isso, muitas vezes, o comprador se endivida, para obter o produto ou serviço que ele identificou como de valor, em face do produto ou serviço em si mesmo, da durabilidade, da confiabilidade, do período de garantia e do status. Muitas empresas determinam seus preços com base no valor e não apenas nos custos. Apud Koltler e Keller (2005, p. 443), “Recentemente, várias empresas adotaram a determinação de preços com base no valor. Elas conquistaram clientes fiéis cobrando um preço relativamente baixo por uma oferta de alta qualidade”. 3 HISTÓRIA: BASF, a química da vida. A BASF é a empresa química líder mundial: The Chemical Company. Seu portfólio de produtos oferece químicos, plásticos, produtos para agricultura, química fina, petróleo, gás natural e produtos de performance, como a linha de tinta imobiliária Suvinil Como parceira confiável para toda a indústria, a BASF, com soluções inteligentes e produtos de alto valor, ajuda seus clientes a atingir o sucesso. A empresa desenvolve novas tecnologias e as utiliza para superar os desafios do futuro e abrir novas oportunidades de mercado, combinando o sucesso econômico, a proteção ambiental, e a responsabilidade social, contribuindo, assim, com um futuro melhor. A corporação conta com mais de 95.000 colaboradores e contabilizou suas vendas em mais de 52,6 bilhões de euros em 2006. As ações da BASF são negociadas nas bolsas de valores de Frankfurt (BAS), Londres (BFA), Nova York (BF) e Zurique (AN). Salientando que esse resultado abrange os negócios realizados pelas empresas do Grupo na região, incluindo a Wintershall (empresa situada na Argentina, voltada à produção de óleo cru e gás). 3.1 Suvinil: trajetória de sucesso. Em 45 anos, a Suvinil construiu sua história. Conquistou seu respeito através de empenho em oferecer produtos de qualidade. Por isso, a Suvinil é hoje uma marca de personalidade única no mercado, reconhecida no Brasil. 14 Em março de 2000, a Suvinil novamente saiu na frente ao lançar o primeiro Fundo Preparador para Paredes Base Água. Foi necessário empregar um ano e meio de pesquisa para chegar ao produto. Seu principal diferencial é a diluição em água, dispensando o solvente. Essa característica faz dele um produto de baixíssimo odor e atende à antiga reivindicação dos pintores. Outro produto dessa época foi o Suvinil Verniz Alta Performance, também conhecido por Stain, cujo destaque é a máxima resistência e o rendimento duplamente superior. Ainda no mesmo ano, chegava às lojas o Texturatto nas versões Renaissance e Classic. Hidrorrepelente, requintado, econômico e prático; passou por rigorosos testes que lhe asseguram alto desempenho e excelente aceitação por parte do consumidor. Em 2001, frente ao sucesso do produto, a linha recebeu o Suvinil Texturatto Originalle, de acabamento mais fino, sem grãos. Nesse mesmo ano, foi criado o Suvinil Esmalte Epóxi, ideal para ser usado em azulejos, pisos, alvenaria, reboco, concreto, superfícies metálicas e madeiras não-resinosas. Possibilita mudar ou reformar ambientes sem necessidade de quebrar azulejos. Pensando sempre em ajudar o consumidor, a marca lançou, em 2002, o Suvinil Exteriores, um produto para uso externo, que é resistente a intempéries, trazendo mais durabilidade para as pinturas externas. Lançou, também, mais uma inovação: Suvinil Magic, com uma tecnologia que possibilita a fixação de magnetos na parede, e permite ao consumidor ousar no momento de decoração com magnetos, fotos, postais, etc. Para ampliar as opções do consumidor em acabamentos diferenciados, a Linha Effect Line surgiram os produtos Gel de Efeitos Especiais, que traz efeitos de envelhecimento nas texturas; e Suvinil Acrílico Perolado, que é um produto inovador, exclusivo da Suvinil e que permite acabamento com brilho perolado. Em 2003, a linha Suvinil Construções foi especialmente desenvolvida para atender as necessidades do mercado de construção civil. São tintas para 15 aplicação específica nos mais diversos tipos de superfície, como, por exemplo, alvenaria, gesso, blocos de concreto, concreto ou paredes já pintadas. As sensações da vida estão em toda parte. Despertam os sentidos e influenciam seu dia-a-dia. Em 2004, foram lançadas as cores Suvinil SelfColor para despertar as melhores sensações no seu lar: tranqüilidade, alegria, acolhimento, energia. As cores têm vida própria. Vibram, relaxam e inspiram as emoções. Colocando essas sensações dentro da sua casa, tudo fica especial, único. De 2005 a 2006, continuaram as inovações e os lançamentos, destacando-se o Color Test, produto desenvolvido como o objetivo de facilitar e estimular a experimentação das cores Suvinil nos ambientes. O cliente normalmente tem dúvidas para escolher cores e o propósito do ColorTest, em uma pequena embalagem plástica de 202,5 ml, é permitir a experimentação de uma ou mais cores, com praticidade e baixo custo. Em 2006, a marca lança sua nova campanha - Efeito Suvinil: Renovar é fácil. É só querer. A campanha inspira o consumidor a renovar os ambientes de sua casa de uma forma fácil e rápida, bastando experimentar as cores e sensações da Suvinil em uma parede para renovar o astral da sua casa. Neste mesmo ano, a Suvinil lançou o inovador Esmalte Seca Rápido, que é um esmalte à base-água, com baixíssimo odor, secagem rápida, aplicação em madeira e multimetais, e favorável ao meio ambiente, já que dispensa o uso de solventes. Em 2007, o produto foi reconhecido como Inovação Tecnológica pela ANAMACO. Em janeiro de 2008, a Suvinil fez um novo lançamento, que está revolucionando o mercado de tintas imobiliárias. A corporação sempre focou o consumidor e procurou desenvolver uma tecnologia de produto, mantendo os custos e motivando a sua equipe e parceiros com o lançamento da linha de Acrílicos SEM CHEIRO. A Suvinil é a única indústria de tintas que possui a linha de tintas acrílicas sem cheiro. Salientando que o desenvolvimento destes produtos não foi repassado para o mercado. custo do 16 A trajetória de sucesso da Suvinil pode ser expressa na sua privilegiada participação no mercado brasileiro de tintas imobiliárias. Ou mesmo por uma pesquisa sobre lembrança de marca realizada, pelo Instituto Datafolha. Pela quinta vez consecutiva, em 2006, a marca mais lembrada no segmento de tintas foi Suvinil, com 39% das respostas. 4 Mix de produtos O mix de produtos Suvinil é formado pelas seguintes tecnologias: Vernizes – VER; Acrílicos - ACR; Esmaltes - ESM; Látex PVA; Complementos; Selfcolor. Que são compostas pelos seguintes produtos: 01-Suvinil Verniz Alta Perf - STAIN - Incolor 02-Suvinil Verniz Alta Perf - STAIN - Cores 03-Suvinil Verniz Filtro Solar Brilhante 04-Suvinil Verniz Filtro Solar Brilh Cores 05-Suvinil Verniz Filtro Solar Fosco VER 06-Suvinil Verniz Tingidor 07-Suvinil Verniz Marítimo Brilhante 08-Suvinil Verniz Marítimo Acetinado 09-Suvinil Verniz Marítimo Fosco 10-Suvinil Verniz Copal 11-Suvinil Seladora Extra para Madeira ACR 01-Suvinil Acrílico Fachada 02-Suvinil Acrílico Fosco Exteriores 17 03-Suvinil Acrílico Semi-Brilho 04-Suvinil Acrílico Toque de Seda 05-Suvinil Acrílico Limpa Fácil 06-Suvinil Acrílico Fosco Premium ACR 07-Suvinil Acrílico Tetos 09-Suvinil Piso 08-Suvinil Tinta para Gesso 10-Suvinil Texturatto Reinassance 11-Suvinil Texturatto Classic 12-Suvinil Texturatto Originalle 13-Selacril 14-Suvinil Massa Acrílica 15-Suvinil Verniz Acrílico 16-Suvinil Fdo Prep - B. Agua 17-Suvinil Selador Acrílico 01-Suvinil Esmalte Brilhante 02-Suvinil Esmalte Brilhante Alumínio 03-Suvinil Esmalte Brilhante Cerâmica 04-Suvinil Esmalte Brilhante Seca Rápido - LANÇAMENTO 05-Suvinil Esmalte Acetinado 06-Suvinil Esmalte Acetinado Seca Rápido - LANÇAMENTO 07-Suvinil Esmalte Fosco ESM 08-Suvinil Esmalte Fosco Verde Escolar 09-Suvinil Esmalte Fosco Grafite 10-Suvinil Tinta a Óleo 11-Suvinil Esmalte Transparente 12-Suvinil Esmalte Epoxi 13-Suvinil Catalisador p/Esmalte e Fundo 14-Suvinil Diluente Epoxi 15-Suvinil Fundo Branco Epoxi 16-Suvinil Fundo Anti-corrosivo 18 01-Suvinil Látex 02-Suvinil Massa Corrida PVA 03-Suvinil Liqui-Base 04-Suvinil Liqui-Brilho 05-Suvinil Corantes Bisnaga 01-Suvinil Aguarrás 02-Suvinil Massa para Madeira COMPLEMENTO 03-Suvinil Fundo Branco Fosco 04-Suvinil Zarcão 05-Suvinil Fundo para Galvanizado Selcolor – são todas as bases para pigmentação das cores e preparação das tintas nos equipamentos tintométricos. 4.1 Pesquisas de mercado A Suvinil constantemente faz pesquisa de mercado e, de acordo com o assunto pesquisado, a mesma podem ser realizada anualmente, semestralmente, mensalmente ou semanalmente. Seguem alguns dos temas que frequentemente são pesquisados: Necessidades do consumidor; Posicionamento da marca; Freqüência de pintura; Cores mais utilizada; Decisão pela cor; Decisão pela marca; Influencia dos especificadores; Shopping de preços. 19 Estas pesquisas auxiliam a equipe Suvinil na toma de decisões e na criação do seu planejamento estratégico. Em Janeiro de 2008, a Suvinil lançou a linha de Acrílicos Sem Cheiro, um produto idealizado com base no resultado das pesquisas de mercado que foram realizadas no Brasil, cujo consumidor informou que o fato que mais o impedia de pintar era o incômodo com o cheiro da tinta. Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular em 2007, a percepção do consumidor é que, ao pintar, o cheiro da tinta permanecia no ambiente durante uma semana, causando desconforto e custos, visto que algumas famílias entendiam que era necessário sair das suas casas até o cheiro da tinta desaparecer. Outra informação extraída da pesquisa é que o consumidor não queria uma tinta perfumada; mas, sim, uma tinta sem cheiro. Outro ponto interessante foi a disponibilidade do consumidor em aceitar que este benefício custasse até 10% a mais do que as tintas com cheiro, logo a linha de Acrílicos Sem Cheiro da Suvinil suportaria um valor de venda maior. 4.2 Aspectos estudados Diante destas pesquisas, a Suvinil, além de lançar a linha de produtos Acrílicos Sem Cheiro, também montou a sua estratégia de comunicação com o mercado, criando uma mídia TV e os matérias de merchandising para os pdv’s, para informar que o incomodo do cheiro já havia acabado; que renovar era fácil, bastava o cliente querer. Também houve uma mudança significativa em relação à litografia das embalagens; que até então, nenhuma empresa do segmento tinha utilizado imagem de pessoas nas suas embalagens, e a Suvinil, entendo a necessidade de estar mais próxima das pessoas personalizou as suas embalagens, colocando fotos de pessoas nas embalagens dos Acrílicos Sem Cheiro. Seguem imagens: 20 Os produtos que fazem parte do sistema de pintura e são classificados como complementos normalmente geram, para o fabricante, uma margem baixa e, em alguns casos, negativa. Os mesmos são vendidos para o varejo que também trabalha estes itens com uma margem baixa. Contudo, o objetivo da indústria e do varejo na venda deste item é o giro e a venda dos produtos denominados como acabamentos. Nos produtos que são classificados como acabamentos, as margens são trabalhadas em um patamar satisfatório, onde se consegue pagar os custos e obter lucro. Contudo, ainda existem os produtos que compõe o tintométrico; nesta linha, estão as bases que fazem mais de 2.000 cores de acordo com o desejo do cliente. É na venda destes itens, cuja percepção de valor do consumidor é maior, que as margens também aumentam e os bons lucros são gerados. 21 Dessa forma, os complementos são os produtos utilizados para compor, preparar e/ou nivelar as superfícies; estes produtos precisam ser cobertos pelas tintas, esmaltes e/ou vernizes. Os acabamentos são as tintas, vernizes e esmaltes, produtos que finalizam o sistema de pintura; estes itens possuem diferentes acabamentos como fosco, brilhante e acetinado. O tintométrico é composto por produtos que também fazem parte dos acabamentos; porém possuem as tintas, esmaltes e vernizes disponibilizados através de um leque com mais de 2.000 opções de cores, onde ao escolher a cor imediatamente a mesma é preparada e vendida ao cliente. Na venda dos complementos não é tão evidente a percepção de valor, o produto é à base da pintura e ainda receberá uma camada tinta com o acabamento, logo nestes itens não deve haver uma grande diferença de preço entre os produtos de primeira e segunda linha, neste caso a garantia do fornecedor e o preço do produto têm muito peso. Já na venda dos acabamentos a percepção de qualidade é muito alta, faz total diferença a aplicação de uma tinta de primeira, segunda ou terceira linha na parede, existe grande diferença relacionada à resistência e qualidade, o desgaste das cores entre uma tinta Premium e econômica é facilmente percebida. Sendo que as tintas preparadas pelo sistema tintométrico que tem disponível uma extensa variedade de cores e apresenta para o consumidor sugestões de combinação de cores e tendências de decoração conseguem um considerável aumento na percepção de valor. Logo a margem utilizada nestes itens normalmente são maiores. 4.3 Posicionamento de preço Para saber como está o seu posicionamento de preço no mercado e caso necessário o alinhar de acordo com a estratégia Suvinil, os consultores de vendas fazem semanalmente uma pesquisa através de shoppings de preços realizados nas praças onde a Suvinil atua ou deseja atuar. São pesquisas 22 realizadas junto às principais revendas de tintas que trabalham ou não com a marca; são pesquisados os preços de venda á vista das tintas dos principais concorrentes da Suvinil. Salientando que cada área pesquisa em média seis lojas de varejo de tintas. Segue modelo: SHOPPING PREÇOS DE Análises Revenda Revenda Revenda Menor 1 2 3 Preço SUVINIL LATEX 136,8 149,84 concorrente 1 Maior Pço x Menor Pço Média 134,9 134,9 149,84 11,10% 140,51 149,9 149,9 149,9 0,00% 149,9 concorrete 2 ACRÍLICO BRILHO Maior Preço Var. Concor -10,00% #NÚM! SEMI 248,9 248,84 concorrente 1 248,9 248,84 248,9 0,00% 248,88 248,9 248,9 248,9 0,00% 248,9 #NÚM! #NÚM! #NÚM! #DIV/0! 209,9 189,8 209,9 10,60% 203,08 194,9 194,9 194,9 0,00% 194,9 #NÚM! #NÚM! #NÚM! #DIV/0! 41 37,8 41 8,50% 39,56 43,9 43,9 43,9 0,00% 43,9 #NÚM! #NÚM! #NÚM! #DIV/0! 74,9 72,4 74,9 3,50% 73,55 72,4 72,4 72,4 0,00% 72,4 #NÚM! #NÚM! #NÚM! concorrete 2 ACRÍLICO FOSCO 189,8 209,54 concorrente 1 concorrete 2 MASSA CORRIDA 37,8 39,87 concorrente 1 concorrete 2 MASSA ACRÍLICA concorrente 1 72,4 73,35 concorrete 2 0,00% -2,60% -13,90% 0,00% #DIV/0! Estes shoppings de preços, além de retratar como estar o posicionamento dos produtos no mercado, também auxiliam a equipe na negociação com o varejo, visto que, no segmento de tintas imobiliárias, o percentual de margem e/ ou mark up aplicado nos produtos são diretamente relacionados com a percepção de valor que o consumidor tem de cada item, sendo que quanto maior for à percepção de valor do consumidor maior é o valor do produto e vice-versa. 23 Segue Simulação com utilização de margem: Complementos – 20%; Acabamentos (sem tintométrico) – 30%; Tintométrico – 40% Para calcular o preço de venda dos produtos, alguns varejistas optam por fazer o calculo através da margem enquanto outros optam para fazer o calculo através do mark up. Salientando que está correta tanto a utilização para o calculo do preço o uso da margem quanto o uso do mark up, o que deve ser considerado é que o percentual utilizado no calculo da margem deve ser diferente do percentual utilizado para o calculo do mark up caso o objetivo seja o mesmo preço de venda. Ambos os cálculos servirão para orientar a formação do preço. Sendo que normalmente os varejistas que adotam o conceito de margem a definem a partir do preço de venda, enquanto que os varejistas que preferem utilizar o mark up calculam o preço de venda a partir do custo do produto. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Depois da Revolução Industrial, o marketing ganhou forças como ferramenta básica de sobrevivência no mercado, de tal maneira que, empresas que são implantadas sem alicerce em pesquisa de mercado, ou gerenciadas de forma aleatória, amargam resultados negativos ou insatisfatórios, chegando, até mesmo no curto prazo, a fechar suas portas. Empresa bem posicionada é superavitária, porque gerencia bem a sua análise estratégica de custos. A Suvinil é uma organização que foca a inovação como um diferencial estratégico, com isso desenvolve desempenhos e a satisfação do cliente. novos produtos visando melhores 24 Como conseqüência desse desempenho organizacional, o valor percebido pelos produtos Suvinil é alto. Dessa forma, em face do crescente nível de informação dos consumidores, devido à globalização, à tecnologia da informação e ao aumento do leque de empresas, torna-se mais difícil o processo de diferenciação de produto/serviço. Assim, para incrementar as vendas com boa margem de lucro, já não se determina mais o preço final, baseando-se apenas no somatório dos custos Necessitam-se de mais informações, além das fornecidas pela contabilidade tradicional, tornando-se imperativo o uso das informações geradas pela Contabilidade Gerencial, para fundamentar e aperfeiçoar o processo decisório de forma eficiente. 6 REFERÊNCIAS Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo. Custo como ferramenta gerencia. São Paulo, Atlas, 1995. DUTRA, René Gomes. Custos. São Paulo: Atlas, 1992; KOTLER, Philip e KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson, 2005. BRUNI, Adriano Leal e FAMÁ, Rubens. Gestão de Custos e formação de preços. São Paulo: Atlas, 2007. LEFTWICH, Richard Henry. O sistema de preços e a alocação de recursos. São Paulo: Pioneira, 1973. URDAN, Flávio Torres e URDAN, André Torres. Gestão do composto de marketing. São Paulo: Atlas, 2006. COBRA, Marcos. Marketing básico. São Paulo: Atlas, 1997. GESTÃO do composto mercadológico. HAIME, Francis e FERREIRA, Giacomelli. Disponível em: http://www.sebraepb.com.br:8080/bte/download/Marketing/255_1_Arquivos_co mposto.pdf. Acesso em: 15/04/2008. 25 INTRODUÇÃO ao marketing para empresa de pequeno porte. BARBOSA, Maria de Fátima Nóbrega. Disponível em: http://www.eumed.net/libros/2006a/mfnb/1p.htm.Acesso em: 15/04/2008. BASF. Disponível em: http://www.basf.com.br/. Acessado em 11/05/2008. GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS: o Estudo de Caso do Grupo Bom. Disponível em: http://www.infinitaweb.com.br/albruni/modelos/custos/Modelo_TipoB_Grupo_Bom.pd f. Acessado em: 12/05/2008.