ROTEIRO HISTÓRIA I. Apesar de Roma ter começado como uma cidade de área não significativa, a nação passou de Monarquia para República, e de República para um dos maiores Impérios de todos os tempos. O que permitiu esse avanço foram as conquistas feitas pelos Romanos ao longo do caminho. Estas incluíam, por exemplo, a Grécia, a Gália (atual França), a Península Ibérica, a Judéia, e o Mediterrâneo como um todo, se expandindo de Portugal até a Síria. Apesar de estar sempre impondo sua cultura por onde passavam, os Romanos foram muito influenciados pelos Gregos, povo que passou adiante sua arquitetura, forma de governo (democracia), eventos públicos (como o teatro), arte (incluindo esculturas e música), a religião politeísta (antes da ascensão do Cristianismo), como muitas outras coisas. Por outro lado, existiam algumas características que tonavam a cultura romana singular: idioma, religião monoteísta após séc. IV. II. Na época da República, a sociedade foi dividida em três classes sociais predominantes. Eram elas: Patrícios: eram a elite de Roma, e também a menor classe. Herdeiros das famílias fundadoras de Roma, eles constituíam a nobreza que não pagava impostos, mas sim recebia. Por conta disso, conflitavam excessivamente com os Plebeus. Plebeus: eram parte da mais numerosa das classes, livres homens que eram responsáveis por pagar impostos ao governo. Porém nem todos os plebeus pertenciam à mesma incidência econômica, uma vez que a classe era constituída por padeiros (ou seja, homens menos influentes), comerciantes, e até treinadores de gladiadores (os plebeus mais influentes). Não tinham participação no Senado, até serem providos de um pequeno espaço no mesmo, onde sua participação continuou sendo minoritária. Escravos: Homens, mulheres e crianças que foram privadas de sua liberdade por conta de guerras ou de endividamento com o governo Romano. Não eram tão numerosos como os plebeus, mas organizaram várias revoltas, a mais famosa sendo a de Spartacus. Os conflitos entre Plebeus e Patrícios apenas cresciam, por conta da grande exploração na qual era exposta a classe da plebe. Para amenizar riscos de perda do poder, os Patrícios organizaram medidas populares que deixariam eles no trono de Roma durante todo um milênio. Algumas medidas populares incluíam: Política do Pão e Circo (Panis et Circenses): Uma das mais famosas medidas populares, existente em algumas nações até hoje, a política do Pão e Circo consistia literalmente na doação de alimentos para a população e na elaboração de espetáculos como corrida de bestas, luta de gladiadores, teatros, et cetera pelo governo Romano. Estes espetáculos aconteciam em arenas construídas também pelo Governo, a mais famosa localizada em Roma até hoje, o Coliseu. Participação política dos Plebeus no Senado: Foi dada aos plebeus uma pequena área nos assentos do Senado, chamada tribuna da Plebe, onde somente os Plebeus mais influentes participavam. Apesar disso, a participação destes ainda era minoritária comparada àquela dos Patrícios. i. O Senado na Roma Antiga era o órgão mais importante, a princípio governado apenas por Patrícios. Permissão do casamento entre Plebeus e Patrícios (III a.C.): O território romano crescia, e junto com ele cresciam o número de plebeus e escravos, porém, por serem só alguns os herdeiros das famílias fundadoras de Roma, o número de Patrícios não cresceu. Isso colocava os Patrícios em estado de medo, pois com um número maior de Plebeus as revoltas também poderiam aumentar. Para evitar tais acontecimentos, os Patrícios legalizaram o casamento entre as classes, porém, novamente, somente os Plebeus mais influentes conseguiam casar, não por conta de leis, mas por conta de interesses, já que uma mulher ou um homem da nobreza não casaria com um simples plebeu. Fim da escravidão por dívidas: O governo Romano precisava de impostos, e portanto não podiam suportar uma queda na quantidade dos plebeus, que eram os principais fornecedores de verba para o governo. Feito isso, se aboliu a escravidão por dívidas, porém o não pagamento de impostos levou a outras punições. Os plebeus que desejavam não pagar impostos foram oferecidos vagas como servos formais dos Patrícios. III. As conquistas políticas conquistadas pelos Plebeus foram principalmente as medidas populares propostas (apresentadas no tópico anterior). Nenhuma medida popular foi realmente revolucionária, como visto que foram feitas pela necessidade de se amenizar o conflito entre Plebeus e Patrícios. IV. A Roma antiga era de grande parte politeísta (aspecto adquirido na troca de culturas com os gregos). Porém, com o nascimento de Cristo e suas primeiras profetizações, a região da Judeia foi dividida entre os que acreditavam em Cristo (os Cristãos), e os que não acreditavam (os Judeus). O problema era que o governo Romano não era flexível, e portanto não aceitou o crescimento de Jesus como um rei. Sua imagem era de desafio ao Imperador, que mandou crucificar Jesus, iniciando uma perseguição em massa aos Cristãos. Apesar de todas as perseguições feitas pelos romanos contra os cristãos, a religião monoteísta foi apenas crescendo, e Roma não pôde conter sua força. Generais, soldados e a população estavam se entregando ao Cristianismo, e a única solução encontrada pelos Romanos foi se juntar à causa. V. Quando foi fundada por Rômulo, herdeiro de Eneias, Roma era apenas uma cidade pequena de regime monárquico. Transformou-se então em uma República, que era uma sociedade escravista e hierarquizada, governada pelos Patrícios. Devido ao aumento de conquistas territoriais e à maior influência do exército, Roma se transformou, a partir de um golpe (golpe fatal dado por Otávio Augusto, que, em 27 a.C. se coroou Imperador de Roma), em um Império, um dos maiores já vistos, que continuou sendo escravista e hierarquizado. Nesse regime, o exército ganhou grande influência, e sua expansão territorial foi se cessando, até o momento em que o número de escravos diminuiu tão drasticamente que a produção agrícola do Império também diminuiu. Tal diminuição no número de escravos também gerou por consequência um êxodo urbano (assunto do tópico VII). VI. O período Republicano romano foi um período no qual os Plebeus obtiveram conquistas políticas propostas pelos Patrícios, onde a maior forma de poder vinha do senado. Foi um período de economia estável. Já o período Imperial romano foi um período marcado pela devastação na economia a partir de um tempo, e também pela maior forma de poder vinda do exército. A mudança na cultura romana também existiu, uma vez que com todas as expansões ficou difícil a comunicação principalmente entre a capital (Roma) e os extremos polos, cuja cultura não era estritamente controlada e portanto sofreu várias mudanças (vestimenta, costumes, entre outros). VII. Como foi visto no tópico V, a excessiva expansão do Império Romano fez com que não se houvesse mais nenhuma área para ser conquistada, e durante um tempo o Império se difundiu na Pax Romana, período de relativa paz, gerada pelas armas e pelo autoritarismo romano, onde ninguém atacava o Império e o Império por falta de vítimas não atacava ninguém. Consequentemente, o número de escravos diminuiu, e com ele a produção agrícola caiu, transformando o Império em uma carestia de alimentos que geraria consigo o êxodo urbano, onde nem todos conseguiam comprar os alimentos com preços altíssimos. Com a morte e a fome, o número de Plebeus também diminuiu, mas não tão drasticamente como o de escravos, e então os impostos pagos pelos Plebeus restantes não supriam a necessidade de Roma. Essa fraqueza socioeconômica de Roma resultou em invasões bárbaras (humos, germânicos, vikings, francos, celtas...) nos séculos seguintes, onde Roma provou de seu próprio veneno (cidades eram saqueadas e a população romana era feita de escravos). Com todos esses fatores em questão, ocorreu, depois de aproximadamente um milênio de existência, a queda do Império Romano. Bárbaros: estrangeiros; não romanos.