3º congresso batista carioca

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cArioca
batista
I N F O R M AT I V O DA C O N V E N Ç Ã O B AT I S TA C A R I O C A - J U L A D E Z D E 2 016
Campanha de
Missões Rio
Com foco em socioeducação, CBC desafio igrejas cariocas
3º CONGRESSO BATISTA CARIOCA
Veja as conclusões sobre as práticas litúrgicas e a autonomia da igreja
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SUMÁRIO
Palavra do Diretor Geral
Palavra do Presidente
Agenda de eventos
Diretoria Reeleita e muita celebração na
112ª Assembleia da CBC
3° Congresso Batista Carioca
Princípios e práticas batistas
Esperança para o Rio que ninguém
quer ver
Impactando vidas no Carnaval
Acampamento de verão 2016 Deus Soberano
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O que rolou na Conferência Atitude 2016
Centenário do Homem Batista
Formação de conselheiros de embaixadores
Lar Batista do Ancião
Ações de fortalecimento denominacional
e vocacional
Dar dinheiro na Igreja
Um reino de esperança
A importância do voluntário em missões
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
Editorial
PALAVRA DO DIRETOR GERAL
PR. NILTON ANTONIO DE SOUZA
Quanto vale a
Convenção Batista Carioca?
S
e a Convenção Batista Carioca deixasse
de existir, ou uma outra organização a
ela semelhante, que falta faria? Qual visão
levou à criação das convenções? Por que
é importante que elas existam? Abaixo,
sugerimos algumas razões, mas, se houverem outras
sob o seu ponto de vista, não deixe de nos enviar
suas considerações!
1º. Faltaria a realização de uma obra cooperativa que seria difícil para as igrejas, maiores e/
ou menores, realizarem sozinhas! O princípio
cooperativo é a “realização de todos no esforço de
cada um”! Isso demonstra amor, altruísmo, gratidão
e desenvolvimento compartilhado. É o mesmo espírito do dízimo: quem tem mais, dá mais; quem tem
menos, dá menos! No fim, todos dão a mesma coisa!
Cada um dá proporcionalmente ao que tem!
2º. Faltaria a demonstração de corações agradecidos pela operação de Deus na edificação de
cada uma das igrejas. De um modo geral, nenhuma
igreja nasceu por si só e nem nasceu grande. Houve
amor, oração, visão ou dependência de outra ou
mais igrejas que participaram no processo de sua
organização, formando líderes, cedendo membros,
contribuindo com recursos financeiros e dando uma
identidade. Algumas igrejas estão em propriedades
tão valiosas que já fariam bastante se cooperassem,
pelo menos, com o valor do aluguel de suas instalações!
3º. Faltaria a organização de várias igrejas que
foram frutos diretos das contribuições para o
Plano Cooperativo e ofertas missionárias, e frutos indiretos do Plano Cooperativo na formação
teológica, na educação cristã, na aquisição de propriedades estratégicas e no despertamento missionário promovido, tão eficientemente, pela União
Feminina Missionária Batista do Brasil e pela União
de Homens Batistas do Brasil!
4º. Faltaria a possibilidade de igrejas mais ricas
e maiores receberem até centenas de membros
de igrejas menores e de menos recursos, que
oraram, trabalharam e colheram frutos que ago-
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
Omissão é um grande pecado. É quando
percebemos a necessidade de agir, mas não nos
comprometemos com aquilo que acreditamos.
Ninguém de fato é obrigado a ser cristão, mas, ao
assumir este posicionamento, está vinculado ao
compromisso de ser a esperança da glória de Cristo às pessoas ao redor.
ra vão se multiplicar e contribuir para suas atuais
igrejas que pouco ou nada fizeram para que esses
membros chegassem até lá! Por causa da sua identidade e origem, apenas se apresentam para se
tornarem membros. Além disso, irmãos que se converteram em comunidades ou em pequenas cidades
recebem uma nova visão para a vida. Por causa do
Evangelho abandonam os vícios, estudam, passam
a ganhar mais e vão residir em cidades grandes ou
bairros ricos, onde vão somar em igrejas com mais
recursos em todos os sentidos!
A capa do Batista Carioca traz luz à campanha de
5º. Faltaria aos crentes a permanência numa
doutrina que lhes conduziu a Cristo e os levou
a uma convicção de fé, a mais fiel, segundo as
Escrituras. Nada melhor, para quem luta na obra
de Deus, saber que os frutos do seu trabalho permanecem fiéis a Cristo e em constante reprodução,
dentro de uma mesma família de fé, mesmo com as
inevitáveis diferenças de liturgias e metodologias
eclesiásticas e/ou mudando de endereços residenciais!
contribuir com o processo de ressocialização dos
6º. Faltaria uma identidade histórica que mantém
as fileiras batistas, cujo nome - precioso, tradicional e honrado que é - continua a nominar grupos
dissidentes de nossas doutrinas, muitas vezes por
fenômenos mais antropológicos que teológicos.
ralelamente a esta operação, outros jovens eram
7º. Faltaria a existência de uma denominação,
quase que ímpar, mantida pelo amor e pela
cooperação. Este é ainda um milagre batista que
caracteriza a Convenção Batista Brasileira. Praticamente todas as demais denominações evangélicas
vivem pela força alicerçada nos compromissos assumidos pelas igrejas e as lideranças que as compõem.
Além de notícias sobre os principais acontecimen-
A existência de uma Convenção depende unicamente das contribuições das igrejas a ela associadas
através do Plano Cooperativo. Esse Plano é muito
mais que um compromisso assumido. É um não ao
egoísmo! Não deveria ser o amor a Deus, o amor aos
perdidos, a expansão da sua obra e o crescimento do seu Reino, o nosso maior documento? Pense
nisso e decida participar!
unção com óleo e autonomia eclesiástica.
Missões Rio, que se iniciou em junho e segue até
o final de agosto. Como ênfase, o departamento
missionário da CBC apresenta o desafio de levar a
glória de Cristo aos adolescentes em conflito com
a lei. Meninos e meninas sem perspectiva e que
cumprem medidas socioeducativas em unidades
do Rio. É um trabalho difícil, mas recompensador.
Leia a matéria e saiba que você também pode ajudar, seja ofertando, orando ou se voluntariando
para o desenvolvimento de atividades que possam
internos.
Definitivamente, juventude batista e omissão não
combinam. No verão desse ano, mais de 300
jovens impactaram o Carnaval carioca em mais
um movimento missionário que alcançou foliões
nos arredores do sambódromo. Como resultado,
cerca de 470 pessoas tomaram decisão por Cristo e estão sendo inseridas em igrejas batistas. Paedificados no Acampamento da Juventude Batista
Carioca. Contamos um pouco sobre cada ação em
nossa seção Especial.
tos da Convenção Batista Carioca, este informativo
reservou um espaço importante para a publicação
do documento resultante do 3º Congresso Batista Carioca – Princípios e Práticas Batistas. Vale a
pena conferir e, se for o caso, utilizá-lo como guia
denominacional para temas como dons de língua,
Boa leitura,
Tiago Monteiro
Coord. de Comunicação e Marketing da CBC
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expediente
PALAVRA DO PRESIDENTE
PR. DEJALMIR DA CUNHA WALDHELM
Órgão oficial de informação da
Convenção Batista Carioca
Presidente
Pr. Dejalmir da Cunha Waldhelm
AMADOS BATISTAS CARIOCAS!
Vice-presidentes
“Aos quais quis Deus fazer conhecer quais são as riquezas da
glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória.”
Pr. João Luiz Sá Melo
Nancy Gonçalves Dusilek
Pr. Nelson Taylor Filho
Secretários
Colossenses 1.27
Pr. David Curty
Lucia Helena da Silva
Ilazy Ildefonso de Oliveira
Diretor Geral
Pr. Nilton Antonio de Souza
Jornalista Responsável
Tiago Pinheiro Monteiro - MTB 29.755/RJ
Diagramador
Leone L. C. Ferreira
Impressão
Gráfica POSIGRAF
Utilize as informações abaixo para
enviar sugestões de pauta
Rua Senador Furtado, 12 - Maracanã
20270-020 - Rio de Janeiro (RJ)
E-mail: [email protected]
As matérias assinadas são de responsabilidade
de seus autores e não representam,
necessariamente, a opinião da
Convenção Batista Carioca.
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eus quer fazer conhecer as riquezas
da glória, da esperança da glória, que
é Cristo em nós!
campanha, possibilitando o avanço desta
obra em outras frentes missionárias em nossa
cidade!
Não podemos nos acomodar em
nossos guetos, entre as paredes de nossos
templos! Precisamos sair e fazer com que isto
seja notório em nossa cidade! Qual tem sido seu
papel neste desejo de Deus?
Em nossa igreja, em Bonsucesso, tratamos
Missões Rio com o mesmo valor e importância
que as outras duas campanhas missionárias.
Levantamos o nosso alvo missionário num só
momento do ano, e do mesmo é destinado
um terço para cada organização. Entendemos
que a obra missionária na cidade do Rio é tão
importante quanto à obra no Brasil e no mundo!
Além de ir e somar esforços aos missionários e
voluntários de Missões Rio, você também será
imprescindível na mobilização da campanha de
Missões Rio em sua igreja, conscientizando o
povo de Deus sobre a importância do trabalho
missionário batista carioca nos presídios do
Rio; nos hospitais; nas escolas; nos portos; nas
instituições socioeducativas (DEGASE); com
os imigrantes hispânicos em nossa cidade; na
prevenção da dependência química; no consolo aos enlutados! Muitas são as frentes de
trabalho e poucos batistas cariocas têm noção
do nosso grande avanço missionário. Esta
é a razão de divulgarmos ao maior número
possível de irmãos de nossas igrejas! Isto tocará
em seus corações e poderão contribuir para esta
Além disso, não se esqueça de que, através do
Plano Cooperativo, sua igreja também investe
no sustento, capacitação e suporte desta obra
missionária! Ele é de extrema importância para
manter a obra batista carioca! Incentive sua
igreja a ser cooperante!
Que o Senhor nos use cada vez mais, e assim,
a esperança da glória chegará em cada coração
carioca para a honra e glória do nome de nosso
Deus!
Forte abraço deste servo.
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
AGENDA DE EVENTOS
ENVIE A PROGRAMAÇÃO DE SUA IGREJA
JULHO - MÊS DE MISSÕES RIO
NOVEMBRO - MÊS DA EDUCAÇÃO TEOLÓGICA
02 Feriado (Dia de Finados) – Evangelização nos Cemitérios – UMMBC
03-06 Congresso da Família Pastoral – São Lourenço -MG
04-06 Acampadentro ABC
07 Dia Batista de Oração Mundial – 1ª segunda-feira do mês
12 Tempo de Paz - JBC
13 Dia do Diácono Batista – 2º domingo
15 Feriado (Proclamação da República)
20 Dia da Educação Teológica – 3º domingo do mês
27 Dia do Ministro de Música Batista – 4º domingo do mês
24 Dia Nacional de Ação de Graças – última 5ª feira do mês
03 Dia da Paz na Cidade do Rio de Janeiro
08 - 09 Ação Rio 2016 - PIB Campo Grande
16 Copa da ABC
16-31 Trans Acre
17 Dia do Jornal Batista – 3º domingo do mês
17 Culto do Amigo
23 Copa da ABC
30 Copa da JBC
30 Copa da ABC
30-31 Treinamento – Liderança Eclesiástica - DEPAS
AGOSTO - MÊS DA JUVENTUDE E DOS ADOLESCENTES
DEZEMBRO – MÊS DA BÍBLIA
05-21 Olimpíadas no Rio de Janeiro
06 Reunião da Associação dos Educadores – AERCBC
07 Dia do Adolescente Batista – 1º domingo do mês
09 Reunião do Conselho da CBC
13 Congressos das Jovens Cristãs em Ação (CONJOCA) - UFMBC
14 Dia dos Pais – 2º domingo do mês
21 Dia do Jovem Batista – 3º domingo do mês
27 Reunião da OPBB Carioca – PIB Vila da Penha
03 Reunião da Associação dos Educadores – AERCBC
03 Confraternização da Família Pastoral – Colégio Batista Shepard
03 Celebração Teen 2016
10 Dia do Voluntário – Missões Rio
11 Dia da Bíblia – 2º domingo do mês
13 Reunião do Conselho da CBC
25 Natal
31 Vigília
SETEMBRO - MÊS DE MISSÕES NACIONAIS
02-04 Retiro dos Filhos de Pastores
07 Feriado (Independência do Brasil)
07-18 Paraolimpíadas 2016 – Rio de Janeiro
10 Dia do Início do trabalho Batista no Brasil em Santa Barbara d’Oeste, SP
11 Dia de Missões Nacionais – 2º domingo do mês
17 40º Congresso das Mensageiras do Rei Carioca
OUTUBRO - MÊS DE AÇÃO SOCIAL
01 Reunião da Associação dos Educadores – AERCBC
01 93º Aniversário da JBC
02 Dia Batista de Ação Social – 1º domingo do mês
08 Projeto 18/21 anos - JBC
09 Dia Batista de Evangelismo Pessoal
09 Dia da Criança Batista – 2º domingo do mês
11-14 Congresso Multiplique - JMN – Aracruz – Espírito Santo
12 Feriado nacional
12 Festa na Cidade Batista – JAS
14 Vigília Missionária – Missões Rio
15 Dia Batista do Brasil e Dia do Professor
16 Dia do Educador Religioso
16 Dia do Filho do Pastor
18 Reunião do Conselho da CBC
23 Dia do Plano Cooperativo – 4º domingo do mês
25-27 Reunião do Conselho da CBB
29 Reunião da OPBB Carioca – IB Bom Retiro
29-30 Treinamento “ O diácono e a Igreja de Cristo” - DEPAS
31 Dia da Reforma Protestante
A publicação das programações estarão sujeitas à disponibilidade de espaço editorial.
Envie as informações de seu evento para o e-mail [email protected]
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
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GERAIS
Diretoria Reeleita e muita celebração
na 112ª Assembleia da CBC
Diretoria é reeleita em momento ímpar na história da CBC
A
linhamento das ações estratégicas da Convenção Batista Carioca e celebração pelas
bênçãos concedidas por Deus à
denominação. Foi nesse contexto que a liderança carioca se reuniu, nos dias
10 a 13 de maio, para mais uma Assembleia
anual que, dentre outras definições, teve por
objetivo a eleição de sua diretoria.
Cerca de 130 igrejas foram representadas na
112ª Assembleia da CBC. Aprovaram relatórios, ponderaram ações e, de maneira especial,
foram responsáveis pela reeleição histórica
de seus líderes. A decisão, proposta e aprovada pela plenária, foi influenciada pela excelência da gestão no último ano. Portanto, a lista
de nomes permaneceu:
Presidente: Pr. Dejalmir da Cunha Waldhelm –
IB Central em Bonsucesso
1º Vice-presidente: Pr. João Luiz Sá Melo – PIB
Vila da Penha
2° Vice-presidente: Nancy Gonçalves Dusilek –
IB. Igreja Batista Itacuruçá
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3° Vice-presidente: Pr. Nelson Taylor Filho – IBE
do Engenho Novo
1° Secretário: Pr. David Curty – IB Suburbana
2ª Secretária: Lucia Helena da Silva – PIB. Copacabana
3ª Secretária: Ilazy Ildefonso de Oliveira – PIB
do Rio de Janeiro
Sobre o momento ímpar da reeleição, o Pr.
Dejalmir declarou: “Não me lembro disso já
ter acontecido na história da Convenção Batista Carioca. Então louvo a Deus pela confiança dos irmãos. Tenho aprendido a crescer
com essa equipe maravilhosa. É uma das
melhores diretorias com as quais eu trabalhei
até hoje. Louvo a Deus por isso e sinto que
Ele está confirmando o que temos feito”. O
vice-presidente, Pr. João Luiz Sá Melo, também comentou sobre o assunto e mostrou
sua gratidão pelo que tem aprendido ao lado
de irmãos tão comprometidos com a obra de
Deus. “Estar com esses irmãos aqui tem sido
um tempo de muito aprendizado. Nossas reuniões têm sido leves, com muito respeito e
alegria. Sempre tive muito receio de aceitar
qualquer tipo de cargo na Convenção, mas
tenho tranquilidade de falar que tem sido um
tempo de muita benção na minha vida”.
A 112ª Assembleia contou com a presença
de personagens importantes, tais como o
secretário executivo da Convenção Batista
Brasileira, Pr. Sócrates Oliveira de Souza; o
gerente de missões da Convenção Batista
Mineira, Pr. Vanuir Torres, que agradeceu o
envio de caravanas cariocas para a assistência aos desabrigados de Barra Longa; o diretor
executivo de Missões Nacionais, Pr. Fernando
Brandão; o representante de Missões Mundiais, Pr. Antonio Galvão; e o deputado federal
Arolde de Oliveira. Destaque também para os
solistas e grupos musicais que abrilhantaram
as noites de celebração, tais como os jovens
da IB Rio da Prata e o Coral Feminino da Associação Oeste Carioca. Como pregadores,
foram convidados os pastores Luiz Sayão e
Walter Jr, que ministraram aos convencionais
palavras de edificação.
Pr. Sócrates, representando a Convenção
Batista Brasileira, agradeceu a participação
dos cariocas no avanço do evangelho e resbatistacarioca | Convenção Batista Carioca
GERAIS
saltou a importância da participação de todos
nas ações missionárias que acontecerão no
período das Olimpíadas: “A nossa gratidão a
essa convenção por sua participação efetiva,
não apenas em aspectos financeiros de contribuição, mas em envio de obreiros que têm
ajudado definitivamente as ações da CBB.
Entendemos que somos transformados pelo
poder do reino e queremos que todos da cidade do Rio de Janeiro sejam transformados
também. Estamos diante de um grande desafio: as Olimpíadas, e precisamos alcançar muitas pessoas.”
Noite missionária
Como de costume, a campanha de Missões
Rio teve seu pontapé inicial com a noite missionária na Assembleia da CBC. “Cristo em
mim, esperança para o Rio” traz o desafio financeiro de 800 mil reais, mas o departamento missionário necessita também de muitos
voluntários para alcançar a meta de levar o
evangelho às unidades do Departamento
Geral de Ações Socioeducativas (Degase).
Anile Bastos, representando o Degase Rio, falou sobre a importância da parceria fechada
com a CBC para que as unidades do estado
recebam capelães evangélicos com projetos
voltados para esporte, cultura e lazer.
“São 27 unidades que atendem medidas socioeducativas no Estado. Esses jovens estão
ali porque não apenas não souberam fazer
escolhas, mas porque não tiveram escolhas
a serem feitas; porque em muitos momentos
o poder público falhou, não tiveram quem
estendesse a mão. Já vi muitos jovens serem
mudados porque temos parceiros, mas vi
também serem transformados porque temos
parceiros como a CBC, que levam o evangelho.
Podemos mudar o futuro de alguém, mas só
Jesus transforma”, disse Anile, desafiando às
igrejas a continuarem investindo em missões
urbanas.
O departamento de missões também apresen-
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
Jasc apresenta frutos do trabalho de esporte e cultura com crianças
tou seus novos missionários. Juan Gonçalves
e Cristina Sant’Ana atuarão na capelania socioeducativa; Amariz Braz soma ao corpo de
capelães que assistem enlutados; e Laércio
Oliveira entra agora como missionário efetivo
aos encarcerados.
Ação Social
Legenda: Jasc apresenta frutos do trabalho de
esporte e cultura com crianças
A Junta de Ação Social carioca teve uma importante participação na programação, levando
à plenária crianças e idosos assistidos pelas
ofertas das igrejas cariocas. O diretor executivo, Pr. Everton William, lembrou o crescimento
das ações da Jasc e mostrou a visão da instituição em trabalhar em parceria. “A Jasc era
apenas o Lar Batista do Ancião. Hoje é também esporte e cultura, oferece cursos de capacitação em situações emergenciais, tem
a Madrugada do Carinho, a Casa de Lázaro
com a PIB de Campo Grande... Nosso desejo
é ajudar as igrejas para que elas implantem
seus trabalhos e prossigam gerenciando estes
projetos na nossa cidade”, disse Everton. Sobre a visibilidade da Jasc, que poderia ser uma
preocupação para alguns, ele concluiu: “Eu e
minha equipe não nos preocupamos em colocar o selo da Jasc em todos os lugares, mas nos
preocupamos com a implantação do Reino na
cidade”.
80 anos
A Igreja Batista Itacuruçá, igreja que hospedou a Assembleia da CBC, realizou, na noite do
dia 12, um momento especial de celebração e
gratidão a Deus por seu jubileu de carvalho. O
momento – de louvor e reflexão da Palavra - foi
conduzido pelo pastor da igreja, Israel Belo de
Azevedo. Ao fundo, a talentosa orquestra da
igreja apresentava um repertório especial de
clássicos da música cristã.
Em outra ocasião, a igreja, bem como o pastor
Israel, receberam da CBC placas de homenagem pela excelente recepção. A organizada estrutura abençoou os convencionais e favoreceu o bom andamento de toda a programação.
A estes irmãos, nossas mais sinceras palavras
de gratidão e louvor a Deus por suas vidas.
7
GERAIS
Para o Dr. Irland, muito do que se vê hoje são línguas
ensinadas e treinadas
3° Congresso Batista Carioca – princípios e práticas batistas
O
Congresso Batista Carioca já virou
tradição entre os líderes das igrejas do município do Rio de Janeiro.
O evento, que trata de questões
de ordem doutrinária, veio para
orientar membros sobre alguns costumes que
estão ganhando espaço nos arraiais batistas e
que estão fora daquilo que é a compreensão
bíblica da denominação. Nos dias 18 e 19 de
março, a terceira edição do Congresso trouxe
os pastores Dr. Irland Pereira de Azevedo e
Josué Melo Salgado para tratarem dos temas
Dom de Línguas, Unção com Óleo, Apostolado, Autonomia da Igreja e Cooperação. A programação aconteceu na Igreja Batista Barão
da Taquara, contando com a presença de vários líderes de igrejas do Rio.
O Congresso teve início na sexta-feira à tarde,
com um momento de louvor, com o apoio de
músicos da igreja e da Associação dos Músicos
Batistas Cariocas. Em seguida, o Pr. Irland tomou a palavra para dar início à preleção sobre
os temas mais polêmicos do evento. Partindo
da análise profunda de textos bíblicos, e do
significado grego de palavras que são chaves
para uma compreensão sadia das escrituras,
ele explicou os motivos pelos quais não se costuma adotar as práticas do Dom de Línguas,
Unção com Óleo e Apostolado (como titularidade).
Dom de línguas, Unção com Óleo
e Profecias
“A língua estranha existiu primeiro em Atos
2, em cumprimento da profecia de Joel. Em
pentecostes estavam milhares de pessoas em
8
Jerusalém e a multidão veio ao encontro deles e cada um ouvia as obras de Deus em sua
própria língua. Foram línguas estrangeiras. Já
em outras ocasiões, em Éfeso, em Cesareia…
falaram línguas estranhas, inteligíveis. Porque
os judeus entendiam que a promessa era
apenas para eles, mas a promessa alcançou
também aos gentios. E lá estava a prova. O
próprio Pedro ficou impressionado. Aí foram
línguas estranhas para provar que o Espírito
era para todos. Não há uma elite espiritual. Os
dons da graça são para todos os que crêem.
Na igreja que mais deu trabalho à Paulo, a igreja de Corinto, a recomendação era um ou dois
falando, desde que houvesse intérprete.”, explicou o Pr. Irland.
delas era o de separação de alguém para o
ofício sagrado. Já no contexto do Novo Testamento, a prática aparece em Tiago, sendo analisada por alguns como óleo medicinal ou simplesmente um aditivo simbólico à fé, mas com
ênfase à oração fervorosa. “Na verdade, Tiago
ressalta que a oração de fé salvará. Não a unção. Aí a unção é símbolo ou uso terapêutico.
Portanto não vejo nas minhas pesquisas feitas
ao longo de 56 anos de ministério nenhuma
base bíblica à unção de pessoas como fator de cura”, explicou Pr. Irland. “Em algumas
situações dá-se mais valor ao símbolo do que
à realidade. Se eu quero que alguém seja tocado pelo Espírito, comunique a Palavra e ore
sobre ela”, completou.
Para o pastor, o que há hoje em muitas igrejas
é uma língua ensinada, treinada e que nada
tem a ver com aquilo que se via na Bíblia. Além
disso, ele ressalta que este dom, ainda que
genuíno, é solitário e de edificação própria.
Portanto, deve ser exercido sabiamente e de
maneira particular. Pr. Irland disse também
que nunca viu uma pessoa com dom de intérprete de línguas estranhas e a falta dessa pessoa na comunidade já pode ser um indicador
de que esse dom não deve ser exercido diante
da igreja.
Apostolado
Citando as profecias, Pr. Irland afirmou que
hoje os profetas não declaram algo novo da
parte de Deus, mas iluminam aquilo que está
na Palavra para uma melhor compreensão da
igreja. “Quando um crente vem a mim dizendo
que Deus falou, eu pergunto onde Ele falou.
Mostre-me na Bíblia porque se não bater com
a Bíblia, Ele não falou”.
Quanto à Unção com Óleo, o pastor lembra
que há vários significados de unção e uma
O apostolado também foi assunto discutido
na mensagem do pastor Irland. Defendendo
o posicionamento batista, ele afirmou que ser
apóstolo não tem a ver com títulos, com um
fundador de uma denominação. “Isso é uma
usurpação do ofício apostólico”, declarou ele.
Citando a palavra grega apostellein , que significa “aquele que é enviado”, Irland explicou
que apóstolo faz referência ao ofício missionário.
Autonomia e Cooperação
Falando sobre a Autonomia da Igreja e a Cooperação, o pastor Josué Melo Salgado, 2°
vice-presidente da CBB, ressaltou que essa independência está firmada no Novo Testamento. “Infelizmente é o nosso bem e o nosso mal,
pois traz perigos. Mas é o que somos porque
somos bíblicos. Não podemos duvidar que
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
GERAIS
a soberania de Deus é retraída pelo arbítrio,
mas com todos os riscos Deus cede essa liberdade”.
Segundo Pr. Salgado, não podemos correr o
perigo da autonomia absolutista, aquela que
deixa de lado a responsabilidade que temos
com o Reino e com as alianças que nos originaram como igreja. “Esse princípio do eu faço
o que quero e não devo nada a ninguém… no
Novo Testamento vemos Paulo e Barnabé líderes, mas mantendo a cultura da prestação
de contas diante da igreja”.
Após abordagem de outras questões, Pr.
Salgado conclui dizendo que o governo da
Igreja é o governo de Cristo, apesar de muitos
insistirem em dizer que suas assembleias são
soberanas. “Mas ela não pode ser soberana se
segue a Cristo e o tem como seu Senhor”.
Grupos de discussão
como objetivo o aprofundamento dos assuntos apresentados e a formulação de propostas
que possam fortalecer a identidade denominacional, servindo de base para a postura
doutrinária das igrejas batistas da cidade do
Rio de Janeiro. Estes documentos serão catalogados e apresentados à Convenção Batista
Brasileira, que analisará as propostas através
de um Grupo de Trabalho específico.
Além das palestras, o Congresso Batista Carioca organizou grupos de discussão que tiveram
CONCLUSÕES DOS CONGRESSOS DE PRINCÍPIOS E PRÁTICAS BATISTAS
QUANTO A PRÁTICAS LITÚRGICAS E AUTONOMIA DA IGREJA
As conclusões e encaminhamentos abaixo
resultam de Congressos de Identidade
Batista ocorridos na Segunda Igreja Batista
do Rio de Janeiro, em 2014, na Primeira Igreja
Batista de Madureira, em 2015, e na Igreja Batista de Barão da Taquara, em 2016, abordando os seguintes temas: modelos eclesiásticos,
liturgia do culto, dom de línguas, função apostólica, autonomia da igreja, unção com óleo,
ministério como projeto de
Deus e ética no relacionamento entre igrejas.
Na Assembleia da CBC de 2015 foi aprovada
a realização de um fórum de debates a partir das conclusões dos congressos anteriores
no propósito de ser elaborado um documento
com o posicionamento oficial da CBC sobre os
temas abordados, fundamentando bases para
o acompanhamento das igrejas.
Tal fórum foi realizado no último Congresso,
ocorrido em março do corrente ano, com as
conclusões e encaminhamentos que seguem
abaixo.
Dividimos esses subtemas em dois temas principais:
I. PRÁTICAS LITÚRGICAS
1. Dom de línguas
1.1 Há duas posturas a respeito do fenômeno
do dom de línguas como registrado no Novo
Testamento.
a) não se trata de outros idiomas em que é
possível compreender sem conhecê-los, como
acontece em Atos 2, mas de uma fala extáti-
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
ca sem correspondência idiomática terrena
— tema da abordagem paulina no capítulo 14
de 1 Coríntios. Nesse caso, trata-se de uma
experiência de cunho pessoal e não comunitário, isto é, que não pode ser imposto para
a coletividade eclesiástica como comprovação
de espiritualidade ou, tal qual se oficializou
na declaração doutrinária da Assembleia de
Deus, por exemplo, de marca distintiva da
presença do Espírito Santo na vida do crente
numa experiência posterior à conversão
(popularmente chamada de batismo no Espírito Santo).
b) não se trata de línguas angelicais ou sem
correspondência idiomática terrena, de línguas humanas, já que o próprio Paulo, como
poliglota, declara que ele mesmo falava mais
línguas que os seus ouvintes. O registro em 1
Coríntios 14 não descreve uma autêntica ação
do Espírito Santo para levar cristãos a falarem
línguas estranhas, já que, na opinião expressa
por Paulo, essas falas não eram compreendidas pelos demais e só podiam ser levados a
sério se fossem acompanhadas de interpretação.
1.2 Ao tratar de línguas estranhas no culto
coletivo em 1 Coríntios 14, o apóstolo Paulo
deixa claro que havia uma grande confusão
na maneira como os cristãos em Corinto se
portavam. Por isso, ao longo do capítulo, estabelece diversas ações disciplinadoras para a
fala de línguas nos cultos, como a necessidade
de interpretação, o número limite de quantas
pessoas deveriam se manifestar e o critério de
edificação para julgar a necessidade daquelas
intervenções.
1.3 De qualquer forma, tratando-se de idiomas terrenos ou não, o dom de línguas — pelo
ensino do contexto neotestamentário — não
pode ser considerado como um dom central
e indispensável, mas de transitoriedade, no
sentido de que não possui caráter de obrigatoriedade na experiência geral do cristão (até
porque é uma experiência suscetível a manipulações emocionais e de fácil apropriação
mimética no grupo social que a considera fator
de aceitação na comunidade). Centralidade e
indispensabilidade, como Paulo observa em 1
Coríntios 13.1-13 e em Romanos 129-27, é uma
categoria do dom do amor, este sim imposto
como necessário à igreja para manter sua unidade e comunhão.
1.4 Entendemos que não são os dons que
demonstram o caráter do cristão — até
porque não são critérios definitivos para
atestar a comunhão de alguém com o Senhor,
conforme as próprias palavras de Jesus em
Mateus 7.21-23 — e sim as virtudes do fruto
do Espírito (Gálatas 5.22-25).
1.5 Entendemos, enfim, a necessidade de
cuidado pastoral aos irmãos provenientes de
igrejas com tais práticas para que as verdadeiras ênfases do Novo Testamento, no que tange
aos dons e, em especial, ao dom de línguas, sejam compreendidas. Convém que os pastores
conduzam estudos exegéticos de 1 Corintios
14 para o aprofundamento e compreensão do
fenômeno e, ao mesmo tempo, evitar equívocos a respeito do tema.
2. Ministério apostólico
2.1 Entendemos que a palavra apóstolo —
como função na igreja — refere-se inicialmente
aos doze separados por Jesus e a Paulo — que
cumpriu em seu chamado as duas condições
9
GERAIS
essenciais para exercer o ministério apostólico: ter acompanhado Jesus em seu ministério
na terra e ser testemunha da ressurreição
(Mateus 10.2-4; Atos 1.21-22).
2.2 Como a palavra grega apóstolo se refere,
etimologicamente, a alguém comissionado ou
enviado para o cumprimento de uma missão,
podemos entender que, na igreja de Cristo,
temos todos uma condição apostólica, pois
somos todos testemunhas de Jesus para fazer
discípulos.
gélicos, de forma mística ou mágica, ou para
que o costume seja imposto como algo fundamental, quase sacramental, para viabilizar a
ação divina.
2.3 Portanto, em termos de função apostólica
— como um ministério específico no contexto
eclesiástico — houve apóstolos separados diretamente por Jesus para exercerem o papel
de fundamentar as bases da igreja no período
inicial (Efésios 2.20). Em termos de condição
apostólica — como responsáveis por cumprir
a missão da igreja de fazer novos discípulos
e testemunhar acerca do evangelho — cada
crente é um apóstolo, ou seja, um vocacionado
ou comissionado por Jesus.
2. As igrejas locais devem avaliar com esmero o conhecimento doutrinário daqueles
que procedem de outras denominações e
encaminhá-los a uma orientação específica
para evitar que sigam caminhos doutrinários
diferentes em nossas próprias comunidades
de fé. Entendemos que a chegada de membros de outras denominações, quando não
devidamente doutrinados, acabam por influenciar o perfil doutrinário dos demais membros das igrejas locais.
3. Unção com óleo
3. Os púlpitos e as classes de EBD devem
ser continuamente usados para doutrinar os
membros das igrejas, em especial no que se
refere a esses temas acima abordados.
3.1 Entendemos que a unção com óleo era
um costume judaico, conforme narrativas do
Antigo Testamento, para representar a consagração de pessoas a Deus ou a uma determinada função, como no caso de sacerdotes
(Êxodo 30.30; Levítico 8.12), reis (1 Samuel
10.1, 16.13; 1 Reis 1.39) e profetas (1 Reis 19.16).
Tanto que a palavra hebraica messias significa
ungido.
3.2 No Novo Testamento, além de ser material de preparo para o embalsamento do corpo (Marcos 14.8; Lucas 23.56) e símbolo de
honraria a um visitante ilustre (Lucas 7.38,46,
nesse caso foi utilizado um perfume), a unção possuía caráter terapêutico (Marcos 6.13;
Tiago 5.14), no sentido de que a aplicação do
unguento (aleiphos, no grego) refere-se a um
processo usado na época para medicação
e cura de um enfermo. A ênfase na oração
é uma expectativa de que o tratamento fosse abençoado por Deus para dar resultados
positivos.
3.3 Mesmo considerando, como no caso das
opiniões divergentes, que a unção não tivesse
vínculo com uso terapêutico, fica claro nos textos que não há poder no ato em si, ou no óleo
aplicado, mas na ação poderosa de Deus em
resposta à oração confiante. Não há, portanto, qualquer razão para que a unção com óleo
seja tratada, como em alguns ambientes evan-
10
RECOMENDAÇÕES GERAIS:
1. Os concílios de ordenação devem ressaltar
a importância do conhecimento das doutrinas
e princípios batistas na análise de competência do candidato ao pastorado.
II. AUTONOMIA E COOPERAÇÃO
1. Autonomia
O princípio da autonomia das igrejas nasce —
como outros três princípios defendidos pelos
batistas: a autonomia do indivíduo, a liberdade
religiosa e a separação entre igreja e Estado
— na Inglaterra, no contexto das fortes influências do individualismo e da liberdade de
consciência ao correr do século XVII.
A ideia fundamental da autonomia da igreja local é a defesa contra a formação de uma igreja
estatal que tivesse ingerência direta na vida
dos cidadãos ou de um controle eclesiástico
centralizador, como era na época a Igreja Anglicana em face dos movimentos puritanos e
separatistas em solo inglês.
Daí porque os batistas passaram a prezar tanto o conceito de autonomia da igreja local, uma
vez que tanto padeceram com as perseguições
católica e anglicana na gênese da sua existência institucional.
O princípio da autonomia da igreja local é uma
defesa contra a ingerência de outras igrejas ou
mesmo de órgãos denominacionais em seus
assuntos internos.
A questão a ser debatida para convergências é
se a autonomia de uma igreja, em termos administrativos e eclesiásticos, também se refere
à sua autonomia doutrinária.
Se não, a questão seguinte é até que ponto,
e sob que critérios reguladores, associações,
convenções e ordens de pastores podem interferir no acompanhamento e controle dos
desvios doutrinários de uma igreja.
2. Cooperação
No tocante à ética no relacionamento entre as
igrejas e à questão da cooperação denominacional, algumas posturas são indispensáveis:
— solidariedade nos momentos de crise ou dificuldade;
— respeito às diferenças de costumes
que não distorçam fundamentos bíblicos ou
doutrinários;
— parceria em projetos de evangelização e missões, ou de ação social, quando
os resultados da atuação coletiva podem ser
maiores do que em atividades isoladas;
— convívio harmonioso das igrejas a partir do convívio harmonioso entre os
pastores (assim como as religiões não podem
pedir paz entre as nações se não souberem
viver em paz entre si, os pastores e líderes não
podem esperar convívio harmonioso entre as
igrejas se não cultivarem convívio harmonioso
entre si);
— esforços para evitar a mentalidade
e o ambiente da concorrência ou da competição, a partir da consciência de que cada
igreja possui características e qualidades
distintas e peculiares, em áreas de atuação
também peculiares e distintas, tal qual se dá
também em ministérios pastorais e lideranças
com ênfases que reflitam a singularidade de
cada líder e pastor;
— transformação das pretensões de
cooperação em atos concretos, a partir da
cooperação financeira para fins comuns, considerando que a participação consciente e
voluntária resulta de planejamentos relevantes e consistentes, sob lideranças lúcidas e coerentes em estruturas organizacionais modernas e eficazes nas instituições
denominacionais.
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
“Eu Oro Para Que
Eles Sejam Um...”
Uma simples oração feita por ninguém menos
que o próprio Jesus Cristo há mais de 2.000
anos. No Evangelho de João, capítulo 17, o
Deus Filho destina todo o versículo 21 para
fazer um pedido ao Deus Pai. Nesta oração
quádrupla, Jesus pede que o Pai glorifique o
Seu nome enquanto glorifica o próprio Jesus.
Depois pede que o Pai proteja seus discípulos,
não os tirando deste mundo caído, mas tão
somente os livrando do mal. Em seguida Jesus
pede ao Pai que santifique a seus discípulos.
Ele termina a oração pedindo por todos nós,
ou seja, por todos aqueles que seriam alcançados como fruto da mensagem dos primeiros
discípulos.
Nesta oração de Jesus, a virtude em questão
é a unidade. Jesus não pede ao Pai apenas por
uma expressão de unidade de seus discípulos, mas que ela seja perfeita, e o resultado
dessa unidade seria a humanidade descobrir que Deus havia enviado a Jesus Cristo.
Costumo dizer que esta oração ainda não foi
totalmente respondida, e a razão disso não
se deve à indiferença do Deus Pai à oração
do Deus Filho, mas sim ao nosso próprio
pecado. Se o avanço do Reino depender da
unidade dos cristãos, de fato precisaremos
esperar muito para ver cerca de dois bilhões de
pessoas espalhadas pelo mundo, ouvirem
pela primeira a respeito do evangelho. Entretanto, de tempos em tempos surgem algumas expressões da unidade do Corpo de
Cristo. São iniciativas audaciosas, geralmente
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
conduzidas por líderes tolerantes e autênticos,
que reconhecem suas diferenças doutrinárias
e ideológicas, mas entendem também que
os elementos que nos une são imensamente
mais relevantes que aqueles que nos distanciam. Tais líderes colocam a agenda do Reino
acima das suas agendas pessoais ou denominacionais. Um bom exemplo dessas iniciativas
é o MBA, ou Movimento Braços Abertos, uma
expressão real da unidade da Igreja com o
objetivo principal de alcançar pessoas do
mundo inteiro durante o período dos Jogos
Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro.
O MBA é a celebração do Corpo de Cristo. É
uma convocação do povo de Deus para juntos
mostrarmos que a unidade da Igreja não é um
sonho distante, mas uma realidade presente.
Se é verdade que o que nos preocupa não é
o grito dos maus, mas os silêncio dos bons,
conforme disse Martin Luther King, então este
movimento é um grito dos honestos por um
basta às mazelas que assolam o nosso país. O
MBA existe para que a Igreja Evangélica Brasileira sirva na transformação de pessoas,
resultando na superação de problemas sociais. Este movimento tem como ideal a unidade, devendo os cristãos envolvidos serem
os primeiros a mostrar o amor que nos caracteriza como discípulos de Cristo. Ele é um
movimento de serviço que exigirá de todos
nós a postura de servo que caracteriza um
verdadeiro cristão. Serviremos a Cristo servindo àqueles que dele necessitam. Como o
Senhor Jesus, que não veio para ser servido mas serviu os famintos, os enfermos, os
excluídos, os pequenos e grandes, os fracos e
poderosos. Este Movimento é uma oração em
forma de cântico quando diz: “Ouve ó Deus,
nossa oração Altíssimo. Sara esta nação, é
o clamor da Igreja, que te adora.” Queremos
tão-somente ser a Igreja desenhada por Jesus
em Mateus 16, saindo das quatro seguras e
confortáveis paredes de nossos templos para
sermos uma Ekklesia de fato. O legado que o
MBA pretende deixar não é mais um novo
túnel ou viaduto construído, mas sim uma
ponte estabelecida entre sua Igreja e a comunidade onde ela está inserida. Nosso legado
não será um estádio novinho em folha, mas
milhares de vidas renovadas pelo poder transformador de Deus. Enfim, o legado que este
Movimento pretende deixar para as futuras
gerações não são pessoas circulando em
transportes mais modernos, mas um povo
que descobrirá a importância de andarmos
de joelhos. Ele é um movimento da Igreja, não
pertence à organização X, Y ou Z, nem a fulano
ou ciclano, mas é feito de pessoas que servem
à Igreja. Sem ela perdermos nossa identidade.
Este é um movimento daqueles que adotaram
a Bíblia como sua única regra de fé e prática,
e possuem a certeza de que no ensino do
Evangelho reside o poder de Deus para a salvação de todo aquele que nele crer. Se juntos
podemos, então: Vamos Virar Este Jogo!
Marcos Grava
11
Esperança para o Rio
que ninguém quer ver
Música como oportunidade para ressocialização e evangelização
N
o Rio de Janeiro, mais de 10 mil menores foram apreendidos e
levados ao sistema socioeducativo no ano de 2015. A pesquisa,
realizada pelo Instituto de Segurança Pública, aponta ainda que
este é o maior índice desde que os dados começaram a ser coletados, em 1991.
Atividades de mediação de leitura geram aproximação com capelães
Para muitos, essas informações são apenas dados em uma planilha, mas
para Missões Rio é um grande sinal de desesperança. É sinal de que o pecado e a consequente falta de perspectiva social têm destruído a
vida de meninos e meninas. São filhos, irmãos ou amigos... grande parte perdendo a infância e adolescência para o tráfico de drogas, para
a sensação de poder que nasce da atmosfera do crime. A consequência é a aumento da violência, a insegurança e a destruição da família.
Os menores apreendidos vão parar em uma unidade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). Lá são submetidos a
ações de ressocialização. Entretanto, com a superlotação e a falência do Estado, não se pode esperar grandes coisas. Faz-se necessária a
contribuição de setores sociais, especialmente a da igreja.
Missões Rio acredita que o desafio de transformar essas vidas não é apenas do Estado. A igreja, como representante do evangelho, precisa
se mobilizar para que Cristo seja reconhecido por estes adolescentes. Acredita também que intervir agora é impedir que a relação deles
com o crime se perpetue na sociedade.
Portanto, desde 2014, o departamento missionário da CBC mantém presença em unidades do Degase. Seus missionários e voluntários atuam em projetos focados em esporte e cultura, contribuindo para uma reestruturação moral de acordo com os valores do evangelho. Além
das atividades práticas (sala de leitura, música e prática esportiva), há espaço para aconselhamento - momento quando os socioeducandos
abrem o coração, permitindo um aprofundamento das relações de confiança e respeito ao próximo.
12
CAPA
A sutileza dos frutos
Juan Gonçalves Pereira é um dos missionários que atuam no Degase. Ele, que iniciou sua
jornada ministerial como voluntário no Educandário Santo Expedito, em Bangu, tem muito a dizer sobre a tarefa de levar a esperança
que há em Cristo aos adolescentes em conflito
com a lei.
Segundo ele, na capelania socioeducativa os
frutos são sutis, quase imperceptíveis. É preciso estar atento às oportunidades para transformar cada mal comportamento em lições
para a vida. Foi o que aconteceu durante uma
atividade esportiva, quando os meninos quebraram a regra de não utilizar palavras ofensivas. Conforme combinado, a punição seria o
término do momento recreativo, mas “vi uma
grande oportunidade para mostrar o que
significava a palavra Graça. Foi um momento
muito bom. Logo após a minha fala, um dos
meninos pediu a palavra e falou para todos os
outros que, juntos, eles haviam orado, pedindo a Deus uma oportunidade de poder participar do projeto com o esporte e Deus assim
atendeu. No entanto, não estavam agindo
corretamente com a bondade de Deus”, contou o missionário. A partir de então, a relação
entre a lei e a graça estava estabelecida e a
compreensão da necessidade do perdão tornou-se clara para aquele grupo.
Cristina Sant’Ana Martins Neves é uma das mais
novas missionárias, mas há dois anos já atuava como voluntária. Apaixonada pelo que faz,
sente-se realizada por ser parte deste processo de ressocialização, “aprendendo, amando e
acreditando cada dia mais em Jesus e em seu
poder transformador, e na ressocialização de
cada adolescente, seja através do evangelho,
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
Meninas também são atendidas com ações de valorização da autoestima
do esporte, da música, da educação e da arte”.
A mediação de leitura é a ferramenta utilizada por Cristina para desenvolver os valores
do Reino aos meninos. Enquanto exerce essa
atividade, seu marido, o voluntário André Justino Neves, dá aulas de violão a outro grupo
de internos. Segundo a missionária, este esforço pela ressocialização é motivado pela
obediência ao chamado. “Aceitei este desafio
em obediência, crendo ser esta a oportunidade dada por Deus para continuar sendo
neste tempo um instrumento de honra em
Suas mãos. Portanto, seguirei neste propósito
de apenas cumprir o ministério que recebi do
Senhor e ser testemunha de sua graça”.
Mais a fazer
Para quem deseja ser relevante, oportunidades não faltam. Zózimo Luis de Souza, diretor do Centro de Recursos Integrados de
Atendimento ao Adolescente (CRIAAD) de
Santa Cruz, explica que é importante a participação da sociedade na recuperação desses meninos, especialmente a igreja. “A participação da Sociedade aqui dentro faz com que
os meninos vejam o mundo de uma outra maneira. Faz com que eles aprendam a ter respeito e a se respeitarem, a ter uma filosofia de
vida voltada para o perdão, o amor. Trazer a
prática esportiva, a reflexão em grupo, o desenvolvimento da parte cognitiva... tudo isso é
importante”.
Desejando ver o crescimento dessa rede
solidária em favor dos adolescentes cumpridores de medidas socioeducativas, ele convoca: “Atendam ao chamado, mesmo aqueles
que não se acharem capacitados. Deus é quem
capacita! Venham conhecer o nosso trabalho e
as histórias desses garotos. Participem da vida
deles e vocês poderão conhecê-los profundamente e não apenas um fato [negativo] da vida
deles”.
13
ESPECIAL VERÃO 2016
Impactando vidas
no Carnaval
P
or muito tempo a igreja deixou de aproveitar as oportunidades de evangelização durante o Carnaval. Mas, há cerca
de 20 anos, essa visão mudou e, entre os batistas, existe
um grupo crescente que está decidindo impactar vidas, levando o evangelho durante a chamada Festa da Carne. O
Impacto de Carnaval 2016, realizado pelo departamento missionário
da Convenção Batista Carioca (Missões Rio), contou com a participação
de 350 inscritos. Divididos em equipes de evangelização e de intercessão, eles desafiaram as trevas e, como prometido pelas Escrituras,
venceram o domínio do mal com a verdade que liberta. Foram mais de
470 pessoas tomando decisões ao lado de Cristo e sendo encaminhadas a igrejas do Rio de Janeiro.
Durante o Carnaval, quem passou pela região do sambódromo pôde
ver gente de todas as idades levando o evangelho. Uniformizados, uma
frase estampada em suas camisas chamava a atenção: “Eu sou a fonte
da vida”. A princípio uma frase solta, mas que aguçou a curiosidade e
abriu portas para a evangelização. Cada oportunidade foi aproveitada
como se fosse a última. O brilho nos olhos dos impactantes contagiou
e foi canal de bênçãos para muitos que estavam sedentos da Água da
Vida. Falando em brilho, destaque para a irmã Cenira Meira, que aos
72 anos deu exemplo de vida cristã e compromisso com o Reino para
os voluntários mais jovens. Esta não foi sua primeira participação no
Impacto. Sempre incansável, ela evangelizou e testemunhou do que
Cristo pode fazer aos que aceitam seu convite de salvação.
Ao contrário de irmã Cenira, 2016 foi o primeiro ano em que Juliana
Alves, da Igreja Batista Monte Horebe, em Campo Grande, participou
do Impacto de Carnaval. Ela, que nutre fortes expectativas com relação
ao ministério de missões, lembra que se “apaixonou de cara” ao ouvir
as experiências de uma amiga que já tinha participado do projeto. “É
uma experiência perfeita porque ali a gente vê o que Jesus quis dizer
com o Ide, com amar o próximo e a importância disso”, afirmou. Ela,
que no início sentiu alguma dificuldade nas abordagens diretas, notou
a grande carência que as pessoas, mesmo em meio ao Carnaval, possuem de conversar sobre os grandes dilemas da vida e a esperança
de mudança a partir do contato com Cristo. “Como as pessoas estão
sedentas de amor! E a Palavra de Deus é realmente a única que pode
mudar tudo!”
Além de provocar mudanças na vida daquele que é alvo do projeto,
o Impacto muda a perspectiva de quem participa. Marianna Von Kruger, da IB Nova Jerusalém, em Sampaio, afirma que o evento também
tem uma proposta de edificação que gera crescimento. “Saber que te-
14
mos um objetivo desses (de evangelizar) nos faz crescer em Cristo e
conhecer sua Palavra para passar vida para essas pessoas. Tudo
que sabemos é muito pouco e lá (no Impacto) a gente quer crescer e
conhecer mais de Deus”, afirma Marianna.
Porém, em alguns momentos, a lógica do impacto se inverte. Ou seja, o
próprio folião vai ao encontro do voluntário e abre seu coração, como
lembra o pastor Cleudair Godoi, da Igreja Batista Itacuruçá. “As pessoas
começaram a observar nossa chegada e um casal que estava desviado
(do evangelho) viu a frase da camisa e aquilo chamou a atenção deles.
Esse casal chamou um trio de impactantes para conversar e disse que
tinha colocado Deus à prova, pois já estavam incomodados com o estilo
de vida que estavam vivendo. Os voluntários puderam dizer que eram a
resposta de Deus naquela ocasião e aquelas pessoas se reconciliaram
com Cristo, aos prantos”.
Abordagens de rua ao redor do sambódromo do Rio
Crianças para Jesus
As abordagens de rua contaram com uma força-tarefa especial, que priorizou a evangelização de crianças durante o carnaval. Dessa maneira,
enquanto adultos eram alcançados, meninos e meninas também recebiam uma atenção especial, numa linguagem acessível. A responsável
pela estratégia, Vania Carvalho, explica que as crianças também carecem de Deus e estão sedentas de Cristo. “Sabemos que o mundo jaz
no maligno e que as crianças são o futuro do nosso país. Portanto,
precisamos investir nelas. Nesse ano sentimos a sede dessas crianças
e percebemos que isso aumenta a cada ano. Elas estão nos procurando”, comentou.
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
ESPECIAL VERÃO 2016
Orando e vigiando
A oração constante foi um elemento fundamental para a realização das
ações desse ano. Um dos líderes de intercessão, Filipe Zappala, da SIB
de Petrópolis, explicou que parte dos impactantes intercessores permaneciam na base – o Colégio Batista Shepard, na Tijuca – enquanto
outros seguiam ao campo, como integrantes de equipes. Dessa forma
foi possível uma cobertura espiritual completa. “Oramos e cuidamos
dos voluntários. Quando a gente chega e começa a orar, as pessoas
param e prestam atenção. Muitos afastados do evangelho também
voltam e vemos nisso o agir de Deus”. Sobre o desafio de levar a igreja
a sair das quatro paredes, Filipe afirma: “A gente tem passado por um
momento difícil na igreja brasileira. Temos discutido isso em congressos e seminários. Vemos que a igreja tem deixado de cumprir o ide, tem
se prendido apenas a projetos internos. Mas todos os anos temos recebido uma nova geração de inconformados. Uma geração que está sim
dentro das igrejas, mas que sabe que precisa trabalhar lá fora, evangelizando”.
O coordenador do Impacto 2016, Pr. Miguel Kopanishin, avaliou a ação
missionária como abençoadora para as vidas que foram alcançadas e
para os voluntários participantes. “Esse é o nosso desafio: levar a mensagem e a esperança que há em Cristo Jesus. Esse é o impacto: preparação de vidas, igrejas envolvidas, jovens envolvidos para que Cristo
Jesus seja levado a todos”.
Acampamento de verão 2016
Deus Soberano
Por Redação JBC
JBC realizou durante os cinco dias de carnaval o seu
acampamento de verão. De 05 a 10 de fevereiro, pudemos vivenciar dias de baixo da soberania de Deus. Foram
momentos incríveis, que envolveram diversas áreas das
nossas vidas: espiritual, social, etc. Lá podemos encontrar
pessoas, fazer novas amizades, reforçar as antigas e, principalmente,
fortalecer o relacionamento com o Soberano.
A
Em todas as atividades o Senhor trabalhou, desde as devocionais até as
festas. Em tudo a Soberania de Deus esteve presente, nos abençoando
e fazendo com que tudo ocorresse da forma que Ele já tinha preparado.
Os PGs foram sensacionais. A galera foi dividida em 20 pequenos grupos, onde ali, puderam buscar mais a Deus juntos, aprender mais, se
conhecerem, compartilharem situações de suas vidas e se divertirem.
Foi no PG que o pessoal tirou o seu “Amigo Anjo” e pode cuidar do seu
protegido durante todos os dias, com orações, bilhetes, presentes e
aquele refrigerante gelado na hora do almoço. Revelando no último dia
quem era o seu anjo.
As oficinas foram TOPs! Com “Expressão corporal”, “Coral” e “Juventude,
bíblia e pós modernidade”, a galera pode se dividir, escolhendo aquela
que mais queria fazer. Tivemos um bom número em todas as três, e
no último culto, as oficinas apresentaram o que tinham aprendido e foi
bênção.
Os preletores foram os pastores Ciro Vinícius (PIB Sulacap) e Dercinei
Figueiredo (PIB Vicente de Carvalho). Com mensagens de manhã e de
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
Foto: Edu Aguiar
noite, fomos muito abençoados. Todos os cultos foram edificantes,
com os louvores, as palavras, como já foi dito, momentos de oração e
etc. Realmente foi a soberania de Deus que estava ali. Pra glória d’Ele,
houve vidas transformadas.
As festas foram super animadas e bastantes interativas. Tivemos a
“Festa na Roça” no primeiro dia, “Festa das olimpíadas” no segundo dia
e “Grammy” no terceiro dia. Todos puderam dançar, pular, correr, rir
muito e se divertir, com certeza, com a presença de Deus nesses momentos também.
“Confesso que fui surpreendida, pois fui cheias de expectativas e Deus
superou todas elas. Esse acampamento foi e tem sido um marco de
mudança na minha vida.” Letícia Bartholomeu, 18 anos, PIB do Grajaú.
“Deus se mostrou Soberano em todos os detalhes. Desde as mensagens, até as festas e sociais. Incrível!” Pâmela Cristhine, 18 anos, PIB de
Madureira.
Houve muitas vidas aceitando os apelos feitos. Sujeição a Deus, Termos
as características de Deus e Salvação. No último culto, o pastor Ciro nos
deu, simbolicamente, uma cruz de papel, escrito no verso: “Vale uma
coroa “, para que assim, a gente sempre se lembre do que Cristo fez por
nos e que teremos uma recompensa incorruptível.
Tudo coopera para o nosso bem e tudo cooperou. Que de agora em
diante, coloquemos em prática tudo o que aconteceu ali, pois a Soberania de Deus não esteve sobre nós apenas nesses cinco dias, mas está
sempre. Façamos de nossas vidas um longo acampamento, vivendo
dias intensos com Ele. E a saudade? Já podemos sentir.
15
JUVENTUDE BATISTA CARIOCA
O que rolou na Conferência
Atitude 2016
esse ano, o ATITUDE se transformou em Conferência e muita coisa mudou. Durante os dias 26, 27 e 28 de maio, na
Igreja Batista do Tauá, na Ilha do Governador, cerca de 200
jovens por noite foram extremamente impactados com os
conteúdos do ATITUDE 2016. Tivemos muitas atividades e
uma galera muito animada, sendo impactada todos os dias a sinalizarem o Reino dentro e fora da igreja.
N
Demos início a nossa programação às 16 horas do dia 27, com o nosso
fórum que teve como tema “Os caminhos da política e corrupção no
Brasil”. A galera chegou junto, participou, fez perguntas e foi muito bom.
Nossos convidados foram o Jessé Júnior, do Ministério Público, e o Ítalo,
advogado e sociólogo. Depois tivemos o Insight com o Projeto VIVER,
da Junta de Missões Nacionais, onde eles tiveram a palavra com a juventude e em seguida a nossa plenária com a Gilciane Abreu (Diretora
Executiva da JBB), encerrando, assim, o primeiro dia.
No segundo dia começamos mais cedo. Às 10 horas tivemos o Inspirativo I, que foi um momento devocional para juntos podermos compartilhar experiências, orarmos, e ouvir a palavra, nos preparando para
em seguida irmos para a rua onde fizemos Intervenções. A primeira
Intervenção foi o “Dia da Bondade”. Fomos confrontados a irmos aos
comércios e casas para oferecermos um serviço gratuito (limpar, trabalhar, vender, etc.) e mostrar através de nossas ações o Reino de Deus.
Foi uma experiência incrível. Na parte da tarde tivemos o Inspirativo II
seguido de outra Intervenção. Dessa vez fizemos outras coisas: Evangelismo no sinal (Pare, pense e siga), Conversa Grátis, Abraço Grátis,
continuação do “Dia da Bondade” e Evangelismo Pessoal. Mais uma vez
fomos impactados e pudemos ouvir muitas experiências. A noite foi o
Insight com a Fabíola, da IB Central de Jacarepaguá, a plenária com o
Pr. Vladimir (IB Redenção Baixada) e, fechando a noite, um pocket show
com o cantor e compositor Marcos Almeida.
16
No terceiro e último dia começamos de manhã também. Começou com
o Inspirativo III, ligando à Roda de Conversa, com o tema: “Minha juventude é morta – protagonismo do jovem”. Nesses dois momentos
a condução ficou com o Pr. Jean, pastor de Jovens da PIB do Grajaú,
que trouxe uma palavra inspiradora e interagiu de forma bem dinâmica
com a galera. Na parte da tarde aconteceu a 46ª Assembleia Ordinária,
onde nosso Coordenador Executivo Ronan Lima prestou seu relatório
de atividades e financeiro e rolou a eleição da nova Diretoria e Conselho
da JBC. Foi um momento bom e produtivo.
A nossa Diretoria agora conta com:
Thiago André, IB da Liberdade, Presidente
Maísa Baldner, PIB Rocha Miranda, 1° Vice Presidente
Rafael Martins, PIB Parque Alegria, 2° Vice Presidente
Helena Brasil, IB Barão da Taquara, 1ª Secretária
Pâmela Campos, IB Benfica, 2ª Secretária
Lucas Cecílio, IB Méier, 3° Secretário.
Pela noite, aconteceu o Insight com a Ciça (Campeã Mundial de Karatê)
e a Plenária com o Pr. Luiz Sayão (Reitor do Seminário Teológico Batista
do Sul do Brasil). Mais uma noite e um dia muito abençoado que tivemos na Conferência, encerrando assim, com chave de ouro, o ATITUDE
2016. Que neste novo tempo a Diretoria e Conselho caminhem com
muitos sonhos, colocando totalmente a fé em prática para afetar a vida
de cada jovem, pois, como dissemos durante esses três dias: A FÉ TÁ
NA VIDA.
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
UNIÃO MASCULINA CARIOCA
Foto: Karl Fredrickson
Centenário do
Homem Batista
C
erca de mil e trezentos homens se
reuniram no dia 4 de junho por ocasião da celebração do Centenário
do Homem Batista. A programação
aconteceu na Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro e contou com a participação de líderes da denominação e diretores
de uniões masculinas estaduais. A escolha da
PIB do Rio como sede do evento não foi por
acaso. Há 100 anos nascia ali o primeiro trabalho masculino missionário organizado no
Brasil.
A União Masculina Missionária Batista Brasileira enfatiza a integridade pessoal, a responsabilidade cristã e a cidadania participativa
como características inalienáveis de quem é
chamado para servir a Deus e à pessoa humana no mundo. O congresso, portanto, ressaltou essas características através de oficinas
e pregações, trazendo como convidados os
pastores Josué Valandro Júnior (Igreja Batista Atitude), Ney Ladeia (PIB da Capunga) e Ed
René Kivitz.
O período da manhã contou com a direção
do pastor João Soares da Fonseca, da PIB do
Rio. À tarde, o presidente da OPBB Carioca,
pastor David Curty, conduziu a programação.
Como participação musical, o cantor Leonardo Gonçalves ministrou minutos preciosos
de adoração a Deus. Destaque também para
a apresentação do Coro do Centenário, um
grupo formado por homens batistas de vários
estados.
O centenário também foi marcado por
homenagens a pessoas importantes no contexto da organização masculina. Entre eles estava o primeiro conselheiro de Embaixadores
do Rei da história da organização, o irmão
Paulo Cabral. Juntamente com outros nomes,
ele recebeu uma medalha de honra por seu
valoroso trabalho. Nesse momento emocionante, irmão Paulo foi aplaudido de pé pelos
presentes.
Sítio do Sossego
Foi lançado no culto do Centenário do Homem
Batista o desafio para a restauração do Sítio do
Sossego, que teve suas atividades paralisadas.
O local, considerado a casa dos Embaixadores
do Rei do Rio de Janeiro, teve um importante
papel na formação de meninos ao longo dos
anos e, para que continue cumprindo este papel, necessita de investimentos. A meta de arrecadação é de 500 mil reais e o valor poderá
ser doado pelo site www.sempreembaixador.
com.br .
Formação de conselheiros de embaixadores
Por Vanderson Justino Correia Gonçalves
N
o dia 11 de junho de 2016 foi realizado, na sede no Colégio Batista
Shepard, o culto de formatura da
segunda turma de conselheiros
formada pelo CFC - Curso de Formação de Conselheiros de Embaixadores do
Rei. O curso é promovido pelo Departamento
Convencional Carioca de Embaixadores do Rei
e patrocinado pela União Masculina Missionária Batista Carioca.
A formatura contou com a presença ilustre do
Pr. Nilton Antonio de Souza, diretor geral da
Convenção Batista Carioca, do Irmão Eduardo
Andrade, secretário Executivo da União Masculina Missionária Batista Carioca, bem como
do irmão Marcus Vinicius Cabral, coordenador dos Adolescentes Batistas Cariocas, que
abrilhantaram imensamente nosso evento.
O curso de Formação de Conselheiros, desde
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
sua primeira edição em 2014, tem batido recorde de alunos matriculados, ultrapassando
sempre a barreira dos 70 alunos. Nesta solenidade, foram formados 76 Conselheiros de Embaixadores do Rei, que retornarão para suas
igrejas prontos para iniciar e desenvolver o trabalho com os meninos, levando a luz de cristo
a suas respectivas comunidades.
Avulta consignar que os formandos passaram
por duas etapas: uma teórica, que foi realizada em dezembro do ano passado, também no
Colégio Batista, e uma etapa prática, onde a
turma foi dividida em grupos e deveriam realizar um projeto de relevância comunitária.
Na solenidade, os grupos apresentaram seus
projetos e impactaram a todos com a criatividade e dedicação com que cumpriram essa
missão.
A solenidade contou ainda com a direção do
Missionário Mateus Lopes que ressaltou a
importância histórica do evento, tendo em
vista ser o primeiro culto de formatura de
Conselheiros de Embaixadores do Rei realizado
em nosso país, bem como ter sido realizado
ao lado da segunda igreja no Brasil a receber
a Organização Embaixadores do Rei: a Igreja
Batista Itacuruçá. Ressalte-se que o Departamento Convencional Carioca, bem como a diretoria do CFC, tem trabalhado intensamente
para, a cada dia, melhorar o processo de formação de Conselheiros de Embaixadores do
Rei, visando o crescimento da organização e
com isso o fortalecimento da denominação
em nossa nação.
Neste ano já temos data confirmada para a terceira edição do Curso, que será novamente realizado no Colégio Batista, nos dias 09, 10 e 11
de dezembro. Na edição deste ano, fechamos
uma importante parceria com o Departamento Nacional de Embaixadores do Rei, o que irá
ampliar ainda mais a projeção do CFC e do Departamento Convencional Carioca. Contamos
com a presença e a participação de todos. Um
forte e Valente abraço.
17
JASC
Lar Batista do Ancião
A
Junta de Ação Social Carioca (JASC) tem como um dos seus
objetivos incentivar e fomentar a causa da valorização do
idoso nas igrejas e sociedade em geral, onde tem realizado
atendimento a idosos há décadas no Município do Rio de
Janeiro através do LAR BATISTA DO ANCIÃO (LBA), denominado hoje como Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI).
ajudar o idoso que necessite: Contribuição no Plano Cooperativo, oferta mensal através do projeto Apadrinhe um Idoso, doações mensais de
alimentos não perecíveis. Essas ações ajudarão o LBA em sua busca de
auto sustentabilidade financeira.
Essa modalidade de atendimento integral ao idoso requer uma equipe
multidisciplinar além dos cuidados básicos, tais como higiene, medicação e alimentação. Instituições residenciais para idosos sem fins lucrativos em nosso país são extremamente escassas, por isso a necessidade dos batistas valorizarem nossa instituição, que este ano fará
30 anos de existência em Campo Grande “Cidade Batista”, no dia 11
de outubro. Conclamamos os batistas cariocas para uma parceria no
atendimento aos nossos idosos institucionalizados, pois é um grande
desafio realizar um trabalho que é extremamente oneroso. O desejo da
JASC é atender a qualquer idoso que deste local necessitar.
Além do atendimento aos idosos em regime de abrigamento, a JASC
deseja contribuir para a emancipação e autonomia dos idosos em sua
igreja também. Atualmente temos um novo projeto, chamado Inclusão
Digital da Terceira Idade, ministrado pelo nosso voluntário da ação social missionária Rogério Nunes, onde o foco é ensinar a utilização do
smartphone, hoje conhecido como computador de mão, desfrutando
de todas as suas funcionalidades para o dia a dia. Vale ressaltar que
o curso não é restrito aos idosos, mas a qualquer pessoa que sinta
necessidade de utilizar melhor essa ferramenta. A igreja que queira
realizar este curso para seus membros ou ajudar diretamente ao Lar
Batista do Ancião, favor entrar em contato conosco 99617-1514/32264942/3364-6560 ou pelo e-mail: [email protected]
Nós conseguiremos atender a qualquer irmão ou irmã que necessite
com a ajuda e parceria de nossas igrejas. Eis algumas ações que podem
“Levantem-se na presença dos idosos, honrem os anciãos, temam o
seu Deus. Eu sou o Senhor” Levítico 19:32
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batistacarioca | Convenção Batista Carioca
UFMBC
Ações de fortalecimento
denominacional e vocacional
Por Ana Katia – Coordenadora Executiva da UFMBC
C
om a convicção de que somos mulheres criadas e
redimidas por Deus para abençoar essa cidade, nos unimos a Ele nessa obra grandiosa como suas súditas para
chamar outras pessoas para o seu Reino de Amor.
Além de estarmos em plena Campanha de Missões Rio, e também
envolvidas no levantamento de oferta de educação cristã missionária
para abençoar o CIEM e SEC, realizamos algumas atividades de
fortalecimento denominacional e fomento de vocações.
87ª Assembleia da UFMBC
A União Feminina Missionária Batista Carioca celebrou a sua 87ª Assembleia da UFMBC no dia 02 de abril, no templo da Primeira Igreja
Batista em Moça Bonita. Crianças, jovens e mulheres se reuniram para
celebrar as ações desenvolvidas no ano de 2015. O ambiente de alegria,
devoção e comunhão permeou toda a programação.
A mensagem oficial foi proferida pelo Pr. Marcos Petrucci, pastor da
igreja em substituição à Ministra de Educação Cristã da igreja,
Rosangela Motta, que seria a oradora oficial, mas ficou impedida por
problemas na voz. Deus e suas surpresas maravilhosas!
Entre muitos momentos de emoção e gratidão, a 87ª Assembleia encerrou a segunda sessão, com a posse da nova diretoria, com a oração do
Diretor Geral da CBC, Pr. Nilton Antonio de Souza.
O staff da UFMBC para o período Abril/2016 a Abril/2017 ficou assim composto: Presidente Roseli Martins Xavier Pinto; 1ª Vice-presidente Kelly Petrucci; 2ª Vice-presidente Nancy Gonçalves Dusilek; 3ª
Vice-presidente Sueli dos Santos Bastos; 1ª Secretária Ana Paula da
Silva Oliveira; 2ª Secretária Rosana Camerino Pires; 3ª Secretária Eliane
de Souza Barbosa; e Coordenadora Executiva Ana Katia Alves Lima
Gonçalves.
Deus seja louvado por mulheres transformadas pelo poder do Reino
de Deus!
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
Foto: Nova diretoria da UFMBC
II Festival de Coreografia das Mensageiras do Rei
Com o objetivo de que a verdadeira adoração a Deus seja o estilo de
vida das mensageiras do Rei no campo carioca, foi realizado o Festival de Coreografia no dia 28 de maio, no Colégio Batista, com as apresentações orientadas por critérios que precisam ser aplicados na igreja
local (execução – sincronismo – variações de formação – exploração
do espaço – intensidade da coreografia – adaptação música/movimento – complexidade coreográfica – originalidade/criatividade – carisma e
expressão- apresentação de roupas e acessórios).
Foi uma tarde comovente e de muita comunhão, que contou com a
presença de muitas igrejas e famílias que se alegraram em ver crianças
e adolescentes da nossa cidade sendo transformadas pelo poder do
Reino de Deus.
Dia de Visitação ao CIEM
As mulheres batistas cariocas, com alegria, reuniram-se no CIEM - Centro Integrado de Educação e Missões, no dia 04 de junho, para o tradicional e anual “Dia de Visitação”. Com barracas e programação alegre,
muitos marcaram presença e desfrutaram de um clima de comunhão.
O objetivo do evento também foi a arrecadação de recursos para essa
casa tão amada e que continua oferecendo uma educação cristocêntrica e abençoando os muitos vocacionados que são recebidos e preparados para missão de Deus neste mundo, ao longo da sua história.
PRÓXIMAS ATIVIDADES:
CONGRESSO DAS JOVENS CRISTÃS EM AÇÃO – CONJOCA
Vem aí o CONJOCA (Congresso estadual de JCA) , no dia 13/08 ás 8:30 na
IBM em Santa Cruz. Valor do investimento: R$ 20,00
40º CONGRESSO DAS MENSAGEIRAS DO REI CARIOCA
Vem aí o Congresso das Mensageiras no dia 17 de setembro, das 9h às
17h na Igreja Batista em Benfica, Rua Capitão Abdala Chama, 98 – Benfica. Valor: R$ 20,00
19
ARTIGO
DAR DINHEIRO
NA IGREJA
D
ar dinheiro na igreja tem sido
uma prática cada vez mais questionada. Certamente, em virtude
dos abusos de lideranças religiosas de caráter duvidoso e da suspeita de
que os recursos destinados à causa acabam
no bolso dos apóstolos, bispos e pastores,
não são poucas as pessoas que se sentem
desestimuladas a contribuir financeiramente.
Outras tantas se sentem enganadas, e algumas o foram de fato. Há ainda os que preferem fazer o bem sem a intermediação institucional. Mas o fato é que as igrejas e suas
respectivas ações de solidariedade vivem das
ofertas financeiras de seus frequentadores e
fiéis. Entre as instituições que mais recebem
doações, as igrejas ocupam de longe o primeiro lugar na lista de valores arrecadados.
Por que, então, as pessoas contribuem financeiramente nas igrejas.
Não são poucas as pessoas que tratam suas
contribuições financeiras como investimento.
Contribuem na perspectiva da negociação:
dou 10% da minha renda e sou abençoado
com 100% de retorno. Tentar fazer negócios
com Deus é um contrassenso, pois quem
negocia sua doação está preocupado com o
benefício próprio, doa por motivação egoísta, imaginando levar vantagem na transação.
É fato que quem muito semeia, muito colhe.
Mas essa não é a melhor motivação para a
contribuição financeira na igreja.
20
Há quem contribua por obrigação. É verdade
que a Bíblia ensina que a contribuição financeira é um dever de todo cristão. A prática do
dízimo, instituída no Antigo Testamento na
relação de Deus com seu povo Israel foi referida por Jesus aos seus discípulos, que deveriam não apenas dar o dízimo, mas ir além, doando medida maior, excedendo em justiça. A
medida maior era na verdade muito maior. Os
religiosos doam 10%, os cristãos abrem mão
de tudo, pois creem que não apenas o dízimo pertence a Deus, mas todos os recursos e
riquezas que têm em mãos pertencem a Deus
e estão apenas sob seus cuidados.
Alguns mais nobres doam por gratidão.
Pensam, “estou recebendo tanto de Deus,
que devo retribuir contribuindo de alguma
maneira”. Nesse caso, correm o risco de doar
apenas enquanto têm ou apenas enquanto
estão sendo abençoados. A gratidão é uma
motivação legítima, mas ainda não é a melhor
motivação para a contribuição financeira.
Existem também os que contribuem em razão
de seu compromisso com a causa, com a
visão, acreditam em uma instituição e querem
por seu dinheiro em algo significativo. Muito
bom. Devem continuar fazendo isso. Quem
diz que acredita em alguma coisa, mas não
mete a mão no bolso, no fundo, não acredita. Mas essa motivação está ainda aquém do
espírito cristão. Aliás, não são apenas os cristãos que patrocinam o que acreditam.
ED RENÉ KIVITZ
Muitos são os que doam por compaixão. Não
conseguem não se identificar com o sofrimento alheio, não conseguem viver de modo
indiferente ao sofrimento alheio, sentem as
dores do próximo como se fossem dores
próprias. Seu coração se comove e suas mãos
se apressam em serviço. A compaixão mobiliza, exige ação prática. Isso é cristão. Mas ainda não é suficiente.
Poucos contribuem por generosidade e
fazem o bem sem ver a quem. Doam porque
não vivem para acumular ou entesourar para
si mesmos. Não precisam ter muito. Não precisam ver alguém sofrendo, não perguntam
se a causa é digna, não querem saber se o
destinatário da doação é merecedor de ajuda. Eles doam porque doar faz parte do seu
caráter. Simplesmente, são generosos. Gente
rara, mas existe. O relacionamento com Jesus
gera esse tipo de gente.
Finalmente, há os que contribuem por piedade. Piedade, não no sentido de pena ou dó.
Piedade, como devoção, gesto de adoração,
ato que visa apenas e tão somente manifestar
a graça de Deus no mundo. Financiam causas,
mantém instituições, ajudam pessoas, tratam
suas posses como dádivas de Deus, e por isso
são gratos, e são generosos. Mas o dinheiro
que doam aos outros, na verdade entregam
nas mãos de Deus. Para essas pessoas, contribuir é adorar.
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
ARTIGO
Foto: Stefan Kunze
UM REINO DE
ESPERANÇA
Ao ver as multidões, teve compaixão delas,
porque estavam aflitas e desamparadas,
como ovelhas sem pastor.”
(Mateus 9:36 NVI)
PR. JOÃO REINALDO PURIM JR.
PASTOR DA PRIMEIRA IGREJA BATISTA DO MEIER
A
o descrever o alcance do
ministério de Jesus, Mateus diz
que ele percorreu todas as cidades e povoados. Isto revela
que o Mestre ocupou-se de revelar a mensagem do Reino a todas as pessoas, de todas
as camadas sociais. De um extremo ao outro,
Cristo trouxe a mensagem de esperança para
todos. Os versículo 35 a 38 do capítulo 9 de
Mateus mostram como o Reino de Deus - o
Reino de Esperança, tornou-se conhecido.
Primeiramente, revela-se o tripé missional de
Jesus – ensino, pregação e cura. Está claro que
a Obra de Deus na vida do homem é inteiro,
integral. Ele alcança o intelecto, o espiritual e
o físico de cada um.
A descrição de Cristo percorrendo todas as
localidades afirma que o Reino de Deus é um
reino em MOVIMENTO. A missão não é contemplativa. A missão é vida na vida das pesbatistacarioca | Convenção Batista Carioca
soas. É atitude de ir ao encontro das pessoas
sem esperança. É servir e amar de maneira
que a Graça e o Poder sejam manifestados
no lugar e nas condições em que as pessoas
estão.
Cristo age movido por compaixão. Ele vê as
pessoas além do que os olhos mostram. Seu
espírito se compadece, porque enxerga o que
vai dentro. Ele sabe o que está onde ninguém
consegue ver. Ele alcança a alma. Ela a vê
cansada, desamparada. O Reino de Deus é a
resposta para os que estão aflitos. O Reino de
Deus é um reino de COMPAIXÃO. A esperança
surge no coração de quem se sente amado.
Cristo ama as pessoas sem esperança. Ele vai
a elas no lugar onde elas estão, aproxima-se
sem se importar em como elas estão. Ele não
descansa até que as resgate para o propósito
perfeito do Pai.
A demanda e a necessidade é enorme. Cristo, então, apela para que os discípulos orem
rogando a Deus por obreiros fiéis. Eles oram.
Ao orarem, são tocados. Movidos pelo Espírito Santo são enviados. É no mínimo curioso o
fato de que o capítulo 9 de Mateus se encerra com os discípulos pedindo pelo envio de
obreiros. O capítulo 10 inicia-se com o relato
dos 12 sendo enviados por Cristo para o campo como ceifeiros.
Os que oram por mais obreiros são os primeiros a serem enviados. A oração transforma o nosso coração. Ela enche-nos de ardor
e amor pelos que estão sem esperança. O Reino de Deus é um reino de OPORTUNIDADE.
Que nossa cidade, hoje sem esperança, seja
alcançada e transformada pelo que eu e
você, obedientes ao Senhor, fizermos por
compaixão e compromisso.
Entretanto, os trabalhadores estão escassos.
21
ARTIGO
VITOR HUGO MENDES DE SÁ
PASTOR DA PIB PENHA-RIO
BLOG: WWW.PRVITORHUGO.COM
A IMPORTÂNCIA DO
VOLUNTARIADO
EM MISSÕES
E
dward M. Bounds, conhecido como
o “Homem de Oração”, foi escritor
de onze livros, sendo nove desses
sobre oração. Ele nos deixou muitos
ensinamentos preciosos para a vida cristã e
frases que até os dias atuais são repetidas
e nos levam a refletir sobre aspectos importantes de nossa missão. Uma das suas frases
mais célebres foi quando declarou que “Os
homens estão em busca dos melhores métodos, mas Deus está em busca dos melhores
homens”, já que o método que Deus usa para
a expansão do seu Reino é o homem.
Neste tempo somos mais uma vez, como Batistas Cariocas, conclamados a nos envolvermos com a obra de MISSÕES URBANAS.
Olhando para a nossa querida cidade do Rio
de Janeiro, conhecida como “A cidade maravilhosa”, nos deparamos com tremendos desafios missionários e assim podemos meditar
exatamente na importância do voluntariado,
se desejamos alcançar o Rio para Cristo.
É interessante constatar nos evangelhos que
uma das marcas no ministério do Senhor Jesus Cristo para a expansão do Reino de Deus
foi exatamente o voluntariado. A sua ação
primeira foi convocar homens, simples pesca-
22
dores, para se tornarem seus discípulos como
“pescadores de homens”.
A narrativa no primeiro Evangelho nos dá
conta dessa convocação inicial no ministério
terreno de Jesus: “Caminhando junto ao mar
da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes
ao mar, porque eram pescadores. 19 E disselhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. 20 Então, eles deixaram
imediatamente as redes e o seguiram. 21
Passando adiante, viu outros dois irmãos,
Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão,
que estavam no barco em companhia de seu
pai, consertando as redes; e chamou-os. 22
Então, eles, no mesmo instante, deixando o
barco e seu pai, o seguiram.” (Mateus 4.1822).
O voluntariado missionário se inicia com o
CHAMADO do próprio Jesus Cristo, pela ação
poderosa do Espírito Santo. Assim como
aconteceu no passado, ainda hoje homens,
mulheres, jovens, adolescentes e adultos continuam sendo chamados para se apresentarem como voluntários na Seara do Mestre.
Muitas vezes somos inclinados a pensar que
essa responsabilidade cabe apenas aos que
são identificados como pastores e missionários, mas sabemos que todos somos vocacionados, desde o momento em que abrimos
o nosso coração e recebemos Jesus Cristo
como Salvador e Senhor de nossas vidas.
O Rio de Janeiro é conhecido como uma das
cidades mais lindas do mundo com a sua
exuberante beleza natural, mas também é vista como uma das mais populosas metrópoles
do planeta, com grande índice de violência, carências sociais, menores abandonados, prostituição, tráfego de drogas e tantas
outras mazelas. Na parábola da “Grande
Ceia”, a ordem do Senhor foi: “Sai depressa
para as ruas e becos da cidade e traze para
aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os
coxos. 22 Depois, lhe disse o servo: Senhor,
feito está como mandaste, e ainda há lugar” (Lucas 14.21,22). Mesmo que tenhamos
experimentado crescimento no último século, precisamos nos apresentar ao Senhor de
missões, pois “ainda há lugar”.
O voluntariado missionário requer um TOTAL
DESPRENDIMENTO e uma PERFEITA SINTONIA
com a voz de Deus. No relato bíblico, descobrimos que os que foram convocados pelo
Mestre já haviam se encontrado com Jesus
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
ARTIGO
(João 1:40,42). Eles possuíam uma companhia
de pesca, mas ao ouvirem o chamado de Jesus
“...deixaram imediatamente as redes e o seguiram...e os que estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes; no
mesmo instante, deixando o barco e seu pai,
o seguiram”(Mateus 4.20-22). Quando Deus
nos chama, todas as demais coisas deixam de
ser relevantes, pois o que importa é se apresentar ao Mestre para cumprir o seu querer.
A obra missionária também exige uma VISÃO
AMPLA, pois muitas vezes somos induzidos a
pensar somente nos campos mais distantes
de nossa realidade, enquanto do nosso lado
e diante dos nossos próprios olhos existem
batistacarioca | Convenção Batista Carioca
pessoas perdidas e sem salvação, pelas quais
Jesus Cristo também morreu. A ordem de Jesus Cristo é clara: “mas recebereis poder, ao
descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis
minhas testemunhas tanto em Jerusalém
como em toda a Judéia e Samaria e até aos
confins da terra.” (Atos 1.8).
Assim sendo, podemos afirmar que em Cristo,
o voluntariado é levar ao próximo a alegria
que parecia não existir; o consolo das lágrimas que foram choradas; a esperança que
era tão distante; a angústia que nunca foi ouvida; o alívio da dor que parecia um sonho e a
vida que parecia não ter direito.
suas mãos para salvar a nossa cidade do Rio
de Janeiro através de Missões Urbanas. Não
nos esqueçamos que “O Método que Deus usa
é o Homem”. Amém.
Para Refletir:
1. Será possível alcançar a cidade do Rio de Janeiro sem a prática do voluntariado?
2. O voluntariado diz respeito a mim como discípulo de Cristo?
3. O que preciso fazer para ser um voluntário
na obra missionária?
Deus quer nos usar como instrumentos em
23
24
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