Estudo do Gerúndio, do Particípio Presente e do Presente Contínuo

Propaganda
Estudo do Gerúndio, do Particípio Presente e do Presente Contínuo a
partir de gramáticas contemporâneas do francês, do português europeu e
do brasileiro
Chantal Scalfi Rangel
Orientadora: Véronique Marie Braun Dahlet
Faculdade de Letras, Filosofia e Ciências Humanas - (DLM - USP)
1) Objetivo
A presente proposta, de um estudo ainda
embrionário (início em agosto de 2006), tentará
elucidar as determinações processuais que
selecionam os empregos dos tempos verbais a
seguir: Gerúndio, Particípio Presente e
Presente Contínuo a partir de gramáticas
contemporâneas do francês, do português
europeu e do português brasileiro. Tal atividade
torna-se facilmente desenvolvida quando se
tem em mente a comparação como base de
estudo. Em escolas do ensino do idioma
francês, os alunos, quando deparados com a
estrutura do presente contínuo, rapidamente
fazem a associação com o gerúndio do
português brasileiro e constatam-na face ao
professor. Este, por sua vez, tem a obrigação
de ressalvar que essa impressão acontece a
níveis tradutológicos, já que o gerúndio francês,
propriamente dito, possui outro tipo de
construção e tradução. O que ilude o aluno é o
sufixo “-ndo”, marca de tal tempo para o
português brasileiro.
Para enriquecer o desenvolvimento deste
escrito, é preciso notar que o célebre filólogo e
gramático Denis de Trácia e o gramático
medieval humanista Apolônio de Díscolo,
apresentam as bases da análise do discurso,
ambos dividindo-a em oito partes. Dentre elas,
merecem destaque a categoria do verbo e a do
particípio. Logicamente que é necessário
ressaltar as outras, mas somente a título de
curiosidade, para que a pesquisa não fuja do
foco em questão. Após a apresentação destas,
ocorrerá então uma convergência para os dois
itens sublinhados há pouco, visto que suas
existências são intradependentes.
2) Metodologia
As pesquisas para esse desenvolvimento
possuirão alçadas morfológica, sintática,
semântica e histórica. Gramáticas do francês,
do latim, do português europeu e brasileiro
serão estudadas com um viés crítico e
comparativo.
Além do estudo de tais gramáticas, faz-se
necessário buscar um material que propicie o
futuro leitor desenvolver um olhar crítico sobre o
ensino do francês em determinadas escolas,
sobretudo no tópico gramatical aqui abordado:
quais são as ressalvas feitas pelo professor,
quais são as perguntas mais freqüentes dos
alunos e como futuras dúvidas são sanadas.
Um acompanhamento dessas aulas por um
determinado período em estabelecimentos de
ensino do idioma, como é o caso da renomada
instituição “Aliança Francesa”, contribuirá para
o desenvolvimento desse aspecto.
3) Resultados Esperados
Com o término da presente pesquisa, espera-se
que a correlação de tais tempos verbais, tanto
no que tange o idioma francês, quanto o
português brasileiro e o europeu, possa ser
transmitida e aprendida com muito mais fluidez,
tanto pelo professor (para que tenha em mente
as significativas distinções entre ambas as
línguas) quanto pelo aluno, para que este saiba
situar a importante distinção feita entre “regra
de uso” e “regra de emprego”.
4) Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática
metódica da língua portuguesa. 27ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2003.
CHERAUDEAU, Patrick. Grammaire du sens et
de l’expression. Hachette/Education, 1992.
CHEVALIER, J. M. et al.. Grammaire du
français contemporain, 2 . Paris: Larousse,
2002.
CUNHA, Celso Ferreira da. Gramática Histórica
do Português Contemporâneo. Belo Horizonte:
Editora B. Álvares, 1971.
GREVISSE, Maurice, GOSSE, André. Nouvelle
grammaire française. 3a ed. Bruxelles: De
Boeck &Larcier, 1995.
Download