a prática do exame papanicolau: relato de experiência

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A PRÁTICA DO EXAME PAPANICOLAU: RELATO DE
EXPERIÊNCIA.
PEREIRA, Luciane1; DA ROSA, Natana Pereira¹; PARIZOTTO, João Guilherme Chaves¹;
KRAUSE, Kelly de Moura²
Palavras chaves: Citopatológico. Saúde. Mulher.
Introdução
O câncer vem sendo considerado um importante problema de saúde pública em razão
de seus elevados índices, representando, no Brasil, a segunda causa de morte por doenças,
precedido apenas pelos agravos cardiovascular. Uma das neoplasias malignas mais
frequentes, particularmente nos países em desenvolvimento, é o câncer do colo do útero o
qual apresenta, em nosso país, índices de mortalidade bastante elevados, apesar das
campanhas e programas instituídos pelo governo de prevenção e tratamento, sendo
considerado um problema de Saúde Pública (BRASIL, 2002).
Na consulta de enfermagem ginecológica, o profissional atua nas ações de controle do
câncer, identificando aspectos da história de vida e de saúde da mulher, fazendo orientações
sobre as doenças sexualmente transmissíveis e a importância do exame citopatológico
(Papanicolau) (INCAS; 2009).
O enfermeiro tem um papel de grande importância no rastreamento de câncer de colo
uterino, podendo realizar a coleta do citopatológico, atuar em ações educativas sobre o
procedimento e sua importância, conscientizando as mulheres e fornecendo diversas
informações.
A periodicidade recomendada na execução desse exame é inicialmente de dois exames
normais, com intervalo de um ano entre eles, seguido de sua realização a cada três anos
(BRASIL; 2002).
1
Acadêmicas do curso de Graduação
de Enfermagem da Universidade de Cruz Alta-RS.
[email protected]; [email protected] [email protected]
² Enfermeira, Docente do curso de Graduação de Enfermagem da Universidade de Cruz Alta-RS
[email protected]
Os fatores de risco que podem desencadear o câncer de colo uterino são o tabagismo,
relação sexual precoce, diversidade dos parceiros sexuais, uso de
contraceptivos orais, baixa ingestão de vitaminas, baixa condição socioeconômica e o uso
irregular de preservativos (BRENNA; 2001).
A detecção precoce do câncer do colo do útero em mulheres assintomáticas
(rastreamento), pode ser feito por uma técnica eficaz e gratuita, o exame Papanicolaou,
permite a detecção das lesões precursoras e da doença em estágios iniciais, antes mesmo do
aparecimento dos sintomas (BRASIL; 2002).
O objetivo desse relato é ressaltar a importância do papel da Enfermagem na
conscientização das mulheres quanto à prevenção do câncer do colo uterino, expondo nossa
experiência durante aula prática realizada na disciplina de enfermagem em Saúde da Mulher.
Metodologia e/ou Material e Métodos
Este é um relato de experiência de acadêmicas do curso de Enfermagem da
Universidade de Cruz alta/Unicruz durante o desenvolvimento de prática curricular de
Enfermagem no Cuidado a Saúde da Mulher, realizadas em uma Unidade de Saúde da
Família/Jardim Primavera no dia 03 de abril de 2013. A consulta de enfermagem englobou
anamnese, exame clínico de mamas e coleta do citopatológico do colo do útero.
Resultados e Discussões
Durante a aula prática realizada, podemos desenvolver os conhecimentos adquiridos
em sala de aula; pois o mesmo foi de extrema valia para podermos orientar as mulheres,
quanto a importância do auto exame das mamas e exame citopatológico prevenindo tanto o
câncer de mama quanto o câncer de colo uterino.
Foram realizados dois exames citopatológicos, em diferentes mulheres. Em primeiro
momento recebemos as mulheres, realizando a anamnese de acordo com a ficha de requisição,
depois de explicado os procedimentos que seriam realizados foi entregue um avental e
orientado a paciente a retirar toda a roupa, em seguida foi realizado o exame das mamas
seguido de inspeção e palpação; orientando a mesma a realizar o autoexame após o quinto dia
após cessar a menstruação. De segundo momento foi realizado o exame citopatológico, foi
reunido o material necessário (espéculo, lâmina com uma extremidade fosca, espátula de
Ayre, escova cervical, par de luvas para procedimento, formulário de requisição do exame,
lápis, borracha, fixador, recipiente para acondicionar as lâminas, lençol para cobrir a
paciente), anotado na parte fosca da lâmina, com auxílio de um lápis, as inicial do nome da
cliente e identificado as lâminas de acordo com o local coletado, após foi posicionado a
paciente em posição ginecológica orientada a paciente sobre o desenvolvimento do exame
procurando deixa- lá menos ansiosa, foi escolhido o espéculo mais adequado, introduzido o
mesmo, procedendo da seguinte forma: introduzido totalmente na vagina e aberto lentamente
e com delicadeza, realizado a coleta da ectocérvice com a espátula de Ayre; fixado na
lâmina, após coletado material da endocérvice com a escova cervical e fixado na lâmina
passando o fixador, foi fechado o espéculo e retirado delicadamente; auxiliado a paciente a
descer da mesa; orientada a paciente para que venha retirar o exame conforme rotina da
unidade de saúde.
Conclusão
Pode-se notar que devemos adquirir uma postura mais compreensiva na coleta do
citopatológico, não focando somente os procedimentos e orientações técnicas. Podemos
perceber durante a anamnese na realização da consulta de enfermagem os sentimentos como
medo, vergonha e ansiedade, sendo comum entre a mulheres.
O medo fica diante do resultado do exame, sabendo que este pode vir com alguma
alteração. A vergonha e o constrangimento é causada pela exposição do corpo, por ser
avaliado ou julgado sua genitália. Também é gerado ansiedade, pois não é visto como algo
natural, e por isso as mulheres ficam nervosas e ansiosas para o término do exame. Diante
disso, podemos concluir que as mulheres precisam de acolhimento, segurança e confiança,
pois querem ser escutadas para expressar seus medos e dúvidas para os profissionais da saúde,
e assim sentimos que somos aliados na busca da sua qualidade de vida
Referências
A vivência do acadêmico de enfermagem na realização de consultas ginecológicas: Relato de
experiência. 2012. Disponível em: <www.congressocobeneo.com.br/node/122> Acesso em:
14 de Maio de 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria do MS libera verbas para exames de câncer. 2009.
INCAS. Câncer do colo do útero. 2009.
Prevenção
do
câncer
de
colo
útero.
2010.
Disponível
em:
<http://www.ufpel.edu.br/cic/2010/cd/pdf/CS/CS_00551.pdf> Acesso em: 14 de Maio de
2013.
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