HS108-Métodos Antropologia - 20141°

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – SCHLA
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA
EMENTA DE DISCIPLINA
Código
Disciplina
Ementa
HS 108
Métodos de Pesquisa em Antropologia I
A construção do conhecimento em antropologia. Os diferentes
Contextos da pesquisa etnográfica. A experiência etnográfica:
trabalho de campo e técnicas de pesquisa. A escrita etnográfica e
suas implicações teóricas, políticas e éticas.
Carga Horária
Teóricas
60
Pré-Req.
Curso
Práticas
-
Estágio
-
Ciências Sociais
Horário
Turma A
Segunda-feira
9h30 – 11h30
Total
60
DOCENTE(S)
Professor(a)
Ciméa Bevilaqua
Assist/Monitor
VALIDADE
Validade
1º semestre / 2014
Quarta-feira
7h30 – 9h30
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Objetivos
O propósito deste curso é fomentar a reflexão sobre a pesquisa antropológica e suas
especificidades, com base em contribuições clássicas e contemporâneas e em uma
experiência de etnografia coletiva a ser desenvolvida pelos alunos. Esse objetivo geral se
desdobra nos seguintes eixos: contextos e práticas da etnografia; relações, experiências e
reflexividade na pesquisa etnográfica; implicações das etnografias, durante e após sua
elaboração; questões éticas e normativas da pesquisa antropológica; elaboração de projetos
de pesquisa, registros de campo e textos etnográficos; leitura e discussão metodológica de
etnografias.
Programa
1. Introdução: horizontes intelectuais e políticos da pesquisa antropológica
2. O projeto de pesquisa
3. O processo de pesquisa
3.1. Refletindo sobre o ‘campo’
3.2. Diários e registros de pesquisa
3.3. Arquivos e documentos
3.4. Experiências e afetos
3.5. A organização do material etnográfico: descrição e interpretação
3.6. Implicações da pesquisa etnográfica
4. Questões éticas e normativas da pesquisa antropológica
5. Leituras: contribuições etnográficas clássicas e contemporâneas
Procedimentos
didáticos
Aulas expositivas. Leitura e discussão de textos. Exercícios etnográficos. Elaboração de
trabalhos escritos e apresentações orais pelos alunos. Apresentação e discussão de materiais
audiovisuais.
Bibliografia
Básica e
Complementar
ALMEIDA, Mauro W. B. 2004. “A etnografia em tempos de guerra: contextos temporais e
nacionais do objeto da antropologia”. In Fernanda A. Peixoto, Heloisa Pontes & Lilia M.
Schwarcz (orgs.) Antropologias, histórias, experiências. Belo Horizonte: Ed. UFMG, pp. 61-81.
BEVILAQUA, Ciméa. 2013. “Entre a institucionalização da ética e as práticas de pesquisa: o
que as normas podem dizer, além do que dizem sobre si mesmas?” Seminário Ética na
Pesquisa Antropológica: práticas & políticas. Porto Alegre: PPGAS-UFRGS/NACI e ABA.
CALAVIA SÁEZ, Oscar. 2013. Esse obscuro objeto da pesquisa: um manual de método,
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técnicas e teses em Antropologia. Fpolis: Edição do Autor.
CUNHA, Olívia M. Gomes da. 2005. “Do Ponto de Vista de Quem? Diálogos, olhares e
etnografias dos/nos arquivos.” Estudos Históricos 36: 7-32.
ECO, Umberto. 1991 [1977]. Como fazer uma tese. São Paulo: Perspectiva.
FOOTE-WHYTE, William. 2005 [1943]. Sociedade de Esquina. RJ: Jorge Zahar. Anexo A –
“Sobre a evolução de Sociedade de Esquina” [1993], pp. 283-363.
FRÚGOLI Jr., Heitor. 2012. “Dossiê Luz, São Paulo – Introdução”. Ponto Urbe 11.0. Disponível
em: www.pontourbe.net/edicao11-dossie-luz/261-introducao.
GOLDMAN, Marcio. 2003. “Os tambores dos mortos e os tambores dos vivos: etnografia,
antropologia e política em Ilhéus, Bahia”. Revista de Antropologia 46(2):423-444.
GOLDMAN, Marcio. 2006. “Alteridade e experiência: antropologia e teoria etnográfica”.
Etnográfica 10(1): 161-173.
KUSCHNIR, Karina. 2012. “Desenhando cidades”. Sociologia e Antropologia 02(04): 295-314.
LEIRIS, Michel. 2007 [1934]. A África fantasma. São Paulo: Cosac Naify.
MACHADO, Giancarlo M. C. (org.). 2013. “Dossiê Virada Cultural”. Ponto Urbe 12.0.
Disponível em: www.pontourbe.net/dossie-virada-cultural.
MAGNANI, José Guilherme Cantor. 2002. “De perto e de dentro: notas para uma etnografia
urbana”. Revista Brasileira de Ciências Sociais vol. 17, n. 49.
MALINOWSKI, Bronislaw [1916]. “Baloma. Os espíritos dos mortos nas Ilhas Trobriand”. In
Magia, Ciência e Religião. Lisboa: Edições 70, pp. 155-272.
MALINOWSKI, Bronislaw. 1997 [1967]. Um diário no sentido estrito do termo. RJ: Record.
MARQUES, Ana Claudia; Jorge M. Villela. 2005. “O que se diz, o que se escreve: etnografia e
trabalho de campo no sertão de Pernambuco”. Revista de Antropologia 48(1): 37-74.
PIRES, Pedro Stoeckli. 2011. “Comentário sobre o processo fílmico e fotográfico na pesquisa
de campo”. R@U 3(1): 393-403.
RABOSSI, Fernando. 2004. Nas ruas de Ciudad del Este: vidas e vendas num mercado de
fronteira. Tese de doutorado (Antropologia Social). RJ: Museu Nacional/ UFRJ.
RIBEIRO, Darcy. 1996. Diários índios. Os Urubu-Kaapor. São Paulo: Companhia das Letras.
SAMAIN, Etienne. 1995. “Ver” e “dizer” na tradição etnográfica: Bronislaw Malinowski e a
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SAUTCHUK, Carlos Emanuel. 2007. O arpão e o anzol. Técnica e pessoa no estua´rio do
Amazonas (Vila Sucuriju, Amapá). Tese de doutorado (Antropologia Social). Brasília:
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UnB/PPGAS. “Prólogo” (p. 1-27); Anexo 3-Caderno de fotos; vídeo “O arpão e o anzol”,
disponível em: http://br.youtube.com/watch?v_mGqXjz4Sqo.
SCHUCH, Patrice et al (orgs.). 2010. Experiências, dilemas e desafios do fazer etnográfico
contemporâneo. Parte III: Fragmentos de diários – estratégias narrativas, retóricas, éticas e
políticas para se in/escrever o fazer etnográfico.
SCHUCH, Patrice. 2011. “A vida social ativa da ética na antropologia”. BIB 71: 5-24.
TAMANINI, Marlene et al. 2012. Normas para apresentação de trabalhos científicos no curso
de Ciências Sociais da UFPR. Curitiba: UFPR, Departamento de Ciências Sociais (Disponível no
site da coordenação do curso).
Formas de
Avaliação
Leituras e participação em aula. Exercícios individuais por escrito. Exercício coletivo de
pesquisa de campo e apresentação de dois relatórios individuais (parcial e final).
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Ciméa Barbato Bevilaqua
Professor responsável
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Ricardo Cid Fernandes
Chefe de Departamento
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