Paraná quer ampliar taxa de cura da tuberculose

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Secretaria da Saúde -
Paraná quer ampliar taxa de cura da tuberculose
Matérias da SESA
Enviado por: [email protected]
Postado em:23/03/2015
Muita gente não sabe, mas o Paraná registra em média 2,5 mil casos novos de tuberculose todos os
anos. Deste número, 75% das pessoas são curadas após o tratamento, mas este índice ainda está
longe do ideal. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que a taxa de cura chegue a
no mínimo 85% do total de casos novos registrados.
Muita gente não sabe, mas o Paraná registra em média 2,5 mil casos novos de tuberculose todos os
anos. Deste número, 75% das pessoas são curadas após o tratamento, mas este índice ainda está
longe do ideal. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que a taxa de cura chegue a
no mínimo 85% do total de casos novos registrados. De acordo com o secretário estadual da
Saúde, Michele Caputo Neto, ampliar a taxa de cura significa também reduzir o número de mortes
causadas pela doença. “O tratamento da tuberculose dura seis meses e, para o paciente ficar
curado, não pode ser interrompido. Por isso, é importante que profissionais de saúde e população
entendam a gravidade da doença”, explicou. Depois de 15 dias tomando o medicamento
corretamente a pessoa infectada não transmite mais a tuberculose. Para melhorar esses
indicadores e alertar sobre a importância do diagnóstico precoce, a Secretaria Estadual da Saúde
lança nesta terça-feira (24), Dia Mundial de Combate à Tuberculose, uma campanha educativa
voltada para profissionais de saúde e população em geral. Com peças em diferentes formatos, como
cartaz, leque, marcador de página e postagens para redes sociais, a campanha chama a atenção
para o principal sintoma de alerta da tuberculose: a tosse por três semanas ou mais. Segundo a
superintendente de Vigilância em Saúde, Eliane Chomatas, a intenção é lembrar que a tuberculose
é uma doença grave e que o diagnóstico tardio pode levar à morte. “Não podemos deixar que
a tuberculose seja esquecida, por isso temos que reforçar a detecção precoce de casos com o apoio
das equipes das unidades de saúde e serviços de emergência. A doença ainda circula no Estado e
é responsável por mais de 300 mortes anualmente”, disse. O diagnóstico da tuberculose é
feito através de exames (baciloscopia e cultura para BAAR) disponíveis gratuitamente na rede
pública de saúde. Por isso, se a pessoa apresentar tosse por 21 dias ou mais, a orientação é que
ela procure a unidade de saúde mais próxima de sua casa e alerte a equipe sobre o sintoma. Em
grupos específicos, como crianças, idosos, pessoas institucionalizadas, população privada de
liberdade, moradores em situação de rua, indígenas e população vivendo com HIV/Aids, a atenção
deve ser redobrada. Para este público, 14 dias de tosse já é um sinal de alarme para tuberculose.
TRATAMENTO - Caso a doença seja detectada nos exames da unidade de saúde, o paciente é
encaminhado imediatamente para iniciar o tratamento. Ele consiste na administração diária de uma
série de medicamentos que podem curar completamente a doença após seis meses de tratamento.
A coordenadora estadual do Programa de Controle da Tuberculose, Betina Alcântara Gabardo,
afirma que o tratamento exige o compromisso do paciente em tomar os medicamentos todos os
dias, nos horários recomendados. “Se o tratamento for interrompido ou não realizado
diariamente, o bacilo causador da doença pode ficar mais resistente aos medicamentos e período
de acompanhamento pode se estender até dois anos”, ressaltou. No Paraná, 72% dos
pacientes com tuberculose são submetidos ao tratamento diretamente observado (TDO), uma
estratégia que melhora os índices de cura da doença e reduz as chances de abandono do
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tratamento. Nesta modalidade, todos os dias um profissional de saúde observa a administração dos
medicamentos, criando um vínculo e aumentando o acolhimento do paciente. Dados da Secretaria
Estadual da Saúde apontam que 8% dos pacientes do Paraná ainda deixam de tomar os
medicamentos durante o tratamento. A meta é fazer com que este índice fique pelo menos abaixo
de 5%. A continuidade do tratamento também protege os familiares e demais pessoas que
convivem com o paciente com tuberculose. O risco de infecção para os chamados contatos é
grande, visto que a pessoa está exposta diretamente à transmissão vivendo com um doente sem
tratamento. TRANSMISSÃO - Na maioria dos casos, a tuberculose é transmitida por vias aéreas. A
infecção ocorre a partir da inalação de gotículas contaminadas expelidas pela tosse, fala ou espirro
de uma pessoa doente. A prevenção se dá pela manutenção dos ambientes sempre arejados, com
boa ventilação, além do tratamento adequado da pessoa com tuberculose. Os principais sintomas
são febre ao final do dia, tosse, fraqueza, cansaço e perda de peso.
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