Determinação de dose letal de metiletanosulfonato (EMS) para

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
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Palavras-chave: Abacaxizeiro, Etilmetanosulfonato,
Seca, Salinização
David, AA ; Brito, LKFL; Scortecci, KC; Macedo, CEC
Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Federal do Rio grande do Norte.
Determinação de dose letal de
metiletanosulfonato (EMS) para
indução de mutagênese em abacaxizeiro
No RN a presença de solos secos prejudica a cultura de abacaxizeiro, por causa dos estresses salino e
hídrico que essas plantas sofrem, tornando-se vantajoso realizar técnicas de melhoramento desta espécie
frente a esses estresses, o que pode ser feito através de mutação induzida utilizando-se metiletanosulfonato
(EMS). Para determinar a melhor concentração e tempo de exposição ao EMS a ser utilizada na indução
de mutantes, propágulos de abacaxizeiro com 4 cm de altura vindos do cultivo in vitro em meio MS
foram colocados em tubos de ensaio contendo 5 mL de solução de EMS nas concentrações de 0,0; 0,2 e
0,4%. Para cada concentração, houve divisão dos propágulos em 3 tempos de exposição: 3, 6 e 12 horas.
Eles foram lavados 3 vezes com água autoclavada e submetidos à agitação em água destilada durante
uma hora. Os propágulos foram, então, secos em papel filtro e colocados em tubos de ensaio contendo
meio MS. Foram utilizados 6 propágulos por tratamento e a cada 30 dias durante 2 meses foram
avaliados altura, número de folhas, número de brotos, injúria fisiológica (necrose, descolaração – perda
de cor por parte das folhas e caule) e taxa de sobrevivência. A altura teve o menor valor de média na
concentração 0,2% no tempo de 3 horas. Nos tempos de 6 e 12 horas não houve diferença significativa
em nenhuma das concentrações. Para o numero de folhas, não houve alteração significativa em nenhum
dos tratamentos quando comparados ao controle. O índice de descoloração apresentou resposta variada
quanto ao tempo de exposição e a dose utilizada. No tempo de 12 horas o índice de necrose foi maior
no controle, seguido da concentração 0,2% e da concentração 0,4%. Não houve ocorrência de necrose
nos tempos 3 e 6 horas no controle, enquanto que essa ocorrência foi maior para a concentração 0,2%
do que para a concentração de 0,4%. Quanto à taxa de sobrevivência, no tratamento de 3 horas foi
de 100%. Nos outros tempos houve mortalidade, porém, esse perfil não parece ter relação com o uso
do mutagênico, uma vez que as mortes foram causadas por contaminação mediante fungos, o que é
freqüente devido à exposição do material vegetal durante o tratamento mutagênico. Pela avaliação
dos parâmetros observados, as melhores doses a serem utilizadas para a futura indução mutagênica em
propágulos de abacaxizeiro estão no tempo de 3 horas, tanto na concentração de 0,2% como para a
concentração de 0,4%, uma vez que a dose a ser utilizada deve ocasionar injúria fisiológica entre 30 e
50%. E o tempo de 3 horas otimiza o experimento, uma vez que os tempos maiores testados tiveram
resultado semelhante para essas mesmas doses ou ocasionaram danos menores.
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