revisão integrativa sobre a dengue

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REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE A DENGUE
INTEGRATIVE ON DENGUE REVIEW
INTEGRADOR EN REVISIÓN DEL DENGUE
CARVALHO, Lucas Henrique de Sousa1; SOUSA, Renata Helena da
Costa2; PASSOS, Nínive de Oliveira3; NASCIMENTO, Francisco Adalberto
Paz4 ; COSTA, Anadélia Souza Ribeiro5
1,2,3
Acadêmicos de Enfermagem da FSA.
4
Orientador, professor da FSA.
5
Enfermeira, Co-orientadora.
RESUMO
A dengue é hoje uma das doenças com maior incidência no Brasil, atingindo a
população de todos os estados, independentemente da classe social. Deste
modo o presente trabalho tem como objetivo apresentar uma revisão
bibliográfica sobre os casos de Dengue apresentados no País. A revisão
bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído
principalmente de artigos científicos, documentos e livros, foram utilizadas
bases de dados SCIELO, LILACS, BDENF que fazem parte BVS (Biblioteca
Virtual de Saúde), procurando ampliar o campo de pesquisa e minimizar
interferência nessa etapa de estudo. De acordo com a pesquisa realizada e
segundo os dados do ministério da saúde os casos de dengue notificados no
país foram 204.650, dentre estes 324 foram casos graves e 33 óbitos. As
regiões centro-oeste e sudeste lideram o numero de casos com 79%, seguidos
por região Sul, Norte e Nordeste. Considerando os conhecimentos científicos e
recursos tecnológicos a realização de pesquisas fornece subsídios para que os
conhecimentos produzidos e divulgados sejam incorporados pela população e
pelos profissionais de saúde para que os índices de pessoas acometidas por
dengue possam ser reduzido ou até quem sabe chegarmos à erradicação da
doença.
Palavras-chave: Dengue. Enfermagem. Revisão integrativa
ABSTRACT
Dengue is now one of the diseases with the highest incidence in Brazil,
reaching the population of all states, regardless of social class. Thus this work
aims at presenting a literature review on cases of Dengue presented in the
country. The literature review is developed from already prepared material,
consisting mainly of scientific articles, papers and books, databases were used
(SCIELO , LILACS, BDENF) that are part of the VHL (Virtual Health Library),
seeking to broaden the search field and minimize interference in this study
stage. According to the survey, and according to health ministry data dengue
cases reported in the country were 204 650, among them 324 were severe
cases and 33 deaths. The Midwest and Southeast regions lead the number of
cases with 79%, followed by the South, North and Northeast. Considering the
scientific and technological resources to conduct research provides subsidies
so that the knowledge produced and disseminated are incorporated by
population and health professionals to the levels of people suffering from
dengue may be reduced or even perhaps get to the eradication of the disease.
Keywords: Dengue. Nursing. integrative review.
RESUMEN
El dengue es ahora una de las enfermedades con mayor incidencia en Brasil,
llegando a la población de todos los Estados, independientemente de su clase
social. Así, este trabajo tiene como objetivo presentar una revisión de la
literatura sobre casos de dengue que se presentan en el país. La revisión de la
literatura se desarrolla a partir de material ya preparado, que consiste
principalmente de artículos científicos, documentos y libros, se utilizaron las
bases de datos SCIELO, LILACS, BDENF que son parte de la BVS (Biblioteca
Virtual en Salud), en busca de ampliar el campo de búsqueda y minimizar la
interferencia en esta etapa de estudio. Según la encuesta, y de acuerdo a los
casos de dengue datos del ministerio de salud reportados en el país eran 204
650, entre ellos 324 eran casos graves y 33 muertes. Las regiones del Medio
Oeste y Sudeste llevan el número de casos con 79%, seguido por el Sur, Norte
y Noreste. Teniendo en cuenta los recursos científicos y tecnológicos para
llevar a cabo la investigación ofrece subsidios para que el conocimiento
producido y difundido se incorporan por la población y profesionales de la salud
a los niveles de las personas que sufren de dengue se puede reducir o incluso
tal vez llegar a la erradicación de la enfermedad .
Palabras clave: Dengue. Enfermería. Revisión integradora.
INTRODUÇÃO
A dengue é causada por um arbovírus pertencente ao gênero
Flavivirus, cujas características antigênicas o diferem em quatro sorotipos
distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-41. O DENV pode apresentar
tanto infecções assintomáticas quanto quadro graves fatais. Nas Américas, seu
principal mosquito vetor é o Aedes aegypti3.
Vetor da Dengue e Febre Amarela Aedes aegypti é a nomenclatura
taxonômica para o mosquito que é popularmente conhecido como mosquito-da-
dengue ou pernilongo-rajado. É uma espécie da família Culicidae, proveniente
de África, cosmopolita, com predominância nas regiões tropicais e subtropicais,
com hábitos antropofílicos (dependente da presença humana no local para se
estabelecer). O mosquito está bem adaptado a zonas urbanas, mais
precisamente ao domicílio humano se beneficiando dos inúmeros criadouros
que o modo de vida atual oferece, onde consegue reproduzir-se e pôr os seus
ovos em recipientes com água.
Os ovos do Aedes aegypti têm formato alongado e cor negra
brilhante, ficam depositados nas paredes de recipientes com água. Cada
mosquito fêmea pode botar até 1500 ovos durante toda sua fase adulta. Os
ovos ainda podem resistir mais de 400 dias à seca. Já as larvas movimentamse rapidamente para o fundo, com aversão à luz(SUVISA, 2012)
Segundo Martins e Castiñeiras (2002), o Aedes aegypti prolifera-se
dentro ou nas proximidades das casas, apartamentos, hotéis, ou em qualquer
local com água limpa. Apesar disso, alguns estudos apontam focos do
mosquito em água suja também. Isto leva a crer que além de uma adaptação
ao ambiente urbano, o mosquito da dengue pode estar se adaptando também
em novos ambientes, que antes não eram favoráveis a sua proliferação. Isto
aumenta cada vez mais o risco de epidemias de dengue em locais que antes
eram considerados como zonas livres de dengue.
Alguns fatores influenciam a incidência de A.aegypti, como a altitude
que limita a sua distribuição, encontrando-se poucos exemplares acima de
1000 metros. Um fator associado com altitude é o clima, pois quando há
condições favoráveis de umidade e temperatura, o embrião se forma em 48
horas. Se tais condições não existirem, o período pode se prolongar até 450
dias quando o ovo entra em contato com a água (Ferreira, 2004; Tauil, 2002;
Takahashi et al., 2004). Essa influência se estende às larvas e pupas.
O combate do A. aegypti pode ser realizado de duas maneiras:
controle químico e controle mecânico. O controle químico é feito através de
larvicidas e adulticidas interrompendo o ciclo do mosquito nas fases de larva e
pupa e adulto respectivamente.
A dengue se distribui em uma larga faixa abaixo e acima do Equador.
Até a metade da década de 1990, o Sudeste Asiático se constituía na região
do mundo mais atingida por dengue. A partir de então, os países das
Américas Central e do Sul começaram a se destacar nesse cenário e
passaram a contribuir com muito mais da metade dos casos notificados dessa
doença no mundo. Naquela década, em apenas um único ano (1998), o Brasil
registrou mais de 700 mil casos. (BARRETO & TEIXEIRA, 2008)
O Brasil apresentou a primeira epidemia no início da década de 80,
onde foram isolados os sorotipos DEN-1 e DEN-4 no Estado de Roraima, com
cerca de 11.000 pessoas infectadas. Em seguida, foram registradas várias
epidemias e surtos em diversas regiões do Brasil. Com o passar do tempo a
dengue adquiriu um caráter endêmico, com o aumento da incidência nos
períodos de chuvas. (COSTA, et al., 2011)
Poderá ter adquirido a parasitose o indivíduo que apresentar sintomas
como: cefaleia, dor retro-orbitária, mialgias, artralgias, prostração ou
exantema, associados ou não à presença de hemorragias. Além de ter
estado, nos últimos quinze dias, em área onde esteja ocorrendo transmissão
de Dengue ou tenha a presença de Aedes aegypti.(BRASIL,2010)
A presença de sinais de alarme indica a possibilidade de gravidade do
quadro clínico e de evolução para Dengue Hemorrágica e/ou Síndrome do
Choque da Dengue.(BRASIL,2010).
Todo caso suspeito precisa ser notificado ao serviço de Vigilância
Epidemiológica do município, pois a dengue é doença de notificação
compulsória. A confirmação do diagnóstico pode ser feita por meio de testes
sorológicos ou de detecção viral, sendo os primeiros os mais utilizados e
estando os de detecção virais mais reservados para quando se tem propósito
epidemiológico ou como parte de pesquisa para estudos clínicos.
A assistência de enfermagem diante dos sintomas apresentados pelo
paciente deve ocorrer conforme se preconiza o Ministério da Saúde; com
relação aos seguintes sintomas o enfermeiro deve proceder conforme é
prescrito no manual ministerial: febre, cefaléia, dor retro-orbitária, mialgias e
artralgias, prurido, dor abdominal, plaquetopenia, anorexia, náuseas e vômitos,
sangramentos em geral, sinais de choque e dengue com complicações que são
as formas atípicas. Segundo Ministério da Saúde (2008) a partir destes
sintomas deve ocorrer à assistência de enfermagem ao paciente conforme o
manual.
O Tratamento da dengue clássica: não há tratamento específico. A
medicação é apenas sintomática, com analgésicos e antitérmicos (paracetamol
e dipirona). Devem ser evitados os salicilatos e os antinflamatórios não
hormonais, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações
hemorrágicas e acidose. O paciente deve ser orientado a permanecer em
repouso e iniciar hidratação oral.
O tratamento da febre Hemorrágica da Dengue - FHD: os pacientes
devem ser observados cuidadosamente para identificação dos primeiros sinais
de choque. O período crítico será durante a transição da fase febril para a
afebril, que geralmente ocorre após o terceiro dia da doença. Em casos menos
graves, quando os vômitos ameaçarem causar desidratação ou acidose, ou
houver sinais de hemoconcentração, a reidratação pode ser feita em nível
ambulatorial.
METODOLOGIA
Abordagem de um estudo bibliográfico do tipo revisão da literatura, o
que propicia a análise de um tema sob novo enfoque ou abordagem, inovando
com conclusões críticas. Para a seleção dos estudos, realizou-se levantamento
de dados na Biblioteca Científica Eletrônica Online (SCIELO), na Literatura
Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e no Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF). Foram critérios de inclusão: artigos
publicados nas bases de dados citadas no período de 2005 a 2014; artigos
com os seguintes descritores, palavras chaves: Dengue e Enfermagem. Após
levantamento, identificou-se 77 publicações entre artigos de periódicos,
dissertações e monografias. Foram excluídos os artigos que, embora tivessem
tais descritores, não versavam especificamente sobre dengue (37) bem como
aqueles que se repetiram ao compilar todas as bases de dados (24).
O processo de seleção envolveu múltiplos estágios. Primeiramente,
realizou a leitura do resumo de cada artigo, para verificar quais os artigos
reuniam critérios de elegibilidade predeterminados referentes ao tema
proposto. Após leitura flutuante, selecionou-se 16 estudos, analisando as
informações disponíveis e/ou abrangentes. Os resumos que deixaram margens
de duvidas foram descartados do estudo.
RESULTADOS E DISCUSÃO
O sistema de saúde brasileiro passou por reformas significativas
visando à construção de um novo paradigma da produção social da saúde.
Para responder a essa nova ordem organizacional, o Ministério da Saúde (MS)
atribuiu ênfase ao nível de Atenção Primária à Saúde (APS), caracterizado por
um conjunto de ações que incluem práticas gerenciais, sanitárias, democráticas
e participativas. Essas ações devem ser desenvolvidas sob a forma de trabalho
em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais
se assume a a\responsabilidade sanitária. (GRAZINNELLI, COLARES,
BERNADINO, ARAÚJO, & SOARES, 2013)
A dengue é hoje uma das doenças com maior incidência no Brasil,
atingindo a população de todos os estados, independentemente da classe
social. Nesse cenário, torna-se imperioso que um conjunto de ações para a
prevenção da doença seja intensificado, permitindo assim a identificação
precoce dos casos de dengue, a tomada de decisões e a implementação de
medidas de maneira oportuna, a fim de principalmente evitar óbitos. Preservar
a vida humana é obrigação de todos. (BRASIL, 2007)
De acordo com a pesquisa realizada e segundo os dados do ministério
da saúde os casos de dengue notificados no país foram 204.650, dentre estes
324 foram casos graves e 33 óbitos. As regiões centro-oeste e sudeste lideram
o numero de casos com 79%, seguidos por região Sul, Norte e Nordeste. Os
adultos jovens têm sido os mais atingidos pela dengue desde a introdução do
vírus no país. Em alguns surtos, um excesso de casos foi descrito em mulheres
adultas e pré-escolares. Nos últimos anos, tem sido descrita uma elevação no
número de casos em crianças, no Brasil e em outros países. (MOTA, FILHO,
SARACENI, & KOIFMAN, 2012)
A infecção pelo vírus da dengue confere imunidade permanente
apenas para o sorotipo como qual ocorreu a infecção. Portanto, a população
que vive em áreas endêmicas está susceptível a infecções pelos outros
sorotipos. A infecção por qualquer um dos quatro sorotipos da dengue pode ser
assintomática ou pode causar sintomas que variam desde uma síndrome viral
não específica até uma doença e muitas vezes fatal; entretanto, os indivíduos
infectados pela segunda vez são mais propensos a experimentar formas mais
graves da doença. Embora uma série de vacinas esteja atualmente sendo
testada em ensaios clínicos, nenhuma ainda confere proteção para a
dengue(MOTA, FILHO, SARACENI, & KOIFMAN, 2012)
A confirmação laboratorial é orientada de acordo com a situação
epidemiológica: em períodos não epidêmicos, solicitar o exame de todos os
casos suspeitos; em períodos epidêmicos, solicitar o exame em todo paciente
grave ou com dúvidas no diagnóstico, seguindo as orientações da Vigilância
Epidemiológica de cada região. Os dados de anamnese e exame físico serão
utilizados para orientar as medidas terapêuticas cabíveis O manejo adequado
dos pacientes depende do reconhecimento precoce dos sinais de alarme, do
contínuo monitoramento e reestadiamento dos casos e da pronta reposição
hídrica. Com isso, torna-se necessária a revisão da história clínica,
acompanhada do exame físico completo, a cada reavaliação do paciente, com
o devido registro em instrumentos pertinentes (prontuários, ficha de
atendimento, cartão de acompanhamento). O tratamento é sintomático (com
analgésicos e antipiréticos), sendo indicada hidratação oral ou parenteral,
dependendo da caracterização do paciente. (BRASIL,2010)
As medidas de controle se restringem ao vetor Ae. aegypti, uma vez
que não há vacina ou drogas antivirais específicas. O combate ao vetor
envolve ações continuadas de inspeções domiciliares, eliminação e tratamento
de criadouros, associadas a atividades de educação em saúde e mobilização
social. A finalidade das ações de rotina é manter a infestação do vetor em
níveis incompatíveis com a transmissão da doença. Em situações de
epidemias,
deve
ocorrer
a
intensificação
das
ações
de
controle,
prioritariamente a eliminação de criadouros e o tratamento focal. Além disso,
deve ser utilizada a aplicação espacial de inseticida a ultra-baixo volume
(UBV), ao mesmo tempo em que as ações de rotina são conduzidas de forma
aprimoradas. Em função da complexidade que envolve a prevenção e o
controle da Dengue, o Programa Nacional de Controle da Dengue estabeleceu
dez componentes de ação: vigilância epidemiológica; combate ao vetor;
assistência aos pacientes; integração com a atenção básica; ações de
saneamento ambiental; ações integradas de educação em saúde, comunicação
e mobilização; capacitação de recursos humanos; legislação de apoio ao
Programa; acompanhamento e avaliação. Esses componentes de ação, se
convenientemente implementados, contribuirão para a estruturação de
programas permanentes, integrados e intersetoriais, características essenciais
para o enfrentamento deste importante problema de saúde pública. (BRASIL,
2010)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando os conhecimentos científicos e recursos tecnológicos
atualmente disponível em relação a dengue, os objetos de controle desta
doença devem está bem claros. É possível reduzir as dimensões das
epidemias, aprimorando o sistema de vigilância epidemiológica, detectando
mias precocemente os surtos da doença e respondendo mais efetivamente no
combate ao vetor infectado, quando presente apenas em áreas restritas das
grandes e médias cidades brasileiras.
A eliminação do vetor das grandes e médias cidades parece
inexequível nos dias de hoje, considerando toda complexidade do meio urbano.
A realização de pesquisas fornece subsídios para que os conhecimentos
produzidos e divulgados sejam incorporados pela população e pelos
profissionais de saúde para que os índices de pessoas acometidas por dengue
possam ser reduzido ou até quem sabe chegarmos à erradicação da doença.
O trabalho da equipe de combate a dengue é desenvolvido através de
visitas ás residências, orientando os moradores, verificando assim a existência
de focos do mosquito da dengue e eliminando-os. Porém uma das maiores
dificuldades da equipe técnica de combate a dengue é a falta de acesso às
residências, seja por ausência dos moradores ou até mesmo, a não permissão
da entrada do profissional nas residências. Este é um fator grave, pois grande
parte dos criadouros estão dentro das residências, em vasos de plantas,
garrafas, latas, etc. O fato do mosquito transmissor da dengue se reproduzir
em qualquer recipiente se torna uma grande barreira para o seu controle. O
primeiro passo após a prevenção, é realizar a quebra da cadeia de
transmissão, ou seja, eliminar os recipientes que são os locais de transmissão
do mosquito, o que é possível apenas com as participações do poder público,
órgãos de pesquisa e a própria comunidade, adotando medidas em parceria
para erradicar o ciclo de contaminação e transmissão da dengue.
Medidas simples poderão ser utilizadas pela população no controle da
dengue na cidade, sendo que, estes locais cobertos impossibilitarão a entrada
e saída dos mosquitos. Desta forma, se faz necessário vedar ou tampar os
recipientes que poderão se tornar local de foco do mosquito, como por
exemplo, caixa d´água, tanques e poços. A remoção de lixo nas proximidades
das residências também se faz necessária, tanto quanto evitar estes depósitos
de lixo a céus abertos, pois estes podem servir de ambientes ideais após as
chuvas para a criação de focos da dengue. O controle químico pode ser
realizado pela própria comunidade, pois existem larvicidas seguros e de fácil
manuseio e que podem matar as larvas em desenvolvimento em recipientes de
água. Outra medida que se mostra eficaz e pode ser realizadas pela própria
comunidade é a lavagem das bordas dos recipientes com bucha de água, pois
são nestas laterais que os ovos eclodem.
A coleta de lixo tem que ser eficiente, evitando assim os possíveis
criadouros da dengue em terrenos baldios. Um eficiente serviço de água
também poderá evitar o armazenamento de água pelas pessoas, pois a falta de
água em alguns setores obriga as pessoas a armazenar água em recipientes
que poderão se tornar ambientes favoráveis ao mosquito Aedes aegypti. A
inspeção domiciliar é importante para controle do vetor, sendo que os
profissionais podem ensinar aos moradores meios de evitar a proliferação do
mosquito dentro das residências, além de determinar se está havendo
reprodução dos mosquitos. O poder público deve preparar planos de ação
emergenciais, caso aconteçam surtos e epidemias da doença, além de realizar
campanhas escolares, campanhas de limpeza entre outras ações que
objetivam a obtenção de resultados eficaz no controle do vetor.
Desta forma, concluí-se, que um grande número de fatores pode estar
ligado á falta de controle da dengue no Brasil, que vai desde as ineficientes
políticas de combate ao vetor até a falta de sensibilidade da população.
Certamente, um maior investimento na prevenção e combate,
favoreceria o controle da doença, pois hoje os investimentos se mostram
insuficientes, principalmente no quadro de funcionários, o que reflete
diretamente em uma falta de controle do vírus.
É preciso também que aconteça um fortalecimento da Educação
ambiental no município, incorporando ações concretas de práticas de
prevenção, levando assim a provocação de debates, manejos, palestras,
simpósios, conferencia entre outros, para fazer com que a população se
sensibilize
com
a
causa,
levando
a
uma
prevenção
do
problema.
REFERÊNCIAS
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Versão: 27/Março/2002. URL http://www.cives.ufrj.br.
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