o “jardim dos micróbios” de aldo castellani

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COLÓQUIO INTERNACIONAL CONHECIMENTO E CIÊNCIA COLONIAL
Lisboa, 26-29 de novembro de 2013
O “JARDIM DOS MICRÓBIOS” DE ALDO CASTELLANI: A FASE PORTUGUESA DA SUA CONTRIBUIÇÃO
PARA A MEDICINA TROPICAL (1946-1971)
Isabel Maria Amaral
Centro Interuniversitário de História das Ciências e Tecnologia
Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa
[email protected]
Resumo
Aldo Castellani (1874-1971), médico particular da família real italiana de Savoia, viaja para Lisboa em
1946, acompanhando o Rei Humberto II, no seu exílio em Portugal. Dada a reputação internacional que
granjeara a partir da sua experiência como membro da primeira comissão britânica encarregue do
estudo da doença do sono no Entebe (Uganda) estabelece um cadinho de outras contribuições no
âmbito da medicina tropical centrada no ensino, na investigação e no exercício da clinica tropical, em
países como o Ceilão, Inglaterra e Itália.
Ao chegar a Portugal é recebido por Fraga de Azevedo no Instituto de Medicina Tropical, em 1947, onde,
para além da investigação a que dá continuidade, assume a docência da disciplina de patologia e clínica
tropicais. Aqui enceta um conjunto de iniciativas centradas na microbiologia, que incluem a preservação
de um “jardim de micróbios” , repositório das colecções microbiológicas que Aldo Castellani foi
trabalhando desde o inicio da sua carreira científica.
Ao falecer, no Hospital Inglês, em 1971, deixa ao IHMT o seu espólio pessoal. Neste estudo pretende-se
revisitar este espólio, dando particular destaque à produção científica do autor, a partir do mundo dos
seus micróbios na escola de medicina tropical portuguesa, onde identificou novos microrganismos e
consubstanciou a trilogia pasteuriana: uma doença, um micróbio, uma vacina.
Esta reflexão visa dar assim a conhecer a vida e obra de Aldo Castelllani em Portugal, a fase menos
conhecida de todos os seus biógrafos, e em simultâneo, o seu contributo para o prestigio da medicina
tropical portuguesa.
Palavras Chave: Medicina Tropical, Microbiologia, Aldo Castellani, Instituto de Medicina Tropical, Escola
Nacional de Saúde Pública e Medicina Tropical
Isabel Amaral, licenciada em Bioquímica e doutorada em História e Filosofia da Ciência, especialidade
Epistemologia, pela Universidade Nova de Lisboa. É Professora auxiliar da Secção de Ciências Sociais
Aplicadas na mesma faculdade, onde tem orientado várias teses de mestrado e doutoramento. É
membro do grupo internacional STEP (Science and Technology in the European Peripheries),
investigadora do Centro Interuniversitário de História e Filosofia da Ciência e da Tecnologia (CIUHCT) e
membro da curadoria do Museu do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (Universidade Nova de
Lisboa). É vice-presidente da Secção de História da Medicina (SGL) e membro outras sociedades
científicas nomeadamente da Sociedade de Química, da Sociedade de Bioquímica e da Sociedade
Brasileira de História da Medicina. Tem diversos artigos publicadas em livros, revistas internacionais
(com referee) e em publicações nacionais sobre temas de história da ciência e da medicina em Portugal
nos séculos XIX e XX. Desde 2002 tem desenvolvido projectos de investigação no âmbito da história da
medicina tropical portuguesa.
Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa
Centro de História do Instituto de Investigação Científica Tropical
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