UNIFENAS Universidade José do Rosário Vellano Curso de Biomedicina ANAIS Il Congresso de Biomedicina ALFENAS – MG 2009 UNIFENAS Universidade José do Rosário Vellano Profa. Maria do Rosário Araújo Velano Reitora da UNIFENAS Dra. Larissa Araújo Velano Vice-Reitora da UNIFENAS Dra. Viviane Araújo Velano Cassis Chefe de Gabinete da Reitoria Prof. João Batista Magalhães Supervisor de Campi Profa. Daisy Fabris de Almeida Singi Supervisora Pedagógica Prof. Vinícius Vieira Vignoli Supervisor de Texto e Publicações Prof. Oswaldo Luiz Mariano Supervisor Administrativo Prof. Mário Sérgio de Oliveira Swertz Surpervisor de Pesquisa e Pós-graduação Paulo Tadeu Barroso de Sales Gerente Financeiro Sandra Regina Remondi Supervisão de Avaliação Profa. Marlene Leite Godoy Vieira de Souza Coordenadora de Graduação Prof. Rogério Ramos do Prado Coordenador de Extensão – Campus Alfenas Profa. Luísa Barbosa Messora Coordenadora do Curso de Biomedicina – Campus Alfenas COMISSÃO ORGANIZADORA Julieta Maria M. N. M. Santos Luisa Barbosa Messora Marcelo Reis Costa Nelma de Mello Silva Oliveira Silmara Paula Gouveia de Lima COMITÊ CIENTÍFICO Luisa Barbosa Messora Marcelo Reis Costa Nelma de Mello Silva Oliveira COMISSÃO ORGANIZADORA ACADÊMICA Eduane Ferreira da Rocha Grasielle Esteves Ribeiro Iara Helena de Carvalho José Claudiney Esteves Tayara Aparecida Campos Torres Apoio Institucional Coordenação do Curso Bomedicina Luisa Barbosa Messora Assessoria de Divulgação Equipe de Imprensa Jornal da UNIFENAS / Jornal dos Lagos / TV Alfenas / Rádio Atenas Impressão Arte Gráfica Atenas AGRADECIMENTO O ll Congresso e Vl Simpósio de Biomedicina continuam a contribuir com o progresso científico em função do trabalho em conjunto de alunos e professores da Universidade José do Rosário Vellano. Portanto, cabe o nosso agradecimento a Reitora Profa. Maria do Rosário Araújo Velano, a Vice–Reitora Dra Larissa Araújo Velano e a Chefe de Gabinete Viviane Araújo Velano Cassis que apóiam e incentivam a pesquisa de qualidade. E aos Supervisores de Campi João Batista Magalhães, de Texto e Publicação Vinicius Vignoli, Pesquisa e Pósgraduação Mário Sérgio Swertz de Oliveira e a Coordenadora de Graduação Profa. Marlene Leite Godoy Vieira de Souza que juntos ajudam a manter uma administração consciente da importância da pesquisa como pilar da Universidade. E, ainda, aos professores, alunos e todos os funcionários que continuam ajudando a realização desses eventos que enriquecem a educação continuada. E, finalmente, a Coordenadora do Curso de Biomedicina Luisa Barbosa Messora que trabalha arduamente para realização do evento. COMITÊ CIENTÍFICO Luísa Barbosa Messora Nelma de Mello Silva Oliveira Marcelo Reis Costa PROGRAMAÇÃO II Congresso e VISimpósio de Biomedicina 18 a 20 de novembro de 2009 – Sala de Eventos I 18 de novembro 18h - ENTREGA DE MATERIAL 18h30min - CERIMÔNIA DE ABERTURA 19h - PALESTRA 1 -“Células Tronco - Manipulação e Aplicação” Dr. Mario Roberto Lago Biomédico responsável pelo Laboratório de Terapia Celular do Hospital Beneficência Portuguesa de S. J. Rio Preto SP 20h30min – COFFEE AND LIVE MUSIC 21h – Palestra 2 - “Logística de Transporte de Materiais Biológicos” Dr. Giovanni Serretti – Laboratório Hermes Pardini 19 de novembro 13h30min/17h30min – Apresentação de Trabalhos Científicos 17h – Palestra 3 – “Bioinformática Clínica” Dr. Nilson Nicolau Júnior – Departamento de Genética e Bioinformática – USP – Ribeirão Preto 19h - Palestra 4 - “Produção de Reagentes na Indústria de Diagnóstico in vitro” Gabriel Ferreira e Erik Cardoso – Biomédicos representantes da Biotécnica – Indústria de Reagentes Ltda. 20h30min – COFFEE AND LIVE MUSIC 21h – Palestra 5 – “Comunicação , Motivação e Liderança” Prof. Juarez Monteiro de Rezende Msc em Administração pelo CNEC – FACECA Coordenador e professor do curso de Comunicação Social – UNIS MG 20 de novembro 18h – Premiação dos Trabalhos Científicos 19h/22h30min – Curso 1 – “Reprodução Assistida – As bases da prática Médica atual ” Dra. Ana Karina Bartmann – Mestre em Ginecologia pela USP/Ribeirão Preto e doutorado na UNICAMP SP Experiência no Brigham and Women´s Hospital of Harvard – EUA Fellowship por 1 ano no Hospital Antoine Beclere em Paris – França (Principal Centro de Reprodução Assistida da Europa) 20h30min – COFFEE AND LIVE MUSIC SUMÁRIO ENSAIO DE MUTAGENICIDADE E ANTI-MUTAGENICIDADE DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO E ÓLEO DE Helianthus annuus Linné (GIRASSOL) ATRAVÉS DO TESTE DE MICRONÚCLEO EM MEDULA ÓSSEA DE ROEDORES .......................................... 8 ELETROFORESE DE ENZIMAS MULTILOCO E CARACTERÍSTICAS DE ENZIMAS HIDROLÍTICAS DE Candida albicans ISOLADO DE PACIENTES COM FISSURAS LÁBIOPALATAIS ................................................................................................................................................ 9 EFEITOS MUTAGÊNICOS E ANTI-MUTAGÊNICO DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Tabebuia avellanedae EM CÉLULAS DE MEDULA ÓSSEA DE ROEDORES IN VIVO ....... 10 MUTAGENICIDADE DO IVOMEC® INJETÁVEL ATRAVÉS DO TESTE DO MICRONÚCLEO EM MEDULA ÓSSEA DE ROEDORES IN VIVO ............................................................................ 11 DIAGNÓSTICO MOLECULAR DA ANEMIA FALCIFORME ........................................................ 12 AVALIAÇÃO DA MUTAGENICIDADE E ANTIMUTAGENICIDADE DO EXTRATO GLICÓLICO DE Theobroma cacao L. ATRAVÉS DO TESTE DO MICRONÚCLEO EM ROEDORES ........................................................................................................................................... 13 MONITORAMENTO PROSPECTIVO DE Staphylococcus aureus OXACILINA RESISTENTE PROVENIENTES DE AMBIENTES AÉREOS ODONTOLÓGICOS .................. 14 ESTUDO SOBRE O VALOR NUTRICIONAL DE FILÉS DE TILÁPIA (Oreochromis niloticus) ORIUNDOS DA PESCA EM TANQUES REDE ............................................................ 15 ENSAIOS MUTAGÊNICOS E ANTIMUTAGÊNICOS DE Ziziphus joazeiro MART. ATRAVÉS DO TESTE DO MICRONÚCLEO EM MEDULA ÓSSEA DE ROEDORES............. 16 TESTE DO MICRONÚCLEO EM MEDULA ÓSSEA DE ROEDORES DE SOJA CONVENCIONAL E TRANSGÊNICA ............................................................................................... 17 AVALIAÇÃO DA MUTAGENICIDADE DO SELENE® (ETINILESTRADIOL E ACETATO DE CIPROTERONA) ATRAVÉS DO TESTE DO MICRONÚCLEO EM ROEDORES IN VIVO .... 18 ATIVIDADE ANTIMICROBIANA IN VITRO DA Uncaria tomentosa (Willd) D. C. .................. 19 ENSAIO DE MUTAGENICIDADE E ANTI-MUTAGENICIDADE DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO E ÓLEO DE Helianthus annuus LINNÉ (GIRASSOL) ATRAVÉS DO TESTE DE MICRONÚCLEO EM MEDULA ÓSSEA DE ROEDORES FLORÊNCIO, D1; RESENDE, M. R.1; ALVES, V. E.1; OLIVEIRA, N. M. S.2; COSTA, A. M. D. D.3; BORIOLLO, M. F. G.4 1. Acadêmicas do Curso de Farmácia - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 2. Professora dos Cursos de Farmácia e Biomedicina e do Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microorganismos - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 3. Professora dos Cursos de Odontologia, Medicina e responsável pelo Laboratório de Pesquisas em Fitofármacos - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 4. Professor dos Cursos de Farmácia, Medicina e responsável pelo Laboratório de Pesquisas em Genética e Biologia Molecular - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. O extrato ou óleo da semente de H. annuus Linné (Família Asteraceae) possui amplas indicações como suplemento nutricional e como agente antioxidante. Relatos apontam efeitos benéficos ao sistema cardiovascular e no combate a radicais livres. O teste do micronúcleo em medula óssea de roedores in vivo tem sido amplamente utilizado para a detecção de agentes clastogênicos e aneugênicos e, ainda, aceito pelas agências internacionais e instituições governamentais, como parte da bateria de testes recomendada para se estabelecer a avaliação e o registro de novos produtos químicos e farmacêuticos. Devido a sua potencialidade nutricional e terapêutica em humanos, analisou-se o seu potencial mutagênico e anti-mutagênico através do teste do micronúcleo em roedores. Camundongos Swiss albinus adultos jovens (30g a 40g) foram utilizados no teste. Antecedendo o ensaio, esses animais foram aclimatados às condições do laboratório por 7 dias, tratados com ração comercial Labina Purina® e água ad libitum em ambiente climatizado a 22°C ± 3°C e ciclos de luminosidade de 12h. No ensaio mutagênico, o tratamento foi administrado por gavagem (100µL.10g-1) uma única vez empregando-se quinze grupos de animais (3 machos e 3 fêmeas por grupo), e em duplicata a fim de posterior análises nos tempos de 24h e 48h (tratamentos independentes com o extrato hidroalcoólico e óleos – farmacêutico e nutricional – de 250, 500, 1000, 1500 e 2000mg.Kg-1). Controles negativo (150mM NaCl) e positivos (50mg.Kg-1 de N-Nitroso-N-ethylurea; 5mg.kg-1 Doxorrubicina: intraperitoneal) foram incluídos. No ensaio anti-mutagênico, dois grupos de animais foram tratados (extrato hidroalcoólico 2000mg.Kg-1 e N-Nitroso-N-ethylurea 50mg.Kg-1; extrato e Doxorrubicina 5mg.kg-1). Após os tempos de tratamento, os animais foram sacrificados por inalação de CO2 em câmaras de acrílico adaptadas. Os fêmures foram retirados e, rapidamente, células da medula óssea foram coletadas (1mL 150mM NaCI), homogeneizadas e centrifugadas (1000rpm/5min). Sedimentos celulares foram ressuspensos (500µL formol 4% em 150mM NaCI). As lâminas foram preparadas por esfregaço, mantidas a temperatura ambiente e submetidas à coloração (Leishman eosina-azul). Eritrócitos policromáticos (PCEs) foram analisados quanto a presença de micronúcleos (MNs) (1000×) e contados (2000 PCEs/animal). Os dados foram submetidos à análise estatística de variância, em delineamento inteiramente casualizado e esquema fatorial 20×2×2 (tratamento×sexo×tempo), e ao teste Tukey (P ≤ 0,05) empregando o software SAS® (versão 8.01). Os resultados revelaram diferenças estatísticas significativas na freqüência de PCEMNs entre o grupo de animais dos controles positivos e controle negativo, e controles positivos e tratamentos (óleos e extrato). Essas diferenças não foram observadas entre o grupo de animais do controle negativo e os tratamentos e, ainda, entre os sexos e os tempos, sugerindo que o extrato hidroalcoólico e os óleos das sementes de H. annuus não apresentam potencial clastogênico/aneugênico. Finalmente, os ensaios antimutagênicos não revelaram diferenças estatísticas quando comparado com os controles positivos, sugerindo ausência de atividade anti-mutagênica. Palavras-chave: Helianthus annuus Linné (girassol), extrato hidroalcoólico e óleo, teste do micronúcleo, medula óssea, roedores. Apoio financeiro: CNPq, FAPEMIG e Lab. Genética e Biologia Molecular – UNIFENAS ELETROFORESE DE ENZIMAS MULTILOCO E CARACTERÍSTICAS DE ENZIMAS HIDROLÍTICAS DE Candida albicans ISOLADO DE PACIENTES COM FISSURAS LÁBIOPALATAIS PINTO, L.H.F.1; BASSI, R.C.2; LOPES, J.R.G.3; PEREIRA, R.F.R.4; BARROS, L.M.5; BORIOLLO, M.F.G.6 1. Acadêmico do Curso de Farmácia - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 2. Acadêmico do Curso de Biomedicina - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 3. Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 4. Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas - UNIFAL, Alfenas, MG, Brasil. 5. Professora do Curso de Odontologia - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 6. Professor dos Cursos de Farmácia, Medicina e responsável pelo Laboratório Genética e Biologia Molecular - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. As fissuras lábio-palatais são anomalias decorrentes de síndromes hereditárias determinadas por herança, alterações cromossômicas ou fatores ambientais. Em portadores destas fissuras, mesmo após terapias de reabilitação, pode-se observar a persistência do quadro clínico. Este fato predispõe estes pacientes ao acúmulo de biofilme dental, principalmente na região anterior da mandíbula, favorecendo a proliferação de espécies de Candida e outros agentes microbiológicos. Leveduras do gênero Candida compõem a microbiota bucal residente, entretanto, sob determinadas circunstâncias, podem agir como oportunistas, provocando candidoses superficiais ou sistêmicas. Esta é considerada a infecção fúngica mais freqüente da cavidade bucal humana, sendo C. albicans a principal espécie relacionada. A presente pesquisa investigou a diversidade genética e o potencial de virulência de 133 isolados bucais de C. albicans provenientes de 22 portadores de fissuras lábio-palatais, tratados no Centro Odontológico da UNIFENAS, da cidade de Alfenas, do estado de Minas Gerais, Brasil. Espécimes bucais foram coletados com o auxílio de swabs, inoculados diretamente em placas contendo meio de cultura Chromagar® Candida. A identificação preliminar de isolados bucais de C. albicans e C. dubliniensis foi realizada com base na coloração verde das colônias sobre os meios cromogênicos. De 10 a 15 colônias verdes por amostra, foram selecionadas ao acaso e subcultivadas em meio inclinado ágar sabouraud dextrose neutro a 37oC por 24-48h para obtenção de culturas puras. A identidade dos isolados bucais de C. albicans foi confirmada pelos testes de crescimento de colônias sobre o meio SDA a 42-45oC por 24-48h e ausência de produção abundante de clamidósporos sobre meio ágar caseína a 24oC por 48h. Genótipos de 1 a 11 isolados bucais de C. albicans por paciente foram analisados por marcadores isoenzimáticos: ADH (EC 1.1.1.1), SDH (EC 1.1.1.14), M1P (EC 1.1.1.17), MDH (EC 1.1.1.37), GDH (EC 1.1.1.47), G6PDH (EC 1.1.1.49), ASD (EC 1.4.3.x), CAT (EC 1.11.1.6), PO (EC 1.11.1.7) e LAP (EC 3.4.1.1). O potencial de virulência in vitro, ou seja, as características de enzimas hidrolíticas de aspartil poteinases (SAPs) e fosfolipases (PLs) foram analisadas através de procedimentos microbiológicos, a fim de determinar um potencial de virulência in vitro. Padrões monoclonais e policlonais na colonização bucal por C. albicans nos pacientes e entre os mesmos foram observados, sem qualquer correlação com as atividades fortemente positivas in vitro para SAPs (100% dos isolados) e PLs (46%) ou características clínicas dos hospedeiros. Esses resultados apontam para a necessidade de um monitoramento dessa espécie oportunista e espécies relacionadas na cavidade bucal dos pacientes portadores de fissuras lábio-palatais, uma vez que os mesmos podem apresentar uma susceptibilidade intrínseca à colonização bucal. Em adição, as características de virulência poderiam facilitar os processos de infecção e, consequentemente, sua disseminação sistêmica. Palavras-chave: Candida albicans, marcadores isoenzimáticos (MLEE), SAPs e PLs, cavidade bucal, fissuras lábio-palatais. Apoio financeiro: FAPEMIG e Faculdade de Odontologia de Alfenas - UNIFENAS EFEITOS MUTAGÊNICOS E ANTI-MUTAGÊNICO DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Tabebuia avellanedae EM CÉLULAS DE MEDULA ÓSSEA DE ROEDORES IN VIVO ALVES, V.E.1; RESENDE, M.R.1,; PINTO, L.H.F.1,; SOUZA, L.S.2; BORIOLLO, M. F. G3. 1. Acadêmicos do Curso de Farmácia - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil.. 2. Mestrando do Curso de Ciência Animal - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 3. Professor dos Cursos de Farmácia, Medicina e responsável pelo Laboratório de Pesquisas em Genética e Biologia Molecular - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. A casca de T. avellanedae (ipê-roxo) tem mostrado algumas propriedades fitoterápicas, de modo especial, ação antimicrobiana e antiinflamatória em gengivites e mucosas. Devido a sua potencialidade terapêutica em humanos, o objetivo da presente pesquisa foi avaliar o seu potencial mutagênico e anti-mutagênico, a partir da associação com o anti-tumoral DXR (cloridrato de doxorrubicina), empregando o teste do micronúcleo em medula óssea de roedores. No ensaio mutagênico, o extrato foi administrado por gavagem (100µL.10g-1), empregando-se quatro grupos de animais (3 machos e 3 fêmeas por grupo), em duplicata, para análises nos tempos de 24h e 48h (extrato hidroalcoólico de 500, 1000, 1500 e 2000mg.kg-1. Controles negativo (150 mM NaCl) e positivos (50mg.kg-1 de N-Nitroso-Nethylurea; 5mg.kg-1 de doxorrubicina) foram incluídos. No ensaio anti-mutagênico, um grupo de animal foi tratado com o extrato (500mg.kg-1) em associação com a doxorrubicina 5mg.kg-1 via intraperitoneal, outro grupo em associação com o N-Nitroso-N-ethylurea 50mg.kg-1 via intraperitoneal). Após os tratamentos, os animais foram sacrificados e as células da medula óssea foram coletadas para a confecção das lâminas. Eritrócitos policromáticos (PCEs) foram analisados quanto à presença de micronúcleos (MNs) e contados (2000 PCEs/animal). Os dados foram submetidos à análise estatística de variância, em delineamento casualizado e esquema fatorial 9×2×2 (tratamento×sexo×tempo), teste Tukey (P ≤ 0,05), empregando o software SAS® (versão 8.01). Os resultados revelaram diferenças estatísticas significativas da freqüência de PCEsMNs entre os grupos controles, e entre os grupos dos controles positivos e experimentais. Sugere-se ausência de potencial mutagênico (clastogênico/aneugênico) do ipê-roxo e ação anti-mutagênica quando associado com DXR. Palavras-chave: Tabebuia avellanedae, mutagenicidade e antimutagenicidade. Suporte financeiro: FAPEMIG MUTAGENICIDADE DO IVOMEC® INJETÁVEL ATRAVÉS DO TESTE DO MICRONÚCLEO EM MEDULA ÓSSEA DE ROEDORES IN VIVO LOPES, J.R.G.1; BASSI, R.C.2; PINTO, L.H.F.3; SOUZA, L.C.R.3; OLIVEIRA, N.M.S.4; BORIOLLO, M.F.G.5 1. Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 2. Acadêmico do Curso de Biomedicina - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 3. Acadêmicos do Curso de Farmácia - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 4. Professora dos Cursos de Farmácia, Biomedicina e do Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microorganismos - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 5. Professor dos Cursos de Farmácia, Medicina e responsável pelo Laboratório de Pesquisas em Genética e Biologia Molecular - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. Ivermectina é um antiparasitário indicado no controle de endo- e ecto-parasitoses, que atua sobre os canais de cloro controlados pelos ácidos glutâmico e gama-aminobutírico (GABA). Conseqüentemente, a alta concentração de cloro nas sinapses nervosas de vermes cilíndricos e na placa neuromuscular dos artrópodes, acarreta hiperpolarização das membranas nervosas, paralisia flácida, morte e eliminação do parasito. O teste do micronúcleo em medula óssea de roedores in vivo tem sido utilizado para a detecção de agentes clastogênicos e aneugênicos e aceito por agências internacionais. Devido ao uso na medicina veterinária, com potenciais implicações humanas, a presente pesquisa analisou o potencial mutagênico do Ivomec® Injetável. Camundongos Swiss albinus adultos jovens (30g a 40g) foram utilizados no teste. No ensaio mutagênico, o tratamento foi administrado via intraperitoneal (100mcL.10g-1) uma única vez empregando-se dez grupos de animais (machos e fêmeas), para análises nos tempos de 24h e 48h (tratamentos de 100mcg, 200mcg e 300mcg.Kg-1). Controles negativo (150mM NaCl) e positivo (50mg.Kg-1 de N-Nitroso-Nethylurea) foram incluídos. Após os tempos de tratamento, os animais foram sacrificados e as células da medula óssea foram coletadas. As lâminas foram preparadas por esfregaço e submetidas à coloração (Leishman eosina-azul). Eritrócitos policromáticos (PCEs) foram analisados quanto à presença de micronúcleos (MNs). Os dados foram submetidos à análise estatística de variância. Os resultados revelaram diferenças na freqüência de PCEMNs entre controles positivo e negativo, bem como controle positivo e tratamentos. Tais diferenças não foram observadas entre o controle negativo e os tratamentos e, ainda, entre os sexos e os tempos, sugerindo que o Ivomec® Injetável não apresenta potencial clastogênico/aneugênico. Palavras-chave: teste do micronúcleo, medula óssea, roedores, ivermectina DIAGNÓSTICO MOLECULAR DA ANEMIA FALCIFORME MAIOLINI,C.1; SANTOS ,C. S.1; DEZIDÉRIO, D. 1; CARVALHO, I. H. 1; GOMES, M. C.1; MESSORA, L. B.2; VELLANO, C. E. 3; GOUVÊA, S. P. 4 1. Acadêmicas do Curso de Biomedicina - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 2. Coordenadora e Professora do Curso de Biomedicina - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 3. Hematologista do Hospital Universitário Alzira Vellano (HUAV) – UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 4. Professora do Curso de Biomedicina - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. A doença falciforme está entre as doenças genéticas de maior importância epidemiológica no Brasil e no mundo (ZAGO, 2001; OFORI-ACQUAH et al., 2007). Este acometimento faz parte de um grupo de doenças genéticas recessivas hereditárias chamadas de hemoglobinopatias, podendo consistir de variações estruturais na hemoglobina. Das hemoglobinopatias de variação estrutural, a de maior significado clínico é a chamada Hemoglobina 5 (HbS). Os indivíduos portadores de dois alelos HbS (homozigotos) são acometidos por Anemia Falciforme. A Anemia Falciforme também é caracterizada por dor crônica e severa, necrose e apodrecimento da cabeça do fêmur, levando muitos pacientes para a cadeira de rodas aos vinte e poucos anos. No Brasil, 7% sofrem desse problema, mais especificamente em Salvador, onde encontramos uma freqüência de 15%. Estes sintomas são conseqüência de uma alteração estrutural específica na molécula de hemoglobina S (ANVISA, 2002). O objetivo do presente estudo foi promover o diagnóstico molecular da anemia falciforme através da técnica de PCR e posterior seqüenciamento direto pela química BigDye e análise por enzimas de restrição. A paciente HBSJ, acometida por anemia falciforme, foi submetida à avaliação clínica para a pesquisa de Anemia Falciforme. O material genético foi extraído por método rotineiro de extração de DNA de mucosa bucal. O gene da beta globina foi seqüenciado nas duas direções com a química BigDye e analisado no seqüenciador automático ABI3 130. Após a pesquisa da mutação por seqüenciamento direto foi feita a técnica de digestão enzimática com a enzima DdeI para confirmação da mutação causadora da Anemia Falciforme. Foi identificada na paciente HBSJ, por seqüenciamento direto, a mutação GAG>GTG no gene da beta globina, responsável pela substituição do aminoácido ácido glutâmico por valina. Em seguida, padronizou-se a detecção da mutação pela técnica de digestão enzimática com a enzima DdeI, sendo este método econômico e 1/5 do valor da técnica de seqüenciamento direto, tornando a digestão enzimática um diagnóstico preciso e acessível à grande parte da população. O diagnóstico molecular para anemia falciforme se faz importante, uma vez que esta doença apresenta uma incidência significativa na população brasileira. Sendo assim, quanto mais cedo realizados o diagnóstico e aconselhamento genético, mais precocemente inicia-se o tratamento médico, melhorando a qualidade e o tempo de vida dos pacientes. Palavras-chave: doenças genéticas, anemia falciforme, aconselhamento genético Apoio: Fapemig / Curso de Biomedicina-Unifenas (Alfenas) AVALIAÇÃO DA MUTAGENICIDADE E ANTIMUTAGENICIDADE DO EXTRATO GLICÓLICO DE Theobroma cacao L. ATRAVÉS DO TESTE DO MICRONÚCLEO EM ROEDORES ALVES, V.E1; PINTO, L.H.F1; RESENDE, M.R1; SOUZA, L.S2; BORIOLLO, M.F.G3. 1. Acadêmicos do Curso de Farmácia - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 2. Mestrando do Curso de Ciência Animal - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 3. Professor dos Cursos de Farmácia, Medicina e responsável pelo Laboratório de Pesquisas em Genética e Biologia Molecular - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. O cacau (Theobroma cacao L.) é uma fonte rica de flavanóis, que atuam na melhoria da vascularização, função endotelial, sensibilidade à insulina e redução da pressão sangüínea. Apresenta grande valor terapêutico, nutricional e cosmético, além de sua grande importância econômica. O teste do micronúcleo em medula óssea de roedores é amplamente utilizado para a detecção de agentes clastogênicos/aneugênicos e aceito pelas instituições governamentais entre os testes recomendados para o registro de novos produtos farmacêuticos. A presente pesquisa avaliou o potencial mutagênico e anti-mutagênico do extrato glicólico de Theobroma cacao L. através do teste do micronúcleo em camundongos Swiss albinus. Os animais foram aclimatados às condições do laboratório por 7 dias antes do ensaio. No ensaio mutagênico, o extrato foi administrado por gavagem (100µL.10g-1), empregando-se quatro grupos de animais (3 machos e 3 fêmeas por grupo), em duplicata, para análises nos tempos de 24h e 48h (extrato glicólico de 500, 1000, 1500 e 2000mg.Kg-1). Controles negativo (150mM NaCl) e positivos (50mg.Kg-1 de N-Nitroso-N-ethylurea; 5mg.kg-1 cloridrato de doxorrubicina) foram incluídos. No ensaio anti-mutagênico, quatro grupos de animais foram tratados com o extrato glicólico (500, 1000, 1500 e 2000mg.Kg-1 em associação com o cloridrato de doxorrubicina 5mg.kg-1, e outros quatro grupos em associação com o N-Nitroso-N-ethylurea 50mg.Kg-1). Após os tempos de tratamento, os animais foram sacrificados, os fêmures foram retirados e as células da medula óssea foram coletadas. As lâminas foram preparadas e submetidas à coloração. Eritrócitos policromáticos (PCEs) foram analisados quanto à presença de micronúcleos (MNs) e contados (2000 PCEs/animal). Os dados foram submetidos à análise estatística de variância, em delineamento casualizado e esquema fatorial 15×2×2 (tratamento×sexo×tempo), teste Tukey (P ≤ 0,05), empregando o software SAS® (versão 8.01). Os resultados revelaram diferenças estatísticas significativas na freqüência de PCEMNs entre os controles positivos e tratamentos com o extrato de Theobroma cacao L. (ensaio mutagênico), sugerindo que este extrato não apresenta potencial clastogênico/aneugênico. Os grupos tratados com o cloridrato de doxorrubicina e N-Nitroso-Nethylurea em associação com o extrato glicólico de cacau nas diversas dosagens, em ambos os sexos e tempos, revelaram uma redução estatisticamente significante na freqüência de PCEMNs quando comparados com o grupo de animais do controle positivo, sugerindo potencial atividade antimutagênica desse extrato. Palavras-chave: Theobroma cacao L., extrato glicólico, teste do micronúcleo, antimutagenicidade, roedores. Apoio financeiro: CNPq MONITORAMENTO PROSPECTIVO DE Staphylococcus aureus OXACILINA RESISTENTE PROVENIENTES DE AMBIENTES AÉREOS ODONTOLÓGICOS SILVA, J.J.1; BASSI, R.C.1; PEREIRA R.F.R.2; LOPES, J.R.G.3; SOUSA, S. T. S4, FIORINI, J.E.5; BARROS, L. M.6; BORIOLLO, M. F. G.7 1. Acadêmico do Curso de Biomedicina - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 2. Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas - UNIFAL, Alfenas, MG, Brasil. 3. Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 4. Acadêmico do Curso de Enfermagem - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 5. Professor responsável pelo Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microorganismos UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 6. Professora do Curso de Odontologia - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 7. Professor dos Cursos de Farmácia, Medicina, e responsável pelo Laboratório de Pesquisas em Genética e Biologia Molecular - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. O patógeno S. aureus é responsável por grande parte das infecções agudas e crônicas relatadas em ambientes clínicos odontológicos e nosocomiais. Nas últimas 4 décadas, a incidência de S. aureus multiresistentes tem-se mostrado mais freqüente em quadros pós operatórios clínicos. Dentre as principais rotas de transmissão e disseminação de S. aureus está a aerossolização dos fluidos biológicos, comum em ambientes odontológicos, causando transmissão aérea. A presente pesquisa investigou a presença de S. aureus, e especialmente S. aureus oxacilina resistente (ORSA), em ambiente aéreo odontológico. Espécimes foram coletadas por meio de placas de petri, distribuídas em 134 pontos estratégicos em toda a Clínica Odontológica da UNIFENAS, contendo ágar manitol salgado, durante o período de 6 meses em 2008 (intervalo de 15 dias entre as coletas e dois turnos). A confirmação da presença de S. aureus entre os isolados foi a partir da coloração de Gram, testes de catalase e coagulase, e testes de hemólise e DNAse. Os isolados confirmados como S. aureus foram submetidos a testes para detecção de espécies oxacilina resistentes pelo gene mecA. Durante o período de tempo afirmado foram coletadas 3084 amostras sendo que destas 78,5 % foram identificadas como sendo S.aureus, e destes 11,4 % eram portadores do gene mecA.Tais resultados demonstram a eficácia do ágar manitol salgado para identificação de S. aureus em amostras contaminadas, há espécies de S. aureus oxacilina resistente no ar da clínica analisada, porém, em menor incidência quando comparado com os S. aureus oxacilina sensíveis isolados. Palavras-chave: Staphyloccocus aureus, ORSA, ambiente aéreo, clínica odontológica, gene mecA Apoio FAPEMIG-APQ38974.03/07 ESTUDO SOBRE O VALOR NUTRICIONAL DE FILÉS DE TILÁPIA (Oreochromis niloticus) ORIUNDOS DA PESCA EM TANQUES REDE ROCHA, M.C.¹; DIAS, N.¹; CORREIA, T.¹; FIORINI, J.E.2; OLIVEIRA, N.M.S.2 1. Acadêmicos do Curso de Farmácia - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 2.Professor responsável pelo Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microorganismos, UNIFENAS, Alfenas. 3.Professora dos Cursos de Farmácia, Biomedicina, do Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microorganismos - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. A utilização de peixe na alimentação humana tem sido altamente recomendada pelos profissionais de saúde, em função do seu alto valor nutritivo (rico em proteínas, vitaminas e ácidos graxos poliinsaturados) e efeitos benéficos à saúde reduzindo o colesterol total e a fração LDL. Visto que o município de Alfenas tem alto potencial para pesca podendo ser utilizado em pesquisa, favorecendo a multiplicação do conhecimento sobre o valor nutricional da carne de peixe, incentivando o seu consumo, beneficiando a saúde humana, a economia, a taxa de empregos na área de piscicultura e a ecologia da região. O presente trabalho tem como objetivo realizar a análise da composição centesimal em filés de tilápias obtidos pela pesca em tanques de rede, indicando para possível utilização na merenda escolar. A tilápia (Oreochromis niloticus) tem boas características zootécnicas, de habito alimentar fitoplanctófago, mas aceita qualquer outro tipo de alimento (onívora), o que facilita o seu cultivo. É bastante resistente as doenças, super povoamentos e baixos teores de oxigênio dissolvidos na água. As tilápias apresentam boas características sensórias e nutricionais, tais como carne branca, textura firme, aspecto suculento, sabor apreciável, baixo teor de gordura e de calorias, ausência de espinhos intramuscular e rendimento de filé de aproximadamente 35% a 40%. Podem-se obter exemplares de peso médio de 600g o que os potencializam como peixes para a industrialização. A análise centesimal foi realizada em 24 filés de tilápia (adultos com peso médio de 600g), os quais formaram 8 grupos, contendo 3 filés cada. Cada grupo foi triturado e homogeneizado, formando uma amostra composta. A composição centesimal realizada se deu a partir da extração de proteína bruta, que foi quantificada pelo método de análise de Kjeldahl; e de lipídios totais, que foram determinados pelo método de Soxhlet. A umidade em estufa a 105 °C até a obtenção de peso constante, e as cinzas em mufla a 550 °C. Sendo que os 24 filés submetidos a analise da composição centesimal obtiveram os seguintes resultados: Umidade, 77,18%; Cinzas, 0,13%; Lipídeos, 2,87%; Proteínas, 13,85%; Carboidratos, 6,07% estando os valores de acordo com a literatura. Palavras-chave: composição centesimal, tilápia, criação em tanques. Órgão financiador: CNPQ ENSAIOS MUTAGÊNICOS E ANTIMUTAGÊNICOS DE Ziziphus joazeiro MART. ATRAVÉS DO TESTE DO MICRONÚCLEO EM MEDULA ÓSSEA DE ROEDORES RESENDE, M.R.1; ALVES, V. E.1; LOPES, J. R.G.2; SOUZA, L. S.3; BORIOLLO, M. F.G.5 Email: [email protected] 1. Acadêmicas do Curso de Farmácia - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 3. Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 4. Mestrando do Curso de Ciência Animal – UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 5. Professor dos Cursos de Farmácia, Medicina e responsável pelo Laboratório de Pesquisas em Genética e Biologia Molecular - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. Cascas e folhas de Ziziphus joazeiro Mart. (raspa-de-juá) são tradicionalmente usadas na medicina popular do nordeste, na forma de extrato feito com água, usado por via oral para alívio de problemas gástricos, e externamente para limpeza dos cabelos e dos dentes e para clarear a pele do rosto, sendo referido inclusive como tônico capilar, anticaspa e remédio útil nas doenças da pele. O teste do micronúcleo em medula óssea de roedores in vivo tem sido amplamente utilizado para a detecção de agentes clastogênicos e/ou aneugênicos e, ainda, aceito pelas agências internacionais e instituições governamentais, como parte da bateria de testes recomendada para se estabelecer a avaliação e o registro de novos produtos químicos e farmacêuticos que entram anualmente no mercado mundial. Devido a sua potencialidade terapêutica em humanos, analisou-se o seu potencial mutagênico e anti-mutagênico através do teste do micronúcleo em roedores in vivo. Camundongos Swiss albinus (machos e fêmeas) adultos jovens (30g a 40g) foram utilizados no teste. Antecedendo o ensaio, esses animais foram aclimatados às condições do laboratório por 7 dias, tratados com ração comercial Labina Purina® e água ad libitum em ambiente climatizado a 22°C ± 3°C e ciclos de luminosidade de 12h. No ensaio mutagênico, o tratamento foi administrado por gavagem (100µL.10g-1) uma única vez empregando-se quatro grupos de animais (3 machos e 3 fêmeas por grupo), e em duplicata a fim de posterior análises nos tempos de 24h e 48h (tratamentos com o extrato hidroalcoólico de 500, 1000, 1500 e 2000mg.Kg-1). Controles negativo (150mM NaCl) e positivos (50mg.Kg-1 de N-Nitroso-N-ethylurea; 5mg.kg-1 Doxorrubicina: intraperitoneal) foram incluídos. No ensaio anti-mutagênico, dois grupos de animais foram tratados (extrato hidroalcoólico 2000mg.Kg-1 e 50mg.Kg-1 de N-Nitroso-N-ethylurea; extrato hidroalcoólico 2000mg.Kg-1 e Doxorrubicina 5mg.kg-1). Após os tempos de tratamento, os animais foram sacrificados por inalação de CO2 em câmaras de acrílico adaptadas. Os fêmures foram retirados e, rapidamente, células da medula óssea foram coletadas (1mL 150mM NaCl), homogeneizadas e centrifugadas (1000rpm/5min). Sedimentos celulares foram ressuspensos (500µL formol 4% em 150mM NaCl). As lâminas foram preparadas por esfregaço e submetidas à coloração (Leishman eosina-azul). Eritrócitos policromáticos (PCEs) foram analisados quanto a presença de micronúcleos (MNs) (1000×) e contados (2000 PCEs/animal). Os dados foram submetidos à análise estatística de variância, em delineamento inteiramente casualizado e esquema fatorial 9×2×2 (tratamento×sexo×tempo), teste Tukey (P ≤ 0,05), empregando o software SAS® (versão 8.01). Os resultados revelaram diferenças estatísticas significativas no número/índice percentual de PCEs micronucleados entre o grupo de animais dos controles positivos e controle negativo, ou ainda, controles positivos e tratamentos (mutagênicos e anti-mutagênicos). Sugere-se ausência de potencial mutagênico (clastogênico/aneugênico) desse extrato e uma atividade potencial antimutagênica quando em associação com o quimioterápico Doxorrubicina. Palavras-chave: Ziziphus joazeiro Mart., extrato hidroalcoólico, teste do micronúcleo, mutagenicidade e antimutagenicidade, roedores. Apoio financeiro: FAPEMIG e Lab. Genética e Biologia Molecular – UNIFENAS TESTE DO MICRONÚCLEO EM MEDULA ÓSSEA DE ROEDORES DE SOJA CONVENCIONAL E TRANSGÊNICA SOUZA, L.S.1; RESENDE, M.R.2; ALVES, V.E.2; BASSI, R.C.1; LOPES, J.R.G.3; PINTO, L.H.F.2; BORIOLLO, M.F.G.4 1. Mestrando do Curso de Ciência Animal - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 2. Acadêmicos do Curso de Farmácia - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 3. Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 4. Professor dos Cursos de Farmácia e Medicina e responsável pelo Laboratório de Pesquisas em Genética e Biologia Molecular - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. Atualmente, o alimento geneticamente modificado de maior produção no Brasil é a soja, sendo a oferta de sementes no mercado na ordem de 60%. Os efeitos biológicos da soja têm sido atribuídos às isoflavonas, com atividades antioxidante, hipocolesterolêmica, propriedades estrogênicas e, ainda, como agente de prevenção ao câncer. Adicionalmente, seus produtos e subprodutos vêm sendo empregados pelas agroindústrias, indústria química e de alimentos. O teste do micronúcleo em medula óssea de roedores in vivo tem sido amplamente utilizado para a detecção de agentes clastogênicos e aneugênicos e, ainda, aceito pelas agências internacionais e instituições governamentais, como parte da bateria de testes recomendada para se estabelecer a avaliação e o registro de novos produtos químicos e farmacêuticos. Devido a sua potencialidade nutricional e terapêutica em humanos, analisou-se o seu potencial mutagênico e anti-mutagênico através do teste do micronúcleo em roedores. Camundongos Swiss albinus adultos jovens (30g a 40g) foram utilizados no teste. Antecedendo o ensaio, esses animais foram aclimatados às condições do laboratório por 7 dias, tratados com ração comercial Labina Purina® e água ad libitum em ambiente climatizado a 22°C ± 3°C e ciclos de luminosidade de 12h. No ensaio mutagênico, o tratamento foi administrado por gavagem (100µL.10g-1) uma única vez empregando-se dez grupos de animais (3 machos e 3 fêmeas por grupo), e em duplicata a fim de posterior análises nos tempos de 24h e 48h de tratamentos independentes com soja comercial (convencional) e transgênica (EMBRAPA MG-BR46*6) de 250, 500, 1000, 1500 e 2000mg.Kg-1. Controles negativo (150mM NaCl) e positivos (50 mg.Kg-1 de N-Nitroso-N-ethylurea; intraperitoneal) foram incluídos. Após os tempos de tratamento, os animais foram sacrificados por inalação de CO2 em câmaras de acrílico adaptadas. Os fêmures foram retirados e, rapidamente, células da medula óssea foram coletadas (1mL 150mM NaCI), homogeneizadas e centrifugadas (1000rpm/5min). Sedimentos celulares foram ressuspensos (500µL formol 4% em 150mM NaCI). As lâminas foram preparadas por esfregaço, mantidas a temperatura ambiente e submetidas à coloração (Leishman eosina-azul). Eritrócitos policromáticos (PCEs) foram analisados quanto a presença de micronúcleos (MNs) (1000×) e contados (2000 PCEs/animal). Os dados foram submetidos à análise estatística de variância, em delineamento inteiramente casualizado e esquema fatorial 12×2×2 (tratamento×sexo×tempo), e ao teste Tukey (P ≤ 0,05) empregando o software SAS® (versão 8.01). Os resultados revelaram ausência de diferenças estatísticas significativas na freqüência de PCEMNs entre o grupo de animais do controle positivo e os tratamentos com a soja transgênica (EMBRAPA MG-BR46*6), o que sugere um possível potencial clastogênico e/ou aneugênico. Adicionalmente, a soja convencional tem revelado um moderado potencial mutagênico para todos os seus tratamentos, visto seus valores intermediários, estatisticamente significativos, entre os controles positivo e negativo. Palavras-chave: soja convencional e transgênica, teste do micronúcleo, mutagenicidade, medula óssea, roedores. Apoio financeiro: EMBRAPA e FAPEMIG. AVALIAÇÃO DA MUTAGENICIDADE DO SELENE® (ETINILESTRADIOL E ACETATO DE CIPROTERONA) ATRAVÉS DO TESTE DO MICRONÚCLEO EM ROEDORES IN VIVO SOUZA, L. C. R.1; RESENDE, M. R.1.; SOUZA, S. T.2; BORIOLLO, M. F. G.3 1. Acadêmicos do Curso de Farmácia - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 2. Acadêmico do Curso de Enfermagem - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 3. Professor responsável pelo Laboratório de Pesquisas em Genética e Biologia Molecular UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. Selene® é um anticoncepcional oral constituído de uma associação de um estrógeno (etinilestradiol) e de um progestogênico (acetato de ciproterona). Atualmente é muito consumido pelas mulheres devido seu baixo preço comercial, por inibir a ovulação e ainda diminuir os efeitos androgênicos dos anticoncepcionais. O teste do micronúcleo em medula óssea de roedores é amplamente utilizado para a detecção de agentes clastogênicos/aneugênicos e aceito pelas instituições governamentais entre os testes recomendados para o registro de novos produtos farmacêuticos. Devido ao amplo uso deste anticoncepcional, a presente pesquisa avaliou o potencial mutagênico do Selene® (etinilestradiol 0,035mg e acetato de ciproterona 2,000mg) através do teste do micronúcleo em camundongos Swiss albinus. Os animais foram aclimatados às condições do laboratório por 7 dias antes do ensaio. Antes do tratamento foi feita a maceração das drágeas e preparadas as soluções em três concentrações, correspondendo às dosagens de pacientes de 40, 65 e 90kg. O fármaco foi administrado por gavagem (100µL.10g-1), empregando-se 3 machos e 3 fêmeas por grupo, em duplicata, para análises nos tempos de 24h e 48h. Controles negativo (150mM NaCl – via gavagem) e positivo (50mg.Kg-1 de N-Nitroso-Nethylurea – via intraperiotoneal) foram incluídos. Após os tempos de tratamento, os animais foram sacrificados, os fêmures foram retirados e as células da medula óssea foram coletadas. As lâminas foram preparadas e submetidas à coloração. Eritrócitos policromáticos (PCEs) foram analisados quanto à presença de micronúcleos (MNs) e contados (2000 PCEs/animal). Os dados foram submetidos à análise estatística de variância, em delineamento casualizado e esquema fatorial 5×2×2 (tratamento×sexo×tempo), teste Tukey (P ≤ 0,05), empregando o software SAS® (versão 8.01). Os resultados revelaram diferenças estatísticas significativas na freqüência de PCEMNs entre o grupo de animais do controle positivo e tratamentos com o Selene®. Essas diferenças não foram observadas entre o grupo de animais do controle negativo e os tratamentos e, ainda, entre os sexos e tempos de tratamento, sugerindo que o Selene® não apresenta potencial clastogênico/aneugênico. Palavras-chave: mutagenicidade; etinilestradiol e acetato de ciproterona; teste do micronúcleo. ATIVIDADE ANTIMICROBIANA IN VITRO DA Uncaria tomentosa (Willd) D. C. SÁ, D.S.1, RIBEIRO, G.E.2; RUFINO. L.R.A.3, OLIVEIRA, N.M.S.4; FIORINI, J.E.5 1. Acadêmico do Curso de Farmácia – UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 2. Acadêmica do Curso de Biomedicina - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 3. Acadêmica do Curso de Agronomia - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 4. Professora dos Cursos de Farmácia, Biomedicina e do Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microorganismos - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. 5. Professor responsável pelo Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microorganismos UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil. O estudo de espécies vegetais para fins medicinais é uma alternativa para aumentar o arsenal terapêutico disponível como medicamento. O presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade do extrato de Uncaria tomentosa relacionada ao seu efeito antimicrobiano, utilizando-se bactérias e leveduras. Uma vez que este vegetal tem sido largamente utilizado nos casos de sinusites crônicas e agudas com excelentes resultados. O extrato em pó (folhas) foi obtido comercialmente (Farma Vida) e testado nas concentrações de 80, 60, 40, 30, 20, 10, 5mg/mL, pela técnica de Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Microbicida Mínima (CMM), utilizando-se 15 microrganismos padronizados, sendo 3 leveduras e 12 bactérias. Os ensaios com o extrato da Uncaria tomentosa demonstraram inibição do crescimento microbiano para Bacillus cereus, Micrococcus luteus, Streptococcus pyogenes, Staphylococcus aureus nas concentrações de 20, 30, 40, 60, 80mg/mL, 30, 40, 60, 80mg/mL, 30, 40, 60, 80mg/mL e 80mg/mL, respectivamente. Somente Bacillus cereus e Streptococcus pyogenes apresentaram CMM nas concentrações de 60 mg/mL, 30mg/mL, respectivamente. Bacillus subtilis, Candida albicans, Cryptococcus neoformans, Escherichia coli, Enterobacter aerogenes, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Saccharomyces cerevisiae, Salmonella typhimurium, Staphylococcus epidermidis, mostraramse resistentes a estas concentrações do extrato. Os resultados obtidos confirmam os estudos de Ccahuana-Vasquez et al. (2007) realizados pela técnica da CIM e CMM, onde verificou-se que nas concentrações de 20 e 30 mg/mL do extrato da Uncaria tomentosa houve inibição de 88 e 96% das cepas de Staphylococcus sp. isoladas da cavidade oral humana, respectivamente. Nos estudos de Braga et al. (2007) os extratos obtidos da casca apresentaram atividade apenas contra bactérias Gram negativas, inibindo a maioria das cepas de Pseudomonas aeruginosa. Já os extratos obtidos das raízes inibiram tanto bactérias Gram positivas como Gram negativas, estando em contradição com os resultados obtidos no presente estudo, onde não houve inibição para Pseudomonas aeruginosa. Tais diferenças poderiam estar relacionadas com diferentes tipos de obtenção do extrato, purificação do mesmo e uso de diferentes partes do vegetal. Esses são resultados parciais. O trabalho encontra-se em andamento. Conclui-se que o extrato da Uncaria tomentosa nas condições experimentais apresenta substâncias capazes de inibir o crescimento bacteriano, porém não eficaz para todos os microrganismos. Palavras-chaves: atividade antimicrobiana, Uncaria tomentosa, microrganismos