UNIEVANGÉLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANAPÓLIS

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Artigo de Revisão
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO FÍSICO PARA PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA: UM ESTUDO DE REVISÃO
PRESCRIÇÃO OF PHYSICAL EXERCISE FOR HEART FAILURE PATIENTS COM: UM
STUDY OF REVISÃO
Erika Mendes Costa1
Raphael Martins da Cunha2
RESUMO
Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é considerada uma síndrome de alta
complexidade, a qual envolve diversos sistemas e mecanismos compensatórios neurohumorais. Objetivo: levantar informações científicas sobre a prescrição de exercícios físico
na IC. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, sendo uma revisão narrativa
fundamentada em literatura científica. Conclusão: O exercício físico é uma conduta não
farmacológica segura quando prescrito corretamente, o mesmo pode ser aplicado no
tratamento do paciente com insuficiência cardíaca crônica.
Descritores: prescrição de exercício físico e insuficiência cardíaca.
ABSTRACT
Introdução: A heart failure (HF) é uma considered high complexidade syndrome, a qual
envolve different systems and neuro-humorais compensatory mechanisms. Objective: to
raise scientific informaçãoes on physical exercícios na prescrição IC. Methodology: uma
descritiva research is of Treaties, sendo revisão em uma based narrative literature.
Conclusão: é uma physical Exercício conduta quando não safe drug prescribed properly,
you or prune mesmo be applied not do com tratamento patient chronic heart failure.
Keywords: I prescrição physical Exercício and heart failure.
1. Educadora Física, Pós-graduada em Fisiologia do Exercício pelo Centro de Estudos
Avançados em Formação Integrada, chacelado pela Pontifícia Universidade Católica de
Goiás – Goiânia/Go – Brasil.
2. Professor, Mestre em Ciencias da Saúde pela UFG; professor orientador do curso de
especialização em Fisiologia do Exercício pelo Centro de Estudos Avançados em
Formação Integrada, chacelado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás –
Goiânia/Go – Brasil.
__________________________________________________________________
Introdução
A insuficiência cardíaca (IC) é considerada uma síndrome de alta complexidade,
a qual envolve diversos sistemas e mecanismos compensatórios neuro-humorais. As
manifestações periféricas da doença como a disfunção endotelial, alterações musculares
esqueléticas, anormalidades de fluxo sanguíneo, e do controle quimioreflexo ventilatório 17.
A insuficiência cardíaca é uma disfunção ventricular diastólica diagnosticada por
hemodinâmica ou ecocardiograma. A sua maior prevalência é no paciente idosos que
possui outras comorbidades como hipertensão arterial sistêmica, insuficiência coronariana
e obesidade.
A síndrome de IC é acometida devido à incapacidade do sistema circulatório
ofertar oxigênio aos tecidos. Levando o paciente com insuficiência cardíaca crônica aos
sintomas de dispnéia, edema e fadiga 24.
A insuficiência cardíaca é uma síndrome que causa intolerância ao esforço
físico, retenção de líquidos e fenômenos congestivos e, após o início dos sintomas,
apresenta altas taxas de morbimortalidade. Esta síndrome atualmente vem aumentando
sua prevalência no mundo e estima-se que, em 2025, haverá cinco milhões de casos no
Brasil, segundo 23.
Segundo estudos publicado na II Diretrizes da Sociedade Brasileira de
Cardiologia para o diagnóstico e tratamento da insuficiência cardíaca, a prevalência da IC
é de 23 milhões de pessoas no mundo, sendo dois milhões de casos novos são
diagnosticados a cada ano. O aumento da incidência de IC está relacionado ao progresso
no tratamento de infarto agudo do miocárdio (IAM), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e
mesmo da IC, o que acarreta maior sobrevida e, conseqüentemente, aumento da
prevalência e de internações hospitalares por essa síndrome, gerando altos custos para
países. Principalmente os países que a população idosa esta em acessão que é o caso do
Brasil 30.
o exercício físico regular melhora a capacidade funcional do portador de IC, pois
o treinamento físico eleva o pico de consumo de oxigênio de 10% a 25% isso segundo
estudos publicados nos últimos anos 1.
Segundo pesquisas o exercício físico é considerando um tratamento nãofarmacológica para o pacientes com IC, pois proporciona evolução no desempenho
funcional, na qualidade de vida e no estado clínico dos pacientes4.
Deste modo, o presente estudo tem como objetivo levantar informações
científicas sobre a prescrição de exercícios físico na IC.
Casuística e Métodos
Trata-se de uma pesquisa descritiva, sendo uma revisão narrativa da literatura
científica sobre prescrição de exercícios físicos e IC. A literatura utilizada tem base o
idioma da língua portuguesa e inglesa. Foi considerado neste estudo, artigos de revistas
indexadas, diretrizes e livros. As plataformas utilizadas foram as seguintes: Google
acadêmico, scielo, lilacs, bireme, medline além de livros de bibliotecas regionais. Utilizouse referências entre os anos de 1992 a 2012, para as seguintes palavras-chave prescrição
de exercício físico e insuficiência cardíaca.
Discussão
1.1 - Conceitos de insuficiência cardíaca
A IC pode ser conceituada como uma síndrome devido à falência do coração e
incapacidade do mesmo gerar fornecimento necessário de sangue para atender às
demandas metabólicas aos tecidos na presença de pressões de enchimento normais ou
fazê-lo somente com pressões de enchimento elevadas
13
.
A síndrome da IC é caracterizada por sintoma de dispnéia, o que causa
dificuldades para a execução de exercícios físicos. Estes efeitos são causados devido às
alterações hemodinâmicas e metabólicas, no sistema neuro-humoral tais como:
hiperativação simpática, e redução parasimpática conseqüentemente elevação do sistema
renina-angiotensina-aldosterona 26.
A insuficiência cardíaca é uma síndrome tida por excitação neuro-humoral e
elevação da ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Embora os mecanismos
envolvidos nessas alterações ainda não serem completamente conhecidos, tem
proeminência de que elas se devem devido: às disfunções nos controles barorreflexo
arterial, quimiorreflexo central e periférico, reflexo cardiopulmonar e sistema nervoso
central 5.
1.1.1 - Classificações da insuficiência cardíaca
Existem quatro graus de insuficiência cardíaca:
O grau I são pacientes com alto risco de desenvolver IC nos próximos anos,
mas não apresenta distúrbio cardíaco funcional ou estrutural. Grau II: uma doença
cardíaca estrutural instalada, mas não há manifestação de sintomas. Grau III sintomas
anteriores ou atuais de insuficiência cardíaca no contexto de um problema cardíaco
estruturais subjacentes. Classe IV doença avançada exigindo hospital base de apoio, um
transplante de coração ou cuidados paliativos.
Classes de IC, de acordo com os sintomas 31. Veja logo abaixo a tabela 1:
CLASSIFICAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
Classe I
Pacientes assintomáticos, mas com evidência de doença
cardíaca.
Classe II
Pacientes com doença cardíaca que causa dispnéia, fadiga,
palpitação ou precordialgia associadas aos esforços nãohabituais. Em geral, o paciente fica bem em repouso.
Classe III
Pacientes com doença cardíaca que causa dispnéia, fadiga,
palpitação ou precordialgia associadas aos esforços habituais.
Em geral, o paciente fica bem em repouso.
Classe IV
Pacientes com doença cardíaca que causa dispnéia, fadiga,
palpitação ou precordialgia associadas aos mínimos esforços e
até mesmo em repouso.
Tabela 1- Classificação de Insuficiência Cardíaca de New York Heart Association, 31.
1.2 – Epidemiologia
De acordo com os dados obtidos no Sistema Único de Saúde (SUS) e no
Ministério da Saúde (MS), no ano de 2000 cerca de 398 mil internações foram registradas
com o diagnóstico de Insuficiência Cardíaca, prova deste fato é que um terço dos
internados no SUS com doenças cardiovascular é portador de IC. Desta forma a IC é
considerada um grave problema de saúde pública, isso gera elevados custos hospitalares
e emergenciais. A IC proporciona perda da qualidade de vida, gerando em conseqüência
aposentadorias precoces, afetando diretamente o erário do país 1.
7
IC é o estágio final das doenças das cardíacas e é uma grande causadora de
morbidade e mortalidade. Estima-se que a IC seja responsável por cerca de 5% das
internações hospitalares, com mais de 100.000 admissões anuais no Reino Unido. A
prevalência geral da insuficiência cardíaca é de 3 a 20 indivíduos por 1.000 habitantes,
embora exceda 100 por 1.000 naqueles com 65 anos e acima. A incidência anual de
insuficiência cardíaca é de 1 a 5 por 1.000, e a incidência relativa dobra a cada década de
vida após os 45 anos.
1.3 – Fisiopatologia
É comum ocorrer alterações fisiopatológicas quando há desequilíbrio na função
cardíaca, desta forma entram em ação os mecanismos adaptativos que são estimulados
para corrigir a disfunção ventricular. No caso de alterações pequenas no miocárdico estes
conseguem melhorar a função chegando a ponto de normalizá-la. Já nos complicações
maiores estes mecanismos são pouco suficientes podendo levar ao um círculo vicioso ou
até a uma possível deterioração da função cardíaca 20.
Segundo Barreto1, O mecanismo de Frank-Starling é o primeiro a ser estimulado
e melhorado na função cardíaca. Nas lesões maiores não é suficiente e continua a
dilatação cardíaca, a qual é advinda de um mecanismo anormal. Quanto maior for a
dilatação ventricular, pior é o prognóstico do paciente.
1.4 - Marcador da função miocárdica: BNP
15
BNP (Brain natriuretic peptide do tipo-B) é um neurohormônio secretado pelos
ventrículos cardíacos em função da expansão, volume e sobrecarga de pressão arterial.
Seus níveis estão correlacionados com medidas hemodinâmicas, tais como: pressão átrio
direito, pressão capilar pulmonar e a pressão diastólica final do ventrículo esquerdo.
24
O BNP tem por função sintetizar os ventrículos cardíacos em resposta ao
estiramento das fibras miocárdicas. Este causa principalmente diurese e vasodilatação. Na
fase compensada o BNP é dosado, refletindo em condições basais do miocárdio, sendo o
grau de ativação neuro-hormonal muito elevado gera ações deletérias ao miocárdio. A
dosagem de BNP é um valor preditivo para o diagnóstico de insuficiência cardíaca (IC).
15
O BNP esta sendo considerado um marcador bioquímico atrativo e
interessante para a triagem diagnóstica, avaliação do tratamento e prognóstico de
pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. Desta forma é considerado a variação de
BNP de 0 a 70 pg/ml. As medidas dos níveis de BNP têm um elevado valor preditivo
negativo (98%), sugerindo que pacientes com níveis de BNP normais, muito
provavelmente, não apresentem disfunção ventricular.
1.5 - Efeitos do exercício físico no portador de insuficiência cardíaca
Um dos requisitos do tratamento não farmacológico para o portador de IC e a
prática de exercício físico. Sendo assim o exercício vem sendo utilizado, para auxiliar na
redução dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes com IC. Desta
forma as combinações do tratamento não farmacológico e farmacológico produzem
resultados satisfatórios 1.
A prática regular de exercício físico em indivíduos portadores de cardiopatias
tem sido cada vem mais recomendanda, devido às melhoras no quadro clinico
potencializando assim a estimativa de vida desta população.
Estudos têm demonstrado efeitos positivos do treinamento físico nas doenças
cardiovasculares, tornando essa estratégia de tratamento cada vez mais comum em
pacientes com insuficiência cardíaca que é a via final de grande parte das doenças
cardíacas 2 21 22 35.
A prática de exercícios para essa população já foi bastante questionada,
chegando ao ponto de não ser recomendada
18
. Mas já se sabe que quando o paciente
está clinicamente compensado e após ter sido avaliada a capacidade funcional, os
programas de reabilitação cardiovascular apresentam segurança, reduzindo a incidência
de ocorrências 6. Para tanto, torna-se inquestionável a interação contínua do Professor de
Educação Física do Fisioterapeuta e do Médico cardiologista nesta condição patológica.
Nesse sentido, é válido salientar ainda a importância para que ambos os profissionais
tenham formação e experiência com Reabilitação Cardíaca.
De acordo com as diretrizes de IC,
o treinamento físico como uma terapêutica não farmacológica que deve ser
oferecida ao paciente portador dessa síndrome. Sabe-se que a inatividade física
acelera a gravidade da doença, enquanto o exercício físico melhora muitos
sintomas observados, além de diminuir a morbidade-mortalidade e possuir uma
ótima relação custo-efetividade, podendo um programa de reabilitação cardíaca ter
um custo-efetividade anual 15 vezes melhor que o implante de um
13
cardiodesfibrilador .
O exercício físico recentemente esta sendo indicado para o tratamento de
insuficiência cardíaca e o mesmo contribui para redução dos custos de internações
hospitalares. Um dos seus maiores benefícios é contribuir para a qualidade de vida e
desempenho funcional 3.
1.6- Prescrições de exercício para portador de insuficiência cardíaca
Antes de iniciar um programa de condicionamento físico, é imprescindível que
seja avaliada a capacidade funcional do paciente afim de que sejam identificados os limites
individuais e posteriormente dosar com mais criteriosidade a intensidade dos exercícios,
além de ser pressuposto para a evolução do treinamento. As diretrizes preconizam que
sejam utilizados o teste ergométrico ou ergoespirométrico, geralmente realizados em
bicicleta ou esteira específicas com protocolos incrementais escalonados ou de rampa,
sendo esse último o mais utilizado na ergoespirometria 8.
O teste ergoespirométrico possui duas vantagens em relação ao ergométrico,
uma vez que além de avaliar o comportamento eletrocardiográfico, também é possível
medir, de forma direta, o comportamento metabólico através do consumo de O 2 e
produção de CO2. É visto que aspectos tais como alto custo do equipamento e o não
domínio da técnica justificam o fato do teste ergoespirométrico ser pouco utilizado
28
.
Na falta de um teste de esforço, o American College of Sports Medicine sugere
utilizar a percepção subjetiva de esforço, ou tradicionalmente conhecida como Escala de
Borg. O controle do limite superior da intensidade por esse método, numa escala de 6 a
20, deve ser considerado na faixa de 11 a 13 para pacientes em estágios iniciais da
reabilitação cardíaca e para estágios mais intensos, em pacientes assintomáticos,
recomenda-se a faixa de 14 a 16, levando em consideração a variabilidade individual de tal
percepção 8.
Para a prescrição de exercícios para hipertenso deve ser ponderada as
seguintes variáveis: freqüência de 3 a 5 vezes por semana, intensidade moderada 40 a
60% do VO2 máximo ou da FCr, duração maior ou igual a 30 minutos de forma contínua ou
acumulada, se for necessário. De acordo com a evolução do indivíduo pode aderir
exercícios resistidos de forma complementar8.
O cálculo da FC para a prescrição individualizada do treino é o seguinte:
FC de reserva = FC max. – FC rep. / FC max. = estabelecida por ergometria ou 220 –
idade / Fc repouso = após 5 min. em repouso.
FC treino = (FC max. - FC rep.) x % recom. da FCres + FC rep.
Durante a execução do exercício deve ser evitar a manobra de valsalva, iniciar
com pesos baixos e com série única de 10 a 15 repetições até fadiga moderada utilizando
8 a 10 exercícios, com nível de esforço de 11 a 13 na Borg 8. Utilizar cargas submáximas e
repetições. Evitar séries consecutivo para o mesmo grupamento muscular. Aplicar
intervalos de recuperação longos (2 min.), no caso de programas com mais de 2 séries por
exercício 24.
Deve ser respeitado o grau de esforço < 3 MET, na prescrição de exercícios para
pacientes com angina. O exercício aumentar o limiar anginoso e diminuir pressão para
esforço sub-maximo. O exercício deve começar com um aquecimento e terminar com um
descanso ativo prolongados > 10 minutos. Pode ser realizado alongamentos, e exercícios
aeróbios de baixa intensidade (na zona de 10 a 20 bpm do limite inferior). A isquemia pode
ser arritmogênica, neste caso a FC treino deve ser segura > 10 bpm do limiar ECG
isquêmico ou anginoso 21.
A prescrição de exercícios para pacientes com ICC, é somente para terapia
clinica estáveis e sem contra indicações absolutas, com capacidade de se exercitar acima
de 3 METS. Se possível deve apresentar com pico de VO2 estabelecido por
ergoespirometria direta, pois a capacidade aeróbia pode ser superestimada a partir do
tempo de exercício 19.
A intensidade do exercício baseada na ergoespirometria (avaliação dos
sintomas) de 40 a 75% do VO2 max de 3 a 7 dias por semana de 20 a 40 minutos por
sessão. Aquecimento e volta à calma prolongado de 10 a 15 minutos, deve-se evitar
qualquer esforço isométrico. Inicialmente as sessões devem ser curtas de 10 a 20 min, e
prolongados sucessivamente de acordo com a tolerância ao exercício, com esforços de 2 a
6 min. com 1 a 2 min de intervalo em repouso. Exercícios como a caminhar, pedalar
(estacionária), e exercícios para os MS em geral são recomendados, exercícios resistidos
somente para pacientes estáveis. O profissional deve sempre estar atento ao esforço
subjetivo do individuo, desta forma recomenda-se à escala de Borg 11 a 14 (esforço
percebido e dispnéia) 19.
O método de treinamento intervalado tem ganhado bastante atenção de
estudiosos e nesse sentido verificaram que o método de treinamento intervalado foi mais
efetivo que o treinamento contínuo em pacientes com insuficiência cardíaca, aumentando o
consumo de oxigênio e favorecendo o remodelamento reverso do ventrículo esquerdo 37.
1.7- Modelo de uma sessão de exercícios para IC
36
sugestão de prescrição de exercício para paciente com IC, deve levar em
consideração as seguintes etapas:
Alongamento - exercícios de alongamento muscular com duração de 5 a 10 minutos.
Essa fase tem por objetivo preparar o paciente para a atividade aeróbia que vem a seguir.
Fase aeróbia - para a maioria dos pacientes, é possível iniciar esta fase com um período
de 20 a 25 minutos de caminhada ou de exercício em cicloergômetro, com intensidade
correspondente ao limiar anaeróbio. Essa intensidade pode ser controlada pela resposta
de freqüência cardíaca obtida no limiar anaeróbio durante o teste ergoespirométrico, que
antecede o programa de reabilitação cardiovascular. Essa fase deve ser encerrada com 2
a 5 minutos de recuperação. Em fases mais avançadas do treinamento físico (em torno de
8 semanas), a duração do exercício aeróbio pode atingir 35 a 40 minutos, com intensidade
que não ultrapasse o nível de 10% abaixo do ponto de descompensação respiratória.
Exercícios localizados - após a fase de exercício aeróbio, deve-se realizar uma sessão
de 10 a 15 minutos de exercícios de resistência muscular localizada, envolvendo os
membros superiores e inferiores e o tronco.
Relaxamento - ao final da sessão, deve-se realizar um período de 5 minutos de
relaxamento ou mesmo alongamentos musculares.
Considerações finais
Como apresentado no presente estudo, os benefícios do exercício físico para a
população com IC contribui diretamente na melhora da qualidade de vida, funcionalidade
do paciente além de reduzir significativamente a morbimortalidade. O que influencia
diretamente na redução dos gastos em prol da saúde pública.
O exercício físico é uma conduta não farmacológica segura, o mesmo pode ser
aplicado efetivamente no tratamento do paciente com insuficiência cardíaca crônica
29
.
É possível afirmar que a prescrição de exercício para portadores de doenças
cardiovasculares em especifico o IC, exige muita cautela uma vez que o paciente de IC é
frágil. Desta forma para uma prescrição segura, em que os benefícios superem os riscos,
devem ser analisadas todas as variáveis do treinamento físico, iniciando com uma
anamnese específica, encaminhamento para o teste ergométrico ou ergoespirométrico,
analisar qual o melhor protocolo para cada paciente. Estes cuidados devem ser levando
em consideração para a fase de prevenção como também no tratamento das doenças
cardiovasculares.
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