marcadores tumorais marcadores tumorais

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MARCADORES
TUMORAIS
AUTOR: PROF. DR. PAULO CESAR NAOUM
Academia de Ciência e Tecnologia de São
José do Rio Preto, SP, Brasil
2014
O QUE SÃO MARCADORES
TUMORAIS(MT)
SÃO SUBSTÂNCIAS PRODUZIDAS POR
TECIDOS NEOPLÁSICOS QUE PODEM SER
AVALIADAS QUALITATIVAMENTE E
QUANTITATIVAMENTE POR MÉTODOS
BIOQUÍMICOS, IMUNOLÓGICOS, CITOLÓGICOS,
MOLECULARES E IMUNOHISTOQUÍMICOS,EM
FLUÍDOS CORPORAIS E TECIDOS AFETADOS.
AC&T-NAOUM
COMO ENTENDER A DINÂMICA DOS MT?
Em exames de imagem de rotina (ex: tomografia,
ultrasom, raio-X) o tumor aparece quando tem pelo
menos 6mm de diametro, enquanto que por meio de MT é
possível avalia-lo com 3mm de diametro
1,1 cm
3 mm
Marcador tumoral
6 mm
Imagens
AC&T-NAOUM
Prótese de silicone
Câncer de mama
QUAIS SÃO AS BASES DAS AVALIAÇÕES
DOS MARCADORES TUMORAIS?
OS MARCADORES TUMORAIS
PODEM SER USADOS PARA
AUXILIAR O DIAGNÓSTICO DE
CÂNCER, AVALIAR E PREVER
A RESPOSTA TERAPÊUTICA
(SE BOA OU NÃO) E
DETERMINAR SE O CÂNCER
RETORNOU OU NÃO .
AC&T-NAOUM
Blasto leucêmico
RELAÇÃO CITO/HISTOLÓGICA E PRODUTOS
TUMORAIS
AS CÉLULAS TUMORAIS LANÇAM SUBSTÂNCIAS NORMAIS
OU ANORMAIS EM CONCENTRAÇÕES ELEVADAS QUE
PODEM SER DETECTADAS NO PRÓPRIO TECIDO TUMORAL
OU NOS FLUIDOS CORPORAIS: SANGUE, URINA, LIQUOR,
AC&T-NAOUM
ETC.
UM EXEMPLO DE PRODUTO TUMORAL
Eletroforese Alcalina
Arquivo científico da AC&T
ONCOGENES PRODUZEM
ONCOPROTEINAS QUE
PODEM SER QUANTIFICADAS
OU VISUALIZADAS POR
TÉCNICAS LABORATORIAIS.
NA FIGURA AO LADO É
POSSÍVEL VER A
ONCOPROTEINA BCR/ABL E
OUTRAS EXTRAÍDAS DE
LEUCÓCITOS DE UM CASO DE
LEUCEMIA MIELÓIDE
CRÔNICA.
CONJUNTO DE
PROTEINAS
LEUCOCITÁRIAS
NORMAIS
Oncoproteínas
da LMC
Hb A
AC&T-NAOUM
LMC
Proteínas
Séricas
MÚLTIPLAS ETAPAS DO CÂNCER RELACIONADAS
COM O TEMPO DE DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA
PC NAOUM
AC&T
CISCarcinoma in
situ
CINintraepitelial
DCIS- ducto in
situ
AC&T-NAOUM
Weinberg RA- The biology of cancer, 2007.
MÚLTIPLAS ETAPAS DO CÂNCER RELACIONADAS
COM O TEMPO DE DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA
PC NAOUM
AC&T
CISCarcinoma in
situ
CINintraepitelial
DCIS- ducto in
situ
INTENSIDADE DOS PRODUTOS TUMORAIS
N
AC&T-NAOUM
N/
Weinberg RA- The biology of cancer, 2007.
OS PRODUTOS CELULARES
Androgênio
Estrogênio
Receptor de
Estrogênio
As células, além de serem
formadas
por
diversas
estuturas
moleculares,
sintetizam,
também,
uma
grande variedade de produtos:
Receptor de
membrana
Proteossoma
Centríolo
AC&T-NAOUM
DNA
Metabólitos de
ácido fólico
OS PRODUTOS CELULARES
Receptores
Celulares
Androgênio
Hormônios
Proteinas
Estrogênio
Receptor de
Estrogênio
Enzimas
Moléculas do
Sistema Imune
Receptor de
membrana
Proteossoma
DNA
Metabólitos de
ácido fólico
Glicoproteinas
Centríolo
Cromossomos
AC&T-NAOUM
SÍNTESE DE PRODUTOS TUMORAIS
AS CÉLULAS TUMORAIS, AO SE
TORNAREM
PREDOMINANTES,
PASSAM
A PRODUZIR
MAIORES
CONCENTRAÇÕES
DE
PRODUTOS
CELULARES
OU
ALTERAÇÕES
CROMOSSÔMICAS E NO DNA :
ENZIMAS
PROTEINAS
HORMÔNIOS
GLICOPROTEINAS
Androgênio
Estrogênio
Receptor de
Estrogênio
Receptor de
membrana
Proteossoma
DNA
Metabólitos de
ácido fólico
Centríolo
MOLÉCULAS DO SISTEMA IMUNE
RECEPTORES ANORMAIS
DNA ANORMAL
QUEBRA
CROMOSSÔMICAS
AC&T-NAOUM
EXEMPLO DE MARCADOR TUMORAL DE
IDENTIFICAÇÃO DA LLA-B POR TRANSLOCAÇÃO E
EXPRESSÃO DO ONCOGENE LEUCÊMICO
21
12
A CITOGENÉTICA DE FISH
(Hibridização in situ por fluorescência)
É um método que permite vizualizar a
quebra de cromossomos, e suas
partes “quebradas” recompostas ou
trocadas (translocações) em outros
cromossomos.
Observem os cromossomos 21 e 12
corados com fluoresceinas vermelha e
verde, respectivamente.
FISH normal dos
cromossomos 12 e 21
AC&T-NAOUM
EXEMPLO DE QUEBRA DE CROMOSSOMOS COM
TRANSLOCAÇÕES E EXPRESSÃO DE ONCOGENE
A quebra dos cromossomos 12 e
21
fizeram
surgir
dois
cromossomos diferentes. Um
deles, o 21 que recebeu parte do
12,
liberou a expressão do
oncogene TEL. Esse oncogene
desregula o controle da divisão
celular dos linfoblastos e os
impedem
de
evoluirem,
produzindo as
células
leucêmicas
da
Leucemia
Linfoblástica Aguda do tipo B ou
LLA-B.
TEL
21
FISH anormal em um caso
de LLA-B. A seta TEL indica
que a quebra do crom. 21
“liberou”o oncogene TEL
para induzir a célula a se
dividir sem controle.
AC&T-NAOUM
UMA BREVE HISTÓRIA DOS
MARCADORES TUMORAIS
Ao longo do progresso
tecnológico em análises
clínicas, procurou-se com
constância os exames
específicos para doenças,
em especial aquelas
caracterizadas por tumores
malignos.
AC&T-NAOUM
UMA BREVE HISTÓRIA DOS
MARCADORES TUMORAIS
Um dos primeiros exames que
precedeu os atuais marcadores
tumorais foi a Pesquisa de
sangue oculto nas fezes, pois
além de ser indicativo de
hemorragia gastrointestinal
(sem que se perceba
visualmente o sangramento),
mostrou-se ser, por longo
tempo, um importante teste
de detecção precoce para
Carcinoma colorretal
AC&T-NAOUM
UMA BREVE HISTÓRIA DOS
MARCADORES TUMORAIS
Outro exame, ainda muito
solicitado, é a dosagem do cálcio
sérico. A elevação do cálcio ou
hipercalcemia ocorre em várias
situações (hiperparatireodismo,
doenças endócrinas, medicações,
etc.) e em neoplasias. 45% dos casos
de hipercalcemia persistente estão
relacionados com algum tipo de
câncer.
AC&T-NAOUM
As principais neoplasias relacionadas à
hipercalcemias persistentes são:
•Adenocarcinoma
pâncreas.
de
mama,
rim
e
•Carcinoma epidermóide do pulmão.
•Mieloma múltiplo, linfoma e leucemia
aguda de células T do adulto.
AC&T-NAOUM
UMA BREVE HISTÓRIA DOS
MARCADORES TUMORAIS
albumina
Alfa-1
As eletroforeses de
proteínas séricas também
tem sido usadas como
marcadores, especialmente
no auxílio diagnóstico do
mieloma múltiplo.
Alfa-2
Beta
Gama
Gama
monoclonal
C3
Mieloma
Normal
Infecção
AC&T-NAOUM
UMA BREVE HISTÓRIA DOS
MARCADORES TUMORAIS
Por outras vezes, a elevação
conjunta das globulinas alfa-1 e
alfa-2 é sugestiva de malignidade.
Na região de alfa-1 há
glicoproteina ácida; quando
elevada é um indicador de
proteina de fase aguda de
inflamações.MUITOS TIPOS DE CÂNCER SÃO INFLAMAÇÕES
Albumina
A região de alfa-2 contém produtos
insolúveis de proteinas. Como
muitos tumores liberam altas
concentrações de proteinas há
elevação desta fração.
Gama
Alfa-1
Alfa-2
Beta
Fracionamento
sugestivo de
malignidade
AC&T-NAOUM
UMA BREVE HISTÓRIA DOS
MARCADORES TUMORAIS
A FOSFATASE ALCALINA FOI POR MUITO TEMPO (E AINDA É)
UM MARCADOR TUMORAL PARA TUMORES QUE TEM DIFUSÃO
METASTÁTICA PARA OSSOS, POR EXEMPLO: CÂNCER DE
PRÓSTATA E SARCOMA OSTEOGÊNICO
Cancer de
próstata
Metástase
óssea
Aumento da
atividade
osteoblástica
FAL
Sarcoma
osteogênico
AC&T-NAOUM
UMA BREVE HISTÓRIA DOS
MARCADORES TUMORAIS
A FOSFATASE ALCALINA TAMBÉM É USADA PARA SUPOR A
OCORRÊNCIA DE METÁSTASE HEPÁTICA ADVINDA DE UM
TUMOR PRIMÁRIO (POR EX: TUMOR DE PÂNCREAS). NESSES
CASOS A ELEVAÇÃO DE FAL ASSOCIADA COM
HIPERBILIRRUBINEMIA É SUGESTIVO DE QUE POSSA ESTAR
OCORRENDO METÁSTASE HEPÁTICA
Metástase
hepática e
bilirrubinemia
Aumento da
síntese
hepática de
FAL
FAL
AC&T-NAOUM
QUAIS AS PRINCIPAIS DÚVIDAS EM
RELAÇÃO AO USO CLÍNICO DOS
MARCADORES TUMORAIS?
1- SÃO RESOLUTIVOS NA PREVENÇÃO,
IDENTIFICAÇÃO E NO ACOMPANHAMENTO
CLÍNICO DE CÂNCER?
R: ALGUNS MARCADORES TUMORAIS SÃO RESOLUTIVOS
DESDE QUE TENHAM ALTAS SENSIBILIDADES E
ESPECIFICIDADES PARA O TIPO DE TUMOR PARA OS
QUAIS SÃO USADOS.
COM RELAÇÃO À PREVENÇÃO AINDA NÃO HÁ DE FATO
UM CONSENSO PARA SEUS USOS COM ESTE OBJETIVO.
AC&T-NAOUM
QUAIS AS PRINCIPAIS DÚVIDAS EM
RELAÇÃO AO USO CLÍNICO DOS
MARCADORES TUMORAIS?
2- POR QUE PARA UM MESMO TIPO DE CÂNCER HÁ
VÁRIOS TIPOS DE MARCADORES TUMORAIS?
R: TOMAREMOS COMO EXEMPLO O TUMOR DE MAMA .
O TUMOR DE MAMA TEM VÁRIAS ORIGENS.
ALGUNS SÃO MAIS FÁCEIS DE SEREM CONTROLADOS
COM O CA 15.3, OUTROS COM O CA 27.9, E ASSIM POR
DIANTE.
PORTANTO, O MELHOR MARCADOR DEPENDE DE QUAL OU
QUAIS PRODUTOS AS CÉLULAS TUMORAIS DA MAMA
LIBERAM COM MAIS INTENSIDADE (VER OS PRÓXIMOS SLIDES)
DAS NOVE VIAS DE SINALIZAÇÕES CELULARES RELACIONADAS
COM CÂNCER, SEIS ESTÃO ENVOLVIDAS NO CÂNCER DE MAMA
EXEMPLOS DE TIPOS DE CÂNCER
VIAS DE SINALIZAÇÃO
Ca de Pele ,LMC, Meduloblastoma HEDGEHOG
Ca de Mama,Ovário,Pâncreas
RAS
Ca de Mama,Próstata,Glioblastoma Wnt
Ca de Mama,Próstata,LL,Mieloma
NFK-beta
Ca de Mama,Pulmão,Sarcoma
AkT
Ca de Mama,Próstata,Pulmão
Notch
Ca de Pâncreas, Coloretal,Gástrico TGF-beta
Ca de Ovário,Tireóide,Coloretal
GPCR
Ca de Mama,Pulmão,Ovário,prostata EGFR
AC&T-NAOUM
RISCO DE
CANCER DE
MAMA
25-30%
GPCR
NOTCH
GPCR
NOTCH
WNT
CA15.3
RECEPTOR DE
CITOCINA
CADERINA
JAK
RKT
5-10%
AKT
FRIZZLED
RAS
Variável
BRCA1,2
RAS
FAS
IL1R
RAS
NFKβ
TNFR
RKT
HER 2
BMPR
SMO
TGFβ
TGF
PTCH
HEDGEHOG
AÇÕES DE ONCOGENES
HER1,2,3
AÇÕES DE SUPRESSORES
PROTEINAS CONDUTORAS
EGF
R
EGFR
AC&T-NAOUM
POR ESSAS RAZÕES HÁ VÁRIOS TIPOS DE MARCADORES
TUMORAIS DISPONÍVEIS PARA O CÂNCER DE MAMA
MARCADOR TUMORAL
BASE BIOLÓGICA
CA 15-3
ANTÍGENO DE CARBOIDRATO
CA 27.9
ANTÍGENO DE CARBOIDRATO
CEA
ANTÍGENO DE GLICOPROTEINA
ER - Receptor de Estrogênio HORMÔNIO
EP- Receptor de Progesterona HORMÔNIO
HER-2
PROTO-ONCOGENE Amplificado
UPA - Ativador de Plasminogê
nio da Uroquinase
ENZIMA
Oncotype DX-21 gene signat. ONCOGENE
Mammaprint-70 gene signat. ONCOGENE
MCA – Antígeno Mucóide
ANTÍGENO DE GLICOPROTEINA
Catepsina D- Endoprotease
ENZIMA
AC&T-NAOUM
COMO O ONCOLOGISTA FAZ A ESCOLHA
ADEQUADA DO MARCADOR TUMORAL?
1- DIAGNÓSTICO PRIMÁRIO DO CÂNCER
Com base na suspeita clínica avalia-se qual o
marcador tumoral com melhores graus de
especificidade e sensibilidade.
2- ESTADIAMENTO DO CÂNCER
Avaliação da fase e intensidade do câncer em
relação à concentração do marcador tumoral
escolhido.
AC&T-NAOUM
COMO O ONCOLOGISTA FAZ A ESCOLHA
ADEQUADA DO MARCADOR TUMORAL?
3- SEGUIMENTO DO CÂNCER
Avaliação da eficácia do tratamento em relação
à concentração do marcador tumoral escolhido.
4- REMISSÃO OU CURA DO CÂNCER
Avaliação do sucesso terapêutico em relação à
concentração do marcador tumoral escolhido.
AC&T-NAOUM
COMO O ONCOLOGISTA FAZ A ESCOLHA
ADEQUADA DO MARCADOR TUMORAL?
É a capacidade do marcador
ESPECIFICIDADE: indicar a população sem câncer.
SENSIBILIDADE:
É a capacidade de se detectar
neoplasia malígna quando a
célula se tornou tumoral.
AC&T-NAOUM
A ESCOLHA DO MARCADOR TUMORAL DEPENDE DO TIPO
DE TUMOR E DE SEUS PRODUTOS, DA SENSIBILIDADE E
ESPECIFICIDADE DO MARCADOR, CONFORME SEQUÊNCIA
NO PRÓXIMO SLIDE…
AC&T-NAOUM
* Tipos de proteinas ou enzimas expressas pelo tumor:
HER4, Beta microglobulina, tireoglobulina, cromagranina A,
etc.
* Hormônios expressos no tumor: ER, βHCG, Calcitonina, etc.
* Tipos de antígenos expressos no tumor: CA 50, CA125, CA
15.3, PSA, etc
* Mutações específicas ou associadas: HER2, K-RAS, P53,
etc
* Sensibilidade do marcador: maior capacidade em se
detectar a neoplasia quando a célula se torna tumoral
* Especificidade do marcador: capacidade de indicarAC&T-NAOUM
a
ausência de células tumorais
RELAÇÃO DE MARCADORES
TUMORAIS PARA ALGUNS
OBSERVAR QUE PARA ALGUNS TUMORES
TIPOS DE CÂNCER
AC&T-NAOUM
HÁ MAIS DE UM TIPO DE MARCADOR
DESTAQUE PARA CEA COMO MARCADOR TUMORAL. OITO TUMORES (42%)
ENTRE OS 19 MOSTRADOS NA FIGURA PODEM SER ACOMPANHADOS POR CEA
AC&T-NAOUM
COMO AVALIAR O USO DE UM MARCADOR
TUMORAL, POR EXEMPLO: CEA
CEA é uma proteina sintetizada por células
embrionárias. Sua concentração é
elevadissima durante a embriogênese e
diminui à medida que as células tronco se
tornam específicas. Quando ocorre o
aparecimento de células tumorais em alguns
órgãos, sua síntese aumenta.
Seu valor máximo de referência é 3,0 ng/ml
em não fumantes e pode chegar a 10,0 ng/ml
em fumantes.
AC&T-NAOUM
COMO AVALIAR O USO DE UM MARCADOR
TUMORAL, POR EXEMPLO: CEA
Elevações de CEA ocorrem em várias neoplasias malignas.
Sua alta especificidade (90 a 95%) é usada para ausência de
tumor na região colorretal.
Elevações associadas: CA Colorretal, Pulmão,
Pâncreas, Trato gastrointestinal, Biliar, Tireóide e
Mama(Sens:40-47%).
Elevações não associadas: Hepatopatias, Doença de
Crohn, Bronquite,Tabagismo e Insuficiência renal.
Monitorização do tumor: Tumor Colorretal (Espec.:9095%) e Mama.
AC&T-NAOUM
COMO AVALIAR O USO DE UM MARCADOR
TUMORAL, POR EXEMPLO: CEA em 5 dosagens
Pessoa sem
câncer
3,0 ng/ml
0,0 ng/ml
Pessoa sem
3,0 ng/ml
câncer com his0,0 ng/ml
rico familiar de
câncer colorretal
*
*
*
*
(15,3 ng/mL)
Pessoa com
câncer colorretal
monitorado
*
*
*
*
*
*
*
(12,1 ng/mL)
*
0,0 ng/ml
3,0 ng/ml
0,0 ng/ml
*
*
*
INTERVENÇÃO
ALERTA
3,0 ng/ml
Pessoa com
câncer colorretal
*
*
*
*
*
AC&T-NAOUM
COMO AVALIAR O USO DE UM MARCADOR
TUMORAL, POR EXEMPLO: CA 19.9
CA 19.9 é um antígeno normal de superfície
celular. Quando a célula se torna tumoral há
maior liberação dessa proteina no sangue,
aumentando sua taxa.
Elevações de CA 19.9 ocorre em várias
neoplasias, sendo útil para avaliar câncer de
pâncreas devido sua alta sensibilidade (70 a
90%) para indicar presença de tumor.
COMO AVALIAR O USO DE UM MARCADOR
TUMORAL, POR EXEMPLO: CA 19.9
Elevações associadas: CA de Pâncreas, Trato
biliar, Colorretal (2nd escolha), Hepatocelular,
Gástrico (Sens:70-90%)
Elevações não associadas a câncer: Cirrose,
Pacreatite, Inflamação
Intestinal e doenças auto-imunes (todas < de
120U/mL)
Monitorização de ausência de tumor: Pâncreas
e Trato biliar (Esp:80-90%)
EXEMPLO PRÁTICO DA
SOLICITAÇÃO DE UM MARCADOR
TUMORAL PELO MÉDICO
A SOLICITAÇÃO DO PSA
AC&T-NAOUM
FISIOLOGIA NORMAL DO PSA
PSA
ANTÍGENO PRODUZIDO NO EPITÉLIO DA PRÓSTATA E DAS
GLÂNDULAS PERIURETRAIS
ATUA COMO PROTEASE DE LIQUEFAÇÃO SEMINAL
Obs.: O PSA pode ser encontrado em baixas concentrações nas
glândulas mamárias, saliva, leite, líquido pancreático e
outros fluídos corporais.
AC&T-NAOUM
DIAGNÓSTICO DO CARCINOMA DE
PRÓSTATA
1. AUMENTO DO PSA NO SORO ACIMA DOS VALORES
NORMAIS.
2. EXAME RETAL ANORMAL FEITO EM CONSULTA DE
ROTINA OU EM PACIENTE COM SINTOMAS DE
OBSTRUÇÃO URINÁRIA.
3. ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA DE UMA ADENOMA
OPERADO
POR
VIA
TRANSURETRAL
OU
SUPRAPÚBICA EM PACIENTE COM SINTOMAS DE
OBSTRUÇÃO URINÁRIA
AC&T-NAOUM
DIAGNÓSTICO DO CARCINOMA DE
PRÓSTATA
RISCO DE Ca DE PRÓSTATA E RELAÇÃO COM
VALORES DE PSA
4 a 10 ng/mL ⇒ 20% de risco de Ca de próstata
10 a 40 ng/mL ⇒ 50% de risco de Ca de próstata
de 40 ng/mL ⇒ provável associação à metástase óssea
Obs.: Em homens com idade acima de 70 anos níveis de PSA até
AC&T-NAOUM
6,5 ng/mL são considerados normais.
EXEMPLO DA ESCOLHA DE UM
MARCADOR INESPECÍFICO, O LDH,
MAS QUE PODE TER RELEVÂNCIA
QUANDO BEM USADO
AC&T-NAOUM
DESIDROGENASE LÁCTICA (LDH / HDL)
ORIGEM: ENZIMA PRESENTE EM CÉLULAS DE TODOS OS TECIDOS.
SUA ELEVAÇÃO ESTÁ RELACIONADA COM DESTRUIÇÃO TECIDUAL.
USO ELETIVO COMO MT: TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS: TESTÍCULO E
OVÁRIO
SIGNIFICADO NO USO ELETIVO: AUXILIA NA AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO DO TUMOR, DO
SEU PROGNÓSTICO E DA RESPOSTA AO TRATAMENTO.
USO AUXILIAR COMO MT: LINFOMA NÃO-HODGKIN, MELANOMA,
NEUROBLASTOMA PRÓSTATA.
SIGNIFICADO NO USO AUXILIAR: SUA ELEVAÇÃO INDICA PROGNÓSTICO RUIM.
INTERFERENTES: ANEMIAS HEMOLÍTICAS, HEPATOPATIAS, DOENÇAS MUSCULARES,
NEUROBLASTOMA E INFARTO ELEVAM O NÍVEL SÉRICO DE LDH.
SENSIBILIDADE: BAIXA
ESPECIFICIDADE: BAIXA
AC&T-NAOUM
DESIDROGENASE LÁCTICA (LDH / HDL)
ORIGEM: ENZIMA PRESENTE EM CÉLULAS DE TODOS OS TECIDOS.
SUA ELEVAÇÃO ESTÁ RELACIONADA COM DESTRUIÇÃO TECIDUAL.
USO ELETIVO COMO MT: TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS: TESTÍCULO E
OVÁRIO
SIGNIFICADO NO USO ELETIVO: AUXILIA NA AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO DO TUMOR, DO
SEU PROGNÓSTICO E DA RESPOSTA AO TRATAMENTO.
USO AUXILIAR COMO MT: LINFOMA NÃO-HODGKIN, MELANOMA,
NEUROBLASTOMA PRÓSTATA.
SIGNIFICADO NO USO AUXILIAR: SUA ELEVAÇÃO INDICA PROGNÓSTICO RUIM.
INTERFERENTES: ANEMIAS HEMOLÍTICAS, HEPATOPATIAS, DOENÇAS MUSCULARES,
NEUROBLASTOMA E INFARTO ELEVAM O NÍVEL SÉRICO DE LDH.
SENSIBILIDADE: BAIXA
ESPECIFICIDADE: BAIXA
AC&T-NAOUM
MARCADORES TUMORAIS ESPECÍFICOS PARA TUMORES
DE:
TESTÍCULO
BETA HCG
(Diagnóstico e monitorizaçãp
após tratamento)
ALFA FETO PROTEINA
(Monitorização após
tratamento)
OVÁRIO
CA 125
(Monitorização e
preditivo de recaida após
tratamento)
HER 4
(Monitorização da
doença e avalia a
progessão da doença)
CEA
(Monitorização da
doença)
AC&T-NAOUM
SÍNTESE DE PRODUTOS ANORMAIS QUE
FUNCIONAM COMO MARCADORES
TUMORAIS
•HORMÔNIOS
•ANTÍGENOS ONCOFETAL
•ISOENZIMAS
•PROTEÍNAS ESPECÍFICAS
•MUCINAS E OUTRAS GLICOPROTEÍNAS
•QUEBRA E TRASLOCAÇÕES DE CROMOSSOMOS
•ANÁLISES MOLECULARES DE ONCOGENES E
SUPRESSORES
AC&T-NAOUM
MARCADORES TUMORAIS HORMONAIS
•
GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA
Tumores trofoblásticos, Tumor testicular
•
CALCITONINA
Carcinoma medular da tireóide
•
CATECOLAMINAS E METABÓLITOS
Feocromacitoma e tumores relacionados
(vários tumores com alteração da cromatina
celular)
•
HORMÔNIO ECTÓPICOS
Tumores neurais, pulmonar, renal, sarcomas,
uterino, etc.
AC&T-NAOUM
MARCADORES TUMORAIS POR ANTÍGENOS
ONCOFETAL
•
ALFA-FETOPROTEÍNA
Ca hepático, tumor das células germinais do
testículo
•
ANTÍGENO CARCINOEMBRIÔNICO (CEA)
Ca do colon, pâncreas, pulmão, estômago e
mama
AC&T-NAOUM
MARCADORES TUMORAIS POR ISOENZIMAS
•
FOSFATASE ÁCIDA PROSTÁTICA
Tumores trofoblásticos, Tumor testicular
•
ENOLASE NEURO-ESPECÍFICA
Câncer das células menores do pulmão
Neuroblastoma
•
OUTROS: FOSFATASE ALCALINA, FOSFATASE
ÁCIDA, DESODROGENASE LÁCTICA
MARCADORES TUMORAIS POR PROTEÍNAS
•
IMUNOGLOBULINAS (IgG, IgD, IgE, IgM )
Mieloma múltiplo e outras gamopatias
•
ANTÍGENO ESPECÍFICO PROSTÁTICO (PSA)
Câncer de próstata
•
OUTROS:
FERRITINA,
BETA-2
MICROGLOBULINA,
CARCINOMAS
DAS
CÉLULAS ESCAMOSAS (SCC-A)
MARCADORES TUMORAIS E OUTRAS
GLICOPROTEÍNAS
•
CA-125
Câncer ovariano
•
CA-19-9
Câncer do colon e câncer pancreático
•
CA-15-3
Câncer de mama
SÍNTESE DE PRODUTOS
ANORMAIS
Sinópse das principais
glicoproteínas mucinas
usadas como marcadores tumorais:
Glicoproteínas mucinas são antígenos de
superfície celular de alto peso molecular.
São identificados e quantificados por
anticorpos monoclonais identificados por
siglas: CA 15-3; CA 19-9; CA 125.
SÍNTESE DE PRODUTOS
ANORMAIS
Sinópse das principais imunofenotipagem de
receptores celulares :
As proteínas de superfície celular que
determinam a diferenciação celular (CD) são
identificadas por anticorpos monoclonais
pela técnica de imunofenotipagem.
A identificação é qualitativa e quantitativa de
CD 3, CD 4, CD 5, CD 10, CD 19.
CLASSIFICAÇÃO BÁSICA DOS
MARCADORES TUMORAIS:
•RELATIVOS À PRESENÇA DE MARCADORES
TUMORAIS:
TUMORES SÓLIDOS
SANGUE: PERIFÉRICO E MEDULA
LINFONODOS
FLUÍDOS CORPORAIS: URINA,
LÍQUOR E LÍQUIDO ASCÍTICO
CLASSIFICAÇÃO BÁSICA DOS
MARCADORES TUMORAIS:
•RELATIVO À INDICAÇÃO:
ESPECÍFICO PARA UM TIPO DE TUMOR
Ex.: PSA para tumor de próstata
Cromossomo Philadelphia para LMC
NÃO-ESPECÍFICO PARA MAIS DE UM TIPO DE
TUMOR
Ex.: Beta-HCG → Testículos, ovários, útero
CEA → Intestinos, pâncreas, pulmões, mama, etc.
RELAÇÃO ENTRE TIPOS DE CÂNCER MAIS COMUNS
E SEUS MARCADORES TUMORAIS .
TIPOS DE CÂNCER
MARCADOR TUMORAL
1- PELE NÃO MELANOMA
Não tem (observação / biópsia)
2- PRÓSTATA
PSA, FAP1
3- MAMA
CA 15.3, CA 27-29, CEA, ER2, PR3,
HER-2, UPA4, PAI-15, ONCOTYPE
MAMMAPRINT (70 GENE SIGNATURE)
4- CÓLON E RETO
MUTAÇÃO DE BRAF6, CEA, K-RAS
5- TRAQUÉIA E BRONQUIO
Não tem (Observação e imagem)
(1) FAP: Fosfatase Ácida Prostática, (2) ER: Receptor de Estrogênio,
(3) PR: Receptor de Progesterona,
(4) UPA: Ativador do Plasminogênio Uroquinase,
(5) PAI-1: Inibidor do Ativador de Plasminogênio-1
RELAÇÃO ENTRE TIPOS DE CÂNCER MAIS COMUNS
E SEUS MARCADORES TUMORAIS .
TIPOS DE CÂNCER
6- PULMÃO
MARCADOR TUMORAL
FRAGMENTOS CITOQUERATINA
21.1, FOSFATASE ÁCIDA
PULMÃO DE CÉLULAS PEQUENAS
NSE (ENOLASE NEURO ESPECÍFICA)
PULMÃO DE CÉLULAS NÃO PEQUENAS
ALK (KINASE DO LINFOMA ANAPLÁSTICO)
Mutação de EGFR (RECEPTOR DO
FATOR DE CRESCIMENTO ENDOTELIAL)
K-RAS (FRAÇÃO K DO RATS SARCOME)
7- ESTÔMAGO
CA 19.9, HER-2/NEU
GASTROINTESTINAL ESTROMAL CD117, c-KIT (Proto-oncogene)
RELAÇÃO ENTRE TIPOS DE CÂNCER MAIS COMUNS
E SEUS MARCADORES TUMORAIS .
TIPOS DE CÂNCER
8- TIREÓIDE
TIREÓIDE MEDULAR
MARCADOR TUMORAL
TIREOGLOBULINA
CALCITONINA, NSE
9- ESÔFAGO
HER-2/NEU, p53 ( ), TGF Alfa ( )
10-LINFOMAS
β2-MICROGLOBULINA
LINFOMA NÃO-HODGKIN
CD 20
LINFOMA ANAPLÁSICO *
ALK (Kinase do Linfoma Anaplásico)
* Das Células Grandes
RELAÇÃO ENTRE TIPOS DE CÂNCER MAIS COMUNS
E SEUS MARCADORES TUMORAIS .
TIPOS DE CÂNCER
MARCADOR TUMORAL
11-SISTEMA NERVOSO CENTRAL
NEUROENDÓCRINO
Cg A (Cromagranina A)
NEUROBLASTOMA
NSE (Enolase Neuroespecífica)
12-BEXIGA
CROMOSSOMOS 3, 7, 17, 9p21
FIBRINA/FIBRINOGÊNIO
NMP22 (Proteina 22 de Matriz Nuclear)
13- LEUCEMIAS
LLC
LMC
β2 MICROGLOBULINA
BCR/ABL
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
-Kilpivaara O, Aaltonen LA- Diagnostic cancer genome.Sequencing and
the contribution of germline variants. Science, vol 339, pg:1559-1562, 2013.
-McLeod HL- Cancer pharmacogenomics:early promise, but concentred
effort needed. Science, vol 339, pg1563-1566,2013.
-Naoum PC, Naoum FA- Câncer: Por que eu? Ed.AllPrint, São Paulo,
215pg, 2013.
-Pecorino L- Molecular biology of cancer. Oxford University Press, 3rd
edition, 342 pg, 2012.
-Suva ML, et al- Epigenetic reprogramming in cancer. Science, 339,pg
1567-1570, 2013.
-Weinbèrg RA- The biology of cancer. Garland Science-Taylor&Francis
Group, 796pg, 2007.
www.oncoguia.org.br/conteudo/o-que-sao-marcadores-tumorais/4012/683/
www.cancer.gov/cancertopics/factsheet/detection/tumor-markers
Informacoes adicionais no site www.cancerbio.com.br
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