CONFIGURAÇÃO DO BIOS Já houve um tempo em que a configuração de um PC precisava de um montador com muito conhecimento. Isto porque o micro só funcionava se os jumpers das placas e os parâmetros do BIOS estivessem todos devidamente configurados. E esta configuração era feita manualmente, com base em tabelas e certo conhecimento teórico. De lá para cá a tecnologia mudou, e os avanços na construção dos PCs tornaram trivial a operação de configurar o EPROM do BIOS de um PC. Hoje, qualquer pessoa com um conhecimento mínimo pode fazer ao menos com que o micro ligue e carregue o sistema operacional. Entretanto, para tirar tudo o que cada micro pode oferecer, em termos de recurso e performance, continua sendo necessário ajustar minuciosamente diversos parâmetros do BIOS. Mas esta é uma tarefa para especialistas que sabem exatamente o que estão fazendo, e talvez não para você que, provavelmente, está montando seu primeiro micro. Portanto, por falta de espaço e em nome da objetividade, não vamos abordar aqui os detalhes avançados. Nesta seqüência de artigos sobre montagem o que nos interessa é fornecer um roteiro básico para que você consiga colocar um micro para funcionar de acordo com as especificações dos fabricantes de cada componente, isto é: sem fazer overclock, porém simplesmente deixando tudo em ordem para prosseguir na configuração e instalação do equipamento. É isto o que passamos a descrever. O QUE É O “SETUP DO EPROM DO BIOS”? O SETUP (pronuncia-se “cetáp”) é um programa que vem previamente gravado na memória permanente (“EPROM”) de todos os micros da linha PC, desde o tempo dos processadores 8086 até os mais recentes Intel Quad Core. É nesta EPROM que ficam gravadas as rotinas chaRevista PnP nº 12 madas “BIOS”, abreviação de “Basic Input Output System” ou , traduzindo, “Sistema Básico de Entrada e Saída”. Quando você liga um PC a primeira coisa que ele faz é o chamado “POST”, isto é, “Power On Self Test” o qual, traduzindo a grosso modo, seria algo como “Autoteste ao ligar” o computador. O POST é um programa que verifica a configuração de todos os componentes da placa-mãe, conforme tiver sido programado para fazê-lo. E é o SETUP que configura os componentes da placa mãe para funcionar com os diversos periféricos a ela conectados, ou seja: processador, memória, vídeo, unidades de disco e outros. Isto tudo parece muito complicado ou técnico? Certo, então vamos explicar de outra forma: BIOS, ROM, EPROM... O BIOS é um programa de computador pré-gravado na placa-mãe, em chips de memória permanente, isto é, que não se apagam quando o micro é desligado. Esta memória é também chamada de “firmware” e pode ser do tipo “ROM” ou “EPROM”. O primeiro é fixo, programado apenas na fábrica, enquanto os do tipo EPROM podem ser reprogramados pelo usuário, na famosa operação chamada “atualização de BIOS”. O BIOS é o primeiro programa executado por um computador quando ele é ligado. É responsável por fornecer certo suporte básico que permita acesso ao hardware, e também inicia a carga do sistema operacional. O programa do BIOS fica armazenado num chip do tipo “ROM” (Read-Only Memory). Este chip era do tipo “Mask-ROM” ou “PROM” nas placas-mãe produzidas até o início da década de 1990, e passou a ser do tipo “Flash ROM” (memória flash) nas placas fabricadas a partir de então e até hoje. Na memória ROM da placa-mãe existem mais dois programas: “Setup” (fala-se “ce-táp”), usado para configurar alguns parâmetros do BIOS, e “POST” (fala-se “pós-ti”, abreviação de “Power On Selt Test”), que é uma seqüência www.revistaPnP.com.br 21