Antropológica do Espelho

Propaganda
Processos de
midiatização:
Afetações no âmbito
sociocultural
ANTROPOLÓGICA
DO
Muniz Sodré
ESPELHO
A METÁFORA DO ESPELHO
O olho humano não vê todas as cores
Vemos apenas um espectro visível, uma faixa dentro de
uma infinidade de possibilidades
O novo ordenamento artificial do
mundo (pela digitalização da
comunicação) tem possibilitado a
expansão do nosso olhar para outras
formas de poder, de identidades, de
mentalidades e condutas. Ou seja,
para fora do espectro visível,
exibindo novos modos de presença
do indivíduo no mundo
COMMUNICATIO
(latim)
Comunicação
Sociedade
• Inicialmente, a comunicação foi
entendida como estudo dos meios
de transmissão de mensagens
•
Percebeu-se que ela estava
conformando progressivamente uma
outra sociedade (segundo sentido de
communicatio) virtual e paralela
• É nesta sociedade que vivemos
hoje: permeada pela comunicação
eletrônica
Século XX
Século XXI
Comunicação de massa
Comunicação interativa
maturação tecnológica
globalização
Revolução Industrial x Informação
1ª Mobilidade espacial: deslocamentos
2ª Anulação virtual do espaço, tempo,
novos canais de distribuição de bens,
ubiquidade
•
Novas formas de pensar, perceber e
contabilizar o real
•
Mundos distintos tornam-se
com-possíveis
•
Outras formas de narrar o real: o
audiovisual, a internet, digitalização
Técnica
NOVAS VARIÁVEIS
Econômica
Política
• Os meios de comunicação
contemporâneos estão criando
uma nova esfera existencial: bios
• Três esferas existenciais de
Aristóteles: política, conhecimento
e prazer
• A mídia cria um novo bios, que é
entendido como virtual
UM QUARTO BIOS
• O bios virtual: feito de informação
•
O “espelhamento” da mídia tradicional
é distinto das possibilidades da mídia
digital
•
A forma como as pessoas interagem
com os novos espelhamentos muda o
modo como experimentam o mundo
“O espelho midiático não é simples cópia,
reprodução ou reflexo, porque implica
uma forma nova de vida, com um novo
espaço e modo de interpelação coletiva
dos indivíduos, portanto, outros
parâmetros para a constituição das
identidades pessoais” (p. 23)
UM NOVO ESPECTRO (FEIXE DE LUZ)
SOCIOCOMUNICACIONAL
A mídia tradicional (impressa) narrava
acontecimentos do espaço público pela
representação. Agora, esta representação
é feita no espaço virtual, simulativo,
telereal, no qual estas linguagens
interagem entre si e com as audiências
SURGIMENTO DE RENOVADOS SUJEITOS
(ATORES) SOCIAIS
Construção de:
•
•
•
•
•
Saberes
Competências técnicas
Habilidades comunicacionais
Aprendizados
Constituição cidadã (em processo)
VISÃO MENOS POSITIVA
Condicionamentos impostos:
•
A vigilância global
•
O infocontrole
•
Espaços de comunicação (cidadã,
comunitária, do usuário individual)
com restrições
•
O espelho midiático condiciona modos
de vida, oferece maneiras de ser
•
No entanto, não dita linearmente
como devemos experenciar a
realidade e nos mover (agir) sobre ela
•
Apesar disso, o indivíduo é pouco
reflexivo diante destes espelhamentos.
Por quê?
O ETHOS MIDIATIZADO
Ethos (grego), que significa "caráter moral".
Descreve um conjunto de hábitos ou crenças
que definem uma comunidade ou nação.
No âmbito da sociologia e antropologia,
o ethos são os costumes e os traços
comportamentais que distinguem um povo.
Ou seja, os modos de ser de um povo
•
O ethos midiatizado seria essa nova
forma pela qual interagimos,
conhecemos, aprendemos,
comunicamos, etc.
•
Nova forma como nos constituímos
como sujeitos na contemporaneidade.
Estamos atravessados pela
comunicação, em maior ou menos
intensidade, e isso acompanha e
agenda nossas decisões
A MIDIATIZAÇÃO
•
Permeabilização das barreiras entre
campos do conhecimento
•
Lógicas midiáticas são acolhidas por
demais campos
•
Organização dos campos de acordo
com essas lógicas
O SURGIMENTO DA ASSESSORIA DE
IMPRENSA
•
O campo midiático foi entendido como
aquele capaz de realizar o debate
sobre pautas emergentes
•
Organizar o debate e promover a
discussão entre campos
•
Sociabilizar o resultado destes
encontros
ARGUMENTOS (ALGUNS)
PARA QUEDA DA
OBRIGATORIEDADE DO DIPLOMA AOS JORNALISTAS
•
O fazer comunicacional passa da mão
de poucos para a mão de muitos
•
Mediação clássica do jornalista passa a
ser questionada
•
Início de uma referência “comum” para
a sociedade: construir e circular
narrativas do mundo
ENTREVISTA COM MUNIZ SODRÉ
Rio TV Câmara (2012)
https://www.youtube.com/watch?v=XDcBZF21qMw
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