universidade federal fluminense - início

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO
AMBIENTE
MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE GESTÃO
GERARDO LUIZ GARCIA LEITÃO
ANÁLISE DE FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO NA GESTÃO DE
SEGURANÇA EM ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO DE LINHA VIVA
EM TRANSMISSÃO EM ULTRA-ALTA TENSÃO
Niterói
2014
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO
AMBIENTE
MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE GESTÃO
GERARDO LUIZ GARCIA LEITÃO
ANÁLISE DE FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO NA GESTÃO DE
SEGURANÇA EM ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO DE LINHA VIVA
EM TRANSMISSÃO EM ULTRA-ALTA TENSÃO
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em
Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense
como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre
em Sistemas de Gestão. Área de Concentração:
Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Segurança
do Trabalho.
Orientador:
Prof. Gilson Brito Alves Lima, D.Sc.
Niterói
2014
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GERARDO LUIZ GARCIA LEITÃO
ANÁLISE DE FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO NA GESTÃO DE
SEGURANÇA EM ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO DE LINHA VIVA
EM TRANSMISSÃO EM ULTRA-ALTA TENSÃO
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em
Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense
como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre
em Sistemas de Gestão. Área de Concentração:
Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Segurança
do Trabalho.
Aprovado em: 29 de abril de 2014.
Orientador: Prof. Gilson Brito Alves Lima, D.Sc.
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________
Prof. Gilson Brito Alves Lima, D.Sc.
Universidade Federal Fluminense
___________________________________________
Prof. Geraldo Martins, D.Sc.
Universidade Federal Fluminense
___________________________________________
João Clavio Salari Filho, D.Sc.
Universidade Federal do Rio de Janeiro
4
Dedico este trabalho à memória de meus pais
Gerardo Souto Leitão e Odilla Garcia Leitão e
também à memória de meus sogros Joaquim de
Souza Loureiro e Maria Fernanda Gouveia
Loureiro, figuras humanas exemplares, ambos
os casais inseparáveis, cujo amor, determinação
e apoio incondicional, principalmente nos
momentos mais difíceis, serviram de base para
a minha formação e consolidação enquanto
pessoa e profissional.
5
AGRADECIMENTOS
Durante a elaboração deste trabalho pude contar com o apoio pessoal, familiar e
logístico de várias pessoas e organizações, às quais manifesto aqui a minha profunda gratidão.
Inicialmente agradeço a Deus pelo dom da vida, luz, saúde e serenidade para poder
trilhar todas as etapas desta caminhada, enfrentando os desafios com fé e perseverança.
À minha esposa, Maria do Rosário, ao meu filho Luiz Fernando e demais familiares
pelo incentivo e compreensão nos momentos de ausência e isolamento necessários para a
realização deste trabalho.
Ao Prof. Gilson Brito Alves Lima, profissional exemplar e dedicado, que aceitou o
desafio de orientar este trabalho e que com suas observações objetivas, ponderações técnicas,
rigor metodológico e críticas construtivas, muito contribuíram para o andamento eficaz do
presente Estudo.
Ao Eng. João Clávio Salari Filho, do Centro de Pesquisas em Energia Elétrica
(Eletrobras Cepel), pelas orientações técnicas específicas na parte de transmissão de energia
elétrica.
Aos professores integrantes da Banca de Qualificação e Defesa pela disponibilidade,
análise crítica e observações essenciais para o aprimoramento do estudo.
Aos integrantes das secretarias e biblioteca do Latec-UFF pela presteza, qualidade e
cordialidade no atendimento, em todas as etapas do processo.
Aos colegas e chefias do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) e demais
empresas Eletrobras consultadas pelo apoio institucional, cooperação técnica, atenção
dispensada, apoio logístico e documental (não restrito).
Ao Eng. Cesar Vianna e demais integrantes da Fundação Comitê de Gestão Empresarial
(FUNCOGE) pelo apoio logístico que viabilizou o intercâmbio com os profissionais das
empresas do setor elétrico brasileiro.
Aos profissionais respondentes do questionário de pesquisa tanto das empresas
Eletrobras quanto das demais empresas do setor elétrico brasileiro pela atenção, esforço e
percepções técnicas bastante valiosas.
6
Determinação, coragem e autoconfiança são
fatores decisivos para o sucesso. Não importam
quais sejam os obstáculos e as dificuldades.
Se estamos possuídos de uma inabalável
determinação,
conseguiremos
superá-los.
Independentemente das circunstâncias, devemos ser
sempre humildes, recatados e despidos de orgulho.
Dalai Lama
7
RESUMO
Demandas energéticas do mercado interno brasileiro motivaram a realização de estudos
técnicos para definição de alternativas de transmissão de energia elétrica a longas distâncias
(mais de 2.500 km). Após realização de estudos de viabilidade, o governo brasileiro optou por
adotar a tecnologia de transmissão em níveis de ultra alta tensão, inicialmente em corrente
contínua e, futuramente, em corrente alternada. Paralelamente aos estudos técnicos, encontrase em fase final de construção no município de Nova Iguaçu (RJ) um laboratório específico
para realização de ensaios elétricos em níveis de ultra alta tensão.O presente trabalho tem por
objetivo geral identificar e analisar os fatores críticos de sucesso em atividades de manutenção
de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica energizadas (“linha viva”), em níveis de
ultra alta tensão, isto é maiores que 600 kV em corrente contínua e maiores que 750 kV em
corrente alternada. Quanto aos aspectos específicos, relacionam-se os riscos e medidas de
controle em termos de fatores críticos de sucesso, sob os seguintes aspectos (“clusters”):
operacional, recursos humanos, segurança no trabalho e suporte logístico/ensaios
laboratoriais. A abordagem metodológica consiste, após identificação do referencial teórico,
na aplicação de um questionário enviado, via correio eletrônico, para especialistas e
acadêmicos do setor elétrico brasileiro. A análise contextualizada das respostas dos
questionários enfatiza, entre outros itens, a necessidade de se manter um rigoroso controle do
modo de acesso (escalada, deslocamentos e descidas) e monitoramento dos valores de campos
elétricos e magnéticos. Além disso, para tarefas de manutenção de “linha viva” ao potencial
foi identificada a necessidade de se coletar sistematicamente as experiências, em termos de
percepção de risco e dificuldades operacionais relatadas pelas equipes de manutenção.
Palavras-chave: Ultra Alta Tensão; Linhas de Transmissão; Manutenção de Linha Viva.
8
ABSTRACT
The increasing energy demand in the domestic market in recent decades led the Brazilian
government to encourage technical and scientific order that they were defined alternatives to
transmission large blocks of power over long distances (more than two thousand kilometers),
interconnecting the big huge potential in certain localities watersheds of northern Brazil to the
larger consumer centers located in other regions of this country either through specific lines and
/ or connecting to the national grid. After making various technical feasibility studies based on
the existing literature, experiences of other countries and considering the technical and
environmental specificities of our country of continental dimensions, the Brazilian government
has chosen to introduce the technology of ultra high voltage transmission, which includes the
alternating or direct current transmission. In the case of Brazil, it will start with the transmission
in Direct Current. The entry in operation here in Brazil of innovative technologies for the
transmission of electric energy in ultra high voltage levels brings, beyond traditional technology
to industry and society gains technical questions and the general public about risks pertaining
to safety and health at work, as well as the community and the surrounding areas. The present
work has the objective to identify and analyze the critical success factors in the maintenance of
overhead energized transmission lines (“lifeline’) at levels of ultra-high voltage activities
(greater than 600 kV in Direct Current and greater than 750 kV in Alternating Current). As for
specific goals, relate to the risks and factors referred to how the technological aspects, human
resources, safety and logical/laboratory testing support. The methodological approach chosen
is, after identification of the relevant theoretical framework at the national and international
level, a questionnaire was sent via e-mail from both academia as public and private companies
in the Brazilian electric sector and technical analysis in context with the aid of a specific
program (search tool). The main findings regarding safety in maintenance tasks on air
energized transmission lines (“lifeline”) in extra-high voltages levels and designed for ultra
high voltages emphasize the need to maintain tight control of the means of access (scaled and
shift) to carry out work to the potential proper and systematic use of individual and collective
protective equipment, monitoring of parameters of occupational exposure to electric, magnetic
and electromagnetic fields, as well as reconciling design geometry structure (towers) to the
collection of experiences “field” in terms of perceived risk and operational difficulties reported
by maintenance crews.
Keywords: Ultra High Voltage; Transmission Lines; Live Maintenance.
9
SUMÁRIO
1 SITUAÇÃO PROBLEMA
16
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA DA PESQUISA
16
1.2 OBJETIVOS DO ESTUDO
17
1.2.1 Objetivo geral
17
1.2.2 Objetivos específicos
18
1.3 IMPORTÂNCIA E DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
18
1.4 DELIMITAÇÃO E QUESTÕES DA PESQUISA
19
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO
20
2 REFERENCIAL TEÓRICO
21
2.1 CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS INICIAIS
21
2.2 ASPECTOS DE DEFINIÇÕES CONCEITUAIS
23
2.2.1 Quanto aos aspectos de Engenharia
23
2.2.1.1 Campo elétrico (E)
23
2.2.1.2 Campo magnético (H)
24
2.2.1.3 Frequência (f)
26
2.2.1.4 Máximo valor dos campos elétrico e magnético
26
2.2.1.5 Campo imperturbável
27
2.2.1.6 Campo uniforme
27
2.2.1.7 Componente vertical do campo elétrico
27
2.2.1.8 Potencial espacial
27
2.2.1.9 Campos monofásicos e trifásicos
28
2.2.1.10 Efeitos dos campos elétricos elétricos em seres humanos
28
2.2.1.11 Efeitos dos campos magnéticos em seres humanos
29
2.2.1.12 Efeitos complementares das tensões e correntes elétricas induzidas
30
2.2.1.12.1 Tensão de toque e tensão de passo
30
2.2.1.13 Linha viva
32
2.2.2 Quanto aos aspectos de gestão
32
2.2.2.1 Fatores críticos de sucesso
32
2.3
PRINCIPAIS
NORMAS
TÉCNICAS,
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA APLICÁVEIS
REGULAMENTADORAS
E
33
10
2.3.1 Quanto aos aspectos de normas técnicas
33
2.3.2 Quanto aos aspectos normativos (regulamentares)
33
2.3.3 Quanto aos aspectos legais
34
2.4 SISTEMAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM ULTRAALTA TENSÃO
36
2.4.1 Breve histórico
36
2.4.2 Sistemas de transmissão em corrente alternada (UHVAC)
37
2.4.3 Sistema de transmissão em corrente contínua (UHVDC)
37
2.4.4 Comparação técnica entre a transmissão de energia elétrica em Corrente
Contínua (CC) e Corrente Alternada (CA)
39
2.5 SISTEMAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DE LONGA
DISTÂNCIA EM IMPLANTAÇÃO NO BRASIL
40
2.5.1 Sistema de transmissão (Projeto “Madeira”)
40
2.5.2 Sistema de transmissão (Projeto “Belo Monte”)
41
2.6 MANUTENÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÂO ENERGIZADAS
(“LINHA VIVA”)
41
2.6.1 Aspectos gerais
41
2.6.2 Manutenção com sistemas energizados – “Linha Viva”
42
2.6.2.1 Método à distância
42
2.6.2.2 Método “ao potencial”
43
2.6.2.3 Distâncias de segurança
43
2.6.2.4 Principais problemas identificados nas atividades de manutenção de “linha
viva”
44
2.6.3 Efeitos eletromagnéticos nas proximidades das linhas aéreas de transmissão
de alta tensão
2.7
PRINCIPAIS
44
MEDIDAS
DE
CONTROLE
IDENTIFICADOS
NA
LITERATURA TÉCNICA EXISTENTE
47
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
48
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA
48
3.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
49
3.2.1 Quanto à natureza
49
3.2.2 Quanto à abordagem do problema
49
3.2.3 Quanto aos objetivos
50
11
3.2.4 Quanto aos procedimentos técnicos
50
3.3 PESQUISA BIBIBLIOMÉTRICA
51
3.4 APRESENTAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA
52
3.5 PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO QUESTIONÁRIO
55
3.5.1 Considerações básicas
55
3.5.2 Considerações acerca das perguntas do questionário
56
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
58
4.1 ESTRUTURA E LÓGICA DE ANÁLISE
58
4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS
58
4.2.1 Análise por bloco de perguntas (assuntos/dimensões)
58
4.2.2. Análise cruzada de respostas
82
5 CONCLUSÃO
91
5.1 LIMITAÇÕES DO ESTUDO
97
5.2 SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS
97
REFERÊNCIAS
98
ANEXOS
108
APÊNDICE A: Pesquisa Bibliométrica Complementar
108
APÊNDICE B: Carta Apresentação Mestrado
114
APÊNDICE C: Cálculos Estatísticos – Alpha de Cronbach
115
APÊNDICE D: Questionário Pesquisa (Survey Monkey)
117
APÊNDICE E: Exemplo Mapa Campo Elétrico Torres EAT e UAT
137
12
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Tab. 01
Tabela 01- Efeitos da variação da altura do modelo do corpo humano na
densidade de corrente induzida, f. 25
Tab. 02
Tabela 02 - Efeitos da variação da largura (envergadura) do modelo do
corpo humano na densidade de corrente induzida, f. 26
Tab. 03
Tabela 03 - Indução elétrica numa pessoa (trabalhador), debaixo de uma
linha de transmissão, f. 29
Tab. 04
Tabela 04 - Indução magnética numa pessoa (trabalhador), debaixo de uma
linha de transmissão, f. 30
QUADRO 01
Quadro 1: Níveis de Referência para campos elétricos e magnéticos
variantes no tempo nas frequências de 50 e 60 Hz, f. 33
QUADRO 02
Quadro 2: Níveis de Referência para campos elétricos e magnéticos
variantes no tempo na frequência de 0 (zero) Hz, f. 34
Tab. 05
Tabela 05 - Parâmetros de exposição e distâncias de segurança referentes às
linhas de transmissão, f. 45
QUADRO 03
Quadro 03: Pergunta -> Tempo de experiência profissional na área de
Linhas de Transmissão, f. 53
QUADRO 04
Quadro 04 - Pergunta  Aplicabilidade – Metodologias de Capacitação, f.
54
QUADRO 05
Quadro 05 Pergunta  Quais os maiores desafios a serem superados?, f. 54
QUADRO 06
Quadro 06 - Comentários finais (texto livre), f. 54
Fig. 01
Figura 01: Lógica para avaliação da pesquisa, f. 58
Tab. 06
Parâmetros técnicos que influenciam diretamente na manutenção de linhas
de transmissão energizadas, f. 90
13
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 01
Distribuição grau de escolaridade, f. 59
GRÁFICO 02
Segmento da área de manutenção de linhas de transmissão, f. 60
GRÁFICO 0
Tempo de experiência profissional na área de linhas de transmissão, f. 61
GRÁFICO 04
Aplicabilidade de metodologias de capacitação, f. 62
GRÁFICO 05
Aplicabilidade: conteúdo dos treinamentos, f. 63
GRÁFICO 06
Aplicabilidade: características pessoais, f. 64
GRÁFICO 07
Tipos de pressões e conflitos no trabalho, f. 65
GRÁFICO 08
Aplicabilidade: sentidos humanos, f. 66
GRÁFICO 09
Grau de aplicabilidade: conteúdo das atividades e de tecnologia, f. 67
GRÁFICO 10
Grau de aplicabilidade: tipos de defeitos em isoladores, f. 68
GRÁFICO 11
Grau estimado de dificuldade de operacionalização técnica (tarefas
manutenção de linha viva, f. 69
GRÁFICO 12
Grau de prioridade de manutenção: falhas e defeitos, f. 70
GRÁFICO 13
Grau de praticidade de acesso (geometria da torre), f. 71
GRÁFICO 14
Grau de dificuldade: manutenção de “linha-viva”, f. 72
GRÁFICO 15
Acidentes com vítimas (lesões pessoais), f. 73
GRÁFICO 16
Lesões por segmento corpóreo, f. 74
GRÁFICO 17
Técnicas de trabalho sob tensão, f. 75
GRÁFICO 18
Segurança operacional, f. 76
GRÁFICO 19
Grau de dificuldade de execução – tarefas prevencionistas, f. 77
GRÁFICO 20
Sobretensões operacionais e surtos atmosféricos, f. 78
GRÁFICO 21
Grau de aplicabilidade (ensaios laboratoriais), f. 79
GRÁFICO 22
Meios de transporte, f. 80
GRÁFICO 23
Equipamentos de acesso, f. 81
GRÁFICO 24
Instrumentos e equipamentos, f. 82
GRÁFICO 25
Análise cruzada: grau de escolaridade x trabalhos ao potencial, f. 83
GRÁFICO 26
Análise cruzada: segmento linhas transmissão x trabalhos potencial, f. 84
GRÁFICO 27
Análise cruzada: tempo experiência linhas transmissão x trabalhos ao
potencial, f. 85
14
GRÁFICO 28
Análise cruzada: tempo experiência manutenção “linha viva” x trabalhos, ao
potencial, f. 86
GRÁFICO 29
Análise cruzada: características pessoais x trabalhos ao potencial, f. 87
GRÁFICO 30
Análise cruzada: sentidos humanos x trabalhos ao potencial, f. 88
GRÁFICO 31
Análise cruzada: conteúdo atividades tecnologia x trabalhos ao potencial, f.
89
15
LISTA DE SIGLAS
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas
CA
Corrente Alternada
CC
Corrente Contínua
CEPEL
Centro de Pesquisas em Energia Elétrica
LabUAT Laboratório de Ultra Alta Tensão do CEPEL
NRs
Normas Regulamentadoras, emitidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
através da Portaria 3.214/78 (e correlatas)
P&D
Pesquisa e Desenvolvimento
UAT
Ultra Alta Tensão
UATCA
Ultra Alta Tensão para Sistemas em Corrente Alternada
UATCC
Ultra Alta Tensão para Sistemas em Corrente Contínua
UHV
Ultra High Voltage
UHVAC Ultra High Voltage Alternating Current
UHVDC Ultra High Voltage Direct Current
16
1 SITUAÇÃO PROBLEMA
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA DA PESQUISA
A crescente demanda energética do mercado interno nas últimas décadas motivou o
governo brasileiro a desenvolver estudos técnico-econômicos a fim de que fossem definidas
alternativas para transmissão de grandes blocos de energia a longas distâncias (mais de dois mil
quilômetros), principalmente da região amazônica para o sudeste.
Considerando o parque energético brasileiro instalado e suas oportunidades de
crescimento, é de fundamental importância para o nosso país dispor de um sistema de
transmissão bem estruturado que atenda de modo eficaz, efetivo e seguro os requisitos
decorrentes da distância entre as novas usinas hidrelétricas (UHE) localizadas na região Norte
do país e os centros de carga.
A entrada em operação aqui no Brasil de tecnologias inovadoras para transmissão de
grandes blocos de energia a longas distâncias (mais de dois mil quilômetros) traz consigo, além
dos tradicionais ganhos tecnológicos para a indústria e a Sociedade, questionamentos técnicos
e do público em geral acerca dos riscos referentes à Segurança e Saúde no Trabalho, bem como
nas comunidades e áreas adjacentes.
Um aspecto relevante a considerar é que com a crescente demanda energética do
mercado brasileiro e as restrições impostas pelos órgãos de fiscalização em decorrência de
desligamentos de energia, as atividades de manutenção de sistemas de transmissão energizados,
doravante denominados “manutenção de linha viva” aumentaram consideravelmente.
Segundo Yi, Hu et alli (2011) com a construção e desenvolvimento de redes (sistemas)
de energia, a atividade de manutenção de linha viva fomentou o surgimento de novos métodos
de detecção e inspeção, além da modificação nas linhas de transmissão e distribuição ao redor
do mundo, com importantes efeitos na segurança da operação e implementação de benefícios
econômicos nos sistemas de potência.
Com a chegada aqui no Brasil das novas tecnologias de transmissão de energia elétrica,
em níveis de ultra-alta tensão, inicialmente em corrente contínua (800 kV) e com possibilidade
de expansão para corrente alternada, configura-se um cenário em que são necessários estudos
mais aprofundados para se identificar, avaliar, controlar e minimizar os riscos à segurança e
17
saúde das pessoas que direta e/ou indiretamente lidam ou são impactados por esses novos níveis
de tensão, especialmente nas atividades de manutenção de “linha viva”.
As tarefas de manutenção de “linha viva”, não obstante sua relevância para os aspectos
operacionais e econômicos nos sistemas de transmissão de energia elétrica podem trazer
consigo riscos adicionais de acidentes de vários tipos tais como: cortes e contusões, quedas de
altura, choques elétricos, acidentes de trânsito, ataques de animais peçonhentos, etc..
Considerando o âmbito ocupacional e tendo em foco especificamente o agente “energia
elétrica” (eletricidade), surgem questionamentos acerca dos possíveis riscos de acidentes por
ocasião do acesso e execução de tarefas em cenários mais complexos tais como: estruturas
metálicas maiores, campos elétricos e magnéticos mais intensos, em face da realidade atual
brasileira, que contempla níveis até extra alta tensão e, num futuro próximo, transmissão de
energia elétrica em níveis de ultra-alta tensão.
No caso específico do presente estudo, procurar-se-á identificar, a partir da análise
contextualizada das respostas de profissionais a um questionário específico enviado via
internet, os Fatores Críticos de Sucesso (FCS) aplicáveis à manutenção “de linha viva” em
níveis de ultra-alta tensão.
1.2 OBJETIVOS DO ESTUDO
1.2.1 Objetivo Geral
O objetivo geral do estudo é identificar e analisar os fatores críticos de sucesso para a
gestão de segurança em atividades de manutenção de “linha viva”, em níveis de ultra-alta
tensão, no Brasil.
18
1.2.2 Objetivos Específicos
Como objetivos específicos, o presente estudo buscará:
a) Relacionar os riscos e fatores críticos de sucesso identificados quanto aos aspectos
técnicos (operacionais), nas atividades de manutenção de “linha viva” em linhas aéreas
de transmissão de energia elétrica em níveis de ultra-alta tensão existentes (no mundo)
e a serem implantados no Brasil;
b) Relacionar os riscos e fatores críticos de sucesso identificados quanto aos aspectos de
recursos humanos (capacitação e treinamento) aplicáveis às atividades de manutenção
de “linha viva” em linhas aéreas de transmissão de energia elétrica em níveis de ultraalta tensão, no Brasil;
c) Relacionar os riscos e fatores críticos de sucesso identificados quanto aos aspectos de
segurança no trabalho, isto é, as especificidades e adversidades em termos de prevenção
de acidentes no trabalho (âmbito ocupacional) aplicáveis à manutenção de “linha viva”
em linhas aéreas de transmissão de energia elétrica em níveis de ultra-alta tensão
existentes (no mundo) e em implantação no Brasil;
d) Relacionar os riscos e fatores críticos de sucesso identificados quanto aos aspectos de
suporte lógistico e ensaios laboratoriais, isto é, as especificidades e adversidades em
termos de legislação, normas técnicas, procedimentos, ferramentas, veículos, etc. bem
como os ensaios laboratoriais aplicáveis à manutenção de “linha viva” em linhas aéreas
de transmissão de energia elétrica em níveis de ultra-tensão existentes (no mundo) e em
implantação no Brasil.
1.3 IMPORTÂNCIA E CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO
A entrada em operação no Brasil de uma nova tecnologia de linhas de transmissão de
energia elétrica (em níveis de ultra-alta tensão) contempla aspectos inovadores tais como
estruturas dimensionalmente maiores, campos elétricos e magnéticos mais intensos, se
comparados com os níveis de tensão de transmissão atualmente existentes. Consequentemente,
19
essa nova tecnologia suscita questionamentos na comunidade acadêmica e nos diversos
segmentos da Sociedade preocupados com os possíveis efeitos à saúde humana, à
circunvizinhança populacional das linhas de transmissão e ao meio ambiente (fauna, flora e
recursos naturais).
Considerando as dimensões continentais e especificidades geográficas de nosso país, as
inovações da utilização da tecnologia de transmissão em níveis de ultra alta tensão, bem como
os riscos associados, faz-se necessário dispor de um instrumento eficaz para avaliação desses
riscos.
Pretende-se com o presente estudo contribuir para o desenvolvimento de um roteiro
“guideline” que possa subsidiar na gestão das atividades de manutenção de “linha viva” quanto
aos aspectos operacionais, de recursos humanos, segurança no trabalho e suporte
logístico/ensaios laboratoriais.
1.4 DELIMITAÇÃO E QUESTÕES DO ESTUDO
O presente Estudo delimitar-se-á aos seguintes itens, em termos de conteúdo e
abrangência:
a) Linhas aéreas de transmissão de energia elétrica, em níveis de Ultra Alta Tensão, isto é,
maiores que 765 kV (setecentos e sessenta e cinco mil Volts) em Corrente Alternada e
maiores que 600 kV (seiscentos mil Volts) em Corrente Contínua;
b) Considerar como referência para comparação a manutenção de “linha viva” em linhas
aéreas de transmissão de energia elétrica, em níveis de Extra Alta Tensão, isto é, maiores
que 230 kV (duzentos e trinta mil Volts), tanto em Corrente Alternada quanto em
Corrente Contínua;
c) Identificação e análise de aspectos de prevenção de acidentes em âmbito ocupacional,
com ênfase no agente “energia elétrica” (eletricidade) nas atividades de manutenção “de
linha viva” em sistemas de transmissão de energia elétrica, especialmente em níveis de
ultra-alta tensão.
No presente trabalho, procurar-se-á responder a duas questões de pesquisa centrais:
20
a) Quais são os principais riscos operacionais identificados nas atividades de manutenção
de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica energizadas (“linha viva”) em níveis
de ultra-alta tensão?
b) Quais são os fatores críticos de sucesso, identificados, sob os aspectos: operacional,
recursos humanos, segurança no trabalho e suporte logístico/ensaios laboratoriais, nas
atividades de manutenção de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica
energizadas (“linha viva”), em níveis de ultra-alta tensão, aqui no Brasil?
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO
O presente estudo está dividido em cinco capítulos, conforme descrito a seguir:
O primeiro capítulo apresenta a Contextualização do Problema da Pesquisa, Objetivos
do Trabalho, Importância e Contribuições do Estudo, Delimitação do Estudo e Questões de
Pesquisa e Estrutura do Trabalho.
O segundo capítulo identifica e avalia a literatura técnico-científica disponível tanto em
nível nacional quanto internacional e aborda aspectos conceituais relacionados à tecnologia de
transmissão de energia em níveis de ultra-alta tensão para linhas aéreas em corrente alternada e
corrente contínua.
O terceiro capítulo aborda a metodologia de pesquisa utilizada, classifica a referida
pesquisa quanto aos diversos tópicos padrões e sumariza, sob a forma de planilha, os resultados
da pesquisa (bibliometria) efetuada a partir de Palavras-Chave ou Expressões-Chave.
No quarto capítulo são apresentados, analisados e discutidos os resultados do Estudo.
No quinto capítulo são apresentadas a conclusão, limitações do estudo e sugestões para
pesquisas futuras.
21
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 ASPECTOS TÉCNICOS INICIAIS
Santos et alli (2014) afirmam que o Brasil tem uma extensa rede de transmissão
conectando sistemas com 500 kV para muitos dos principais centros; existem também sistemas
operando em 345 kV, 440 kV e 765 kV. Particularmente, o último sistema carrega 6.300 MW
(metade da potência gerada pela planta de Itaipu) ao longo de três linhas de 800 km. A outra
metade do sistema de Itaipu é transmitida através de um sistema em extra alta tensão (duas
linhas bipolares) em +- 600 kV. Segundo esses autores, atualmente, duas plantas hidroelétricas
estão sendo construídas ao longo do Rio Madeira (um afluente do Rio Amazonas) cada qual
com 3.150 MW que vão utilizar duas linhas HVDC em +- 600 kV numa distância de 2.450 km
até alcançar os centros de carga.
Santos et alli (2014) esclarecem que outras usinas hidrelétricas estão sendo planejadas
na área da Amazônia e podem requerer linhas de transmissão de longa distância. Uma dessas
usinas é Belo Monte, localizada no Rio Xingu, com uma capacidade aproximada de 12.000
MW.
Fuchs (1999) ressalta que, de acordo com a Física, a expressão linha de transmissão se
aplica a todos os elementos de circuitos que se destinam ao transporte de energia elétrica
independentemente da quantidade de energia transportada – alguns bilhões de kWh-ano ou
apenas alguns kWh-ano. A mesma teoria geral é aplicável, feitas as necessárias ressalvas,
independentemente do comprimento físico dessas linhas.
Segundo (ELETROSUL, 2013):
Os trabalhos de manutenção do Sistema de Transmissão são realizados nas
linhas, nos sistemas de proteção e controle e nos equipamentos dos pátios
das subestações de energia elétrica, sendo classificadas como:
Preventiva, que se divide em três tipos:
Periódica – quando for definida em manual, por modelo de equipamento.
O controle é feito por meio de um sistema informatizado que emite
automaticamente pedidos de serviço de acordo com a normatização da área
de manutenção.
Aperiódica – acontece sem previsão, sempre que um problema é detectado.
Preditiva – com monitoramento feito sem intervenção direta nos
equipamentos. Um exemplo é a análise cromatográfica e físico-química do
óleo dos transformadores, uma espécie de “exame de sangue” dos mesmos.
O termovisionamento é outro: uma câmera detecta pontos quentes onde
estão ocorrendo problemas.
22
Quanto à manutenção corretiva, Takayama (2008) esclarece que:
A manutenção corretiva é efetuada após a ocorrência de uma pane,
destinada a recolocar um item em condições de executar uma função
requerida (ABNT - NBR 5462, 1994 apud Pallerosi, 2007, p. 3). Pode ser
classificada como não planejada ou planejada. A manutenção corretiva não
planejada é realizada logo em seguida da ocorrência de uma pane,
ocorrendo perda da função do equipamento. Já a manutenção corretiva
planejada é utilizada para os equipamentos que não são monitorados (run
to fail), ou seja, para os equipamentos que não possuem nenhum tipo de
atividade de manutenção programada (Pallerosi, 2007). Pode ser usada
também em atividades decorrentes da manutenção preditiva.
(TAKAYAMA, 2008, p. 7)
De acordo com ABNT (1994):
A manutenção preventiva é uma intervenção no equipamento baseada em
intervalos de tempo predeterminados ou de acordo com critérios prescritos,
que tem por objetivo a eliminação ou a prevenção da falha antes de sua
ocorrência. (ABNT, NBR 5462, 1994, p. 7)
Quanto à manutenção preditiva, Takayama (2008) afirma que:
Segundo a norma NBR 5462 (1994) apud Pallerosi (2007, p. 3), a
manutenção preditiva é a atividade que "permite garantir uma qualidade de
serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise,
utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou de amostragem, para
reduzir ao mínimo a Manutenção Preventiva e diminuir a Manutenção
Corretiva". Pode-se dizer que é baseada nos mesmos objetivos da
manutenção preventiva, de antecipar a ocorrência da falha, porém a
diferença é que a manutenção preditiva só realiza uma intervenção no
equipamento quando detecta, através de técnicas de análises, a
potencialidade da falha. (TAKAYAMA, 2008, p. 215)
Quanto as principais características da transmissão de energia elétrica, Fadini e Motta
(1995) esclarecem que:
A principal característica da transmissão de energia elétrica em corrente
contínua reside no fato de que a tensão permanece constante e de mesma
polaridade ao longo do processo. Na transmissão em corrente alternada a
polaridade inverte-se diversas vezes, sendo que o número de inversões por
unidade de tempo é a chamada frequência, expressa em hertz (Hz) ou ciclos
por segundo. (FADINI e MOTTA, 1995, p. 215)
23
2.2 ASPECTOS DE DEFINIÇÕES CONCEITUAIS
2.2.1 Quanto aos aspectos de Engenharia
2.2.1.1 Campo elétrico (E)
Halpin (2002) esclarece que o campo elétrico origina-se de tensões elétricas e que o
valor do mesmo aumenta à medida que o nível de tensão cresce, sendo que o campo elétrico é
medido em Volts por metro (V/m).
Segundo Zaffanella e Deno (1982) o campo elétrico é um campo vetorial cuja magnitude
é definida por componentes espaciais dispostos ao longo de três eixos ortogonais. Para campos
senoidais em estado estacionário cada componente espacial é um fasor que pode ser expresso
por um valor eficaz (V/m) e uma fase. Para esses autores, é também útil visualizar o vetor
movendo-se no espaço e pode ser mostrado que este vetor gira num plano e descreve uma elipse.
O comprimento do semi-eixo representa o valor da máxima intensidade de campo. Um quarto
de período depois, o campo está na direção do eixo menor e o comprimento do semi-eixo
representa a sua magnitude, sendo que o campo na direção perpendicular ao plano da elipse é
zero.
Zhou et alli (2005) esclarecem que a tensão de linha de transmissão em funcionamento
produz campo elétrico em seu ambiente próximo e que embora seja campo elétrico alternado,
muitas vezes é considerado campo estático para as baixas frequências. Esses autores afirmam
que esse campo tem a característica de campo estático, tal como a intensidade de campo elétrico
cresce com o valor da tensão da linha, o condutor sob o campo elétrico em construções e
árvores, distorceria o campo elétrico produzindo uma função “escudo”.
Yu e Liang (2011) afirmam que o corpo humano é um condutor e que, quando colocado
sob a influência de um campo elétrico, pode ser considerado como um objeto de potencial
equalizado. Esses autores esclarecem que cargas induzidas na superfície do corpo humano
podem alterar o campo elétrico nas proximidades desse corpo. Então, objetivando o cálculo da
exposição humana a campos elétricos debaixo de linhas aéreas, a influência do corpo humano
necessita ser considerada. Nesse mesmo estudo, o método de simulação de cargas e estrutura
24
semi-axial do corpo humano foram adotados. Os resultados do estudo demonstram que a
presença do corpo humano tem grande influência na exposição do corpo humano a campos
elétricos. Na cabeça, ombros e outras partes relevantes do corpo humano, o campo elétrico
aumenta bastante. Sob os aspectos de segurança no trabalho, atenção especial deve ser dada a
essas partes.
2.2.1.2 Campo magnético (H)
Halpin (2002) afirma que o campo magnético origina-se do fluxo de corrente passando
por fios ou equipamentos elétricos e que aumentam de intensidade, na medida em que a corrente
aumenta, sendo que os campos magnéticos são medidos em Gauss (G) ou Tesla (T).
Zaffanella e Deno (1982) esclarecem que a densidade de fluxo magnético (β), mais do
que a intensidade de campo magnético (H = β / µ), é utilizada para descrever o campo magnético
gerado nos condutores das linhas de transmissão. Desta forma, campo magnético é definido
como um vetor de campo com densidade de fluxo magnético (campo β). Segundo esses autores,
as propriedades do campo β são as mesmas como aquelas descritas para o campo E, sendo a
magnitude dos componentes espaciais expressos pelos valores eficazes. No Sistema
Internacional de Unidades (SI), a unidade utilizada é o Tesla (T), que representa um weber por
metro quadrado (Wb/m2). A unidade mais comumente utilizada é o gauss, sendo que um tesla
é equivalente a dez mil gauss.
Elbidweihy (2012) afirma que os eletricistas de linha viva ficam expostos a altos valores
tanto de campos elétricos quanto campos magnéticos. Segundo esse autor, os eletricistas de
linha viva utilizam vestimentas especiais de proteção que contemplam as propriedades da
Gaiola de Faraday, que os protege contra os efeitos da influência de campos elétricos, mas não
contra a penetração de campos magnéticos, que podem penetrar completamente o corpo
humano, uma vez que não possui nenhuma propriedade ferromagnética.
No referido trabalho, Elbideweihy (2012) investiga a exposição dos eletricistas de linhaviva que trabalham próximos de torres de transmissão do tipo suspensas, que são conhecidas
como as comumente encontradas em redes elétricas. A quantidade dessas torres é normalmente
quatro vezes maior do que os outros tipos de torres, as quais por sua vez apresentam a maior
25
quantidade de amostras estatísticas e, conseqüentemente asseguram a maior confiança
estatística.
Ainda neste trabalho, Elbideweihy (2012) afirma que a densidade de distribuição de
corrente no corpo humano é determinada por diversos fatores, alguns dos quais são comuns ao
corpo inteiro e outros são específicos de certas partes. Esse autor esclarece que os parâmetros
gerais que afetam a densidade de distribuição de corrente são o campo magnético externo, a
geometria do corpo, o modelo de resolução, bem como as propriedades elétricas dos tecidos.
Elbideweihy (2012) esclarece que, no referido trabalho, o efeito de condutividade nos
órgãos do corpo é diretamente proporcional à densidade de corrente induzida, devido à
simplicidade do modelo matemático adotado. Segundo esse autor, as dimensões do corpo
humano, em contrapartida, afetam a densidade de corrente uma vez que modificam as áreas
transversais condutivas do corpo, interceptadas pelo campo magnético.
Elbideweihy (2012) apresenta, de modo resumido, nas tabelas abaixo (tabelas 01 e 02)
, os efeitos decorrentes da alteração em 10% (dez por cento) na altura e largura (envergadura)
do corpo humano, respectivamente, enquanto se mantém os demais parâmetros inalterados. O
referido autor esclarece que para a posição da amostra sob investigação científica, essas
variações são observadas para alterar a máxima e média densidade de corrente induzidas em
aproximadamente 20% (vinte por cento), cabendo ressaltar que esses resultados dependem do
ângulo de incidência do campo magnético externo.
Tabela 01- Efeitos da variação da altura do modelo do corpo humano na densidade de
corrente induzida
Altura
Máxima Densidade de Corrente - J
Densidade Média de Corrente – J
(cm)
(μA/m2 )
(μ A/m2)
180 (original)
106
55,8
198
98
51,6
162
115
60,8
Fonte: Adaptado de Elbideiwehy (2012).
26
Tabela 02 - Efeitos da variação da largura (envergadura) do modelo do corpo humano
na densidade de corrente induzida
Largura - Envergadura
Máxima Densidade de Corrente - J
Densidade Média de Corrente – J
(cm)
(μA/m )
(μA/m2)
50 (original)
106
55,8
55
126
66,6
45
87
45,8
2
Fonte: Adaptado de Elbideiwehy (2012).
2.2.1.3 Frequência (f)
Zaffanella e Deno (1982) citam que frequência é o número de ciclos completos de
variações senoidais na unidade de tempo. Componentes espaciais de campo elétrico e
magnético têm uma frequência fundamental igual à da tensão de transmissão. Os referidos
autores esclarecem que para transmissões em corrente alternada, a frequência de 60 Hz é
utilizada em países tais como Estados Unidos, Brasil, Canadá e México enquanto que a
frequência de 50 hz é utilizada em todos os demais países da América do Sul e países europeus.
2.2.1.4 Máximo valor dos campos elétrico e magnético
Zaffanella e Deno (1982) esclarecem que o máximo valor do campo elétrico (ou
magnético) é o valor eficaz do máximo componente de campo do campo elétrico. Sua direção
é a do eixo maior do campo da elipse.
27
2.2.1.5 Campo imperturbável
Para Zaffanella e Deno (1982) o campo nas proximidades de um objeto pode ser
perturbado pela presença do objeto. Do original em inglês “unperturbed field”, os autores
esclarecem que esse “campo imperturbável” é o campo que está presente quando o objeto é
removido. Devido ao campo estar exatamente no local ou próximo da superfície de um objeto,
ele é geralmente perturbado de forma intensa. O valor do campo elétrico imperturbável é
sempre utilizado para caracterizar a intensidade dos efeitos de campos elétricos de linhas de
transmissão e subestações elétricas, sendo que o campo magnético não é geralmente perturbado
pela presença de objetos que estão livres de materiais magnéticos.
2.2.1.6 Campo uniforme
Conforme Zaffanella e Deno (1982), uma região tem um campo uniforme se em todos
os pontos dessa região a magnitude e a direção do campo são constantes.
2.2.1.7 Componente vertical do campo elétrico
Zaffanella e Deno (1982) esclarecem que o componente vertical debaixo de uma linha
de transmissão é o valor eficaz do componente do campo elétrico ao longo da linha vertical
passando pelo ponto de medição. Segundo esses autores, essa quantidade é sempre utilizada
para caracterizar efeitos de indução em objetos próximos ao nível do solo.
2.2.1.8 Potencial espacial
Segundo Zaffanella e Deno (1982), o potencial espacial de um ponto é um fasor
representando a diferença de potencial entre o ponto e o terreno (solo). Esse potencial espacial
28
é alterado pela introdução de um objeto no campo. Segundo os referidos autores, o potencial
espacial imperturbável, que aparece se o objeto é retirado, é sempre utilizado.
2.2.1.9 Campos monofásicos e trifásicos
Zaffanella e Deno (1982) esclarecem que os campos monofásicos (elétricos ou
magnéticos) são gerados pelos condutores energizados por uma fonte monofásica de tensão
(corrente), sendo que todos os componentes de campo estão em fase. O campo em qualquer
ponto pode ser descrito em termos de magnitude de variação no tempo e direção invariável.
Segundo esses autores, linhas de transmissão trifásicas e subestações geram campos trifásicos
com componentes espaciais defasados. O campo é descrito pela elipse de campo, isto é, pela
magnitude (amplitude) e direção do maior e menor semi-eixo.
Ainda segundo os referidos autores, quando o menor semi-eixo é muito menor (menos
que dez por cento) que o maior semi-eixo,o campo pode ser praticamente considerado
monofásico. Isto ocorre próximo à superfícies limite, tais como o solo. Para Zaffanella e Deno
(1982), a indução em objetos longos em campos trifásicos também requer a consideração de
diferença de fase entre o maior semi-eixo da elipse de campo em diferentes pontos ao longo
dos objetos.
2.2.1.10 Efeitos dos campos elétricos elétricos em seres humanos
Segundo Zaffanella e Deno (1982) correntes de frequência industrial são induzidas nos
corpos de pessoas que estão nas áreas de campos elétricos produzidos por linhas de transmissão
de alta tensão e subestações elétricas. O conhecimento exato da distribuição dessas correntes
induzidas no corpo humano é necessário de modo que os estudos de possíveis efeitos da
exposição a longo prazo possam ser relacionados a campos elétricos. A determinação da
distribuição de corrente nos órgãos internos requer o conhecimento, não ainda na forma
utilizável, da resistência relativa das várias partes internas do corpo. Segundo esses autores, é
relativamente fácil determinar experimentalmente a quantidade de corrente que passa pela
29
superfície do corpo, bem como a corrente total que flui pelas seções do corpo humano, sendo
que isto pode ser obtido com o auxílio de um manequim especial utilizado como um equivalente
eletrostático do corpo humano.
2.2.1.11 Efeitos dos campos magnéticos em seres humanos
Segundo Deno e Zaffanela (1982) a indução eletromagnética de frequências industriais
em seres humanos tem sido de pequeno interesse devido ao baixo nível de indução. Segundo
esses autores um rigoroso tratamento do assunto inclui complexidades provocadas pela forma
do corpo humano e pelas complicadas variações de resistência num sistema fisiológico vivo em
que membranas resistivas e diferenças de tecido podem afetar os caminhos da corrente.
Nas tabelas 03 e 04 adaptadas de Deno e Zaffanela (1982) são apresentados modelos
simplificados que fornecem uma aproximação adequada para comparação das induções
elétricas e induções magnéticas em seres humanos. Nesta tabela, uma corrente induzida por um
campo elétrico de 10 kV/m é comparada com as correntes induzidas por um campo magnético
de 0,5 gauss. Segundo os autores, esses níveis foram escolhidos por representar o máximo
campo esperado e induções resultantes derivados de linhas de transmissão.
Tabela 03 - Indução elétrica numa pessoa (trabalhador), debaixo de uma linha de
transmissão
Posição (segmento corpóreo)
Corrente
Circunferência
Densidade de Corrente
(A)
(cm)
(mA/m2)
Pescoço
48
38
4,2
Cintura
126
91
1,9
Tornozelo
164
23
40
Obs: Considerando-se uma pessoa de 1,75m de altura, permanecendo sob um campo elétrico uniforme de 10
kV/m
Fonte: Adaptada de Deno e Zaffanela (1982).
30
Tabela 04 - Indução magnética numa pessoa (trabalhador), debaixo de uma linha de
transmissão
Posição (segmento corpóreo)
Raio
Densidade de Corrente
(cm)
(mA/m2)
Peito
17
0,16
Cabeça
9
0,086
Obs: Considerando-se uma pessoa permanecendo num campo magnético de 0,5 x 10 -4 Wb/m2 ( 0,5 gauss),
com uma resistência de corpo ƿ = 10 Ὠ.m
Fonte: Adaptada de Deno e Zaffanela (1982)
2.2.1.12 Efeitos complementares das tensões e correntes elétricas induzidas
Segundo Sharma e Prasad (2011), os efeitos de uma corrente passando pelo corpo
humano dependem de um número de fatores inter-relacionados, dentre eles: o caminho da
corrente, frequência, magnitude da corrente, tempo de exposição (duração), impedância do
corpo; sensibilidade do corpo. Ainda segundo esses autores, os valores de corrente que circulam
durante um choque elétrico são dependentes de dois fatores: a diferença de potencial em cima
do corpo provocando o choque e a resistência do corpo. Deduz-se daí que limites de segurança
necessitam ser predeterminados de modo a se atingir um patamar de segurança. Estes patamares
são conhecidos como os limites de tensão de passo e de toque, ou simplesmente tensão de passo
e de toque, que será detalhado nos subitens seguintes.
2.2.1.12.1 Tensão de toque e tensão de passo
OHSA (2010) apud Tompkings (2012) definem tensão de passo como sendo:
Tensão de Passo’ é a tensão entre os pés de uma pessoa parada próxima a
um objeto aterrado energizado. Uma pessoa pode estar em risco de lesão
durante uma falha simplesmente por estar perto do ponto de aterramento.
A dissipação de tensão a partir da extremidade ligada à terra de um objeto
energizado é denominada de gradiente potencial de terra. As quedas de
tensão associadas a esta dissipação de tensão são chamadas de potenciais
de terra. (OHSAS, 2010)
31
OHSA (2010) apud Tompkings (2012) assim definem tensão de toque:
Tensão de Toque’ é a tensão entre o objeto energizado e os pés de uma
pessoa que esteja em contato com o objeto. Essa tensão é igual à diferença
de tensão entre o objeto (que está a uma distância de zero pés) e um ponto
a alguma distância. Note-se que o potencial de toque pode ser quase a plena
tensão em todo o objeto aterrado se esse objeto é aterrado em um ponto
remoto do local, onde a pessoa está em contato. (OHSA, 2010)
Prasad e Sharma (2011) informam que as tensões de passo (“step voltage”) e de toque
(“touch voltage”) ocorrem quando uma corrente de curto-circuito flui através dos eletrodos de
aterramento das linhas de transmissão e subestações, podendo ocasionar sérias lesões
decorrentes de choques elétricos. Esses autores afirmam que uma estimativa precisa dos valores
dessas tensões pode ser obtida por medições de campo. Ainda, Prasad e Sharma (2011)
esclarecem que em qualquer das seguintes situações, incluindo faltas para a terra, comutação
(chaveamento de manobra) e descargas atmosféricas originam potenciais de terra elevados
(perigosos) que são produzidos pelas linhas de transmissão de potência, em frequência
industrial e também pelas correntes transitórias de terra.
Segundo Prasad e Sharma (2011), a magnitude das tensões de passo e de toque depende
dos seguintes fatores:
a) valor da corrente de falta;
b) valores inferiores e superiores da resistividade do solo;
c) extensão da malha elétrica
Complementarmente, Salari et alli (2010) utilizam as expressões “diferença de
potencial de passo”, “diferença de potencial de toque” e “diferença de potencial transferida”
esclarecendo que:
Diferença de Potencial de Passo é a diferença de potencial entre os dois
pontos na superfície do solo tocados pelos pés de uma pessoa que caminha
no interior da área sobre o sistema de aterramento, sem que pessoa faça
contato com qualquer outro objeto aterrado.
Diferença de Potencial de Toque é a diferença de potencial entre um ponto
de uma estrutura aterrada no qual uma pessoa toca com ambas as mãos e o
ponto na superfície do solo tocado pelos seus pés.
Diferença de Potencial Transferida é o caso da tensão de toque em área
distante. (SALARI et ali, 2010, p. 34)
2.2.1.13 Linha viva
32
Lindsey et alli (2013) enfatizam que “linha viva” (trabalhos em circuitos energizados)
em linhas aéreas de transmissão e subestações é o método preferido de manutenção, no qual
parâmetros tais como: integridade e confiabilidade do sistema, além de receitas operacionais
são um prêmio e a retirada de operação dos circuitos é uma condição indesejável. Esses autores
acrescentam que os trabalhos em “linha viva” também podem ser benéficos no melhoramento
e “uprating” (repotencialização).
2.2.2 Quanto aos aspectos de gestão
2.2.2.1 Fatores críticos de sucesso
Para Rockart (1979) apud OLIVEIRA & SÁ (2009) e PEREIRA & ZOTTES (2005):
Os Fatores Críticos de Sucesso são áreas específicas de uma organização
em que seus resultados, quando satisfatórios, ajudarão a melhorar o
desempenho da organização, tornando-a competitiva. (ROCKART,
1979, p. 52)
Ainda quanto às definições de Fatores Críticos de Sucesso Jakobiak (1998 apud
OLIVEIRA & SÁ, 2009 e PAULUCI & QUONIAM, 2006) esclarecem que um fator crítico de
sucesso é entendido como sendo um objetivo prioritário, envolvendo um conjunto de ações e
metas que devem ser realizadas.
Duarte (2011) considera que os Fatores Críticos de Sucesso “são variáveis relevantes
para um conjunto de orientações estratégicas e que sem seus atendimentos o intento ficaria
fragilizado, tendendo ao fracasso”.
33
2.3 PRINCIPAIS NORMAS TÉCNICAS, REGULAMENTADORAS E LEGISLAÇÃO
BRASILEIRA APLICÁVEIS
2.3.1 Quanto aos aspectos de normas técnicas
No que se refere à prevenção da exposição humana aos campos elétricos e magnéticos,
a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) emitiu a Norma NBR15415 (Métodos de
medição e níveis de referência para exposição a campos elétricos e magnéticos na frequência
de 50 Hz e 60 Hz), com validade a partir de 30/11/2006.
2.3.2 Quanto aos aspectos normativos (regulamentares)
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) publicou as Resoluções Normativas
nº 397 (23/03/2010) e nº 413 (03/11/2010) regulamentando a Lei Federal nº 11.934/2009.
Posteriormente, a ANEEL publicou a Resolução nº 616 (01/07/2014), alterando parcialmente o
texto da Resolução 398, incluindo a frequência de 50 Hz e atualizando os limites de exposição,
conforme transcrito abaixo:
Art 3º. Conforme estabelecido pela Comissão Internacional de Proteção
Contra Radiação Não-Ionizante – ICNIRP e recomendado pela OMS, os
Níveis de Referência para exposição do público em geral e da população
ocupacional a campos elétricos e magnéticos nas frequências de 50 e 60
Hz são apresentados no Quadro I.
Quadro 1: Níveis de Referência para campos elétricos e magnéticos variantes no tempo
nas frequências de 50 e 60 Hz.
Instalações em 50 Hz
Campo Elétrico
Campo
(kV/m)
Magnético
(µT)
5,00
200,00
10,00
1.000,00
Instalações em 60 Hz
Campo Elétrico
Campo
(kV/m)
Magnético
(µT)
4,17
200,00
8,33
1.000,00
Público
em Geral
População Ocupacional
Fonte: ANEEL, 2014.
§ 1º As Restrições Básicas para exposição humana a campos elétricos e
magnéticos, recomendadas pela OMS, estão estabelecidas no Guidelines
34
for Limiting Exposure to Time-Varying Electric and Magnetic Fields 2010
da ICNIRP.
§ 2º As instalações elétricas em 50 Hz em território nacional devem ter o
mesmo tratamento dado nesta resolução a sistemas em 60 Hz.
§ 3º Nos sistemas em transmissão em corrente contínua devem ser
respeitados os limites estabelecidos pela norma IEEE Standard for Safety
Levels With Respect to Human Exposure to Electromagnetic Fields, 0-3
kHz 2002 do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos – IEEE,
conforme Quadro 2, devendo essas instalações ter o mesmo tratamento
dado nesta resolução a sistemas em 60 Hz.
Quadro 2: Níveis de Referência para campos elétricos e magnéticos variantes no tempo
na frequência de 0 (zero) Hz.
Público em Geral
População Ocupacional
Fonte: ANEEL, 2014.
Campo Magnético
(µT)
Cabeça e tronco
Braços e pernas
353.000,00
118.000,00
353.000,00
353.000,00
Campo Elétrico
(kV/m)
5,00
20,00
Art. 4º. Os campos elétricos e magnéticos produzidos pelas instalações de
geração, de transmissão e de interesse restrito, em qualquer nível de tensão,
devem atender as Restrições Básicas.
Parágrafo único. O atendimento aos Níveis de Referência garante o
cumprimento das Restrições Básicas. (ANEEL, 2014)
A Norma Regulamentadora n◦ 15 (NR-15), Anexo 7, da Portaria 3.214/78 do Ministério
do Trabalho e Emprego disciplina as questões relativas a avaliação pericial para fins de
caracterização técnica referente ao adicional de insalubridade – agente radiações não ionizantes.
2.3.3 Quanto aos aspectos legais
Santos et alli (2014) esclarecem que em sistemas devidamente projetados, o custo por
quilômetro de linhas de transmissão de corrente contínua (DC) é menor do que o custo em
corrente alternada (AC).
Em estudo técnico apresentado (CIGRE, 2009 apud SANTOS et alli 2014) dez
configurações de linhas de transmissão em extra alta tensão (HVDC) compreendendo tensões
de +- 300 kV, +- 500 kV, +- 600 kV e +- 800 kV foram analisadas, contemplando diferentes
pacotes de condutores (quantidade e seção transversal dos subcondutores). Nessa referência,
35
antes da realização da análise de custos, foi elaborado o projeto elétrico da linha (coordenação
de isolamento, efeito corona, campos elétricos e magnéticos, etc) desta forma definido a sua
geometria (geometria do alto da torre). Tendo sido obtidos o peso da linha e suas fundações, os
respectivos custos foram alocados, os quais, junto com itens de custo das linhas (condutores,
blindagem, isolamento, ferragens, faixa de servidão, engenharia, construção, frete, etc.)
conduziram a uma estimativa do custo da linha em dólares por quilômetro (US$ / km). Cada
um dos custos de configutação das dez linhas de transmissão sob análise foram utilizados,
obtendo-se a seguinte equação de regressão:
Cline = a + b. V + N.S1. (c. N + d)
Onde:
V = tensão nominal fase-terra;
N = número de sub-condutores reforçados com alma de aço (CAA), por condutores,
por polo ;
S1 = seção cruzada do subcondutor, em mil-circular-mil (MCM)
A Lei Federal nº 11.934, de 05/05/2009, cujo “caput” encontra-se transcrito abaixo
Dispõe sobre limites à exposição humana à campos elétricos, magnéticos
e eletromagnéticos; altera a Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 e dá
outras providências.
A relação dos demais diplomas legais pertinentes encontra-se no final do trabalho, nas
Referências.
36
2.4 SISTEMAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM ULTRA-ALTA
TENSÃO
2.4.1 Breve histórico
Os estudos técnicos para transmissão de energia elétrica em níveis de ultra-alta tensão
remontam às décadas de 70 e 80 do século passado. Para exemplificar, Nicolini et alli (1981)
citam o trabalho teórico e prático desenvolvido pela companhia estatal italiana de energia
elétrica (ENEL), que em conjunto com diversas empresas do setor elétrico daquele país,
decidiram projetar e construir uma série de protótipos de torres, com o intuito de verificar a
validade das idéias desenvolvidas em fase de estudo. Nesse estudo, foram estabelecidos,
preliminarmente, os seguintes critérios de verificação:
a) distância mínima entre as partes em tensão e a estrutura, observada a pressão simultânea
do vento sobre os condutores;
b) distância mínima entre as partes em tensão e as partes à terra, observada a pressão
simultânea do vento sobre os condutores;
c) distância mínima entre as fases, na ausência de vento, objetivando assegurar um nível
aceitável de ruído audível [56-58 dB(A) para condutor molhado] e risco reduzido de
descarga entre as fases por sobretensão de manobra;
d) distância mínima entre os condutores e o terreno ou obras fixas, considerando-se o
condutor na temperatura de 55ºC, numa situação de resistência às sobretensões de
manobra;
e) distância mínima entre os condutores e o terreno ou obras fixas ou objetos transitantes,
com os condutores à temperatura de 70ºC, numa situação de resistência à tensão de
funcionamento.
De Franco e Morissy (1980) apud Lings (2005) afirmam que estudos referentes a linhas
de transmissão com níveis de tensão acima de 1.000 kV no Brasil foram realizados a partir da
necessidade de se transmitir blocos de energia da ordem de 20.000 MW desde a bacia
amazônica até os centros consumidores em distâncias variando de 1.500 a 2.300 MW.
37
Instalações de pesquisa e ensaios necessários para a realização de estudos em sistemas de
transmissão com níveis de tensão de até 1.500 kV foram construídos no CEPEL – Centro de
Pesquisas em Energia Elétrica, em Adrianópolis, no Brasil. Além de um grande laboratório, em
área coberta, para testes de equipamentos, as instalações no Cepel contemplam também uma
área externa, onde maquetes de torres de transmissão, em escala real, são utilizadas para testar
distâncias (folgas) de segurança. Existe, ainda, uma linha experimental em área aberta e gaiolas
de teste para estudos corona.
2.4.2 Sistemas de transmissão em corrente alternada (UHVAC)
Frontin e Tannuri (2011) esclarecem, quanto aos aspectos construtivos das linhas de
transmissão em ultra-alta tensão, em corrente alternada, que:
A linha de UATCA, devido às dimensões e distâncias expressivas, é
certamente o elemento de maior custo na implantação de um sistema de
transmissão neste nível de tensão. Por este motivo, é necessária cuidadosa
análise de todos os elementos que compõem a otimização integrada:
estruturas, condutores, cabos pára-raios, isoladores, ferragens, etc. Cada
um destes elementos deve ser estudado e ensaiado individualmente e
depois integrados, analisando o seu desempenho face aos requisitos
técnicos, econômicos e ambientais. Os estudos são voltados,
principalmente, para a escolha do tipo e número de condutores no feixe,
determinação dos espaçamentos elétricos, desempenho da linha face às
descargas atmosféricas e surtos de manobra, atendimento aos requisitos
limites dos efeitos eletrostáticos e eletromagnéticos, suportabilidade dos
isoladores a condições de poluição, etc. (FRONTIN e TANNURI, 2011,
p. 73)
2.4.3 Sistema de transmissão em corrente contínua (UHVDC)
Quanto ao histórico desses níveis de transmissão, Reis (2011) afirma que:
Do ponto de vista histórico, a verificação das vantagens em desenvolver
sistemas com tensões CC acima de 600 kV (máxima utilizada até aquele
momento, no sistema de CC de Itaipu) surgiu como resultado de estudos
de planejamento e de viabilidade econômica de projetos de geração
hidrelétrica de grande porte, distantes dos grandes centros consumidores,
desenvolvidos principalmente ao final da década de 70 e início da década
38
de 80. Dentre outras tecnologias alternativas, estes estudos apontaram
diversas vantagens na adoção de tensões CC mais altas, que acabaram por
justificar projetos de P&D importantes, enfocando as subestações
conversoras e as linhas de transmissão CC na faixa de tensão de 600 kV
até 1.200 kV. (REIS, 2011, p. 182)
Segundo Fadini e Motta (1995):
Em sua maioria, os sistemas elétricos existentes em todo o mundo para
suprir os grandes centros de consumo utilizam a transmissão em corrente
alternada. No entanto a transmissão em CC pode apresentar vantagens
econômicas e operacionais em relação à transmissão em CA. As vantagens
da transmissão em CC consistem basicamente em:
- melhoria da interligação sob o aspecto da estabilidade, graças a
eliminação dos problemas de sincronismo;
- redução das perdas de energia (vantagem apreciável quando se trata de
grandes distâncias);
- eliminação dos problemas de ressonância subsíncrona;
- redução da corrente de curto-circuito dos sistemas interligados;
Por essas razões e com o domínio progressivo de sua tecnologia, a corrente
contínua em alta tensão (CCAT), ou high voltage direct current (HVDC),
tem tido uma utilização crescente nas situações acima. A transmissão em
corrente contínua também pode ser recomendada em situações tais como
interligações de diferentes frequências, ou interligações em que se deseje
um rígido controle do fluxo de potência. (FADINI e MOTTA, 1995, p.
215)
A propósito, transcreve-se abaixo trecho do artigo publicado na Revista do XXII
SNPTEE (2013):
Economicidade ...O sistema HVDC é considerado extremamente
competitivo em países de grandes dimensões e possibilita o transporte de
energia ponto a ponto com o mínimo de perda. A transmissão em CC
apresenta inúmeras vantagens de ordem técnica, econômica e ambiental
que, quando somadas, são de grande atratividade, tais como a economia de
linha, de cabos e de estações, além de evitar a propagação de distúrbios e
possibilitar o controle rápido e preciso do fluxo de potência. Dados
comparativos mostram que, para a transmissão de um bloco de 3.000 MW
de potência a uma distância de 2.500 km, por exemplo, seriam necessárias
duas linhas HVDC ±600 kV, contra três linhas de 765 kV CA. Para esse
mesmo arranjo, seriam necessárias duas estações HVCD ±600 kV,
enquanto que no sistema CA seria preciso construir nove estações de 765
kV. A transmissão com a ajuda do eletrodo de terra é outra vantagem do
sistema HVDC. Essa tecnologia prevê uma situação de contingência em
que, se um polo positivo ou negativo for perdido, a transmissão é feita pelo
eletrodo de terra, que fica num sítio a aproximadamente 70 km da
subestação.
O eletrodo de terra é a ligação elétrica que se faz entre dois terminais,
através das camadas profundas da terra, que são altamente condutoras.
Se ocorrer a perda de um dos polos da linha de transmissão, esses
mecanismos entram em ação automaticamente, funcionando como uma
espécie de linha virtual, e a transmissão não é perdida. No Brasil, o sistema
de Itaipu, que vai de Foz do Iguaçu a Ibiúna, é em potência, o maior sistema
39
de transmissão em CC do mundo; com 805 km de extensão, opera com
uma potência máxima de 6.300 MW em tensão de ± 600 Kv. (SNPTEE,
2013, p. 6)
2.4.4 Comparação técnica entre a transmissão de energia elétrica em Corrente Contínua (CC) e
Corrente Alternada (CA)
Segundo Kaintzyk et alli (2001) as principais vantagens da transmissão em corrente
contínua face a transmissão em corrente alternada, seja operando isoladamente ou dentro de um
sistema elétrica são:
a) as linhas em corrente contínua apresentam baixas perdas de potência;
b) as linhas em corrente contínua apresentam baixas sobretensões de manobra e,
consequentemente, requerem reduzido espaçamento em estruturas de transmissão;
c) as linhas em corrente contínua não apresentam problema de estabilidade, uma vez que
os sistemas interconectados não atuam em sincronismo;
d) as linhas de corrente contínua têm grande capacidade de interconectar sistemas de
diferentes frequências através de estações conversoras “back-to-back” ;
e) as linhas em corrente contínua apresentam reduzidos níveis de potência de curto circuito
e não contribui para o aumento dos níveis de curto-circuito em sistemas vizinhos.
As desvantagens das linhas de corrente contínua em comparação com as linhas em
corrente alternada são principalmente devido à ausência de uma simples transformação
(retificação CA  CC) e inversão (CC  CA). Além disso:
a) as linhas em corrente contínua não conseguem suprir diretamente as cargas. Elas
requerem estações conversoras, sendo uma estação retificadora no ponto inicial da
transmissão e uma estação inversora no ponto final da transmissão. Tais estações
conversoras são normalmente bastante dispendiosas;
b) as linhas em corrente contínua não podem ser economicamente aproveitadas com
subestações intermediárias para abastecer consumidores;
40
c) as linhas em corrente contínua necessitam de uma grande potência reativa para suprir
os equipamentos de comutação, chegando a atingir um valor próximo de 60% da
potência ativa.
2.5 SISTEMAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DE LONGA DISTÂNCIA
EM IMPLANTAÇÃO NO BRASIL
O Governo brasileiro desenvolveu, na última década, estudos acadêmico-científicos
para definição dos modelos técnicos mais adequados de transmissão de energia elétrica a longas
distâncias, tendo sido então priorizados e colocados em implantação os projetos descritos nos
sub-itens a seguir:
2.5.1 Sistema de transmissão (Projeto “Madeira”)
Conforme descrito em artigo técnico publicado por Graham et alli (2013), o sistema de
transmissão de energia elétrica em corrente contínua em níveis de Extra Alta Tensão (HVDC)
compreende um total de 7.100 MW em termos de capacidade conversora para transmitir a
potência desde as usinas hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau, localizadas no Rio Madeira,
próximo à cidade de Porto Velho, até os centros locais de carga, localizados em Araraquara
(SP) e principais centros consumidores no sudeste brasileiro. Ainda segundo Graham et alli, as
duas linhas do tronco que abastece o sudeste têm uma tensão nominal de + - 600 kV com uma
extensão aproximada de 2.350 km, sendo essa capacidade dividida entre dois transmissores
bipolares com potência nominal individual de 3.150 MW e dois blocos “back-to-back” de 400
MW cada. Nesse artigo é citado que a empresa ABB é responsável pelo suprimento da parte de
corrente contínua em alta tensão (HVDC), correspondente aos conversores do bipolo n◦ 1 em
como aos respectivos blocos conversores “back-to-back“.
41
2.5.2 Sistema de transmissão (Projeto “Belo Monte”)
Esmeraldo et alli (2012) discorrem, em artigo técnico apresentado na Bienal 2012, os
resultados dos estudos de planejamento, bem como as soluções finais escolhidas para a
transmissão de energia a longas distâncias e interconexões no Brasil, impactados pela
construção da usina hidroelétrica de Belo Monte, capacidade prevista de 11.000 MW,
localizada na região amazônica, bastante distante dos centros principais de carga. Segundo esses
autores, estudos técnicos foram desenvolvidos para conceber dois sistemas de transmissão de
energia a longas distâncias, com o objetivo de reforçar as interconexões existentes. Segundo
Esmeraldo et alli (2012), os estudos de planejamento de longo prazo de fornecimento de
energia, mostraram a necessidade de se ter dois troncos de transmissão, sendo um desses troncos
(Norte  Sudeste), com 2000-2500 km de comprimento para transmitir adicionais 7500-8000
MW e outro (Norte  Nordeste), com 1.500 km de comprimento para transmitir 3.500 MW.
Neste mesmo artigo os autores esclarecem que a solução recomendada para reforçar a
interconexão da transmissão foi um link de + 800 kV em níveis de extra alta tensão (HVDC),
composto de dois bipolos de 400 MW conectados em uma subestação no norte, com duas
conexões distintas no sudeste. Para reforçar a interconexão Nordeste, linhas de transmissão em
500 kV foram recomendados.
2.6 MANUTENÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÂO ENERGIZADAS (“LINHA
VIVA”)
2.6.1 Aspectos gerais
Segundo Capelini (2011) “as linhas de transmissão são consideradas as “artérias” de um
sistema elétrico, sendo responsáveis pelo transporte de toda a energia elétrica gerada nas usinas
até os locais de sua utilização”.
Desta forma, é essencial que se realize uma perfeita manutenção das linhas de
transmissão, o que requer grande quantidade de recursos humanos e financeiros. A inspeção de
42
uma linha de transmissão, seja com a finalidade de prevenir ou corrigir um problema, é uma
atividade presencial, exigindo o deslocamento de equipes de manutenção por grandes
distâncias, muitas vezes em terrenos acidentados e de difícil acesso. São empregados neste tipo
de atividade equipamentos e veículos caros, como câmeras de infravermelho e detecção de
corona, utilitários 4 x 4 e até mesmo helicópteros.
2.6.2 Manutenção com sistemas energizados – “Linha Viva”
Devido a existência de cargas essenciais, tais como cidades, indústrias, etc, nem sempre
é aconselhável desenergizar um sistema de linhas de transmissão sendo então utilizadas técnicas
específicas de trabalho sob tensão (sistemas energizados) denominadas de manutenção de
“linha viva”.
Para ilustrar a questão, transcrevemos a seguir um trecho de Barros et al (2012):
O trabalho em linha viva contempla basicamente três métodos, sendo ao
contato, ao potencial e a distância. Esses métodos podem ser aplicados em
situações distintas, dependendo das características da instalação e do seu
nível de tensão. A tabela a seguir exemplifica essa situação.
Nível de Ao contato
tensão
< 69 kV
Aplicável
>= 69kV
Não se aplica
Ao potencial
À distância
Não se aplica
Aplicável
Aplicável
Aplicável
As situações apresentadas na tabela como sendo “aplicável” correspondem
ao método que pode ser utilizado, não significando que obrigatoriamente
todas as atividades devem ser desenvolvidas conforme esse método.
(BARROS et al, 2012, p. 135)
2.6.2.1 Método à distância
Segundo Barros et alli (2012) no método de manutenção de linha viva “à distância”, o
trabalhador mantém uma distância adequada e segura da linha de transmissão, utilizando
dispositivos e ferramentas intercambiáveis fixadas na extremidade do bastão, citando como
exemplos chave ajustável para reaperto de parafusos / conexões e detector de tensão.
43
2.6.2.2 Método “ao potencial”
Barros et alli (2012) esclarecem que, nesta metodologia, o trabalhador fica inicialmente
isolado do potencial de terra, em seguida entra no mesmo potencial da rede elétrica (em uma
única fase) e então, passa a ter condições de realizar diversas tarefas nesse local, devendo tomar
o cuidado de não se aproximar de outra fase e/ou de algum ponto aterrado. De modo a viabilizar
o mesmo potencial da linha sob manutenção, podem ser utilizados um caminhão com cesta
aérea, uma cadeira suspensa por cordas que se aproxima da rede ou ainda, caso necessário, um
helicóptero.
2.6.2.3 Distâncias de segurança
Conforme Belkhir, S e Souker, F (2010) para se dimensionar as distâncias seguras de
aproximação, a situação crítica é considerada quando a linha de transmissão é submetida a
surtos de sobretensão; os casos de sobretensões atmosféricas são desconsiderados pelo fato de
que trabalhos em linha viva são terminantemente proibidos quando raios são observados dentro
de um raio de 10 km distante do site (local de trabalho). Ainda segundo esses autores, para
trabalhos em linha viva, a mínima distância de aproximação (MAD) é determinada no que diz
respeito à tensão de descarga gerada por tensões de comutação, através da fórmula abaixo:
DA = DU + DE,
Onde:
DU é a distância elétrica (relacionada à tensão de descarga)
DE é a distância ergonômica (movimento involuntário do operador)
44
2.6.2.4 Principais problemas identificados nas atividades de manutenção de “linha viva”
Segundo Grejo e Barrico (2009), os principais problemas apresentados durante a
execução das manobras são: a escalada das estruturas, o deslocamento da cadeia de isoladores
e a cadeira de translado.
2.6.3 Efeitos eletromagnéticos nas proximidades das linhas aéreas de transmissão de alta tensão
Kulkarni e Gandhare (2012) afirmam que em circuitos de linhas de transmissão em
níveis de extra alta tensão surgem efeitos eletrostáticos, enquanto que as correntes de curtocircuito e corrente de carga da linha são responsáveis pelos efeitos eletromagnéticos. Quanto
aos efeitos eletrostáticos, os supra citados autores indianos informam que esses efeitos podem
ser observados tanto em seres vivos (pessoas, animais, vegetação) quanto em objetos tais como
cercas, veículos e tubulações próximos das referidas linhas de transmissão. Kullkarni e
Gandhare (2012) alertam que quando uma pessoa, que está isolada do potencial de terra por
algum material isolante, se aproxima de uma linha aérea de transmissão, um campo elétrico
surge no corpo do ser humano, considerando que a resistência interna do mesmo seja da ordem
de 2.000 ohms. Ainda, segundo os mesmos autores, quando esse ser humano que está próximo
da linha aérea de transmissão toca um objeto aterrado, origina uma descarga de corrente elétrica
que vai atravessar o corpo dessa pessoa. Kulkarni e Gandhare (2012) esclarecem que o limite
de exposição (segurança) para campos imperturbáveis é da ordem de 15 kV/m rms (valor eficaz)
e que esse valor deve ser assegurado nos projetos, inclusive no que diz respeito ao
dimensionamento das distâncias mínimas de segurança entre linhas de transmissão. No que
tange a atividades de manutenção de linha viva e linhas aéreas de transmissão, os referidos
autores esclarecem que a principal diferença entre campos elétricos e magnéticos em sistemas
de potência, no caso em questão linhas aéreas de transmissão de energia elétrica é que a
exposição de campo elétrica é influenciada pela presença de seres humanos e outros corpos
condutores, enquanto que o campo magnético permanece praticamente inalterado tanto no
espaço livre, quanto no corpo humano, mas que a exposição do campo magnético vai variar em
corpos metálicos. Esses autores indianos afirmam que tanto o campo elétrico quanto o campo
45
magnético são responsáveis por interações biológicas nos seres humanos, produzindo efeitos
similares. Em resumo, no seu artigo técnico Kulkarni e Gandhare (2012) elaboram modelos
matemáticos para cálculo da exposição em linhas de transmissão em corrente contínua e
corrente alternada e apresentam uma tabela resumo, adaptada.
Tabela 05 - Parâmetros de exposição e distâncias de segurança referentes às linhas de
transmissão
Tensão
Corrente
H
L
(kV)
(A)
(m)
(m)
Linhas Corrente Contínua
+ - 500
+ - 700
14
14
Linhas Corrente Alternada
400
700
14
14
Fonte: Adaptada de Kulkarni e Gandhare (2012)
Onde:
H é a distância de segurança entre os centros dos condutores (cabos) e o potencial de
terra;
L é a distância de segurança entre os cabos (condutores).
HU, Xiande, ZHOU Hao (2011) citam que na linha aérea de transmissão de energia
elétrica que entrou recentemente em operação na China, circuito em 1.000 kV em corrente
alternada, surgem correntes e tensões induzidas devido à localização espacial dos fios
condutores e fio terra. Os autores esclarecem que os fios terra aéreos em linhas de transmissão
de 1.000 kV são geralmente constituídos de cabos aéreos isolados e cabos de aterramento
confeccionados em fibra óptica.
Ainda, segundo HU, Xiande, ZHOU Hao (2011) existem quatro diferentes parâmetros
de indução em fios terra suspensos: indução eletromagnética de tensão, indução
eletromagnética de corrente, indução eletrostática de tensão e indução eletrostática de corrente.
Para um fio terra aterrado em um terminal, a corrente induzida vai fluir pelo terminal aterrado
e o componente de acoplamento eletrostático desempenha um papel importante neste contexto.
Portanto, a corrente induzida é aproximadamente igual à corrente de acoplamento eletrostático.
E então o outro lado da linha vai ter uma tensão induzida bastante elevada, similar à tensão de
acoplamento eletromagnético. Além disso, para cabos com dois pontos de aterramento, a
46
corrente induzida é próxima da corrente de acoplamento eletromagnético. Segundo esses
autores, os parâmetros supra citados estão relacionados com o tipo de estrutura (torre), arranjo
(“lay out”) dos condutores da linha, modo de operação da linha, comprimento da linha e outros
fatores. HU, Xiande, ZHOU, Hao (2011) resumem a análise esclarecendo que as tensões e
correntes induzidas em linhas aterradas estão relacionadas com o caminho (percurso) do cabo
de aterramento.
Zhuang et alli (2010) desenvolveram estudos revisando e mesclando metodologias
referentes ao Método de Simulação de Cargas e Método Indireto dos Elementos Limítrofes, que
pode ser aplicado para objetos condutivos que se movimentam dentro de campos elétricos e
magnéticos tais como um trabalhador da área de manutenção de linha-viva. Neste estudo,
diversos experimentos foram realizados com o objetivo de identificar a tensão de
suportabilidade de manobra com 50% de probabilidade de disrupção (U50%). Na comparação
para uma determinada torre de 750 kV padronizada, quando o trabalhador se movimenta da
esquerda para o centro da janela da torre, a tensão U50% é maior do que aquela tensão U50%
relativa ao acesso do trabalhador desde o solo. Neste caso, o deslocamento da esquerda para o
centro apresenta um menor nível de risco. O referido estudo conclui que na torre de 750 kV
paradigma (sob análise), o campo elétrico e a tensão U50% tem uma relação positiva, isto é,
quanto maior for a intensidade do campo elétrico, menor será a tensão disruptiva. No caso de
manutenções de linha-viva, quando o trabalhador se move dentro da janela da torre, a tensão
U50% varia em relação à localização do trabalhador e a tendência de variação é oposta à variação
da intensidade do campo elétrico na referida estrutura.
Tendo em vista que a tensão de suportabilidade de manobra com 50% de probabilidade
de disrupção (U50%) e a máxima intensidade de campo elétrico variam sincronicamente para
uma estrutura específica, calculando-se a máxima intensidade de campo elétrico durante a
movimentação de um trabalhador de manutenção de “linha-viva” é útil para inferir a tendência
de 50% de disrupção da tensão de impulso de manobra.
47
2.7 PRINCIPAIS MEDIDAS DE CONTROLE IDENTIFICADOS NA LITERATURA
TÉCNICA EXISTENTE
Lindsey et alli (2013) afirmam ser a segurança no trabalho um aspecto primordial nos
trabalhos de manutenção de “linha viva” e que os aspectos principais que necessitam ser
incluído num planejamento de segurança são, respectivamente:
a) procedimentos de segurança, de emergência, análises de risco, autorizações / permissões
de trabalho;
b) formação, qualificação e capacitação do trabalhador de “linha viva”;
c) documentação técnica (Ex. normas técnicas e procedimentos operacionais);
d) condições climáticas favoráveis;
e) ferramentas, equipamentos de proteção individual;
f) garantia de qualidade.
48
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA
A presente pesquisa foi delineada inicialmente a partir da apresentação da situaçãoproblema, da definição dos objetivos gerais e específicos, delimitação e importância do estudo
e de demais elementos necessários à introdução do tema da pesquisa.
Em seguida, foi realizada uma identificação dos aspectos teóricos e conceituais
referentes à transmissão de energia elétrica e manutenção de linhas de transmissão energizadas
“linha viva”, especialmente no que se refere aos níveis de extra-alta tensão e ultra-alta tensão.
Neste capítulo referente à metodologia de pesquisa, buscou-se identificar na literatura
existente uma adequada classificação para a pesquisa, além de definir e apresentar os
instrumentos que deram suporte ao trabalho, especialmente a pesquisa efetuada através da
ferramenta computacional “Survey Monkey”, enviada para um público-alvo dentro do sistema
elétrico brasileiro, composto de especialistas de manutenção de linhas de transmissão e
profissionais de áreas afins.
No capítulo referente à análise e discussão dos resultados efetuou-se uma análise
contextualizada das respostas obtidas pelo questionário, tomando como base aspectos
relevantes identificados anteriormente no referencial teórico e contando com o apoio da
ferramenta computacional “Survey Monkey” e aplicação de cálculos estatísticos.
Na conclusão, buscou-se responder às questões de pesquisa formuladas bem como
identificar os fatores críticos de sucesso aplicáveis às futuras atividades, tarefas e serviços de
manutenção de “linha viva”, aqui no Brasil em linhas de transmissão com níveis de ultra-alta
tensão, seja em corrente alternada e/ou em corrente contínua.
49
3.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
3.2.1 Quanto à natureza
Segundo Silva e Menezes (2005), as pesquisas podem ser classificadas quanto à sua
natureza em Pesquisa Básica e Pesquisa Aplicada. Os referidos autores nos esclarecem que a
Pesquisa Básica nos gera conhecimentos que serão úteis para o progresso da ciência, sem
aplicação prática prevista; essa pesquisa contempla verdades e interesses universais.
Silva e Menezes (2005) esclarecem que a Pesquisa Aplicada, por sua vez, objetiva gerar
conhecimentos para aplicação prática direcionada à solução de problemas específicos,
contemplando verdades e interesses locais.
Nesse contexto, considerando o potencial de geração de conhecimento a partir da análise
de parâmetros técnicos cognitivos, a pesquisa utilizada neste Estudo pode ser classificada como
Pesquisa Aplicada.
3.2.2 Quanto à abordagem do problema
Segundo Silva e Menezes (2005), no que tange à abordagem do problema, as pesquisas
podem ser classificadas em Pesquisas Qualitativas e Pesquisas Quantitativas.
Os referidos autores esclarecem que as Pesquisas Qualitativas consideram a existência
de uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, ou seja, observa-se um vínculo
indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito, sendo que esse vínculo não
pode ser traduzido em números. Os referidos autores nos esclarecem que dentro de um processo
de pesquisa qualitativa a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são itens
básicos, não requerendo métodos ou técnicas estatísticas, pois é uma pesquisa descritiva, no
qual o ambiente natural é utilizado como fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é
instrumento chave nesse processo. Ainda segundo Silva e Menezes (2005), nesse tipo de
pesquisa os pesquisadores tendem a abordar os dados de modo indutivo, pois o processo e o
seu significado são os focos principais de abordagem.
50
Já com relação à Pesquisa Quantitativa, Silva e Menezes (2005) esclarecem que nessa
abordagem tudo tende a ser quantificado, isto é, traduzido em números e informações
classificáveis mediante análise, requerendo a utilização de recursos e técnicas estatísticas
específicas tais como: percentagem, moda, mediana, desvio-padrão, etc.
Neste contexto e considerando os aspectos específicos do presente Estudo, a pesquisa,
quanto à abordagem do problema, pode ser classificada em Pesquisa Qualitativa.
3.2.3 Quanto aos objetivos
Gil (2010) esclarece que quanto aos objetivos, as pesquisas podem ser classificadas em
três grandes grupos: exploratórias, descritivas e explicativas. Segundo esse autor, as pesquisas
exploratórias têm como foco principal o aprimoramento de ideias e/ou a descoberta de intuições
e contemplam levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que vivenciaram a situação
sob análise e, ainda, análise de exemplos que “estimulem a compreensão” (SELLTIZ et al,
1974). Neste contexto, considerando que o presente estudo abrange uma tecnologia inovadora
em nosso país, a pesquisa pode ser classificada primordialmente como exploratória e
secundariamente como levantamento bibliográfico.
3.2.4 Quanto aos procedimentos técnicos
Quanto aos procedimentos técnicos, Gil (1991 apud SILVA 2001) esclarece que as
pesquisas acadêmicas são classificadas em:
a) Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada, a partir de material já publicado, constituído
principalmente de livros, artigos de periódicos e atualizados com material
disponibilizado na intranet;
b) Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam
tratamento analítico;
51
c) Pesquisa Experimental: quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as
variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e de
observação dos efeitos do que a variável produz no objeto;
d) Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo
comportamento se deseja conhecer;
e) Estudo de Caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos
de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento;
f) Pesquisa Expost-Facto: quando o “experimento” se realiza depois dos fatos;
g) Pesquisa-Ação: quando concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou
com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes
representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou
participativo.
h) Pesquisa Participante: quando se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e
membros das situações investigadas.
Considerando que o presente Estudo necessita de consistentes consultas a material já
publicados, seja em livros, base de dados científicos, artigos e periódicos técnico-científicos, a
respectiva pesquisa é classificada, quanto aos procedimentos técnicos, em Pesquisa
Bibliográfica.
3.3 PESQUISA BIBIBLIOMÉTRICA
O levantamento bibliográfico foi efetuado, mediante consulta, via rede mundial de
computadores Internet, à base de dados científicas nacionais e internacionais. Além disso,
foram efetuadas consultas, via internet e presenciais, em bibliotecas de instituições acadêmicas
nacionais.
Apresenta-se no Apêndice um extrato da pesquisa bibliométrica desenvolvida no
presente estudo.
52
3.4 APRESENTAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA
Para o desenvolvimento do presente Estudo, estruturou-se uma pesquisa do tipo
“survey”, com a elaboração de um Questionário composto de 06 (seis) blocos e 37 (trinta e sete)
perguntas.
Na elaboração do questionário foram considerados a situação problema, os objetivos e
questões de pesquisas constantes do Estudo.
A ferramenta utilizada foi o site de pesquisas, em português, “survey monkey”
(www.surveymonkey.com), através da contratação de um plano de acesso, que disponibiliza o
envio de convites ao público alvo via correio eletrônico, perguntas e links de acesso pela
internet, bem como a possibilidade de análise das respostas pelo autor (signatário da
correspondência). Nos convites via correio eletrônico, foi incluída uma breve explanação do
escopo da pesquisa, ressaltando a importância da participação dos potenciais respondentes.
O questionário foi estruturado em 06 (seis) blocos, em conformidade com o
desenvolvimento do trabalho. Existiam perguntas fechadas e abertas.
O primeiro Bloco, denominado Perfil do Respondente e constituído de 07(sete)
perguntas, teve por objetivo coletar informações básicas e traçar o perfil do participante, em
termos de histórico profissional e experiência na área objeto do Estudo.
No segundo Bloco, denominado Gestão de Recursos Humanos e constituído de 06 (seis)
perguntas, procurou-se identificar os aspectos e impactos (positivos e negativos) referentes à
capacitação (treinamento, atualização, etc.) dos trabalhadores que efetivamente executam
tarefas de manutenção de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica energizadas (“linha
viva”).
O terceiro Bloco, denominado Gestão Operacional e de Tecnologia e constituído de 07
(sete) perguntas, teve por objetivo identificar os aspectos e impactos (positivos e negativos)
referentes à operacionalização dos equipamentos e sistemas de linhas aéreas de transmissão de
energia elétrica, face ao desenvolvimento de novas tecnologias do setor.
No quarto Bloco, denominado Gestão de Segurança no Trabalho e constituído de (10)
dez perguntas, procurou-se identificar os aspectos e impactos (positivos e negativos) e avaliação
de riscos referentes à prevenção de acidentes em tarefas de manutenção de linhas aéreas de
transmissão de energia elétrica energizadas (“linha viva”).
53
O quinto Bloco, denominado de Gestão de Suporte Lógico e Ensaios Laboratoriais,
constituído de 06 (seis) perguntas, teve por objetivo identificar os aspectos e impactos (positivos
e negativos) em termos de suporte lógico (transporte, ferramentas, etc.), bem como os ensaios
laboratoriais aplicáveis às tarefas de manutenção de linhas aéreas de transmissão de energia
elétrica energizadas (“linha viva”).
No sexto Bloco, constituído de 01(uma) pergunta aberta com 04(quatro) subitens,
procurou-se coletar as percepções de desafios e sugestões de melhoria indicados pelos
participantes da pesquisa.
Tomando por base o exposto por Martins (2013), o questionário utilizado no presente
estudo pode ser classificado como semi-estruturado, pois possui tanto questões totalmente
abertas (livres), parcialmente abertas como fechadas com uma única opção de resposta e
fechadas, com base na escala Likert.
As questões fechadas, de opção única de resposta podem ser encontradas no Bloco “1”
(Perfil do Respondente), tais como a questão “5”, apresentada no Quadro 03.
Quadro 03: Pergunta -> Tempo de experiência profissional na área de Linhas de
Transmissão
5. Qual o seu tempo de experiência profissional na área de LINHAS
DE TRANSMISSÃO ?
o Até 02(dois) anos
o Mais de 02(dois) e até 05(cinco) anos
o Mais de 05(cinco) e até 10(dez) anos
o Mais de 10(dez) e até 15(quinze) anos
o ais de 15(quinze) e até 20(vinte) anos
o Mais de 20(vinte) anos
Fonte: Elaboração do próprio autor.
Um exemplo de questão fechada, com opções de resposta baseadas na escala Likert pode
ser encontrado no Bloco “2” (Gestão de Recursos Humanos), conforme apresentado no Quadro
04.
54
Quadro 04 - Pergunta  Aplicabilidade – Metodologias de Capacitação
8. [PRH-01] APLICABILIDADE – METODOLOGIAS DE CAPACITAÇÃO
Nenhuma
Baixa
Razoável
Boa
Muito
Excelente
aplicabilidade
Boa
aplicabilidade
Treinamento
presencial em
salas de aula
Treinamento
com realidade
virtual
Treinamento
“on the job”
(no local de
trabalho)
Outro.
Especificar
___________
Fonte: Elaboração do próprio autor.
No que diz respeito às questões parcialmente abertas, podemos citar como exemplo a
questão “37” do Bloco “6”, conforme apresentado no Quadro 05.
Quadro 05 Pergunta  Quais os maiores desafios a serem superados?
BLOCO 6 – CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS
Após responder as perguntas dos Blocos anteriores, solicitamos sua gentileza em externar suas
considerações adicionais acerca da MANUTENÇÃO DE LINHA VIVA em linhas (aéreas) de
transmissão (LT’s), aqui no Brasil, nos atuais níveis de Extra Alta Tensão (EAT) e projetando-se para os
futuros sistemas em Ultra Alta Tensão(UAT).
37. [CFC-01] Quais os maiores desafios a serem superados? (MANUTENÇÃO “LINHA VIVA”
LINHAS TRANSMISSÃO ULTRA ALTA TENSÃO)
Em termos de RECURSOS HUMANOS?
Em termos OPERACIONAIS e de TECNOLOGIA?
Em termos de SEGURANÇA NO TRABALHO?
Em termos de SUPORTE LÓGICO?
Outro. Especificar. _______________________
Fonte: Elaboração do próprio autor
Já com relação às questões totalmente abertas, podemos identificar um exemplo no
Bloco “6” (Considerações Adicionais), conforme apresentado no Quadro 04
Quadro 06 - Comentários finais (texto livre)
[CF-02] Comentários finais (texto livre)
Fonte: Elaboração do próprio autor.
55
3.5 PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO QUESTIONÁRIO
3.5.1 Considerações básicas
Objetivando coletar subsídios para a elaboração das perguntas do Questionário foram
consultados, além da literatura técnica pertinente e disponível na internet, em sites
especializados (ferramentas de busca), manuais técnicos e procedimentos operacionais e de
segurança no trabalho.
Esse processo de busca contemplou o contato com profissionais do setor, seja
pessoalmente ou à distância (telefones, ‘troca de ‘e-mails’, etc.) além de visitas técnicas a
empresas do setor elétrico brasileiro, em cujas oportunidades pudemos debater aspectos
técnicos e conhecer um pouco mais detalhadamente as especificidades operacionais e requisitos
de segurança no trabalho abrangidos nas respectivas documentações (normas e procedimentos).
Optou-se pela construção de um questionário dividido em 06(seis) blocos, de caráter
geral (1º bloco), técnicos (2º, 3º, 4º e 5º blocos) e retroalimentador (6º bloco).
Para a elaboração do bloco de caráter genérico, foi considerada a necessidade de se
coletar as informações básicas que caracterizassem o perfil dos respondentes, detalhando itens
tais como: grau de escolaridade, tempo de experiência profissional, segmento de atuação.
Na elaboração dos blocos de caráter técnico, foi efetuada inicialmente uma divisão em
grupos (“clusters”) que contemplam aspectos tecnológicos, recursos humanos, segurança no
trabalho e suporte logístico.
No que concerne ao bloco referente ao “cluster” TECNOLOGICO foram elaboradas
questões que contemplam os aspectos de tecnologia de extra alta / ultra alta tensão e tarefas de
operação e manutenção de linhas energizadas (“linha-viva”) nos diversos cenários e
configurações, seja em termos de disposição de cabos e/ou tipos de estruturas (torres).
No tocante ao bloco do “cluster” RECURSOS HUMANOS foram elaboradas questões
que abordam itens tais como: capacitação técnica, reciclagem, características pessoais e
comportamentais relacionadas com a complexidade e grau de risco das atividades de
manutenção de linhas aéreas de transmissão, especialmente nas tarefas de manutenção de linhas
energizadas (“linha viva”).
56
No bloco do “cluster” SEGURANÇA NO TRABALHO foram elaboradas questões que
abordam os possíveis e efetivos riscos de acidentes existentes nas diversas atividades de
manutenção de linhas aéreas de transmissão, com relação ao agente “energia elétrica”, seja em
corrente alternada ou em corrente contínua, especialmente nas tarefas de manutenção de “linhaviva”, comparando-se os níveis de extra alta tensão com os de ultra alta tensão.
No bloco do “cluster” SUPORTE LOGÍSTICO foram elaboradas questões que abordam
a operacionalização das atividades de suporte (não-elétricas) e relacionadas de modo indireto
com as tarefas de manutenção de “linha-viva” em linhas aéreas de transmissão em níveis de
extra e alta tensão.
3.5.2 Considerações acerca das perguntas do questionário
Descreve-se a seguir, de modo sucinto, o processo de elaboração das perguntas de cada
Bloco (“Cluster”).
a) Bloco “1” – Perfil do Respondente”
As respectivas perguntas foram construídas considerando-se um critério de elencar
informações básicas dos respondentes tais como grau de escolaridade, faixa etária, tipo de
organização/empresa, etc. e tomando-se como referência a leitura cotidiana, pelo autor, de
pesquisas de opinião de consumidores.
b) Bloco “2” – Gestão de Recursos Humanos
As perguntas desse Bloco foram construídas considerando-se os impactos na
manutenção de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica energizadas, em níveis de Extra
Alta Tensão e níveis de Ultra Alta Tensão.
Neste contexto, foram consultadas fontes tais como: (Eletrosul, 2008), (Buriol, 2011),
Santos (2013)
57
c) Bloco “3” – Gestão Operacional e de Tecnologia
As perguntas desse Bloco foram construídas considerando-se os impactos nas atividades
de manutenção de linhas aéreas energizadas, em níveis de Extra Alta Tensão e Ultra Alta
Tensão.
Para a elaboração das respectivas perguntas foram consultados artigos técnicos tais
como: Lindsey et alli (2013), Zemjaric (20111), De Mello et alli (2009), Tavares et alli (2009),
Francisco et alli (2010).
d) Bloco “4” – Gestão de Segurança no Trabalho
Para a elaboração das perguntas desse bloco foram consultados artigos técnicos tais
como: Amon et alli (2011), Zhou et alli (2010), Wu et alli (2013), Sarmento (2013), Zhuang et
alli (2013), Kai (2010), Ahmed (2009), Shangzun (2008).
e) Bloco “5” – Gestão de Suporte Logístico e Ensaios Laboratoriais
Para a elaboração das perguntas desse bloco foram consultados artigos técnicos tais
como: Amon et alli (2011), Zhou et alli (2010), Wu et alli (2013), Sarmento (2013), Zhuang et
alli (2013).
58
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
4.1 ESTRUTURA E LÓGICA DE ANÁLISE
Após a aplicação do questionário, via internet, utilizando-se da ferramenta Survey
Monkey pode-se agora efetuar uma análise contextualizada das respectivas respostas, tomandose por base o referencial teórico, conforme demonstrado na Figura 01.
Figura 01: Lógica para avaliação da pesquisa
Análise dos
Resultados da
Pesquisa
(Survey)
Pesquisa
Bibliográfica
Análise
e Percepções
do Pesquisador
Fonte: O próprio autor.
4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS
4.2.1 Análise por bloco de perguntas (assuntos/dimensões)
No Bloco 1, intitulado Perfil dos Respondentes e que continha 07(sete) perguntas
objetivas (múltipla escolha) pode-se identificar, a partir das respostas efetivamente coletadas,
uma predominância do grau de escolaridade no nível de 4◦ grau (pós-graduação), conforme
apresentado no Gráfico 01.
59
Gráfico 01 - Distribuição Grau de Escolaridade
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Em seguida, buscou-se identificar, através do segmento de linhas de transmissão que os
respondentes trabalham, a relevância das informações específicas. (Vide Gráfico 02)
60
Gráfico 02 - Segmento da área de manutenção de Linhas de Transmissão
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Continuando, buscou-se identificar qual o tempo de experiência profissional dos
efetivos respondentes na área de linhas de transmissão, para poder-se aferir a consistência das
informações prestadas. (Vide Gráfico 03)
61
Gráfico 03 - Tempo de experiência profissional na área de Linhas de Transmissão
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Observou-se que na sua grande maioria os respondentes possuem experiência
profissional consolidada na área de manutenção de linha viva e/ou fiscalização técnica. Uma
parcela considerável dos efetivos respondentes (65,4%) trabalha (ou já trabalhou) com
manutenção de linhas de transmissão energizada (“linha viva”), sendo que cerca de 46,2%
desses respondentes atua (ou já atuou) em níveis de Extra Alta Tensão, possibilitando inferir
que os mesmos possuam conhecimento específico para avaliar com mais profundidade as
questões apresentadas.
No Bloco 2, intitulado Gestão de Recursos Humanos e que continha 07(sete) perguntas
abertas, algumas com a opção “outros (especificar)”, ficou evidenciado, a partir das respostas
obtidas, que os profissionais – muitos deles especialistas da área de manutenção de linhas de
transmissão energizadas (“linha viva”) demonstram uma preferência e recomendam uma
combinação de treinamento “em sala de aula” com treinamento “de campo”, conforme descrito
no Gráfico 04.
62
Gráfico 04 - Aplicabilidade de metodologias de capacitação
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Ainda, embora possa ser um item inovador, uma parcela dos respondentes,
consideraram relevante a utilização de treinamento “com realidade virtual”, com foco em
tarefas e equipamentos específicos. As respostas apresentadas pelos respondentes, na sua
maioria especialistas de manutenção de linhas de transmissão em níveis de Extra Alta Tensão,
evidenciaram a importância do treinamento de manutenção “de linha viva” ao potencial, que
prevalece sobre as atividades de manutenção à distância. Atribui-se este fato às grandes
distâncias (extensões) das estruturas, que dificulta o manuseio das ferramentas. (Vide Gráfico
05)
63
Gráfico 05 - Aplicabilidade: conteúdo dos treinamentos
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Quanto às características pessoais de um modo geral, os efetivos respondentes
evidenciaram quase todas as opções apresentadas (exceto senso de discrição e capacidade de
comunicação escrita) como sendo itens de muito boa e/ou excelente aplicabilidade para o
desempenho de atividades de manutenção de “linha viva” em sistemas de transmissão de
energia elétrica. Quanto às exceções citadas, atribui-se a tendência de resposta à característica
eminente operacional dos trabalhos de manutenção “de linha viva”, sem excessivo rigor quanto
às características de formalismo escrito ou trabalho individual. (Vide Gráfico 06)
64
Gráfico 06 - Aplicabilidade características pessoais
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Quanto aos tipos de pressão e conflitos no trabalho as respostas efetivas evidenciam
que fatores da natureza em condições adversas (chuvas, vento excessivo, umidade excessiva ou
reduzida do ar, etc.) são bastante impactantes em causar pressões conflitos no cronograma de
tarefas de manutenção de linhas de transmissão, seja em “linha morta” (circuitos
desenergizados previamente) e/ou “linha viva”(circuitos energizados). (Vide Gráfico 07)
65
Gráfico 07 - Tipos de pressões e conflitos no trabalho
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Quanto à aplicabilidade dos sentidos humanos, as respostas evidenciaram que sentidos
tais como visão (acuidade visual) e senso cognitivo são fatores relevantes para o
desenvolvimento, com segurança, de tarefas de manutenção de “linha viva”. (Vide Gráfico 08)
66
Gráfico 08 - Aplicabilidade: sentidos humanos
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
No Bloco 3, denominado Gestão Operacional e de Tecnologia e que continha seis
perguntas ficou evidenciado, quanto a pergunta “grau de aplicabilidade - conteúdo das
atividades e de tecnologia” a “preocupação dos trabalhadores especializados com as tarefas de
manutenção ao potencial”, isto é, próximos aos componentes energizados das linhas de
transmissão. (Vide Gráfico 09)
67
Gráfico 09 - Grau de aplicabilidade: conteúdo das atividades e de tecnologia
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Já com relação à pergunta “grau estimado de ocorrência anual por Linha de
Transmissão- LT (tipos de defeitos em isoladores)” cabe destacar das respostas a moda relativa
às avarias devido à incidência de arcos elétricos, a qual apresenta ser a mais frequente. Quanto
à tendência negativa referente aos isoladores poliméricos, cabe esclarecer que o trilhamento de
isoladores poliméricos não é um agente impactante provavelmente devido à quantidade
pequena de isoladores poliméricos instalados face a quantidade de isoladores de vidro e de
porcelana em uso. (Vide Gráfico 10)
68
Gráfico 10 - Grau de aplicabilidade: tipos de defeitos em isoladores
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Ainda neste bloco, com relação à pergunta “grau estimado de dificuldade de
operacionalização técnica (tarefas de manutenção de ‘linha viva’)” as respostas evidenciam
que as tarefas que exigem mais esforços e riscos ergonômicos tais como: reaperto de conexões
podem ser identificados como itens relevantes para os Fatores Críticos de Sucesso, ainda que
haja divergência de percepção entre os respondentes.
Na análise crítica identificou-se a necessidade de uma correção de digitação no gráfico):
onde está escrito “trilhamento do polímero (específico para isoladores de vidro) – grifamos –
leia-se “trilhamento do isolador”. Numa análise contextualizada interpretamos que esse detalhe
não chegou a influenciar decisivamente no conjunto das respostas, embora cabível a retificação.
(Vide Gráfico 11)
69
Gráfico 11 - Grau estimado de dificuldade de operacionalização técnica (tarefas
manutenção linha viva)
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
No que tange à pergunta “grau de prioridade de manutenção (falhas e defeitos)” as
respostas efetivas evidenciam que as “faltas para terra” exercem um impacto negativo
considerável na continuidade operacional das linhas de transmissão e com relação as “faltas
entre fases” os especialistas se dividem quanto a criticidade. Sobre a pergunta “grau estimado
de ocorrência anual por Linha de Transmissão – LT (anormalidades operacionais) os efetivos
respondentes evidenciaram que o “religamento automático”, durante tarefas de manutenção de
linha viva, pode se constituir num impacto negativo considerável. (Vide Gráfico 12)
70
Gráfico 12 - Grau de prioridade de manutenção: falhas e defeitos
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Quanto à pergunta “grau de praticidade de acesso (geometria da torre de transmissão)”
os respondentes especialistas evidenciaram que, em linhas gerais, não existe um formato de
torre que dificulte sobremaneira o acesso. Já com relação à pergunta grau de dificuldade
(manutenção de “linha viva”) as efetivas respostas dos especialistas evidenciam uma atribuição
de equilíbrio, em termos de grau de dificuldade de manutenção de circuitos “de linha viva” em
linhas de transmissão de corrente alternada (CA) e corrente contínua (CC). (Vide Gráfico 13)
71
Gráfico 13 - Grau de praticidade de acesso (geometria da torre)
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Quanto à pergunta “grau de dificuldade – manutenção de linha viva”, observou-se uma
equivalência de percepções dos respondentes quanto à dificuldade atribuída aos circuitos em
corrente alternada (CA) e corrente contínua (CC). (Vide Gráfico 14)
72
Gráfico 14 – Grau de dificuldade – manutenção de “linha viva”
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
No Bloco 4, intitulado Gestão de Segurança do Trabalho, as respostas dos especialistas
apresentaram um painel bastante interessante e consistente sobre os aspectos de prevenção de
acidentes, especialmente quanto ao agente “energia elétrica” (eletricidade). Com relação à
pergunta frequência estimada anual de ocorrências por Linha de Transmissão - LT (Acidentes
com vítimas – lesões pessoais) as respostas efetivas evidenciam que os maiores riscos de
acidentes nas tarefas de manutenção de linha viva estão relacionados com “quedas (diferenças
de nível)”, “indução de campos elétricos, magnéticos ou eletromagnéticos” e “descargas
atmosféricas”. (Vide Gráfico 15)
73
Gráfico 15 - Acidentes com vítimas (lesões pessoais)
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Quanto à pergunta “grau estimado de ocorrências anuais por Linha de Transmissão
(lesões por segmento corpóreo)” os respondentes especialistas evidenciaram que as ocorrências
de lesões corpóreas se dividem por alguns segmentos corpóreos, com predominância dos
membros superiores (mãos e braços). (Vide Gráfico 16)
74
Gráfico 16 - Lesões por segmento corpóreo
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Já com relação à pergunta ”grau estimado de ocorrências anuais por Linha de
Transmissão (distúrbios ósteo-musculares)”, depreende-se das respostas efetivas dos
especialistas que a percepção de ocorrência de distúrbios ósteo-musculares em tarefas de
manutenção de Linhas de Transmissão – incluindo manutenção de “linha viva” – é de baixo
número de eventos.
No que tange à pergunta “grau estimado de ocorrências anuais por Linha de
Transmissão – LT (fatores da Natureza”) as respostas evidenciam que “chuvas fortes” e
“descargas atmosféricas” são os fatores mais frequentes, em termos de impactos negativos
provocados pela natureza, por ocasião das tarefas de manutenção “de linha viva”.
Ainda, com relação à pergunta “grau de aplicabilidade (técnicas de trabalho sob
tensão)” as respostas dos especialistas evidenciam que o “método ao potencial”, não incluído
na pergunta, pode ser considerado – pela resposta Outros, como um item a ser pesquisado. (Vide
Gráfico 17)
75
Gráfico 17 - Técnicas de trabalho sob tensão
Fonte: Ferramenta Survey Monkey.
No caso da pergunta “grau estimado de criticidade (segurança operacional)” as
respostas efetivas dos respondentes evidenciam que a maioria dos itens citados apresenta grande
criticidade nas tarefas de manutenção “de linha viva”. (Vide Gráfico 18)
76
Gráfico 18 - Segurança Operacional
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
No que tange à pergunta “grau de dificuldade de execução (tarefas prevencionistas)”
as respostas dos especialistas evidenciam que as questões climáticas são fatores relevantes a
serem considerados na gestão técnica das tarefas de manutenção “de linha viva”. (Vide Gráfico
19)
77
Gráfico 19 - Grau de dificuldade de execução - tarefas prevencionistas
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Para a pergunta “grau de risco estimado (sobretensões operacionais e surtos
atmosféricos)” as respostas evidenciam que os surtos de manobra, em suas diversas
modalidades, podem impactar negativamente o desempenho das tarefas de manutenção “linha
viva”. Referente à pergunta “sensação de incômodo no corpo (campos elétricos e/ou
magnéticos)” as respostas dos especialistas evidenciam que existe uma sensação maior de
incômodo referente às linhas de transmissão com circuitos em corrente alternada, em níveis de
Extra Alta Tensão (EAT).
Quanto à pergunta “grau de risco estimado (ref. acidentes no trabalho” as respostas
efetivas dos especialistas demonstram um equilíbrio, em termos de percepção de grau de risco,
quanto as tarefas de manutenção em “linha viva” para linhas de transmissão em circuitos de
corrente alternada e corrente contínua. (Vide Gráfico 20)
78
Gráfico 20 - Sobretensões operacionais e surtos atmosféricos
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
No Bloco 5, intitulado Gestão de Suporte Lógico e Ensaios Laboratoriais, constituído
de seis questões, as respostas dos especialistas elucidaram itens que dão suporte, em caráter
complementar, às atividades de manutenção de linhas aéreas de transmissão energizadas (“linha
viva”).
Quanto à pergunta “grau de aplicabilidade (ensaios laboratoriais)” as respostas
efetivas dos respondentes demonstram que os testes / ensaios relacionados a falhas e defeitos
de natureza elétrica exercem papel fundamental na avaliação da criticidade do desempenho de
equipamentos e sistemas elétricos em linhas de transmissão. (Vide Gráfico 21)
79
Gráfico 21 - Grau de aplicabilidade (Ensaios Laboratoriais)
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
No caso da pergunta “grau de eficiência (meios de transporte)” as respostas dos
especialistas evidenciam que para as atividades de manutenção de “linha viva” em linhas de
transmissão, a utilização de caminhonetes se constitui num fator relevante para o êxito do
empreendimento, seguindo-se da utilização de helicóptero. (Vide Gráfico 22)
80
Gráfico 22 - Meios de Transporte
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Quanto à pergunta “grau de praticidade (equipamentos de acesso)” As respostas dos
especialistas evidenciam que o método ao potencial é considerado como fundamental para o
sucesso das atividades/ tarefas de manutenção de “linha viva” em linhas de transmissão. (Vide
Gráfico 23)
81
Gráfico 23 - Equipamentos de Acesso
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Já com relação à pergunta Grau de facilidade de manuseio e utilização (instrumentos e
equipamentos)” as respostas dos especialistas evidenciam que, de um modo geral, os
equipamentos de medição utilizados nas tarefas de manutenção de “linha viva” não apresentam
grande dificuldade de manuseio e utilização.
No que tange à pergunta Grau de aplicabilidade – logística de comunicação (tarefas de
manutenção de “linha viva)” as respostas dos especialistas evidenciam que a comunicação
verbal é considerado o fator mais relevante, dentre as logísticas de comunicação, por ocasião
das tarefas de manutenção de “linha viva”.
Já com relação à pergunta Grau de dificuldade (utilização de vestimentas e
equipamentos de proteção)” as respostas dos especialistas evidenciam que, de um modo geral,
os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) básicos não oferecem dificuldade para
utilização, excetuando-se a vestimenta de proteção condutiva. (Vide Gráfico 24)
82
Gráfico 24 - Instrumentos e Equipamentos
Fonte: Ferramenta Survey Monkey.
4.2.2. Análise cruzada de respostas
Nesta seção, efetuar-se-á uma análise cruzada de respostas, tomando por base
determinadas palavras-chave/expressões.
No que se refere ao binômio Grau de Escolaridade x Trabalhos ao Potencial – vide
gráfico 25 observa-se que a predominância de respostas para o pessoal de nível superior
(graduação e pós graduação) indica como sendo muita boa e/ou excelente a aplicabilidade de
trabalhos ao potencial. (Vide Gráfico 25)
83
Gráfico 25 - Análise cruzada respostas Grau de Escolaridade x Trabalhos ao Potencial
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
No tocante à análise cruzada, considerando o segmento (área) de atuação em linhas de
transmissão e os trabalhos ao potencial, as respostas evidenciam – vide gráfico 26 - uma
percepção de muito boa e excelente aplicabilidade. (Vide Gráfico 26)
84
Gráfico 26 - Análise cruzada segmento linhas transmissão x trabalhos ao potencial
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Com relação aos aspectos de Tempo de Experiência em Linhas de Transmissão a análise
cruzada de respostas demonstra a aplicabilidade dos trabalhos ao potencial, sendo as opções
muito boa e excelente predominantes, conforme apresentado no Gráfico 27.
85
Gráfico 27 - Análise cruzada tempo experiência linhas transmissão x trabalhos ao
potencial
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Continuando a análise cruzada, agora considerando o aspecto Tempo de Experiência na
Manutenção de “Linha Viva” em níveis de Extra Alta Tensão, as respostas evidenciam que os
trabalhos ao potencial têm muito boa e excelente aplicabilidade. (Vide Gráfico 28)
86
Gráfico 28 - Análise cruzada tempo experiência manutenção linha Viva EAT x trabalhos
ao potencial
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Já com relação aos aspectos de características pessoais, a análise cruzada para o fator
trabalhos ao potencial evidenciou que praticamente todas as características apresentadas como
opção tiveram como resposta predominante muito boa ou excelente aplicabilidade,
corroborando o exposto no referencial teórico. (Vide Gráfico 29)
87
Gráfico 29 - Análise cruzada características pessoais x trabalhos ao potencial
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
Continuando, no que diz respeito aos aspectos de Sentidos Humanos (vide Gráfico 30)
a análise cruzada das respostas evidencia também a relevância dos trabalhos ao potencial,
classificados como de muito boa ou excelente aplicabilidade pela maioria dos respondentes.
88
Gráfico 30 - Análise cruzada sentidos humanos x trabalhos ao potencial
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
A análise cruzada das respostas das atividades de tecnologia face aos trabalhos ao
potencial evidencia (vide Gráfico 31) uma predominância em termos de aplicabilidade muito
boa e excelente, para as diversas situações apresentadas.
89
Gráfico 31 - Análise cruzada atividades tecnologia x trabalhos ao potencial
Fonte: O próprio autor, através da ferramenta Survey Monkey.
90
Tabela - 06 - Parâmetros técnicos que influenciam diretamente na manutenção de linhas
de transmissão energizadas
ITEM
PARÃMETRO INDEPENDENTE
PARÃMETROS DEPENDENTES (ASSOCIADOS)
01
Altura das Estruturas
Tipo de acesso do trabalhador
02
Peso das Ferragens
03
Esforços Mecânicos nos sistemas de ataque das
cadeias de isoladores
04
Valores de Campo Elétrico
05
Valores de Isolamento
06
Gradiente de Potencial
07
Surtos de Manobra
Fonte: Adaptado de Crusius et alli (1981).
a) Capacidade física do trabalhador; b) Técnica a ser
desenvolvida;
c ) Resistência mecânica dos materiais a serem
utilizados;
a) Distâncias de segurança
b) Necessidade de utilização de
dispositivos protetores c) Eficiência do isolamento;
d)
Dimensão dos materiais (bastões isolantes, cordas, etc.)
a) Utilização de dispositivos de segurança complementares;
b) definição de técnicas de execução;
c) riscos associados ao
prório trabalho
91
5 CONCLUSÃO
Tomando por base os objetivos gerais e específicos expressos no início deste Estudo e
após análise técnica contextualizada a partir da literatura técnica pertinente e respostas dos
especialistas, pôde-se identificar tanto os riscos e adversidades existentes quanto os fatores
críticos de sucesso aplicáveis nas atividades, tarefas e serviços de manutenção de linhas aéreas
de transmissão energizadas (“linha viva”) em níveis de extra-alta tensão, projetados para os
níveis de ultra-alta tensão, aqui no sistema elétrico brasileiro. A discussão e detalhamento deste
Estudo são realizados a seguir.
No aspecto da questão que buscava identificar quais os fatores críticos de sucesso,
analisados, sob os aspectos tecnológicos, recursos humanos, segurança no trabalho e suporte
lógico/ensaios laboratoriais, nas atividades de manutenção de linhas aéreas de transmissão de
energia elétrica energizadas (“linha viva”), em níveis de ultra-alta tensão, aqui no Brasil, o
estudo permitiu verificar o emprego de tecnologias que minimizem a realização de inspeções
humanas ao longo das linhas de transmissão; a utilização de ferramentas metereológicas que
possibilitem uma previsão mais apurada de eventuais condições climáticas adversas;
desenvolvimento de vestimentas condutivas mais confortáveis; a utilização de sistemas
computacionais para monitoramento e controle dos parâmetros e variáveis elétricos, mecânicos
e eletrônicos das linhas de transmissão.
Dentre os fatores críticos ressalta-se a ampliação dos campos de treinamento, incluindo
estruturas (torres, etc.) e equipamentos específicos para níveis de ultra-alta tensão; utilização
em larga escala de programas (“software”) de treinamento em realidade virtual.
Nos aspectos de riscos relacionados com energia elétrica, durante a realização de tarefas
de manutenção em “linha viva”, desde que não observadas integralmente as devidas medidas
de controle identificou-se: desde sensações de incômodo (“formigamentos”) devido a presença
de intensos campos elétricos e magnéticos até a possibilidade de choques elétricos,
queimaduras, fibrilação ventricular, em situações extremas.
Dentre os fatores críticos de sucesso de segurança no trabalho em âmbito ocupacional
destacam-se as seguintes medidas de controle: intensificação do treinamento (teórico,
utilizando realidade virtual) e treinamento prático, em campo de treinamento específico);
utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) e equipamentos/ sistemas de proteção
coletiva (EPC/ SPC) adequados, incluindo vestimentas condutivas e sinalização de segurança;
implementação de análises de risco específicas; trabalho em equipe (sob supervisão).
92
Nos aspectos de suporte lógico foram identificados adversidades e riscos tais como:
situações climáticas extremas (calor intenso), geográficas (locais de difícil acesso),
insuficiência de documentação técnica em língua nacional (português), ferramentas nem
sempre ergonômicas), ensaios / testes laboratoriais restritos.
Dentre os fatores críticos de sucesso referentes ao suporte lógico: ampliação do leque
de documentação técnica em língua portuguesa; desenvolvimento de vestimentas e ferramentas
mais ergonômicas; melhoria das condições de transporte (vias de acesso); entrada em operação
de laboratórios nacionais específicos para ensaios e testes elétricos em ultra-alta tensão.
Com relação aos fatores críticos para ensaios laboratoriais, identificou-se além da breve
entrada em operação do primeiro laboratório de ultra alta tensão, em Adrianópolis (Nova
Iguaçu-RJ), a importância da realização de ensaios que contemplem análise de desempenho de
vestimentas e determinação de valores de campos elétricos, magnéticos e distâncias de
segurança.
Já no contexto da segunda questão do estudo, que tratava sobre os principais riscos
operacionais e adversidades identificadas nas atividades de manutenção de linhas aéreas de
transmissão de energia elétrica energizadas (“linha viva”) em níveis de ultra-alta tensão,
considerando a análise da literatura técnica existente e a partir das respostas obtidas dos
questionários, podemos identificar que os principais riscos operacionais e adversidades nas
atividades de manutenção de linhas aéreas de transmissão energizadas (“linha viva”) estão
relacionados à dificuldade de acesso, à escalada na estrutura, à ocorrência de surtos de manobra
e/ou descargas atmosféricas, bem como a percepção de incômodo em decorrência da presença
de campos elétricos e/ou magnéticos.
Em resumo, obteve-se as seguintes tabelas:
QUANTO AO CLUSTER “OPERACIONAL”
SEQ
01
EVENTOS
RISCOS OCUPACIONAIS
ESPECÍFICOS
DESLIGAMENTOS 1. CHOQUE ELÉTRICO
DO SISTEMA POR 2. QUEIMADURAS
SOBRETENSÕES
ELÉTRICAS
OPERACIONAIS
(SURTOS
DE
MANOBRA)
FATORES CRÍTICOS DE
SUCESSO
(medidas preventivas e/ou de
controle)
1.EFETUAR ANÁLISE CRÍTICA
DE PROJETO.
2.OBSERVAR
NORMAS
TÉCNICAS
(NACIONAIS
E
INTERNACIONAIS) APLICÁVEIS
3.OBSERVAR
NORMAS
REGULAMENTADORAS
APLICÁVEIS, ESPECIALMENTE
A NR-10
93
02
DESLIGAMENTOS 1. CHOQUE ELÉTRICO
DO SISTEMA POR 2. QUEIMADURAS
FATORES
ELÉTRICAS
AMBIENTAIS
ADVERSOS
(DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS)
03
PROBLEMAS NO
SISTEMA DE
TRANSMISSÃO
DEVIDO AO
EFEITO CORONA
1. CHOQUE ELÉTRICO
2. QUEIMADURAS
ELÉTRICAS
4.VERIFICAR CONDIÇÕES DO
SISTEMA DE ATERRAMENTO
5.IMPLEMENTAR SISTEMATICA
DE MANUTENÇÃO (PREDITIVA –
PD,
PREVENTIVA
–PV
E
CORRETIVA – CV)
6.EFETUAR
PESQUISA
SISTEMÁTICA NA LITERATURA
NACIONAL E INTERNACIONAL
7.“BENCHMARKING”
NAS
EMPRESAS DO SETOR ELÉTRICO
(NACIONAIS
E
INTERNACIONAIS).
1.OBSERVAR REQUISITOS “1” a
“7” ITEM ANTERIOR.
2. EFETUAR ANÁLISE DOS
ASPECTOS CLIMÁTICOS
3.
IDENTIFICAR
ÍNDICE
CERÃUNICO LOCAL
4 EFETUAR MANUTENÇÃO DO
SISTEMA
DE
PROTEÇÃO
CONTRA
DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS.
1.EFETUAR ANÁLISE CRÍTICA
PROJETO
2.OBSERVAR
NORMAS
TÉCNICAS,
REGULAMENTADORAS
E
LEGISLAÇÃO PERTINENTE
3. EFETUAR MANUTENÇÃO
PREDITIVA.
QUANTO AO CLUSTER “RECURSOS HUMANOS”
SEQ
01
EVENTOS
RISCOS OCUPACIONAIS
ESPECÍFICOS
AUSÊNCIA
OU ACIDENTES
INADEQUAÇÃO
(PESSOAIS
DE MÃO-DE-OBRA IMPESSOAIS)
QUALIFICADA
FATORES CRÍTICOS DE
SUCESSO
(medidas
prevencionistas e/ou de controle)
1.PESQUISA SISTEMÁTICA NA
TÉCNICA
E/OU LITERATURA
NACIONAL E INTERNACIONAL
2.IMPLANTAÇÃO DE TÉCNICAS
DE REALIDADE VIRTUAL
3.”BENCHMARKING”
NAS
EMPRESAS
DO
SETOR
ELÉTRICO
(NACIONAIS
E
INTERNACIONAIS)
4.DESENVOLVIMENTO
DE
PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO
ESPECÍFICOS PARA ULTRA
ALTA TENSÃO, COM ENFASE
EM ASPECTOS DE SEGURANÇA
E SAÚDE NO TRABALHO,
ERGONOMIA E MEIO AMBIENTE
94
02
03
AUSÊNCIA
INADEQUAÇÃO
DE CAMPO DE
TREINAMENTO
ESPECÍFICO PARA
ULTRA
ALTA
TENSÃO
AUSÊNCIA E/OU
INSUFICENCIA DE
METODOLOGIA
DE
COMUNICAÇÃO
ESPECÍFICA PARA
ULTRA
ALTA
TENSÃO
ACIDENTES
(PESSOAIS
IMPESSOAIS)
ACIDENTES
(PESSOAIS
IMPESSOAIS)
5.REALIZAÇÃO
DE
TREINAMENTOS NR-10 – CURSO
BÁSICO
(40h)
E
COMPLEMENTAR – SISTEMA
ELÉTRICO DE POTÊNCIA (40h)
1.INTERCÂMBIO
COM
E/OU EMPRESAS SETOR ELÉTRICO,
COM REALIZAÇÃO DE VISITAS
TÉCNICAS
1.PESQUISA SISTEMÁTICA NA
TÉCNICA
E/OU LITERATURA
INTERNACIONAL
2.“BENCHMARKING”
NAS
EMPRESAS
DO
SETOR
ELÉTRICO
(NACIONAIS
E
INTERNACIONAIS)
3.DESENVOLVIMENTO
DE
PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO
ESPECÍFICOS PARA ULTRA
ALTA TENSÃO, COM ASPECTOS
DE COMUNICAÇÃO EFETIVA E
SEGURA
QUANTO AO CLUSTER “SEGURANÇA NO TRABALHO”
SEQ
01
EVENTOS
INCÊNDIO
RISCOS OCUPACIONAIS
ESPECÍFICOS
QUEIMADURAS
ELÉTRICAS
FATORES CRÍTICOS DE
SUCESSO
(medidas prevencionistas e/ou de
controle)
1.OBSERVAR PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS
E
DE
SEGURANÇA NO TRABALHO,
ESPECIALMENTE A NR-10 E NR23
2.PROVIDENCIAR
TREINAMENTO DE PREVENÇÃO
E COMBATE A INCÊNDIO
3.EFETUAR ANÁLISES DE RISCO
4.REALIZAR DIÁLOGOS DE
SEGURANÇA
5.TRABALHAR EM EQUIPE E
COM SUPERVISÃO TÉCNICA
6.UTILIZAR
MÁQUINAS,
EQUIPAMENTOS
E
FERRAMENTAS COM NÍVEL DE
ISOLAÇÃO
ELÉTRICA
ADEQUADA
7.EFETUAR
INSPEÇÃO
E
MANUTENÇÃO
DOS
EQUIPAMENTOS
E
95
02
EVENTOS
DE CORTES, CONTUSÕES,
NATUREZA NÃO- QUEDAS
DE
ELÉTRICA
DIFERENÇA DE NÍVEL,
ATAQUES DE ANIMAIS
PEÇONHENTOS,
ACIDENTES
DE
TRÃNSITO
03
EVENTOS
NATUREZA
ELÉTRICA
DE CHOQUE
ELÉTRICO,
QUEIMADURAS
ELÉTRICAS,
EXPOSIÇÃO
EXCESSIVA A CAMPOS
ELÉTRICOS,
MAGNÉTICOS
E/OU
ELETROMAGNETICOS
DISPOSITIVOS DE PREVENÇÃO
E COMBATE A INCÊNDIO
(LINHAS DE TRANSMISSÃO E
SUBESTAÇÕES ELÉTRICAS)
8.UTILI\ZAR
EQUIPAMENTOS
DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
ADEQUADOS
9.UTILIZAR DISPOSITIVO DE
COMUNICAÇÃO ADEQUADO
10.IMPLEMENTAR
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
1.OBSERVAR REQUISITOS “1” A
“5”DO ITEM ANTERIOR
2.DISPONIBILIZAR
MATERIAL/EQUIPAMENTOS DE
PRIMEIROS SOCORROS
3.UTILIZAR EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO
INDIVIDUAL
E
COLETIVOS ADEQUADOS À
NATUREZA E CRITICIDADE DO
RISCO
4.UTILIZAR DISPOSITIVO DE
COMUNICAÇÃO ADEQUADO
5.IMPLEMENTAR SINALIZAÇÃO
DE SEGURANÇA NO TRABALHO
6.EFETUAR “BENCHMARKING”
EM
EMPRESAS
SETOR
ELÉTRICO
1.OBSERVAR PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS
E
DE
SEGURANÇA NO TRABALHO,
ESPECIALMENTE A NR-10 E NR23
2.EFETUAR ANÁLISES DE RISCO
3.REALIZAR DIÁLOGOS DE
SEGURANÇA
4.TRABALHAR EM EQUIPE E
COM SUPERVISÃO TÉCNICA
5.UTILIZAR
MÁQUINAS,
EQUIPAMENTOS
E
FERRAMENTAS COM NÍVEL DE
ISOLAÇÃO
ELÉTRICA
ADEQUADA
6.EFETUAR
INSPEÇÃO
E
MANUTENÇÃO
DOS
EQUIPAMENTOS
E
DISPOSITIVOS DE PREVENÇÃO
E COMBATE A INCÊNDIO
(LINHAS DE TRANSMISSÃO E
SUBESTAÇÕES ELÉTRICAS)
7.UTILI\ZAR
EQUIPAMENTOS
DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
ADEQUADOS
96
8.UTILIZAR DISPOSITIVO DE
COMUNICAÇÃO ADEQUADO
9.IMPLEMENTAR SINALIZAÇÃO
DE SEGURANÇA
QUANTO AO CLUSTER “SUPORTE LOGÍSTICO”
SEQ
01
02
03
EVENTOS
RISCOS OCUPACIONAIS FATORES
CRÍTICOS
DE
ESPECÍFICOS
SUCESSO
(medidas prevencionistas e/ou de
controle)
AUSENCIA E/OU ACIDENTES (PESSOAIS 1.PESQUISA SISTEMÁTICA NA
INADEQUAÇÃO
E/OU IMPESSOAIS)
LITERATURA
TÉCNICA
DE
INTERNACIONAL
DOCUMENTAÇÃO
2.”BENCHMARKING”
NO
TÉCNICA
SISTEMA ELÉTRICO
ESPECÍFICA
(Ex
Normas,
Procedimentos,
Instruções
de
Trabalho, etc.)
AUSÊNCIA E/OU ACIDENTES (PESSOAIS 1.OBSERVAR REQUISITOS “1” E
INADEQUAÇÃO
“2” ITEM ANTERIOR
E/OU IMPESSOAIS)
DE
2.INCENTIVO
EQUIPAMENTOS,
GOVERNAMENTAL
AO
VEÍCULOS,
DESENVOLVIMENTO
DE
FERRAMENTAS,
TECNOLOGIA NACIONAL
E/OU ACESSÓRIOS
NACIONAIS
ESPECÍFICOS
PARA
TRABALHOS EM
NÍVEIS DE ULTRA
ALTA TENSÃO
LABORATÓRIO
xxxxxx
1.ENTRADA EM OPERAÇÃO DO
NACIONAL
DE
LABORATÓRIO NACIONAL DE
ULTRA
ALTA
ENSAIOS E TESTES EM ULTRA
TENSÃO, EM FASE
ALTA TENSÃO
DE CONSTRUÇÃO
E
ATIVAÇÃO
GRADUAL
No que se refere aos mapas de campo comparativos (potencial e campo elétrico) apresentados
no Anexo - pode-se inferir dos espectros (valores) obtidos que:

Com relação ao
parâmetro técnico POTENCIAL (expresso em kV), observadas as
especificidades do exemplo considerado, a mudança de um sistema/ configuração de linhas
aéreas de transmissão de energia elétrica em nível de Extra Alta Tensão (750 kV) para um outro
sistema/configuração em nível de Ultra Alta Tensão (1.000 kV) ocasiona o aumento doo
97
potencial em termos absolutos mas que somente poderia ser atribuído à uma condição
eventualmente de maior grau de risco se vierem a ser efetuados e análises complementares e
específicos, considerando os diversos locais e modos de acesso, subida/descida e deslocamento
na estrutura das respectivas estruturas(torres).
Com relação ao parâmetro técnico CAMPO ELÉTRICO (expresso em Kv/m), observadas as
especificidades do exemplo considerado, a mudança de um sistema/ configuração de linhas aéreas de
transmissão de energia elétrica em nível de Extra Alta Tensão (750 kV) para um outro
sistema/configuração em nível de Ultra Alta Tensão (1.000 kV) apresenta uma similaridade em termos
de espectro nos principais pontos efetivos de trabalho de manutenção de “linha viva” dentro das
estruturas da torres (linhas de EAT e UAT), mas com uma pequena redução (a favor da linha de UAT)
quando se considera os pontos de trabalho mais afastados (periféricos).
5.1 LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Não obstante o fato do assunto “manutenção de linha viva” em linhas de transmissão
ser bastante complexo e extenso, ressalte-se que o presente estudo concentrou-se na análise dos
fatores críticos de sucesso (aspectos e impactos) decorrentes do agente energia elétrica
(eletricidade) nas atividades, tarefas e serviços de manutenção de linhas de transmissão
energizadas em níveis de ultra-alta tensão, isto é, valores de tensão maiores que 765 kV
(setecentos e sessenta e cinco mil Volts) em corrente alternada e maiores que 600 kV (seiscentos
mil Volts) em corrente contínua.
5.2 SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS
Considerando-se que as linhas aéreas de transmissão de energia elétrica em ultra alta
tensão já licitados (ou em fase de licitação) aqui no Brasil referem-se a circuitos com níveis
iguais ou inferiores a 1.000 kV (um milhão de Volts), sugere-se que os próximos estudos
brasileiros abranjam também as condições operacionais, manutenção de linhas energizadas e
de segurança no trabalho para tensões superiores ao valor supra citado.
98
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Engineering Conference, 2012.
108
ANEXOS
APÊNDICE A: Pesquisa Bibliométrica Complementar
- Pesquisa Bibliográfica x Palavras-Chave (ou Expressões-Chave)
Utilizando o site de pesquisas
109
a) Considerando as palavras chave: “ULTRA + HIGH + VOLTAGE”
Resultado: 3210 (três mil duzentos e dez) artigos
110
b) Considerando as palavras chave: “ULTRA + HIGH + VOLTAGE + TRANSMISSION +
LINES”
Resultado: 440 (quatrocentos e quarenta) referências
111
c) Considerando as palavras chave: “ULTRA + HIGH + VOLTAGE + TRANSMISSION +
LINES + LIVE + WORKING”
Resultado: 16 (dezesseis) referências
112
d) Considerando as palavras chave: “SAFETY + LIVE + WORKING + IN + ULTRA + HIGH
+ VOLTAGE + TRANSMISSION + LINES”
Resultado: 08 (oito) referências
113
114
APÊNDICE B: Carta Apresentação Mestrado
115
APÊNDICE C: Cálculos Estatísticos – Alpha de Cronbach
QU 12 a
QU 12 b
QU 12 c
QU 12 d
QU 12 e
QU 12 f
QU 12 g
QU 12 h
QU 12 i
QU 12 j
SUBTOTAIS
RESP 01
4
4
4
4
3
4
3
3
2
3
34
RESP 02
5
4
4
4
3
3
5
5
5
0
38
RESP 03
5
5
5
5
5
5
5
5
5
0
45
RESP 04
4
4
4
4
4
4
5
5
5
0
39
RESP 05
4
3
4
4
2
3
4
5
4
0
33
RESP 06
4
5
4
4
3
5
5
5
5
0
40
RESP 07
5
5
5
5
5
5
5
4
4
0
43
RESP 08
5
5
5
5
1
5
5
5
5
0
41
RESP 09
4
3
4
3
1
3
5
5
5
0
33
RESP 10
5
5
4
5
5
5
5
5
5
0
44
RESP 11
4
4
4
4
3
3
3
3
3
0
31
RESP 12
4
4
4
4
4
4
4
4
4
0
36
RESP 13
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESP 14
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESP 15
3
3
3
3
1
2
3
3
3
0
24
RESP 16
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESP 17
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESP 18
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESP 19
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESP 20
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESP 21
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESP 22
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESP 23
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESP 24
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESP 25
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESP 26
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESP 27
4
4
4
4
3
3
3
3
3
0
31
RESP 28
4
5
5
5
5
5
5
4
4
0
42
RESP 29
4
4
4
4
4
4
4
4
4
0
36
68
67
67
67
52
63
69
68
66
3
590
SUBTOTAI
S
VARIÂNCI
A
k
SOMAVAR
SIGMA2
A
CRONBAC
H
4,805418 4,793103 4,650246 4,721674 3,812807 4,504926 5,172413 5,019704 4,849753 0,310344
719
448
305
877
882
108
793
433
695
828
10
42,64039
409
365,7339
901
0,981568
282
42,64039409
116
LEGENDA:
Bloco 2 - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
Questão 12 - [PRH-05] - Aplicabilidade - Sentidos Humanos
Valores de ponderação: "0" - Nenhuma aplicabilidade e/ou não respondeu
"1" - Baixa aplicabilidade
"2" - Razoável aplicabilidade
"3 - Boa aplicabilidade
"4" - Muito boa aplicabilidade
"5" - Excelente aplicabilidade
117
APÊNDICE D: Questionário Pesquisa (Survey Monkey)
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
APÊNDICE E: Exemplo Mapa Campo Elétrico Torres EAT e UAT
Caso Exemplo 1: Linhas de transmissão trifásicas CA 1000kV e 765kV
Base: LT China
Base: LT 765kV CA Itaipu
Tensão nominal: 1000 kV CA
Tensão nominal: 765kV CA
Fase: 8 x CAA Bluejay
Fase: 4 x CAA Bluejay
Para-raios: 2 x EHS 1/2"
Para-raios: 2 x EHS 3/8”
Estrutura: Autoportante convencional
Estrutura: Autoportante convencional
Tensão de operação: 1050 kV
Tensão de operação: 800 kV
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