big data carece de profissionais e paga até r$ 15000,00

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BIG DATA CARECE DE PROFISSIONAIS E PAGA ATÉ R$ 15000,00
Por Rafael Ferrer, de INFO Online • Segunda-feira, 09 de julho de 2012 - 13h54
A análise de grande volume de dados ajuda as empresas a ganhar produtividade e entender melhor
seus consumidores
São Paulo - Já pensou em trabalhar com Big Data? Este tipo de tecnologia, que nada mais
é do que o processamento de grandes volumes de dados coletados de fontes variadas, gera cada
vez mais vagas para profissionais especializados e pode pagar salários de até R$ 15 mil aos
especialistas mais experientes.
Segundo o consultor de TI Osvaldo Aranha, o Big Data ganhou força nos últimos cinco
anos com a disseminação de soluções de computação em nuvem. “As empresas passaram a coletar
muito mais dados de seus usuários e colaboradores e identificar formas de aumentar sua
produtividade e individualizar as ofertas que fazem a seus clientes, aumentando seus lucros”, afirma
o consultor.
Entre os setores da economia que mais empregam gestores e analistas de Big Data estão
as redes de varejo, instituições financeiras, companhias de telecomunicações, consultorias de TI e
fornecedoras de energia.
Na
avaliação
do
especialista
em
tecnologias
Microsoft,
Rogério
Amancio,
ter
conhecimentos de Big Data deve propiciar boas oportunidades de crescimento na carreira de
qualquer profissional de TI, mesmo que ele atue numa área bem diferente da mineração de dados.
“Esta tecnologia deve alterar muito os investimentos em TI e diversas áreas precisarão
suportar recursos de Big Data”, afirma.
Segundo Amancio, as áreas de marketing das corporações estão entre as maiores
interessadas em investir em soluções Big Data. Afinal, estas soluções permitem cruzar dados
coletados, por exemplo, em redes sociais e identificar o comportamento de um determinado público.
Os dados coletados e processados podem, ainda, oferecer para as empresas uma nova
oportunidade de negócio, como a troca ou venda de informações de seus clientes, o que permite a
terceiros, por exemplo, identificar o perfil de compra de um determinado público. “O valor para a
estratégia de marketing aumenta de acordo com a precisão e agilidade com que os dados são
processados”, afirma Amancio.
Segundo Tami Webster, gerente de marketing na HP, personalizar e humanizar o conteúdo
que é elaborado para o usuário em ações de publicidade, é um desafio constante, mesmo com o
apoio do Big Data. A executiva afirma que empresas da área de saúde e de telecom, por exemplo,
podem usar este recurso para oferecer planos diferenciados de acordo com o consumo e perfil de
seus clientes. Outra opção viabilizada pela tecnologia é o envio de mensagens eletrônicas com
promoções personalizadas.
“Graças ao Big Data, em um futuro próximo, as pesquisas de opinião criadas pelas
corporações serão muito mais inteligentes. As enquetes conseguirão, por exemplo, eliminar e
modificar as questões que serão apresentadas ao consumidor em função de suas respostas
recentes”, diz Tami. Para tornar este cenário real, as empresas precisarão unir os cadastros de seus
clientes e os dados internos e externos espalhados nas redes sociais para poder criar um padrão de
comportamento para cada consumidor. Isso só será possível se tiverem profissionais qualificados
analisando e planejando a coleta e processamento de dados.
Como funciona? - Há vários cargos envolvidos com infraestrutura de dados. A função
iniciante é do DBA, (administrador de banco de dados, em português), profissional responsável pela
infraestrutura e planejamento de um banco de dados. Uma função intermediária é executada pelos
ADs (administradores de dados), colaboradores que pensam na infraestrutura com enfoque nas
necessidades de negócios da empresa. Já os AIs (arquitetos de informação) são profissionais mais
completos. Além de dominar os aspectos técnicos do Big Data, eles devem compreender a estratégia
de negócios da empresa.
Há também o cientista de dados, um profissional de nível sênior e conhecimentos
avançados em matemática, algoritmos e gráficos e que consegue analisar os padrões de dados.
Além disso, ele conta com vasta experiência e visão de mercado. Um DBA júnior, ainda no início da
carreira e com conhecimentos gerais de banco de dados e linguagens SQL, Oracle, DB2, ganha
cerca de seis mil reais mensais. O colaborador de nível pleno em AD ganha entre oito e nove mil
reais mensais e o arquiteto conta com remuneração entre 10 e 12 mil, de acordo com a senioridade.
Já o cientista pode ganhar 15 mil mensais, quantia que pode variar conforme os benefícios. Os
dados são da Michael Page.
Este cientista pode, por exemplo, analisar a quantidade de pacientes de um hospital e
moldar os negócios de acordo com o fluxo de pessoas que visita um local ou, então, atuar durante
epidemias de doenças sazonais, mapeando as regiões onde haverá maior demanda por exames
clínicos, internações e atendimento médico.
Recentemente, um projeto de TI encomendado por uma instituição financeira aos
consultores da Michael Page reservava 5% das vagas aos colaboradores especializados em análise
e modelagem de grande volume de dados.
Como ingressar na carreira? Os interessados em iniciar uma carreira na área de dados
precisam estudar modelos relacionais, matemática e buscar especialização em negócios, de acordo
com o consultor da Michael Page. “A pessoa pode começar em uma área generalista em banco de
dados e então buscar um curso para lidar com as informações de instituições financeiras e hospitais,
por exemplo. Há até mesmo corporações que usam inteligência artificial para analisar estes dados”,
comenta Aranha.
Para iniciar os estudos em Big Data, de acordo com os especialistas, as melhores opções
são os cursos de ensino superior em ciência e engenharia da computação ou matemática. Há
também os cursos de capacitação de grandes empresas desta área, como IBM, Microsoft e Oracle.
Quem já começou a carreira em outro segmento precisará equilibrar seu dia a dia no
trabalho com o estudo de Big Bata e ciências como computação nas nuvens pública e privada,
segurança da informação e marketing, como forma de planejar a mudança de área em sua carreira.
Em um nível mais avançado, há as especializações nos framework de arquitetura
corporativa TOGAF (The Open Group Architecture Framework) e Zachman. Amancio recomenda
estudar o framework Hadoop. Segundo ele, empresas como Facebook, Twitter e a maioria das
ferramentas de busca na internet usam este framework.
Conhecer melhor estes frameworks e especializar-se em BigData pode ser feito via
pesquisas pela web ou em cursos especializados, o que exigirá algum investimento do aluno. Com o
mercado em franca expansão, no entanto, estes investimentos (de tempo e dinheiro) certamente não
serão em vão.
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