EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA AERÓBICA E RESISTIDA NO

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EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA AERÓBICA E RESISTIDA NO PÚBLICO
IDOSO COM DIABETES MELLITUS TIPO 1 E 21
Mayk Ronnyele de Souza Oliveira2
Mariana Oliveira Reinaldo3
Emanuelle Sampaio Almeida Pinto4
RESUMO
A Diabetes Mellitus, sem dúvida é um dos principais problemas envolvendo a
terceira idade. Em um contexto geral, mais de 250 milhões de pessoas, nos
dias atuais, sofrem com a doença. Nacionalmente ocupamos a 4º colocação
entre os países que mais possuem diabéticos, com apenas metade dos índices
diagnosticados. A taxa de mortalidade e a incapacidade funcional também são
fatores alarmantes. O Brasil é um dos países com o maior número de pessoas
na terceira idade, e apesar de atualmente está em 56º lugar no ranking
mundial, somos um país com um número expressivo de idosos.
Muitos
estudos em que visão o idoso como fonte de pesquisa, sempre terão uma
perspectiva relacionada à melhoria da qualidade de vida dos mesmos, os
transformando em indivíduos mais ativos com o intuito de desenvolverem
melhoras na patologia e qualidade de vida. A atividade física tem papel crucial
nesses processos, seja na prática aeróbica (como mais indicada), como
também na anaeróbica. Esse estudo, trará uma sínteses de outros estudos já
realizados, visando os efeitos benéficos de atividade física aeróbica e resistida
sobre indivíduos, salientando nos da terceira idade, com diabetes mellitus tipo
1 ou 2.
Palavras-chave: Diabetes. Terceira Idade. Saúde. Educação Física.
¹ Artigo apresentado como amostra para EXPO FVJ 2015 da Faculdade do Vale do Jaguaribe –
FVJ – em Aracati -CE.
² Aluno do Curso de Licenciatura em Educação Física da Faculdade do Vale do Jaguaribe –
FVJ – em Aracati-CE. [email protected].
³ Aluna do Curso de Licenciatura em Educação Física da Faculdade do Vale do Jaguaribe –
FVJ – em Aracati-CE. [email protected].
4
ProfªMa. Orientadora da pesquisa. Mestre em Fitotecnia (com ênfase em Bioquímica e
Fisiologia Vegetal).
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1 INTRODUÇÃO
A população idosa é importante destacar sempre, que se configuram
como os indivíduos com maiores acometimentos de doenças crônicas. Tanto
patologias cardiovasculares quanto metabólicas tendem-se a se alastrarem
com o decorrer do tempo. Quadrante em 2007 comprovou, com estudos
epidemiológicos entre 2000/2001 com a terceira idade, na qual grande índice
dos idosos estudados revelaram ter no mínimo 3 doenças.
O exercício físico atuará diretamente no combate à diabetes e demais
doenças, além do fator preventivo de mais outras. É fundamental, para
o
publico alvo que estudado, no caso o idoso, que a atividade física além de
combater o sedentarismo, melhora o fortalecimento muscular, precavendo de
possíveis quedas dos mesmos, além de contribuir para uma melhor
independência em suas Avds (Atividades da vida diária).
Quando se fala em terceira idade, relacionamos também às doenças
metabólicas. Uma das mais comuns encontradas não somente no Brasil, mas
no mundo todo, é a Diabetes Mellitus. Inúmeros fatores levam os idosos a
terem a diabetes, seja do seu estilo de vida, até mesmo a herança hereditária.
O presente estudo, por meio de revisão bibliográfica, irá relacionar
os
benefícios das atividades físicas praticadas por esse público alvo possuidores
da diabetes, seja ela a tipo um ou tipo dois.
O diabetes em si, se caracteriza como uma doença metabólica, onde o
organismo tem um grande acúmulo de glicose. Pessoas que possuem diabetes
sofrem com o funcionamento do hormônio insulina, hormônio esse responsável
pela síntese de glicose nas células, ou até mesmo a não produção desse
hormônio no corpo. Se as células não captarem a glicose para dentro das
mesmas, a taxa glicêmica no sangue irá aumentar, se esse aumento for
permanente, onde no individuo se originará a diabetes.
O estilo de vida é um fator que está intrinsecamente ligado à diabetes,
além do fator genético. Uma pessoa que não possui uma alimentação
balanceada e saudável, onde carboidratos, lipídeos e açúcares são
consumidos em abundancia, tem uma chance maior de obter a doença. A
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obesidade, bem como o sedentarismo e tabagismo, também são demarcadores
de contribuição para o surgimento da diabetes.
A educação física, ou atividade física, terá um papel muito importante na
vida do idoso, por inúmeros fatores, dentre elas, na prevenção de doenças
metabólicas, como a diabetes. Certamente um indivíduo na terceira idade com
uma vida ativa, fisicamente e nutricionalmente, terá mais sucesso na
longevidade, sem riscos de doenças, não somente as metabólicas, mas das
diversas causas. Haverá um papel preventivo, ou se os mesmos possuírem tais
doenças, as mesmas serão minimizadas potencialmente.
É relevante também o papel do tipo de exercício na qual será aplicado e
praticado por diabéticos. É nesse ponto em que o presente estudo se
focalizará, cabendo então à profissionais de educação física, o conhecimento
da diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2, para que seja adequadamente inserido
determinados exercícios, objetivando sempre a queda glicemica, prevenção de
doenças para logetividade desse grupo específico, em especial, a terceira
idade.
2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
2.1 Diabetes Mellitus
A Diabetes, ou diabetes mellitus, é caracterizada geralmente por um alto
teor de glicose no sangue, o que chamamos de Hiperglicemia, ou por uma
eliminação na urina do restante da glicose (COTRAN, K; ROBBINS, 1994).
Outro fator da DM é o fato da glicose, na qual deveria ser utilizada como fonte
de energia no organismo, acaba sendo eliminada completamente pela urina.
Essa patologia se deve ao fato de ocorrer uma falha na ação ou secreção do
hormônio Insulina, no qual é secretado e produzido nas células β das ilhotas de
Langerhans, no pâncreas. A insulina tem como principal e primordial função o
favorecimento da entrada da glicose para o meio intracelular (dentro da célula)
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para que assim, possam acontecer as atividades celulares, bem como diminuir
a taxa glicêmica do sangue (GUYTON; HALL, 1997)
A incidência epidemiológica da diabetes no Brasil é impressionante e
com números expressivos de portadores da patologia. De acordo com a
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), existem 12.054.824 de pessoas com
diabetes, tipo 1 ou 2, no Brasil, com base no Censo do IBGE em
2010.
Segundo a OMS, 10% da população mundial possuem diabetes, onde o índice
é de uma em cada 10 pessoas.
Existem dois tipos patológicos da diabetes, a tipo 1 (DM1) e a tipo 2
(DM2). A diabetes do tipo 1, se caracteriza metabolicamente como uma
patologia caracterizada cronicamente por uma escassez do hormônio insulina,
onde as células responsáveis pela síntese das insulinas, são degradadas,
acarretando assim a não produção das mesmas. Neste tipo de patologia, tanto
os hidratos de carbono, quanto as gorduras e proteínas sofrerão alterações em
seus processos metabólicos (BALDA et al., 1999).
A diabetes do tipo 2, se características de uma irregularidade
metabólicas múltiplas etiológicas. Onde um aumento agudo do nível glicêmico,
acarretando transtornos no metabolismos das macromoléculas abundantes e
importantes em nosso corpo, onde uma falha, seja na secreção ou na ação do
hormônio insulina em seus tecidos-alvos, originará tal patologia (AMERICAN
DIABETIC ASSOCIATION, 2006).
2.2 Diabetes x Terceira idade
A DM é uma doença que possui grande relevância na vida na vida dos
idosos que ocasionalmente venham possuir. Tal fato se deve aos diversos
impedimentos que a patologia acarreta à vida dos idosos. Perda involuntária de
urina; síndrome mental aguda e exaustão são algumas das complicações que a
diabetes provoca (ARAÚJO, L. 2008).
Em estudo realizado por Luiz Vicente Berti e Ricardo Cohen, feito pela
Toledo & Associados em 2009, relata que a região do nordeste avançou no
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índice de diabetes, sendo o Norte como a região com maior porcentagem de
pessoas com diabetes, com 13,49%, na qual segue a região Sul com 13,23%,
o Nordeste com 13,19%, Sudeste com 10,31% e o Centro-Oeste com 8,52%.
Naturalmente,
com
o
decorrer
dos
anos,
no
processo
de
envelhecimento, ocorre um decrescimento das atividades físicas diárias e até
mesmo das atividades de força, como o trabalho, ocasionando a perca de
massas musculares e ósseas, fazendo a vida ativa do idoso cair no comodismo
e/ou sedentarismo (HEBERT, et al. 1999; MATSUDO, 2001).
A atividade física, juntamente com a dieta, pode trabalhar como um fator
de prevenção, para a estimulação de uma mudança de vida, e pode se
associar também com a redução de doenças crônicas e o enfraquecimento
relacionado a essas doenças (McGINNIS, JM.; FOEGE WH. 1993).
Paffenbarger et al (1993) provaram que os riscos de mortalidade relacionados
à aterosclerose coronariana são reduzidas se houver uma prática regular de
atividade física.
2.3 Educação física no tratamento da diabetes
A prática de atividades físicas no processamento do envelhecimento e
seus benefícios para esse público são amplamente descritos, no quais
acarretam: flexibilidades, mobilidade, aumento da força dos membros
superiores e inferiores e músculos, bem como postura da coluna e diminuição
no risco de quedas, entre diversos outros fatores benéficos (MATSUDO, 2009)
Grandes partes dos estudos apontam e evidenciam os exercícios
aeróbicos, ou seja, cujos exercícios são de menores intensidade e de um maior
tempo de exercício, nos quais promovem diversos benefícios aos diabéticos,
onde destacam-se as melhoras cardiovasculares e índices de glicose no
sangue (SIXT, K.L. et al. 2004). Em contrapartida, exercícios anaeróbicos, ou
seja, cujos exercícios são de maiores intensidade e curto tempo de exercícios,
chamados de resistidos, não possuem grandes estudos ainda sobre tais efeitos
sobre os diabéticos, na busca de uma relação entre hipertrofia e melhora nas
funções da glicose (CARDOSO, L.M. et al. 2007)
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Apesar de que ainda não se possua muitos estudos referentes aos
benefícios relacionados à pratica de exercícios resistidos por diabéticos,
Giovanna Benjamin Togashi em 2014 em sua tese, fez um estudo na qual
relata alguns benefícios da pratica anaeróbica sobre indivíduos com DM tipo 2.
A mesma fez um apanhado de estudos demonstrado abaixo no quadro 1. Na
qual fica comprovada a complexidade entre exercício físico e diabetes e a
atuação dessas atividades, sejam elas propriamente aeróbicas ou anaeróbias,
ou até mesmo combinadas, e seus respectivos efeitos sobre o controle
glicêmico em pessoas com DM (TOGASHI, G. B. 2014)
Os efeitos benéficos da prática de exercícios físicos são vastos, onde
atividades físicas em longo prazo são importantes para o trabalho de
prevenção dessa doença metabólica. Os efeitos positivos da educação física
nesses indivíduos são relacionados a melhorias como: o controle da glicemia; a
excitabilidade à insulina; a regularização cardiovascular, diminuindo assim
fatores de riscos (AMERICAN DIABETIC ASSOCIATION. 2004).
O exercício físico é um dos quatro aspectos nas quais indivíduos com
DM (Diabetes Mellitus) se baseiam no controle da patologia. Alimentação,
medicação e a educação são os três outros fatores. (STEINER, G.;
LAWRENCE, PA. 1992). Exercícios físicos terão fatores depressivos nos níveis
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glicêmicos sanguíneos, pois acarretará uma maior entrada de glicose nos
miócitos (músculos esqueléticos) para o fornecimento de energia, ocasionando
assim a diminuição da glicemia (FRANCHI, K. 2008).
Em estudo realizado por Franchi (2008), é verificado que a caminhada é
a atividade física mais indicada, seja para indivíduos com DM ou não. As
indicações são mais expressivas para os que possuem diabéticos, em relação
aos que não possuem. Porém, grande parte dos quais receberam indicações,
no caso, a prática da caminhada, não foram instruídos das formas adequadas
para se praticar a caminhada. Instruções como o calçado ideal, veemência,
cuidados, dentre outros fatores, no qual é ressaltada a importância da inserção
do profissional de Educação Física, nos quais inseridos a equipe de saúde
multidisciplinar são de grande importância, dando subsídios e educando, tanto
a equipe médica quanto os pacientes, na questão de planejamento e
executando ações para amparar uma alteração nos estilos de vida, sempre
com objetivos na melhora qualitativa de vida.
Quadro 2.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
É mostrado nesse estudo, com bases em revisões bibliográficas, que o
papel da atividade física e da inserção do educador físico são fundamentais
para se trabalhar contra a DM, seja ela tipo 1 ou tipo 2. O exercício físico, em
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seus diversos favorecimentos, será imprescindível na prevenção da DM, como
também em uma maior utilização da glicose como fonte de energia nos
músculos, para uma diminuição da glicemia. Exercícios aeróbicos são os mais
indicados, porém existem estudos que mostram que existem benefícios à
diabetes na pratica do exercício anaeróbico.
Caberá aos profissionais, sejam da área da saúde específica como
educadores físicos, entenderem tal patologia metabólica para que projetos e
métodos de exercícios físicos adequados a cada indivíduo, para que sejam
realizados processos preventivos para uma siguinificativa melhora na vida
dessas pessoas.
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