Resumo - Sociedade Botânica do Brasil

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SÍNDROMES DE DISPERSÃO EM FRAGMENTO DE
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL EM MONTES CLAROS, MINAS
GERAIS, BRASIL
Larissa Caroline da Mata Terra1, Deicy Danielle Silva1, Daniel Meira Arruda2 &
Rúbia Santos Fonseca1
1
Instituto de Ciências Agrárias - UFMG, Montes Claros MG, Brasil.
[email protected]
2
Programa de Pós-Graduação em Botânica – UFV, Viçosa, MG, Brasil
A floresta estacional decidual brasileira é típica de áreas de afloramento de calcário
no domínio do Cerrado e na porção mais interiorana da Floresta Atlântica. Essa
formação vegetal ocorre em ambientes com duas estações climáticas bem definidas,
uma estação chuvosa seguida de um longo período seco, e é caracterizada por
apresentar estrato arbóreo com mais de 50% dos indivíduos decíduos no período seco.
O conhecimento das características que garantem a contínua reprodução e
manutenção das comunidades vegetais é essencial para a compreensão da dinâmica
ecológica desse ecossistema e para o seu manejo visando a conservação. Esse trabalho
teve como objetivo caracterizar as síndromes de dispersão em comunidade arbórea
de floresta estacional decidual. O estudo foi realizado no município de Montes Claros,
Norte de Minas Gerais (16°34’45”S e 43°46’09”W). O clima local é do tipo Aw,
com seis meses de precipitação inferior a 60 mm. A média anual da precipitação é de
1.109 mm e a temperatura média varia ao longo do ano entre 16,4°C a 29,7°C. Para a
amostragem, foram instaladas 35 parcelas de 20 x 5 m sistematicamente distribuídas.
Nesse levantamento foram incluídos todos os indivíduos com circunferência à altura
do peito (CAP) igual ou superior a 15 cm. Para a definição das síndromes de
dispersão das espécies foram analisadas características morfológicas dos frutos e
sementes, material de herbário, além da consulta à literatura especializada. Dentre as
66 espécies amostradas, a síndrome mais frequente foi a zoocoria, ocorrente em 37%
das espécies, seguida da anemocoria, em 32% das espécies, e da autocoria, em 14%
das espécies. Dentre as 23 famílias botânicas analisadas, quatro apresentaram mais de
um tipo de síndrome de dispersão, estas foram: Fabaceae, que apresentou anemocoria
e autocoria, enquanto Sapindaceae, Anacardiaceae e Rubiaceae apresentaram
anemocoria e zoocoria. Essa comunidade destacou-se em relação à frequência de
zoocoria quando comparado a outros estudos desenvolvidos na região norte mineira.
No entanto, são demandados estudos para se esclarecer o padrão de distribuição das
estratégias reprodutivas nessa comunidade. (FAPEMIG)
Palavras-chave: Zoocoria, Mata Seca, Conservação
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