tutoria_a2_19579

Propaganda
EAD – Ensino à Distância
Ciências Biológicas
Organografia de Fanerógamas
Trabalho de Tutoria A2
Aluno: Rodrigo Guerra Carvalheira
Matrícula: 2007000248
Campus Realengo
Rio de Janeiro – 2008
Adaptações de frutos em relação a seus agentes dispersores
Uma das principais adaptações envolvendo órgãos reprodutivos é a que envolve a
dispersão de sementes. Ela é um processo demográfico chave na vida das plantas por representar
a ponte que une a polinização com o recrutamento que levará ao estabelecimento de plantas
adultas.
Os frutos evoluíram em relação a seus agentes dispersores, num sistema de co-evolução
com muitas modificações em relação aos diferentes dispersores.
A dispersão de frutos e
sementes pode ser de dois tipos: dispersão abiótica e dispersão biótica ou zoocoria.
A dispersão abiótica é aquela que ocorre através da água, do vento ou dispersão própria
(autocoria). Os frutos e sementes são leves, em algumas espécies, os frutos apresentam alas, as
quais podem ser formadas por partes do perianto, sendo deste modo capazes de flutuar de um
lugar para o outro. Outras plantas lançam suas sementes. Contrastando com estes métodos ativos
de dispersão, as sementes ou frutos de muitas plantas simplesmente caem no solo, sendo
dispersos mais ou menos passivamente, ou são dispersos por agentes esporádicos, como correntes
de água.
Mas os frutos e sementes de muitas plantas, especialmente aquelas que crescem próximas
a corpos hídricos, são adaptados para a flutuação. Os frutos podem conter ar armazenado em seu
interior, ou o fruto pode possuir um tecido que inclui grandes espaços entre células.
A dispersão biótica ou zoocoria é aquela que utiliza os animais como agentes dispersores.
A evolução de frutos carnosos doces e freqüentemente coloridos está claramente envolvida no
processo de co-evolução de animais e plantas com flores. A maioria dos frutos, em que a maior
porção do pericarpo é carnosa, acaba sendo comida por animais vertebrados. Quando esses frutos
são comidos por aves e mamíferos, as suas sementes são espalhadas após passarem intactas pelo
trato digestivo, ou, no caso das aves, podem também ser regurgitadas a alguma distância do local
de ingestão. Algumas vezes a digestão parcial das sementes facilita sua germinação, por agir
sobre a cobertura destas.
Os animais frugívoros podem limitar o crescimento populacional das plantas se a
quantidade de sementes que dispersam é insuficiente ou se a qualidade de dispersão que
promovem é inadequada.
Nas florestas tropicais estima-se que entre 50 e 90% das árvores são dispersas por animais
(zoocoria) e cerca de 20 a50% das espécies de aves e mamíferos consomem frutos durante parte
do ano. Na Mata Atlântica estima-se que cerca de 87% de todas as árvores produzem frutos
carnosos, portanto, a zoocoria é o modo de dispersão dominante em florestas tropicais.;
A proporção de zoocoria diminui das áreas úmidas para as áreas secas devido a uma forte
associação existente entre a pluviosidade e freqüência de frutos carnosos.
Bibliografia
Aoyama, E.M.; Mazzoni-Viveiros , S.C. , ADAPTAÇÕES ESTRUTURAIS DAS PLANTAS AO
AMBIENTE. São Paulo. Programa de Pós Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio
Ambiente do Instituto de Botânica do Jardim Botânico de São Paulo, 2006.
Download