LINHA DE ÁGUA TIPO 1

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Contributo para as cláusulas técnicas
para a reabilitação das linhas de água
dos blocos de rega do EFMA
Maria de São José PINELA, Maria Manuela TAVARES, Manuel FRAZÃO
Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), [email protected]; [email protected], [email protected]
Alexandra CARVALHO
Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA),
[email protected]
Cristina MARTINS Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR Alentejo), cristina.martins@ccdr‐a.gov.pt
No âmbito do Acompanhamento dos projetos de drenagem na
área do EFMA desenvolveu-se em 2008 um documento
intitulado:
«Contributo para as cláusulas técnicas para intervenção
nas
linhas
de
água
dos
blocos
de
rega
do
Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva »
O porquê deste documento?
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
Entidades Participantes
DGADR
EDIA
CCDR Alentejo
INAG
APA
Da contribuição das várias entidades surgiu o citado documento
que foi atualizado no âmbito da presente comunicação de acordo
com:
CONHECIMENTO E EXPERIÊNCIA ADQUIRIDOS;
AJUSTAMENTO AO QUE NOS PROJETOS DE DRENAGEM TEM
VINDO A SER APLICADO, DESIGNADAMENTE EM VIRTUDE DO
RECOMENDADO NOS PARECERES DA DGADR.
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
Qual a Metodologia de Abordagem?
Definição de diferentes tipologias de Linhas de Água segundo
inclusão ou não no Indice hidrográfico e segundo a área
da bacia hidrográfica na secção da foz da linha de água.
(Esta tipologia foi estabelecida, para efeito da intervenção nas linhas de água, no âmbito de um
anterior documento denominado “Orientações para a elaboração dos projetos de drenagem dos
blocos de rega do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva”)
TIPO 1
Cursos de água principais de 2ª ordem , com área
de bacia = ou superior a 50 Km2
TIPO 2 Cursos de água principais de 2ª ordem ou
superior, com área de bacia inferior a 50 Km2
TIPO 3 Cursos de água não incluídos no “índice Hidrográfico e
Classificação Decimal dos Cursos de Água de Portugal” e
valas coletivas existentes.
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
Qual a Metodologia de Abordagem?
Apresentação de diferentes tipos de Intervenção
nas Linhas de Água de acordo com:
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
AS
AÇÕES DE RECUPERAÇÃO BIOFÍSICA E
PAISAGÍSTICA DE GALERIAS RIPÍCOLAS NAS
LINHAS DE ÁGUA DO TIPO 1 E EVENTUALMENTE DO
TIPO 2 IMPLICAM:
Remoção mecânica das canas e silvas marginais.
Regularização do terreno e espalhamento da terra
vegetal numa faixa de 2 m de largura ao longo das
margens onde se prevê plantações.
Restabelecimento do coberto vegetal com plantação ao
covacho
de
espécies
arbóreas
e
arbustivas
e
subarbustivas autóctones.
Todas as plantas a instalar deverão ser exemplares
novos, bem conformadas, apresentar o sistema radicular
bem desenvolvido e em bom estado fitossanitário. Devem
ainda ter as dimensões indicadas na lista de preços.
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
AS AÇÕES DE RECUPERAÇÃO BIOFÍSICA E
PAISAGÍSTICA DE GALERIAS RIPÍCOLAS NAS
LINHAS DE ÁGUA DO TIPO 1 E EVENTUALMENTE
DO TIPO 2 IMPLICAM:
As plantas deverão ser fornecidas envasadas (com
exceção dos salgueiros e freixos que podem ser fornecidos
com raiz nua), com torrão suficientemente consistente
para não se desfazer facilmente, e resistir ao transporte.
O covacho a efetuar no processo de plantação deverá ter
um volume superior ao do torrão da planta.
Só se admite o uso de material de propagação seminal ou
vegetativa cuja origem seja identificada e esteja
restringida à Península Ibérica.
Nas situações em que for conhecida a existência de gado
deverá ser prevista uma vedação provisória de forma a
proteger as plantas durante no mínimo o 1º ano de
instalação.
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
AS AÇÕES DE RECUPERAÇÃO BIOFÍSICA E
PAISAGÍSTICA DE GALERIAS RIPÍCOLAS NAS
LINHAS DE ÁGUA DO TIPO 1 E EVENTUALMENTE
DO TIPO 2 IMPLICAM:
A calendarização dos trabalhos de limpeza nas galerias
ripícolas deve ter início no final do verão, até ao outono,
época em que deverão ser efetuadas as plantações
devendo iniciar-se no mês de novembro e serem
concluídas até finais de março.
Os trabalhos de recuperação biofísica e integração
paisagística deverão ser efetuados de jusante para
montante.
Cumulativamente, é previsto no presente projeto um
período de manutenção de 3 anos, incluindo todas as
retanchas e mondas necessárias à boa conservação de
todas as plantações, contados a partir da data da
receção provisória da empreitada. A monda de canas e
silvas deverá consistir na extração total da planta (parte
aérea, caules subterrâneos e raízes).
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
AS ESPÉCIES PROPOSTAS
Espécies Arbóreas
Salix alba
Salix salvifolia
Salix atrocinerea
Alnus glutinosa
Populus nigra
Populus alba
Fraxinus angustifolia
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
Espécies Arbustivas
/Subarbustivas
Frangula alnus
Tamarix africana
Securigena tinctoria
Sambucus nigra
Nerium oleander
Crataegus monogyna
Cydonia oblonga
Rosa canina
Lonicera etrusca
METODOLOGIA GERAL DE INTERVENÇÃO NAS
LINHAS DE ÁGUA DO TIPO 2 E TIPO 3
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
AS AÇÕES DE LIMPEZA E DESOBSTRUÇÃO DAS
LINHAS DE ÁGUA DO TIPO 2 E 3 IMPLICAM:
Remoção de todos os detritos orgânicos e inorgânicos,
assim como toda a vegetação existente no interior do leito
menor que interfira significativamente com o escoamento
(vegetação herbácea e arbustiva sem remoção da estrutura
radicular).
A vegetação arbórea deverá ser mantida, salvo situações de
risco de queda ou de morte, situações em que as árvores
deverão ser abatidas.
Deverá preservar-se a vegetação arbórea e arbustiva, não
infestante, das margens.
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
AS AÇÕES DE LIMPEZA E DESOBSTRUÇÃO DAS
LINHAS DE ÁGUA DO TIPO 2 E 3 IMPLICAM:
Remoção
das
canas
e
silvas
(se
estas
tiverem
comportamento invasor) numa faixa de 2,0 m de largura ao
longo das margens das linhas de água.
Com exceção das margens onde está previsto fazer
plantações, o controlo da vegetação invasora (canas e
silvas) das margens e do interior do leito menor deverá
efetuar-se de acordo com o procedimento para aplicação de
herbicida à base de glifosato, descrito na comunicação
escrita.
Para que este procedimento seja eficaz o empreiteiro
deverá, durante um período de manutenção de 2 anos
contados a partir da data da última aplicação proceder a
uma aplicação por ano do herbicida à base de glifosato
entre maio a setembro seguindo o procedimento
mencionado no ponto anterior.
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
REVESTIMENTO VEGETAL DOS TALUDES EM
TROÇOS DE LINHAS DE ÁGUA TIPO 2, A
MONTANTE DE ALBUFEIRAS
Revestimento vegetal dos taludes, por forma a promover a
estabilização da área afetada, após efetuar-se o
reperfilamento das secções, e a integração paisagistica dos
locais.
O revestimento é realizado através de sementeira de
espécies herbáceas (realizada por hidrossementeira).
As espécies herbáceas propostas são as seguintes:
Festuca arundinacea
Poa pratensis
Festuca ovina duriuscula
Lolium sp
Trifolium sp
As sementeiras deverão ser executadas
setembro até meados de novembro.
de
meados
de
O empreiteiro deverá, durante o período de manutenção de 3
anos contados a partir da receção provisória da empreitada
refazer, na época própria, as deficiências nas sementeiras
efetuadas e reparar as zonas que tiverem sofrido erosão.
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
Planta de Localização da Rede de Drenagem dos Blocos de Rega de Ervidel
INTERVENÇÃO NA RIBEIRA DE SANTA VITÓRIA
(LINHA DE ÁGUA TIPO 1)
Antes da obra
Depois da obra
 Limpeza seletiva
 Manutenção das espécies arbóreas
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
 Plantações de espécies arbóreas e arbustivas em ambas as margens
INTERVENÇÃO NO BARRANCO DO XACAFRE
(LINHA DE ÁGUA TIPO 2)
Antes da obra
Depois da obra
Reperfilamento
(Apenas com correção do declive longitudinal)
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
INTERVENÇÃO NO BARRANCO DO XACAFRE
(LINHA DE ÁGUA TIPO 2)
Antes da obra
 Reperfilamento
(com aumento da capacidade da vazão)
 Manutenção da meandrização e da galeria ripícola existente na margem esquerda
 Ainda que não executado, estão previstas plantações de espécies arbóreas e arbustivas na margem direita (margem de trabalho)
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
Depois da obra
INTERVENÇÃO NO BARRANCO DE MOMBEJA
(LINHA DE ÁGUA TIPO 2)
Antes da obra
 Reperfilamento
Depois da obra
(com aumento da capacidade da vazão)
 Dado não existir
galeria ripícola
não são realizadas
ações de reabilitação
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após conclusão em dezembro de 2008 do documento
“Contributo para as cláusulas técnicas para intervenção nas linhas de
água dos blocos de rega do Empreendimento de Fins Múltiplos de
Alqueva” vários projetos de drenagem e Estudos de
Impacte Ambiental para os blocos de rega na área do
EFMA foram elaborados pelas empresas projetistas
tendo em consideração o
referido documento e os
pareceres da DGADR produzidos posteriormente no
âmbito do acompanhamento.
O projeto de execução e EIA dos blocos de rega de
Ervidel – Rede de drenagem foi o primeiro
a ser
elaborado após a conclusão do mencionado documento e
encontra-se atualmente em fase de obra.
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
Obrigada pela vossa atenção
DGADR
Direção‐ Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
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