electrónica geral

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Laboratório de Electrónica Geral
TRANSISTORES METAL-ÓXIDO-SEMICONDUTOR (HEF 4007)
Inversor CMOS
I. Objetivos
O objetivo do trabalho é estudar as características principais que definem o funcionamento de
um inversor CMOS, que é o elemento básico dos circuitos CMOS, quer em aplicações digitais
quer em analógicas como amplificador. Primeiro, é efetuado um estudo analítico, usando
apenas as relações teóricas clássicas iD(vGS, vDS) para um transístor MOS em cada zona de
funcionamento. Depois, com o recurso a ferramentas de CAD (computer aided design projeto assistido por computador), são verificadas por simulação computacional as condições
de funcionamento dum inversor excitado por um sinal forte (varrimento em DC), por um sinal
sinusoidal em regime linear (AC sinal fraco no domínio da frequência) e por uma onda
quadrada (sinais fortes em regime de comutação no domínio do tempo). Para o efeito usam-se
modelos dos transístores para o simulador PSPICE que é utilizado em modo DC sweep, .AC e
.trans, respetivamente. Finalmente, a concluir, são verificadas experimentalmente numa placa
de montagem laboratorial algumas das características do inversor e a validade dos parâmetros
dos modelos disponíveis. Note-se que os parâmetros dos modelos correspondem a valores
típicos (médios). No entanto, como em todos os componentes eletrónicos, há uma elevada
dispersão de valores dos parâmetros dos modelos, devido á tolerância dos processos de
fabrico dos componentes e circuitos.
II. Estudo analítico
Considere o circuito do inversor CMOS da Figura II.1(a). Este é constituído por dois
transístores MOS complementares de reforço, NMOS (T1) e PMOS (T2), com os terminais de
fonte ligados aos respectivos terminais de substrato, não havendo assim efeito de corpo. Para
construir este circuito utilizar-se-á um dos pares de transístores complementares existentes no
circuito integrado (CI) monolítico HEF4007 cujas características de catálogo se apresenta no
Anexo 1. Apresenta-se na Figura II.1(b) o esquema elétrico do CI HEF4007, Figura 1 do
Anexo 1.
-1-
VDD
T2
vI
vO
T1
VSS
(a)
(b)
Figura II.1 – (a) Circuito inversor CMOS e (b) esquema elétrico do CI HEF 4007
Note-se que este circuito integrado inclui 3 pares de transístores MOS
complementares: nos 3 pares de transístores as portas dos dois transístores estão ligadas
internamente (terminais 3, 6 e 10), e os substratos dos transístores N ou P estão todos
interligados (terminal 7 ou 14 respetivamente). Um dos pares, o que está mais à esquerda, tem
as portas ligadas ao terminal 6 e ambas as fontes ligadas ao respectivo substrato (vSB=0, sem
efeito de corpo), por isso será o utilizado neste trabalho para realizar o circuito da Figura
II.1(a). Outro dos pares, o que está ao centro, tem as portas ligadas ao terminal 3 e tem as
fontes e os drenos independentes (terminais 1, 2, 4 e 5), para poder ser utilizado em portas
lógicas não elementares. O terceiro par, o mais à direita, tem as portas ligadas ao terminal 10
e tem os drenos interligados (terminal 12) estando pois montados como num inversor CMOS.
1. Trace a característica de transferência vO(vI) do circuito da Figura II.1(a), para VSS < vI
< VDD, recorrendo aos modelos simplificados para regime quase estático de cada um
dos transístores [iG = 0 e iD(vDS, vGS)], obtidos com base nos parâmetros da Tabela II.1:
k = (KP/2) (W/L) e Vt = VTO. Quanto ao parâmetro λ, nesta fase considera-se lambda =
0, para simplificar os cálculos. As tensões de alimentação VSS e VDD, têm os valores
dados na Tabela II.2, realçando-se que para todos os grupos VSS = 0 para só terem de
utilizar uma fonte DC na fase experimental. Determine os pontos desta característica
onde tem lugar a alteração dos modos de operação (corte, saturação e tríodo) de cada
um dos dois transístores. Compare a curva obtida com as fornecidas pelo fabricante
(anexo I Figuras 3, 4 ou 5). O fabricante não fornece curvas para todos os valores de
VDD especificados na Tabela II.2 mas é lícito obter um andamento para valores
intermédios de VDD fazendo uma interpolação, como se pode verificar das curvas do
anexo 1.
-2-
Tabela II.1 – Especificações gerais dos modelos dos transístores do circuito integrado HEF 4007
Modelo dos transístores MOS a utilizar nos cálculos e simulação com PSPICE
NMOS
PMOS
.MODEL N4007 NMOS (TOX=70N .MODEL P4007 PMOS (TOX=70N
KP=73u
VTO=*V
GAMMA=2.0 KP=16u
VTO=*V
GAMMA=1.0
CBD=0.2p CBS=0.2p MJ=0.75 L=5u CBD=0.2p CBS=0.2p MJ=0.75 L=5u
W=100u LAMBDA=20m)
W=300u LAMBDA=20m)
É introduzido no LTspice através de duas linhas adicionais no ficheiro
LTSPICE4/lib/cmp/standard.mos com a descrição acima apresentada
* Ver tabela II.2.
2. Considerando o valor de lambda dado na Tabela II.1, e que permite calcular o parâmetro
ro do modelo dinâmico dos TECMOS válido para sinais fracos, obtenha uma estimativa
do ganho a meio da zona onde o inversor pode operar como amplificador, a partir de
uma análise incremental (AC; Av = Vo / Vi). Compare este valor com o obtido a partir
da curva típica do ganho em função da tensão de alimentação VDD (supondo VSS=0) –
Figura 6 do Anexo 1 (varrimento DC; AV = ∆vO / ∆vI = ∂vO / ∂vI |vI = VI).
3. A partir da característica vO(vI) obtida no ponto 1, obtenha graficamente uma estimativa
das margens de ruído do inversor, quando funciona como circuito lógico básico, bem
como das tensões limites destas margens de ruído. Considere o limite inferior da tensão
vI que leva a saída vO ao nível lógico 0 e o limite superior de vI que mantém a saída vO
no nível 1 definidos pelos pontos onde o ganho de tensão é igual a 1, isto é, os pontos da
característica de transferência de tensão vO(vI) que limitam a zona onde o inversor tem
ganho maior do que 1 (opera como amplificador). Esta é uma das formas de definir as
margens de ruído. Se no traçado do gráfico se usou escalas idênticas para vI e vO, estes
são os pontos da curva vO(vI) onde a tangente à curva tem uma inclinação de −45º.
-3-
Tabela II.2 – Especificações dependentes da turma e grupo
VTO dos transístores do circuito integrado HEF 4007 e tensões de alimentação
(Atenção: não se esquecer que VTp<0)
Turma
VTOn (V) −VTOp (V) Grupo VDD (V) VSS (V)
2ªf 15h
2,0
1,6
1
15
0
2ªf 17h I
1,8
2,0
2
13
0
2ªf 17h II
1,6
1,8
3
11
0
3ªf 14h30
1,6
2,0
4
9
0
5
7
0
6
5
0
III Trabalho de simulação
1. DC sweep - Utilizando os modelos disponíveis para os transístores do circuito integrado
HEF 3046 para o Pspice (tabelas II.1 e II.2), obtenha por simulação a característica
vO(vI) do circuito da Figura II.1, fazendo um varrimento da tensão vI de 0 a VDD (DC
sweep com gerador vI do tipo VDC). Admita sempre a saída em aberto.
2. DC sweep - Obtenha também o gráfico da derivada dvO / dvI com o comando Add Traces
e recorrendo à função D( ) cujo argumento é a tensão do nó correspondente a vO.
Atenção que não necessita de fazer nova simulação já que o spice tem um ficheiro com
os valores da função vO(vI) e agora é apenas necessário processá-los para se obter a
derivada. Obtenha o valor de vI (VIMAX) para o qual o módulo do ganho de tensão
incremental é máximo (AVmax = dvO / dvI |max). Nestas condições quais são os PFRs dos
dois transístores MOS: VGS1, ID1, VDS1, VSG2, ID2 e VSD2. Note que, a curva vO(vI) tem
uma derivada com vI muito elevada na zona central pelo que deve ter de fazer um zoom
na zona de ganho máximo.
3. AC sweep - Obtenha também por simulação, mas agora em regime AC (AC sweep com
gerador vI do tipo VAC), o ganho em sinais fracos em função da frequência (varrimento
na frequência) para o ponto de funcionamento em repouso (PFR) de ganho máximo
obtido na alínea anterior (VIMAX) e que corresponde mais ou menos a meio da zona de
transição entre os estados 1 e 2 do inversor (zona de funcionamento do inversor como
amplificador). Para o efeito aplique na entrada vI um gerador com duas componentes,
uma alternada sinusoidal (AC: que pode colocar igual a 1V de amplitude máxima) e
outra contínua (DC: tensão de desvio – offset – que coloca igual ao valor que
corresponde ao ganho máximo VIMAX). Note que esta segunda componente de vI está a
-4-
impor o PFR: uma tensão contínua em VGS1 e VSG2. Considere que o inversor está
terminado na saída (impedância de carga) por uma capacidade de C = 11 pF em paralelo
com uma resistência de 1MΩ (impedância de entrada do osciloscópio) adicionalmente a
uma capacidade em paralelo referente ao cabo coaxial (cabo RG58 cerca de 30pF / pé,
ou seja cerca de 100pF / m). Os cabos existentes no laboratório cerca de 1 metro de
comprimento. Verifique se o osciloscópio, que utilizará na parte experimental deste
trabalho laboratorial tem estes valores de impedância de entrada. Caso contrário, utilize
os valores nele especificados. Faça um varrimento na frequência de forma a conseguir
detectar as frequências de corte a -3dB do ganho de tensão do inversor: frequência de
corte inferior fL (start frequency < fL /10) e superior fH (stop frequency > 10 fH).
Compare o valor do ganho máximo obtido com o calculado na alínea anterior.
4. Transient - Aplique à entrada do circuito da Figura I.1 uma onda trapezoidal de
amplitude máxima vOH = VDD e mínima vOL = VSS, com tempos de subida (tr) e descida
(tf) muito mais rápidos que os tempos de transição entre estados previstos para o
inversor CMOS com uma carga capacitiva de 50pF (condições da tabela da página 3 do
anexo e condições de medida no laboratório, como se referiu atrás) e com uma duração
de cerca de 0,5µs em cada estado (1µs de período – frequência de repetição de 1MHz).
Obtenha por simulação a curva de vO(t), e desta obtenha os tempos de comutação de
subida (trO rise time) e de descida (tfO fall time), bem como os tempos de atraso de
propagação (tdHL e tdLH delay time) do inversor. Para o efeito deve efectuar uma
simulação em regime transitório (domínio do tempo) Transient com um gerador vI do
tipo VPULSE.
-5-
VIH
(VIH+VIL) / 2
VIL
0
tD
pwd
tdHL
tfO
per
tdLH
trO
Figura III.1 – Tensão típica de entrada e de saída de um inversor
Com este tipo de gerador, para obter a forma de onda de vI pretendida, tem de
especificar as tensões V1 (nível 0) e V2 (nível 1 - impulso) e os tempos TD (delay:
atraso em relação à origem dos tempos), TR (rise: tempo de subida mas ideal - 0 a
100%), TF (fall: tempo de descida mas ideal - 0 a 100%), PW (pulse width: duração do
impulso – nível 1) e PER (período) que se relacionam com as grandezas indicadas na
Figura III.1 da seguinte forma:
V1 = VIL, V2 = VIH, TD = td, TR = tr, TF = tf, PW = pw e PER = per.
Os tempos TD, TR e TF na variação trapezoidal, como esta é uma variação ideal, não há
necessidade de se definir a variação de 10% e, ou 90% por não haver ambiguidade na
definição do tempo inicial e final das transições. Deste modo, na especificação de
VPULSE no Spice medem-se relativamente ao instante em que se inicia e, ou termina a
transição (0% a 100%).
Compare os valores obtidos por simulação com os valores fornecidos pelo fabricante (anexo 1
página 3). Para o efeito a simulação deve ser feita com uma carga de 50pF. Confirme que
utilizou tr << tfO e tf << trO. Senão, sugere-se que repita a simulação para garantir estas duas
desigualdades, e assim todos os tempos medidos serem essencialmente devidos às
características reais do inversor e não dependerem do sinal aplicado vI.
-6-
IV. Trabalho experimental
Efectue a montagem do inversor CMOS da Figura II.1 usando a base de montagem TEE 03
representada na Figura IV.1 que contem um circuito integrado HEF4007 e duas resistências
R1= 22kΩ e R2=100kΩ com um ponto médio comum. Neste trabalho vai usar os transístores
T1 e T2 que já têm os substratos ligados às fontes. Não deve utilizar os outros transístores.
Figura IV.1 – Base de montagem TEE 03
ATENÇÃO: Antes de ligar a fonte de alimentação DC, conecte o terminal VDD
(terminal 14 do CI HEF4007) ao terminal positivo da fonte de tensão VDD e a
referência (terminal 7 do CI HEF 4007) ao terminal negativo. O terminal negativo tem
de ser ligado ao terminal de referência da fonte de tensão. Como indicado na nota da
página 8 do anexo, se não se efectuarem previamente estas ligações, pode-se deteriorar
definitivamente o circuito integrado (CI).
Ligue o gerador de sinais e as duas entradas do osciloscópio à base de montagem da
Figura IV.1 de acordo com o esquema da Figura IV.2.
-7-
VDD
vI
+
-
v0
gerador
VSS
CH1
OSC.
CH2
Figura IV.2 – Montagem para teste dum inversor CMOS
1. Na primeira parte das medidas o gerador vI é um gerador de funções. Ajuste o gerador de
funções para um sinal de saída sinusoidal de 100Hz. Como tem uma alimentação DC
assimétrica, VSS=0, ajuste a tensão de desvio (offset) do gerador para VDD/2 e a amplitude
máxima deve ser igual a VDD/2, isto é, vI varia de 0 a VDD. Não ultrapasse estes valores.
Deve ligar os aparelhos do laboratório ao circuito inversor sempre por esta ordem: 1º
osciloscópio; 2º fonte de alimentação DC; e 3º gerador de funções. A fonte de
alimentação e o gerador de funções devem ser ajustados aos valores de amplitude
desejados só depois de serem ligados ao circuito inversor. Portanto, ao ligá-los ao inversor
devem ter ambos um sinal de amplitude 0 (zero). Deve fazer os ajustes de valores
lentamente, sempre a visualizá-los no osciloscópio, para NÃO ultrapassar os valores
desejados. Cuidado com as massas dos cabos coaxiais: têm de estar todas ligadas ao
mesmo ponto do circuito (referência) para evitar curto-circuitos indesejáveis. Estes
cuidados devem-se à fragilidade da porta dos TECMOS que é um condensador. Valores
excessivos de tensão nas portas ou suas variações bruscas, provocam picos de corrente (iC
= C dvC / dt) que podem destruir a porta. A camada de óxido, que é o dieléctrico do
condensador, pode degradar-se permanentemente. Esta camada é muito fina e por isso só
suporta tensões baixas (alguns Volt). Cargas eléctricas estáticas Q injectadas pelo nosso
corpo ao manusearmos um TECMOS também os podem destruir. Como a tensão no
condensador é dada por vC = Q / C, e C é muito pequeno (na actual tecnologia de ponta a
menor dimensão dos transístores MOS já é de dezenas de nanómetros) pode-se facilmente
atingir tensões V elevadas mesmo para Q reduzido. Os transístores têm normalmente
circuitos de protecção para atenuar este problema. Usualmente usa-se díodos para limitar a
tensão.
-8-
Visualize as tensões de entrada vI e de saída vO no osciloscópio. Visualize a característica
vO(vI) usando o osciloscópio no modo XY ou equivalente: a entrada do osciloscópio
relativa a vI é aplicada na deflexão horizontal (eixo dos xx) onde normalmente é aplicado o
sinal da base de tempo (trigger); e a entrada do osciloscópio relativa a vO é aplicada na
deflexão vertical (eixo dos yy). Fotografe o mostrador do osciloscópio ou guarde um
ficheiro com o mostrador do osciloscópio e coloque a Figura respectiva no seu relatório.
Não se esqueça de colocar as escalas e unidades na legenda de todos os gráficos que
introduzir, qualquer que seja o modo que utilize para os obter. Por vezes é difícil de ler as
escalas no ficheiro ou na fotografia que colocam no relatório e uma boa figura é muitas
vezes melhor que vários parágrafos de texto.
2. Na segunda parte, o gerador vI é o gerador de funções com uma onda quadrada. Ligue o
gerador de sinais directamente ao osciloscópio e ajuste-o para um sinal de 1MHz (o
período do sinal é de 1µs). Após ligar o gerador ao inversor CMOS ajuste o nível dos
impulsos de forma a serem iguais às tensões de alimentação DC (vIH = VDD e vIL = VSS).
Verifique se o gerador consegue aplicar ao inversor CMOS uma onda com tempos de
subida e descida muito mais rápidos que os tempos previstos pelo fabricante para o
inversor (ver a tabela da página 3 do catálogo). Note que as condições de teste que levaram
aos valores de catálogo são com carga de 50pF. No laboratório a carga é a impedância de
entrada do osciloscópio (verifique na entrada do osciloscópio que está a usar o que é
indicado: exemplo típico 1MΩ//11pF) em paralelo com a capacidade do cabo que é para o
RG58 cerca de 30pF / pé, ou seja cerca de 100pF / m de comprimento. Se os tempos de
subida e descida do sinal do gerador forem da ordem de grandeza dos previstos para o
inversor há que subtrair aos tempos de subida e descida na saída os já existentes no sinal de
entrada para se ter uma medida do acréscimo nestes tempos introduzidos pelo inversor. Em
conformidade visualize no osciloscópio as tensões de entrada vI e de saída vO e obtenha os
tempos de subida e descida bem como o tempo de atraso de propagação do inversor (ver
definições na Figura III.1). Se pretender, pode usar os cursores do osciloscópio. Fotografe
o mostrador ou armazene um ficheiro com a sua imagem. Coloque a Figura no seu
relatório. Não se esqueça de colocar as escalas em todos os gráficos que efectuar. Poderá
usar Figuras com escalas diferentes consoante a grandeza a medir.
3. Alínea facultativa - Para ter uma noção da dispersão de fabrico sugere-se que faça os
seguintes testes experimentais para medir o K e o VTO dos dois transístores.
-9-
Ligue os transístores NMOS T1 e T2 da base de montagem a uma das resistências R1 ou
R2, de acordo com as ligações da Figura IV.3 (R = R1 ou R2), e depois repita o processo
ligando a outra, R2 ou R1.
VDD
VDD
R
T2
vO
vO
R
T1
Figura IV.3 – Montagem dos TECMOS na zona de saturação para obter os parâmetros K e Vt.
Nestas condições ambos os transístores têm a tensão vGD = 0, o que garante que estão a
operar na zona de saturação. Portanto, em primeira aproximação, tem-se para a corrente de
dreno: |iD| = K (|vGS| − |Vt|)2.
Para os dois valores de resistências vai obter para cada transístor dois pares de valores (ID,
VGS) pelo que é possível obter uma estimativa dos parâmetros do modelo K e Vt
resolvendo um sistema de 2 equações a 2 incógnitas.
Compare os valores obtidos experimentalmente com os que pode obter do catálogo. Notese que o catálogo não dá directamente os valores de Vt e de K. No entanto, uma estimativa
dos Vt é facilmente obtida dos gráficos das Figuras 3 a 5 e 7. Quanto a K, lembrando que a
transcondutância em AC é dada por gm = diD/dvGS|PFR = 2(kID)½ (PFR – ponto de
funcionamento em repouso) tem-se K = (gm/2)2/ID. Da curva A (valores médios) da Figura
10 do catálogo tira-se o valor de gfs para um dado VDD e da curva da Fig.7 o
correspondente ID ou IDD como é denominado no catálogo. O significado de gfs é a
transcondutância directa (f de forward) com o inversor em curto-circuito em AC (s de
short-circuit). O circuito de teste usado para calcular gfs está representado na Fig. 9. Notese que, ao colocar um amperímetro na saída se está a introduzir um curto-circuito na saída
em AC (condensador de 100µF a bloquear a corrente DC). Deste modo, toda a corrente dos
geradores comandados que estão entre o dreno e as fontes dos modelos do NMOS e do
PMOS, 2gmvgs (admitindo que têm o mesmo gm), vai para o amperímetro, não
influenciando a medida as resistências ro dos modelos dos dois transístores. Em
conformidade, gm = gfs /2. Note-se que em AC, regime dinâmico, os transístores estão em
paralelo, logo as correntes somam-se e os gm também. Assim pode-se escrever que K =
(gfs/4)2 / IDD.
- 10 -
Compare também os valores experimentais obtidos para os K e Vt dos transístores com os
usados no modelo do PSpice. Note-se que a constante K = 2 KX W/L, com X = N ou P
consoante se trata do NMOS ou do PMOS. Quanto a Vt é denominado no modelo PSpice
por VTO.
V. Conclusões e críticas
1. Compare os resultados obtidos experimentalmente, parte IV, com os valores obtidos por
via teórica, analítica na parte II, e por simulação com o programa PSpice na parte III.
Comente, nomeadamente: a característica vO(vI), obtida em II.1, III.1 e IV.1, bem como os
valores das margens de ruído e do ganho delas obtidos; os tempos de comutação e atraso
na propagação, obtidos em III.4 e medidos em IV.2. Compare estas curvas e estes valores
numéricos com os dados típicos fornecidos pelo fabricante do circuito integrado (anexo 1).
2. O que aprendeu com este trabalho? Teça comentários à execução do trabalho e proponha
alterações que no seu entender o tornarão mais útil e aliciante.
- 11 -
Anexo 2
Exemplo de alguns dos gráficos que deve introduzir no relatório.
Atenção que os gráficos devem permitir uma leitura fácil pelo que devem ter dimensão
adequada. Para o caso da análise transitória apresentam-se 2 níveis de ampliação dos gráficos.
Sugere-se que num programa de processamento de imagem se inverta as cores para tornar a
leitura mais fácil e poupar tinta na impressão.
Figura 2.1 Análise DC
Figura 2.2 Análise AC
- 12 -
Figura 2.3 Análise Transitória
Figura 2.4
Ampliação
de cerca
de meio
período:
tempo de
subida de
10% a
90% cerca
de 1/6 de
divisão; e
uma
divisão
vale 50µs.
Figura 2.5
Ampliação
da zona de
subida da
tensão de
saída para
se notar o
atraso:
cerca de
1,2 de
divisão; e
uma
divisão
vale 5ns
Ÿ 6ns.
- 13 -
Anexo 3
Excerto de um catálogo de cabos coaxiais
3URSHUWLHVIRUSRSXODUFRD[LDOFDEOHV5*DUHOLVWHGEHORZ
Type (/U)
MIL-W-17
Z0(ȍ)
Dielectric
Type
Capacitance
(pF/ft)
O.D.
(in.)
dB/100 ft
@400 MHz
Vmax
(rms)
5*
5*
3(
5*$
5*
3(
5*%
3(
5*&
5*
3(
6ROLG3RO\HWK\OHQH3(2'2XWHU'LDPHWHU%UDLG 7UDQoD0,/QRUPDVPLOLWDUHV86$IW PLQ Shield
%UDLG
%UDLG
%UDLG
%UDLG
Estrutura do cabo RG 58
A – protecção exterior em PVC flexivel
B – trança em fios de Cobre (condutor exterior)
C – Isolante dielétrico (polietileno duro)
D – condutor unifilar de Cobre duro (condutor central)
Fichas coaxiais: BNC = Bayonet Neill – Concelman (a) bnc macho (até 4GHz); (b) T bnc com 1 macho e 2
fêmeas; N = invented in the 1940s by Paul Neill (c) N fêmea (até 11GHz); e SMA = SubMiniature version
A (d) sma fêmea (até 18 ou 26.5GHz).
- 14 -
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