A segunda guerra mundial Contexto e causas da segunda guerra mundial A Segunda Guerra Mundial compreende o período entre os anos de 1939 e 1945 no qual ocorreu o conflito armado de maior escala da história da humanidade até os dias de hoje. O combate envolveu as maiores potências da época que empenharam toda sua economia e política no mesmo. O período que antecede o início da Segunda Guerra é marcado pela crise econômica da quebra da bolsa de Nova York no ano de 1930 que teve seu ponto de início nos Estados Unidos, contudo espalhou­se rapidamente pelo resto do mundo afetando a economia global. Um dos mais importantes motivos da guerra foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites. Em busca pela conquista de territórios, um grupo de países se uniu formando uma aliança de guerra denominada Eixo, que foi liderada por Alemanha, Itália e Japão. A Alemanha liderada por Hitler pretendia impor uma nova ordem na Europa disseminando a ideologia nazista e de imposição da raça alemã e exclusão total de minorias como negros, homossexuais, judeus, ciganos e a perseguição de regimes comunistas e socialistas. Itália e Japão estavam interessados em seus próprios propósitos de expansão territorial. O fato que demarcou o início da Guerra foi a invasão da Polônia pela Alemanha nazista no ano de 1939 tendo como reação imediata declarações de guerra à Alemanha pela França e Inglaterra. Para contrapor o Eixo outra aliança foi formada, a dos Aliados, a qual era liderada pelos Estados Unidos, Reino Unido e URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Características dos governos fascistas Principais ditadores fascistas ­ Benito Mussolini: Itália. ­ Hitler: Alemanha (Os fascistas alemãs eram chamados de nazistas). Principais ideias fascistas ­ Anticomunismo ­ Antiliberalismo (os fascistas defendiam um regime ditatorial) ­ Totalitarismo (o indivíduo deve obedecer ao Estado) ­ Militarismo e Culto à violência (a guerra era considerada a atividade mais nobre do homem). ­ Nacionalismo xenófobo (xenofobia: ódio a tudo que é estrangeiro) ­ Racismo Na Alemanha, Hitler queria formar uma “raça ariana”, ou seja, uma raça superior a todas as outras. O desenvolvimento da guerra O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia. Em 1941 o Japão ataca a base militar norte­americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte­americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas. De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas. No dia 6 de junho de 1944 – chamado o Dia D – os aliados tomaram a Normandia e o cerco alemão sobre a França foi vencido. Participação do Brasil na guerra O Brasil manteve­se neutro até certo ponto, quando alguns de seus navios começaram a sofrer ataques o país declarou guerra à Alemanha no ano de 1942, ajudando os Estados Unidos na libertação da Itália que encontrava­se quase que totalmente nas mãos do exército nazista. O país enviou cerca de 400 homens de apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), 42 pilotos e 25 mil homens da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Força Expedicionária Brasileira: desembarque do 3º Escalão. Pracinhas a bordo do navio transporte Duque de Caxias / Arquivo de 17­09­1945 Consequências da guerra Este triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. O regime nazista foi responsável pela morte de cerca de 2 milhões de poloneses, 4 milhões de pessoas com problemas de saúde (deficientes físicos e mentais) e um número exorbitante de 6 milhões de judeus no massacre que ficou conhecido como Holocausto. Os danos materiais também foram muitos, a guerra arrasou as nações perdedoras e outras envolvidas destruindo cidades inteiras e a vida de milhares de cidadãos. O pagamento de uma indenização para reconstrução das nações derrotadas foi determinado pelos Aliados assim como uma indenização aos países vitoriosos, assinada no Tratado de Paz de Paris. Ao final da guerra foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU), que tinha o propósito de manter a paz entre as nações resolvendo os conflitos de forma pacífica e ajudar as vítimas da Segunda Guerra. Após a guerra o mundo iniciava uma nova fase histórica: a de reconstrução. Os EUA e a União Soviética saíram do conflito como duas grandes potências mundiais. Os EUA saíram da guerra como a maior potência mundial. A URSS ficou em segundo lugar. O país teve 25 milhões de mortos e parte de suas construções sumiu do mapa. Uma das maiores consequências da Segunda Guerra foi a rivalidade entre esses 2 países, rivalidade esta, que resultou na Guerra Fria. Exercícios 1. (Enem – 2012) Disponível em:<http://quadro-a-quadro.blog.br>. Acesso em: 27 jan. 2012. Com sua entrada no universo dos gibis, o Capitão chegaria para apaziguar a agonia, o autoritarismo militar e combater a tirania. Claro que, em tempos de guerra, um gibi de um herói com uma bandeira americana no peito aplicando um sopapo no Fürer só poderia ganhar destaque, e o sucesso não demoraria muito a chegar. COSTA, C. Capitão América, o primeiro vingador: crítica. Disponível em: www.revistastart.com.br. Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado). A capa da primeira edição norte-americana da revista do Capitão América demonstra sua associação com a participação dos Estados Unidos na luta contra A) a Tríplice Aliança, na Primeira Guerra Mundial. B) os regimes totalitários, na Segunda Guerra Mundial. C) o poder soviético, durante a Guerra Fria. D) o movimento comunista, na Guerra do Vietnã. E) o terrorismo internacional, após 11 de setembro de 2001. 2. (Enem - 2012) Texto do Cartaz: “Amor e não guerra”. Foto de Jovens em protesto contra a Guerra do Vietnã. Disponível em: http://goldenyears66to69.blogspot.com. Acesso em: 10 out. 2011. Nos anos que se seguiram à Segunda Guerra, movimentos como o Maio de 1968 ou a campanha contra a Guerra do Vietnã culminaram no estabelecimento de diferentes formas de participação política. Seus slogans, tais como “Quando penso em revolução quero fazer amor”, se tornaram símbolos da agitação cultural nos anos 1960, cuja inovação relacionava-se A) à contestação da crise econômica europeia, que fora provocada pela manutenção das guerras coloniais. B) à organização partidária da juventude comunista, visando o estabelecimento da ditadura do proletariado. C) à unificação das noções de libertação social e libertação individual, fornecendo um significado político ao uso do corpo. D) à defesa do amor cristão e monogâmico, com fins à reprodução, que era tomado como solução para os conflitos sociais. E) ao reconhecimento da cultura das gerações passadas, que conviveram com a emergência do rock e outras mudanças nos costumes. 3. (Enem – 2011) Os três tipos de poder representam três diversos tipos de motivações: no poder tradicional, o motivo da obediência é a crença na sacralidade da pessoa do soberano; no poder racional, o motivo da obediência deriva da crença na racionalidade do comportamento conforme a lei; no poder carismático, deriva da crença nos dotes extraordinários do chefe. BOBBIO, N. Estado, Governo, Sociedade: para uma teoria geral da política. São Paulo: Paz e Terra, 1999 (adaptado). Os três tipos de poder representam três diversos tipos de motivações: no poder tradicional, o motivo da obediência A) República Federalista Norte-Americana. B) República Fascista Italiana no século XX. C) Monarquia Teocrática do Egito Antigo. D) Monarquia Absoluta Francesa no século XVII. E) Monarquia Constitucional Brasileira no século XIX.