CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA “CASA DA

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SITUAÇÃO
1:750
CONCEITO E O PARTIDO
Topografia
Fluxos
Portão 3
Volumetria
Circulações
Portão 5
Estação
Portão 7
Lagoa
A CASA
O projeto como um todo visa contemplar além das demandas programáticas
solicitadas pela organização do concurso, apresentando um espaço não
somente de visitação, mas também, um espaço de troca de experiências
socioeducativas ao que se refere à sustentabilidade como um todo.
Além do edifício principal que obriga os espaços funcionais e
expositivos, o conjunto da casa da sustentabilidade possui em seu
paisagismo externo um fio condutor para demonstrar a aplicação no
dia a dia de soluções agrícolas simples em meio ao ambiente urbano.
Tem como repertório arquitetônico a arquitetura das casas modernistas
do século passado, no que se refere aos espaços de ventilação cruzada
e iluminação assim como os seus pátios internos que propiciam
um ambiente cativante e confortável para o usuário do espaço.
IMPLANTAÇÃO
A implantação foi definida através da vivência obtida na vistoria
realizada no terreno, onde se verificou in loco a topografia real,
a dinâmica do local, a massa arbórea existente, edifícios em seu
entorno imediato assim como os seus referidos fluxos de circulação.
A partir das diretrizes tomadas em função das linhas de fluxos estudadas,
levandoemcontaafuncionalidadeeosambientesexternosadjacentes(Lagoa,
Estação, Rotas, Portões de Acesso) considerou-se um grande eixo diagonal
de circulação que corta todo o terreno conectando a Casa da Sustentabilidade
ao programa externo do seu paisagismo, como praças, pontos de
reciclagem, wetlands e hortas com diversos tipos de plantas e finalidades.
O projeto tentou ao máximo a manutenção e preservação da vegetação
existente considerando estes como um item fundamental para a integração
do novo (Casa da Sustentabilidade) e o antigo que no caso é o terreno existente.
Referente à topografia, o projeto considerou de maneira ampla a manutenção
das cotas de nível e utilizou o talude existente como elemento importante
para a definição do paisagismo externo, sendo aproveitado para a criação
de uma grande escada externa que pode funcionar como uma arquibancada
ou ponto de parada e descanso a fim de contemplar a praça gerada na
cota inferior adjacente a pista de patinação mantida em seu local original.
MARQUISE
A partir do eixo diagonal principal, projetou se outro eixo transversal adjacente
as espécies arbóreas existentes no local (Setor oeste do terreno), criando
assim uma linha que sugere uma entrada convidativa ao espaço da Casa.
Com este novo eixo, propõe-se uma marquise construída a partir de
módulos triangulares em madeira certificada, assim como a estrutura
em “V” que sustenta a mesma, gerando um grande espaço de sombra
e conforto que conecta as vias existente do Parque Taquaral até as
praças internas e a porta de entrada da Casa da Sustentabilidade.
30
BLOCOS PROGRAMÁTICOS
Tendo as linhas e cotas de nível definidas, estudou se o programa
funcional interno da Casa, onde o programa foi dividido em 4 grandes
blocos: Auditório / Reuniões, Recepção / Expositivo, Serviços e
Administrativo (Comdema). Hierarquizando as referidas massas dos
blocos em m² e em sua diagramação funcional, se obtém em planta uma
volumetria trapezoidal que abriga os blocos que organizam os espaços
em áreas comuns (exposições, auditório e sanitários públicos) e áreas com
controle maior de acesso como (serviços e administrativo – Comdema).
PAISAGISMO E AS HORTAS
Tendo o espaço interno organizado, foi pensado para a
área externa um paisagismo que valoriza o projeto e que
envolva atividades conectadas ao tema da sustentabilidade.
Foram criadas hortas de cultivo e manejo de diversos fins e espécies, que
se utilizam do sistema de captação de água pluvial do edifício e wetlands,
para a sua manutenção e irrigação. No Setor Oeste da praça, adjacente a
entrada principal, foi proposta uma horta que cultiva plantas fitoterápicas
como hortelã e alecrim. Já no Setor Leste, próximo a linha do bonde
existente, há duas grandes áreas de cultivo: uma se refere ao plantio de
etanol (Cana de açúcar, Milho e Beterraba) e na outra área temos o cultivo
de hortaliças para consumo, através da permacultura e compostagem.
Nas cotas de nível 642m e 640m, como integrantes do desenho paisagístico
temos os wetlands que funcionam como filtros naturais (cascalhos
e vegetação adequada) das águas provenientes das chuvas que são
armazenadas no edifício e também pelo sistema “tecgarden” presentes nos
jardins externos da Casa da Sustentabilidade, que além de abastecerem
as hortas de cultivo com água filtrada naturalmente também propiciam
espaços confortáveis para a contemplação do entorno como um todo.
ANEXOS
Adentrando aos demais itens do programa, o bicicletário foi
proposto fora do corpo do edifício principal, ao lado da guarita de
acesso e abaixo da marquise de entrada a fim de permitir um local
adequado e mais privativo para o estacionamento das bicicletas
dos usuários, conectado as praças externas propostas no projeto.
Como solicitado pela organização do concurso a pista de patinação
permaneceu na mesma posição original, contudo, a estação
telemétrica foi reposicionada para outro local no terreno, no
caso proposta no setor leste adjacente as hortas de cultivo.
Portanto o projeto proposto visa que a Casa da Sustentabilidade
não seja somente um espaço físico para exposição e visitação,
mas sim um espaço sócio educacional gerador de experiências
e vivências de políticas sustentáveis para a comunidade local.
CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA
“CASA DA SUSTENTABILIDADE” PARQUE TAQUARAL – CAMPINAS - SP
1/2
GUARITA /
BICICLETÁRIO, ACESSO
HORTAS DE PLANTAS
FITOTERÁPICAS
CASA DA
SUSTENTABILIDADE
PLANTAÇÃO DE HORTALIÇAS /
ÁREA PARA COMPOSTAGEM
MEMORIAL DESCRITIVO
PLANTAÇÃO DE
BIODIESEL (ETANOL)
REUNIÕES E
AUDITÓRIO
EXPOSIÇÕES E
RECEPÇÃO
LAJE JARDIM - Captação de Água Pluvial
SERVIÇOS
ADMINISTRAÇÃO
COMDEMA
PAINÉIS SOLARES
FOTOVOTAICOS
642,75
642,75
04
642,65
642,65
ESTAÇÃO TELEMÉTRICA
24
23
22 21
14
TELHAS TERMOACÚSTICAS
25
642,10
642,10
20
LAJE CONCRETO
19 18
15 16 17
PAINÉIS DE MADEIRA HDF
12
MARQUISE DE MADEIRA
DE REFLORESTAMENTO
13
642,65
642,65
642,75
642,75
642,65
642,65
06
642,65
642,65
FORRO ACÚSTICO
04
642,75
642,75
WETLAND
05
Ver Abaixo
04
642,70
642,70
07
03
FORRO GESSO
08
11
ESTRUTURA EM CONCRETO
02
ESTRUTURA DE
MADEIRA CERTIFICADA
642,75
642,75
01
640,50
640,50
09
642,00
642,00
10
VIDRO U-GLASS
642,75
642,75
DIVISÓRIAS ARTICULADAS
642,65
642,65
641,77
641,77
VIDRO ALTA EFICIÊNCIA
06
640,90
640,90
PISO EM MADEIRA
DEMOLIÇÃO
04
PISO CIMENTO QUEIMADO
640,57
640,57
641,00
641,00
PISO INTERTRAVADO DE
CONCRETO PERMEÁVEL
Mezanino
645,25
PLANTA
26
1:400
640,00
640,00
ESTIMATIVA DE CUSTOS - SISTEMA CUB /M² (Tabela Sinduscon SP - Dezembro 2015 - Referência CSL 16 Padrão Alto)
Obs: Por se tratar do metodo CUB, as áreas externas de paisagismo e circulações externas não estão consideradas no calculo. O valor abaixo trata-se
somente de uma estimativa, portanto sendo necessário a revisão detalhada do orçamento no caso da fase do projeto executivo.
CONSTRUÇÃO BRUTA : R$ 3.342826,00
(CANTEIRO, LIGAÇÕES PROVISÓRIAS, FUNDAÇÕES, ESTRUTURAS, PAREDES, TUBULAÇÕES, FIAÇÕES, COBERTURA, MARQUISE DE MADEIRA, ETC.) ACABAMENTOS E EQUIPAMENTOS: R$ 1,421,413.00
(PISOS, AZULEJOS, FERRAGENS DE PORTAS E JANELAS, LOUÇAS E METAIS SANITÁRIOS, ESPELHOS DE TOMADAS, ETC.) INVESTIMENTO TOTAL: R$ 4.7642,239
A
A
B
01 - Acesso
02 - Guarita 11,40m²
03 - Bicicletário 59,30m²
04 - Praça Externa
05 - Recepção 17,48m²
06 - Exposições 351,20m²
07 - Sala de Suporte 1 (15 pax) 29,74m²
08 - Sala de Suporte 2 (15 pax) 29,74m²
09 - Sala de Multiplo Uso 1 (30 pax) 57,89m²
10 - Sala de Multiplo Uso 2 (30 pax) 57,89m²
11 - Auditório / Plenária 302,20m²
D
BANCOS EM PALLET
12 - Sanitários Visitantes 45,64m²
13 - Vestiários Funcionários 68,73m²
14 - Copa 24,05m²
15 - Despensa 7,69m²
16 - Sala de T.I. 10,41m²
17 - Depósito 5,55m²
18 - Sala de Reuniões 16,24m²
19 - Secretária Executiva 12,17m²
20 - Sala do Presidente 25,25m²
21 - Arquivista / Biblioteca 11,70m²
22 - Reprografia / Impressões 11,58m²
23 - Expediente 11,77m²
24 - Almoxarifado 11,53m²
25 - Coordenação Geral 48,24m²
26 - Sala Luz / Som do Auditório 36,53m²
Sub Total: 1.263,42m²
Circulação Interna: 354,09m²
Área Total: 1.618,35m²
Tendo em vista a racionalização do sistema construtivo, o projeto possui
a modulação de 10m x 10m, cuja exceção estrutural é uma linha de pilares
de seção circular que sustentam a laje da cobertura, acompanhando
paralelalmente ao eixo diagonal de circulação que forma a casca que define
a volumetria do edifício principal.
Na cobertura do edifício principal no setor sul, inclinadas no sentido norte,
estão instalados painéis solares fotovoltaicos que fornecem a quantidade
de energia solar que abastece ao sistema de chuveiros dos vestiários
dos funcionários e demais espaços, gerando a longo prazo economia e
manutenção ao edifício.
Relativo à insolação, devemos levar em conta que o edifício está na
posicionado na orientação norte sul e a fachada oeste possui sistema de
ventilação cruzada, principalmente no eixo transversal principal onde está
o espaço de exposições. Ambas as fachadas leste e oeste possuem recuos
e beirais que propiciam um sombreamento adequado ao conforto térmico.
Já no setor norte da cobertura, há uma laje jardim e calhas para a captação
de água pluvial, que são armazenadas em reservatório especifico para
utilização de água cinza nos vestiários e sanitários e irrigação dos jardins e
hortas presentes no complexo.
A
CORTE LONGITUDINAL
1:250
30
CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA
“CASA DA SUSTENTABILIDADE” PARQUE TAQUARAL – CAMPINAS - SP
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