BIOLOGIA – módulo 04 REINO ANIMALIA ou METAZOA

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BIOLOGIA – módulo 04
REINO ANIMALIA ou METAZOA
É o maior reino em número de espécies perfazendo um
total de um milhão distribuídas em 35 filos. Porém, para o
vestibular, apenas 9 filos são cobrados.
Os principais critérios utilizados na classificação dos
animais serão citados abaixo. A abordagem dada neste
módulo será apenas evolutiva e comparada, deixando de lado
detalhismos que não são importantes para o vestibular.
•
Desenvolvimento embrionário: Todos os animais
possuem em comum, fases ou estágios do
desenvolvimento embrionário devido à reprodução
sexuada, presente na grande maioria.
O desenvolvimento embrionário começa pela formação da
célula ovo ou zigoto, seguindo-se pelas clivagens até a formação
da mórula, um maciço celular com 32 células. A blástula é
formada nas próximas clivagens, surgindo uma cavidade interna
com líquido ou blastocele; nesse estágio, o embrião humano está
com 8 dias de vida e prepara-se para nidar no útero materno.
Na próxima fase, denominada de gástrula, surge uma nova
cavidade proveniente da entrada de uma camada de células
suprimindo a blastocele. Nessa fase formam-se os folhetos
embrionários e um orifício comunicando esta cavidade com o meio
exterior. O orifício chama-se blastóporo e, poderá dar origem à
boca ou ao ânus nos animais com tubo digestivo completo. A
cavidade é chamada de gastrocele ou arquêntero e trata-se do
futuro tubo intestinal do organismo.
Quanto à presença ou ausência do celoma:
FILOS
Acelomados: sem cavidade.
Pseudocelomados: cavidade delimitada
apenas externamente pelo mesoderma.
Celomados: cavidade delimitada interna
e externamente pelo mesoderma.
Platyhelminthes
Nematoda
Anellida
Arthropoda
Mollusca
Echinodermata
Chordata
Em termos evolutivos, ter um terceiro folheto de células
cria a possibilidade de desenvolver tecidos intermediários
como o tecido muscular, o tecido esquelético e o tecido
sanguíneo, por exemplo. Já a presença da cavidade celômica
permite ao animal desenvolver e alojar órgãos originados da
sua formação corpórea.
•
Simetria: A simetria de um objeto ou organismo é
estabelecida pela quantidade de metades espectrais
que podem ser construídas a partir de cortes
imaginários ou reais passando pelo centro.
Quanto à simetria, os animais podem ser classificados como:
FILOS
Assimétricos: não possuem planos de Porifera (a maioria)
simetria.
Radiados: qualquer corte no plano Porifera
longitudinal pode gerar duas metades Cnidaria
Equinodermata
iguais
Bilatérios:
apenas
um
corte Nematoda
longitudinal pode gerar duas metades Anellida
Arthropoda
iguais.
Mollusca
Chordata
A gastrulação mais avançada é responsável pela formação
do terceiro folheto embrionário, nos animais triploblásticos, e o
desenvolvimento de mais uma cavidade, em alguns animais,
chamada de celoma. Veja a nomenclatura gerada a partir
desses critérios:
Quanto ao número de folhetos
podem se classificados em:
FOLHETOS
Diploblásticos
Ectoderma e
endoderma
Triploblásticos
Ectoderma,
mesoderma e
endoderma
Cefalização: o desenvolvimento da massa cefálica e
o posicionamento na região anterior do corpo estão
intimamente ligados ao desenvolvimento de órgãos
capazes de captar sinais sensitivos. A primeira região
a entrar em contato com o meio é a região anterior;
por isso, seres mais evoluídos possuem, audição,
visão, olfato, etc. concentrados na região anterior do
corpo.
•
Metameria: A metameria ou segmentação corpórea
é a divisão do corpo em segmentos iguais ou
repetitivos.
Animais
de
corpo
segmentado
apresentam capacidade de dobrar o corpo com maior
eficiência propiciando melhor ataque e defesa.
FILOS
Cnidaria
Platyhelminthes
Nematoda
Anellida
Arthropoda
Mollusca
Echinodermata
Chordata
FILOS
Deuterostômios: blastóporo
origina o ânus.
•
embrionários, os animais
Quanto à derivação do blastóporo:
Protostômios: blastóporo origina a
boca.
A simetria radiada é típica de animais sésseis ou
sedentários com mobilidade bastante limitada e duas regiões
básicas no corpo chamadas de superfície oral e superfície
aboral.
Os animais bilatérios possuem quatro regiões no corpo
denominadas de anterior, posterior, dorsal e ventral. A
bilateralidade está intimamente ligada ao equilíbrio do corpo,
pois, o apoio exercido por um dos membros se torna liberdade
para a movimentação do outro.
Nematoda
Anellida
Arthropoda
Mollusca
Echinodermata
Chordata
A seguir veremos de forma bastante sucinta a ecologia, a
anatomia, fisiologia e reprodução de 9 filos do reino animal.
Filo Porifera:
As esponjas são organismos aquáticos, na maioria
marinhos, que apresentam estrutura corpórea bastante
simples, sendo sésseis, ou seja, fixos no substrato duro,
geralmente rochas ou corais. Seu corpo apresenta-se crivado
por pequenas células denominadas de porócitos cujos canais
permitem a passagem de água para dentro do corpo da
esponja; daí o nome do filo. Células flageladas distribuídas em
câmaras ou no átrio (espongiocele), são responsáveis em criar
essa corrente inalante e fagocitar partículas orgânicas ou
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microorganismos para alimentação da esponja. Essas células
denominam-se coanócitos devido a um colarinho de
vilosidades voltadas para a corrente criada pelo flagelo.
A corrente de água sai por uma ou mais aberturas
denominadas de ósculos, levando restos gerados do
metabolismo. Também é possível liberar a gametas e larvas
pela corrente exalante quando a reprodução é sexuada.
O material fagocitado pelos coanócitos é passado para a
região mediana do corpo da espoja onde os amebócitos,
células com movimento amebóide, capazes de digerir e
distribuir os nutrientes ao restante das células que formam o
corpo da esponja.
A simplicidade corpórea, a falta de tecidos diferenciados e
a ausência de sistema nervoso colocam as esponjas no grupo
dos Parazoa cujo significado quer dizer “ao lado do reino
animal”.
A reprodução pode ocorrer por processos assexuados como
o brotamento, a gemulação e a fragmentação, mas também
por processos sexuados com diferenciação de gametas a partir
dos amebócitos.
O alimento ingerido cai na gastrocele e recebe um suco de
enzimas digestivas, porém uma parte da digestão ocorre
dentro das células como nas esponjas.
Existem tipos de reprodução assexuada como brotamento e
fissão longitudinal nas fases de pólipos, mas também reprodução
sexuada, com ciclos metagenéticos em alguns grupos.
Filo Platyhelminthes:
Etimologicamente falando, platelmintos quer dizer vermes
achatados. A forma afilada nas extremidades dá ao grupo o
aspecto vermiforme ao grupo, e um achatamento dorsoventral permite um maior contato das regiões interiores do
corpo com a epiderme.
Esse nome, contudo, não significa que todos os
representantes do filo sejam parasitas. As planárias são os
principais representantes do grupo e são de vida livre.
Filo Cnidaria:
Animais pertencentes a esse filo apresentam dois possíveis
planos de organização corpórea: o pólipo e a medusa.
Os pólipos são sésseis e têm os tentáculos e a boca
voltados para cima; já as medusas são natantes ou
planctônicas e apresentam a superfície oral voltada para baixo.
Embora a estrutura seja diferenciada anatomicamente, ambos
possuem uma cavidade digestiva ou gastrovascular e
tentáculos com células especiais urticantes denominadas de
cnidócitos. Daí o nome do grupo.
Um arranjo de células nervosas difusas garante a reação à
estímulos e captura de alimento pelos tentáculos com
direcionamento à boca. Não há ânus.
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A presença do folheto mesodérmico dá aos platelmintos o
desenvolvimento do sistema muscular que, aliado ao sistema
nervoso ganglionar, facilita a mobilidade. Junto aos gânglios
cerebróides ocorrem duas manchas ocelares com sensibilidade
à luz.
No aparelho digestório existe uma faringe protrátil na
região anterior a boca. É possível a ocorrência de ventosas ao
redor da boca nos indivíduos com hábitos parasitários. O
intestino termina em fundo de saco e, os alimentos não
digeridos e restos, têm que sair pelo orifício bucal. A digestão
ocorre parcialmente no intestino e o restante é digerido dentro
das células.
A novidade é os protonefrídios ou células-flama localizados
em pequenas câmaras com pequenos poros que se abrem na
região dorsal, sendo responsáveis pela retirada de resíduos da
região mais interna do corpo.
Alguns platelmintos pertencentes as classes Trematoda e
Cestoda são parasitas do homem e de outras espécies de
animais. Entre eles destacam-se o Schistosoma mansoni e a
Taenia sp. endoparasitas comuns na região nordeste do Brasil.
A reprodução dos platelmintos pode ocorrer por
estrobilação, regeneração corpórea, mas também por
processos sexuados envolvendo troca de gametas masculinos
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entre indivíduos hermafroditas, pedogênese, seguidos de
desenvolvimento direto (nasce indivíduo igual ao adulto,
porém menor) e indireto com a formação de larvas.
A seguir vamos observar o ciclo de vida de dois vermes
heteroxenos ou digenéticos:
Ciclo do Shistosoma mansoni.
Os nematódeos apresentam sexos separados e fecundação
interna sem a presença de gametas flagelados; os gametas
masculinos movimentam-se por pseudópodos. As fêmeas
produzem grande quantidade de óvulos e o desenvolvimento é
direto em alguns e indireto em outros.
O Ascaris lumbricoides ou lombriga, Enterobius vermicularis ou
oxiúros, Ancylostoma duodenale ou ancilóstomo e o Wuchereria
bancrofti ou filária estão entre os parasitas mais comuns
representantes deste grupo. Abaixo está o ciclo de vida do
ancilóstomo, verme capaz de causar sangramentos no tubo
digestório humano levando a um quadro de anemia profunda e
carência mineral.
Ciclo da Taenia solium.
Filo Nematoda:
Os representantes desse filo apresentam corpo com
formato vermiforme e cilíndrico (nema= filamento). Embora
possuam a grande maioria das espécies de vida livre,
encontrados em solos úmidos e ambientes aquáticos, o maior
interesse em seu estudo está ligado à ocorrência dos
endoparasitas, bastante comuns no intestino e fluidos internos
do corpo humano.
A presença do tubo digestório completo com permite a
classificação dos nematódeos entre os organismos
protostômios sendo possível também, incluí-los entre os
pseudocelomados. A cavidade ao redor do intestino do
embrião perdura no adulto desenvolvendo um esqueleto
hidrostático que auxilia nos movimentos musculares dando um
aspecto de chicote quando se locomovem (figura a seguir).
O aparecimento do tubo digestório, começando da boca e
terminando no ânus, permitiu o desenvolvimento de
diferenciações internas das câmaras como estômago e
intestino, e no surgimento de glândulas anexas como fígado e
pâncreas.
Filo Mollusca:
Este filo é formado por animais de corpo mole sendo
alguns protegidos por uma concha calcária ou exoesqueleto;
são habitantes do ambiente aquático, dulcícola ou marinho,
mas também possui exemplares no ambiente terrestre. Os três
principais representantes do filo são os caracóis, os bivalves e
os polvos. A profunda diferenciação corpórea entre os
moluscos leva à criação didática do molusco hipotético,
organismo detentor de características de todos os
representantes.
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BIOLOGIA – módulo 04
Existem três regiões básicas no corpo de um molusco: a
cabeça, o pé e a massa visceral. Na região da cabeça,
encontram-se órgãos sensoriais como tentáculos e olhos e a
boca. Nos animais filtradores, as brânquias são responsáveis
pela filtração de partículas que são selecionadas para a
deglutição, porém, outros grupos apresentam uma língua com
dentículos quintinosos, com capacidade de raspar e envolver o
alimento em muco para deglutição, a rádula.
Na massa visceral encontra-se, entre outros sistemas, a
parte cardíaca envolvida no celoma. A presença de um sistema
circulatório permite o crescimento corpóreo já que o sangue
ou hemolinfa cumpre a função de distribuir nutrientes e gases
pelo organismo. Embora caracóis e bivalves possuam
circulação aberta, ou seja, a hemolinfa possa derramar em
espaços abertos nos tecidos chamados de hemocelas, os
cefalópodes como os polvos e lulas apresentam circulação
fechada onde a hemolinfa circula apenas no interior de vasos.
O revestimento da massa visceral é feito por um tecido
denominado manto. Este pode secretar, por células especiais,
uma concha de CaCO3 dividida em duas porções que se
articulam como nos bivalves, ou em apenas uma única como
nos caracóis.
O pé é uma região musculosa e ativa rica em glândulas
produtora de muco usado para reduzir o atrito entre o corpo e
o solo durante o deslocamento, nos caracóis terrestres.
A reprodução dos moluscos envolve processos sexuados
com fecundação interna e externa com hermafroditismo em
alguns grupos de caramujos terrestres. O desenvolvimento
pode ser direto ou indireto.
A vocação detritívora das minhocas é acompanhada pelo
desenvolvimento de um tubo digestivo com câmara de
trituração (moela) e cecos intestinais para digestão da
celulose.
A circulação é fechada e o sangue, nas minhocas,
apresenta um pigmento vermelho que se assemelha muito a
hemoglobina humana. A respiração, todavia, é limitada à
superfície da pele, sempre úmida para efetuar as trocas
gasosas.
Os anelídeos são hermafroditas na maioria, mas são
incapazes de se autofecundar. Dois indivíduos trocam
espermatozóides antes de ovopositar.
O critério básico usado na separação taxonômica das
classes desse filo é o número ou presença de cerdas na
superfície do corpo. Entre os representantes da classe Achaeta
(sem cerdas) ou Hirudinea estão as sanguessugas com hábitos
hematofágicos.
Filo Arthropoda:
É o maior em número de espécies do reino animal (≈
1000000). De tão grande que já foi desmembrado em pelo
menos três outros filos; porém, ainda se mantém firme para o
vestibular 2005.
O grande número de espécies e dispersão por todas as
regiões do planeta retratam o sucesso evolutivo do grupo. As
grandes conquistas evolutivas são o desenvolvimento de uma
armadura ou exoesqueleto de quitina e outras substâncias
impregnadas que impermeabiliza o corpo evitando
desidratação e dando proteção, e o desenvolvimento de
apêndices articulados adaptados as mais diversas funções
como andar, triturar, perfurar, lamber, etc. A presença de asas
em alguns membros também influencia na dispersão de
espécies do grupo dos insetos.
Um limite, porém, foi o crescimento contínuo do corpo e a
adaptação da armadura rígida. Por isso, o crescimento dos
artrópodes é mais intenso em períodos de troca ou muda do
exoesqueleto, processo controlado pelo hormônio da muda ou
ecdisona.
Filo Annelida:
A nome do filo deve-se a segmentação corpórea ou
metameria. Nos anelídeos, a segmentação em anéis ou
metâmeros é vista na superfície externa do corpo, mas
também no padrão da parte interna sendo o tubo digestivo, a
única estrutura não metamerizada.
Os artrópodes possuem corpo metamerizado, característica
que os aproxima dos anelídeos sendo ambos descendentes de
um mesmo grupo de animais primitivo. Todavia, há fusão de
metâmeros constituindo partes do corpo ou tagmas como
cabeça, tórax, abdome, cefalotórax, etc.
A seguir, faremos um pequeno resumo esquemático com
característica das três principais classes do filo Arthropoda. O
grupo dos miriápodes que inclui as classes Chilopoda e
Diplopoda, não será citado.
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BIOLOGIA – módulo 04
Classe Insecta (gafanhotos, vespas, borboletas, formigas,
etc.)
Características gerais:
Corpo segmentado com metameria.
Corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.
3 pares de patas (hexápodos), 1 par de anteras, 2
olhos compostos, e geralmente 3 simples, 2 pares de
asas (maioria), 1 par de asas ou mesmo sem asas.
Exoesqueleto quitinoso constituído de placas – 1
tergo dorsal, 1 esterno e 2 pleuras.
Músculos – longitudinais e transversais.
Ecologia:
Terrestres
Aquáticos
Estrutura:
• Cabeça
Um par de antenas articuladas (díceros).
Dois olhos laterais e três ocelos.
Aparelhos bucais (mastigador, picador e sugador).
• Tórax
•
Três segmentos (um par de patas em cada).
Um par de asas com placas protetoras (élitros).
Um par de asas para vôo.
Estigmas (abertura para a traquéia).
Tímpanos (gafanhotos) – em outros nas patas.
Ovopositor (em muitas fêmeas).
Cercos (último segmento).
Abdome
Telson
Nadadeira caudal
Apêndices abdominais
Anatomia e fisiologia:
Sistema digestório completo.
Sistema respiratório branquial.
Sexos separados (maioria).
Fecundação cruzada envolvendo a copulação.
Desenvolvimento direto e indireto (a maioria).
Classe
Arachinida
(aranhas,
escorpiões,
ácaros
e
carrapatos)
Características gerais:
Corpo dividido em cefalotórax e abdome
Quelíceras e pedipalpos
Possuem 4 pares de patas locomotoras e olhos
simples
São carnívoros: predadores ou parasitas
Possuem glândulas de veneno
Ausência de antenas
Abdome (aranha – opistossomo)
Fiandurão
Anatomia e fisiologia:
Sistema digestório completo.
•
Digestão extracorpórea
Sistema respiratório.
•
Filotraquéias
•
hemocianina
Sistema circulatório aberto.
Sistema excretório.
•
Túbulos de Malpighi e glândulas coxais.
Sistema nervoso ganglionar ventral
Exoesqueleto quitinoso completo.
Reprodução:
Classe Crustacea (camarões, lagostas, cracas, etc.)
Estrutura:
Cefalotórax
Apêndices cefalotoráxicos
Antenas
Maxilípedes
Base antenar
•
Reprodução:
• Fecundação interna
Partenogênese
Pedogênese
Poliembrionia
• Desenvolvimento:
Ametábolos
Hemimetábolos
Holometábolos
Ecologia:
•
Aquáticos
Dulcícolas
Marinhos
• Terrestres – ambientes úmidos
Reprodução:
Estrutura:
• Cefalotórax (aranha – prossomo)
Quelíceras
Pedipalpos
Anatomia e fisiologia:
Sistema respiratório traqueal (estigmas).
Sistema excretório por túbulos de Malpighi.
Sistema nervoso ganglionar ventral.
Sistema digestório completo.
Sistema circulatório aberto.
Características gerais:
Corpo dividido em cefalotórax e abdome.
2 pares de antenas.
Apêndices locomotores no cefalotórax
abdome.
Ecologia:
Aquáticos
Terrestres
Abdome
Sistema circulatório aberto – coração dorsal.
Sistema excretório realizado pelas glândulas verdes ou
antenárias.
Sistema nervoso ganglionar ventral.
Exoesqueleto quitinoso com impregnação calcária.
Sistema sensorial (táctil, químico e visual).
Estatocisto (órgão de equilíbrio).
e
Sexos separados.
Fecundação interna com comportamento de corte.
Desenvolvimento direto.
Embora alguns artrópodes causem efeitos maléficos a
espécie humana agindo como vetores de doenças, pragas da
agricultura, etc., outros são de extrema importância servindo
de alimento ou atuando como polinizadores de espécies
vegetais úteis na alimentação.
Filo Echinodermata:
O filo recebe este nome pela presença de espinhos na
derme, bastante visíveis nos ouriços, membros mais
conhecidos do grupo.
Os equinodermos são os primeiros animais deuterostômios
na escala crescente evolutiva, dividindo inclusive essa
característica com os cordados. Outra aquisição é o
endoesqueleto calcáreo, estrutura rija que permanece intacta
em alguns casos, depois da morte do animal.
Juntamente com os ouriços-do-mar, fazem parte desse
grupo as estrelas-do-mar, as bolachas-de-praia, os pepinosdo-mar, as serpentes-do-mar e os lírios-do-mar. Todos são
animais exclusivamente marinhos e apresentam fluidos
corpóreos com a mesma salinidade da água do mar.
Outra novidade do grupo é a presença do sistema
ambulacrário ou hidrovascular (figura a seguir). Um conjunto
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BIOLOGIA – módulo 04
de canais internos conduz água do mar pelo interior do corpo
e distribui ao longo da superfície das 5 projeções do corpo da
maioria com simetria pentaradiata. Na parte terminal de cada
canal existe uma ampola e um pé ambulacral; as ampolas são
musculosas atuando na sucção e os pés são musculosos e
flexíveis capazes de serem retraídos e protraídos. O sistema
ambulacral, dessa forma, atua na fixação e na locomoção do
organismo, mas também cumpre internamente funções
auxiliares na fisiologia como na circulação, excreção e na
respiração do organismo.
Os equinodermos apresentam sexos separados e
fecundação externa. O desenvolvimento é indireto com a
formação de uma larva bilatéria denominada plúteo. A
reprodução assexuada por regeneração é vista em alguns
grupos.
Outra aquisição evolutiva dos peixes ósseos e
cartilaginosos foi o surgimento das nadadeiras pares peitorais
e pélvicas dando ao animal equilíbrio e estabilidade nos
movimentos.
Nos peixes ósseos, aliados a essas características,
desenvolveu-se internamente, uma pequena bolsa capaz e
aprisionar uma quantidade de gases retirados do sangue,
facilitado a movimentação vertical na coluna de água; a bexiga
natatória. Em peixes chamados de fisóstomos, há uma
conexão entre a bexiga natatória e a faringe, permitindo
inclusive a passagem de ar do meio para dentro da bexiga.
Mais tarde, essa aquisição evolutiva propiciaria a inalação e
trocas gasosas com o sangue como é feita pelos pulmões.
A ossificação das nadadeiras pares permitiu pequenos
deslocamentos no ambiente aéreo suportados pelas cinturas,
pélvica e peitoral. Os anfíbios retratam, durante seu ciclo de
vida, esse momento quando girinos que respiram por
brânquias e nadam no ambiente aquático, sofrem
metamorfose e migram para o ambiente terrestre com o
desenvolvimento das patas e dos pulmões.
Filo Chordata:
Todos os animais pertencentes a esse filo apresentam
algumas estruturas, mesmo que apenas em uma curta etapa
de sua vida.
Notocorda: bastão rígido de células que mantém a
estrutura do embrião;
• Cauda: projeção terminal do corpo usada para
equilíbrio, locomoção e defesa;
• Fendas faringianas: pontos de conexão da faringe
com o exterior. Nos peixes localizam-se os arcos
branquiais; e
• Tubo nervoso dorsal: Sistema nervoso central
formado pelo cérebro e medula passa para o dorso do
animal.
Dois grupos do filo Chordata são formados por seres
invertebrados o grupo do anfioxo (Chephalochordata), e o
grupo das ascídias (Urochordata). O grupo dos vertebrados
forma o terceiro grupo deste filo. Este último subdivide-se em
7 classes numa das quais, estamos incluídos.
•
Sub-filos:
•
•
•
Cephalochordata
Urochordata
Vertebrata:
Protochordata
Os primeiros tetrápodos verdadeiramente terrestres são os
répteis. As transformações capazes de vencer os desafios
terrestres começam pela proteção da pele contra a
desidratação com, escamas, placas de queratina, etc.,
desenvolvimento de glândulas lacrimais e, acima de tudo, a
capacidade de manter o desenvolvimento do embrião no
ambiente terrestre.
Anexos embrionários como âmnio, alantóide foram
essenciais na manutenção da vida embrionária fora do
ambiente aquático. O âmnio é uma bolsa com líquido capaz de
manter o embrião livre da desidratação reduzindo choques
mecânicos. O alantóide permite o armazenamento dos restos
produzidos pelo metabolismo de consumo das reservas do
saco vitelínico. Nas fêmeas ovíparas, a casca calcária e a
membrana coriônica concluem a proteção do embrião,
permitindo as trocas gasosas durante o desenvolvimento.
O sub-filo Vertebrata é formado pelos peixes, que se
subdividem em 3 classes (Agnatha, Chondrichtyies,
Osteichtyes), pelos anfíbios (Amphibia), pelos répteis
(Reptilia), pelas aves (Aves) e pelos mamíferos (Mammalia).
A abordagem para as classes dos vertebrados também será
feita segundo aspectos evolutivos.
A vida dos vertebrados teve início nos mares através de peixes
de corpo esguio formados por nadadeiras ímpares, 9 a 11 pares
de fendas branquiais e uma boca circular, sem mandíbula.
Algumas espécies descendentes desse grupo guardam essas
características como as lampreias e os peixes-bruxa, parasitas ou
detritívoros, respectivamente. O sucesso evolutivo teve início com
o desenvolvimento da mandíbula, proveniente da fusão de arcos
branquiais e sua articulação com o crânio. Nos peixes ósseos e
cartilaginosos, restam apenas 5 a 7 pares de fendas branquiais e a
mandíbula, com ou sem dentes, capaz de permitir que o animal
capture uma maior quantidade de alimento e também mais
endurecido, e triture pela mastigação.
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As aves e os mamíferos são, provavelmente, descendentes
dos répteis. Durante a era mesozóica (225 – 65 milhões de
anos atrás), os répteis dominaram o planeta, mas
extinguiram-se pela provável queda de um meteoro. Uma
grande quantidade de resíduos da explosão permaneceu por
BIOLOGIA – módulo 04
meses na atmosfera, impedindo a passagem de luz e
eliminando grande parte dos produtores e herbívoros e toda a
cadeia dependente deles.
Apenas répteis de pequeno porte sobreviveram ao
holocausto. Mamíferos e aves, animais de pequeno porte com
hábitos noturnos e com habilidade para voar, tinham alimento
abundante pela redução da competição. A homeotermia
desses dois últimos grupos foi essencial na sobrevivência deles
durante os períodos mais frios da época.
Embora as aves tenham mantido a oviparidade, os
mamíferos
desenvolveram
outras
estratégias
para
sobrevivência do embrião. A viviparidade consiste em abrigar
o embrião e feto no ventre da mãe. A alimentação e a
respiração são efetuadas pelas adaptações da parede uterina
e a membrana coriônica na formação da placenta e do cordão
umbilical.
Após o nascimento, os cuidados com a prole e a
amamentação garantem a integridade e a nutrição dos
filhotes. O leite materno possui, além da hidratação, todos os
componentes necessários à sobrevivência da prole.
O sucesso evolutivo alcançado pelos mamíferos permitiu o
avanço do grupo para todos os ambientes do planeta,
incluindo o ambiente marinho, conquistado pelos cetáceos e
sirênios a mais de 50 milhões de anos atrás.
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